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Campanha presidencial 2014


MarkuZ

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A globonews fez entrevista com os 3 presidenciáveis, com a Renata Lo Prete.

Catem aí (youtube), comparem a abordagem.

As entrevistas têm 45 minutos cada.

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Bahh velho, não sou petista, esquerdista ou o diabo a quatro, mas achei beeeem tendenciosa e desrespeitosa a forma como o Bonner conduziu a entrevista com a Dilma( quem duvida, compara a entrevista da Dilma com a do Campos). Cortando o tempo todo, rebatendo as ideias, não deixou a mulher terminar nenhum raciocínio. A Dilma já é extremamente desarticulada, com a condução tendenciosa do Bonner então, só deu merda, rsrs. Acho que a Globo conseguiu o que queria, passar uma imagem de uma presidente confusa, perdida e conivente com tudo de ruim que anda acontecendo.

Viste a entrevista do Aécio??

Ele colocava o Aécio o tempo inteiro contra a parede também, mas o Aécio se saia melhor, e a Dilma tentava enrolar o tempo inteiro pra fazerem menos perguntas pra ela...fugindo da entrevista...

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Todo mundo, e ninguém.

Toda análise parte de uma teoria.

O que mais temos aqui são adeptos do Keynesianismo (alguns falam em pós-keynesianismo) misturado com a parte política do Welfare State - tendência mundial, afinal, vivemos num mundo onde o Krugman é Nobel de economia. Alguma afetação de uma terceira via, como a do Bobbio, de maneira simplista e generalista (sem quase nada de precisão técnica).

Desse ponto de vista, estamos mais ou menos, com possibilidade de melhoras.

Eu sou de direita, adepto da teoria austríaca, com a "política estatal" de uma minarquia, ou ancap, dependendo, cujos alguns expoentes são Mises e Hayek.

Desse ponto de vista, estamos a passos largos rumo ao esfacelamento. É só ler os textos que costumo trazer pra cá...

Dito isso, explico a resposta dada no começo: todo mundo, e ninguém. Depende do ponto de vista.

Tem bastante Keynesiano e heterodoxo descontente com o governo. Aliás, Essa política econômica tá conseguindo a proeza de desagradar heterodoxos, ortodoxos e malucos em geral.

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Não é sobre a campanha presidencial, mas a eleitoral em geral. Hoje, na hora do almoço, estava passando as propagandas de deputados estaduais e federais das coligações. Deu pra contar nos dedos de uma mão quem apresentou propostas concretas: um cara do PP (acho) que defendeu a proibição do aborto e a redução da maioridade penal (é inconstitucional, claro, mas ok), e um ou dois do PSOL sobre a legalização da maconha/das drogas.

E só.

O resto tudo falou em coisas abertas e que não querem dizer nada, como "renovação da política" (alguém chegou a falar "mas renovação com consciência, paciência e esperança" (????), "defesa da família e dos valores cristãos" (e quais são as propostas, meu filho?), etc.

Tá foda.

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Guest João Gilberto

É doloroso assistir, às vezes bate uma ânsia de vômito, mas é sempre bom estar atento ao que esta turminha anda falando, então caso alguém queira e consiga assistir:

Aqui entre nós (programinha da VEJA)
Com: Joice Hasselmann, Ricardo Setti, Reinaldo Azevedo e Marco Antonio Villa comentando o desempenho da presidente e candidata Dilma Rousseff no Jornal Nacional desta noite.
Boa sorte!
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Não é sobre a campanha presidencial, mas a eleitoral em geral. Hoje, na hora do almoço, estava passando as propagandas de deputados estaduais e federais das coligações. Deu pra contar nos dedos de uma mão quem apresentou propostas concretas: um cara do PP (acho) que defendeu a proibição do aborto e a redução da maioridade penal (é inconstitucional, claro, mas ok), e um ou dois do PSOL sobre a legalização da maconha/das drogas.

E só.

O resto tudo falou em coisas abertas e que não querem dizer nada, como "renovação da política" (alguém chegou a falar "mas renovação com consciência, paciência e esperança" (????), "defesa da família e dos valores cristãos" (e quais são as propostas, meu filho?), etc.

Tá foda.

Se eu te falar que eu tô com medo desse Pastor Everaldo crescer nas pesquisas...Não que vá ameaçar algo, claro. Mas só pelo desgosto de ver alguém que defende a "Família Tradicional" ter um mínimo de capital político.

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Pessoas, relaxem... Hoje que é debate político de verdade...

Pastor Everaldo para um Brasil mais cristão , mais justo e com base na família brasileira !

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Tá todo mundo criticando a postura do Bonner na entrevista com a Dilma, mas porra, ele fez isso com todo mundo e estava cobrando respostas diretas da Dilma, que visivelmente tentava desviar do foco com respostas desnecessárias.

