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Polícia impõe disciplina militar em escolas públicas de Goiás


MarkuZ

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Polícia impõe disciplina militar em escolas públicas de Goiás

VALPARAÍSO. Um grupo de adolescentes se perfila em formação militar, enquanto uma soldado armada os passa em revista. Nenhum deles masca chicletes. As garotas não usam batons ou esmaltes chamativos. Nas conversas não se toleram gírias. Todos são obrigados a cantar o Hino Nacional na chegada, a caminhar marchando e a bater continência diante do diretor. Não estamos num quartel, mas num dos dez colégios da rede estadual de Goiás cuja administração começou a ser transferida para a Polícia Militar desde janeiro, numa medida desenhada para amainar os repetidos casos de violência ocorridos numa região desassistida a apenas 40 quilômetros do Distrito Federal.

Duas das escolas sob o novo regime ficam nas cidades de Valparaíso e Novo Gama. Ali, a maioria dos professores é a mesma do ano passado, e a metodologia pedagógica continua sob responsabilidade da Secretaria estadual de Educação. Mas o diretor de cada unidade é um oficial da PM, assim como a equipe encarregada de manter a “ordem”. Todos fardados e com armas na cintura.

A escolha dos colégios não foi em vão. O entorno do DF convive com problemas crônicos de violência. Desde 2011, a Força Nacional de Segurança Pública reforça o policiamento. Em Valparaíso, o Colégio Fernando Pessoa já apareceu no noticiário policial depois que um ex-aluno foi assassinado a tiros ali. Em outra ocasião, uma professora sofreu um sequestro relâmpago ao sair do prédio.

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'Operação limpeza' para conquistar comunidade

A vice-diretora do Fernando Pessoa, Glaucia Ermínia dos Santos, foi mantida no cargo e afirma que o cenário “é outro” desde a chegada da PM:

— A questão disciplinar mudou gritantemente. Tínhamos problemas de tráfico de drogas e prostituição. Professores tinham medo dos alunos.

No Colégio José de Alencar, no Novo Gama, relatos semelhantes.

— Era tudo bagunçado. Tinha gente usando drogas nos banheiros. Agora até o bairro está mais seguro. O melhor é sair e ver uma viatura na rua — diz a estudante Erisvânia Chagas, de 15 anos.

Em ambas as unidades, um mutirão chamado de “operação limpeza” foi posto em prática com o evidente intuito de conquistar a comunidade. As paredes foram pintadas; as pichações, apagadas. Os próprios alunos se tornaram responsáveis por sessões de vistoria nos banheiros e pela checagem da sala: se tudo não estiver arrumado, ninguém sai. Até a lista de ausentes à aula é compilada pelos estudantes, no caso um deles, o chefe da turma. Se um professor falta, nenhuma turma sai mais cedo.

O código de conduta segue os moldes do que vigora nos colégios da Polícia Militar de Goiás (CPMG). Até os cortes de cabelo devem obedecer a certos padrões. Contato físico “que denote envolvimento de cunho amoroso” é proibido.

— No início eu me revoltei, odiei. Hoje adoro, não troco por nada — sustenta Luísa Roriz, de 16 anos, que estuda em Valparaíso.

O apoio entusiasmado pode esconder temor a repressão. O código classifica como transgressão disciplinar grave “denegrir o nome do CPMG ou de qualquer de seus membros”. Quem conversa com alunos percebe o receio que têm de fazer críticas. Estudantes que davam entrevista ao GLOBO foram interpeladas por uma policial da equipe disciplinar no momento em que uma delas reclamava da exigência de ficar em pé durante solenidades.

— Não há dúvida de que a escola, para funcionar bem, deve ter normas claras e ser exigente. Mas isso nada tem a ver com militarização — critica Wanderson Ferreira Alves, professor de políticas educacionais na Universidade Federal de Goiás (UFG). — Experiências exitosas no mundo fizeram o caminho inverso, aproximando a escola da comunidade e horizontalizando relações hierárquicas.

