política Governo Jair Bolsonaro (2019-2022)

[Lewiks]

4 horas atrás, raskor disse:

Bom, você tem parentes, eu também tenho e tenho convívio diário com o povo daqui do subúrbio. Moro ao lado do lugar onde a maioria dos militares da cidade serve, então a quantidade de pessoas daqui das redondezas que são ou foram militares é naturalmente maior em função da curta distância. Enfim, você teve a sua experiência, eu tive (e ainda tenho) a minha.

Sim, a lei é machista, mas as palavras que você usa para denegrir essas mulheres também são.

Enfim, o que é certo é que essas pensões foram uma puta cagada e que agora só nos resta esperar o tempo passar.

Quando eu usei o termo vagabunda foi no contexto de alguém que ganha dinheiro sem trabalhar... não como se quem recebesse pensão fosse piranha.

No mais, a gente concorda que essa porra tem que acabar. Desculpe qualquer coisa, de verdade.

[Léo R.]

8 horas atrás, Rico Orestes disse:

Qual será o malabarismo para praticar a passada de pano dessa vez ?

Mas tudo bem, se o governo disse que vai economizar 1 trilhão e criar 500 bilhoes (piada ok) de empregos acreditaremos só por que sim hahaha

Mas não pode falar do super ministro liberalzão não hein.

Os defensores dele usam os estudos que só os inteligentes conseguem ver...

[F J]

Em 20/04/2019 at 21:13, Douglas. disse:

 

 

Sem zueira, os ministérios parecem o Pinky e o Cérebro: "que merda nós vamos fazer hoje?"

Não sei o que governo bolsonaro odeia mais, pobre ou a natureza

[Aleef]

12 horas atrás, Rico Orestes disse:

Qual será o malabarismo para praticar a passada de pano dessa vez ?

 

Qual governo divulgou?

Enfim:

“Como assim quem ganha mais do que isso está na Alta Classe Alta? Segundo esse critério aí, eu estou entre as pessoas mais ricas do país.”

Muitos leitores assim reagiram quando, em artigos recentes deste Mercado Popular, citei classificações utilizadas pela Presidência da República para as faixas de renda no Brasil. O susto se deu quando muitos notaram que, ao contrários do que imaginavam, eles mesmos não faziam parte da classe média brasileira. Alguns acusaram o governo como culpado pela manipulação maldosa dos dados, mas deste crime nossos políticos infelizmente não podem ser acusados.

Afinal, segundo os critérios oficiais, estão na classe média todas as famílias com renda superior a 292 reais por integrante e fazem parte da classe alta aquelas que acumulam mais de 1019 reais por mês, por pessoa. Como a maioria das famílias no Brasil agrega três ou quatro pessoas, boa parte dos domicílios da classe média brasileira tem renda total entre 900 e 4000 reais por mês, somando os vencimentos de todos os seus integrantes que trabalham.

Basta comparar esses números com o preço de uma conexão à internet no Brasil (ou com o número de brasileiros que tem acesso a internet) para concluir que o susto dos leitores tinha alguma razão: quase todos eles integravam ao menos a Classe Média Alta. E a maioria provavelmente está entre os mais ricos. O gráfico abaixo pode esclarecer melhor a confusão – e mostrar que, infelizmente, o Brasil é mais pobre do que se imagina.

 

Quem está no meio da distribuição de renda brasileira – ou seja, quem é mais pobre do que metade dos brasileiros e mais rico do que a outra metade – estaria exatamente no que o governo chama de “Média Classe Média”, com renda aproximadamente igual a 600 reais. Já uma renda de 1900 reais seria suficiente para garantir um lugar entre os 10% mais ricos do país.

Então quem é a classe média?

Como eu já disse, uma típica família de classe média brasileira tem renda entre R$ 300 e R$ 1000, o que garante uma posição entre os 30-75% da distribuição de renda no Brasil – ou seja, estatisticamente, a classe média é mais rica do que 30% dos brasileiros e mais pobre do que 25%.

