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O desabafo de um empresário


Vinicius Vaz / Gaúcho

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Sim, mas é fácil colocar a culpa nos problemas do país (até porque eles são muitos).

O problema é que muitas dessas empresas que quebram tem erros próprios também. Planos de negócio falhos, mau atendimento (é impressionante o número de lugares que o atendimento é ruim), entram em ondas pouco sustentáveis (a última foi essa das "paleterias")...

Ah sim, isso com certeza Salvaro, muita gente resolve abrir negócio sem entender bulhufas da coisa... Sem ter a menor idéia dos custos que tem

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Sim, tem essa parte também, mas questiono o quanto é apenas falta de instrução, oou o quanto isso interfere. Já viram aquele caso da professora de economia (ou era administração? Não lembro...) da USP que montou um negócio próprio de yorgute e quebrou? A mulher ensina isso na faculdade, para todos, e não conseguiu manter um pequeno negócio aberto por 1 anos sequer... 

 

Edit. Pesquisei e achei: https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1645146-professora-da-usp-levou-oito-meses-para-abrir-negocio-que-fechou-em-nove.shtml&ved=0CBsQFjAAahUKEwiipPPtkrnHAhWBFpAKHWrSCBk&usg=AFQjCNEaAhp2e4gq5Hf78HZdhmqBUUp3dg&sig2=xLU0Ybbt4rp29YuuVUiVCg

E para você ver, mesmo ela entrou em uma modinha que foi a do Frozen Yogurt (fora que eu tenho minhas restrições a graduação e companhia na administração haha). Essas coisas acabam uma sugando a outra, a idéia original era bola, aí começa a vender em todo lugar e elas vão quebrando.

Aqui hoje a moda é o hamburger (principalmente o tal hamburger gourmet), abriu uma cacetada de hamburgueria principalmente no último ano. A maioria delas tem bom movimento, mas se "a moda passar" poucas vão sobrar. E olha que hamburger é uma aposta bem mais certeira que frozen yogurt hahaha.

 

Ah sim, isso com certeza Salvaro, muita gente resolve abrir negócio sem entender bulhufas da coisa... Sem ter a menor idéia dos custos que tem

E da porta pra fora o negócio é atendimento, preço, qualidade e comodidade. Se fugir disso pode até funcionar na moda, no momento bom, mas quando a coisa apertar vai fechar.

A questão da qualidade principalmente. Se a qualidade e os produtos de um lugar se mantém ninguém percebe e logo começa a ir menos até parar de ir. Se a qualidade piora todo mundo percebe e logo diminui muito o movimento. Esses lugares precisam sempre melhorar e oferecer opções novas.

Abrir e manter um negócio é difícil e nesses pequenos negócios (principalmente que trabalham com o público) a chance de logo fechar é enorme. E muitos fecham por errar em coisas que não deveriam faltar nunca, como qualidade do atendimento, escolha de um local ruim, etc.

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Eu me formei em Administração de Empresas e hoje em dia não durmo mais direito por estar fazendo Engenharia Civil. Agora menos ainda com a empresa que fundei com meus sócios.

Tirando as noções básicas de controles necessários para se administrar uma empresa, posso afirmar que uns 65% das coisas que li e aprendi no curso ou foram encheção de linguiça ou não são aplicáveis na vida real.

São centenas e centenas de livros de encheção de linguiça que existem por aí, onde se pega um conceito inicial válido e vai deturpando ele pra vender livro, trocando um nome por outro No final o conceito é o mesmo, mas o autor quis dar uma pinta de revolucionário, de que teve uma ideia nova. 

E no final das contas, por mais estudo que a pessoa tenha, nada prepara o indivíduo pra ser um empreendedor. Nada mesmo. O caso da professora da USP é apenas um dos milhares que pode-se encontrar de gente preparada que sabe muita teoria e nada de prática.

Vejo muitos estudantes aqui provavelmente da área de Humanas que escrevem muito bonito, sabem algumas dúzias de teorias revolucionárias de cor e salteado, mas sabe onde elas são aplicáveis no mundo real? Em lugar nenhum. 

Muita gente mesmo vivendo no País das Maravilhas dos livros de Sociologia. A minha esperança é que ainda vejo muitos que leem mas tem um bom senso natural que os permite debater algum assunto de uma forma que não seja apenas vomitando links de estatísticas que encontram em alguma página da web. Muita teoria e nada de prática mais uma vez.

Pode-se falar em exploração, proletariado, luta de classes, mais valia e o escambau, mas o mundo corporativo é muito diferente do que essa ladainha aí que vocês aprendem na faculdade.