Frederico Marinho, pesquisador de segurança pública na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chama a transferência de escolas para a polícia de “maquiagem ideológica”, “tentativa de doutrinação dos alunos” e “aberração”:

— Não tem nada a ver com segurança.

Diretor do Colégio Fernando Pessoa, o capitão Francisco dos Santos Silva defende o modelo adotado pelo governo de Marconi Perillo (PSDB). Ele é formado em Pedagogia e foi professor da rede estadual antes de se tornar policial. E diz que um dos objetivos é melhorar a nota da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), método avaliador do Ministério da Educação.

— O caminho é simples: a disciplina consciente. A gente faz (o aluno) pegar o gosto (pelo estudo). No sábado tem grupo de estudo na biblioteca. Em breve, vamos começar um cursinho para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) — afirma. — Gírias como “ô, véio” não podem (ser empregadas). Aqui a gente só usa a norma culta.

Diferentemente do que ocorre na rede pública, os colégios da PM goiana (aos quais se somaram os dois de Valparaíso e Novo Gama) cobram uma contribuição “voluntária” de R$ 40 a R$ 70 mensais. O dinheiro é administrado pela Associação de Pais da unidade e, segundo a PM, destinado a melhorias na infraestrutura, em equipamentos e na contratação de professores de reforço.

O Ministério Público em Valparaíso, contudo, acionou a Justiça no início do ano, devido a informações de que o pagamento da taxa seria compulsório, assim como a exigência de uso de uniforme, um kit de R$ 400. Uma liminar da Justiça garantiu o caráter espontâneo da taxa.

O comandante de Ensino da PM de Goiás, coronel Júlio César Mota, sustenta que houve um mal entendido e que a contribuição é voluntária:

— Quando o pai percebe que a contribuição está transformando a escola, a adesão é muito maior. Chega a 100% em algumas unidades.

O pedreiro Cleuber Bispo da Silva, de 44 anos, diz que faz questão de pagar.

— Meu menino mudou de comportamento. Passou até a arrumar mais o quarto — descreve o pedreiro, cujo filho, de 11 anos, está no 6º ano do ensino fundamental do Colégio Fernando Pessoa.

O coordenador geral da rede Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, avalia como “um desastre” o processo que está sendo registrado na rede estadual de Goiás:

— Trabalhei em escolas públicas nas regiões mais violentas de São Paulo e acompanhava as rondas que a polícia fazia. Elas já eram temerárias... Imagine uma administração da PM! A polícia não faz bem nem seu trabalho de segurança pública, que dirá educação. Essa medida reforça o sentimento de desigualdade entre as escolas. É um instrumento antirrrepublicano. Precisamos combater a desigualdade, não institucionalizá-la.

Outro a condenar a medida é o ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro e antropólogo Paulo Storani.

— É a certificação do fracasso de um processo pedagógico no Brasil. É aquele pensamento: “ah, não temos como resolver o problema? Então chama a polícia”. Estão dando o gerenciamento da escola a um órgão que não tem essa função — raciocina. — A população tinha uma expectativa, é o desespero de querer qualquer coisa para melhorar uma situação. Pode melhorar em curto prazo, porque cria disciplina, mas não resolve nada a longo prazo.

Demetrio Weber - O Globo

Cliquem no link e vejam o vídeo. BIZARRO.

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E vamos criar crianças que só aprendem a receber ordens e nunca a questioná-las...

Como cita na própria reportagem: "— Não há dúvida de que a escola, para funcionar bem, deve ter normas claras e ser exigente. Mas isso nada tem a ver com militarização".

Uniformizar corte de cabelo? Pff.. E a formação da própria personalidade e características, fica onde?

Penso que algumas ações como o respeito para com os professores, ao hino podem e devem ser implementadas, mas não dessa forma.

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Visitante João Gilberto

...para quem nunca vivenciou este tipo de rotina, deve parecer "bizarro" mesmo, mas está longe de ser. Eu não concordo que seja implementado este tipo de regime em qualquer escola pública como a salvação da educação, mas podem apostar que os alunos destas, querendo ou não, vão obter sim melhor desempenho em breve. Se assim não fosse, os alunos de colégios militares não teriam o destaque que normalmente tem em provas de vestibulares federais Brasil a fora.

