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O desabafo de um empresário


Vinicius Vaz / Gaúcho

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@MarkuZ

Eu penso exatamente isso. Ao invés de colocar um lado ou outro com o coitadismo, a gente não vê o que a péssima administração do país acabou afundando a nossa economia ao longo das décadas. O brasileiro tá cansado de pagar imposto e ver ele sempre pessimamente realocado.

Coisa de uns 3 ou 4 anos atrás eu tava ouvindo um podcast que falava justamente dessa questão da dificuldade de dar dinamismo no que vai dar giro pro país. Tem países que em dois, três dias (se muito), tu consegue abrir a tua empresa. Aqui tem essa putaria de levar 300 anos, pagar um trilhão de imposto ainda antes de chegar no teu ponto de equilíbrio e finalmente começar a botar a mão na grana. Acho muito necessário existir um mecanismo que possa acelerar esse processo e parar com essa insolvência desgraçada que a gente tem aqui no Brasil.

O pior é que eu não vejo uma luz no fim do túnel. Não sei muito sobre economia pública, mas parece que a gente tá piorando ainda mais, ultimamente.

Não vejo a burocracia como algo ruim, mas o excesso dela mata o Brasil na saúde, educação e na economia também.

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A burocracia no Brasil é tanta que até os governos """comunistas""" (risos) do PT trataram do assunto. O SIMPLES, criado no governo Lula, é um exemplo. Dilma fala disso direto.

[/quote]

Tem também o supersimples. E na questão da abertura e fechamento de negócios tinha umas iniciativas começando a ser aplicadas ano passado que prometiam diminuir consideravelmente o tempo de abertura e fechamento (não lembro agora o nome do negócio).

O problema é que parecem mais workarounds do que uma política de estado (que provavelmente demoraria mais ou nem sairia do papel).

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Empresário não é coitado. Nunca foi, nunca será. Parem com essa merda, pelo amor de deus. Se assumiu o risco, arca com a consequência sem chorar. Ponto. Cases de nego que quebra 3, 4 vezes até montar um império tem aos montes e não é só no Brasil. E não colocam a culpa em taxação de governo.

Trabalhar pra outra pessoa é tão nobre quanto trabalhar pra ti mesmo. O que eu li ai em cima até parece que é um crime trabalhar pra outra pessoa. Saiam dessas merdas de livros teóricos e venham pra realidade. Desde o início da faculdade já deve ter ido uns 40, 50 livros e se tudo o que estivesse lá fosse verdade, o mundo seria perfeito. 

Dito isso tudo, não sou JAMAIS contra empresário e empreendedor. Acho muito bacana empreender desde que tu tenha conhecimento específico e um bom planejamento estratégico. Acho sim que não existe um maior apoio ao empresário, mas isso não faz dele um coitadinho explorado pelo governo. Que ideia imbecil e capitalista da porra.

Não é assim, assumiu o risco e arca sem chorar. O problema é você que - mesmo sendo empresário - é trabalhador, mas é taxado de várias palavras que, em suma, significam que você é vagabundo, sendo que além de criar novas ideias, tem que se desdobrar pra vencer toda uma forte maré de impostos e burocracias, de maneira sustentável, sem se abater a ponto de desistir e jogar uma boa ideia no lixo. Do outro lado, os que chamam de coxinhas, são militantes de partidos. Quer raça mais vagabunda do que militante que não faz nada o dia todo além de ficar falando bem do candidato, do partido, dos ideais a fim de ganhar uma boquinha no futuro? Que moral essa gente tem pra atacar alguém?

O empresário não é um coitadinho, mas tem que se desdobrar muito mais que o normal. E entre um empresário e um militantezinho de DCE de faculdade que aspira por ser político, ele é o coitadinho.

Alguns pontos sobre o primeiro post do tópico:

1) O Brasil realmente tem muito a melhor com relação ao empreendedorismo. Municípios, estados e governo deveriam simplificar o máximo possível, principalmente a abertura de negócios com pouco ou nenhum impacto (indústria de software, por exemplo). Abrir uma empresa deveria levar poucos dias, fechá-la menos ainda.

2) A burocracia para manter o negócio aberto é de fato muito grande, há muitas regras (algumas necessárias outras nem tanto), a CLT precisa ser reformada e por aí vai.