Não é possível que as pessoas não tenham entendido que não existe esquerda e nem direita no Brasil, a não ser uma enorme briga pelas posições de poder neste país, onde no final das contas quem assume as posições principais decisórias só quer saber é de encher o bolso de dinheiro.

Ao invés de perder-se tempo colocando o empregado contra o patrão o que deveria ser feito é pressionar o Governo para que realmente reinvista o que pagamos de imposto em benefício para o povo e que se dê incentivos às empresas de pequeno e médio porte para que se desenvolvam e gerem receitas para o país.

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E muitos fecham por errar em coisas que não deveriam faltar nunca, como qualidade do atendimento, escolha de um local ruim, etc.

Eu diria que coisas até mais básicas. Caso real com dois donos (sócios) de um pequeno estabelecimento. Perguntados qual era o produto que a loja mais vendia, cada um deu uma resposta. E divergiram no segundo lugar tb. Ou seja, eles não sabem. Eles não tem controle algum sobre o negócio. Custo, margem... devem ser lenda.

Daí tu me diz, como uma empresa vai dar certo assim?

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Eu concordo com o que o pessoal disse aí em cima que é uma coisa meio obvia: Quem quer empreender joga alto. E todo jogo tem os dois lados.

Eu trabalho em uma empresa que meu patrão criou sem saber quase nada do processo, de como seria feito. Ele simplesmente achou que a ideia daria lucro e abriu o negócio. Resultado? A empresa vem tomando prejuízo atras de prejuízo enquanto aprende todos esses processos.

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Bom, ninguém falou do meio-termo.

Existem muitas cooperativas e empresas com gestão não vertical que dão certo por aí. Nessas a exploração ou não existe (já que o lucros/prejuízos é dividido) ou é suavizada com algum tipo de participação nos lucros para os funcionários.

 

Outra coisa é o contexto. A exploração que existiu lá atrás só é comparável hoje em dia aos funcionários de grandes empresas, que geram milhões ou bilhões em lucros e recebem salário mínimo no mundo ocidental e mixaria nos sweatshops.

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Bom, não vou discorrer nadinha mais sobre "exploração" aqui. Já cansei. Usam o termo, e sequer conseguem provar que se aplica na prática. Só falta vir dizer que na época da revolução industrial, a exploração era maior, pois o povo trabalhava 14 horas por dia e bla bla bla... 

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Bom, não vou discorrer nadinha mais sobre "exploração" aqui. Já cansei. Usam o termo, e sequer conseguem provar que se aplica na prática. Só falta vir dizer que na época da revolução industrial, a exploração era maior, pois o povo trabalhava 14 horas por dia e bla bla bla... 

Essa não entendi. E a exploração não era grande (e maior) nessa época? Acho que a descrição do Marx inclusive descreve relativamente bem esse período.

Mesmo industriais como o Robert Owen concordavam com isso.

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Bom, não vou discorrer nadinha mais sobre "exploração" aqui. Já cansei. Usam o termo, e sequer conseguem provar que se aplica na prática. Só falta vir dizer que na época da revolução industrial, a exploração era maior, pois o povo trabalhava 14 horas por dia e bla bla bla... 

Não vamos falar de exploração. Vamos falar de faixas aceitáveis de trabalho. Acredito que na faixa de metade para o trabalhador e metade para o patrão da produção do trabalhador seja justo? Queria ver isso em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, compará-los ao que acontece no Brasil também. Se o trabalhador recebe 1/10 do que produz é diferente de receber o equivalente a 9/10 do que produz e só sobrar 1/10 de retorno ao patrão. Acredito que de 2/10 a 8/10 seja aceitável, 3/10 a 7/10 seja razoável para ambos os lados (melhor para o empregador), e quando 4/10 a 6/10 melhor para o trabalhador, mas somente o tipo de acordo com o tipo de serviço e condições de trabalho é que poderíamos definir "justo".

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Essa não entendi. E a exploração não era grande (e maior) nessa época? Acho que a descrição do Marx inclusive descreve relativamente bem esse período.

Mesmo industriais como o Robert Owen concordavam com isso.

Não, nnão era. Justamente por que não há exploração hoje, tanto quanto não havia naquela época. Exceto se você acreditar na teoria da mais valia, que pressupõe a teoria do valor trabalho. Caso a pessoa não seja estúpida o suficiente pra acreditar nisso ainda, não tem como dizer que uma relação contratual entre empregado e empregador é exploração. 

