FM 2014 O Campeão do Interior

[HernaneBrocador]

[Gigante João]

Ta voando, contratações pontuais e promissoras!

Posta essa Palmeiras monstro depois pra gente ver, 7x1 no Santos Oo!!!

[Bielgb]

Suas contratações foram muito boas.

Seu campeonato Paulista foi bom, conseguiu se classificar em 4°, na Copa do Brasil não teve problema nenhum em vencer o Confiança(SE).

[RYUxd]

Muito bom cara, tô curtindo mto esse seu save, e vc conta a história mto bem, parabéns!

[Johann Duwe]

Contratou bem nesse mercado de transferências, reforços que realmente podem ajudar a equipe a buscar algo a mais nessa temporada.

[Augusto.Zimmer]

gostei dos reforços, maxi pode ajudar muito a equipe...

a campanha no paulistão foi muito boa hein, será que consegue buscar o título? apesar de suas perdas de pontos no paulista serem na maioria com os times grandes, acho que pode surpreende-los nas finais

[HernaneBrocador]

Siga adiante com sua proposta de save. Para mim o principal é um save organizado (textos e imagens) e isso seu save tem.

Penso que você também deva se preocupar com algumas questões que você precisa responder: você está gostando da forma como você está apresentado seu save? Ela é cansativa de ser feita por você? Pergunto isso, pois o primeiro a ser "agradado" é você. Se você não estiver feliz com a apresentação de seu save, de nada adiantará agradar os leitores. ;)

Estou gostando e não achei cansativo, mas agradeço pelas dicas. Ajudam muito, cogitei uma mudança porque não sabia se estava sendo passada a mesma mensagem que eu gostaria de passar, mas ao que parece estava sim.

Ta voando, contratações pontuais e promissoras!

Posta essa Palmeiras monstro depois pra gente ver, 7x1 no Santos Oo!!!

Quando for fazer o upload da próxima atualização, posto o Palmeiras junto. O pior é que o time não tem nada de mais, só um esquema de jogo super ofensivo, parece que jogando no Sobrecarregar o jogo inteiro, enquanto o Santos ficou bem desfalcado e, sem seu principal jogador (Rafael Moura), é um time nível Série B. Apontaria, inclusive, como um dos favoritos à queda. Acho que acertei em algumas contratações, só me preocupou o Maxi não ter correspondido. Espero que melhore nas finais e na Série B (não sei como foi, ainda não joguei essas fases)

Suas contratações foram muito boas.

Seu campeonato Paulista foi bom, conseguiu se classificar em 4°, na Copa do Brasil não teve problema nenhum em vencer o Confiança(SE).

Acho que no geral, fizemos um belo Paulistão. Perdemos 4 pontos que poderíamos ter evitado, tomamos um do SPFC, então é como se tivesse sido 3 pontos a menos que o planejado. Agora a Copa do Brasil, apesar da sorte que tivemos nessa mão, não me empolga muito não. Pelo que estive vendo, o time do Coritiba é bem forte e vem de um início temporada muito sólido.

Muito bom cara, tô curtindo mto esse seu save, e vc conta a história mto bem, parabéns!

Obrigado! É muito bom ver que os novos leitores também estão gostando da história, assim como eu gosto. Acompanhar sempre dá um ânimo extra para carregar os próprios saves.

Contratou bem nesse mercado de transferências, reforços que realmente podem ajudar a equipe a buscar algo a mais nessa temporada.

Acho que conseguimos recorrer ao mercado de maneira cirúrgica e que, assim, ficamos mais próximos de surpreender na Série B, mas mesmo assim acho que o clube precisa acertar algumas posições ainda e, sem dúvida, o farei na próxima janela.

gostei dos reforços, maxi pode ajudar muito a equipe...a campanha no paulistão foi muito boa hein, será que consegue buscar o título? apesar de suas perdas de pontos no paulista serem na maioria com os times grandes, acho que pode surpreende-los nas finais

Olha, o título eu não sei, até porque não joguei as finais ainda, mas passar do Santos eu acredito que sim. O time foi bastante prejudicado contra os grandes porque o jogador que eu acreditava que ia definir (Maxi), simplesmente sumiu no Paulistão, em passo que o Arthur vinha demolindo os adversários sem piedade – e segue o fazendo, já pelo Goiás –, mas já pensei em uma maneira de jogar que acho que vai dar no mínimo trabalho para o time do Santos, que hoje não é melhor que o nosso em quase nada. O problema maior deve ser o Palmeiras, apesar de ser um adversário que só pode ser enfrentado na final, vem massacrando impiedosamente todos os adversários.

[miro]

Belíssimo trabalho estas a fazer no Guarani, todos nós queremos ele de volta a Elite que lá é o Lugar dele, vamos lá

[Bastos]

Esse save está muito bem contado e estou me divertindo muito lendo a história! Parabéns, cara! A idéia de reforçar muito a categorias de base é algo que eu também gosto bastante.

[Henrique M.]

A equipe tá na ponta dos cascos, vamos ver se mantém isso diante dos grandes adversários que podem surgir no mata-mata.

[HernaneBrocador]

Belíssimo trabalho estas a fazer no Guarani, todos nós queremos ele de volta a Elite que lá é o Lugar dele, vamos lá

Obrigado! Vou tentar recolocar o Guarani na elite e, acima de tudo, ganhando títulos, como é digno de sua história.

Esse save está muito bem contado e estou me divertindo muito lendo a história! Parabéns, cara! A idéia de reforçar muito a categorias de base é algo que eu também gosto bastante.

Obrigado! A idéia de reforçar a base é uma coisa que sempre tento implementar em minhas equipes, ainda mais no caso do Brasil, onde os grandes times (São Paulo, Corinthians, Flamengo, Grêmio e Inter, principalmente) criam um abismo econômico muito grande em relação aos menores, então a única chance de equiparar o Guarani com esses gigantes é investindo na base.