3) A questão tributária é complicada demais. É até difícil entender como funcionam alguns impostos e como fazer para pagar tudo corretamente. Além disso o processo de importação é muitas vezes complicado e demorado.

Ou seja, há muita coisa para reclamar. Mas dito isso, é preciso lembrar que ser empresário é uma opção que o cara faz para ganhar dinheiro. Por uma série de motivos: não quer ser empregado, quer levar suas idéias adiante/empreender, não quer estudar para um concurso ou uma carreira acadêmica, etc., etc. E mesmo com todos esses motivos, o objetivo principalmente é geralmente ganhar dinheiro.

E não tem nada de errado nisso, as pessoas tem o direito de trabalhar para ganhar dinheiro e se conseguirem, ótimo. Só que é uma opção que se faz e naturalmente vai ter riscos, vai precisar de um investimento inicial entre outras coisas. Só que é um risco calculado com o objetivo de conseguir um valor que não conseguiria de outras formas. Então soa um tanto demagógico sugerir que o objetivo é gerar empregos, produzir, etc., isso é tudo um meio para atingir o objetivo de ganhar dinheiro.

Usando uma analogia com carros (já que carro no Brasil é sinônimo de status): grande parte dos funcionários públicos (ou privados) de carreira vai na parte final de suas carreiras estar andado de Corolla se for bem sucedido (de onde será que vem a história que "Corolla é carro de tiozão"?). Alguém que se dispõe a empreender se tiver sucesso muito antes disso vai estar com uma BMW. Tem risco, tem dificuldade, não é todo mundo que tem o perfil, mas para quem tem sucesso a recompensa financeira será maior.

É o que falaram aí, o empresário que deve receber apoio maior é o de pequeno-médio porte. Primeiro porque são os passos iniciais e, portanto, são alcançados por mais gente, o que se traduz em uma extensa gama de ideias. Proporcionalmente, haverá mais ideias boas indo pra frente. Se tem alguém que merece investimento é empreendedor e pesquisador/cientista que trabalha direito. Gente que quer inovar, que põe a cara e o nome a tapa. Porque é muito fácil virar concursado público, estudar uns bons anos e depois ficar relax... gente que quer bom salário, trabalho descomplicado, férias programadas, às vezes de 60 dias anuais e contando apenas dias úteis, trabalho que não se leva pra casa e não necessita de horas extras... isso tudo aí é mole, muita gente quer. Não existe recessão, no máximo o dinheiro vai corroer pra inflação, mas logo vem greve e dissídio pra ajeitar tudo. Só olhar aí quantos candidatos dá pro TRT, trabalho tranquilo demais.

São muitas pessoas que preferem o seguro, o cômodo. Bem pago então... ih, é gente pra caralho. Tão buscando a grana deles também, a diferença é que vão sempre sair no lucro e fim. Não tem a consequência de inovar em serviços e produtos, não tem a consequência de ganhar muito mais dinheiro, mas também não tem a consequência de quebrar. E mais, nunca vai gerar um emprego. Entretanto, o objetivo de ganhar grana é o mesmo. E aí? Qual atacante que você quer no seu time? O que dá raça e faz gol sempre que dá, feio mas faz, ou o que tem boa finalização mas sempre tenta o passe e perde boas oportunidades de gol porque a culpa do erro não vai ficar pra ele?

 

No mais, excelente post do @MarkuZ! Vou ver o vídeo amanhã.

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Vamos por partes: burguês/burguesia não são palavrões, servem, isso sim, para dar o nome certo às coisas.

Moralidade não entra nessa discussão, estou falando de algo além disso.

E a opressão (categoria que, pra falar de termos econômicos, não gosto, prefiro falar em exploração, que é mais específica) não é do indivíduo. O cidadão fulano ou siclano, dono da empresa A ou B, pouco me importa. Importa apenas que ele faz parte de uma classe determinada nas "relações sociais de produção", e por isso vai tomar decisão X ou Y. A questão não é se o indivíduo é bonzinho: de novo, a moralidade não entrou em jogo. A exploração/opressão é estrutural, não individual.

Apenas uma única questão, que coloca em xeque toda sua argumentação: só há "exploração" (seja ela estrutural ou individual, não faz diferença aqui) se você acreditar na teoria da mais valia, que pressupõe a teoria do valor trabalho.

