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O rito do impeachment: Antes, agora e depois


Ariel'

Posts Recomendados

1 hora atrás, JunioR - AC disse:

Um fato omitido é que a  influência desse grupo guerrilheiro na restauração democrática foi ínfima. Essa galera toda, incluindo o próprio PT, foram contra a Constituição Federal de 1988, por acharem ela muito "conservadora". O que me soa absurdo, tendo em vista o seu manifesto caráter social.
 

Tá ok eu compreendi sua visão da história. Realmente, porque eles disseram que a CF.88 era conservadora?

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11 horas atrás, Vinicius Vaz / Gaúcho disse:

Falam em resistência validar a luta...

Meu pai/avô viveram tranquilos durante todo o período, nunca foram agredidos nem nada do gênero...

A verdade é que a Dilma e o povo dela não queriam a democracia, queriam assumir o controle do país e eram criminosos, ela matou pessoas, e isso a comissão da verdade não se importa também em esclarecer...

Vendo por esse ponto, podemos chamar de comissão da meia-verdade...

Mas enfim...

Quem está contente com o (ou alheio ao) sistema vigente nunca vai ver problema mesmo. Pergunta pros partidários de qualquer governo que você não goste se eles vêem os mesmos problemas que você...

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Visitante João Gilberto
11 minutos atrás, Douglas. disse:

Quem está contente com o (ou alheio ao) sistema vigente nunca vai ver problema mesmo. Pergunta pros partidários de qualquer governo que você não goste se eles vêem os mesmos problemas que você...

O cara quer pegar a perspectiva de adultos, acomodados com o sistema vigente, uma família branca, provavelmente de classe média, no sul e transformar em referência para o período. Aí eu vejo a referência dos meus pais, que eram jovens, negros, da periferia, do nordeste dos quais só ouço relatos de medo, angustia e receio de serem presos, talvez mortos porque usavam cabelo black, roupas hippies e andavam em grupos, em barzinhos... isso que me irrita, só dá vontade de mandar se foder e tomar no cu.

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Não queria reviver a temática da cuspida, que acho que não merece tanta discussão, mas por outro lado acho importante colocar o outro lado da história aqui, já que postaram o do filho do bolsonaro. Não sei colocar o vídeo direto aqui, então ficou o link pro facebook. Se alguém souber e puder me dizer ou (se for moderador) editar no post, agradecido.

Citar

CUSPIDA: VOCÊ QUER SABER O QUE REALMENTE ACONTECEU?
(Leia o texto e não deixe de assistir ao vídeo abaixo!)

 

https://www.facebook.com/jean.wyllys/videos/1074921862555820

A internet é perigosa para os incautos. Muita gente está presumindo que o deputado Jean Wyllys "premeditou" a cuspida que deu na cara de Jair Bolsonaro, que na verdade foi uma reação indignada, já que o defensor da ditadura não parava de insultar e ofender o parlamentar do PSOL. O filho de Bolsonaro, Eduardo, publicou nas redes sociais um vídeo toscamente editado em que é possível perceber, por leitura labial, que Jean está dizendo para o deputado Chico Alencar: “Eu CUSPI na cara de Bolsonaro”. A fraude da edição consiste em colocar esta imagem, que é posterior ao episódio, antes da cuspida, e sugerir, colocando uma legenda mal feita, que a leitura correta seria “Eu VOU CUSPIR na cara de Bolsonaro” (por isso, o nosso mandato vai solicitar uma perícia do vídeo). Isso já seria o suficente para esclarecer a forma criminosa como essa família conduz suas atuações parlamentares, mas a hipocrisia, má-fé e desonestidade vão além: o filho de Bolsonaro tenta passar para seus eleitores a imagem de bom-moço e MENTE ao afirmar que, durante aquela farsa que todos vocês assistiram no último domingo, ele não cuspiu em alguém. Pode-se concordar ou não com a atitude do deputado Jean Wyllys em reagir desta forma após o Jean tolerar todos os tipos de insultos e provocações orquestradas e premeditadas ao longo desses anos, mas Wyllys é gay o suficiente para não atacar pelas costas e nem negar os fatos: ele assume publicamente os seus atos e arca com as consequências. (Aliás, eles manipulam imagens para induzir que o deputado Jean teria premeditado sua reação, mas quem está com um celular na mão e filmando a reação do Jean às provocações do seu pai é Eduardo Bolsonaro. Ele aprendeu tais métodos com aquele que anda no corredor do avião até a sua poltrona com a filmadora do celular ligada).

Você quer saber qual foi a verdadeira cronologia dos fatos?

1 – Jean Wyllys se posiciona na Tribuna, anuncia seu voto pelo NÃO ao impeachment e retorna. Durante a fala e depois dela, ele é reiteradamente interrompido e insultado por Bolsonaro e outros parlamentares de direita. Não se trata de um fato novo ou surpreendente: Bolsonaro costuma fazer isso tanto nas sessões da Câmara quanto nas reuniões das comissões permanentes. Ele sempre se aproxima do Jean e começa a insultá-lo com termos homofóbicos e palavras de calão. Também não é apenas com o deputado Jean Wyllys que Bolsonaro faz isso: já empurrou e chamou a deputada Maria do Rosário de "vagabunda" e, em outra ocasião, disse que não a estupraria "porque é feia"; tentou agredir fisicamente o senador Randolfe; ofendeu com expressões machistas e homofóbicas a Presidenta da República; convidou para estar ao lado dele no depoimento de José Genoíno o militar que o torturou na ditadura, para tentar desestabilizá-lo, etc. A violência, o xingamento, a agressão e a injúria são práticas permanentes e sistemáticas desse defensor da ditadura, da tortura e da pena de morte. No mesmo dia da votação do impeachment, Bolsonaro "homenageou" o torturador Brilhante Ustra, que foi chefe de um dos mais horríveis campos de concentração da ditadura. Foi vergonhoso!

2 – Na saída, depois de falar na Tribuna, o deputado Jean Wyllys ESTAVA SOZINHO. Os xingamentos não paravam. Alguém pegou em seu braço, o que infelizmente não está no campo de visão de nenhuma câmera (mas o fato foi registrado e noticiado pela Folha de São Paulo no dia de hoje), enquanto Jair Bolsonaro, que antes o tinha chamado de "veado", "queima-rosca" e outros termos semelhantes, gritava para ele: "Tchau, querida!". Essa última frase (que foi registrada em vídeo), na qual ele se refere ao deputado Jean no feminino, é um claro exemplo da conduta quotidiana de Bolsonaro: tratar um homossexual no feminino de forma debochada e irônica é uma conduta clássica de todos os homofóbicos e machistas! Qualquer homem gay sabe o que é aguentar esse tipo de tratamento desde a infância, que continua durante a vida adulta. Eles pretendem que ninguém reaja, que as pessoas fiquem quietas, caladas e, de preferência, escondidas no armário, mas não ficaremos!