Não vamos falar de exploração. Vamos falar de faixas aceitáveis de trabalho. Acredito que na faixa de metade para o trabalhador e metade para o patrão da produção do trabalhador seja justo? Queria ver isso em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, compará-los ao que acontece no Brasil também. Se o trabalhador recebe 1/10 do que produz é diferente de receber o equivalente a 9/10 do que produz e só sobrar 1/10 de retorno ao patrão. Acredito que de 2/10 a 8/10 seja aceitável, 3/10 a 7/10 seja razoável para ambos os lados (melhor para o empregador), e quando 4/10 a 6/10 melhor para o trabalhador, mas somente o tipo de acordo com o tipo de serviço e condições de trabalho é que poderíamos definir "justo".

Não existe salário justo. Salário é um preço, como qualquer outro. 

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O lucro não é a diferença entre o que os funcionários ganham e o quanto "deveriam" ganhar. Exceto se você adotar a teoria da mais valia (que em resumo, diz isso, daí decorre o ódio de marxistas ao lucro e a criação do termo "exploração").

@André Kaminski e @Psicopinto: disseram tudo que eu queria falar. Concordo com ambos.

Não é questão de adotar a teoria da mais valia, que fui ler agora pra lembrar, tampouco a exploração. O empresário, só pela inovação (com qualidade) já merece ganhar acima da média (dos funcionários). Além disso, há o risco do investimento que ele assume e risco significa grande chance de lucro e de perda, como você disse. A exploração não existe porque há um contrato, um acordo. Ninguém faz acordos pra sair ser explorado sem nenhuma contraparte, né?! Tecnicamente não há exploração, portanto.

Entretanto, o funcionário produz mais do que recebe e recebe menos do que trabalha. Isso é um fato. O lucro existe por causa disso em conjunto com o consumidor, que paga mais do que consome. Então há uma "exploração" inerente aos meios de produção (e ao consumo), ainda que possam nomear isso de outra coisa. Entretanto, aceita-se isso em troca da segurança, de uma estabilidade temporária, de uma perda que no máximo você deixa de ganhar. Não assume-se riscos e ganha-se menos, mas há um rendimento constante.

O tanto que essa "exploração" inerente ao processo vai ser grande, depende da necessidade geral da população. Na época da revolução industrial houve isso, mas a condição das pessoas melhorou, como cita o livro do Mises (As 6 Lições). Isso nada mais é do que a lei da oferta e da demanda agindo. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra: não é preciso ser grato, jurar fidelidade ou chupar as bolas do empregador; tampouco ter ódio e querer destruir o empreendimento. Insatisfeito com a situação, você tem a opção de mudar de vida empreendendo.

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"Mais-valia" e "valor trabalho" explicam razoavelmente a relação que acontecia entre industriais e operários no século XVIII. Se você quiser aplicar hoje em todos os casos (ou mesmo naquela época) é estupidez, mas nesse contexto não fica distante.

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Não é questão de adotar a teoria da mais valia, que fui ler agora pra lembrar, tampouco a exploração. O empresário, só pela inovação (com qualidade) já merece ganhar acima da média (dos funcionários). Além disso, há o risco do investimento que ele assume e risco significa grande chance de lucro e de perda, como você disse. A exploração não existe porque há um contrato, um acordo. Ninguém faz acordos pra sair ser explorado sem nenhuma contraparte, né?! Tecnicamente não há exploração, portanto.

Entretanto, o funcionário produz mais do que recebe e recebe menos do que trabalha. Isso é um fato. O lucro existe por causa disso em conjunto com o consumidor, que paga mais do que consome. Então há uma "exploração" inerente aos meios de produção (e ao consumo), ainda que possam nomear isso de outra coisa. Entretanto, aceita-se isso em troca da segurança, de uma estabilidade temporária, de uma perda que no máximo você deixa de ganhar. Não assume-se riscos e ganha-se menos, mas há um rendimento constante.

O tanto que essa "exploração" inerente ao processo vai ser grande, depende da necessidade geral da população. Na época da revolução industrial houve isso, mas a condição das pessoas melhorou, como cita o livro do Mises (As 6 Lições). Isso nada mais é do que a lei da oferta e da demanda agindo. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra: não é preciso ser grato, jurar fidelidade ou chupar as bolas do empregador; tampouco ter ódio e querer destruir o empreendimento. Insatisfeito com a situação, você tem a opção de mudar de vida empreendendo.

Matheus, gostei tanto da sua resposta que liguei até o notebook pra te responder (ao invés de fazer pelo celular).

Seu primeiro parágrafo foi bastante bacana.

