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Casal narra transição de gênero de filho de cinco anos


Lusquerinhas do Amaral

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Casal narra transição de gênero de filho de cinco anos

 

O depoimento de um casal que narra a transição de Jacob, seu filho transgênero de cinco anos de idade, já reúne mais de 11 milhões de visualizações. A história de Mimi e Joe Lemay faz parte de uma série de reportagens do programa ‘Nightly News’, do canal de notícias norte-americano NBC.

 

De acordo com Mimi e Joe Lemay, desde pequena a criança não se identificava com o seu gênero, pedindo sempre para trocar de roupa. Aos dois anos, Mia começou a dizer que era um menino, mas inicialmente seus pais acharam que era apenas uma fase.

 

A aceitação veio enfim no ano passado, após um susto no trânsito, depois de quase sofrer um acidente. Ao pensar na possibilidade de perder o filho, a mãe imaginou que, se tivesse que morrer, a criança deveria antes de ser feliz sendo que realmente é.

 

Desde então, a mudança foi aceita com naturalidade por sua família. O passo seguinte seria a transição fora de casa. Depois da transformação, o casal contou que o menino começou a rir de verdade, encarar as pessoas e considerá-las suas amigas.

 

https://www.facebook.com/nbcnightlynews/videos/10153302463423689/

 

O que vocês acham que deve ser feito nesse caso?

 

É um assunto muito complicado né, ainda mais começando nessa idade...

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O problema é que os pais não devem incentivar que uma decisão de mudança que afetará toda a vida da pessoa seja tomada (ainda que sem saber ou indiretamente) aos cinco anos de idade. Não tenho nada contra os trangêneros, mas é uma decisão que precisa de maturidade pra ser tomada (avaliando, inclusive, as dificuldades e preconceitos que certamente irá sofrer). Não é o tipo de coisa que se volta atrás, então não pode ser simplesmente decidido aos cinco anos de idade.

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Aos cinco anos de idade a criança não tem ainda definido em sua cabeça questões de gênero. É normal por exemplo um menino querer botar as roupas da mãe, pessoa com a qual ele mais tem ligação no início de sua vida. Eu acredito que esse tipo de decisão tem que ser tomada depois que essa criança terá suas funções totalmente formadas e entender os seus significados. Nessa idade é muito mais questão do que os pais transparecem para ela do que seu real desejo.

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Nesse sentido, a criança só poderá tomar a decisão quando? Aos 18 anos? Porque adolescentes não tem "funções totalmente formadas". Se a criança ainda não define questões de gênero, porque há de ter imposição de gênero? A maioria das atitudes tomadas pelos pais (ou pelo menos grandíssima parte) é gênero-condicionada: tamanho do cabelo, cor de roupa, forma de tratamento, etc. Se é normal que aja sem levar em consideração questões de gênero, deixe que aja da forma que achar melhor.

 

Por que os pais podem incentivar atividades culturalmente definidas pelo seu gênero biológico mas não podem incentivar outras atividades? É apenas uma entre as decisões de mudança que afetarão pra vida toda. E sim, ao crescer a criança pode voltar atrás.

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Nesse sentido, a criança só poderá tomar a decisão quando? Aos 18 anos? Porque adolescentes não tem "funções totalmente formadas". Se a criança ainda não define questões de gênero, porque há de ter imposição de gênero? A maioria das atitudes tomadas pelos pais (ou pelo menos grandíssima parte) é gênero-condicionada: tamanho do cabelo, cor de roupa, forma de tratamento, etc. Se é normal que aja sem levar em consideração questões de gênero, deixe que aja da forma que achar melhor.

 

Por que os pais podem incentivar atividades culturalmente definidas pelo seu gênero biológico mas não podem incentivar outras atividades? É apenas uma entre as decisões de mudança que afetarão pra vida toda. E sim, ao crescer a criança pode voltar atrás.