Essa entrevista ficou uma bosta e só prova a incapacidade da Dilma em argumentar durante uma entrevista e/ou debate.

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Bom, acredito que 15 minutos seja, de qualquer forma, um tempo muito curto para qualquer coisa, quanto mais uma "entrevista" para o Presidenciável ser sabatinado e ainda apresentar propostas. Só acho que o Bonner focou demais no PT. Claro, a base do governo é petista, mas é ser muito inocente em achar, por exemplo, que toda a culpa da saúde no país, todo o problema dos ministérios é toda culpa do PT. E, com toda certeza, Bonner e Globo sabem disso. Então por que não debater atitudes e atos DA PRESIDENTE, DA DILMA? Que seja saúde, que seja educação, mas discutir governo, e não partidos.

A Dilma é prolixa e não sabe se expressar, todo mundo sabe disso, mas convenhamos, defender ações já realizadas é bem mais complexo que defender promessas, projetos, futuro. Eu como candidato posso tranquilamente defender um projeto com unhas e dentes e com tranquilidade, até porque é bem simples prometer algo e depois não cumprir. Já a presidente teve que defender atos do seu governo e para tanto depende de uma explicação mais completa, afinal é o pescoço dela que está em jogo ué.

Sei lá, como já disse, não sou esquerdista, petista, pelo contrário. Já tenho como certo que vou votar na Marina ( a não ser que ela faça ou fale muita besteira, rsrs), mas acredito que numa entrevista com 5 candidatos todos devem ser tratados, se não igualmente, pelo menos com respeito. Confesso que não vi e nem achei a entrevista do Aécio, mas comparando a forma de tratamento com a entrevista do Campos, dá pra estranhar sim (Fico pensando, se eu que não sou petista não gostei da forma de condução, imagino quem seja, hahaha).

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Sobre a entrevista da Dilma:

tá achando ruim? Podia muito bem ter ido a qualquer programa de tv dar entrevistas antes da corrida eleitoral. Não foi porque não quis, porque tem medo das perguntas, porque não sabe falar direito... não sei. O fato é que não foi. Só deu uma entrevista desde que entrou no governo, e foi ensinando a fazer um omelete no programa da Ana Maria Braga.

Ah, e deu uma entrevista pra Amanpour, da CNN, esse ano. Falar pro brasileiro nem pensar, né.

Pessoas, relaxem... Hoje que é debate político de verdade...

Pastor Everaldo para um Brasil mais cristão , mais justo e com base na família brasileira !

EAUIOAEHEAIUOHAEIUOA Que figura

Bonner pra Everaldo:

- Por que caralhos tem um "pastor" no seu nome pra urna?

- O senhor nunca foi síndico de prédio e quer começar a vida pública sendo presidente?

- O senhor diz defender a família, mas foi condenado por agredir uma namorada. Que porra é essa?

- Seu programa de governo fala em reduzir impostos em tudo quanto é área, mas também fala em aumentar os gastos, como um ProUni pra ensinos médio, fundamental e infantil, quem paga a conta?

- Sua propaganda na TV tem pastores pedindo voto. E as propostas?

Confesso que não vi e nem achei a entrevista do Aécio

http://g1.globo.com/jornal-nacional/videos/t/edicoes/v/aecio-neves-e-entrevistado-no-jornal-nacional/3557503/

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Obrigado, Markuz.

Porra Vaz, Bonner bateu no Aécio da mesma forma que bateu na Dilma??Kkkkk tá de sacanagem né? Com o Aécio quem claramente conduziu foi a Patrícia...

Enfim, no aguardo da entrevista da Marina ( se é que terá). Imagino a Marina, que pra dizer um Sim ou Não demora 5 minutos explicando o motivo, numa entrevista apertada como o Bonner fez com a Dilma. Não sairiam nem do "Olá", rsrs.

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Não curto também o jeito que a Marina conduz as conversas/debates, ela enrola demais também.

Só eu tenho a impressão de que para todos os tópicos a solução da Marina é a natureza? Outra coisa que não gosto nela é esse fanatismo que ela tem na religião, tudo é obra de 'deus'. Apesar disso, ainda acho ela uma boa candidata, não sei se votarei nela, vai depender muito dos debates.

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Vai ter entrevista com a Marina, sim, e vai ser complicada como todas as outras. Aqui tá a dela em 2010:

Os tópicos serão:

- base de apoio

- tretas com o PSB

- PSB até ontem tava no governo, e aí?

- tretas com o agronegócio

- meio ambiente é tudo? (essa eu não tenho certeza)

Mas a mulher é inteligente, tem muita experiência com essas perguntas, já que as responde todo santo dia -- ao contrário da Dilma, por exemplo.

Não curto também o jeito que a Marina conduz as conversas/debates, ela enrola demais também.