Dos quase 100 milhões nessa ampla faixa de renda, 20% estudaram até o fim do Ensino Fundamental, 23% completou no máximo o Ensino Médio e somente 4% tem um diploma universitário, o que mostra que a educação superior ainda é artigo de luxo na sociedade brasileira. E não só a educação, mas também a inclusão digital ainda parece ser uma realidade distante para grande parte dessa população, uma vez que mais de 47% destes afirmava não ter usado a internet nos últimos três meses.

Na semana de referência da pesquisa, 47% da classe média estava empregada, em uma carga horária habitual média de pouco mais de 8 horas. (Você talvez ache o percentual baixo e isso é natural: a conta inclui crianças e idosos). Seus modos de ocupação eram os mais diversos, sendo o emprego com carteira assinada o mais comum, abrangendo quase 45% de todo o grupo.

O mais surpreendente no perfil de emprego na classe média provavelmente é o número de empreendedores – ou seja, gente que trabalha por conta própria e não tem patrão. O empreendedorismo é a segunda ocupação mais comum da classe média, como mostra o gráfico abaixo. Há mais brasileiros de classe média empreendendo do que trabalhando para alguém no setor informal, onde historicamente predominam más condições de trabalho. Esse dado leva a uma conclusão interessantíssima para as políticas públicas brasileiras: políticas salariais ou trabalhistas não beneficiam uma parcela expressiva da empobrecida classe média brasileira; para que esta classe média ascenda socialmente, seria mais eficaz criar um ambiente de negócios menos burocrático e mais amigável ao empreendedorismo.

 

Como isso é possível?

Profissionais liberais e servidores públicos comumente identificam-se eles mesmos como classe média, o que simplesmente não é verdadeiro quando olhamos para os dados distribuição de renda no Brasil. Apesar do que dizem, suas ocupações geralmente lhes garantem um espaço entre os 10% mais ricos do país. No entanto, o engano é inteiramente compreensível – o padrão de consumo destes assemelha-se ao das classes médias em países europeus e americanos, como fica claro a quem assiste em filmes e séries das duas regiões (aos quais, em geral, somente os brasileiros mais ricos têm acesso).

Como os padrões brasileiros de renda, emprego e educação estão muito distantes desses países, é natural que nossa classe média também esteja. A pobreza da nossa classe média não é resultado da concentração de renda entre uns poucos milionários. O Brasil é desigual, mas a principalmente origem do empobrecimento de nossa classe média não está na distribuição de renda. Nosso problema, infelizmente, é mais simples e grave: o Brasil é um país pobre.

Muitos tentam negar isso, apontando por exemplo o fato de a economia brasileira figurar entre as dez maiores economias do mundo. Trata-se de uma meia verdade, que convenientemente esquece que o Brasil tem também uma das maiores populações do mundo. Se dividíssemos toda a renda produzida dentro do país em um determinado ano por todos os brasileiros, cada um ganharia cerca de R$ 2.270 por mês. E esse experimento mental é bastante rudimentar; na realidade, o valor provavelmente seria menor, já que a renda nacional somada não seria a mesma se o governo decidisse dividir tudo igualmente.

A única saída para garantir melhores condições de vida para famílias pobres e de classe média é o crescimento econômico. Isso não significa, de forma alguma, que a desigualdade brasileira seja baixa. Pelo contrário: temos uma das maiores desigualdades do mundo, como mostra o gráfico abaixo.

 

Em linha com esse pensamento, Ricardo Paes de Barros – economista que auxiliou a formular o Programa Bolsa Família e outras políticas sociais bem sucedidas -, afirmou em abril desse ano: ‘crescer é a melhor política social no Brasil’.

Sem crescimento, nem mesmo a distribuição de renda mais igualitária do mundo permitiria que nossa classe média tivesse os padrões de vida de seus pares nos Estados Unidos e Europa.

 

http://mercadopopular.org/2015/09/classe-media/

 

 

 

 

[Douglas.]

14 minutos atrás, Aleef disse:

 

Qual governo divulgou?

 

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fbula-os-macacos-e-as-bananas/

[Aleef]

Agora, Douglas. disse:

https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/fbula-os-macacos-e-as-bananas/

Não cara, você não entendeu.

Nenhum governo divulga isto. Este é um problema que recorre desde o início da reforma da previdência. É um dever do governo, mas que não é exercido. Ontem o Carlos Goes, secretário que atuou na ultima reforma da previdência e foi enfático em dizer que não a divulgação de algo que temos direito.