Então quer dizer que acredita em ambas essas teorias?!

Só vou deixar um texto que resume meu pensamento sobre muito "chefe" por aí:

“Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6:30 da manhã, por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se a força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro os bolsos de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?”


Charles Bukowski

Pra você, eu deixo a mesma pergunta acima, Banned.
 

No mais, toda vez que vejo esse trecho do Bukowski eu me pergunto: por qual razão o sujeito simplesmente não fica dormindo ao invés de trabalhar, já que ele não ganha nada com isso (pelo contrário, só enche o bolso de outro sujeito)?

Empresário não é coitado. Nunca foi, nunca será. Parem com essa merda, pelo amor de deus. Se assumiu o risco, arca com a consequência sem chorar. Ponto. Cases de nego que quebra 3, 4 vezes até montar um império tem aos montes e não é só no Brasil. E não colocam a culpa em taxação de governo.

Trabalhar pra outra pessoa é tão nobre quanto trabalhar pra ti mesmo. O que eu li ai em cima até parece que é um crime trabalhar pra outra pessoa. Saiam dessas merdas de livros teóricos e venham pra realidade. Desde o início da faculdade já deve ter ido uns 40, 50 livros e se tudo o que estivesse lá fosse verdade, o mundo seria perfeito. 

Dito isso tudo, não sou JAMAIS contra empresário e empreendedor. Acho muito bacana empreender desde que tu tenha conhecimento específico e um bom planejamento estratégico. Acho sim que não existe um maior apoio ao empresário, mas isso não faz dele um coitadinho explorado pelo governo. Que ideia imbecil e capitalista da porra.

Se a taxação, regulação e burocracia exigidas para se tornar um empreendedor se tornarem um custo maior que o próprio empreendimento, não teremos empreendedores e/ou eles serão cada vez menores. Menos empreendimentos, menos empregos e geração de riquezas. Este é o ponto. Empresário não é coitado, mas ele usa o dinheiro dele numa ideia onde ele assume o risco: se tiver lucro, o governo vira sócio. Se tiver prejuízo, ele se fodeu sozinho. Bacana o arranjo. (Isso está longe de implicar que eu defenda que governo salve empresas que estão quebrando, muito pelo contrário).

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No mais, toda vez que vejo esse trecho do Bukowski eu me pergunto: por qual razão o sujeito simplesmente não fica dormindo ao invés de trabalhar, já que ele não ganha nada com isso (pelo contrário, só enche o bolso de outro sujeito)?

Eu trabalho por 2 motivos: eu gosto um pouco. pouco mesmo, mas gosto. O outro é pra sustentar meus vícios, como breja, rolê, roupa/tênis/boné, etc.

O lugar em que eu trabalho HOJE é a melhor empresa que eu já trabalhei, mas ultimamente está um lixo. Se eu me sentisse 100% explorado eu nem sairia da cama mesmo. Ia viver de fotossíntese em casa.

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Eu trabalho por 2 motivos: eu gosto um pouco. pouco mesmo, mas gosto. O outro é pra sustentar meus vícios, como breja, rolê, roupa/tênis/boné, etc.

O lugar em que eu trabalho HOJE é a melhor empresa que eu já trabalhei, mas ultimamente está um lixo. Se eu me sentisse 100% explorado eu nem sairia da cama mesmo. Ia viver de fotossíntese em casa.

Bom, então isso é uma troca justa: o seu patrão precisa de você, pra conseguir o objetivo dele, então ele te atura lá (já que, se por acaso, ele tivesse a opção de não te contratar, não te contrataria) e você precisa do emprego pra poder ter as coisas que você gosta, por isso você atura seu patrão (já que, se por acaso, você tivesse a opção de não ser contratado dele, não seria).

Logo, no que esse contrato voluntário se assemelha com "exploração"?!

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A citação que o @bAnned. colocou foi típica de fumador de ganja e trombador de mina. Ou vagabundo, que é qualidade maior que beleza.

