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A geração que encontrou o sucesso no pedido de demissão


_Matheus_

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A geração que encontrou o sucesso no pedido de demissão

http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-geracao-que-encontrou-o-sucesso-no-pedido-de-demissao/

O cenário é mais ou menos esse: amigo formado em comércio exterior que resolveu largar tudo para trabalhar num hostel em Morro de São Paulo, amigo com cargo fantástico em empresa multinacional que resolveu pedir as contas porque descobriu que só quer fazer hamburger, amiga advogada que jogou escritório, carrão e namoro longo pro alto para voltar a ser estudante, solteira e andar de metrô fora do Brasil, amiga executiva de um grande grupo de empresas que ficou radiante por ser mandada embora dizendo “finalmente vou aprender a surfar”.

Você pode me dizer “ah, mas quero ver quanto tempo eles vão aguentar sem ganhar bem, sem pedir dinheiro para os pais.”. Nada disso. A onda é outra. Venderam o carro, dividem apartamento com mais 3 amigos, abriram mão dos luxos, não ligam de viver com dinheiro contadinho. O que eles não podiam mais aguentar era a infelicidade.

Engraçado pensar que o modelo de sucesso da geração dos nossos avós era uma família bem estruturada. Um bom casamento, filhos bem criados, comida na mesa, lençóis limpinhos. Ainda não havia tanta guerra de ego no trabalho, tantas metas inatingíveis de dinheiro. Pessoa bem sucedida era aquela que tinha uma família que deu certo.

E assim nossos avós criaram os nossos pais: esperando que eles cumprissem essa grande meta de sucesso, que era formar uma família sólida. E claro, deu tudo errado. Nossos pais são a geração do divórcio, das famílias reconstruídas (que são lindas, como a minha, mas que não são nada do que nossos avós esperavam). O modelo de sucesso dos nossos avós não coube na vida dos nossos pais. E todo mundo ficou frustrado.

Então nossos pais encontraram outro modelo de sucesso: a carreira. Trabalharam duro, estudaram, abriram negócios, prestaram concurso, suaram a camisa. Nos deram o melhor que puderam. Consideram-se mais ou menos bem sucedidos por isso: há uma carreira sólida? Há imóveis quitados? Há aplicações no banco? Há reconhecimento no meio de trabalho? Pessoa bem sucedida é aquela que deu certo na carreira.

E assim nossos pais nos criaram: nos dando todos os instrumentos para a nossa formação, para garantir que alcancemos o sucesso profissional. Nos ensinaram a estudar, investir, planejar. Deram todas as ferramentas de estudo e nós obedecemos. Estudamos, passamos nos processos seletivos, ocupamos cargos. E agora? O que está acontecendo?

Uma crise nervosa. Executivos que acham que seriam mais felizes se fossem tenistas. Tenistas que acham que seriam mais felizes se fossem bartenders. Bartenders que acham que seriam mais felizes se fossem professores de futevolei.

Percebemos que o sucesso profissional não nos garante a sensação de missão cumprida. Nem sabemos se queremos sentir que a missão está cumprida. Nem sabemos qual é a missão. Nem sabemos se temos uma missão. Quem somos nós?

Nós valorizamos o amor e a família. Mas já estamos tranquilos quanto a isso. Se casar tudo bem, se separar tudo bem, se decidir não ter filhos tudo bem. O que importa é ser feliz. Nossos pais já quebraram essa para a gente, já romperam com essa imposição. Será que agora nós temos que romper com a imposição da carreira?

Não está na hora de aceitarmos que, se alguém quiser ser CEO de multinacional tudo bem, se quiser trabalhar num café tudo bem, se quiser ser professor de matemática tudo bem, se quiser ser um eterno estudante tudo bem, se quiser fazer brigadeiro para festas tudo bem?

Afinal, qual o modelo de sucesso da nossa geração?

Será que vamos continuar nos iludindo achando que nossa geração também consegue medir sucesso por conta bancária? Ou o sucesso, para nós, está naquela pessoa de rosto corado e de escolhas felizes? Será que sucesso é ter dinheiro sobrando e tempo faltando ou dinheiro curto e cerveja gelada? Apartamento fantástico e colesterol alto ou casinha alugada e horta na janela? Sucesso é filho voltando de transporte escolar da melhor escola da cidade ou é filho que você busca na escolinha do bairro e pára para tomar picolé de uva com ele na padaria?

Parece-me que precisamos aceitar que nosso modelo de sucesso é outro. Talvez uma geração carpe diem. Uma geração de hippies urbanos. Caso contrário não teríamos tanta inveja oculta dos amigos loucos que “jogaram diploma e carreira no lixo”. Talvez- mera hipótese- os loucos sejamos nós, que jogamos tanto tempo, tanta saúde e tanta vida, todo santo dia, na lata de lixo.

E aí?

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Não existe modelo pra ser feliz cara, se nego quer trabalhar 14 horas por dia PORQUE QUER E NAO POR PRESSÃO a felicidade dele é trabalhar 14 horas por dia

Se nego quer largar tudo pra ser feliz, que largue, a vida é uma só.

Não existe formula, nao existe lista do buzzfeed (por mais que elas existam, elas não servem pra todos) pra ter sucesso na vida, o cara que ganha 20mil trabalhando 60 horas por semana pode achar um coitado o que toca violão na esquina pedindo grana, e o que toca violão pode achar um coitado o que trabalha 60 horas por não ter tempo pra ele.

Façam o que te faz felizse não for ilegal ou prejudicial a outrem e foda-se os outros ou o que a sociedade te considera certo, minha opinião

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Geração Wanderlust... na minha opinião, estamos presenciando uma geração que foge das responsabilidades, uma geração que quer viver sem stress, sem pressão. Uma geração onde as maiores responsabilidades são os novos seriados do Netflix, comentar a vida de sub-celebridades e postar sobre a última viagem nas redes sociais. A geração que joga Pokemón no trabalho e acha OK.