 

É impossível discutir o q é certo ou errado sem levar em consideração, pelo menos até um certo grau, o que é e o que não é considerado "certo" pela sociedade. As aspas são porque nem sempre o que é certo para a sociedade é certo para o indivíduo. Partindo desse princípio, é certo que os pais criem os filhos de acordo com os preceitos considerados certos pela sociedade, pelo menos na infância e início da adolescência. Desta forma, evita-se traumas e constrangimentos antes do necessário (o que certamente ocorrerá). Um rapaz de 16 anos (em média, pode ser mais ou menos... estou usando esta idade apenas para exemplificar) está apto a escolher enfrentar ou não uma situação como essa e fazer sua escolha sabendo exatamente as consequência de se seguir um ou outro caminho. A criança de 5 anos não tem noção do que ela irá sofrer ao escolher trilhar este caminho e o dever dos pais é alertar e aconselhar.

 

O argumento puro de "felicidade" eu também acho q não se aplica. A criança é feliz agir ou se vestir de uma determinada forma, mas também é feliz por ser aceita. Ninguém pode definir, a priori, o que é mais importante para um indivíduo em particular: fazer o q gosta ou ser aceito pelo grupo q convive ou sociedade. Seria ótimo vivermos no mundo ideal onde cada um cuida da sua própria vida e respeita o próximo como ele deve ser respeitado, mas infelizmente não vivemos nesse mundo. A pessoa antes de tomar uma decisão como essa deve ser orientada e ter capacidade de entender todas as implicações (positivas e negativas) e essa orientação é dever dos pais. Permitir uma criança de 5 anos tomar essa decisão é como deixar ela atravessar sozinha uma avenida movimentada. Pode até ser q nada dê errado, mas a chance de algo de ruim acontecer é grande. E quando algo ruim acontece, de quem é a culpa? Da criança que atravessou a rua sozinha ou dos pais que não tomaram conta?

(não estou conseguindo editar o post anterior pra completar)

 

Sobre a questão de poder ou não voltar atrás quando for mais velho, depende. Depende de quanto profunda for a transformação e quanto tempo ela durou. Com toda essa precocidade, quem garante que aos 12 ele não vai querer fazer uma cirurgia de mudança de sexo e ser totalmente apoiado pelos pais? Pq isso é um processo de descoberta, quanto mais você se envolve, mais pode querer ir além.

 

De novo, não acho certo nem errado a questão dos trangêneros. Eu realmente não me importo com decisões pessoais de cada um (desde que elas não afetem outras pessoas), mas acho q esta decisão, assim como muitas outras, devem ser tomadas mais tarde e é papel dos pais orientar. E se ao invés de ser transgênero, a criança estivesse querendo começar a fumar aos 5 anos? Aí vc diria que ela não tem maturidade pra isso? Ou os pais deveriam ir correndo comprar um maço pra fazê-la mais feliz? 

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Eu acho (só acho) que quem acha que a questão de gênero é uma questão que se pauta apenas na construção social do gênero, deveria conhecer a história de David Reimer...

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  • Vice-Presidente

Eu acho (só acho) que quem acha que a questão de gênero é uma questão que se pauta apenas na construção social do gênero, deveria conhecer a história de David Reimer...

 

Você poderia nos elucidar mais sobre a questão? Me interessei.

 

Quanto ao tópico, eu tenho mais ou menos a mesma opinião do mmfaria, ele é muito novo para trilhar esse caminho, se a decisão fosse mais tarde, com mais maturidade, é uma decisão pensada e ele conhece os riscos e as consequências. E acredito muito que essa definição do fato que tem gente que acredita que homossexualidade é genética e tem gente que acredita que é ambiental influencia no que cada um pensa a respeito do tema. Então, as pessoas vão pensar diferentes, independente da existência ou não de preconceito no raciocínio.

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Procure no Google o nome do David Reimer, o caso do menino que nasceu homem, foi operado com menos de 1 ano, transformado em mulher, que foi criado como mulher... Enfim... O final da história você descobre lá.

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  • 3 semanas depois...