Trabalho, por si só, já tem uma carga negativa. Por mais que você goste da atividade que você faz, você terá que fazê-la em momentos que você não quer, seja por uma ressaca que é responsabilidade sua, uma dor de cabeça que tem que ser superada, pela palavra que você dá, tudo. A responsabilidade do trabalho impede que você faça o que quer na hora que quer. Caso contrário, o custo é alto. 

Um empresário multimilionário não pode ir pra praia quando bem entender e desligar o telefone se tem n compromissos a cumprir. O jogador de futebol não deve ficar enchendo a cara loucamente... têm o dinheiro, fazem o que gostam, mas não podem curtir o dinheiro na mesma proporção. A mesma coisa é o "trabalhador". 

A vida não é coloridinha pra achar que vai cair dinheiro na sua conta pra você fazer o que gosta, com quem gosta, na hora que gosta... se eu pudesse, seria degustador de cerveja, aqui em casa, sem escrever reviews, seria ótimo. Pena que não dá dinheiro.

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Bom, então isso é uma troca justa: o seu patrão precisa de você, pra conseguir o objetivo dele, então ele te atura lá (já que, se por acaso, ele tivesse a opção de não te contratar, não te contrataria) e você precisa do emprego pra poder ter as coisas que você gosta, por isso você atura seu patrão (já que, se por acaso, você tivesse a opção de não ser contratado dele, não seria).

Logo, no que esse contrato voluntário se assemelha com "exploração"?!

Mas eu não citei exploração em momento nenhum, eu concordo com o seu raciocínio. Minha chefe me atura, e eu aturo ela, eu preciso mais dela do que ela de mim, isso é obvio, e pra mim nisso é que meio que se configura a exploração, porque o que eu faço, e o quanto eu ganho pelo que faço, ela lucra muito mais. Só que eu não paro de trabalhar porque eu sei que pra eu começar a fazer o que ela faz, eu preciso de know how, experiência, etc.

É uma troca, injusta, porém normal no mercado de trabalho.

A citação que o @bAnned. colocou foi típica de fumador de ganja e trombador de mina. Ou vagabundo, que é qualidade maior que beleza.

Trabalho, por si só, já tem uma carga negativa. Por mais que você goste da atividade que você faz, você terá que fazê-la em momentos que você não quer, seja por uma ressaca que é responsabilidade sua, uma dor de cabeça que tem que ser superada, pela palavra que você dá, tudo. A responsabilidade do trabalho impede que você faça o que quer na hora que quer. Caso contrário, o custo é alto. 

Um empresário multimilionário não pode ir pra praia quando bem entender e desligar o telefone se tem n compromissos a cumprir. O jogador de futebol não deve ficar enchendo a cara loucamente... têm o dinheiro, fazem o que gostam, mas não podem curtir o dinheiro na mesma proporção. A mesma coisa é o "trabalhador". 

A vida não é coloridinha pra achar que vai cair dinheiro na sua conta pra você fazer o que gosta, com quem gosta, na hora que gosta... se eu pudesse, seria degustador de cerveja, aqui em casa, sem escrever reviews, seria ótimo. Pena que não dá dinheiro.

Mas não tem nada a ver com o que fazer o que gosta, com gostar de trabalhar. Eu faço o que eu gosto, eu escrevo, porém eu se eu tivesse a opção entre trabalhar e não trabalhar, ficaria com a segunda.

O problema é que esse "fazer o que gosta" é bem relativo, como você disse, tomar cerveja te dá prazer. Mas isso ao meu ver é lazer e não trabalho, por isso não misturo. Fazer o que você gosta não necessariamente te dá prazer, porque tem dias que eu tenho que trampar pra CARALHO, e saio do trampo querendo matar um.

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Mas eu não citei exploração em momento nenhum, eu concordo com o seu raciocínio. Minha chefe me atura, e eu aturo ela, eu preciso mais dela do que ela de mim, isso é obvio, e pra mim nisso é que meio que se configura a exploração, porque o que eu faço, e o quanto eu ganho pelo que faço, ela lucra muito mais. Só que eu não paro de trabalhar porque eu sei que pra eu começar a fazer o que ela faz, eu preciso de know how, experiência, etc.

É uma troca, injusta, porém normal no mercado de trabalho.

E qual a injustiça dela lucrar mais?! Primeiro, que o lucro é o motivo pelo qual você está empregado: ninguém vai te contratar pra ter prejuízo com seu trabalho.
 