3 – Jean se vira imediatamente e cospe, indignado, na cara de Bolsonaro. O filho do fascista, também deputado, responde cuspindo no Jean (fato que ele negou depois, mas também está filmado), mas não acerta: a saliva do filho do fascista parece ter caído na cara do deputado Leonardo Picciani, que não participava dessa situação. Para não ser agredido pelos que cercavam o fascista, Jean se afastou. E, ainda visivelmente agitado pela provocação sofrida, explicou ao colega de bancada, deputado Chico Alencar: “Eu CUSPI em Bolsonaro”. FOI DEPOIS, E NÃO ANTES DA CUSPIDA, QUE ESSA FALA ACONTECEU.

É esta a ordem dos fatos que o vídeo produzido por Eduardo Bolsonaro tenta fraudar. O que, aliás, não é uma novidade, já que é na fraude e na desonestidade que esses parlamentares atuam diuturnamente na sua campanha contra Jean Wyllys, que é na verdade uma campanha contra a população LGBT, os negros jovens de periferia, as mulheres e todas as minorias da sociedade brasileira.

ASCOM (Assessoria de Comunicação

 

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6 horas atrás, JunioR - AC disse:

Concordo em parte. O "movimento de guerrilha" que vc citou pode ser legitimo, no meu modo de ver, se gozar de boa aceitação social, for um grupo realmente grande. No fim, acaba desencadeando uma guerra civil.

Não foi isso que aconteceu no Brasil. Grupo pequeno, armado e barulhento. E violento.

Não era qualquer oposicionista que seria guerrilheiro aquela época. Isso é uma falácia. Havia espaço para oposição, claro, com certo controle. Não tinha a liberdade hoje, evidentemente. Mas existia oposição sim, inclusive no próprio Congresso. As universidades mesmo sempre foram um reduto oposicionista. É por isso que esses professores universitários são em sua maioria esmagadora esquerdistas. Resquício da ditadura.

Em algum momento, os maiores oposionistas foram banidos. Mas só.

Repito, não vejo muita diferença entre o guerrilheiro torutado e o seu torturador. Basicamente, o tamanho da envergadura da instituição, do seu financiador (EUA x países comunistas). Mas no fim, todos farinhas do mesmo saco. A diferença atual é que alguns desses guerrilheiros encontram-se em posição confortável para reescrever a história, ludibriando as mentes menos informadas.

 

 

Que merda é oposição com certo controle? Se é aquilo que o status quo aceita, não é oposição.

E falar que as universidades eram um reduto oposicionista é muita falta de sacanagem. A universidade sempre foi um ambiente político por excelência. E como tal, tinha gente de esquerda, claro. Mas os que tinha eram observados de perto, era só sair um pouco da linha que corria o risco de ir preso, de ser torturado, de perder o emprego ou a matrícula na universidade.

Como um pequeno exemplo, deixo um link da faculdade de Direito da UFRGS, onde estudo agora:

http://www.ufrgs.br/direito/bau-de-memorias.php?pagina=2

Citar
O Decreto n. 5.584, de 18.11.2005, determinou o recolhimento ao Arquivo Nacional dos documentos produzidos pelo extinto Serviço Nacional de Informações – SNI.
 
Alertado por colega sobre menções a meu nome em tais documentos, requeri acesso aos mesmos e verifiquei a existência de extenso material sobre as atividades desenvolvidas em nossa Faculdade de Direito, na década de 1970, especialmente pelo movimento estudantil e pelo Centro Acadêmico André da Rocha – CAAR.
 
Em cumprimento a obrigação legal, menciono expressamente que os originais deste material pertencem ao Acervo do Arquivo Nacional e consoante ressalva constante no seu site “os documentos são autênticos, entretanto, as informações nele contidas devem ser examinadas à luz do contexto em que foram geradas”.  No que toca a dados sobre minha participação no período, encontrei várias afirmações incorretas, a demonstrar que os órgãos de “informações” da ditadura, além de violar os direitos daqueles que lutavam pela democracia, produziam informações frequentemente distorcidas sobre os cidadãos que espionavam.
 
Embora restrito ao período em que freqüentei o Curso de Direito nesta Faculdade e aos fatos de que participei, o material demonstra a estreita vigilância mantida pelos órgãos repressivos do regime militar sobre as atividades desenvolvidas nesta Casa, especialmente pelo movimento estudantil e a verdadeira estrutura de espionagem montada pelos órgãos de segurança sobre as atividades desenvolvidas, na luta pela construção do Estado Democrático de Direito, por professores e estudantes desta Faculdade e da UFRGS como um todo.
 
Demonstra também que estudantes e professores desta Faculdade, afrontando riscos que à época sequer conhecíamos na extensão ora relevada, participaram ativamente da luta, afinal exitosa, pela construção da democracia no Brasil, do que pessoalmente, e restrito à minha modesta participação, muito me orgulho.  Ainda que a consolidação do Estado Democrático de Direito tenha frustrado parcialmente nossas expectativas de que traria, como decorrência lógica, maior justiça social, ética e probidade no trato da coisa pública, representou extraordinária conquista no âmbito político, garantindo clima de respeito às liberdades públicas e direitos individuais, que permitiu aos alvos da espionagem repressiva daqueles anos construir, em um país democrático, suas vidas profissionais.
 
 
Prof. Luiz Felipe Silveira Difini
Maio/2013

 

EDIT: agora que me liguei que fiz post duplo...

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Em 20/04/2016 at 23:44, Kernex disse:

Pegando carona no seu post, tem uma coisa sobre isso tudo que eu acho muito estranha. Existe alguma prova CONCRETA de que o cidadão aí que foi homenageado tenha praticado tortura? Afinal, apenas ser acusado por quem era a oposição na época e hoje é governo, numa comissão que acusou apenas os crimes cometidos por um dos lados, pra mim não basta, pois me parece, no mínimo, suspeito, ainda mais conhecendo o MO petista (as recentes tentativas de descredibilizar o Moro e a PF por exemplo). Pergunta honesta, pois nunca me interessei muito em ler sobre esse período, mas nesses últimos dias procurei bastante e só achei fonte esquerdista.

Obviamente, não negando que houve tortura durante esse período, e sim apenas questionando as acusações sobre a autoria destes atos, afinal, pelo menos a primeira vista, as acusações parecem ter tanta credibilidade quanto teria um relatório da extrema direita sobre o PT e o Lula.