A equipe tá na ponta dos cascos, vamos ver se mantém isso diante dos grandes adversários que podem surgir no mata-mata.

Acredito que poderá surgir uma surpresa no mata-mata sim, o time é sólido e pode derrotar o Santos, diria.

[GG.]

Contratou bastante para a temporada. Pelo jeito fez bem, pois apesar do começo titubeante no Paulista, o time embalou e fez um campanha excelente na 1ª fase. No entanto, parece ainda abaixo do quatro grandes de São Paulo, mas tudo pode acontecer no mata-mata.

[HernaneBrocador]

V de Vingança
Quartas de Final do Paulistão

Com o fim da fase de grupos, cabia ao Guarani enfrentar o Santos. Novamente o Santos, que dias antes vencera o Bugre por 4 a 2 sem muito esforço. Logo o Santos, responsável pela maior decepção do Guarani no Século XXI, o vice campeonato Paulista de 2012. Nem mesmo a torcida do Guarani parecia confiante para o confronto. Com pouco mais de 6 mil ingressos vendidos, nem mesmo o fato do Guarani, que teve melhor campanha na primeira fase, jogar em casa parecia convencer o torcedor.

Porém, a história de alguns dias não se repetiu. A mudança do Guarani para um 4-1-3-1-1 compacto parecia ser a principal novidade de Amoroso para enfrentar o Santos, apostando no contra-ataque e na força física dos jogadores do Guarani - O site footstats indicara, dias antes, o Guarani como equipe mais forte do campeonato, enquanto o Santos era a mais fraca.

Em campo, as mudanças de Amoroso surtiram efeito e, apesar da diferença técnica, o Santos tinha muita dificuldade para superar a marcação do Guarani, finalizando somente de longe e com pouca eficiência, em passo que o Guarani jogava nos contra-ataques e buscando, sempre que enfrentava uma defesa bem postada, valorizar a posse de bola. A estratégia deu certo e o Santos acabava tendo de parar a equipe do Guarani com faltas e rifadas de bola. O jogo truncado parecia um padrão, e nenhuma das duas equipes parecia próxima do gol.

Entretanto, grandes jogadores aparecerem em grandes decisões. E o Guarani tinha Vander. Em uma bola roubada no meio campo, o meia deu um inemaginável lançamento que cruzou o campo inteiro e achou Maxi, muito criticado, na ponta direita. Marcado somente por Galhardo, o argentino pôs o jovem lateral para dançar e encobriu o goleiro Omar, levando o Brinco de Ouro ao delírio. V de Vingaça, V de Vander, V de Vantagem. O Guarani estava em vantagem no placar.

Se o Santos sentiu o gol nos 5 minutos finais do primeiro tempo e quase levou o segundo gol, com Digão em cobrança de falta, para o intervalo o alvinegro praiano voltou jogando mais aberto e determinado a matar o jogo. Porém, a defesa sólida do Guarani composta por Lenine e Santos parecia intransponível, e a equipe da Vila, ao invés de criar oportunidades, criava complicações e só não foi goleada porque os chutes de Bruno, aos 57, Vander, aos 62 e Maxi, aos 68, bateram caprichosamente na trave.

Sem esboçar qualquer reação, o Santos só teve chance de levar a partida para os pênaltis aos 89 quando Montillo aproveitou erro de Digão, driblou Maurício Ramos e encheu o pé, forçando o goleiro Bruno a operar um verdadeiro milagre. Porém era muito tarde para qualquer reação, e o Guarani, no embalo de Vander, se vingava do Santos que outrora o fizera mal e carimbava seu passaporte para a semi-final.




Redenção
Semi Finais

[

O Guarani enfrentaria nas semi-finais o embalado Corinthians, e, como agravante, no Itaquerão, casa da fiel torcida corinthiana. Novamente, o Guarani era apontado como outsider pela mídia. E, a semelhança do que fez contra o Santos, decidiu jogar como tal. Em um curioso 4-1-2-1-2, a instrução dos jogadores parecia claro. Defender, defender e defender. Ataques somente em bolas paradas.

E essa defensiva postura do Guarani, a princípio, parecia ter funcionado. Enquanto só o Corinthians jogava, a retranca do Guarani e as excelentes intervenções do goleiro Bruno pareciam garantir o zero a zero no placar, o que era considerado o resultado ideal para o Guarani. Facilitados pela falta de rigor do árbitro, que não teve controle algum da partida, os jogadores do bugre não se preocupavam em persistir no jogo faltoso, já que esses, se quer, eram advertidos.

Entretanto, foi uma falta que começou a mudar a história do Guarani na competição. Alexandre Pato disparou pela direita em desequilibrado, caiu após choque com Maurício Ramos. O árbitro assinalava um extremamente controverso pênalti, um alívio para um Corinthians que dominou todo o jogo e não conseguia concretizar sua superioridade em números. Na cobrança, o próprio Pato converteu, dando uma vantagem cirúrgica ao Corinthians no último lance do primeiro tempo.

Se o resultado obrigava o Guarani a sair da defesa, em campo o time não se mostrava disposto a atacar e, apático, aceitava a eliminação. Isso até que Maurício Ramos, referência defensiva do time, irritado com a displicência do meio campo, que oferecia a bola para o Corinthians seguidamente, bradou:

- Isso aqui é Guarani ou Ponte Preta? Sejam homens, ou ao menos respeitem a camisa do clube

Minutos depois, o capitão levaria um carrinho violento de Kléber e seria uma ausência constante na equipe. O jogador, que rompeu o ligamento cruzado do joelho direito, se lesionou em um lance em que o árbitro nem deu cartão.