É impossível discutir o q é certo ou errado sem levar em consideração, pelo menos até um certo grau, o que é e o que não é considerado "certo" pela sociedade. As aspas são porque nem sempre o que é certo para a sociedade é certo para o indivíduo. Partindo desse princípio, é certo que os pais criem os filhos de acordo com os preceitos considerados certos pela sociedade, pelo menos na infância e início da adolescência. Desta forma, evita-se traumas e constrangimentos antes do necessário (o que certamente ocorrerá). Um rapaz de 16 anos (em média, pode ser mais ou menos... estou usando esta idade apenas para exemplificar) está apto a escolher enfrentar ou não uma situação como essa e fazer sua escolha sabendo exatamente as consequência de se seguir um ou outro caminho. A criança de 5 anos não tem noção do que ela irá sofrer ao escolher trilhar este caminho e o dever dos pais é alertar e aconselhar.

 

O argumento puro de "felicidade" eu também acho q não se aplica. A criança é feliz agir ou se vestir de uma determinada forma, mas também é feliz por ser aceita. Ninguém pode definir, a priori, o que é mais importante para um indivíduo em particular: fazer o q gosta ou ser aceito pelo grupo q convive ou sociedade. Seria ótimo vivermos no mundo ideal onde cada um cuida da sua própria vida e respeita o próximo como ele deve ser respeitado, mas infelizmente não vivemos nesse mundo. A pessoa antes de tomar uma decisão como essa deve ser orientada e ter capacidade de entender todas as implicações (positivas e negativas) e essa orientação é dever dos pais. Permitir uma criança de 5 anos tomar essa decisão é como deixar ela atravessar sozinha uma avenida movimentada. Pode até ser q nada dê errado, mas a chance de algo de ruim acontecer é grande. E quando algo ruim acontece, de quem é a culpa? Da criança que atravessou a rua sozinha ou dos pais que não tomaram conta?

(não estou conseguindo editar o post anterior pra completar)

 

Sobre a questão de poder ou não voltar atrás quando for mais velho, depende. Depende de quanto profunda for a transformação e quanto tempo ela durou. Com toda essa precocidade, quem garante que aos 12 ele não vai querer fazer uma cirurgia de mudança de sexo e ser totalmente apoiado pelos pais? Pq isso é um processo de descoberta, quanto mais você se envolve, mais pode querer ir além.

 

De novo, não acho certo nem errado a questão dos trangêneros. Eu realmente não me importo com decisões pessoais de cada um (desde que elas não afetem outras pessoas), mas acho q esta decisão, assim como muitas outras, devem ser tomadas mais tarde e é papel dos pais orientar. E se ao invés de ser transgênero, a criança estivesse querendo começar a fumar aos 5 anos? Aí vc diria que ela não tem maturidade pra isso? Ou os pais deveriam ir correndo comprar um maço pra fazê-la mais feliz? 

Entre uma infinidade de caminhos para os quais os pais podem conduzir uma criança, milhares deles podem causar traumas e constrangimentos. Acho complicado você falar que alguém com 16 anos (mais ou menos) sabe exatamente quais serão eles. Mas tudo bem, entendi seu ponto. O problema é que não dialogo em termos extremistas: entre fazer livremente e não fazer de forma alguma existem vários tons. Entre esses tons, acompanhamento psicológico de profissionais, conversas, etc.

 

Você compara identidade de gênero com vontade de fumar, cara? Acha proporcional colocar essas coisas no mesmo patamar?

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Você compara identidade de gênero com vontade de fumar, cara? Acha proporcional colocar essas coisas no mesmo patamar?

Não acho, claro. Foi só pra ilustrar o ponto de vista. Foi só um exemplo do q pode ser feito com excesso de liberdade cedo demais. Foi só pra reforçar a ideia de q os pais não devem simplesmente fazer as vontades do filho e sim guiá-los até ter condições de decidir as coisas por si mesmo. ;)

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Procure no Google o nome do David Reimer, o caso do menino que nasceu homem, foi operado com menos de 1 ano, transformado em mulher, que foi criado como mulher... Enfim... O final da história você descobre lá.

 

Não acho que o caso do Reimer se equivalha ao outro. É tragico, existe um caso no RJ parecido, ate onde eu saiba não foi feito mudança de gênero, mas que o resultado final pode ser bem parecido. Que sanidade mental pode ter um cara sem pinto?

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