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John the Baptist.

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Ele supõe que institucionalizar as drogas vai acabar com o tráfico e com a violência a ele ligada. Ele não sabe disso. Os traficantes virarão cortadores de cana da noite pro dia?

Acho que tinha postado em algum desses tópicos, não sei se é esse ou se foi em outro. Na Holanda, decidiram apertar um pouco a fiscalização nos coffee shops e já deu merda.

O país tinha um fluxo grande de "turistas da maconha". Aí muitos cidadãos se sentiram incomodados com as ruas tomadas e fizeram a fiscalização apertar proibindo os coffee shops de servirem estrangeiros e exigindo que os clientes tenham que ser cadastrados.

Com isso o fluxo de turistas diminuiu, então as vendas dos traficantes (que provavelmente vendiam outras coisas) também. Aí eles começaram a ficar mais agressivos por causa da redução do mercado.

Acho que isso foi em meados do ano passado.

Só achei isso (não é a matéria a que me referi) numa busca rápida: http://www.bbc.co.uk.../world-20880914

Opa, achei: http://www.publicserviceeurope.com/article/2558/dutch-weed-pass-law-driving-cannabis-trade-underground

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Os estados Washington e Colorado, nos EUA, recentemente legalizaram o uso da maconha controlado. Agora, vários governantes estão se perguntando se isso pode causar riscos a outras pessoas como, por exemplo, pedestres, se o usuário estiver dirigindo. Para tirar essa dúvida, a CNN resolveu pegar alguns voluntários, dar maconha a la vontê pra eles, e colocá-los em um teste de volante. Veja como se saíram:

Segundo os testes, o instrutor disse que é inegável que, após a utilização da maconha, os motoristas tiveram algumas alterações visíveis no comportamento e na direção, porém, ao contrário de motoristas bêbados, em nenhum momento eles perderam o controle ou a consciência do que estavam fazendo. Todos mantiveram o controle surpreendentemente, mesmo com níveis excessivos de maconha.

E tem gente que pensa que nessas horas o instrutor é Bob Marley, as estradas são no Himalaia e o carro é uma nave espacial. Elaia…

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Uhul.

Esse é um dos meus receios quanto a liberação.

Mas ainda sou contra.

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Assim como existe uma Lei Seca pro Álcool, seria importante ter uma parecida com a Maconha. É óbvio que o uso em excesso vai ter alterações no usuário.

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  • 1 mês depois...

De volta a 1980

Enquanto o mundo inteiro avança, o Brasil prepara-se para voltar no tempo, rumo aos anos 1980, quando se acreditava que a solução para o problema das drogas era o encarceramento em massa. Nos próximos dias, o Congresso Nacional vai votar o Projeto de Lei 7663, do deputado Osmar Terra, que altera a lei de drogas em vários pontos, quase sempre para pior. A julgar pela falta de vontade dos políticos de Brasília de discutir o tema com coragem e sem demagogia, a tendência é que ele seja aprovado. Segundo quase todos os especialistas sérios no assunto, os resultados serão trágicos. Muita gente vai apodrecer na cadeia, muito dinheiro público escoará para o ralo e o problema tende a piorar cada vez mais.

O projeto é confuso e mal escrito, e até por isso não é fácil entender precisamente o que é que vai mudar na lei. Uma coisa quer sobressai é que o internamento compulsório, que em qualquer país civilizado é visto como um último recurso apenas para casos extremos nos quais há risco de vida, virará regra no Brasil: sairemos “acolhendo” gente à força no país inteiro.

Outra coisa clara é que a população carcerária brasileira, que já está aumentando mais rápido do que no mundo todo, tende a explodir. O projeto aposta no aumento das penas, mesmo para criminosos não-violentos, sem ligação com o crime organizado e de baixa periculosidade – por exemplo, mulheres que levam droga para o filho dependente na cadeia serão impiedosamente condenadas como traficantes. Adolescentes que soltam rojões nas favelas para avisar quando a polícia chega receberão penas tão altas quanto estupradores. Inevitavelmente, as prisões se encherão de jovens negros moradores de favela – como sempre acontece a cada vez que os distintos deputados aumentam as penas para o tráfico.