Se você ou qualquer puder elucidar esses fatos eu ficaria extremamente agradecido. Por fim, ta aí uma coisa boa que o discurso do Bolsonaro trouxe. Fazer eu e mais alguns brasileiros abrirem o livro de história novamente.

É a coisa mais complicada provar algo assim acima de qualquer suspeita porque a anistia permite que a pessoa simplesmente se negue a responder. Daí a tentativa há um tempo de revogar isso com base na resolução da ONU considerando que crimes contra a humanidade não prescrevem e nem podem ser anistiados.

Tinha postado no tópico de documentários há um tempo:

Citar
Alberto Dines entrevista o ex-delegado do DOPS Cláudio Guerra

O Observatório da Imprensa traz uma entrevista especial com o ex-delegado do Dops Claudio Guerra, matador implacável de quase uma centena de pessoas. Na Comissão Nacional da Verdade, o ex-policial, poderoso dos anos 70 e 80, contribuiu para o esclarecimento do atentado do Riocentro e a morte da estilista Zuzu Angel em acidente de carro. Os dois com o envolvimento dos agentes de repressão do DOI-CODI do Rio de Janeiro. Em entrevista ao apresentador Alberto Dines, o hoje pastor Claudio Guerra, conta como migrou do Esquadrão da Morte para eliminação de esquerdistas em 1973, no auge da repressão política. Ele foi o homem de confiança do coronel Freddie Perdigão, chefe do SNI, responsável por dezenas de vítimas durante os 21 anos do Regime Militar. Ele detalhou como descobriu uma maneira de ocultar os cadáveres da esquerda: incinerando os corpos em uma usina de açúcar em campos, no Rio de Janeiro. No programa, Claudio Guerra faz um apelo à Comissão Nacional da Verdade para aprofundar os depoimentos dos envolvidos na repressão. E diz que “não tem como restituir as vidas que foram tiradas, mas pode cooperar com o esclarecimento da verdade e reconhecer que foi um erro. Que não se repita”.

http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/claudio-guerra-um-matador-arrependido

 

 

Citar

Editorial 

Tragédias não têm aniversários, lembrar a dor independe de calendários, luto é uma coisa íntima, não se ostenta, carrega-se no coração. No ano passado, 2014, por força da data redonda, 50 anos, meio século, o Brasil reuniu-se para rememorar o início de um capítulo sombrio da nossa história: o golpe militar de 1964. Seus contemporâneos reforçaram suas memórias e as novas gerações descobriram de repente que o passado não deve ser esquecido, a não ser quando não se teme repeti-lo.

As revelações e vinculações levantadas em março e abril não podem esperar até a próxima efeméride, mesmo porque ao longo do ano passado produziram-se fatos novos; a história é um processo dinâmico, continuamente amarrado e atualizado. Sobretudo porque, no intervalo, as avaliações e conclusões da Comissão Nacional da Verdade pedem contextualizações e continuidade.

A série “Chumbo Quente”, reformatada e ampliada, embute dentro dela a proposta da história continuada, história viva, principalmente porque a imprensa, cujo papel desgraçadamente foi tão relevante para o golpe e a ditadura, também é um organismo vivo e como tal precisa ser permanentemente observado.

Mas por que “Chumbo Quente”?

Com uma liga de chumbo Gutenberg fez os primeiros tipos móveis. Com chumbo, fundiam-se letras, palavras e ideias e também faziam balas, projéteis. Seu peso converteu o chumbo em sinônimo de opressão. Os 21 Anos de Chumbo não podem ser separados dos Anos de Chumbo Quente, a aviltante censura que tantas deformações produziu em nossa sociedade.

A mais grave dessas deformações é a ojeriza à diversidade, o horror ao pluralismo. A unanimidade além de burra foi a causadora desta tragédia. Vamos tentar entender por quê.

Linha dura

Onde é que a imprensa errou?

Errou ao ignorar que estávamos diante de uma crise política. Errou ao submeter-se a um cronograma militar sem dar chance para recuos, ajustes e negociações. João Goulart tinha ao seu lado vozes e forças moderadas. A pressa e o engajamento não deixaram que fossem ouvidas. A grande imprensa impregnou-se com o clima do manda brasa, que tanto criticava nos radicais próximos ao presidente. Os dois editoriais na capa do Correio da Manhã, que sinalizaram o início da operação militar, foram disparados por quem não entende de política ou não entende de jornalismo. Antes do ultimatum, entre o “basta” e o “fora”, não se ofereceram opções. E em seguida, quando o Correio da Manhã deu a entender que não concordava com a violência e não admitia uma ditadura, o mínimo de solidariedade corporativa teria abortado o ímpeto da linha dura comandada por Costa e Silva.

Com hipóteses, não se faz história, nem se evitam tragédias. No próximo episódio, chumbo ainda mais quente. (Alberto Dines)

http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/chumbo-quente-i

http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/chumbo-quente-ii

http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/chumbo-quente-iii

http://tvbrasil.ebc.com.br/observatorio/episodio/chumbo-quente-iv

 

 

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1 hora atrás, BobJJ disse:

Desisto, me chamem de intolerante mas simplesmente não dá para compactuar com alguém que resuma as torturas a puramente "excessos".

Do que vc chama os atos terroristas dos movimentos de guerrilha da época?

1 hora atrás, ArquitetoZ disse:

Tá ok eu compreendi sua visão da história. Realmente, porque eles disseram que a CF.88 era conservadora?

Zoroastro, se eu disser pra ti, ia tá inventando. As referências que eu pesquisei se limitaram a isso. Seria necessário ler mais a fundo algum livro e assistir documentários a respeito da preparação do constituinte. Um palpite: talvez deva ter tido alguma insatisfação com as políticas de reforma agrária, de papel institucional dos poderes, modelo de eleição, conceito de família.

45 minutos atrás, Danut disse:

 

Que merda é oposição com certo controle? Se é aquilo que o status quo aceita, não é oposição.

E falar que as universidades eram um reduto oposicionista é muita falta de sacanagem. A universidade sempre foi um ambiente político por excelência. E como tal, tinha gente de esquerda, claro. Mas os que tinha eram observados de perto, era só sair um pouco da linha que corria o risco de ir preso, de ser torturado, de perder o emprego ou a matrícula na universidade.

Como um pequeno exemplo, deixo um link da faculdade de Direito da UFRGS, onde estudo agora:

http://www.ufrgs.br/direito/bau-de-memorias.php?pagina=2

 

EDIT: agora que me liguei que fiz post duplo...