É uma boa ideia, uma possibilidade, mas que precisa ser bem estudada e implementada deixando, obviamente, também a opção aos pais de alunos destas mesma comunidades outras de regime tradicional. Enfim, não sou contra e discordo do Igor quando pergunta:

E a formação da própria personalidade e características, fica onde?

Fica da mesma forma. Você conhece quantas pessoas que estudaram em escolas militares?! Posso garantir a você, são iguais a quaisquer outras: briguentas, quietas, palhaças, arruaceiras, periguetes, religiosas, ateias, etc etc.

Não tem como negar que há influencia na formação da personalidade e características de algumas, mas existem outros N fatores envolvidos nesse quebra-cabeças que passam longe do dia a dia da escola.

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Fica da mesma forma. Você conhece quantas pessoas que estudaram em escolas militares?! Posso garantir a você, são iguais a quaisquer outras: briguentas, quietas, palhaças, arruaceiras, periguetes, religiosas, ateias, etc etc.

Não tem como negar que há influencia na formação da personalidade e características de algumas, mas existem outros N fatores envolvidos nesse quebra-cabeças que passam longe do dia a dia da escola.

Sim, mas isso não pode criar um certo receio/medo na criança de seguir aquilo que ela acha que é o certo pra ela?? Principalmente no que diz na liberdade criativa?

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Visitante João Gilberto

Sim, mas isso não pode criar um certo receio/medo na criança de seguir aquilo que ela acha que é o certo pra ela?? Principalmente no que diz na liberdade criativa?

...tudo depende da pré-disposição da própria pessoa. Eu estudei por quase 1 ano em escola militar (Marinha), em regime de semi-internato (sair apenas nos finais de semana, quando não de serviço) o que é muito mais rigoroso, no entanto, posso definitivamente afirmar que de forma alguma fui limitado em termos de criatividade.

O que se prega com rigor lá é o respeito, a ordem, a educação e principalmente a hierarquia, talvez o nivelamento de comportamentos, mas isso apenas dentro do quartel (escola) e eventos oficiais fora, mas no dia a dia, também perdi a conta das vezes que vi oficiais, sargentos, cabos e marinheiros confraternizando sem frescuras.

Outra, não tem coisa que seja mais estimulada em uma escola militar que não a competição, logo, tirar notas mais altas que a de seus companheiros vira, das duas, uma: diversão ou mera disputa, porque ao final de cada semestre a hierarquia na escola é feita a partir da média geral, ou seja, quem tiver as menores, se lasca! hehehe =p

Mas voltando a pergunta inicial: também cabe aos pais avaliar alterações de comportamento no dia a dia dos filhos. Alguns, de fato, são mais sucessíveis a lavagem cerebral, mas da mesma forma que seriam se por acaso viessem a entrar, por exemplo, em uma igreja evangélica. Por isso, ratifico que depende muito mais da pré-disposição de cada um.

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Nem 8, nem 80. Já vi professor mandar aluno pra fora da sala por ficar conversando a e o diabo dizer que não sai. Professor vai fazer o quê? Não pode encostar no sujeito, não pode xingar. Perde totalmente a figura de respeito que tinha perante os alunos. E pior: em certas escolas, o cara ainda diz que vai te pegar na rua hahahah! Imagina como é uma merda ser professor hoje em dia? É uma das classes que mais devia tá ganhando dinheiro, ai fica dando aula com medo e recebendo pouco.

Figuras de autoridade sempre são bem vindas. Mas a questão que deve ser imposta ao aluno é entender que a figura de autoridade deve ser RESPEITADA, não temida. Pra colocar isso na cabeça do demônio, é muito complicado. Acho que o melhor meio é esse, da disciplina mesmo.

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E eu achando que o caminho da sociedade era a desmilitarização. Ledo engano, sigamos com o "Ordem e Progresso"

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A princípio, parece um pouco retrocesso. Mas pelo menos a parte pedagógica não foi "militarizada", que, no fim das contas, é o que mais importa.