Por isto a pergunta, qual governo que divulgou? Infelizmente nenhum.

[Douglas.]

2 minutos atrás, Aleef disse:

Não cara, você não entendeu.

Nenhum governo divulga isto. Este é um problema que recorre desde o início da reforma da previdência. É um dever do governo, mas que não é exercido. Ontem o Carlos Goes, secretário que atuou na ultima reforma da previdência e foi enfático em dizer que não a divulgação de algo que temos direito.

Por isto a pergunta, qual governo que divulgou? Infelizmente nenhum.

Foi exatamente o que entendi, whataboutism. "É assim que a banda toca por aqui"

Você pode justificar tudo assim, inclusive não fazer a reforma já que "ninguém fez o que precisava".

[Aleef]

5 minutos atrás, Douglas. disse:

Você pode justificar tudo assim, inclusive não fazer a reforma já que "ninguém fez o que precisava".

LOL

[Aleef]

Dados da reforma serão mostrados amanhã em reunião no congresso.

 

@Rico Orestes e @Douglas.

 

https://twitter.com/rogeriosmarinho/status/1120420375664496640

[Salvador.]

Em 20/04/2019 at 20:33, Aleef disse:

Na formação dos profissionais. Não sabemos formar professores.

Com todo o respeito amigo, mas isso não faz o menor sentido. Essa sua frase é tão fora de sentido que inclusive eu gostaria que se possível você a elaborasse (bem mais) para podermos prosseguir com a discussão.

[Léo R.]

11 horas atrás, F J disse:

Não sei o que governo bolsonaro odeia mais, pobre ou a natureza

Homossexuais e educação.

[Visitante]

Agora, Salvador. disse:

Com todo o respeito amigo, mas isso não faz o menor sentido. Essa sua frase é tão fora de sentido que inclusive eu gostaria que se possível você a elaborasse (bem mais) para podermos prosseguir com a discussão.

+1

--

Afirmações categóricas e pretensiosas assim daquele jeito mereciam desprezo; entretanto compreende-se que as pessoas acreditam no que quiserem, mesmo que não apresentem evidências, mesmo que as evidências os contradizessem e mostrasse uma outra situação.

Na sexta-feira passada fiquei até meia noite assistindo o desembarque de inúmeros europeus trazendo o "naturalismo" e o "humanismo" do Iluminismo para o Brasil. Eles se depararam com uma terra de hábitos ainda um tanto bárbaros e sem a ciência empírica e racionalista que traziam. Um lugar ainda sem a educação ocidental predominante.

Trouxeram o que há pouco tempo havia surgido no Velho Continente: o paradigma que provavelmente já estava vivo nos Estados Unidos já no século anterior e convive pacificamente com a religiosidade. É tudo que eu creio que o governo atual quisesse, mas eu duvido da própria capacidade deles de saberem aplicar o que se propõem a querer aplicar.

Afinal temos aqui uma dificuldade inerente à consciência do tipo de educação que estão falando. Será que chegou tarde demais no Brasil e não vingou? Não vingou, por quê?

Editado Abril 23, 2019 por Visitante

[Aleef]

3 horas atrás, Salvador. disse:

Com todo o respeito amigo, mas isso não faz o menor sentido. Essa sua frase é tão fora de sentido que inclusive eu gostaria que se possível você a elaborasse (bem mais) para podermos prosseguir com a discussão.

Na verdade faz sim.

O processo se inicia na captação dos professores, desde o censo de 2010 a uma diminuição no ingresso de alunos nas licenciaturas de português, matemática, química e física. Este então, desde 2015 é comprovado que não tem preenchimento total de docentes na área que sejam formados em licenciatura ou pedagogia. Em matemática, 51,3% ( fonte : Censo de educação superior) e em letras abaixo dos 50%.  Junta-se a isto com a nota do vestibular que é um dos mais baixos dos vestibulares públicos do país. A nota de corte da FUVEST ano passado foi 38 para pedagogia, Licenciatura em Ciências Exatas foi 27, química foi 33 e Letras foi um pouco maior pela possibilidade do mercado ser amplo sendo 37. O que difere de outras profissões como direito (58) ou outras. Quando partimos para universidades particulares a disparidade é maior ainda. Existem universidades que abrem x vagas e estas vagas ainda não são preenchidas.