Durante o feriado, li e reli o projeto, tentando decifrá-lo em meio à falta de clareza do texto. A uma certa altura me dei conta de que talvez não seja por coincidência que o texto é tão confuso: talvez isso seja proposital, para esconder as reais motivações da mudança na lei.

É o seguinte: o projeto cria um fundo para financiar políticas de drogas no Brasil inteiro. Ele também abre a possibilidade de entidades privadas que cuidam de dependentes receberem dinheiro público para fazer esse trabalho: são as chamadas Comunidades Terapêuticas, muitas delas mantidas por igrejas, grupos às vezes bem intencionados, às vezes nem tanto, geralmente não muito capacitados para o trabalho. Só que o projeto não define regras claras para a atuação dessas Comunidades: é um cheque em branco para entidades privadas fazerem serviço público.

O projeto cria conselhos municipais, estaduais e federal para fiscalizar o uso desse dinheiro. Só que esses conselhos terão metade dos seus assentos reservados para “entidades da sociedade civil”. Ou muito me engano ou essas entidades tendem a ser justamente as Comunidades Terapêuticas que os conselhos deveriam fiscalizar. Ou seja, além de receberem o cheque em branco, caberá às Comunidades fiscalizarem a si mesmas.

Em linhas gerais, tudo indica que o projeto de lei, embora não ajude nem um milímetro a reduzir o problema das drogas no país, vá criar uma bela máquina de fazer dinheiro. Primeiro caberá ao estado recolher compulsoriamente todos os dependentes que encontrar na rua. Aí esses dependentes serão enviados para organizações privadas sem competência no assunto, que receberão dinheiro público para cada dependente que eles “acolherem”, sem nenhuma obrigação ou contrapartida. Como sabe-se que internações compulsórias tendem a funcionar mal, muitos dos dependentes acabarão voltando para as ruas, para serem internados à força novamente, tilintando novamente a caixa registradora das Comunidades Terapêuticas. Enfim, um negocião.

Hoje, no mundo inteiro, sabe-se que dependência em drogas é um problema de saúde que deve ser tratado pelo sistema de saúde, com a participação de profissionais bem treinados e atualizados. O que o projeto de lei propõe é “terceirizar” esse cuidado para igrejas, com dinheiro público, sem exigir nenhum padrão de qualidade no tratamento, sem definir protocolos de atendimento, sem sequer determinar quais profissionais devem estar presentes.

É mais ou menos como se o Congresso estivesse aprovando uma lei que transferisse para pastores e padres a responsabilidade por cuidar dos pacientes de câncer do Brasil – com dinheiro público, sem deixar claro como o tratamento deveria ser, sem metas nem mecanismos de controle. Enfim, um absurdo completo. Mas é óbvio que ninguém se revolta. Afinal, ninguém liga mesmo para esses dependentes. Azar deles. (E de todos nós, cujo suado dinheirinho será torrado com demagogia.)

Dênis Russo Burgierman

O Brasil tem um problema crônico com o passado ou é impressão minha? Ideias antigas sempre sendo reformadas. Guerra às drogas, Belo Monte, políticos antigos...

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Que beleza hein? Mais um ponto para o Estado tudo menos Laico.

Apoio totalmente a idéia de Igrejas estarem apoiando o povo do jeito que sempre deveriam, através de projetos sociais. Mas como sempre, deturpam a idéia e arranjam uma maneira de tirar dinheiro disso.

Perdi minhas esperanças com o Brasil nos ultimos tempos. Nem tento falar algo, a % de pessoas que sequer se informam de coisas assim é ínfima. Foda-se.

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Que beleza hein? Mais um ponto para o Estado tudo menos Laico.