Não consigo entender o porquê disso tudo, mas sempre tento refletir sobre isso. Será que é porque é uma geração que teve tudo 'fácil e ao alcance' devido a super proteção dos pais? Será que é porque a internet, através das redes sociais, trouxe a promessa de que qualquer um pode erradicar a fome na África, conquistar a paz mundial e tornar o mundo um lugar mais justo? Essa questão tem n outras variáveis. Como eu disse, não consigo entender o porquê.

As redes sociais tem um papel fundamental nesse processo, porque as pessoas simplesmente 'vendem' uma imagem de que são felizes 100% do tempo - compreensível, já que tristeza não é popular, postar foto pegando ônibus ou comendo arroz com feijão também não. E gente feliz da ibope, ô se dá! Olha o tanto de blogueira(o) formadora de opinião com suas vidas hedonistas, ou seja, sempre buscando o prazer máximo, com milhares de seguidores que não possuem senso crítico algum, já que quase metade da população brasileira é analfabeta funcional, incluindo nossos universitários geração Y. O problema é que, como se fosse uma COMIDA pro ego, muita gente torna-se completamente viciada nas 'push notifications', pois somos viciados em recompensas, ainda mais quando são instantâneas. Enfim, soma-se falta de senso crítico para avaliar o que é verdadeiro e o que não e o insumo pro ego através dos likes, temos uma parte da problemática. 

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

 

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  • Vice-Presidente
1 hora atrás, aldin disse:

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

 

Porra, Aldo, a crítica do cara foi toda sobre esse modelo de felicidade que você tá defendendo. Eu entendi o espírito dele, apesar da construção do texto ter viajado e errado em uma construção através de exemplo. Esse é um assunto que eu tenho tanta coisa para dizer, mas posso dizer tão pouco.

No geral, acredito no que o FJ disse, foda-se a vida dos outros e vai viver a sua.

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2 horas atrás, aldin disse:

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

 

Cara, você falou tudo! 

 

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Eu acho que não tem nada a ver com pressão. As pessoas simplesmente estão procurando um equilíbrio entre tempo livre e trabalho. Do que adianta você ganhar 20 mil reais por mês se tu não tem tempo pra desfrutar dessa grana? Não vejo muito lógica nisso.

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2 horas atrás, Henrique M. disse:

Porra, Aldo, a crítica do cara foi toda sobre esse modelo de felicidade que você tá defendendo. Eu entendi o espírito dele, apesar da construção do texto ter viajado e errado em uma construção através de exemplo. Esse é um assunto que eu tenho tanta coisa para dizer, mas posso dizer tão pouco.

No geral, acredito no que o FJ disse, foda-se a vida dos outros e vai viver a sua.

Sim, porém como eu não concordo, coloquei a minha opinião. No fundo, no fundo, em qualquer carreira, para ser bem sucedido, se quiser ser o melhor, você vai ter que ralar pra caralho. Os exemplos que a autora deu foram basicamente trocar a pressão do corporativo pela vida boa, vida zen, concorda? Eu interpretei assim. Abre o S2, vamos discutir hahaha. Também tenho bastante coisa na cabeça...

1 hora atrás, John the Baptist. disse:

Se vocês trabalham, não são capitalistas. Apenas isso, e vida que segue.

Não entendi a lógica. Pra mim capitalismo, produtividade e trabalho estão completamente interligados.

58 minutos atrás, raskor disse:

Eu acho que não tem nada a ver com pressão. As pessoas simplesmente estão procurando um equilíbrio entre tempo livre e trabalho. Do que adianta você ganhar 20 mil reais por mês se tu não tem tempo pra desfrutar dessa grana? Não vejo muito lógica nisso.

É a pressão sim, simplesmente porque não existe dinheiro fácil (excluindo fatores como sorte e atividades imorais e/ou antiéticas). Como diria Chorão (rs), "cada escolha uma renúncia, essa é a vida". Se você escolhe ganhar 20 mil reais, você com certeza escolheu abrir mão de diversas coisas como férias, algumas reuniões familiares, festas, aquele happy hour com os amigos. Tudo vai depender do objetivo e da ambição de cada um. "How bad do you want it?"

Sobre desfrutar, o que é desfrutar? Tirar férias pro Hawaii? Ficar relaxando na casa dos pais? Comprar uma BMW de última geração? As vezes é uma questão de mindset. Depende do que te move, e aí voltamos as questões dos objetivos e ambições. Você pode desfrutar do seu trabalho, você pode ter o prazer de conquistar um cliente, fechar um negócio, trazer uma solução inovadora.

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Aldo ai que ta é voce QUE ESCOLHE, vc é desses cara, é o teu objetivo e tua felicidade então pra voce o incomodo é bom ,isso te motiva voce não é parado, gosta de desafio etc

Eu não sou assim, eu prefiro morar na casinha da cerca branca e pagar a conta em dia todo fim do mes, trabalhar o resto da vida no mesmo lugar sabendo bem o que vou fazer, não reajo bem ao stress mesmo, sinto que não vale a pena o empenho, fico doente, tomo uma caralhada de remedio. Qual de nos ta certo? Os dois. A diferença é que muita gente podia dizer que tu é louco e no fim nao ta aproveitando a vida como muita gente poderia dizer que eu sou vagabundo e minha depressão é desculpa de preguiçoso, Ja eu vejo nos dois seguindo a vida que quer só com objetivos diferentes.

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É exatamente como o FJ disse, Aldo.