Era o bastante para acordar o Guarani. Com a raça que não faltou na Série C, o bugre foi pra cima em nome de Maurício Ramos e iniciou uma blitz contra o timão. Apesar de tudo, a relutância dos jogadores em chutar era nítida e impedia que o clube transformasse o domínio em números. Até que Ronaldo, homônimo do centroavante ídolo do Timão, arriscou, de muito longe, uma folha seca, sua especialidade, forçando Cássio a fazer uma defesa sensacional. Porém, na cobrança do escanteio, Gérson, o zagueiro artilheiro, subiu mais alto que toda a defesa do Corinthians e levou o Guarani de volta ao campeonato. Era o gol de empate, era o gol da redenção.

Os minutos seguintes foram de muita pressão do Guarani, que, pretendendo resolver o jogo no tempo normal, não deu espaço para a reação do Corinthians. A reação do Guarani só era desacelerada pela êxima marcação do Corinthians. Mas, já nos acréscimos, o estádio de Itaquera se calaria. A marcação, até então implacável, do Corinthians não percebeu que Ronaldo estaria penetrando a área pela ponta direita e, desmarcado, o centroavante recebeu passe açucarado de Vander e tocou na saída de Cássio. Enquanto os presentes na Arena Corinthians prendiam a respiração, a bola tocava no travessão, evitando a classificação do Guarani por milímetros. Teríamos pênaltis.

Bruno era discípulo de São Marcos. Reserva do goleiro durante boa parte de sua passagem pelo Palestra Itália, havia aprendido com seu companheiro como pegar pênaltis. Ainda mais do Corinthians. E assim o fez. Em uma cobrança em que só se ouvia o nome de "Bruno" e os gritos de "É o melhor goleiro do Brasil!" dos pouco mais de 390 bugrinos que compareceram a partida, o goleiro fez seu nome, defendendo os pênaltis de Edenílson, Kléber e Fábio. Se somente Pato converteu para o Timão, somente Lenine perdeu para o Guarani.

A festa em campo dos jogadores do time campineiro, que carregavam Maurício Ramos, mesmo de maca, e o goleiro Bruno, só seria interrompida pela notícia no telão da Arena Corinthians de que a Ponte Preta havia derrotado a 'Máquina' Palmeiras nos pênaltis. A notícia seria a única consolação dos 29 mil Corinthianos que assistiram, incrédulos, o Itaquerazzo.


Desapontador
Copa do Brasil, 2ª Fase

Entre a semi-final e a final do Paulistão, o Guarani teria uma batalha muito importante pela Copa do Brasil. Enfrentando o Coritiba, o Guarani tentaria prosseguir com voôs mais altos na competição.

Porém, o Guarani não parecia interessado na competição. Só poderia ser esta a justificativa pela falta de garra da equipe nos dois confrontos contra o Coritiba.

Não já muito o que se comentar, uma vez que não se viu futebol de nenhum dos dois lados da eliminatória, mas, sem dúvida, o primeiro confronto, no Brinco de Ouro, foi o bastante para botar água no chope do Guarani. O Guarani vencia o Coritiba e massacrava o rival, muito mais pela péssima noite do Coxa do que por uma boa partida do Guarani, que abusou de perder gols fáceis, até o último lance do jogo.

Na única finalização do Coritiba na partida, o lateral Dimas assegurou o empate para os visitantes. E a classificação. Com partida no Sul entre as duas finais do Paulistão, Amoroso não quis arriscar.

Mandou os reservas e a garotada para os pampas. Saiu derrotado, sem se quer ter brigado pela vaga. Uma crônica apática de uma equipe apática que parecia ter priorizado o Paulistão pela dificuldade do embate.

Voando baixo
Finais

A final do Paulistão marcava, indiscutivelmente, o mais importante dos clássicos entre Guarani e Ponte Preta em todos os tempos. Era certo que, pela primeira vez na história, a Taça ficaria em Campinas. E pela primeira vez desde 2004, haveria uma final caipira. A macaca buscava o primeiro título em sua história. O Guarani, um prêmio para laurear uma brilhante redenção iniciada com a chegada de Amoroso. Os jogadores sabiam que os torcedores iriam se lembrar desse clássico para sempre é, talvez por isso, até mesmo o pré-jogo ferveu.

No grande dia, a cidade de Campinas respirava futebol. Foi declarado até mesmo ponto optativo para os funcionários públicos, com a justificativa de que, desde 1978, era o dia mais importante do esporte da cidade. O jogo, por sua vez, recebeu um nome logo cedo. Com apenas 5 minutos de jogo, o atacante Ronaldo, sempre notado por sua finalização em força, viu a defesa da Ponte abrir e, do meio da rua, soltou um torpedo no ângulo defendido por Roberto Tigrão.

O gol de Ronaldo inflamou a massa alviverde, enquanto calou a metade alvinegro do Brinco de Ouro. Ovacionado pela torcida, o atacante nem daria tempo dos torcedores da macaca digerirem o primeiro gol. Após cruzamento cirúrgico de Vander, Ronaldo ampliava aos 15 para o Guarani, antecipando a festa nas arquibancadas. O fato é que, durante todo o primeiro tempo, o futebol fluído do Guarani, sem tiki-taka e afins, era empolgante de se ver e dominava a Ponte, que devia agradecer a Roberto Tigrão por evitar que o Guarani ampliasse ainda mais aos 20, em cobrança de falta de Vander e aos 39, após excelente jogada na ponta esquerda com Maxi Biancucchi.

Por sua vez, a Ponte tinha Jorge Luiz. Jorge Luiz tinha passagens por Botafogo e Flamengo e, aos 24, era o principal jogador da Ponte, que havia o adquirido do Central (PE) em um duelo acirrado com o Guarani. Justo o Guarani, que o enfrentava agora. E, sem medo de chamar a responsabilidade, Jorge Luiz quis modificar o jogo. Na saída para o segundo tempo, o atacante recebeu, fez fila e disparou para o gol. O Guarani nem tinha se dado conta que o jogo havia recomeçado e Jorge Luiz já havia posto a Ponte de volta na disputa.