Apoio totalmente a idéia de Igrejas estarem apoiando o povo do jeito que sempre deveriam, através de projetos sociais. Mas como sempre, deturpam a idéia e arranjam uma maneira de tirar dinheiro disso.

Perdi minhas esperanças com o Brasil nos ultimos tempos. Nem tento falar algo, a % de pessoas que sequer se informam de coisas assim é ínfima. Foda-se.

Vou te falar uma coisa baseada apenas em achismo: as igrejas que fazem projetos sociais de verdade na área de drogas não tem nada a ver com isso. Os caras perceberam que colocar igreja em qualquer coisa levanta apoio muito fácil. Depois é usar o que foi aprovado pra ganhar dinheiro.

Mas o projeto é do Osmar Terra e eu acredito que ele realmente acredita no que defende.

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Repressão às drogas é 'sistema que não está funcionando', diz Beltrame

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O secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta terça-feira, ao responder a uma pergunta sobre descriminalização de drogas, que "já está visto que a repressão é um sistema que não está funcionando". Beltrame fez a declaração durante uma palestra sobre os custos da insegurança pública no Fórum da Liberdade, que acontece em Porto Alegre.

No entanto, Beltrame criticou a superficialidade da discussão, dizendo que independente da decisão a ser tomada sobre a descriminalização, legalização ou combate às drogas, o assunto deve ser amplamente discutido. "Temos que debater, é um tabu. Temos que cuidar com o foco politico que isso pode ter. Se tem que tomar atitude de descriminalizar, a questão fundamental é se o Estado vai referendar, porque este Estado tem obrigação de atender quem é doente e quem quer parar de usar drogas. E se fizer isso, tem que atender as pessoas no SUS?", disse.

Beltrame afirmou ainda que se a luta contra as drogas não for tratada de forma organizada e planejada, pode se tornar uma medida inócua por parte do Estado. "Tenho medo de que seja uma das várias leis que não tem fiscalização, nas quais não se tem controle das consequências dessas medidas", afirmou.

Sobre números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública, na segunda-feira, de que assaltos a turistas aumentaram 66,5% nos meses de janeiro, nos últimos três anos, Beltrame contestou os dados, mas justificou que um aumento pode ter sido provocado pelo crescimento do turismo no Rio. “Pode ser que tenha aumentado, mas não nessa cifra. Mas há que se levar em consideração que nós pulamos de um patamar de 700 mil turistas, em 2007, para 2,2 milhões de turistas, em dezembro de 2012”.

Ao falar sobre uma outra pesquisa, que apontou a polícia do Rio como a mais corrupta do País, Beltrame disse que essa polícia é a mesma que está “trazendo patamares de segurança nunca antes vistos na sua história”, além de ser da polícia fluminese ser a que mais expulsa e pune agentes de segurança que cometem crimes.

“A corrupção é um problema, mas é um problema nacional, não é um problema especifico da polícia do Rio de Janeiro (...) e sobretudo, temos que entender que o policial e qualquer servidor é fruto do seu meio. O policial do Rio de Janeiro é filho do Rio de Janeiro, o policial do Rio Grande do Sul, é filho do Rio Grande do Sul. Acho que a corrupção está muito ligada ao que você trás de casa, posso estar sendo um pouco romântico, mas acho que isso é fundamental, é da formação do caráter das pessoas“, afirmou o secretário pouco antes de dizer que uma “instituição que não tem coragem, que não mostra para a sociedade a sua capacidade de cortar na própria pele, não vai adquirir nem aumentar sua legitimidade junto à população”.

Terra

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Ex-ministros da Justiça defendem fim de penas a usuários de drogas

A campanha pela descriminalização do uso de drogas ganhou o apoio de sete ex-ministros da Justiça, que entregam hoje ao STF (Supremo Tribunal Federal) um manifesto defendendo que não se pode punir comportamentos praticados na intimidade que "não prejudiquem terceiros".