Tem gente que se sente bem ganhando muito dinheiro e trabalhando pra caralho, tem gente que prefere levar uma vida mais tranquila, mesmo que ganhando menos.

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  • Vice-Presidente
19 horas atrás, aldin disse:

Sim, porém como eu não concordo, coloquei a minha opinião. No fundo, no fundo, em qualquer carreira, para ser bem sucedido, se quiser ser o melhor, você vai ter que ralar pra caralho. Os exemplos que a autora deu foram basicamente trocar a pressão do corporativo pela vida boa, vida zen, concorda? Eu interpretei assim. Abre o S2, vamos discutir hahaha. Também tenho bastante coisa na cabeça...

Concordo, por isso que disse que a construção por exemplos foi ruim, pois ela pegou só um lado da moeda. Tem gente que é feliz com a carreira, igual eram os pais. E também concordo que essa cultura do instantâneo prejudica muito a formação emocional do adolescente e do jovem adulto.

Quanto ao assunto em si, eu pensava de um jeito quando tinha 18 anos, hoje penso de um jeito diferente e vai saber se ano que vem também não vou pensar diferente.

Com 18 anos, eu achava que ter uma grande carreira, com objetivos ambiciosos era o que me satisfaria, hoje descubro que a carreira que eu escolhi não me satisfaz e nada tem haver comigo e que se eu pudesse voltar para os 18 anos com a cabeça de hoje, eu voltaria. Hoje, eu quero fazer algo que eu tenha empatia, gosto, desejo de fazer, independentemente do salário ou da vida que eu vou levar. A questão é que estou num ponto onde uma coisa não pode existir sem a outra, a única chance que eu tenho é fazer o que eu não quero, adquirir um dinheiro e depois de uns 5,6 anos, com uma segurança para me lançar nos rumos desejados, eu vá largar tudo sem dó nem piedade, apenas para tentar. Mas não vou largar tudo por causa de pressão, não vou largar por causa de stress, vou largar porque o que eu desejo para minha vida é totalmente diferente do que eu possa ter naquele momento.

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20 horas atrás, Henrique M. disse:

Concordo, por isso que disse que a construção por exemplos foi ruim, pois ela pegou só um lado da moeda. Tem gente que é feliz com a carreira, igual eram os pais. E também concordo que essa cultura do instantâneo prejudica muito a formação emocional do adolescente e do jovem adulto.

Quanto ao assunto em si, eu pensava de um jeito quando tinha 18 anos, hoje penso de um jeito diferente e vai saber se ano que vem também não vou pensar diferente.

Com 18 anos, eu achava que ter uma grande carreira, com objetivos ambiciosos era o que me satisfaria, hoje descubro que a carreira que eu escolhi não me satisfaz e nada tem haver comigo e que se eu pudesse voltar para os 18 anos com a cabeça de hoje, eu voltaria. Hoje, eu quero fazer algo que eu tenha empatia, gosto, desejo de fazer, independentemente do salário ou da vida que eu vou levar. A questão é que estou num ponto onde uma coisa não pode existir sem a outra, a única chance que eu tenho é fazer o que eu não quero, adquirir um dinheiro e depois de uns 5,6 anos, com uma segurança para me lançar nos rumos desejados, eu vá largar tudo sem dó nem piedade, apenas para tentar. Mas não vou largar tudo por causa de pressão, não vou largar por causa de stress, vou largar porque o que eu desejo para minha vida é totalmente diferente do que eu possa ter naquele momento.

Você ainda pode ter uma grande carreira, idade não quer dizer muita coisa. Esse papo de voltar atrás, tomar decisões melhores... cara, isso é você colocando mais obstáculos na sua vida, o passado passou. Você tomou a decisão na época porque achou que era a melhor opção, fim de história.

Se hoje você tem esse desejo de mudança, faça a mudança, não fique paralizado, vá e faça... não existe essa questão de única chance, você tem todas as chances contigo, o mundo te oferece infinitas oportunidades, tem saúde e inteligência pra fazer diversas coisas em qualquer lugar do planeta. A pior coisa é viver insatisfeito, tendo algo como obrigação, ainda mais por 5 ou 6 anos... OPA! Ponto de convergência com o texto da Ruth Manus. Mas como você disse, os exemplos mencionados foram terríveis, pois todos envolvem uma 'libertação do corporativo estressante e responsável' para uma vida 'colorida zen, na praia, linda para se postar nas redes', por isso a minha crítica, até porque de certa forma enxergo muita gente do meu círculo social nesse texto.

Olhando por essa perspectiva, o texto faz muito mais sentido, apesar dela ter se expressado muito mal.

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12 horas atrás, Henrique M. disse:

O famoso "deixa eu tentar ridicularizar o pensamento de alguém porque não tenho capacidade de criar nada a partir do zero pra aparecer."

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  • Vice-Presidente
4 horas atrás, aldin disse:

Você ainda pode ter uma grande carreira, idade não quer dizer muita coisa. Esse papo de voltar atrás, tomar decisões melhores... cara, isso é você colocando mais obstáculos na sua vida, o passado passou. Você tomou a decisão na época porque achou que era a melhor opção, fim de história.

Se hoje você tem esse desejo de mudança, faça a mudança, não fique paralizado, vá e faça... não existe essa questão de única chance, você tem todas as chances contigo, o mundo te oferece infinitas oportunidades, tem saúde e inteligência pra fazer diversas coisas em qualquer lugar do planeta. A pior coisa é viver insatisfeito, tendo algo como obrigação, ainda mais por 5 ou 6 anos... OPA! Ponto de convergência com o texto da Ruth Manus. Mas como você disse, os exemplos mencionados foram terríveis, pois todos envolvem uma 'libertação do corporativo estressante e responsável' para uma vida 'colorida zen, na praia, linda para se postar nas redes', por isso a minha crítica, até porque de certa forma enxergo muita gente do meu círculo social nesse texto.