Já o segundo, embora seja bacana também, tem algumas coisas que eu gostaria de pontuar:

- Essa lógica do funcionário produzir mais do que recebe e menos do que trabalha não faz sentido, per se. Existem funcionários que não elevam a produtividade, nem geram lucros, por exemplo. Existem outros que geram potenciais maiores. Um exemplo do primeiro: uma empregada doméstica. Pergunte ao Marxista onde está a mais valia de uma empregada doméstica, por exemplo;

- O lucro não existe por causa disso. Eu disse lá que lucro não é essa diferença. O lucro é o resultado final da produção, e é tão importante quanto o prejuízo. Ele é a diferença entre o custo de se produzir determinado bem (quando escrever bem, por favor, leia prestação de serviço junto...haha) e o quanto as pessoas livremente estão dispostas a pagar por tal bem.

Dentro desta lógica, temos a preferência temporal: algumas pessoas preferem menos dinheiro agora, do que mais depois. E o mesmo inversamente aplicado. Tem pessoas que preferem ganhar 1000 reais esse mês, do que 1100 no mês que vem, por exemplo. O mesmo se aplica à gastança (consumo).

Essa soma de necessidades com preferências temporais que leva o sujeito valorar mais um produto hoje, do que um produto daqui um ano. O empreendedor, via de regra, tem a preferência temporal baixa, ou seja, prefere investir o dinheiro agora pra ter potencial de retorno daqui algum tempo (aí depende do investimento, de curto, médio e longo prazo). O trabalhador não quer investir seu tempo e trabalho pra ganhar dinheiro daqui esse tempo, ele prefere um dinheiro esse mês.

A "mágica" do lucro é conseguir encaixar o custo de produzir, de modo que este fique menor do que o valor que as pessoas livremente querem pagar naquele produto. Pra isso encaixar, existem duas maneiras: aumento de produtividade e diminuição de custos. E, dentro dos custos, existem os salários (que são preços, como qualquer outro).

O valor do salário é o valor acordado entre empregador e empregado para uma prestação de serviços, culturalmente delimitada por horas de trabalho (existem outras formas, claro, mas esta é a mais comum, até pela nossa CLT). De tal maneira que o empregador quer o menor salário pelo maior tempo de serviço com alta produtividade, e o empregado quer o maior valor de salário com o menor tempo e esforço possível. A necessidade e vontade que move cada um é a mesma, aqui não tem anjo e demônio. 

Se um sujeito acha que, dentro do valor acordado pro seu salário, pra quantidade de horas que trabalha e pra quantidade de bens que produz, ele está ganhando muito pouco, ele pode pedir um aumento: se ele realmente tiver uma produtividade alta, um empregador que perceba isso não verá problema em aumentar o salário do sujeito (todos nós já vimos isso). O grande cerne da questão é que temos, principalmente no Brasil, inúmeros trabalhos pouco técnicos e pouco especializados: qualquer um consegue fazer. E aqui entra outra questão:

A mão de obra  é um recurso escasso, como todos os outros. De tal maneira que, obviamente, ele não é infinito. E o valor dessa mão de obra (que aqui estamos chamando de salário) é determinado pelo mesmo mecanismo que valora todos os outros bens/recursos escassos: oferta e procura. Aí a questão é que para os serviços de pouca especialização e tecnicidade que citei acima, a oferta de mão de obra é abundante. Exatamente por isso seus salários são menores, e o empregado tem pouco poder de barganha por aqui.

Sei que a explicação acima ficou rasa, mas não vou me alongar demais nessa questão, uma vez que vai ficar enorme e acho que já deu pra pegar a ideia central.

Desta forma, eu concordo com a frase final do seu comentário, sobre empreender. Mas gostaria de atentar que não existe apenas esta via, vejamos:

Vou pegar meu exemplo, pra esclarecer mais. Eu fui menor aprendiz e depois trabalhei algum tempo em fábricas de sapato. Trabalhava muito por dia e ganhava pouco. Aqui, eu tinha algumas opções pra resolver meu problema:

- Sentar, espernear, fazer greve, colocar a culpa no sistema, e dizer que estava sendo explorado pelo capitalista malvadão opressor;

- Sentar com meu empregador, e mostrar que minha produção era muito maior que a de qualquer outra pessoa que tivesse no meu lugar, o que me faria merecer um aumento (coisa que não era verdade, embora eu trabalhasse muito, não produzia nada acima do padrão);

- Arrumar um jeito de empreender e começar a concorrer com meu patrão (ou ir pra outro mercado, tanto faz);

- Ou procurar outro emprego.

Analisando minhas opções, a primeira descartei logo de cara, pois nunca fez sentido pra mim.

A segunda não se aplicaria ao caso: meu serviço era pouco especializado e pouco técnico, ele poderia facilmente arrumar outra pessoa pra colocar no meu lugar.

A terceira opção era inviável, pra mim, aos 16 anos. Não tinha nenhuma grande ideia, nem capital suficiente se eu tivesse a ideia que não tinha.

Optei pela última, que normalmente é o que a maioria faz: procurar outro emprego.