Mas o Guarani tinha Vander. E Vander não estava disposto a deixar a torcida da Ponte ter, se quer, uma ponta de esperança. 2 minutos após o gol de Jorge Luiz, enquanto a torcida da Ponte ainda comemorava, Vander imitou Pet. Em cobrança de falta de muito longe, o meia acertou o ângulo do arqueiro Roberto, que ainda sem reação com o que passara, tentava entender como o meia cobrara a falta com tamanha precisão. Gol do Guarani.

Apartir dai, o que se via era um jogo de um time só, ou melhor, de um jogador só. O Guarani não era o Guarani de Amoroso, e sim o Guarani de Vander. Com muita categoria, o meia fez fila, limpou a defesa da Ponte e fez o 4º gol do Guarani. A massa Bugrina explodia. Mas o melhor viria por último. Aos 70, Vander driblou Gabriel Marques e foi derrubado. Na cobrança da falta, o meia acertou o travessão e Paolo Goltz completou para o fundo da rede. 5 a 1 no placar, gritos de 'É campeão!' e a torcida da Ponte indo embora do Moisés Lucarelli.

Os pouco mais de 200 ponte-pretanos que permaneceram até o final, ao lado dos mais de 7 mil alviverdes, ainda viram o zagueiro Eduardo diminuir para a Ponte, após cobrança de escanteio. Mas nada que estragasse a festa do Guarani.

Se, por sua vez, a vantagem do Guarani no jogo de ida havia sido muito significativa, no jogo de volta a Ponte contava com um trunfo para tentar reverte-la: O Brinco de Ouro da Princessa. Em casa, o Guarani parecia sentir a pressão de sua torcida e, por conseguinte, não conseguir repetir as boas atuações.

Com o decepcionante público de 12 mil pessoas, o Guarani parecia ter entrado em campo sonolento contra a Ponte, e o que se via era um bugre dominado. Até que aos 22, em um golpe de sorte, Ronaldo recebeu desmarcado e encheu o pé. Mais um torpedo na rede da Ponte e, acima de tudo, um gol tranquilizador para o Guarani, que só perderia o título se levasse 5 gols. Apartir dai, o Guarani acordou, mas, apesar de ter as melhores chances, não conseguia concretiza-las e, pior, acabava cedendo contra-ataques a Ponte Preta.

E, então, nunca uma máxima do futebol foi tão válida para o Guarani quanto 'Quem não faz leva'. Após o alviverde acertar três bolas, em seqüência, na trave da Macaca, com Ronaldo, Vander e Bruno, uma Ponte Preta desorganizada recebeu, quase como presente divino, o gol de empate. Goltz errou o passe na saída de bola, Jorge Luiz dominou e empatou a partida aos 41. Ainda assim, o título da Ponte Preta parecia muito improvável e o Brinco de Ouro vivia de Olas, Olés e gritos de 'É campeão!', além da tradicional provocação de 'o freguês sempre tem razão' em cada discussão entre os jogadores do Guarani e da Ponte.

Nos últimos 45 minutos, mesmo com a Ponte precisando de 4 gols, o filme era o mesmo da etapa inicial. Roberto Tigrão fechava o gol, enquanto o Guarani criava muito, tinha muitas chances e brincava de desperdiça-las, muito em prol da péssima tarde de Diego Oliveira e da falta de força na finalização de Maxi Biancucchi. Se a festa era grande, o argentino era o único dos jogadores do Guarani a não ser ovacionado, talvez por ainda estar convivendo com a sombra de Arthur - que, mesmo no Goiás, foi muito ovacionado com os gritos de 'Ei, Ei, Ei, o Arthur é nosso Rei!' - e a falta de simpatia entre o atleta e a torcida parecia repercutir dentro de campo, com o jogador 'recuando' todas as chances ao goleiro adversário.

Com um visível clima de festa no Brinco de Ouro, a Ponte ainda decidiu estragar a celebração. E, para isso, precisou somente de uma investida ao ataque. Após pegar uma zaga ainda desorganizada - Marllon, capitão do Guarani, havia entrado 1 minuto antes no lugar de Maxi para receber a taça, assim o time ainda estava se organizando com três zagueiros -, a força de Felipe Bastos foi o suficiente para que Gérson apelasse para um desnecessário pênalti. Jorge Luiz pegou a bola na marca do cal e converteu, dando números finais ao jogo.

A Ponte era a vencedora, mas o Guarani se sagrava Campeão Paulista pela primeira vez em sua história.

Bastidores

#BASTIDORESFC

Questão de status

Após a conquista do Paulistão, uma grandiosa festa que varou a madrugada no Brinco de Ouro, foi vista pela diretoria como questão de status. Com 600 presentes, entre diretores, funcionários, jogadores, sócios e ídolos do passado, a comemoração foi marcada por algumas cenas que revelam muita coisa sobre o ambiente no Brinco de Ouro. Enquanto, ainda eufórico pelo título, Amoroso anunciou que ficaria no Guarani, recusando propostas de Vélez, Rosário Central e Colo Colo, o ex-presidente Álvaro Negrão, que levou Amoroso ao Guarani, se sentou na mesma mesa do ainda treinador do clube Amoroso e do atual presidente Maurício Lopes. Por sua vez, sócios e jogadores se misturavam na festa, sendo Arthur, que 'escapou' do Goiás para comparecer a celebração, o mais assediado. Até mesmo a taça do Paulistão transitava. Se no Salão Nobre do Clube, que se transformou em um camarote regado a vinho e champagne, ela transitava entre o treinador Amoroso, o presidente Maurício Lopes e até mesmo o ex-presidente Álvaro Negrão, na Sala de Imprensa, a 'boate' recheada de drinks, vodka e até mesmo a bebida que pisca , a posse do objeto era revezada, entre um drink e outro de Macaca Esmagada - assim como tudo na festa, os nomes dos drinks eram provocativos e faziam alusão à rival Ponte Preta - entre o capitão Marllon e o vice-capitão Maurício Ramos, até parar definitivamente com Arthur. A presença mais ilustre, porém, foi a de Alexander de Almeida, o rei do camarote, que agregou valor ao evento.