Só eu tenho a impressão de que para todos os tópicos a solução da Marina é a natureza? Outra coisa que não gosto nela é esse fanatismo que ela tem na religião, tudo é obra de 'deus'. Apesar disso, ainda acho ela uma boa candidata, não sei se votarei nela, vai depender muito dos debates.

A impressão não é só sua, acontece que ela é a única candidata que cita o tema, daí fica parecendo isso. Por exemplo, quem fala alguma coisa sobre a crise do setor elétrico? É meio ambiente. Quem fala da horrorosa gestão ambiental no Brasil, que causa situações absurdas como a da falta d'água em São Paulo? Quem fala sobre tragédias ambientais, que matam gente pra caralho (desmoronamentos, enchentes, etc)?

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Todo mundo, e ninguém.

Toda análise parte de uma teoria.

O que mais temos aqui são adeptos do Keynesianismo (alguns falam em pós-keynesianismo) misturado com a parte política do Welfare State - tendência mundial, afinal, vivemos num mundo onde o Krugman é Nobel de economia. Alguma afetação de uma terceira via, como a do Bobbio, de maneira simplista e generalista (sem quase nada de precisão técnica).

Desse ponto de vista, estamos mais ou menos, com possibilidade de melhoras.

Eu sou de direita, adepto da teoria austríaca, com a "política estatal" de uma minarquia, ou ancap, dependendo, cujos alguns expoentes são Mises e Hayek.

Desse ponto de vista, estamos a passos largos rumo ao esfacelamento. É só ler os textos que costumo trazer pra cá...

Dito isso, explico a resposta dada no começo: todo mundo, e ninguém. Depende do ponto de vista.

Podia ter simplificado um pouco Thales hahaha.

Não sou economista, sou geógrafo então ao invés de estudar a fundo teorias econômicas o que eu costumo é observar diferentes fatores em conjunto com o cenário existente nos países onde eles acontecem. De qualquer forma, com base nisso vou tentar explicar alguns pontos, quem sabe ajude ao colega acima ou ao menos permita que outras pessoas façam suas observações ou apontar pontos importantes que eu possa não ter colocado.

Acho que para avaliar o cenário econômico tem que falar de 3 coisas: emprego, inflação e crescimento.

Uma análise do cenário passa por avaliar quais fatores influenciam essas três questões e como eles se relacionam.

O emprego é avaliado de duas formas, o crescimento do número de vagas e a taxa de desocupação. A taxa de desocupação em linhas gerais é o percentual de pessoas que procurou mas não conseguiu emprego em um determinado período anterior.

Embora esse ano a criação do número de empregos tenha desacelerado a taxa de desocupação segue caindo e pela tendência atual deve fechar o ano em torno de 5% (contra 5.4% de 2013). Ou seja, o desemprego não é algo sentido pela população no momento, pelo contrário.

Você pode encontrar os dados das taxas de desemprego/desocupação nessa página: http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_desemprego_no_Brasil .

A inflação pode ser vista como a expansão monetária (o colega Thales gosta muito de falar desse ponto). Então, em linhas gerais significa que tem mais dinheiro circulando, seja por emissão de moeda ou pela emissão de títulos e aumento das reservas fracionárias. E isso pode levar a diferentes efeitos, por exemplo, se um país começa a emitir moeda sem critério sua moeda vai se desvalorizar muito. E claro, outro efeito comum e que é muito mais sentido para o que chamam de inflação é o aumento de preços.

Nem sempre a expansão monetária vai causar aumento de preços, porém se, por exemplo, a moeda desvalorizar muito o país não consegue mais comprar produtos de fora e se não os produz o preço provavelmente irá aumentar. Outras causas também podem levar ao aumento de preços, como questões sazonais (redução de chuvas pode causar impacto na produção de determinado alimentado ou na produção de energia) ou se aumentarem os custos de produção por algum outro motivo.

Para a inflação o governo define metas na qual ele usará as ferramentas que possui para mantê-las (taxas de juro, tarifas alfandegárias, câmbio, segurar preços...) e no caso do Brasil a meta é 4.5%. Em um cenário ideal 4.5% ficaria próximo ao limite do que pode ser considerado uma estabilidade nos preços porém o Brasil não possui o cenário ideal visto que nos últimos 34 anos ficou abaixo disso apenas em 1998, 2006, 2007 e 2009. E com exceção de 2006/2007 a inflação em relação a meta sempre foi compensada no ano seguinte. O governo trabalha com uma tolerância de 2% em cima da meta de inflação, o tão falado teta da meta que no Brasil é 6.5%. Em 2013 a inflação fechou em 5.91%. Em 2014 a inflação até Julho foi de 3.75%. Um recurso comum para estimar a inflação anual é considerar a inflação dos últimos 12 meses que no momento é de 6.5% exatamente no "teto da meta". Os índices de inflação podem ser vistos aqui: http://www.portalbrasil.net/ipca.htm .