Da onde vc tirou isso, que era só sair um pouco da linha que seriam presos?
As pessoas generalizam muito, sem maiores fontes, com base unicamente em crenças populares e histórias superficiais , mas a verdade é que ainda não consegui ver alguém fugir dessa linha de que quem foi torturado (com os métodos realmente hostis) foram os guerrilheiros. É só ver que os números sequer são expressivos - o que não deixa de ser barbárie.
Insisto só que não tem muita diferença entre torturados e torturadores, senão o tamanho da instituição. É muito contraditório vc bater palma pras guerrilhas e ter repugnância ao exército. Não conseguir enxergar que havia coisas intermediárias entre isso aí, e que foram os verdadeiros responsáveis pelas mudanças.

E sim, havia vigilância. E os meios de manifestação da oposição tinham instituições/canais limitados. Se fosse diferente, não seria uma ditadura!!!!!!!!
Reconheço que ocorreram algumas perseguições (apesar de isso acontecer até hoje em dia, em menor escala), prenderam alguns líderes (por pouco tempo), mas as medidas mais excessivas foram contra os grupos armados.

Mas enfim, o que eu quis dizer, é que em alguma medida, havia espaço para a organização política oposicionista - concedida pelo próprio exército -, que no fim encerrou, por meio justamente da política, a ditadura.


 

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5 minutos atrás, JunioR - AC disse:

Da onde vc tirou isso, que era só sair um pouco da linha que seriam presos?
As pessoas generalizam muito, sem maiores fontes, com base unicamente em crenças populares e histórias superficiais , mas a verdade é que ainda não consegui ver alguém fugir dessa linha de que quem foi torturado (com os métodos realmente hostis) foram os guerrilheiros. É só ver que os números sequer são expressivos - o que não deixa de ser barbárie.
Insisto só que não tem muita diferença entre torturados e torturadores, senão o tamanho da instituição. É muito contraditório vc bater palma pras guerrilhas e ter repugnância ao exército. Não conseguir enxergar que havia coisas intermediárias entre isso aí, e que foram os verdadeiros responsáveis pelas mudanças.

E sim, havia vigilância. E os meios de manifestação da oposição tinham instituições/canais limitados. Se fosse diferente, não seria uma ditadura!!!!!!!!
Reconheço que ocorreram algumas perseguições (apesar de isso acontecer até hoje em dia, em menor escala), prenderam alguns líderes (por pouco tempo), mas as medidas mais excessivas foram contra os grupos armados.

Mas enfim, o que eu quis dizer, é que em alguma medida, havia espaço para a organização política oposicionista - concedida pelo próprio exército -, que no fim encerrou, por meio justamente da política, a ditadura.

 

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(...)

Ex-repórter da Tribuna da Bahia e também com passagens pelo Jornal da Bahia e O Estado de S. Paulo, Emiliano José diz não perdoar seus torturadores, mas não teve problemas em relatar com detalhes o que passou. “No Barbalho tinha pau de arara, choque elétrico, afogamento, cheguei a passar dois dias seguidos de porrada. E há quem tente livrar a cara de quem mandou torturar, colocando a culpa apenas no torturador. Não importa, os mandantes foram torturadores também. Aí dizem ‘ah, mas  era uma boa pessoa, é espírita’. Pouco me importa a religião dele. Eu não converso com torturador”, desabafa, para em seguida descrever o perfil psicológico dos militares do Barbalho.

 “Enquanto me torturava e girava a máquina de choque vinha falar de outro assunto, como preocupações com a esposa. Torturar era rotina, eles nem percebiam o que estavam fazendo. Um cidadão, oficial da Polícia Militar, veio me pedir desculpa e disse que eu fui responsável pela conversão dele para o cristianismo. Eu disse que não quero conversa com torturador, não perdoo e que vamos chegar ao poder sem torturar”, discorreu. 

(...)

http://www.tribunadabahia.com.br/2014/04/04/jornalistas-contam-como-era-viver-durante-ditadura-militar-no-brasil

 

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(...)

ABI Online ­- Qual foi o planejamento instituído pela Comissão da Verdade para investigar os casos de perseguição e morte e para localizar as vítimas e seus familiares?

Continentino Porto — Estamos trabalhando em parceria com a Comissão Nacional da Verdade, a Comissão da Verdade do Estado do Rio de Janeiro, do Município de Niterói, e com a Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República. Além de mim, integram a Comissão do SJPERJ os jornalistas José Marques, Maurício Guimarães, Sílvia Regina Ferreira (Silvinha), Rafael Duarte D’Oliveira, José Alves Pinheiro Júnior, Mário de Souza e Mario Augusto Jacobskind, diretor da ABI. Em relação a esta entidade, o caso do ex-presidente Maurício Azêdo também vem sendo apurado. Os arapongas do DOI-Codi escreveram muitas inverdades em seus arquivos secretos. Tive acesso a alguns desses documentos inverídicos que relatam que Maurício teria começado “atuando dentro da ABI em 1974, onde colocara mais de 150 subversivos como se fossem jornalistas, e que, para facilitar o ingresso deles, contara com o apoio da Comissão de Sindicância, toda formada por comunistas notórios, entre os quais, Gumercindo Cabral”. Oscar Maurício Azêdo foi um dos jornalistas que mais sofreu injustiças, calúnias, torturas e humilhações. E não foram poucas. A linha dura dos militares implantaria um esquema de endurecimento violento, editando várias leis de Segurança Nacional e de Imprensa, culminando, a partir de dezembro de 1968, com a decretação do Ato Institucional nº5- AI-5. Azêdo suportou os interrogatórios com dignidade, como no DOPS-GB. Na CGI, os militares aplicaram o Manual de Técnicas de Interrogatórios, editado pelo famigerado SNI, o mesmo utilizado nos depoimentos do presidente Juscelino Kubitscheck, no Quartel da Polícia do Exército, na rua Barão de Mesquita, onde estava instalado o centro de torturas e mortes. Mas nada disso foi suficiente, pois eles não conseguiram humilhar Maurício Azêdo, que apesar do sofrimento atroz permanecia em silêncio, o que irritava seus inquisidores.

(...)

http://www.abi.org.br/jornalistas-um-dos-principais-alvos-de-perseguicao-da-ditadura/

 

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Durante a ditadura militar, exercer a atividade de transmitir informação crítica e isenta poderia resultar em perseguição, prisão, tortura e até morte, como revela análise da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, entregue hoje (6) à Comissão da Verdade e Memória dos Jornalistas, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

O estudo traz a análise de 50 casos de jornalistas perseguidos na ditadura e anistiados pela comissão do ministério. O relatório analisou informações como ocupação, militância política, perseguição e trajetória política dos jornalistas perseguidos.

Para o jornalista e presidente da Comissão da Memória e Verdade da Fenaj, Audálio Dantas, o trabalho mostra que o exercício profissional se tornou um risco durante o regime militar. “Não é o fato de serem jornalistas, mas de serem pessoas que prestaram serviços de interesse público, de levar a informação, de trazer a verdade dos fatos”, disse.