Em boa hora

O Diretor de Futebol Juvenil do Guarani, Flamarion Nunes, 63, anunciou que irá se aposentar no final da temporada. Segundo pessoas ligadas ao treinador Amoroso, o anúncio foi feito com um timing perfeito. Enquanto o treinador pretendia substitui-lo por alguém com experiência internacional, o excelente trabalho realizado pelo Diretor servia como blindagem e impedia qualquer ação de Amoroso para demovê-lo do cargo, uma vez que seria um processo muito desgastaste. Enquanto o substituto de Flamarion deve vir da Argentina, o ex-homem forte da base do Guarani deve aproveitar a aposentadoria para se dedicar à família e a sua concessionária de veículos.

Frutos do mar

A empolgação pelo título do Campeonato Paulista ainda é vista nos corredores do Brinco de Ouro. Em reunião entre a diretoria do Guarani e Amoroso, ficou acordado que, com 5 'camarões', como os jogadores foram categorizados, em alusão à contratação de Barcos pelo Palmeiras de Felipão, o bugre poderia ser campeão da Série B. Nos bastidores, porém, a empolgação é evidente e informações dão conta que Amoroso já teria fechado com "2 camarões e uma lagosta (esse seria um jogador de classe mundial)". O perfil dos camarões, inclusive, já teria sido definido: Jogadores experientes, sem custo, com qualidade técnica inquestionável e passagens pelas seleções nacionais.

[miro]

Parabéns pelo estadual, mais que merecido depois de passar pelo Corinthians, Parabéns

Só Pena ter saído tão cedo da Copa do Brasil, mais vamos continuar :yeah2:

[Bastos]

Que conquista!! Muita coincidência poder levantar a taça justamente contra a maior rival! Muito legal!!

Quero ver o jogador lagosta! Pelo jeito, vem o medalhão mais velho da vida! Haha...

[RYUxd]

Que episodio foda! Parabéns pela conquista!

[fabiolubol]

Olha, esse jogo contra o Santos foi, diríamos, 'épico' pro Bugre.. BS na continuação!!

[Augusto.Zimmer]

parabens pelo titulo estadual, essa final parece ter sido bastante interessante e movimentada ne... hahahhahaah

pena a eliminação na copa do brasil, mas seria muito dificil conquista-la e uma folguinha no calendario pode ser importante para o resto da temporada

[HernaneBrocador]

Parabéns pelo estadual, mais que merecido depois de passar pelo Corinthians, Parabéns

Só Pena ter saído tão cedo da Copa do Brasil, mais vamos continuar :yeah2:

Acredito que o estadual foi mais uma recompensa mesmo do que qualquer outra coisa, porque o Corinthians jogou muito melhor e ainda demos sorte de ter fugido do Palmeiras na final, pegando nossa freguesa Ponte Preta.

Sobre a Copa do Brasil, vida que segue. O time fez um número de jogos absurdo (7 ou 8) em pouco tempo, então o Vander e o Diego Oliveira, nossos únicos meias, estavam MUITO cansados (84% em início de jogo), então optei por dar férias de 2 dias para eles, então tivemos que jogar com Paulo Baier e o menino Filipe na meia cancha (Bruno mudou para MC), e isso acabou, infelizmente, nos eliminando da Copa do Brasil.

Que conquista!! Muita coincidência poder levantar a taça justamente contra a maior rival! Muito legal!!

Quero ver o jogador lagosta! Pelo jeito, vem o medalhão mais velho da vida! Haha...

A coincidência foi maior ainda. Os dois enfrentavam os também rivais Corinthians e Palmeiras, que tem as mesmas cores deles, fora de casa, empataram por 1 a 1, venceram nos pênaltis por 3 a 1, saíram atrás do placar e tiveram o gol de empate feito por um zagueiro. Ironias, mas tornou o título mais gostoso, por ser uma final épica e evitar o primeiro título da macaca. Quanto ao jogador Lagosta, vai surpreender muita gente. Ainda tem idade comercial, possibilidade de jogar em gigantes europeus, é um dos melhores em sua posição e foi um negócio de ocasião. Vai honrar a camisa do Guarani e nos ajudar muito. O problema maior são os camarões, que nenhum consegue atender a descrição na totalidade, só parcialmente (3/4+) haha

Que episodio foda! Parabéns pela conquista!

Obrigado! Certamente esse conquista foi muito significativa para o Guarani

Olha, esse jogo contra o Santos foi, diríamos, 'épico' pro Bugre.. BS na continuação!!

Sem dúvida o jogo contra o Santos vai entrar para a história do Guarani, deu forças ao time para conquistar o campeonato.

parabens pelo titulo estadual, essa final parece ter sido bastante interessante e movimentada ne... hahahhahaahpena a eliminação na copa do brasil, mas seria muito dificil conquista-la e uma folguinha no calendario pode ser importante para o resto da temporada

Obrigado! As duas finais foram muito movimentadas, com a diferença de que na segunda o Roberto Tigrão fechou o gol, mas sem dúvidas foram jogos interessantes. O problema da Copa do Brasil consiste no time reserva. O Bruno mudou de posição, o rendimento do Paulo Baier despencou da 10ª rodada do Paulista para a 19ª (os atributos físicos dele caíram drasticamente, ele passou de 3,5 estrelas para 2 estrelas), então o principal suplente da meia cancha virou o Filipe, que tem 16 anos. Isso enterrou nossa Copa do Brasil e, por isso, muitos dos camarões devem ser para a meia.

[Jirimias]

Cara, vou te falar uma coisa: que escrita belíssima! Que crônica perfeita! Muito agradável de ler. Vale a penas os minutos de leitura. Parabéns!