Como fazer? Se especializando. Estudo, cursos, aprender a fazer algo que não seja todo mundo que saiba fazer. Esta é a opção que a maioria das pessoas fazem. E dentro do riscos, é a mais segura possível (embora não garantida). 

Foi o que fiz: fui fazer faculdade. Criar condições para que eu pudesse ser valorizado mais, ou mesmo ser eu mesmo um empreendedor. 

Dentro deste contexto de relações sociais (de empregador e empregado e etc) e nossa condição humana (questão de preferência temporal e etc), não tem mágica, nem segredo, tampouco.
 

E concordo com a parte que você diz que não se deve chupar as bolas do empregador. E adiciono que também não se deve chupar as bolas do empregado. Dentro desta relação, não tem bom e mal, explorador e explorado. Ambas as partes são movidas pelas mesmas ações humanas, egoístas por natureza (e aqui, não é uma crítica. Somos egoístas, e isso não é ruim). Ambos querem ganhar, e chegam num acordo que seja bom para ambas as partes e pronto. Só colocam carga emocional e sem racionalidade nesta relação, ao meu ver.

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"Mais-valia" e "valor trabalho" explicam razoavelmente a relação que acontecia entre industriais e operários no século XVIII. Se você quiser aplicar hoje em todos os casos (ou mesmo naquela época) é estupidez, mas nesse contexto não fica distante.

Mais valia e valor trabalho num mundo onde se tem um sistema de mercado e não existe escravidão, não tem razoabilidade nenhuma, tampouco consegue explicar o que quer que seja.

A teoria do valor trabalho já foi devidamente superada pela teoria do valor subjetivo e pela utilidade marginal.

E sem a teoria do valor trabalho, a mais valia deixa de fazer qualquer sentido.

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Não, nnão era. Justamente por que não há exploração hoje, tanto quanto não havia naquela época. Exceto se você acreditar na teoria da mais valia, que pressupõe a teoria do valor trabalho. Caso a pessoa não seja estúpida o suficiente pra acreditar nisso ainda, não tem como dizer que uma relação contratual entre empregado e empregador é exploração. 

Não existe salário justo. Salário é um preço, como qualquer outro. 

Então não existem contratos leoninos?

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Então não existem contratos leoninos?

Contratos leoninos existem. O próprio contrato de trabalho baseado na CLT é leonino: gera obrigações majoritariamente de uma das partes, sem obrigação de contrapartida de outra. Isso tudo baseado no pressuposto de que, em todo contrato de trabalho, o empregado é hipossuficiente. 

Não estou querendo dizer que nunca houve, há, nem haverá contratos de trabalho onde o empregador possa estar utilizando de cláusulas leoninas em relação ao empregado: como eu disse, ambas as partes aqui não são santas nem demoníacas, são humanos, naturalmente humanos e, desta forma, são a sombra e luz humana: perfeitamente ilustrada pelo yin e yang.

Mas pressupor que em todo e qualquer contrato de trabalho, o empregado é hipossuficiente, e com isso criar cláusulas leoninas que criam obrigações em demasia para uma das partes não faz sentido: é tão leonino quanto o leonino que quer se combater. Faz sentido pra você?

As cláusulas leoninas em contratos de trabalho devem ser tratadas como todas as demais cláusulas leoninas que existem: nulas, sem implicar em nulidade do contrato.

Edit.: ainda assim, a possível (e muito) existência de contratos que possam ter cláusulas leoninas não comprovam a teoria da "exploração".

 

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Aula, nada, Ariel. Sou um mero aprendiz, ainda. Falta muito pra poder dar aula...haha

Assim eu superei a fase de querer ter razão em tudo, todos tem que superar essa fase, mas é bom estar aberto às formas de pensar as coisas e interpretar as questões pelas diferentes óticas.

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Matheus, gostei tanto da sua resposta que liguei até o notebook pra te responder (ao invés de fazer pelo celular).

Seu primeiro parágrafo foi bastante bacana.

Já o segundo, embora seja bacana também, tem algumas coisas que eu gostaria de pontuar:

- Essa lógica do funcionário produzir mais do que recebe e menos do que trabalha não faz sentido, per se. Existem funcionários que não elevam a produtividade, nem geram lucros, por exemplo. Existem outros que geram potenciais maiores. Um exemplo do primeiro: uma empregada doméstica. Pergunte ao Marxista onde está a mais valia de uma empregada doméstica, por exemplo;

- O lucro não existe por causa disso. Eu disse lá que lucro não é essa diferença. O lucro é o resultado final da produção, e é tão importante quanto o prejuízo. Ele é a diferença entre o custo de se produzir determinado bem (quando escrever bem, por favor, leia prestação de serviço junto...haha) e o quanto as pessoas livremente estão dispostas a pagar por tal bem.