Sabe porque eu acho que erramos na formação de professores? Porque os atuais professores que ensinam os professores não conseguem ensinar o aluno ( futuro professor) a ensinar. 11% do curriculo de pedagogia é para teorias didáticas, em São Paulo existe uma lei que iriam mudar para 30% o que ainda é muito pouco. O que deveria ser ao contrário. Existe uma pesquisadora chamada Bernadete Gatti que estuda sobre formação de professores há décadas  e em uma determinada pesquisa foi contatado que os professores recém-formados não sabiam alfabetizar uma criança. Nossa formação é capenga pautada em teoria e não na prática. Existe um abismo nisto e é constatado até mesmo pela provinha do Enade.

Então a formação já se inicia por termos transformado a profissão em uma profissão nada atraente ( tem estado que paga bem sim, então a desculpa do salário é possível de discussão). Mas para mim o maior problema é justamente na formação. Em 2009 houve mudanças quanto a formação do profissional com a criação de uma prova conhecida como Prova Docente. O plano era fazer esta prova como a OAB faz com a prova deles. Só que no momento de sua criação houve-se muitos questionamentos quanto a viés ideológico que esta prova poderia envolver. O Haddad costurou um acordo com a Undime aplicando-a em SBC e também com o braço da educação do CUT. Porém, ele saiu do ministério e o Mercadante engavetou.

Estamos falhando na formação dos nossos docentes precisamos mexer neste vespeiro. Porque parece que não se pode alterar o curriculum da licenciatura e da pedagogia do país. O Daniel Barros fez uma entrevista com o Janine perguntando se no mandato dele iria ser alterado ou mexido isto e o Janine desviou da pergunta e disse que não iria fazer. Claro, não é só isto que é vergonhoso na nossa educação. Temos falta de infraestrutura em determinados lugares, em outros temos um salário para o docente que faz vergonha, mas em outros, eles recebem muito bem. Salvador tem um salário base de 4k e tiveram um desempenho beeem ruim, disputas teórico ideológicas que para mim é um grande empecilho no desenvolvimento da profissão neste país, carreira não é atrativa tem diversos problemas realmente.

Para mim a formação se inicia desde sua capitação ( trazer mão de obra qualificada) até o fim de sua formação.

 

2 horas atrás, ArquitetoZ disse:

Trouxeram o que há pouco tempo havia surgido no Velho Continente: o paradigma que provavelmente já estava vivo nos Estados Unidos já no século anterior e convive pacificamente com a religiosidade. É tudo que eu creio que o governo atual quisesse, mas eu duvido da própria capacidade deles de saberem aplicar o que se propõem a querer aplicar.

Se não temos interesse de educação, se não evoluímos educacionalmente é por causa destes senhores que proibiam e combateram enormemente o desenvolvimento educacional deste país proibindo a criação de escolas, proibição de universidades e o avanço neste país. Mas o que esperar de um país que também não era muito chegado em educação não é mesmo? Enquanto só formos ter universidade depois de 1808, as colonias da Espanha já tinham centros academicos desde 1500 e bolinha.

[Mantrax]

@Aleef não sabemos formar professores ou a profissão é tão marginalizada que não atrai nenhuma pessoa pra trabalhar? 

Os seus dados só levantam um questionamento: pq existe um desinteresse tão grande em ser professor?

Editado Abril 23, 2019 por Mantrax

[fernandosancos]

Falando de professores, e eu pesso desculpas se esse assunto já foi discutido por aqui, mas algunas semanas atrás eu estava navegando por alguns sites internacionais, e me deparei com a noticia de que o governo do Bolsoneta iria alterar alguns dados nos livros de história da criançada nas escolas para colocar a ditadura em uma luz melhor.

O que voces acham disso? Porque se tentassem fazer isso com o nazismo (não querendo comparar as desgraças humanas, mas já comparando) isso ia dar um barulho geral.

[Lewiks]

7 horas atrás, Mantrax disse:

@Aleef não sabemos formar professores ou a profissão é tão marginalizada que não atrai nenhuma pessoa pra trabalhar? 