Segundo ele, a violação de direitos humanos pelo Estado resultou em implicações que se estenderam à vida pessoal e profissional dos perseguidos. “Há vários casos de jornalistas mortos ou desaparecidos no período [1964-1983], e pouca gente sabe disso”, lembrou Dantas, que presidia o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo quando ocorreu, em outubro de 1975, o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo, após ter se apresentado ao órgão para "prestar esclarecimentos".

Segundo ele, a comissão também investiga pelo menos duas dezenas de casos que resultaram em mortes de jornalistas. “A exemplo do jornalista Jayme Amorim de Miranda, da direção do Partido Comunista Brasileiro (PCB), assassinado em uma casa de extermínio, em São Paulo, e cujo corpo nunca foi encontrado”, relatou.

(...)

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-11/fenaj-recebe-relatorio-sobre-jornalistas-perseguidos-na-ditadura

 

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49 minutos atrás, JunioR - AC disse:

Da onde vc tirou isso, que era só sair um pouco da linha que seriam presos?
As pessoas generalizam muito, sem maiores fontes, com base unicamente em crenças populares e histórias superficiais , mas a verdade é que ainda não consegui ver alguém fugir dessa linha de que quem foi torturado (com os métodos realmente hostis) foram os guerrilheiros. É só ver que os números sequer são expressivos - o que não deixa de ser barbárie.

Puta merda, e só fica pior.

Existe uma profissão que se chama Historiador, o historiador é o profissional de Historia, que por sua vez é uma CIÊNCIA aonde se existe métodos. Essas histórias "superficiais" são resultado de pesquisa e recolhimento de muito material que é usado como F-O-N-T-E.  As fontes por si só é algo incontestável? Absolutamente não, elas passam por exaustivas analises até se ter o resultado final. 
 

Mas como eu disse antes, eu desisti, acredita no que quiser. Você tem uma fé inabalavel na inocência de uma força armada que durante sua história não se mostrou tão inocente assim. (antes mesmo da ditadura) Fé digna de inveja eu diria! 

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Cara, me retiro da discussão com o Junior também. Não tem como continuar. É ficar batendo com a cabeça contra a parede.

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Visitante João Gilberto

 

 

Impressionante no segundo vídeo é a clareza com que o cara enxerga todas as merdas aqui, mas os alienado (de todos os lados) acham que tá tudo numa boa... nada de errado no processo.

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5 horas atrás, João Gilberto disse:

O cara quer pegar a perspectiva de adultos, acomodados com o sistema vigente, uma família branca, provavelmente de classe média, no sul e transformar em referência para o período. Aí eu vejo a referência dos meus pais, que eram jovens, negros, da periferia, do nordeste dos quais só ouço relatos de medo, angustia e receio de serem presos, talvez mortos porque usavam cabelo black, roupas hippies e andavam em grupos, em barzinhos... isso que me irrita, só dá vontade de mandar se foder e tomar no cu.

Eu gosto de ver os diferentes relatos e analisar o quão profunda e a quem afetou os autoritarismos e barbáries da ditadura. Tu revela certo lado periférico, que expõe devido preconceito e julgamento de gênero, comum dos regimes totalitários. 

Eu já "conheci" (fiquei sabendo) de outro lado. 

Meu pai sempre trabalhou com jornal e teve vida pública, junto de seus outros quatro irmãos e meu avô. Foram todos contrários aos militares, sempre estando ao lados dos governo de esquerda, principalmente de Jango e Brizola, que conheceram até pessoalmente. Foi vereador, vice-prefeito, coordenador de campanha, secretário, presidente de partido, etc.  Ele me falou muito sobre como era a imprensa, o contato político, as manifestações em geral, a questão da censura à arte e a maioria dos tipos de expressão populares. Horário de recolher. As batidas à residência e intervenções na rua. O Rio Grande sempre oferecerá resistência. A Revolução de 30 partiu daqui. Legalidade, mesma coisa. Não é uma realidade que passou despercebida em minha família. 

Não tem como aceitar. 

 

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Em 20/04/2016 at 23:44, Kernex disse:

Pegando carona no seu post, tem uma coisa sobre isso tudo que eu acho muito estranha. Existe alguma prova CONCRETA de que o cidadão aí que foi homenageado tenha praticado tortura? Afinal, apenas ser acusado por quem era a oposição na época e hoje é governo, numa comissão que acusou apenas os crimes cometidos por um dos lados, pra mim não basta, pois me parece, no mínimo, suspeito, ainda mais conhecendo o MO petista (as recentes tentativas de descredibilizar o Moro e a PF por exemplo). Pergunta honesta, pois nunca me interessei muito em ler sobre esse período, mas nesses últimos dias procurei bastante e só achei fonte esquerdista.

Obviamente, não negando que houve tortura durante esse período, e sim apenas questionando as acusações sobre a autoria destes atos, afinal, pelo menos a primeira vista, as acusações parecem ter tanta credibilidade quanto teria um relatório da extrema direita sobre o PT e o Lula.

Se você ou qualquer puder elucidar esses fatos eu ficaria extremamente agradecido. Por fim, ta aí uma coisa boa que o discurso do Bolsonaro trouxe. Fazer eu e mais alguns brasileiros abrirem o livro de história novamente.

É evidente que houve sim a ditadura militar e consequentemente tortura. O problema é que todo mundo que chega e diz: fui torturado(a), se dá como verdade absoluta e não há nenhum tipo de investigação para analisar o mesmo. Referente ao período da ditadura militar, eu nem vou entrar nessa questão pois não tenho tanta propriedade para falar, mas em um contexto "semelhante", há casos de Judeus que nunca estiveram em campos de concentração/trabalho/extermínio e dizem que foram parte do produto do holocausto judeu. Recomendo uma lida no livro, A indústria do Holocausto de Norman Finkelstein, este, filho de judeus dos campos de Majdanek e Auschwitz. Da mesma forma que ambos ocorreram, holocausto e ditadura militar, ambos tiveram excessos, fato esse QUE NÃO DESCRIMINALIZA ambos.

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Em 20/04/2016 at 17:23, BobJJ disse:

Vocês nunca pensam num contexto histórico, só absorvem o que convém. Ah, e antes que comentem "o comunismo stalinista foi uma das piores atrocidades da humanidade", concordo plenamente. Mas que só foi "estudado/investigado/descoberto" quase no final da União Soviética. 