Segundo que você esquece que o risco é todo dela: mesmo que ela não ganhe um centavo naquele mês, ela terá que pagar seu salário (por boa vontade, ou por coerção judicial). Todo mundo faz a conta presumindo o lucro, o ganho, né?! E esquece do risco (altíssimo) do prejuízo.

Quanto maior o risco, maior o potencial do lucro - e do prejuízo (é uma regra econômica, certo?). Logo, o "justo" é quem assume o risco maior, também ficar com a fatia maior do retorno (positivo ou negativo, leia-se: lucro ou prejuízo).

Isso é ciência humana, não tem nada demais nessa questão (exceto quando colocam paixão na coisa, e começam a bradar contra lucros, que é exploração e bla bla bla).

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E qual a injustiça dela lucrar mais?! Primeiro, que o lucro é o motivo pelo qual você está empregado: ninguém vai te contratar pra ter prejuízo com seu trabalho.
 

Segundo que você esquece que o risco é todo dela: mesmo que ela não ganhe um centavo naquele mês, ela terá que pagar seu salário (por boa vontade, ou por coerção judicial). Todo mundo faz a conta presumindo o lucro, o ganho, né?! E esquece do risco (altíssimo) do prejuízo.

Quanto maior o risco, maior o potencial do lucro - e do prejuízo (é uma regra econômica, certo?). Logo, o "justo" é quem assume o risco maior, também ficar com a fatia maior do retorno (positivo ou negativo, leia-se: lucro ou prejuízo).

Isso é ciência humana, não tem nada demais nessa questão (exceto quando colocam paixão na coisa, e começam a bradar contra lucros, que é exploração e bla bla bla).

Eu só dou sorte que sou CLT, porque todo mundo que entrou depois de mim na agência é PJ.

Eu concordo contigo, como falei, enxergo exploração por saber o quanto há de lucro e o quanto eu recebo de retorno, mas eu tenho diversas regalias que fazem valer a pena ser "explorado". Se eu realmente achasse que as coisas não valesse a pena, eu fazer outro bagulho da vida, vender artesanato na praia, etc.

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E qual a injustiça dela lucrar mais?! Primeiro, que o lucro é o motivo pelo qual você está empregado: ninguém vai te contratar pra ter prejuízo com seu trabalho.
 

Segundo que você esquece que o risco é todo dela: mesmo que ela não ganhe um centavo naquele mês, ela terá que pagar seu salário (por boa vontade, ou por coerção judicial). Todo mundo faz a conta presumindo o lucro, o ganho, né?! E esquece do risco (altíssimo) do prejuízo.

Quanto maior o risco, maior o potencial do lucro - e do prejuízo (é uma regra econômica, certo?). Logo, o "justo" é quem assume o risco maior, também ficar com a fatia maior do retorno (positivo ou negativo, leia-se: lucro ou prejuízo).

Isso é ciência humana, não tem nada demais nessa questão (exceto quando colocam paixão na coisa, e começam a bradar contra lucros, que é exploração e bla bla bla).

Concordo com o que você diz. O problema não são os lucros, é quando há exploração de mão-de-obra escrava ou quase escrava. Por outro lado, jamais teriam reclamado de lucros. Quando é por meio de exploração, é problema.

Com justiça ganha-se dinheiro. Para uma republica federativa, o empresário e o trabalhador tem os mesmos direitos. É a Constituição que nos garante esses direitos. E o empresário deve ser escutado pelo governo, a questão é: "como ele espera ser escutado". Hoje em dia poderíamos ter aplicativos para reportar uma opinião reservadamente a aqueles que deveriam nos representar politicamente, e a inovação é a chave para alcançar um estado de paz em que o cidadão seja mais escutado com respeito e dignidade. É totalmente possível que a participação cidadã e espontânea não seja em vão. Exercer sua liberdade para utilizar de meios amplos para poder interferir de maneira positiva no governo.

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E qual a injustiça dela lucrar mais?! Primeiro, que o lucro é o motivo pelo qual você está empregado: ninguém vai te contratar pra ter prejuízo com seu trabalho.