Dentro desta lógica, temos a preferência temporal: algumas pessoas preferem menos dinheiro agora, do que mais depois. E o mesmo inversamente aplicado. Tem pessoas que preferem ganhar 1000 reais esse mês, do que 1100 no mês que vem, por exemplo. O mesmo se aplica à gastança (consumo).

Essa soma de necessidades com preferências temporais que leva o sujeito valorar mais um produto hoje, do que um produto daqui um ano. O empreendedor, via de regra, tem a preferência temporal baixa, ou seja, prefere investir o dinheiro agora pra ter potencial de retorno daqui algum tempo (aí depende do investimento, de curto, médio e longo prazo). O trabalhador não quer investir seu tempo e trabalho pra ganhar dinheiro daqui esse tempo, ele prefere um dinheiro esse mês.

A "mágica" do lucro é conseguir encaixar o custo de produzir, de modo que este fique menor do que o valor que as pessoas livremente querem pagar naquele produto. Pra isso encaixar, existem duas maneiras: aumento de produtividade e diminuição de custos. E, dentro dos custos, existem os salários (que são preços, como qualquer outro).

O valor do salário é o valor acordado entre empregador e empregado para uma prestação de serviços, culturalmente delimitada por horas de trabalho (existem outras formas, claro, mas esta é a mais comum, até pela nossa CLT). De tal maneira que o empregador quer o menor salário pelo maior tempo de serviço com alta produtividade, e o empregado quer o maior valor de salário com o menor tempo e esforço possível. A necessidade e vontade que move cada um é a mesma, aqui não tem anjo e demônio. 

Se um sujeito acha que, dentro do valor acordado pro seu salário, pra quantidade de horas que trabalha e pra quantidade de bens que produz, ele está ganhando muito pouco, ele pode pedir um aumento: se ele realmente tiver uma produtividade alta, um empregador que perceba isso não verá problema em aumentar o salário do sujeito (todos nós já vimos isso). O grande cerne da questão é que temos, principalmente no Brasil, inúmeros trabalhos pouco técnicos e pouco especializados: qualquer um consegue fazer. E aqui entra outra questão:

A mão de obra  é um recurso escasso, como todos os outros. De tal maneira que, obviamente, ele não é infinito. E o valor dessa mão de obra (que aqui estamos chamando de salário) é determinado pelo mesmo mecanismo que valora todos os outros bens/recursos escassos: oferta e procura. Aí a questão é que para os serviços de pouca especialização e tecnicidade que citei acima, a oferta de mão de obra é abundante. Exatamente por isso seus salários são menores, e o empregado tem pouco poder de barganha por aqui.

Sei que a explicação acima ficou rasa, mas não vou me alongar demais nessa questão, uma vez que vai ficar enorme e acho que já deu pra pegar a ideia central.

Desta forma, eu concordo com a frase final do seu comentário, sobre empreender. Mas gostaria de atentar que não existe apenas esta via, vejamos:

Vou pegar meu exemplo, pra esclarecer mais. Eu fui menor aprendiz e depois trabalhei algum tempo em fábricas de sapato. Trabalhava muito por dia e ganhava pouco. Aqui, eu tinha algumas opções pra resolver meu problema:

- Sentar, espernear, fazer greve, colocar a culpa no sistema, e dizer que estava sendo explorado pelo capitalista malvadão opressor;

- Sentar com meu empregador, e mostrar que minha produção era muito maior que a de qualquer outra pessoa que tivesse no meu lugar, o que me faria merecer um aumento (coisa que não era verdade, embora eu trabalhasse muito, não produzia nada acima do padrão);

- Arrumar um jeito de empreender e começar a concorrer com meu patrão (ou ir pra outro mercado, tanto faz);

- Ou procurar outro emprego.

Analisando minhas opções, a primeira descartei logo de cara, pois nunca fez sentido pra mim.

A segunda não se aplicaria ao caso: meu serviço era pouco especializado e pouco técnico, ele poderia facilmente arrumar outra pessoa pra colocar no meu lugar.

A terceira opção era inviável, pra mim, aos 16 anos. Não tinha nenhuma grande ideia, nem capital suficiente se eu tivesse a ideia que não tinha.

Optei pela última, que normalmente é o que a maioria faz: procurar outro emprego.

Como fazer? Se especializando. Estudo, cursos, aprender a fazer algo que não seja todo mundo que saiba fazer. Esta é a opção que a maioria das pessoas fazem. E dentro do riscos, é a mais segura possível (embora não garantida). 