É claro que não. Pode até ter sido com mais contundência nesse período por causa do avanço dos meios de comunicação, mas isso não valida sua tese. Se as atrocidades do nazismo já eram conhecidas durante a guerra, por que as do comunismo supostamente não eram? E por que repentinamente teve uma grande diáspora ucraniana durante as décadas de 30-50? Será que ninguém percebeu o por que de tantos ucranianos fugindo da Ucrânia? E evidentemente só foram descobrir isso nas últimas décadas... E se existe o consenso que o holodomor tanto como o holocausto judeu foram genocídios, por que só 1 desses é reconhecido oficialmente como genocídio na maioria dos países? O Brasil até hoje junto de tantos outros países não reconhece. Ah, e o que aconteceu com os milhões (aproximadamente 16~18) de presos políticos nos Gulags? Por que até hoje não se tem o devido reconhecimento depois de tantas décadas do ocorrido? A verdade só é posta quando convém aos detentores, a única diferença é que um grupo de países venceu a guerra e o outro não.

Matéria do Daily Express, de 1934.

manchete-do-daily-express-relatando-o-ho

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18 minutos atrás, Mark. disse:

 

Não exatamente. Lembrando que na década de 30 já existia propaganda anticomunista, tanto que a noticia da fome na Ucrânia foi tomada como tal. De fato, como eu disse antes, só foi "largamente" difundido no fim da Guerra Fria. 

Ainda mantenho minha "tese", e reafirmo, é fácil pra gente hoje olhar para o passado sem pensar no contexto. Guerra-fria, propaganda anticomunista e anticapitalista pra todos os lados, época de difícil acesso a informações. E até concordo com você, se HOJE, com internet e o caralho a quatro já é difícil se dar o devido reconhecimento a determinados ocorridos. Imagina em 1964. 

Posso estar enganado mas acredito que o Brasil reconheça sim o genocídio, inclusive até SP ou RJ tem um dia em memoria as vitimas da Ucrânia em seu calendário. Posso estar confundido.

Não vou voltar ao assunto da guerrilha. O @Douglas. e o @Tuna elucidaram muito bem a questão. Nada justifica tortura, e acho um absurdo gigantesco resumir isso a "excesso". E que as atrocidades da URSS sejam cada vez mais expostas também. 

 

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18 horas atrás, Douglas. disse:

 

 

 

 

 

Se vc analisar, foram poucos casos fora desse contexto que eu citei.

E existe uma boa polêmica em torno do caso Hezorg, principalmente pelo cara ter virado "herói".

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Pessoal, só pra encerrar esse assunto que já está cansativo.

Não sou a favor da ditadura. Foi uma mancha na nossa história, preferiria que caminhássemos por uma democracia com progresso.

O que eu defendo é que a ditadura militar foi, a médio/longo prazo, um mal menos ruim do que o comunismo que alguns grupos queriam instalar no Brasil (não necessariamente com o Goulart, tema muito polêmico e extenso pra debater aqui). Minha opinião, tenho meus fundamentos para isso.

Ponto.

O que eu não compreendo é nego ter arrepio à ditadura militar e bater palma para os guerrilheiros. Isso é sem sentido. Inúmeros integrantes do grupo já assumiram que não tinham ideais democráticos.
Por todos, o Gabeira: http://eleicoes.uol.com.br/2010/rio-de-janeiro/ultimas-noticias/2010/08/25/gabeira-diz-que-nem-ele-nem-dilma-queriam-a-democracia-pela-luta-armada.jhtm

Falta coerência na argumentação.

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Não tenho esquerda ou direita, sou somente a favor de um país decente e bom pra viver.

Sobre esse "impeachment", tá na cara que é golpe. Mesmo que eu seja contra a Dilma, botar Temer e Cunha é Sacanagem. Isso é trocar seis por meia dúzia.

Tinha que elaborar novas eleições, que Dilma, Temer e Cunha não dá, fala sério. 

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3 horas atrás, JunioR - AC disse:

O que eu não compreendo é nego ter arrepio à ditadura militar e bater palma para os guerrilheiros. Isso é sem sentido. Inúmeros integrantes do grupo já assumiram que não tinham ideais democráticos.
Por todos, o Gabeira: http://eleicoes.uol.com.br/2010/rio-de-janeiro/ultimas-noticias/2010/08/25/gabeira-diz-que-nem-ele-nem-dilma-queriam-a-democracia-pela-luta-armada.jhtm

Falta coerência na argumentação.

Uma é teórica, a outra aconteceu na prática.

E tem uma diferença grande entre "governo autoritário" e "eliminação de dissidência". Ainda, no Brasil, houveram durante o período vários grupos, inclusive com cisões paralelas à briga no Partido Comunista russo. Cada um desses grupos, se tivesse "vencido", tinha idéias próprias do que deveria ser o próximo passo.

Não sei se é questão de admirar qualquer grupo que resiste a um aparato governamental pelos seus ideais e sim pela atitude de "dar murro em ponta de faca" e, com isso, possibilitar contestação ao sistema vigente. Se essa contestação não existisse, com o governo livre e despreocupado, teriam dado brecha pros outros movimentos civis que foram aparecendo depois? Acho que quase toda ditadura duradoura contou com o fator de terem conseguido eliminar focos de resistência. Os grupos brasileiros (guerrilha, estudantes, etc.) conseguiram manter viva a contestação tanto aqui quanto lá fora.

 

Citar

(...)

FOLHA - Quais suas principais descobertas?
JAMES GREEN
- É inédito ver que houve muita atividade nos EUA contra a ditadura brasileira. No Brasil, pessoas pensam que [os americanos] não fizeram nada, mas a verdade é que fizeram muito. Uma coisa importante do livro é desmontar uma imagem do povo americano indiferente, colaborador.

FOLHA - É uma tentativa de limpar a barra dos americanos?
GREEN
- O povo americano não é o governo americano. O povo americano podia ter sido indiferente ou contra a ditadura ao mesmo tempo em que seu governo a apoiava. Nunca se vai limpar a barra de um governo que apoiou os militares brasileiros. Porém, é importante recontar que existiam pessoas contra [a ditadura]. Seria injusto ver os EUA apenas como um país que ajudou a montar o golpe. Ele também ajudou a desmontar esse mesmo golpe.

FOLHA - Quem eram as pessoas?
GREEN
- Clérigos, acadêmicos, ativistas. Poucas pessoas que lograram fazer muito. Você pode contar nos dedos as pessoas, mas eram determinadas.

FOLHA - A ditadura mudou a forma como os americanos viam o Brasil?
GREEN
- Ao longo dos 21 anos, substituiu-se a bossa nova, a garota de Ipanema, pelo pau-de-arara e pela tortura. São imagens que vão sendo recriadas para fazer uma campanha eficaz [nos EUA] contra as medidas brutais que os militares estavam tomando no Brasil. Foram ativistas que trataram de influenciar esse imaginário sobre o Brasil no exterior.