Os seus dados só levantam um questionamento: pq existe um desinteresse tão grande em ser professor?

Não é questão de desinteresse, é questão de motivação e questão de valorização... Sem contar que o brasileiro médio está cagando pra educação.

Falo com total conhecimento de causa, venho de uma família repleta de professores, ensino básico, filosofia, história, coordenadores pedagógicos... Todos ganham mal, mal mesmo, mas nunca vi nenhum deles negligenciar seus deveres, pelo contrário, fazem esforços além do que deveriam pra tentar ensinar uma grande parcela da população totalmente alienada. 

A maioria dos jovens que frequentam a escola não querem porra nenhuma da vida, não tem maturidade pra entender a importância do conteúdo que estão sendo expostos e no geral são filhos de gente igualmente ignorante, que tenta delegar a escola o papel que seria seu como pai/mãe, que seria o de educar os seus filhos, junta isso as péssimas condições de ensino (tanto pública quanto particular) e sobra realmente pouco tempo pra se aprender/ensinar.. e o mais absurdo ainda é que quando a escola de alguma forma toma alguma providência pra tentar dar o mínimo de senso de sociedade aos filhotes de cruz credo, o pai/mãe relapsa é a primeira pessoa a aparecer pra dar show e defender o futuro ignóbil.

Sempre que o assunto é educação eu bato na mesma tecla, o grande problema está na cultura do brasileiro... Somos um país fadado a continuar como mão de obra bruta pelos conceitos que carregamos e isso não se muda do dia pra noite. E vamos combinar que também não é interesse de nenhum governo mudar isso, afinal, quem pensa, reflete e contesta. É mais fácil tocar o gado do que adestrar os chimpanzés.

[Aleef]

8 horas atrás, Mantrax disse:

 não sabemos formar professores ou a profissão é tão marginalizada que não atrai nenhuma pessoa pra trabalhar? 

Foi o que eu abordei ali em cima.

Existem três problemas

- má formação dos professores

- carreira nada atrativa

- melhor selecionamento de quem entra, isto é precisa de afunilamento no que ocorre em outras profissões.

No nosso atual momento e vendo em uma maneira mais ampla temos alguns estados que pagam bem e ainda mantem um indice baixo de aprendizado. Não estou falando que é o principal. Mas um dos principais. E os dados não são meus, são dados do ministério da educação e da Universidade de São Paulo. O que eu quero expor é que claro que falta uma atratividade na profissão, porém não estamos sabendo formar profissionais que atuem de maneira adequada neste novo cenário no qual estamos vivendo.

Faça você mesmo o teste e entre em qualquer livraria e procure como ensinar matematica em português e depois em inglês. Porque não se a um debate sobre a didática do professor? Primeiramente, porque a didática que é um dos mais importantes componentes da aula é negligenciado na formação do professor?

2 horas atrás, fernandosancos disse:

Falando de professores, e eu pesso desculpas se esse assunto já foi discutido por aqui, mas algunas semanas atrás eu estava navegando por alguns sites internacionais, e me deparei com a noticia de que o governo do Bolsoneta iria alterar alguns dados nos livros de história da criançada nas escolas para colocar a ditadura em uma luz melhor.

Antigo ministro iria alterar, o novo ainda não. Quando Haddad era ministro ele passou a caneta em um livro de história, no qual, dizia que o ditador chinês era gente fina. Mesma merda.

 

 

Enfim

Mudanças sensíveis na Lei Rouanet e Major Olímpio fala que o governo não conversa com o legislativo. LOL

 

[Dan_Cunha]

1 hora atrás, Lewiks disse:

Não é questão de desinteresse, é questão de motivação e questão de valorização... Sem contar que o brasileiro médio está cagando pra educação.

Falo com total conhecimento de causa, venho de uma família repleta de professores, ensino básico, filosofia, história, coordenadores pedagógicos... Todos ganham mal, mal mesmo, mas nunca vi nenhum deles negligenciar seus deveres, pelo contrário, fazem esforços além do que deveriam pra tentar ensinar uma grande parcela da população totalmente alienada. 