Olhando por essa perspectiva, o texto faz muito mais sentido, apesar dela ter se expressado muito mal.

Sim, como eu disse, na época era realmente a melhor opção, hoje não é mais. Essa psicologia de vá e faça, seja a mudança, é quase a mesma coisa que a mulher está falando mesmo, mas a questão é que todos que fizeram a mudança tem o que eu não tenho nesse momento, grana. A questão é que eu necessito do dinheiro para realizar esse desejo de mudança, não tenho mais o suporte financeiro dos tempos de faculdade e eu precisaria retornar aos estudos, pois eu estaria fazendo uma mudança completa de área, não tem como eu usar o curso que eu tenho hoje para ir atrás dos meus sonhos iguais o pessoal que encontrou o sucesso no pedido de demissão. Nesse momento, eu estou na categoria do texto do linkedin, mas, minha vontade era estar na categoria do texto da Ruth. E eu preciso de um para fazer a transição para o outro, há males que vem para bem.

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Uma geração sempre tem a tendência de ser bem diferente da outra justamente pela vontade de fazer algo diferente dependendo da situação mundial e a de seus próprios países.

Se pegar a geração de nossos avós, a chamada "baby boom", viam toda a problemática da desestruturação pós-guerra. Logo, trabalharam e ensinaram os conceitos de uma família tradicional e feliz, visto que muitos perderam familiares na guerra. Não havia a possibilidade fácil de enriquecimento em um mundo de economia quebrada.

A de nossos pais (geração X) viram um mundo reconstruído e passaram a se dedicar a carreira e o emprego para adquirir a estabilidade financeira nos anos 70 e 80. Era o que precisavam para construir um patrimônio e ter uma velhice mais tranquila que a de nossos avós. Logo, fizeram de tudo para nos criar com base na importância do trabalho e do estudo.

A nossa geração Y já pegou um mundo em franca expansão de riqueza e crescimento. Estabilização de economias, menos guerras. crédito farto. Logo, não houve tanta necessidade de se investir em uma carreira de sucesso e buscamos mais a felicidade pessoal. Nunca fomos lá uma geração politizada, votávamos (e muitos ainda votam) no candidato mais carismático.

Já a geração Z que hoje é bem jovem vai pegar um mundo diferente: crises como a de 2008, multiculturalismo, a crise econômica brasileira e etc. Será uma geração diferente da nossa, podendo já buscar velhas tradições ao mesmo tempo que já se habituou ao mundo tecnológico e globalizado. Como professor, eu já vejo muitos jovens (ao menos os bem inteligentes) preocupados com o futuro e preocupados principalmente com política. Ainda não sabemos ao certo como irão seguir, mas dentro de 10 anos já teremos uma visão mais clara de como a geração Z irá optar.

 

 

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Em 8/26/2016 at 11:11, André Kaminski disse:

Uma geração sempre tem a tendência de ser bem diferente da outra justamente pela vontade de fazer algo diferente dependendo da situação mundial e a de seus próprios países.

Se pegar a geração de nossos avós, a chamada "baby boom", viam toda a problemática da desestruturação pós-guerra. Logo, trabalharam e ensinaram os conceitos de uma família tradicional e feliz, visto que muitos perderam familiares na guerra. Não havia a possibilidade fácil de enriquecimento em um mundo de economia quebrada.

A de nossos pais (geração X) viram um mundo reconstruído e passaram a se dedicar a carreira e o emprego para adquirir a estabilidade financeira nos anos 70 e 80. Era o que precisavam para construir um patrimônio e ter uma velhice mais tranquila que a de nossos avós. Logo, fizeram de tudo para nos criar com base na importância do trabalho e do estudo.

A nossa geração Y já pegou um mundo em franca expansão de riqueza e crescimento. Estabilização de economias, menos guerras. crédito farto. Logo, não houve tanta necessidade de se investir em uma carreira de sucesso e buscamos mais a felicidade pessoal. Nunca fomos lá uma geração politizada, votávamos (e muitos ainda votam) no candidato mais carismático.

Já a geração Z que hoje é bem jovem vai pegar um mundo diferente: crises como a de 2008, multiculturalismo, a crise econômica brasileira e etc. Será uma geração diferente da nossa, podendo já buscar velhas tradições ao mesmo tempo que já se habituou ao mundo tecnológico e globalizado. Como professor, eu já vejo muitos jovens (ao menos os bem inteligentes) preocupados com o futuro e preocupados principalmente com política. Ainda não sabemos ao certo como irão seguir, mas dentro de 10 anos já teremos uma visão mais clara de como a geração Z irá optar.

Lindo post. 

Acho, e espero, que a tendência da geração mais nova, pelo menos a brasileira, seja a de ter uma preocupação maior com ética, respeito e, consequentemente política, de modo que supram essa falta/instabilidade que viram na geração que os mais velhos vivenciam.

Esse texto do linkedin que o @Henrique M. postou coloca a parcela pobre da geração Y num patamar bem mais similar à da geração X, que busca uma estruturação financeira diante do background que teve. E é aí que nos tornamos barquinhos à deriva de muitas condições que não controlamos. Por isso não acho que é tão simples fazer como o @aldin sugeriu de "mudar". Eu posso mudar alguns graus que lá na frente vão me deixar mais perto de onde eu queria chegar, mas dar esse 180º com o barquinho à la O velho e o mar contra a correnteza do mar, não dá.

Quem tem grana e abdica de tudo: fácil.
Quem é pobre e nunca teve ambição, prefere vida simples: fácil.
Quem tem ambições e não tem grana: osssss.