E o lucro não pode ser encarado como a diferença entre o que você (e seus colegas) ganha(m) e o que deveria ganhar? Se 10 funcionários ganham, cada um, 1k/mês e geram um lucro de 10k, o justo não seria ganharem 1k a mais, cada? Afinal, foi fruto do trabalho deles, o empreendedor quando muito "coordenou" e, claro, assumiu o risco.

Eu concordo com sua lógica, mas nem tudo é trivial assim.

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E o lucro não pode ser encarado como a diferença entre o que você (e seus colegas) ganha(m) e o que deveria ganhar? Se 10 funcionários ganham, cada um, 1k/mês e geram um lucro de 10k, o justo não seria ganharem 1k a mais, cada? Afinal, foi fruto do trabalho deles, o empreendedor quando muito "coordenou" e, claro, assumiu o risco.

Eu concordo com sua lógica, mas nem tudo é trivial assim.

Se todo teu lucro tu tem que dar para os empregados, pra que ter uma empresa então?

Basicamente tu está propondo que os caras virem sócios da parte boa empresa. Depois do proprietário ter passado por todos os problemas para erguer a empresa, no momento que ela começar a dar lucro, aí ele deve simplesmente ter um bom coração e dividir com todo mundo. Isso sem contar que ele não terá nenhum direito trabalhista como os outros. Afinal, pra que né? Ele tem o título de empresário, isso já basta para qualquer um.

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E o lucro não pode ser encarado como a diferença entre o que você (e seus colegas) ganha(m) e o que deveria ganhar? Se 10 funcionários ganham, cada um, 1k/mês e geram um lucro de 10k, o justo não seria ganharem 1k a mais, cada? Afinal, foi fruto do trabalho deles, o empreendedor quando muito "coordenou" e, claro, assumiu o risco.

Eu concordo com sua lógica, mas nem tudo é trivial assim.

Lembre-se que lucro também serve como reserva para investimentos e para cobrir futuros rombos em períodos de crise. Abrir novas lojas, investir em mais maquinário, contratar mais funcionários caso a empresa se expanda, pagar direitos trabalhistas (nem toda empresa se beneficia nas épocas de fim de ano do décimo terceiro) atualizar tecnologias, comprar mais espaço, investir em pesquisa...

Se a empresa tem capital mas não tem reservas (porque teoricamente dividiu todo o lucro com os funcionários) um mês de vendas ruins e a empresa se fode.

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Quem critica o lucro meramente por criticar lucro não sabe o que diz. O mesmo quando pessoas fingem que situações extremas de trabalho forçado não há problema algum. Não há o que discutir, o lucro é necessário para a empresa crescer, mas o ecossistema da empresa precisa trabalhar dentro dos parâmetros legais. Gosto muito de empregos com salário por produtividade. Assim se o trabalhador produz pouco, o salário não torna-se insustentável para a empresa.

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Sim, eu concordo com tudo isso. Porém não invalida que trabalha-se mais do que se recebe.

O salário nada mais é do que um acordo entre patrão e empregado. No Brasil paga-se pouco por vários motivos. Nos países desenvolvidos, os salários são bem melhores (e o poder de compra das pessoas mesmo com salários menores também é maior).

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@Dr.Thales

 

Ai tá a questão da insolvência que eu falei. O Brasil precisa resolver esse problema o quanto antes. Empresa quebrada só faz bem pro Estado, não pro povo. Mas como eu disse, é preciso criar um processo em que o empresário saiba exatamente o que tá fazendo. Hoje em dia eu vejo muito aventureiro por ai que quebra e depois não sabe nem coisas básicas sobre administração/economia. Ai bota a culpa na taxação/burocracia. Comofas? Os causos de Silvio Santos da vida, embora ainda existam, são cada vez menores. Aliás, até o Silvio era mito e sabia exatamente o que tava fazendo, mesmo sem uma educação tão adequada.

@_Matheus_

Eu te entendo. Mas acho que parafraseando o mítico Homi Aranha, "com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Se tu vai jogar grande, teu risco vai ser grande e teu resultado vai ser grande. Pra fazer isso, tem que saber bem o que faz.