Mas é muito perigoso o risco da intimidação, de não desenvolver um senso crítico.

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...para quem nunca vivenciou este tipo de rotina, deve parecer "bizarro" mesmo, mas está longe de ser. Eu não concordo que seja implementado este tipo de regime em qualquer escola pública como a salvação da educação, mas podem apostar que os alunos destas, querendo ou não, vão obter sim melhor desempenho em breve. Se assim não fosse, os alunos de colégios militares não teriam o destaque que normalmente tem em provas de vestibulares federais Brasil a fora.

Fica da mesma forma. Você conhece quantas pessoas que estudaram em escolas militares?! Posso garantir a você, são iguais a quaisquer outras: briguentas, quietas, palhaças, arruaceiras, periguetes, religiosas, ateias, etc etc.

Não tem como negar que há influencia na formação da personalidade e características de algumas, mas existem outros N fatores envolvidos nesse quebra-cabeças que passam longe do dia a dia da escola.

...tudo depende da pré-disposição da própria pessoa. Eu estudei por quase 1 ano em escola militar (Marinha), em regime de semi-internato (sair apenas nos finais de semana, quando não de serviço) o que é muito mais rigoroso, no entanto, posso definitivamente afirmar que de forma alguma fui limitado em termos de criatividade.

O que se prega com rigor lá é o respeito, a ordem, a educação e principalmente a hierarquia, talvez o nivelamento de comportamentos, mas isso apenas dentro do quartel (escola) e eventos oficiais fora, mas no dia a dia, também perdi a conta das vezes que vi oficiais, sargentos, cabos e marinheiros confraternizando sem frescuras.

Outra, não tem coisa que seja mais estimulada em uma escola militar que não a competição, logo, tirar notas mais altas que a de seus companheiros vira, das duas, uma: diversão ou mera disputa, porque ao final de cada semestre a hierarquia na escola é feita a partir da média geral, ou seja, quem tiver as menores, se lasca! hehehe =p

Mas voltando a pergunta inicial: também cabe aos pais avaliar alterações de comportamento no dia a dia dos filhos. Alguns, de fato, são mais sucessíveis a lavagem cerebral, mas da mesma forma que seriam se por acaso viessem a entrar, por exemplo, em uma igreja evangélica. Por isso, ratifico que depende muito mais da pré-disposição de cada um.

Mas você mesmo meio que desconstruiu seu argumento.

Aqui, pelo menos, pra entrar no Colégio Militar tem que fazer prova, então faz sentido que terão bons alunos.

Existem também os das polícias. Ordem e Progresso pra Polícia Civil e Tiradentes pra Polícia Militar. Depois vou até procurar as notas deles nas avaliações do governo mas não acho que cheguem ao nível dos bons colégios particulares.

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Eu hein, desde quando disciplina rígida impede senso crítico?

Esse colégio é apenas um exemplo de como uma escola seria se as regras e leis funcionarem direito. Claro, sem os exageros de continência e corte de cabelo. O senso crítico não existe quando todas as vozes são caladas ou quando é justamente o contrário: regras frouxas (ou inexistentes), sem qualquer referência de deveres. Aí é só gente papagaiando direitos e sem direção alguma para a vida.

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Eu hein, desde quando disciplina rígida impede senso crítico?

Esse colégio é apenas um exemplo de como uma escola seria se as regras e leis funcionarem direito. Claro, sem os exageros de continência e corte de cabelo. O senso crítico não existe quando todas as vozes são caladas ou quando é justamente o contrário: regras frouxas (ou inexistentes), sem qualquer referência de deveres. Aí é só gente papagaiando direitos e sem direção alguma para a vida.

Acho que está bem claro no texto o porquê de terem mencionado isso:

O apoio entusiasmado pode esconder temor a repressão. O código classifica como transgressão disciplinar grave “denegrir o nome do CPMG ou de qualquer de seus membros”. Quem conversa com alunos percebe o receio que têm de fazer críticas. Estudantes que davam entrevista ao GLOBO foram interpeladas por uma policial da equipe disciplinar no momento em que uma delas reclamava da exigência de ficar em pé durante solenidades.