A maioria dos jovens que frequentam a escola não querem porra nenhuma da vida, não tem maturidade pra entender a importância do conteúdo que estão sendo expostos e no geral são filhos de gente igualmente ignorante, que tenta delegar a escola o papel que seria seu como pai/mãe, que seria o de educar os seus filhos, junta isso as péssimas condições de ensino (tanto pública quanto particular) e sobra realmente pouco tempo pra se aprender/ensinar.. e o mais absurdo ainda é que quando a escola de alguma forma toma alguma providência pra tentar dar o mínimo de senso de sociedade aos filhotes de cruz credo, o pai/mãe relapsa é a primeira pessoa a aparecer pra dar show e defender o futuro ignóbil.

Sempre que o assunto é educação eu bato na mesma tecla, o grande problema está na cultura do brasileiro... Somos um país fadado a continuar como mão de obra bruta pelos conceitos que carregamos e isso não se muda do dia pra noite. E vamos combinar que também não é interesse de nenhum governo mudar isso, afinal, quem pensa, reflete e contesta. É mais fácil tocar o gado do que adestrar os chimpanzés.

Exatamente. Também tenho familiares na área, tanto pública quanto privada, e a sensação é a mesma. Claro, nem todos professores são exemplos de profissionalismo e interesse, mas o problema está longe de ser resolvido apenas com maior atratividade e qualificação.

Bicho, não adianta, você pode trazer Harvard para cá, colocar um circo dentro da sala de aula a fim de tentar atrair a atenção do aluno; mas convenhamos, quando o moleque não quer estudar, não quer aprender e tá pouco se fodendo pra aquilo ali, não há quem o faça mudar de ideia. E hoje as escolas estão LOTADAS de moleques assim. Sim, antes também tinha, todos conhecemos alguém com este perfil, mas hoje a situação tá absurda. É difícil produzir e lecionar com gente que tá mais preocupado em ser Youtuber, preocupado com a festa a noite ou seja lá o quê, mas não com a aula. É foda, desmotiva professor, desmotiva alunos que realmente querem estar ali, é ruim pra todo mundo. E é como o Lewiks falou, por trás disso tudo existem pais tão ignorantes e burros quanto os filhos. O que já ouvi de tia minha reclamar que pai chega nela e diz: "Se fosse para eu mesmo educar meu filho não pagaria esta escola", não tá escrito.

Quando envolve escola pública a situação piora, infelizmente. Primeiro pq o governo adora maquiar números. Chega num professor mais sincero e pergunta sobre a forma atual de reprovação de alunos . Hoje eles são quase obrigados a aprovarem alunos. Só reprovam os que realmente não tem solução. Tudo feito para entregar bons números. Isso sem falar na falta de estrutura, que desmotiva qualquer um. E ainda há problemas sociais. Cara, querer resultados bons com tantos problemas associados é querer milagre, numa boa.

Aí eu te pergunto: qual cidadão, em sã consciência, vai se preparar, qualificar, sofrer uma pressão absurda de escola, pais e até mesmo alunos para investir numa carreira totalmente desvalorizada (falar, na nossa realidade, que 4 mil reais, que já é a excessão da excessão, é "ser valorizado", é piada, numa boa), sem apoio de ninguém e muitas vezes sem estrutura? Vocês investiriam? Eu não.

[Mantrax]

1 hora atrás, Dan_Cunha disse:

Aí eu te pergunto: qual cidadão, em sã consciência, vai se preparar, qualificar, sofrer uma pressão absurda de escola, pais e até mesmo alunos para investir numa carreira totalmente desvalorizada (falar, na nossa realidade, que 4 mil reais, que já é a excessão da excessão, é "ser valorizado", é piada, numa boa), sem apoio de ninguém e muitas vezes sem estrutura? Vocês investiriam? Eu não.

Exatamente! Tenho conhecidos e conhecidas que gostariam de ser professores, mas não vão pra área por esses motivos! 

[raskor]

2 horas atrás, Mantrax disse:

Exatamente! Tenho conhecidos e conhecidas que gostariam de ser professores, mas não vão pra área por esses motivos! 

Eu não cursei história justamente porque não queria viver na pindaíba. Fora que a criação de parte das crianças é falha e isso reflete no comportamento animalesco de alguns adolescentes na sala de aula. Professor tem que gostar muito do que faz.