O documento é assinado por Nelson Jobim, José Carlos Dias, Miguel Reale Júnior, Aloysio Nunes Filho e José Gregori -- que estiveram à frente da pasta durante o governo Fernando Henrique Cardoso --, além de Tarso Genro e Márcio Thomaz Bastos, que ocuparam o cargo durante os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva.

A manifestação será enviada ao ministro Gilmar Mendes, relator de um recurso sobre o tema. O processo tem repercussão geral reconhecida -- apesar de tratar de um caso específico, a decisão do STF terá um efeito genérico.

"O fracasso da guerra às drogas baseada na criminalização do consumidor revela a impropriedade das estratégias até hoje utilizadas", diz o manifesto. "Tratar o usuário como cidadão, oferecendo-lhe estrutura de tratamento, por meio de políticas de redução de danos, é mais adequado do que estigmatizá-lo como criminoso."

Pela lei brasileira, usar droga é crime, embora, desde 2006, não haja cadeia para os punidos. O condenado deixa de ser réu primário e tem como pena máxima dez meses de prestação de serviços comunitários, além de multa.

Se o Supremo decidir que não há crime, o usuário, em tese, não poderá receber nem advertência, a mais branda das punições previstas na lei. Ainda não há prazo para que o caso seja analisado pelo Supremo, mas a expectativa é que o julgamento ocorra este ano. Será a primeira vez em que a corte máxima do país discutirá o uso de drogas.

O processo que originou a discussão se refere a usuário de maconha, mas a decisão do STF valerá a todas as drogas. A ação que será julgada pela corte foi movida pela Defensoria Pública paulista.

Felipe Seligman, para a Folha

:better:

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  • 2 semanas depois...
'Tráfico é crime que mais prende, e isso é lamentável', diz novo secretário

Vitore Maximiano assumiu a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.

Ele cobra a aplicação correta de lei que reduz pena de pequeno traficante.

vitore2.jpg

O defensor público de São Paulo Vitore André Zílio Maximiano, novo titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça, defendeu na terça-feira (23), em entrevista exclusiva ao G1, que a Justiça faça a sua parte e siga a Lei das Drogas, de 2006, que criou a figura do traficante privilegiado, determinando a redução da pena a pequenos traficantes.

"A lei em vigor sobre o tráfico já traz a figura do traficante privilegiado e reconhece que há um beneficio para quem é réu primário, tem bons antecedentes e não se dedica a atividades criminosas nem a organização criminosa. Esse benefício deve ser observado. É necessário que seja aplicado pela Justiça. Não é nada de novo", afirmou.

Acostumado a trabalhar com casos de pequenos traficantes e dependentes químicos que cometem crimes para manter o vício e são levados para trás das grades, Maximiano assume a pasta preocupado com o alto número de prisões por tráfico no país, que representam, segundo ele, 30% do sistema penitenciário atualmente. "O envolvimento com o tráfico é o crime que mais leva ao encarceramento no país. E isso é lamentável", disse.

O trecho sobre a redução da pena consta no parágrafo 4 do artigo 33 da Lei 11.343, assinada em agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É a mesma legislação que determina que o usuário em posse de drogas não deve mais ser preso, mas submetido a penas alternativas.

Escolhido pelo ministro José Eduardo Cardozo no último dia 17 de abril para assumir o posto, Maximiano, de 42 anos, atuava até então como 2º subdefensor público-geral do Estado de São Paulo. Suas metas na Senad serão "criar uma rede de prevenção e tratamento [a dependentes químicos] onde ela não existe e ampliar onde ela existe" e buscar "alternativas" para reduzir o número de prisões.

"O Brasil nunca prendeu tanto por tráfico. Temos hoje 140 mil presos por tráfico de drogas no país. Até 2006, o número de presos por tráfico representava 10% do total. Hoje, são 30%. O fato é: o aumento é tão grande que nos obriga a pensar em alternativas, porque o custo social é grande. Esta constatação nos exige análise. Sem afirmar que a saída é esta ou aquela. Por hora, precisamos é enfrentar a realidade e pensar em alternativas", completou Vitore Maximiano.