O que eu não gosto é desse coitadismo que se alastrou, mostrando textos ridículos desses da abertura do tópico e classificando o empresário como um explorado e quem trabalha pro empresário como um derrotado. Antes o coitado era o tal do trabalhador, hoje ele virou a porra do empresário. Na realidade os dois lados sofrem muito com o modo como é gerado renda pro Estado e muito por culpa das duas partes, também. Trabalhador não tem vontade de crescer e empresário acha que vai explorar o meio dele (e vai dar em troca também, não sou abobado de não reconhecer a necessidade do serviço privado), todo organizado pelo Estado e não ser cobrado.

Tá faltando meio termo no Brasil e menos coitados.

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E o lucro não pode ser encarado como a diferença entre o que você (e seus colegas) ganha(m) e o que deveria ganhar? Se 10 funcionários ganham, cada um, 1k/mês e geram um lucro de 10k, o justo não seria ganharem 1k a mais, cada? Afinal, foi fruto do trabalho deles, o empreendedor quando muito "coordenou" e, claro, assumiu o risco.

Eu concordo com sua lógica, mas nem tudo é trivial assim.

O lucro não é a diferença entre o que os funcionários ganham e o quanto "deveriam" ganhar. Exceto se você adotar a teoria da mais valia (que em resumo, diz isso, daí decorre o ódio de marxistas ao lucro e a criação do termo "exploração").

@André Kaminski e @Psicopinto: disseram tudo que eu queria falar. Concordo com ambos.

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@Dr.Thales

 

Ai tá a questão da insolvência que eu falei. O Brasil precisa resolver esse problema o quanto antes. Empresa quebrada só faz bem pro Estado, não pro povo. Mas como eu disse, é preciso criar um processo em que o empresário saiba exatamente o que tá fazendo. Hoje em dia eu vejo muito aventureiro por ai que quebra e depois não sabe nem coisas básicas sobre administração/economia. Ai bota a culpa na taxação/burocracia. Comofas? Os causos de Silvio Santos da vida, embora ainda existam, são cada vez menores. Aliás, até o Silvio era mito e sabia exatamente o que tava fazendo, mesmo sem uma educação tão adequada.

@_Matheus_

Eu te entendo. Mas acho que parafraseando o mítico Homi Aranha, "com grandes poderes vem grandes responsabilidades". Se tu vai jogar grande, teu risco vai ser grande e teu resultado vai ser grande. Pra fazer isso, tem que saber bem o que faz.

O que eu não gosto é desse coitadismo que se alastrou, mostrando textos ridículos desses da abertura do tópico e classificando o empresário como um explorado e quem trabalha pro empresário como um derrotado. Antes o coitado era o tal do trabalhador, hoje ele virou a porra do empresário. Na realidade os dois lados sofrem muito com o modo como é gerado renda pro Estado e muito por culpa das duas partes, também. Trabalhador não tem vontade de crescer e empresário acha que vai explorar o meio dele (e vai dar em troca também, não sou abobado de não reconhecer a necessidade do serviço privado), todo organizado pelo Estado e não ser cobrado.

Tá faltando meio termo no Brasil e menos coitados.

Só parto do pressuposto econômico básico de que sem investimento não há aumento de riqueza. Sem aumento de riqueza, estagnamos e tendemos a empobrecer. Logo, o investimento e (por consequência óbvia) o empreendedorismo é a força que nos leva à riqueza. Não tem outro caminho.

Desta forma, eu trato como herói cada empresário (não corporativista) deste país, e saúdo cada lucro auferido por estes. Que tenhamos mais empreendedores e mais lucros!

Ps. Aqui poderia começar a falar de que modo o Governo pode foder com os investimentos, principalmente quando gera incerteza no médio/longo prazo (como a inflação monetária Petista), e no que isso diminui investimentos de longo prazo e bla bla bla. Mas nem vou, não é o escopo principal do tópico.

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O que eu não gosto é desse coitadismo que se alastrou, mostrando textos ridículos desses da abertura do tópico e classificando o empresário como um explorado e quem trabalha pro empresário como um derrotado. Antes o coitado era o tal do trabalhador, hoje ele virou a porra do empresário. Na realidade os dois lados sofrem muito com o modo como é gerado renda pro Estado e muito por culpa das duas partes, também. Trabalhador não tem vontade de crescer e empresário acha que vai explorar o meio dele (e vai dar em troca também, não sou abobado de não reconhecer a necessidade do serviço privado), todo organizado pelo Estado e não ser cobrado.