Sofri com o drama do Maxi. O cara não consegue fazer a torcida esquecer o ex-ídolo, enquanto Vander é o nome da vez. Foi decisivo quando deveria ser. Um título merecido e quis o Fm que tivesse um gosto de rivalidade. Um capricho do jogo que agregou ainda mais valor ao excelente post.

[Henrique M.]

Fico imaginando o clássico campineiro sendo decidido assim na realidade também, deve ter dado um gostinho a mais a essa conquista bugrina. Amoroso vai construindo uma natureza vencedora e tomara que a mantenha. A nota triste fica para a queda diante do Coxa, mas tendo em vista o que veio depois, acho que dá para passar.

[HernaneBrocador]

Cara, vou te falar uma coisa: que escrita belíssima! Que crônica perfeita! Muito agradável de ler. Vale a penas os minutos de leitura. Parabéns!

Sofri com o drama do Maxi. O cara não consegue fazer a torcida esquecer o ex-ídolo, enquanto Vander é o nome da vez. Foi decisivo quando deveria ser. Um título merecido e quis o Fm que tivesse um gosto de rivalidade. Um capricho do jogo que agregou ainda mais valor ao excelente post.

Cara, chega a ser emocionante receber um elogio desse porte de um dos maiores monstros dentre os contadores de história dessa área. Muito obrigado mesmo. A final contra a Ponte Preta, como quis o destino, sem dúvida vai ficar marcada na cabeça dos torcedores por muitos e muitos anos. Agora a questão que mais me preocupa é a do Maxi. Foi meu maior reforço, investimento alto, ótimos salários e ele simplesmente não rende. Já testei em 4 posições diferentes e até o possante Nixon, que não tem metade da qualidade, vem fazendo gols. E o pior é que o Arthur está arrebentando no Goiás.

Fico imaginando o clássico campineiro sendo decidido assim na realidade também, deve ter dado um gostinho a mais a essa conquista bugrina. Amoroso vai construindo uma natureza vencedora e tomara que a mantenha. A nota triste fica para a queda diante do Coxa, mas tendo em vista o que veio depois, acho que dá para passar.

Certamente, o título foi muito especial, tem um sabor diferente quando é sobre o maior rival, ainda mais de uma maneira maiúscula como foi. Sobre a Copa do Brasil, eu assumo o erro. Foi falta de planejamento, no momento em que foi feita a montagem do elenco, fiz uma aposta no Paulo Baier, que é muito técnico, mas não tem mais físico nenhum, e no Bruno para a suplência do meio campo, mas o rendimento do Baier caiu muito depois do início da temporada e o Bruno mudou de posição, então faltou planejamento no meio campo. Ir ao Couto precisando vencer ou marcar duas vezes com um meio campo composto pelo Filipe, que com 16 anos fazia um de seus primeiros jogos como profissional e pelo Paulo Baier, que só tinha físico para um tempo, era missão impossível. Mas esse planejamento será ajustado no restante da temporada para que possamos fazer uma Copa do Brasil sólida ano que vem.

[GG.]

Hernane, eu sou um dos que não gostam de save com ficção. No entanto, alguns do colegas da área fazem muito bem esse tipo de save e acabo acompanhando os saves deles. Seu save está em um caminho muito bom, com uma ficção centrada no futebol e espero que seu save siga adiante.

A final campineira foi fantástica e fiquei imaginando se ocorresse na realidade.

[HernaneBrocador]

Banquete
Janela de Inverno (Brasil), 2015 | Badalação chega ao Brinco

Depois de um ano e meio de trabalho, poderia-se dizer que, pela primeira vez, o Guarani de Amoroso velejava em águas tranquilas. Os títulos da Série C e do Paulistão abafaram a crise política, enquanto as receitas de merchandising e a nova cota de televisão, quase duas vezes maior que a anterior, deram uma sobrevida financeira ao Guarani que, apesar de não ter margem para erros, já conseguia até mesmo investir, pela primeira vez desde o fim dos anos 90, na modernização de suas infraestruturas, que pela primeira vez pareciam ter equiparado as infraestruturas das potências brasileiras. A maior herança do título paulista, porém, foi a atenção da imprensa em relação ao Guarani.

A quantidade de notícias e notas sobre o Bugre cresceram assustadoramente, e a reputação do Guarani voltara a ser similar a de grandes times, como Santos e Botafogo. E, com isso, nos olhos da mídia, Amoroso e a diretoria se prepararam para dar o golpe de misericórdia e sepultar definitivamente os tempos ruins do Guarani. E, para isso, um nome de peso seria o ideal.

E assim, no dia 6 de junho, Diego Cavallieri, sem livre desde janeiro e sem conseguir um clube europeu após o Barcelona optar por Jéfferson, na mesma situação, e sua transferência para o Manchester United melar por questões de documentação, estarreceu a crítica ao acertar, em negociação silenciosa, um contrato com o Guarani até o final de 2017. Seduzido por uma proposta que oferecia três anos de contrato, algo raro nessa altura da carreira, a garantia de que seria o astro do clube - contando, inclusive, com cláusulas de equiparação ao mais bem pago -, uma soberba por centagem de qualquer negociação futura e, sobretudo, pelos holofotes que o Guarani poderia proporcionar para que Diego, titular do Hexa, voltasse para a seleção brasileira após ser covardemente substituído por Cássio, Cavallieri calava o Brasil ao acertar com o Bugre.

Recebido com festa em Campinas - algo que já havia virado rotina para os reforços do Guarani - e recepcionado por quase 600 torcedores no aeroporto, Diego Cavallieri chegava prometendo o título da Série B e uma campanha sólida na Série A de 2016. Assim era apresentada a 'cereja do bolo', ou melhor 'a lagosta do Banquete', nas palavras do próprio Amoroso, do elenco bugrino. Após chocar o Brasil com sua ambição, o Guarani iria ainda mais longe nos próximos dias da janela.