Foi o que fiz: fui fazer faculdade. Criar condições para que eu pudesse ser valorizado mais, ou mesmo ser eu mesmo um empreendedor. 

Dentro deste contexto de relações sociais (de empregador e empregado e etc) e nossa condição humana (questão de preferência temporal e etc), não tem mágica, nem segredo, tampouco.
 

E concordo com a parte que você diz que não se deve chupar as bolas do empregador. E adiciono que também não se deve chupar as bolas do empregado. Dentro desta relação, não tem bom e mal, explorador e explorado. Ambas as partes são movidas pelas mesmas ações humanas, egoístas por natureza (e aqui, não é uma crítica. Somos egoístas, e isso não é ruim). Ambos querem ganhar, e chegam num acordo que seja bom para ambas as partes e pronto. Só colocam carga emocional e sem racionalidade nesta relação, ao meu ver.

Concordo de modo geral, embora não tenha percebido a lógica do funcionário não produzir mais do que recebe, mesmo que nem todos elevem a produtividade. Os que elevam, podem eventualmente ser promovidos ou ganhar ao menos um aumento. Como você disse, o lucro é dado pela diferença entre custo e valor final que as pessoas estão dispostas a pagar. A redução de custo, ao meu ver, basicamente se trata de pagar menos ao funcionário do que ele merece. Seja aumentando a produtividade e mantendo o salário (afinal, muita gente quer um emprego) ou apenas cobrando uma produtividade inicial X, mas já com uma margem de produtividade acima do que ele receberá. Na outra ponta, você coloca um preço maior do que o prato vale, mas que as pessoas estejam dispostas a pagar. Se um prato custa R$ 5 de mão de obra e R$ 15 de ingredientes, seu custo é R$ 20 e você coloca um preço de 20+X pra ter um lucro - nisso se faz a pesquisa de mercado pra ver quanto as pessoas estão dispostas a pagar.

Uma empregada doméstica não precisa de especialização e o trabalho dela não lhe rende dinheiro, diretamente. Entretanto, ela te proporciona mais tempo livre, além de um pouco do luxo de não ter que se preocupar com tarefas de casa. Você pode vender suas férias no trabalho num momento de aperto, mas nunca poderá comprar férias num momento de cansaço. Tempo é valiosíssimo de tal maneira que ninguém consegue comprar, seja para um descanso merecido, para produzir mais ou para se especializar.

Talvez o que eu disse no primeiro parágrafo não seja certeza de aplicação para um funcionário altamente especializado porque, neste caso, ele terá maior poder de barganha. Entretanto, se tivesse como medir pra confirmar que se aplica, eu apostaria nisso. O salário alto vai trazer, naturalmente, muito mais dor de cabeça e trabalho. Se uma recepcionista ganha R$ 1.000 e tem alguns momentos de folga na internet do trabalho, o funcionário de R$ 20.000 não terá tanto tempo livre e tanta tranquilidade mesmo em casa.

No restante eu concordo. Apesar de que a "outra opção: empreender" também engloba a especialização, que nada mais é do que um auto-empreendimento. Nossa vida é uma empresa na qual ninguém poderá trabalhar pelo sucesso dela além de nós mesmos.

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No restante eu concordo. Apesar de que a "outra opção: empreender" também engloba a especialização, que nada mais é do que um auto-empreendimento. Nossa vida é uma empresa na qual ninguém poderá trabalhar pelo sucesso dela além de nós mesmos.

São duas coisas bem diferentes, cara. Até porque muita gente "empreende" sem nem mesmo se especializar.

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E tudo isso que o Thales explicou pode ser melhorado com apenas uma açãozinha do governo: deixar o mercado o mais livre possível.

O ser humano gosta de empreender, o ser humano tem ideias novas a todo momento e quer disponibilizar esse produto ou serviço à sociedade e como contrapartida, lucrar. E quanto mais empresas disponíveis no mercado, mais o empresário precisa valorizar os seus empregados para que estes permaneçam na empresa o máximo possível, consequentemente, utilizando o aumento salarial para mantê-los. 

E perto da quantidade de empresas no Brasil comparando-se com os países desenvolvidos, nós somos nanicos. Pouquíssimas empresas em diversas áreas fundamentais, estatais que impedem a entrada de novas empresas (os Correios, por exemplo) e todos aqueles problemas que todo mundo aqui já sabe. E não digo que os empresários aqui são todos coitadinhos que a culpa da falência deles é só do governo, mas que aqui no Brasil devido as condições impostas para empreender, é muito mais fácil falir mesmo respeitando todas as leis e fazendo tudo certo, o que faz com que um mega-empresário no Brasil ser considerado como "gênio" e louvado por uma porção grande de pessoas ao redor (quando deveria ser visto como qualquer um). Tanto que a cultura aqui quando uma empresa grande vai para o buraco é todo mundo lamentar enquanto que no mundo desenvolvido uma falência é visto como algo "normal" ou mesmo estes taxam de incompetente (o que é na maioria das vezes verdade). 