— Não há dúvida de que a escola, para funcionar bem, deve ter normas claras e ser exigente. Mas isso nada tem a ver com militarização — critica Wanderson Ferreira Alves, professor de políticas educacionais na Universidade Federal de Goiás (UFG). — Experiências exitosas no mundo fizeram o caminho inverso, aproximando a escola da comunidade e horizontalizando relações hierárquicas.

Se realmente minam opiniões divergentes e/ou críticas, prejudicam a formação dos alunos ao proibir o diálogo.

Poderiam ao menos instituir um grêmio estudantil e aí orientarem a tratar problemas internamente, apesar que isso também não estaria livre de pressões mas aí ao menos haveria o embrião do diálogo além do ensino de direitos e deveres.

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Acho que está bem claro no texto o porquê de terem mencionado isso:

Se realmente minam opiniões divergentes e/ou críticas, prejudicam a formação dos alunos ao proibir o diálogo.

Poderiam ao menos instituir um grêmio estudantil e aí orientarem a tratar problemas internamente, apesar que isso também não estaria livre de pressões mas aí ao menos haveria o embrião do diálogo além do ensino de direitos e deveres.

A questão é que isso é deduzido mais por história do que certeza. E a reportagem não deixa claro que tipo de "interpelado" foi o que a policial fez. E dizer que "esconde um temor" é presunção de quem normalmente é contra. Queria ver é uma pesquisa séria depois de 1 ano feito por uma entidade isenta, de preferência de outro estado, sobre os resultados dessa metodologia.

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Eu achei totalmente válido pelo fato de o pedagógico não ter sido alterado.

A molecada hoje está sem freio, sem limites... o professor não pode falar mais nada pois hoje criança e adolescente é intocável!

Também já vi, quando estava no ensino fundamental/médio aluno ignorando ordem de professor... xingando... ameaçando... se fosse a minha escola igual essas de Goiás, queria ver nego meter o loco!

A sociedade precisa resgatar os bons valores, e se essa iniciativa é focando esse objetivo, então tem mais é que continuar.

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Eu achei totalmente válido pelo fato de o pedagógico não ter sido alterado.

A molecada hoje está sem freio, sem limites... o professor não pode falar mais nada pois hoje criança e adolescente é intocável!

Também já vi, quando estava no ensino fundamental/médio aluno ignorando ordem de professor... xingando... ameaçando... se fosse a minha escola igual essas de Goiás, queria ver nego meter o loco!

A sociedade precisa resgatar os bons valores, e se essa iniciativa é focando esse objetivo, então tem mais é que continuar.

~Bons valores~.

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Resgatar os bons valores... Amo amnésia saudosista.

rs

Acho que encerramos por aqui né, vou atrás dos bons valores.

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Amnésia saudosista é uma boa definição. Sempre quis encontrar um termo bom pra esse sentimento e finalmente consegui.

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É o típico caso de situações extremas que levam a soluções extremas. E enquanto regras claras e rígidas e disciplina rígida não vão fazer mal. Mas isso é um absurdo. E o pior é que ninguém vai fazer nada pra acabar com isso. Se bobear vai ter prefeito oportunista copiando o modelo.

A questão é que isso é deduzido mais por história do que certeza. E a reportagem não deixa claro que tipo de "interpelado" foi o que a policial fez. E dizer que "esconde um temor" é presunção de quem normalmente é contra. Queria ver é uma pesquisa séria depois de 1 ano feito por uma entidade isenta, de preferência de outro estado, sobre os resultados dessa metodologia.

Não vi presunção nenhuma, vi apenas ressalvas muito válidas. Afinal se contas, quando se consta no estatuto que não se pode denegrir o nome da corporação e se vê uma aluna abordada logo após as críticas, você tem que fazer esse tipo de ressalva. Caso contrário, o parcial da história é você.

E que tipo de resultados? Apenas notas? Ou uma avaliação mais detalhada do comportamento geral da escola e dos seus alunos?

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Bizarro é o caralho.

Tem que ter isso em todas escolas.