Se a chegada de Cavallieri havia feito a torcida esquecer da saída do lateral esquerdo Gabriel rumo ao Paysandu, pelo montante de R$ 120 mil, nem mesmo a contratação galática do herói do hexa foi o suficiente para acalmar a torcida quanto as saídas de Betinho, também negociado para o Paysandu por valores na faixa dos R$ 300 mil e das dispensas de Bida, titular importante durante a Série C, mas que tinha alto salário para a reserva e Welton Felipe, que nunca conseguiu se firmar e tinha um salário considerável.

Por sua vez, o Guarani arrematava também Jajá e Júnior Moraes, vindos sem custo graças à um pré-contrato. Com passagens por Internacional e Flamengo, Jajá, vindo do Metalist (UCR), era bastante conhecido na Ásia e, apesar de não ter passagens pela seleção, fôra considerado cascudo e rodado o bastante para jogar pelo Guarani. Ainda pesava a favor dele o fato de ser um meia agudo, posição deficitária no elenco, com experiência internacional. Já Júnior Moraes, destaque no Metallurg, também da Ucrânia, retornava ao Brasil após fazer sucesso no leste europeu e na Ásia. Apesar de, em âmbito nacional, só ter jogado pelo Santos e, em uma rápida passagem, pela arquirival Ponte Preta, a qualidade e experiência internacional, sobretudo com as participações na UEFA Champions League, foram considerados o suficiente para que Junior Moraes fosse considerado o atleta ideal para encerrar a 'Maldição da Camisa 11' e, assim como Jajá, entrasse para a lista de 'camarões' de Amoroso.

Surpresas, porém, só no final da janela. O meia Diego Oliveira, ídolo da torcida e um dos craques da conquista da Série C, foi cedido gratuitamente ao Marítimo, de Portugal, gerando revolta nos torcedores. Poucos dias depois, o meia Santiago Montoya, dispensado pelo Vasco, se juntou ao elenco, mas, sem se quer estrear, já sofria com a desconfiança da torcida e com o peso de substituir Diego Oliveira. Apesar de não ser cascudo, Montoya foi visto como um jogador de qualidade e que, em breve, deve acumular convocações por sua seleção, sendo avaliado pela diretoria como com um grande potencial de lucro, assim assumindo a responsabilidade de ser o 4º camarão de Amoroso.

Por fim, o clube ainda anunciou a polêmica dispensa de Paulo Baier, alegando questões físicas, o que gerou desconfiança por parte dos torcedores. Se, para o lugar de Paulo Baier, a diretoria anunciou somente a promoção dos meias Filipe e Maycon Roberto, a primeira saída da janela, do lateral esquerdo Gabriel para o Paysandu, foi reposta somente com a última contratação, o que fez com que o bugre jogasse todo o primeiro turno da Série B sem um reserva para a lateral esquerda, o que forçou uma série de improvisações do menino Fábio Henrique em tal setor. Aproveitando-se do litígio entre o lateral esquerdo Carlinhos e o Fluminense, o Bugre fechou o empréstimo do atleta por seis meses, com opção de compra fixada na faixa dos R$ 1 milhão. O lateral, por sua vez, apesar de atender a todos os pré-requisitos de um camarão, não fechou em definitivo pelo medo dos diretores de que Carlinhos não conseguisse superar a concorência de Alan, que vem voando na lateral esquerda e, além de mais jovem, é consideravelmente mais barato.


Confira abaixo as transferências do clube:

A Magia está no ar

Primeiro Turno da Série B 2015 | Afirmativo, capitão!


No início da temporada, o Guarani era apontado pela imprensa como um outsider na briga pelo acesso. Por sua vez, a diretoria apontava em uma temporada de consolidação, onde o bugre faria uma campanha intermediária para se preparar para voôs maiores na próxima temporada. Mas, ao que parece, o Guarani de Amoroso gosta de pular etapas. De maneira inexplicável, o Bugre seguer caminhando a passos largos para retornar à série A levantando o caneco na próxima temporada.

Somente mágica poderia ser capaz de explicar a melhor campanha da história Série B. Com o mais leve ambiente desde a década de 1990, o Guarani parece ter encontrado na paz política um refúgio e na harmônia dos jogadores, que, como num passe de mágica, são capazes de prever até mesmo o que seus companheiros farão com a bola, sem qualquer tipo de dificuldade ou afins.

Se a receita do sucesso do Guarani parece estar no ar, na verdade, está no desempenho chave de alguns jogadores. A defesa do Guarani, mesmo sem Maurício Ramos, que perdeu quase todo primeiro turno da Série B, parece imbatível. Ferozes na bola aérea e seguros na defesa, Goltze e Gérson se mostram diferenciados, auxiliados pela Muralha Diego Cavallieri. O bom desempenho defensivo foi um dos fatores chave para o sucesso bugrino, o apoio tem tido dificuldades para se desacar. Com Bruno em má fase, Santos frequentemente convocado para a seleção brasileira e com mudanças constantes, o único jogador a se destacar foi Vander, que rapidamente assumiu a posição de ídolo da torcida, assim como de líder de assistências do campeonato. Além disso, com a melhor classificação média de acordo com o Prêmio Armando Nogueira, somente Túlio de Melo, do ABC, parece capaz de impedir que o maestro alviverde seja aclamado como o melhor jogador da segunda divisão.

Enquanto o centroavante Ronaldo, artilheiro do time na temprada, decepcionou na Série B, anotando apenas 3 tentos e, antes de se lesionar na partida contra o Guarantiguetá, chegando a perder a posição para Nixon, o único jogador da linha de frente a ser poupado foi justamente o avante ex-Flamengo. Reserva e jogando em média 20 minutos por jogo, Nixon conseguiu se destacar como talismã com gols e asistências importantes e, no final do turno, desbancou os badalados Ronaldo e Júnior Moraes para conquistar, pela primeira vez desde sua chegada, a vaga como titular. Com 6 gols e 6 assistências, se tornou um exemplo de como aproveitar as oportunidades.