Minha situação: regrets. Mas tô aprendendo a deixar isso tudo de lado. Parafraseando o Jorge Vercilo: todos eles tornaram-se pontes para que eu chegasse até aqui. Mais rico? Não. Realizado profissionalmente? Não. Mais sábio? Em alguma medida sim, ou espero.

Arrependimento 100% da escolha do curso. Em alguns momentos me interesso, em outros eu percebo que de modo geral eu não dou a mínima. Início levei nas coxas, depois me esforcei pra recuperar e depois me esforcei pelo processo de aprendizado, pra sentir que meu cérebro ainda tinha fome de aprender e funcionar num nível alto. Semestre passado foi difícil achar motivação acadêmica. Quanta aula merda. Esse semestre eu conto as horas para acabar o curso e sinto saudade da faculdade, do cheiro do campus, das árvores, das risadas no corredor.

Como estou mudando?

Fiz um curso gratuito (de semanas, na faculdade mesmo) no final do ano passado que me deu um conhecimento básico que só teria ao final desse ano. Cai num processo seletivo de uma startup de área ligada a esse curso. Durante o processo, dei o meu melhor. Podia fazer a entrevista em português, mas eu fui fazer em inglês. Push it to the limit! Não me considero fluente, mas deu bom. O report (obrigatório em inglês) ficou bom e mais profundo que os demais. Me destaquei. Fui pra dentro. De lá pra cá, só aprendizado. Inglês evoluindo, fazendo atividades de outras áreas: marketing, pensando em estratégias de vendas/organização de vendas. Coisas nada a ver com meu curso. Isso foi o que me deu gás semestre passado.

Felicidade descreve alguns momentos, outros não. Mas penso que pode abrir outras portas para outras carreiras. Bem ou mal, a engenharia dá algumas possibilidades. Eu tenho minhas ambições e por hora felicidade sem um tostão no bolso não enche minha barriga. Só que martírio ganhando bem pra caralho não dá. Prefiro um meio termo de trabalho ok e salário ok até galgar mais salário e mais felicidade. 

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Em 8/22/2016 at 14:42, aldin disse:

Geração Wanderlust... na minha opinião, estamos presenciando uma geração que foge das responsabilidades, uma geração que quer viver sem stress, sem pressão. Uma geração onde as maiores responsabilidades são os novos seriados do Netflix, comentar a vida de sub-celebridades e postar sobre a última viagem nas redes sociais. A geração que joga Pokemón no trabalho e acha OK.

Não consigo entender o porquê disso tudo, mas sempre tento refletir sobre isso. Será que é porque é uma geração que teve tudo 'fácil e ao alcance' devido a super proteção dos pais? Será que é porque a internet, através das redes sociais, trouxe a promessa de que qualquer um pode erradicar a fome na África, conquistar a paz mundial e tornar o mundo um lugar mais justo? Essa questão tem n outras variáveis. Como eu disse, não consigo entender o porquê.

As redes sociais tem um papel fundamental nesse processo, porque as pessoas simplesmente 'vendem' uma imagem de que são felizes 100% do tempo - compreensível, já que tristeza não é popular, postar foto pegando ônibus ou comendo arroz com feijão também não. E gente feliz da ibope, ô se dá! Olha o tanto de blogueira(o) formadora de opinião com suas vidas hedonistas, ou seja, sempre buscando o prazer máximo, com milhares de seguidores que não possuem senso crítico algum, já que quase metade da população brasileira é analfabeta funcional, incluindo nossos universitários geração Y. O problema é que, como se fosse uma COMIDA pro ego, muita gente torna-se completamente viciada nas 'push notifications', pois somos viciados em recompensas, ainda mais quando são instantâneas. Enfim, soma-se falta de senso crítico para avaliar o que é verdadeiro e o que não e o insumo pro ego através dos likes, temos uma parte da problemática. 

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

 

Aldo, você é referência pra mim em matéria de saber separar as coisas, eu te tenho no fb, conheço uma galera que te conheceu da fatec, e te conheci in persona num dos encontros pra jogar bola (ALO BUSAO DO DENIS) e sei que vc é um cara extrovertido pra caralho, mas também focado pra porra. Concordo completamente, a gente vive numa geração que a galera acha OK ter um emprego merda, pagar o aluguel e viver vendo netflix e olhando tumblr, nego n tem ambição nenhuma e só vai vivendo, confesso que tem até sido fácil minha escalada na carreira pq meu embate é sempre contra gente largada, preguiçosa, reclamona, enfim, uma geração de mimados cujos pais batalharam mto pela casa própria e hoje não passam o perrengue necessário pra moldar a personalidade de um vencedor.

Brisando um pouco, questionam o Neymar por ser rico, mas ficam vadiando as 8 horas no escritório acessando facebook escondido e não sabem que o cara largou escola, quantas horas de treino puxado ele fez, ficar longe da familia sempre, ficar pegando milhares de milhas de avião, comer sem estar com fome, comer o que a nutricionista manda, conviver com dores. Ele se dedicou MUITO pra ser o que é, e hoje tá com a vida ganha. Eu to cansado de ver vagabundo achando que quem tem grana é burguês em berço de ouro quando eu vejo que no dia a dia é só mais um vagabundo.

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Em 22/08/2016 at 14:42, aldin disse:

Geração Wanderlust... na minha opinião, estamos presenciando uma geração que foge das responsabilidades, uma geração que quer viver sem stress, sem pressão. Uma geração onde as maiores responsabilidades são os novos seriados do Netflix, comentar a vida de sub-celebridades e postar sobre a última viagem nas redes sociais. A geração que joga Pokemón no trabalho e acha OK.