[Rico Orestes]

 

o loco, os cara querem acabar com o país mesmo. 

[Léo R.]

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/23/politica/1556045986_616088.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM&hootPostID=bcf8086e80c7092ba5bd680cfc8f650f&fbclid=IwAR2oqdLxRs41WpoP2CkOxMximRmG_CDKaMrIvnH35uzgWQG8shhqH6IBJqQ

Mas era só tirar o PT (Temer) que tudo ia melhorar

[Rico Orestes]

To até agora esperando os MILHÕES de empregos da reforma trabalhista. Ainda bem que com a reforma da previdencia vem ai 12 TRILHOES de empregos para o povo.

 

E nada de surpreendente vindo desses vagabundos.

 

[Douglas.]

A mudança do FGTS não parecia ruim, mas o resto faz parte dos cavalos-de-tróia que muitos já cantavam a pedra. Por isso é foda levarem adiante com qualquer coisa ainda sob sigilo.

 

A reforma do Temer só fez o esperado, acentuou empregos sazonais, provavelmente mais concentrados no comércio.

Citar

O salário médio real de admissão no país foi de R$ 1.571,58 em março e o salário médio de desligamento foi de R$ 1.706,37, conforme o levantamento divulgado nesta quarta-feira.

 

[Douglas.]

Citar

O “mártir” governa

Quem aponta “paralisia” na antipresidência de Bolsonaro está cego – ou se faz de cego – para a velocidade assombrosa da implantação do projeto autoritário

Olavo de Carvalho, o guru do antipresidente Jair Bolsonaro, segue apostando na estratégia de falsificar a realidade para criar realidades. Desde que seu mais famoso olavete assumiu a presidência, o escritor tem tentado plantar a mentira de que Bolsonaro estaria sendo impedido de governar. São várias as afirmações neste sentido ao longo dos mais de 100 dias do Governo. Em vídeo divulgado no canal de Bolsonaro no YouTube, no final de semana, o guru repetiu mais uma vez seu repisado mantra: “Bolsonaro é um mártir”.

Explicou: “Obviamente ele é um homem bem intencionado, limpo, ele quer fazer as coisas direito, mas como é possível com essa turma em volta?”. Em seguida atacou os militares e os “novos” políticos, em seguida o vídeo foi apagado “por pressão da ala militar”, em seguida o porta-voz de Bolsonaro fez uma declaração afagando seu guru por um lado, criticando-o por outro, em seguida o filho zerodois, que obviamente é a voz do pai nas redes sociais, disse o contrário... E lá se foi o Brasil discutir o Governo da situação e o Governo da oposição, a ala militar, supostamente a menos ideológica, e a ala “olavista”, supostamente a mais ideológica, com particular atenção para o romance caliente entre o vice Hamilton Mourão e o filho zerodois, até agora entre tapas e nenhum beijo.

(...)

Na semana passada, o Mártir promoveu um encontro transmitido em uma “live” nas redes sociais, com indígenas escolhidos a dedo, onde assegurou, mais uma vez, que eles são humanos como ele. “Com todo o respeito, alguns querem que vocês fiquem na terra indígena como se fossem um animal pré-histórico. Não é pré-histórico não, vocês são seres humanos. Na minha cabeça tem exatamente o que tem na tua cabeça, o teu coração é igual ao meu coração”, garantiu. Aparentemente os indígenas tinham dúvidas sobre se eram humanos ou não até o Mártir, magnânimo como todo Mártir, esclarecer.

Antes do início da “live”, os indígenas foram orientados a “evitar usar a palavra garimpo e usar mineração”, palavra muito mais palatável para os propósitos de derrubar a floresta para explorar o subsolo. Os escolhidos foram apresentados como lideranças, mas o povo yanomami já enviou uma carta avisando que o indígena que apareceu por lá não representa nenhuma comunidade. Da boca do Mártir só saíram pérolas. Como esta: “Por exemplo. Tem uma terra indígena aí que possa fazer uma usina hidrelétrica. Se vocês concordarem, é coisa rápida! A decisão tem que ser de vocês, sem intermediários. (...) Não tem problema nenhum. Faz o negócio, faz o preço, faz seguro. E toca o barco. (...) Vocês têm bastante terra. Vamos usar essa terra. (...) Nós queremos a liberdade de vocês”. No meio da conversa, lembrou : “Tem que mexer em leis, lógico, vai depender do parlamento, a gente vai buscar leis para mudar isso aí”. “Isso aí” é a Constituição. Mas o Brasil continua sendo uma democracia.