O badalado Júnior Moraes, por sua vez, lesionou-se em um treino logo na chegada, teve dificuldades de recuperar a forma física e fez apenas 4 partidas no primeiro turno do campeonato. Acusado de ser chinelinho pelos torcedores, teve de se acostumar a conviver com a ira da massa alviverde. Ira esta com que, o primo de Messi, Maxi Biancucchi sofreu, apesar de se destacar individualmente. Mesmo com 6 gols e 8 assistências - foi o artilheiro do time, empatado com Nixon e segundo maior garçom da equipe, empatado com Digão e Alan -, Maxi não escapou da fúria da torcida. Nem as boas exibições fizeram que o jogador deixasse de ser perseguido pela torcida, apesar de ter diminuído sua rejeição. E o motivo nem era seu desempenho, e sim a sombra de Arthur. Um tumblr de torcedores do Guarani apelidado de 'The worse deal of ever' comparava o desempenho do argentino com o do Rei Artur, que mesmo com 15 jogos a menos foi artilheiro do Campeonato Goiano e, de maneira espetacular, era o artilheiro do Brasileirão, jogador com mais assistências e até mesmo o primeiro lugar no prêmio Armando Nogueira na surreendente campanha do Goiás no Primeiro Turno (vice líder, com 1 ponto a menos que o líder SPFC).

Coletivamente, por sua vez, o ponto baixo do clube foi a derrota por 2 a 1 para o Mogi Mirim, na única partida sem Vander até o momento. O clube pareceu ter sentido falta de seu maestro e foi dominado e derrotado pelo Mogi em uma partida em que o 2 a 1 saiu barato. Já o ponto alto foi o verdadeiro sonho bugrino. Em uma noite que o torcedor alviverde nunca vai esquecer, o Guarani do Capitão Vander passou a Locomotiva Bugrina em cima da Macaca e depos voltou dando ré em pleno Moisés Lucarelli. A vitória espetacular pior 6 a 0 entrou para a história como a maior vitória de todos os tempos na Série B. Além disso, o meia Vander foi o primeiro jogador da série B a atingir a nota 10 no Armandão.

Confira os resultados da campanha fantástica do Guarani e a tabela de classificação da série B:

Bastidores

#BASTIDORESFC

Bombeiro

Após receber o reconhecimento internacional, com propostas de Vélez, Colo Colo e Rosário Central, o treinador Amoroso passou a receber, também, o reconhecimento dos grandes clubes no mercado nacional. Após apagar o incêndio causado pela instablidade política e conseguir conduzir o Guarani ao renascimento, o treinador foi visto como um bom bombeiro e foi contactado por Flamengo e Internacional. Afundados no Z4, os clubes tentaram sensibilizar o jogador por sua identificação com o clube e um salário 5 vezes maior do que o atual e pelas boas condições de trabalho nas categorias de base e prosperidade financeira, respectivamente, mas não convenceram o treinador. Lanterna do campeonato, o Inter ainda tentou uma última cartada, oferecendo cerca de R$ 70 milhões para Amoroso utilizar em transferências, mas nem isso foi o suficiente para que o treinador largasse o Brinco de Ouro.


Panos quentes

Membros da alta cúpula da diretoria bugrina tentam por panos quentes na crise entre Amoroso e os principais investidores do Guarani. Após o empresário Giovanni Castanheira, detentor de 80% do passe de Bruno Mendes, atrapalhar o retorno do atacante ao bugre, em um negócio que levaria Diego Oliveira ao Santos, dando tempo hábil para que o Marítimo estivesse em vias de fechar um pré-contrato com o meia, o agente se tornou persona non grata no Brinco. Considerando-se traído por Diego Martinez, agente de Diego Oliveira, que não só negociou o jogador pelas costas de Amoroso como consentiu com Giovanni, o treinador ameaçou dificultar a liberação do meia e determinar seu afastamento. Entretanto, após um acordod de cavalheiros, em que o grupo de investimentos de Martinez levaria um lateral esquerdo ao bugre, o jogador foi liberado gratuitamente. O pior viria em sequência. Após o grupo de investimentos se recusar a investir em Henrique, do Vasco, Milton Casco, do NOB e Thiago Carleto, do São Paulo, Amoroso perdeu a paciência e rescindiu com todos os jogadores ligados a Martinez, entre eles Paulo Baier. O contratado para a esquerda, Carlinhos, era somente o plano 'D' do treinador.

Referência

O trabalho realizado pelo Guarani em suas estruturas vem sendo considerado de referência em todo o Brasil. Com um centro de treinamento de alto padrão, diversos atletas de nível internacional, de férias ou sem contrato, o Bugre para treinar no Brinco de Ouro. Um deles, Montoya, inclusive foi contratado pelo clube. Entretanto, essa política deve mudar nos próximos dias. Após entrar em acordo salarial com o bugre e treinar no Brinco por quase um mês, o meia Nenê, que seria um dos camarões de Amoroso, deu o chapéu do Guarani e zarpou de volta para a França, para o Stade Rennis. O Bugre, apartir de agora, deverá exigir prioridade na contratação por parte dos atletas que forem treinar no Brinco. O trabalho desenvolvido na blindagem dos atletas de base também é muito elogiado. Jorge Washington, muito badalado, e Maikon, que mesmo improvisado fez uma estréia sensacional contra a Ponte, foram devolvidos aos juniores para evitar a super-exposição, enquanto Fábio Henrique, Santos e Fernando, titulares na eliminação do Brasil nas semi-finais da Copa do Mundo sub-20 após humilhante derrota por 7 a 0 para a Argentina, foram proibidos de dar coletiva para terem suas imagens preservadas.

[Bastos]

Bah, montaste um grande time, hein?! As opções do Carleto e do Henrique não seguiram em frente devido ao preço pedidos pelos seus clubes, é isso?