O novo secretário defendeu que haja uma "distinção entre o tráfico vinculado a organizações criminosas e o pequeno traficante", alegando que até mesmo Supremo Tribunal Federal "já admitiu penas alternativas por tráfico" em uma decisão em 2010.

"São condutas diferentes que requerem penas proporcionais", disse.

Ele preferiu não se posicionar, no entanto, quando questionado se penas alternativas seriam cabíveis aos casos de pequenos traficantes. Em 2011, o então titular da pasta, o advogado Pedro Abramovay, deixou o cargo após defender, em entrevista ao jornal "O Globo", penas alternativas para esse perfil de condenado.

Em seu lugar assumiu Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, que deixou a secretaria há poucos dias, designada para uma posição na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Segundo Maximiano, a população carcerária brasileira, com cerca de 500 mil presos, tem um custo de R$ 13 bilhões por ano. "É um sistema prisional com custo social e financeiro alto e os resultados não são positivos, não está havendo reeducação. Não é da minha área, mas merece reflexões a respeito. Investir em penas alternativas é uma obrigação de um país como o Brasil. Isso não significa arrefecer o combate à criminalidade organizada. Mas são políticas distintas", afirmou.

"O que cabe à Senad neste momento é pensar: por que temos um número tão grande de presos por tráfico? E pensar em alternativas para o tema. Seria precipitado da minha parte apontar agora que estou chegando esta ou aquela saída", disse.

Descriminalização das drogas

A secretaria trabalha, segundo o novo chefe, com o "cenário de descriminalização das drogas", caso o Supremo Tribunal Federal entenda pela inconstitucionalidade do artigo 28 da Lei 11.343, que aplica medidas alternativas à prisão para usuários detidos.

Foi a própria Defensoria de São Paulo que motivou a questão, alegando que o Estado não pode punir porte de drogas para consumo particular, por se caracterizar conduta de autolesão. Sete ex-ministros da Justiça dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva assinaram uma petição apoiando a descriminalização das drogas.

Maximiano entende que o tribunal "é Supremo" para dirimir sobre o tema e prefere não se posicionar contra ou a favor. Ele disse, no entanto, que "uma eventual mudança igualaria o Brasil às legislações mais modernas do mundo" e exigiria da Senad um foco total na prevenção.

"A nova lei representou um grande avanço em relação à legislação anterior ao diferenciar o usuário. Mas ela já tem sete anos, está na hora de discutir os efeitos. Ainda há um tabu na sociedade em relação ao tema e temos que discutir com tranquilidade, serenidade e caminhar nesta evolução", afirmou. "Na Senad, não estamos tratando da descriminalização. Mas se o STF proferir a decisão, vai atingir a todos e a medida será adotada".

Rede de prevenção e tratamento

O programa nacional de combate ao crack é uma das prioridades de Maximiano. Ele disse que ainda há carência de leitos e unidades de tratamento no país e que a prevenção "necessita de uma ação efetiva do governo em todas as esferas", não só sob a ótica da saúde, mas incluindo capacitação profissional, recuperação de valores, e um "conjunto de medidas que deve escapar da repressão". "A pessoa tem que cada vez menos sofrer os danos da droga", afirmou ao G1.

"Quando uma mãe, um parente, deseja buscar ajuda hoje, esta rede existe? Há todos os tipos de atendimento de saúde para atender este público? Me parece que não. Ela existe, sim, mas não em quantidade suficiente. O que queremos é ampliar as parcerias para que esta rede exista onde houver uma pessoa interessada em tratamento".

O novo secretário afirmou ver "com reservas" a internação compulsória, determinada pela Justiça "pois não há voluntariedade do paciente e não há comprovação da sua eficácia". "Espero que este tipo de internação ocorra em casos excepcionais. Não gostaria que isso acontecesse comigo ou com algum dos meus familiares. Mas o juiz pode decidir, está previsto na legislação e deve ser cumprido".