 

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São duas coisas bem diferentes, cara. Até porque muita gente "empreende" sem nem mesmo se especializar.

A especialização não precisa ser diplomada. Steve Jobs tinha uma habilidade com programação que os demais não tinham e se especializou nisso. Não precisou ir à faculdade.

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Contratos leoninos existem. O próprio contrato de trabalho baseado na CLT é leonino: gera obrigações majoritariamente de uma das partes, sem obrigação de contrapartida de outra. Isso tudo baseado no pressuposto de que, em todo contrato de trabalho, o empregado é hipossuficiente. 

Não estou querendo dizer que nunca houve, há, nem haverá contratos de trabalho onde o empregador possa estar utilizando de cláusulas leoninas em relação ao empregado: como eu disse, ambas as partes aqui não são santas nem demoníacas, são humanos, naturalmente humanos e, desta forma, são a sombra e luz humana: perfeitamente ilustrada pelo yin e yang.

Mas pressupor que em todo e qualquer contrato de trabalho, o empregado é hipossuficiente, e com isso criar cláusulas leoninas que criam obrigações em demasia para uma das partes não faz sentido: é tão leonino quanto o leonino que quer se combater. Faz sentido pra você?

As cláusulas leoninas em contratos de trabalho devem ser tratadas como todas as demais cláusulas leoninas que existem: nulas, sem implicar em nulidade do contrato.

Edit.: ainda assim, a possível (e muito) existência de contratos que possam ter cláusulas leoninas não comprovam a teoria da "exploração".

Talvez o problema seja sua definição de "exploração".

Quando eu e acredito que a maioria fala disso, não falamos de condições pré-estabelecidas e sim de toda e qualquer situação onde, avaliadas as condições, seja possível observar que uma parte está sendo lesada.

O exemplo mais comum disso são vários tipos de atendentes sendo obrigados a ressarcirem o caixa da empresa em caso de perdas mensais superiores a um valor determinado pela empresa. Sei de relatos disso em empresas de ônibus e postos de combustível mas é possível que aconteça em outros ramos também. E essas "perdas" não excluem roubos/furtos/assaltos. É claramente um contrato leonino, e nem por isso falta gente pra aceitar essas condições. E também não tem como anular. As empresas seguem tranquilamente o "os incomodados que se retirem" porque não falta reposição.

Você disse não só que não existe como que nunca existiu esse tipo de exploração. Mas só se for na teoria, porque na prática a teoria é outra.

 

E, pra mim, faz muito sentido que a CLT procure proteger o empregado em detrimento do empregador. Como você mesmo disse, ficando a cargo das partes, cada uma vai querer puxar pro seu lado - e desconfio que a parte que tem o dinheiro vai sempre levar vantagem. Então, na impossibilidade de criar regras que não prejudiquem ninguém, que a parte mais fraca seja resguardada.

Mas não vejo a empresa com mais obrigações do que o empregado não. Só se estiver falando de encargos. No resto, não me vejo nem beneficiado e nem prejudicado.

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Mais valia e valor trabalho num mundo onde se tem um sistema de mercado e não existe escravidão, não tem razoabilidade nenhuma, tampouco consegue explicar o que quer que seja.

A teoria do valor trabalho já foi devidamente superada pela teoria do valor subjetivo e pela utilidade marginal.

E sem a teoria do valor trabalho, a mais valia deixa de fazer qualquer sentido.

Thales, acho que você precisa pensar mais no período que o Marx escreveu. Em muitos casos trabalhar para a indústria não era uma opção (ou no caso, era a única opção), lembrando que havia leis contra a vadiagem, leis que forçavam o indivíduo a ter uma residência fixa...

Você está olhando para aquele período com uma visão de hoje. A teoria do valor trabalho fazia um tanto de sentido com a produção industrial da época. O que era produzido, era vendido (não havia marketing na época, por exemplo). Claro que sempre vai ter contra-exemplos como o caso do valor da pérola (está em sua raridade? está no trabalho para obtê-la? ou está nela por si só?).

Para os dias de hoje e de forma geral eu não acho que a teoria do valor subjetivo seja ruim também. Porém se você colocar no contexto da época que tudo que era produzido era vendido, sem necessidade de marketing, com uma diferenciação menor (na produção em escala) a teoria do valor trabalho encaixa (e se não me engano isso foi percebido não apenas pelo Marx mas também pelo Smith).

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