Bizarro é criança de 10 anos de bunda pro alto, criança de 10 anos metendo feito gente grande. Não fode.

Os colégios militares, sempre primaram por um ensino de excelência. Se adotassem isso em todas as escolas, a educação em partes, seria diferente.

Claro, depende muito da escola e dos professores, além do próprio sistema de educação adotado no Brasil. Mas acabaria com a "liberdade" que a criança tem na escola. Se acham deuses, por serem mau educados em casa, fazendo o professor de palhaço com a ajuda dos pais.

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Perfeito... tinha que implementar em todo o Brasil.

Disciplina militar em escola não mata ninguém, só ensina. O pessoal que nunca vivenciou acha que é igual filme americano de recruta, que o cara vai passar o dia inteiro recebendo grito na cara e rastejando na lama. Escola militar só preza pela disciplina e hierarquia, você aprende a respeitar o seu superior e que certas coisas na vida você tem que fazer mesmo não concordando. Te da noções de companheirismo, naquela de "todos pagam por um", você vê na prática que os seus atos refletem em toda uma sociedade, mesmo que você aprenda isso na base da "porrada".

Absurdo é bandido (bandido não tem idade, pode ter 30 ou 12 anos) ameaçar professor, mandar diretor tomar no cu e não acontecer nada pq o sistema protege.

Eu passei 3 anos em regime de semi internado, ia pra casa aos fins de semana, quando não tinha serviço ou estava preso por alguma merda, conheci 5 turmas o que da uma média de 1200 alunos e posso falar com conhecimento de causa que a "personalidade" das pessoas em nada difere dos "resto" da sociedade.

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Também não sei se seria a melhor alternativa, mas sei la, estamos tão atolados em merda quanto a questão da educação que fica até difícil julgar, afinal, pelo que se lê ali, apesar de algumas situações mais extremas, houve melhorias a curto prazo em vários aspectos.

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Essa coisa do corte de cabelo não achei tão ruim, bom que a molecada para de vaidagem logo cedo.

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Professor sofrendo sequestro relâmpago, aluno morto a tiros DENTRO da própria escola, aluno declarando que outros alunos usavam drogas dentro do banheiro, estamos falando de uma das regiões mais perigosas do Distrito Federal, como melhorar isso? também acho muita das medidas adotadas exageradas mas não consigo pensar em outra solução pra fazer com que os fatores extraescolar não atrapalhem a rotina escolar dos alunos, é um mal necessário, e se a comunidade, alunos e professores gostam não vejo porque não manter, só não vejo isso como modelo a ser seguido por todas as escolas públicas, apenas para aquelas que assim como essa de Valparaiso estão praticamente entregues a criminalidade.

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Se o Brasil não estivesse tão na merda, acharia um absurdo, mas sei lá, realmente, dessa vez, não sei o que pensar...

Um lado diz, "é um absurdo, as pessoas precisam ter abertura para pensar, o militarismo acaba trazendo sempre esse corte criativo nas pessoas, pode acabar podendo N pessoas que viriam a usar dessa criatividade para suas vidas futuras, precisamos ficar longe dessa idéia que o militarismo é a solução, isso pode somente melhorar a impressão que precisamos voltar ao regime militar." Enfim, N motivos para falar mal disso. Sou extremamente contra governos militares, extremamente.

Mas daí lembro da quantidade enorme de crianças que estão sendo prejudicadas nessa merda de nação pela falta de pulso firme dos pais, que deveriam educar e estão fazendo o favor de cagar mais ainda com uma geração que já tem tudo pra ser perdida. Eu vejo criançada de 10 anos fumando cigarro, maconha, sendo aliciado pro crime. Vejo a grande merda que tá se ajeitando e sinceramente, não vejo muita mudança, perdi a esperança com esse país a anos. Direita ou "Esquerda", ninguém se importa com a educação, ninguém está nem aí pra segurança, pros hospitais, só pensam em se manter no governo, não em melhorar a nação. A bandeira partidária vale muito, mas muito, mais que o futuro do país.