Para ele, nas ruas, usuários de drogas "acabam perdendo referencias, valores e contato com a família" e são levados a cometer crimes, como furtos e roubos, para para manter o vício.

"O envolvimento com a criminalidade traz as consequências mais desastrosas para ele e para a família, que é a pena de ir para trás das grades. Algo que só chega porque não teve tratamento, atenção do Estado e de uma rede de saúde. (...) Esperamos que, com a maior presença de tratamento em todo o país, possamos enfrentar as consequências, diminuir os efeitos da droga e esperamos que isso consiga ter reflexos nos índices de criminalidade e no número de presos".

Tahiane Stochero para o G1

Gostei muito desse cara. Espero que não seja sacado do governo por essa entrevista, como foi o Abramovay.

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Assim como outros casos de segurança pública, o problema é achar que resolve algo colocando na cadeia ou tirando de lá. Do jeito que o Brasil é, se afrouxarem as rédeas vão ter mais dependentes montados no SUS e os traficantes apenas vão readaptar o modelo de negócio pra explorar essa brecha de "pequeno traficante".

A prevenção quanto ao uso de drogas já é ruim agora, imagina se daqui à pouco afrouxam ainda mais, aumentando a disponibilidade. Mesmo se todo o dinheiro gasto atualmente no combate às drogas e que fosse "economizado" com isso acabasse revertido pra prevenção, ainda seria um trabalho de anos pra ter efeito.

Isso tudo sem contar os possíveis efeitos de um número maior de usuários. Afinal, maior disponibilidade (por efeito de não haver perseguição ao usuário) provavelmente vai tornar o uso mais atrativo.

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Tem que ter IMEDIATAMENTE uma campanha de conscientização das drogas. Falar todos os defeitos delas, mostrar efetivamente em escolas o que acontece com o usuário, fazer, se não ficar longe, criar pelo menos um usuário consciente.

Sou usuário, acho que todos meus amigos também são, e todos são conscientes. Todos sabem que pó é uma merda e deve-se ficar longe, que sintético é foda e não foi feito rpa ser usado todo dia e maconha deve ser usada como alcool, depois do trabalho, pra relaxar, em uma festinha e tal.

Hoje em dia tem a banalização de uma coisa que é proibida por lei. Não dá mais isso. Convivo com gente de 30, 18, que são usuários a anos e nunca tiveram problemas, mas ver gente de 14/15 tendo contato com drogas pesadas e achando isso bonito é ridículo. A pessoa não tem cabeça e nem maturidade pra usar NADA, nem alcool, nem cigarros, quem dirá drogas, até NO MINIMO 18 anos.

Devia ter uma lei especial para menores pegos com drogas, fazer eles ficarem até a maioridade tendo aulas de conscientização.

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  • 2 semanas depois...

Putz é até triste falar,mas porra ja usei ta ligado,maconha e pó e vi que realmente não é pra mim,vai da pessoa mesmo querer sair dessa "merda",essa porcaria de internacao não funciona se o cara não quer mudar,então nem adianta.

Não descrimino nem nada,mas o cara tem que ter conciencia,saber o que faz mal que a porra do pó te corroi toda a lapa do nariz,que a maconha lhe deixa sim mais "tranquillo" em relação a pensamentos,que o lança corroi a porcaria do cerebro.Todos tem que saber isso,senão de que adianta esse monte de medidas se ninguem mostrar para os jovens o que a porcaria pode fazer com eles?!

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Cauê Moura manda muito bem. Recomendo verem este vídeo, ele fala sobre todos estes temas que estamos abordando.

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Cauê Moura é um bosta.

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Cauê Moura é um bosta.

????????????

Que seja... apesar de você não argumentar nada, o que ele fala no vídeo dele é a mais pura verdade. Aposto que nem o vídeo tu viu.

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