FOLHA - Tiveram sucesso em mudar políticas dos EUA?
GREEN
- Em um primeiro momento, o movimento da sociedade não logrou mudar a política da Casa Branca. Como eles viram que tinham um inimigo lá, procuraram outros caminhos, como o Congresso, denúncias públicas, a imprensa. [Richard] Nixon (1969-1974) e depois [Gerald] Ford (1974-1977) veem que precisam mudar o discurso, pelo menos formalmente. Jimmy Carter (1977-1981) vence as eleições com o discurso dos direitos humanos e muda a política exterior por causa de uma pressão de baixo para cima.

FOLHA - Quando se inicia a mudança?
GREEN
- A partir de 1969, com as denúncias de tortura, os congressistas vão perceber que estão sendo manipulados pelo Departamento de Estado e começam a se opor ao governo Costa e Silva por causa do AI-5. Os brasileiros também conseguem divulgar denúncias de tortura. Os congressistas vão se perguntar "por que estamos apoiando um governo que está torturando? Nossos valores não são contra?". Cria-se espaço para mudar a legislação, de forma a cortar a ajuda [oficial].

FOLHA - O Brasil influenciou a reação da sociedade ao golpe no Chile?
GREEN
- Tudo o que foi feito [em relação ao] Chile após o golpe de 1973 é baseado nas campanhas feitas na Europa e nos EUA sobre o Brasil. Um exemplo concreto: logo depois do golpe do Chile, americanos queriam ajudar a cortar a ajuda [do governo americano] a Pinochet e ajudar os exilados a saírem do país. Eles trouxeram ao Congresso chilenos, mas eles tinham dificuldade em explicar a situação. Um pastor americano, Fred Morris, que tinha sido torturado em Recife em 1973, consegue falar sobre a situação no Brasil e sua experiência como torturado. Os congressistas viram um paralelo entre Brasil e Chile, perceberam que não era exagero do movimento comunista internacional, que se torturava mesmo. Quando ocorre o golpe no Chile, as pessoas estão preparadas para acreditar nas denúncias.

FOLHA - Qual a participação dos EUA no golpe de 1964?
GREEN
- Há um envolvimento direto. Em 1962, Kennedy resolve derrubar o governo João Goulart (1961-1964). [Os EUA] Dizem "vamos apoiar qualquer medida militar que derrube o governo". Nas campanhas de 1962, financiam com US$ 5 milhões campanhas da oposição. Quando perceberam que precisavam fazer alguma coisa mais drástica, mandam uma pessoa para fazer a articulação com os militares. A mensagem é: se vocês derrubarem o governo João Goulart, apoiaremos 100%. Imediatamente após o golpe, os americanos dão milhões de dólares de empréstimo ao governo brasileiro. O capital americano cria as bases do milagre econômico entre 69 e 73.

FOLHA - Como foi o apoio americano a Lula nos anos 70?
GREEN
- É o momento em que sindicatos americanos estão rompendo com a ideologia da Guerra Fria, há uma nova geração de líderes [sindicais] e quadros médios que não são mais anticomunistas e veem no Brasil possibilidade de solidariedade internacional. Quando Lula foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, mandaram cartas de pressão, indicaram que o mundo estava olhando para o Brasil e não deixariam Lula ficar preso. Foi uma solidariedade moral, de efeito muito grande.

(...)

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0512200922.htm

 

 

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6 horas atrás, Douglas. disse:

Uma é teórica, a outra aconteceu na prática.

E tem uma diferença grande entre "governo autoritário" e "eliminação de dissidência". Ainda, no Brasil, houveram durante o período vários grupos, inclusive com cisões paralelas à briga no Partido Comunista russo. Cada um desses grupos, se tivesse "vencido", tinha idéias próprias do que deveria ser o próximo passo.

Não sei se é questão de admirar qualquer grupo que resiste a um aparato governamental pelos seus ideais e sim pela atitude de "dar murro em ponta de faca" e, com isso, possibilitar contestação ao sistema vigente. Se essa contestação não existisse, com o governo livre e despreocupado, teriam dado brecha pros outros movimentos civis que foram aparecendo depois? Acho que quase toda ditadura duradoura contou com o fator de terem conseguido eliminar focos de resistência. Os grupos brasileiros (guerrilha, estudantes, etc.) conseguiram manter viva a contestação tanto aqui quanto lá fora.

 

Continuo afirmando que esses movimentos armados tiveram pouca contribuição para a abertura democrática.

O grupo foi massacrado, oposionicistas de maior reputação exilados. A participação POPULAR (incluindo alguns movimentos sociais) e da mídia foram relevantes para isso. Não há participação relevante desses pequenos grupos armados na real transição, que simplesmente foram oprimidos pelo Exército.

O que temos hoje é a tentativa de mudar a história. Se muitos já têm essa visão heróica dos terroristas que no geral não tinham ideais democráticos, o que dirá daqui uns 100 anos? Vamos ter feriado para esse povo ainda.

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13 horas atrás, MitoMitologicoh disse:

Não tenho esquerda ou direita, sou somente a favor de um país decente e bom pra viver.

Sobre esse "impeachment", tá na cara que é golpe. Mesmo que eu seja contra a Dilma, botar Temer e Cunha é Sacanagem. Isso é trocar seis por meia dúzia.

Tinha que elaborar novas eleições, que Dilma, Temer e Cunha não dá, fala sério. 

Aí você vai ver os possíveis candidatos: Lula, Aécio, Alckmin, Serra, Marina, Bolsonaro, Levy Fidelix, Luciana Genro... Não adianta, amigo.

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1 minuto atrás, Ariel' disse:

Aí você vai ver os possíveis candidatos: Lula, Aécio, Alckmin, Serra, Marina, Bolsonaro, Levy Fidelix, Luciana Genro... Não adianta, amigo.

kkkkk um pior que o outro. Tinha que ter uma lei super rigida que impede qualquer um que tenha uma denúncia de corrupção com muitos fatos verdadeiros de se eleger pra sempre, terendo que provar fortemente o contrário. 

Pois com certeza não votaria no Alckmin ou no Bolsonaro nem me forçando.

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4 horas atrás, JunioR - AC disse:

O que temos hoje é a tentativa de mudar a história. Se muitos já têm essa visão heróica dos terroristas que no geral não tinham ideais democráticos, o que dirá daqui uns 100 anos? Vamos ter feriado para esse povo ainda.

Nenhum dos nossos "heróis" brasileiros possuíram uma moral inabalavel ou agiram pelo "bem maior". Vide, o feriado de ontem.