Com um canetaço, o Mártir decidiu deletar centenas de conselhos sociais com participação popular. Estes conselhos – formados por representantes da gestão e representantes da sociedade civil, gente com experiência nas respectivas áreas, entidades com atuação reconhecida – acompanhavam, debatiam e influenciavam as políticas públicas. São especialmente importantes em áreas invisibilizadas, como as relacionadas à população de rua, indígenas e LGBTI. Sem serem remunerados para isso, os conselheiros só recebiam transporte e diária. Eram a voz da sociedade no Governo. E a voz da sociedade foi silenciada. Mas o Brasil continua sendo uma democracia.

A reforma da Previdência é apresentada como a salvação do país. Tudo indica que o Armageddon pode ser antecipado caso a reforma não for aprovada. Mas quando é exigido que o Governo apresente os dados técnicos em que se baseou para construir a proposta levada ao legislativo, o Mártir, pelas mãos do Posto Ipiranga Paulo Guedes, decreta sigilo sobre o material até a aprovação. A lei altera a vida de todos os brasileiros, mas aos brasileiros é negado o direito de conhecer as informações que poderiam justificar a lei. São informações públicas, obtidas por funcionários públicos com dinheiro público, mas o Mártir determinou que nem os legisladores nem o povo podem vê-las. Aprova primeiro, prova depois. Mas o Brasil continua sendo uma democracia.

(...)

Em vídeo, o Mártir desautorizou a operação do IBAMA que queimou caminhões e tratores de criminosos que atuavam no desmatamento da floresta amazônica, numa unidade de conservação no estado de Rondônia. Com sua precisão habitual, afirmou que “não é esse o procedimento, não é essa a orientação”. Avisou também que o office-boy de Tereza Cristina já tinha aberto “procedimento administrativo” para verificar os responsáveis. No caso, os responsáveis pelo cumprimento da lei, não os responsáveis por destruir a floresta, já que para o Mártir, trator é mais importante que árvore. A lei permite sim a destruição de equipamentos, maquinário e veículos, em casos específicos e se for impossível retirá-los do local durante fiscalização ambiental. Mas como o Mártir acredita que ele é a lei, colocou os funcionários do IBAMA em risco de morte ao expô-los em área de alta tensão. Mas o Brasil continua sendo uma democracia.

(...)

Porque o Brasil é uma democracia, os eleitores do Mártir têm toda a liberdade para afirmar que foram “enganados”, como muitos, cada vez mais, têm afirmado. Nesta semana mesmo, ouvi de um evangélico: “Ele mentiu! Ele enganou o pastor. Ninguém sabia que ele ia fazer isso”. E, quem tem apreço pelos fatos, precisa defender até mesmo o Mártir. Ele não mentiu. Bolsonaro não cometeu estelionato eleitoral. Está sendo exatamente o que sempre foi, fazendo exatamente o que disse que faria. Com método e com velocidade.

A “paralisia” do Governo por conta das “crises” provocadas por Bolsonaro e sua corte, apontada por alguns analistas, não está contando nem a rapidez do desmonte das políticas públicas nem o atraso proposital dos compromissos assumidos anteriormente que o Governo atual não quer cumprir. Olavo, o guru, é tudo o que já percebemos, mas burro não é. Escolheu a palavra “mártir” com muito propósito. Mártir é aquele que se sacrifica pela causa. Temos aí mais uma perversão. Bolsonaro não se sacrifica pela causa – ele sacrifica a causa em nome próprio.

Pela contagem regressiva, há mais 1.347 dias. Caso termine. O tamanho e a profundidade do martírio dependerão da nossa capacidade de sair da frente da “live” do novelão e passar a ser protagonista do Brasil real.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/04/24/politica/1556125632_087654.html