O que estamos vendo, vai levar um tempo para mostrar se vai ser bom ou ruim. Não tenho a menor idéia do que vai acontecer, sinceramente, e olha que curto fazer "prognósticos". Sei de uma coisa, isso é só o reflexo do ausência do governo na questão educacional. Você pode privatizar estradas, estatais, hospitais, o que você quiser, para fugir da necessidade de se importar pelo negócio, mas educação, você não pode privatizar, é algo público e que PRECISA ser gratuito. Alguém precisava cobrir esse buraco, os militares viram nisso, uma oportunidade boa, resolveram agir. "Privatizaram" a educação para eles.

Só que uma coisa a gente sabe, nada no Brasil é feito sem interesse, isso com certeza não foi feito sem algo superior a ser pensado. Não se enganem achando que a estamos presenciando um "milagre educacional" e os militares estão interessados só no futuro da nação. Todos defendem uma bandeira no final, e ninguém defende a que deveria.

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    • jonnyjones81
      Por jonnyjones81
      Estava lendo uma matéria sobre a tal ligação do Kajuru na IstoÉ e a matéria termina assim:
      “Finalmente, uma observação sobre o sistema eleitoral brasileiro, que o Congresso está querendo alterar. O sistema vigente hoje já dá bastante espaço para que políticos como Jorge Kajuru se elejam. São pessoas que não têm outras credenciais além da fama e de algum sentimento de indignação, ou desejo vago de “fazer o bem”, mas que nunca perdeu um minuto da vida pensando sobre políticas e administração públicas.
      Se o Congresso fizer o que deseja, e implantar o tal sistema do “distritão”, em que apenas os candidatos mais votados são eleitos, só haverá gente famosa na política. Aquele sujeito que passou a vida lutando em silêncio por uma causa, ou estudando gestão pública, nunca mais chegará ao parlamento, pois costuma ser eleito pelos votos concedidos aos partidos no sistema proporcional.
      Hoje, existe um Kajuru a mais do que o necessário no Senado. Imagine agora um Congresso feito só de Kajurus. Gostou?”
      Ou seja, uma clara critica à mudança.
      Então fui pesquisar e ler um pouco melhor sobre o tema do voto distrital e distrital misto. Achei uma matéria sobre o assunto muito, mas muito bem escrita (IMO). Vou deixar aqui para a leitura e um debate saudável.
      Como o voto distrital misto pode mudar as eleições no país
    • Henrique M.
    • Guilherme Faria
      Por Guilherme Faria
      https://oglobo.globo.com/brasil/torcidas-organizadas-saem-as-ruas-em-defesa-da-democracia-em-sao-paulo-minas-rio-1-24455430
      Seriam, talvez, o início de muitas outras? 
    • DEREK ROCHA
      Por DEREK ROCHA
      Boa noite queridos,
      Gostaria da opinião de vocês.
      Quem foi melhor? Romário ou Ronaldo Fenômeno? Alguns números oficiais:
      [ROMÁRIO]
      ELEITO 1X MELHOR DO MUNDO
      PROTAGONISTA E CAMPEÃO DA COPA DO MUNDO DE 1994
      MELHOR JOGADOR DA COPA DO MUNDO DE 1994
      DISPUTOU AS COPAS DE 1990 E 1994
      8 JOGOS E 5 GOLS em COPAS DO MUNDO
      GOLS PELA SELEÇÃO: 70 JOGOS 55 GOLS
      GOLS PELOS CLUBES: POUCO MAIS DE 1000 JOGOS, 860 GOLS
      [RONALDO]
      ELEITO 3X MELHOR DO MUNDO
      PROTAGONISTA E CAMPEÃO DA COPA DO MUNDO DE 2002
      MELHOR JOGADOR DA COPA DO MUNDO DE 1998
      DISPUTOU AS COPAS DE 1994, 1998, 2002 E 2006
      19 JOGOS E 15 GOLS EM COPAS DO MUNDO
      GOLS PELA SELEÇÃO: 99 JOGOS 67 GOLS
      GOLS PELOS CLUBES: POUCO MAIS DE 500 JOGOS, 414 GOLS
      Comenta aqui!
       
       

    • Aleef
      Por Aleef
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