 

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1 hora atrás, BobJJ disse:

Nenhum dos nossos "heróis" brasileiros possuíram uma moral inabalavel ou agiram pelo "bem maior". Vide, o feriado de ontem.

Poucos heróis, independente de nacionalidade, tiveram moral inabalável. Gandhi, Bolívar, Madre Teresa.. Botando no microscópio, quase sempre vai aparecer algo pra descobrirmos que a história foi lapidada pra construir o mito.

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    • mfeitosa
      Por mfeitosa
      E aí, pessoal! Dias atrás, vi uma notícia sobre a final da Série B do Campeonato Cearense e algo me chamou atenção: o Icasa não conseguiu chegar à final, sendo superado por times sem qualquer renome local, como Cariri e Tirol, este último sagrando-se campeão da competição.
      Essa situação garante uma terceira temporada em que o Verdão do Cariri estará fora da elite do futebol alencarino, relembrando um período sombrio de sua história entre 2017 e 2020, quando também competiu no segundo escalão cearense. Diante desse cenário, fiquei inspirado para iniciar um desafio no FM com o Icasa, aspirando um dia poder rivalizar novamente com os clubes da capital.

      O Icasa é um clube de futebol sediado em Juazeiro do Norte, Ceará, fundado em 7 de janeiro de 2002. O nome "Icasa" é uma abreviação da empresa Indústria e Comércio de Algodão S/A, do mesmo fundador do antigo Icasa Esporte Clube. Seu maior rival é o Guarani de Juazeiro, com quem disputa o Clássico do Cariri.
      A história do clube remonta ao Icasa Esporte Clube, fundado em 1963 por Teodoro de Jesus Germano, conhecido como Doro Germano. Após alguns reveses e uma ação judicial, o clube foi substituído pelo Juazeiro Empreendimentos, que participou dos campeonatos cearenses entre 1999 e 2001. Em 2002, surgiu a Associação Desportiva Recreativa Cultural Icasa, que passou a competir na segunda divisão do Campeonato Cearense.

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      Para conseguir comandar o Icasa no FM 2024 foi necessário utilizar o Brasil Mundi Up. Do update, optei pelo arquivo do "Formato Real", sem a Série Regional. Com isto, o Icasa iniciará sua trajetória na Série B do Campeonato Cearense e precisará buscar a classificação para a Série D por meio do Estadual. O Verdão também participará da Copa Fares Lopes, que é a taça da Federação Cearense de Futebol, no segundo semestre de cada temporada.
      Além da estrutura brasileira, carreguei as duas principais divisões dos demais países da América do Sul, com base de dados "Personalizada" (grande, incluindo jogadores de "equipe de topo" do mundo inteiro).


      Os objetivos iniciais do save serão basicamente os marcos mais importantes que um clube cearense poderia ter até chegar à elite do futebol brasileiro.
      Retornar à elite do Campeonato Cearense (rebaixado em 2022) Participar da Copa do Nordeste (nunca participou) Conquistar o título Campeonato Cearense (foi vice em 2005, 2007 e 2008 e campeão em 1992) Conquistar o título da Copa do Nordeste (nunca participou) Conquistar a vaga para a Série D (última participação em 2022) Conquistar o acesso à Série C (última participação em 2015) Conquistar o acesso à Série B (última participação em 2014) Conquistar o acesso à Série A (nunca participou) Em uma possível segunda parte do save, se eu ainda tiver gás para seguir, passaremos para um nível mais audacioso de objetivos, visando o âmbito nacional e continental.
      Conquistar o título da Copa do Brasil (participou apenas em 2009 e 2022) Conquistar o título da Série A (nunca participou) Conquistar a Libertadores da América ou a Sul-Americana (nunca participou de competições internacionais) Superar os times da capital Ceará, Fortaleza e Ferroviário no ranking de reputação
      Para assumir o comando do Verdão do Cariri, escolhi como "personagem" o ex-camisa 9 Marciano, um dos principais ídolos e maior artilheiro da história do clube de Juazeiro do Norte. Enquanto jogador, Marciano acumulou pelo menos sete passagens pelo Icasa e marcou 88 gols, segundo matéria do Jornal do Cariri.
      Entre suas idas e vindas, o ex-centroavante passou por clubes como Remo-PA, Brasiliense-DF, Guarany de Sobral-CE, Brasil de Pelotas-RS e Coritiba-PR. Ainda assim, o time onde Marciano jogou por mais tempo foi, sem dúvida, o Icasa-CE. Em 2013, deixou o futebol profissional para se dedicar à carreira na área jurídica.

      O perfil de Marciano foi criado no jogo sem "Qualificações de Treino" e experiência anterior de Futebolista Profissional (Nível Regional).
    • RafaelFS98
      Por RafaelFS98
      Olá pessoas, estou criando alguns adboards para deixar o FM mais imersivo, dou designer e já criei os adboards estáticos do campeonato, agr to criando os animados
      Gostaram? Queria saber se vcs contribuiriam para a criação de projeto focado em competições no Brasil, quem sabe nas americas
       
    • Kapiroto
      Por Kapiroto
      Olá, pessoal!
       
      Não sei mexer muito bem nas regras avançadas do editor do FM, mas na base da engenharia reversa (analisar o trabalho da concorrência e copiando a estrutura para meu arquivo), consegui fazer uma liga no brasil da seguinte forma:
       
      Séries A, B e C: ida e volta, pontos corridos, sobem 4 e descem 4.
       
      Série D: 4 grupos regionalizados de 16 times cada. Caem os 2 últimos de cada grupo e classificam os oito primeiros para o mata-mata. Quem se classificar para as semifinais garante o acesso.
       
      Série E: 8 grupos regionalizados de 16 times cada. Caem os 4 últimos de cada grupo e classificam os quatro primeiros para o mata-mata. Quem se classificar para as quartas de final garante o acesso.
       
      Já testei e está tudo direitinho. O único problema que eu preciso resolver para considerar tudo pronto é que na série D, por exemplo, o 1º colocado do grupo pela o 8º colocado do mesmo grupo no mata-mata, em vez do 1ª colocado do grupo A pegar o 8ª do B e assim vai.
       
      Se alguém puder me orientar sobre como solucionar isso, e não houver nenhuma objeção do pessoal que administra o fórum, posso disponibilizar o arquivo ainda hoje.
    • civilEN
      Por civilEN
      Estou criando uma base de dados do Brasil em formato real, com classificação da série D via estaduais, e com campeonatos amadores e de várzea, caso alguém puder ajudar, eu agradeceria muito
    • JGDuarte
      Por JGDuarte
      Brasil e Venezuela enfrentam-se hoje, 12 de outubro de 2023, às 21h30, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. 
      Escalações:


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