Não consigo entender o porquê disso tudo, mas sempre tento refletir sobre isso. Será que é porque é uma geração que teve tudo 'fácil e ao alcance' devido a super proteção dos pais? Será que é porque a internet, através das redes sociais, trouxe a promessa de que qualquer um pode erradicar a fome na África, conquistar a paz mundial e tornar o mundo um lugar mais justo? Essa questão tem n outras variáveis. Como eu disse, não consigo entender o porquê.

As redes sociais tem um papel fundamental nesse processo, porque as pessoas simplesmente 'vendem' uma imagem de que são felizes 100% do tempo - compreensível, já que tristeza não é popular, postar foto pegando ônibus ou comendo arroz com feijão também não. E gente feliz da ibope, ô se dá! Olha o tanto de blogueira(o) formadora de opinião com suas vidas hedonistas, ou seja, sempre buscando o prazer máximo, com milhares de seguidores que não possuem senso crítico algum, já que quase metade da população brasileira é analfabeta funcional, incluindo nossos universitários geração Y. O problema é que, como se fosse uma COMIDA pro ego, muita gente torna-se completamente viciada nas 'push notifications', pois somos viciados em recompensas, ainda mais quando são instantâneas. Enfim, soma-se falta de senso crítico para avaliar o que é verdadeiro e o que não e o insumo pro ego através dos likes, temos uma parte da problemática. 

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

 

E quem não quer ficar milionário?

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Redes sociais pra mim são: fóruns e Quora. Incrível como você altos posts merdas no Facebook, Instagram e, pasmem, LinkedIn. Parece que metade do Linkedin é de acéfalos curtindo umas postagens-mobral que a própria empresa faz só porque é da própria empresa. Discussões: por que o meu recrutador me perguntou quais são meus defeitos? Ele deveria me perguntar onde posso melhorar. Eu disse que meu defeito é não ter defeito. E mais um monte chororô de desemprego, função atual: buscando recolocação no mercado. Aí ficam compartilhando memes motivacionais.

Sério, devora a porra de um livro que tem na sua estante, um livro pirata, abre a mente e aborde o problema de outro jeito.

Agora, Thiago Anjo disse:

E quem não quer ficar milionário?

O problema é que o pessoal quer ficar milionário mas não quer fazer o que ele fez pra chegar até lá. Quem faz o que todo mundo faz só alcança o que todo mundo alcança.

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1 minuto atrás, _Matheus_ disse:

O problema é que o pessoal quer ficar milionário mas não quer fazer o que ele fez pra chegar até lá. Quem faz o que todo mundo faz só alcança o que todo mundo alcança.

Mas em que parte do texto que você colocou isso tem algo a ver? Pelo que entendi do texto não fala que as pessoas querem alcançar esse "sucesso" ou "riqueza", querem apenas se sentir feliz...entendi justamente o oposto, que tem uma geração que não tá nem aí mais pra fazer o que todo mundo faz, por que fez o que todo mundo faz, alcançou o objetivo que todo mundo alcança e se sentiu infeliz.

A atual mulher do meu pai, trabalha nos Correios, ganha quase R$ 10.000, num laptop, fazendo quase nada e está miseravelmente triste, todo dia é uma tortura pra ela, só não larga tudo porque tem filhos.

Depois do meu primeiro arrependimento (me formar em Sistemas de Informação), eu decidi que ia fazer um concurso pra me manter vivendo e trabalhando quase nada, só para estudar o que faria da vida para ser feliz. Agora que to concursado, já tem sido bem mais fácil trabalhar minhas ideias e projetar o que me fará realizado e feliz ao acordar todos os dias pra fazer  

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11 minutos atrás, Thiago Anjo disse:

Mas em que parte do texto que você colocou isso tem algo a ver? Pelo que entendi do texto não fala que as pessoas querem alcançar esse "sucesso" ou "riqueza", querem apenas se sentir feliz...entendi justamente o oposto, que tem uma geração que não tá nem aí mais pra fazer o que todo mundo faz, por que fez o que todo mundo faz, alcançou o objetivo que todo mundo alcança e se sentiu infeliz.

A atual mulher do meu pai, trabalha nos Correios, ganha quase R$ 10.000, num laptop, fazendo quase nada e está miseravelmente triste, todo dia é uma tortura pra ela, só não larga tudo porque tem filhos.

Depois do meu primeiro arrependimento (me formar em Sistemas de Informação), eu decidi que ia fazer um concurso pra me manter vivendo e trabalhando quase nada, só para estudar o que faria da vida para ser feliz. Agora que to concursado, já tem sido bem mais fácil trabalhar minhas ideias e projetar o que me fará realizado e feliz ao acordar todos os dias pra fazer  

É que eu estava respondendo achando que sua pergunta pro Aldo era retórica.

Quem não tem ambição, de fato, não tem que fazer o que poucos fazem. Vai pro abraço sem medo viver sua vida zen.

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http://www.megacurioso.com.br/polemica/100123-a-menina-do-vale-o-vencedor-do-masterchef-e-a-hamburgueria-que-deu-ruim.htm

Texto correlato com o do tópico. Engraçado é que a Bel Pesce, que acho bem massa, vai ter que se desdobrar para sair desse mar de falta de credibilidade pelo qual vai navegar. Sim, foi uma ideia meio merda. Mas ela não é de uma "geração que..." teve tudo do bom e do melhor a troco de nada. Bom, talvez ela tenha nascido em berço de ouro, mas até onde eu sei essa graduação no MIT foi toda com base no esforço dela.