Tá faltando meio termo no Brasil e menos coitados.

Não é coitadismo Kresnik, é que 99,9% dos textos que se lê é num sentido oposto, só quero mostrar o outro viés... 

No Brasil, atualmente, 48% das empresas que abrem acabam quebrando em até 3 anos. São pessoas que tiveram coragem, assumiram o risco e deu errado, empresário tem que lucrar mesmo, e quem não concorda em ser "explorado" que deixe de ser empregado e abra a própria empresa, e assuma os riscos...

Se não tem coragem de começar o seu próprio negócio, que cale a boca e não reclame...simples assim...

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Quem não quiser ser explorado que abra sua empresa e assuma os riscos...

 

Vaz depois de reescrever os livros de História agora está reescrevendo os livros de Economia.

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Só parto do pressuposto econômico básico de que sem investimento não há aumento de riqueza. Sem aumento de riqueza, estagnamos e tendemos a empobrecer. Logo, o investimento e (por consequência óbvia) o empreendedorismo é a força que nos leva à riqueza. Não tem outro caminho.

Desta forma, eu trato como herói cada empresário (não corporativista) deste país, e saúdo cada lucro auferido por estes. Que tenhamos mais empreendedores e mais lucros!

Ps. Aqui poderia começar a falar de que modo o Governo pode foder com os investimentos, principalmente quando gera incerteza no médio/longo prazo (como a inflação monetária Petista), e no que isso diminui investimentos de longo prazo e bla bla bla. Mas nem vou, não é o escopo principal do tópico.

Que tenhamos mais empreendedores e mais lucros!

Para isso é preciso haver maior sintonia entre as pessoas e as ideias. Sim, se puder diga quando for o momento o que atrapalha o empresariado, levantamos questões necessárias para futuramente poder tomar boas e acertadas decisões.

Isto que o nosso país precisa tem de ser feito independentemente do partido no poder. Entendo que continuísmo é uma chatice que se aproveita do momento emocional das pessoas na época de eleição para ganhar o pleito, mas deveríamos encontrar uma agenda que pudesse ser executada por qualquer partido de modo que os governantes sejam meros executores de um estado de direito à opinião e liberdade de expressão.

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Não é coitadismo Kresnik, é que 99,9% dos textos que se lê é num sentido oposto, só quero mostrar o outro viés... 

No Brasil, atualmente, 48% das empresas que abrem acabam quebrando em até 3 anos. São pessoas que tiveram coragem, assumiram o risco e deu errado, empresário tem que lucrar mesmo, e quem não concorda em ser "explorado" que deixe de ser empregado e abra a própria empresa, e assuma os riscos...

Se não tem coragem de começar o seu próprio negócio, que cale a boca e não reclame...simples assim...

Sim, mas é fácil colocar a culpa nos problemas do país (até porque eles são muitos).

O problema é que muitas dessas empresas que quebram tem erros próprios também. Planos de negócio falhos, mau atendimento (é impressionante o número de lugares que o atendimento é ruim), entram em ondas pouco sustentáveis (a última foi essa das "paleterias")...

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Sim, mas é fácil colocar a culpa nos problemas do país (até porque eles são muitos).

O problema é que muitas dessas empresas que quebram tem erros próprios também. Planos de negócio falhos, mau atendimento (é impressionante o número de lugares que o atendimento é ruim), entram em ondas pouco sustentáveis (a última foi essa das "paleterias")...

Sim, tem essa parte também, mas questiono o quanto é apenas falta de instrução, oou o quanto isso interfere. Já viram aquele caso da professora de economia (ou era administração? Não lembro...) da USP que montou um negócio próprio de yorgute e quebrou? A mulher ensina isso na faculdade, para todos, e não conseguiu manter um pequeno negócio aberto por 1 anos sequer... 

 

Edit. Pesquisei e achei: https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1645146-professora-da-usp-levou-oito-meses-para-abrir-negocio-que-fechou-em-nove.shtml&ved=0CBsQFjAAahUKEwiipPPtkrnHAhWBFpAKHWrSCBk&usg=AFQjCNEaAhp2e4gq5Hf78HZdhmqBUUp3dg&sig2=xLU0Ybbt4rp29YuuVUiVCg

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