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Em 22/08/2016 at 14:42, aldin disse:

Dei uma brisada forte, mas para concluir: a vida corporativa, na maioria do tempo, não é cool, ainda mais num país onde, cada vez mais, é feio e vergonhoso admitir que trabalha por dinheiro, que tem ambição, onde basicamente ser capitalista é ser malvado. Por muito tempo você vai comer o pão que o diabo amassou, vai fazer cornojob, vai se fuder muito. Vai acordar cedo, vai trabalhar até tarde, vai fazer hora extra sem debitar, vai perder alguns amigos, vai se sentir sobrecarregado e, algumas vezes, vai até questionar sua sanidade. Esse é um dos preços do sucesso, o preço da ambição, afinal de contas são poucos os que vão ficar milionários sentados na frente do laptop, escrevendo textão no Facebook, achando que vão o mudar o mundo. 

Mas ae é que está o x da questão Aldo. Vai valer a pena para você? Se valer corra atrás. Mas agora o fulano quer sair
do emprego corporativo em que não aguenta isso, mas trocaria suas horas para vender cachorro quente na rua. Você acha 
que ele não vai passar sufoco com isso? Entretanto, ele irá fazer com mais dedicação devido ao prazer de fazer cachorros
quentes. Acho que irá passar mais sufoco do que quando trabalhava em uma empresa por exemplo. Porque terá que lidar com mais
variáveis do que antes. O dono do restaurante não passa mais sufoco do que o cara que veste gravatinha? Porra, o cara tem que 
montar estoque, fazer comida, trabalhar de domingo a domingo tendo uma unica folga justamente na segunda e olhe lá tirando os horários
né? Mas se o cara se sente feliz com isso que mal tem? 

Talvez a maior revolta não é sair do emprego corporativo, o famoso emprego que você vai trampar no escritório e aquela lorota toda. Mas o que
talvez seja a maior revolta é ver o fulano saindo de uma empresa para sei lá abrir um sebo. ( Para quem não manja essa história é real e vocês podem
ver aqui: olha o link)
Qual é a diferença dele para outro chapa que gosta da vida corporativista, com suas reagalias? Merda nenhuma. 

Será que esse lance de ambição é realmente bom? Será que eu sendo chefe de uma empresa com x funcionários, tendo responsabilidade tal, ganhando tanto vou ser feliz?
Será que esse tipo de pressão é bom? O cara que vive na casinha da periferia (tanto de casa da periferia que é arrumada não tá no gibi) é mais merda que ciclano
que mora no Pacaembu? Sabe, esses conceitos de aprovação social é o que fode a pessoa. Talvez eu esteja errado, mas enquanto estivermos esse estigma que se o cara
não alcançou tal patamar e se não tem um emprego tal é visto com vista grossa, como um fracassado. Pô, esses dias descobri que os caras que vendem biscoito com chá
na estação tem cara que tira em média 5k/mensal. O cara é fracassado por isso? Para quem é do ABC paulista, em Rio grande da Serra tem cara tirando
1k por final de semana vendendo verdura na estação. Mano, sucesso é algo muito controversio.  Se o cara não tem uma gravatinha é mal visto? Todos sabemos que se uma pessoa mal vestida
for comprar um carro do ano ele não é bem atendido. 
 
Na sinceridade? Somos uma sociedade que temos n valores, um manual padrão e quem sai desse manual é chamado de vagabundo e de vários adjetivos. Somos preconceituosos pra caralho
quando o assunto é trabalho e não só trabalho como em vários outros setores. Claro, que cada caso é um caso e tem muito vagabundo? Tem e não a como negar. Mas será que são todos assim? 
Será que não está na hora de falar porra tu quer ser barman? Dahora, corra atrás e pague o preço. Ele vai se tornar um lixo por isso? Vai ganhar mal com isso? Não importa mano, o que realmente 
importa é se você irá acordar no dia seguinte e não olhar no espelho falando " porra, mais um dia de merda" como vemos muitos por ae. Acho que dei uma brisada.
 

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Em 8/27/2016 at 14:48, Zé. disse:

Aldo, você é referência pra mim em matéria de saber separar as coisas, eu te tenho no fb, conheço uma galera que te conheceu da fatec, e te conheci in persona num dos encontros pra jogar bola (ALO BUSAO DO DENIS) e sei que vc é um cara extrovertido pra caralho, mas também focado pra porra. Concordo completamente, a gente vive numa geração que a galera acha OK ter um emprego merda, pagar o aluguel e viver vendo netflix e olhando tumblr, nego n tem ambição nenhuma e só vai vivendo, confesso que tem até sido fácil minha escalada na carreira pq meu embate é sempre contra gente largada, preguiçosa, reclamona, enfim, uma geração de mimados cujos pais batalharam mto pela casa própria e hoje não passam o perrengue necessário pra moldar a personalidade de um vencedor.

Brisando um pouco, questionam o Neymar por ser rico, mas ficam vadiando as 8 horas no escritório acessando facebook escondido e não sabem que o cara largou escola, quantas horas de treino puxado ele fez, ficar longe da familia sempre, ficar pegando milhares de milhas de avião, comer sem estar com fome, comer o que a nutricionista manda, conviver com dores. Ele se dedicou MUITO pra ser o que é, e hoje tá com a vida ganha. Eu to cansado de ver vagabundo achando que quem tem grana é burguês em berço de ouro quando eu vejo que no dia a dia é só mais um vagabundo.

É isso aí, mano. Não tem muito o que falar, o esquema é aproveitar esse vácuo criado pela geração Wanderlust e ir pra cima.

 

Em 8/27/2016 at 17:13, Thiago Anjo disse:

E quem não quer ficar milionário?

 

Em 8/27/2016 at 17:31, Thiago Anjo disse:

Mas em que parte do texto que você colocou isso tem algo a ver? Pelo que entendi do texto não fala que as pessoas querem alcançar esse "sucesso" ou "riqueza", querem apenas se sentir feliz...entendi justamente o oposto, que tem uma geração que não tá nem aí mais pra fazer o que todo mundo faz, por que fez o que todo mundo faz, alcançou o objetivo que todo mundo alcança e se sentiu infeliz.

A atual mulher do meu pai, trabalha nos Correios, ganha quase R$ 10.000, num laptop, fazendo quase nada e está miseravelmente triste, todo dia é uma tortura pra ela, só não larga tudo porque tem filhos.

Depois do meu primeiro arrependimento (me formar em Sistemas de Informação), eu decidi que ia fazer um concurso pra me manter vivendo e trabalhando quase nada, só para estudar o que faria da vida para ser feliz. Agora que to concursado, já tem sido bem mais fácil trabalhar minhas ideias e projetar o que me fará realizado e feliz ao acordar todos os dias pra fazer  

Eu carrego comigo a premissa de que PRODUTIVIDADE é uma das virtude do ser humano. Todos nós devemos ser produtivos, devemos nos sentir produtivos, essa é a base da existência humana. O que entendo como Produtividade? Basicamente é o processo constante de adquirir conhecimento para traduzir ideias em formas físicas, independente da área.

Sobre 'fazer quase nada' ou 'trabalhar quase nada', lamento muito por você e principalmente pela produtividade do Brasil. Infelizmente esse é um dos problemas do páis: o sonho do funcionalismo público para trabalhar menos e ganhar um salário razoável. É o mindset do brasileiro.

Não me leve a mal, mas o que me conforta é que mais cedo ou mais tarde, esses empregos irão acabar, porque não existe justificativa de pagar um salário para algo improdutivo. Temos um Estado totalmente inchado e ineficiente.

 

23 horas atrás, Aleef disse:

Mas ae é que está o x da questão Aldo. Vai valer a pena para você? Se valer corra atrás. Mas agora o fulano quer sair
do emprego corporativo em que não aguenta isso, mas trocaria suas horas para vender cachorro quente na rua. Você acha 
que ele não vai passar sufoco com isso? Entretanto, ele irá fazer com mais dedicação devido ao prazer de fazer cachorros
quentes. Acho que irá passar mais sufoco do que quando trabalhava em uma empresa por exemplo. Porque terá que lidar com mais
variáveis do que antes. O dono do restaurante não passa mais sufoco do que o cara que veste gravatinha? Porra, o cara tem que 
montar estoque, fazer comida, trabalhar de domingo a domingo tendo uma unica folga justamente na segunda e olhe lá tirando os horários
né? Mas se o cara se sente feliz com isso que mal tem? 

Talvez a maior revolta não é sair do emprego corporativo, o famoso emprego que você vai trampar no escritório e aquela lorota toda. Mas o que
talvez seja a maior revolta é ver o fulano saindo de uma empresa para sei lá abrir um sebo. ( Para quem não manja essa história é real e vocês podem
ver aqui: olha o link)
Qual é a diferença dele para outro chapa que gosta da vida corporativista, com suas reagalias? Merda nenhuma. 

Será que esse lance de ambição é realmente bom? Será que eu sendo chefe de uma empresa com x funcionários, tendo responsabilidade tal, ganhando tanto vou ser feliz?
Será que esse tipo de pressão é bom? O cara que vive na casinha da periferia (tanto de casa da periferia que é arrumada não tá no gibi) é mais merda que ciclano
que mora no Pacaembu? Sabe, esses conceitos de aprovação social é o que fode a pessoa. Talvez eu esteja errado, mas enquanto estivermos esse estigma que se o cara
não alcançou tal patamar e se não tem um emprego tal é visto com vista grossa, como um fracassado. Pô, esses dias descobri que os caras que vendem biscoito com chá
na estação tem cara que tira em média 5k/mensal. O cara é fracassado por isso? Para quem é do ABC paulista, em Rio grande da Serra tem cara tirando
1k por final de semana vendendo verdura na estação. Mano, sucesso é algo muito controversio.  Se o cara não tem uma gravatinha é mal visto? Todos sabemos que se uma pessoa mal vestida
for comprar um carro do ano ele não é bem atendido. 
 
Na sinceridade? Somos uma sociedade que temos n valores, um manual padrão e quem sai desse manual é chamado de vagabundo e de vários adjetivos. Somos preconceituosos pra caralho
quando o assunto é trabalho e não só trabalho como em vários outros setores. Claro, que cada caso é um caso e tem muito vagabundo? Tem e não a como negar. Mas será que são todos assim? 
Será que não está na hora de falar porra tu quer ser barman? Dahora, corra atrás e pague o preço. Ele vai se tornar um lixo por isso? Vai ganhar mal com isso? Não importa mano, o que realmente 
importa é se você irá acordar no dia seguinte e não olhar no espelho falando " porra, mais um dia de merda" como vemos muitos por ae. Acho que dei uma brisada.
 

Cara, concordo plenamente com seu ponto. Cada um vive da forma que quiser e encontra a felicidade de n maneiras. A minha crítica foi porque a autora usou péssimos exemplos de pessoas saindo do corporativo para uma vida mais zen, no stress.

Não consigo imaginar uma vida sem ambições. Ambição é fundamental, é uma virtude que te faz levantar todo dia cedo e ir atrás do seu objetivo, seja o cara do corporativo seja o vendedor de biscoito no metrô. Aliás, com certeza esse vendedor rala muito, viu? Acorda bem cedo todos os dias, faz todos os preparativos e vai a luta. Em nenhum momento eu falei que essas pessoas são piores. Isso se aplica ao dono do restaurante também. São casos de empreendedorismo e com certeza dão muita raça, se estressam e trabalham muito.

A conclusão é que não existe dinheiro fácil. Independentemente da carreira, você trabalha duro ou assume grandes riscos.

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