A crítica nesse ponto é que o governo está segurando os preços de energia (que começaram a ser aumentados esse mês) e dos combustíveis para conter a inflação. Adequando esses preços ao mercado internacional inflação em seguida ficaria entre 7.5% e 8% (depois disso teria outros efeitos já que são coisas que impactam diretamente na produção e no gasto da população). No caso da energia elétrica o governo argumenta que mantém o preço por um problema sazonal (que de fato está ocorrendo com a falta de chuvas) e no caso dos combustíveis não vi uma explicação boa ainda. A tendência é que assim que abrir espaço na meta esses preços sejam reajustados e o governo aposta nisso nos próximos meses e começo do ano que vem.

Por fim, tem a questão do crescimento econômico. O crescimento econômico é medido pelo PIB que é o total que o país produz (seja em serviços, commodities, indústria...). O crescimento do PIB pode ocorrer de diferentes formas, algumas mais fáceis e outras mais complicadas, por exemplo:

1) Quando ocorre com a valorização de commodities (principalmente recursos naturais) que esse país produz. O Brasil teve alguma vantagem com isso em relação principalmente ao ferro que agora deu uma establizada no preço (só que para o tamanho da economia do país não é tão expressivo como alguns outros casos). A Venezuela teve anos de grande crescimento do PIB por causa do petróleo (e tem reservas para fazê-lo no futuro novamente), o Chile viveu essa situação com o cobre, o Azerbaijão com o gás natural e por aí vai. O problema é que em alguns casos há a estagnação do preço ou o fim de um determinado recurso e se o país não soube utilizar esse dinheiro para proporcional outras formas de desenvolvimento (principalmente a que vou explicar no ponto 3) ele vai ter problemas. Isso é conhecido como "doença holanesa": http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_holandesa .

2) Crescimento "horizontal" da produção que é quando existe um grande mercado de mão-de-obra barata disponível geralmente resultado de um desemprego elevado. Uma forma comum dessa origem é a mecanização no campo com o consequente êxodo rural. Esse efeito é visto na China (onde apenas no ano passado a população urbana passou a rural) e também foi visto no Brasil na época do "milagre econômico" (décadas de 60 e 70). Como há abundância de mão-de-obra os salários podem ser mantidos baixos e para crescer a produção basta contratar mais trabalhadores e aumentar o chão da fábrica. Precisa ser voltado a produtos onde há demanda, naturalmente.

3) Crescimento "vertical" da produção que é quando um país consegue agregar valor aquilo que ele produz ou produzir com custos mais baixos. O exemplo mais clássico é o da laranja e do suco de laranja (mas vale para o cacau e o chocolate, o silício e os processadores...). O problema é que para atingir esse cenário é necessário aumentar a complexidade do que produz ou aumentar a produtividade. O primeiro cenário é diretamente ligado ao desenvolvimento de tecnologias e de mão de obra mais especializada, enquanto o segundo cenário está ligado a aplicação de novas máquinas e tecnologias na produção e na melhoria de infraestrutura (ferrovias, melhores estradas, portos...) que permita produzir mais com um gasto menor. A Coréia do Sul e o Japão fazem muito bem isso, por exemplo.

*) Esses dois termos "horizontal" e "vertical" não são usualmente utilizados. Na verdade não sei se eu os criei nesse contexto (eles são usados em outros contextos na Geografia).

Deixando um pouco de lado o crescimento industrial e da produção agrícola/recursos naturais tem o setor de serviços. O problema é que em um país grande e populoso como o Brasil é mais complicado mantê-lo apenas com o setor de serviços. Mas tem alguns países que concentram suas atividades nessa área como Hong Kong, Liechtenstein e Singapura. Porém mesmo aqui esse setor tem crescido bastante empurrado também pelo crescimento do consumo.

Nesse cenário, na minha visão o Brasil precisa crescer da forma apontada no terceiro ponto. O problema é que não basta produzir é necessário ter demanda. O Brasil tem um mercado interno grande mas não tão grande quanto China ou EUA então precisaria também exportar o que produz. Em alguns casos de alta tecnologia a concorrência é menor, em outros ela é muito grande então o país precisaria aumentar muito sua produtividade.

Esse crescimento passa necessariamente por uma evolução na educação e no grau de instrução que permita qualificar as pessoas e contribuir para o desenvolvimento tecnológico, precisa evoluir na infraestrutura e reduzir a burocracia/simplificar a questão da tributária.

No primeiro ponto é onde o governo mais acerta (desde 2010) mas que tem efeitos mais a longo prazo (podem pesquisar pelo PRONATEC, ProUNI e pelos investimentos do Ministério da Edução. Algunas dados das Universidades Federias: número de vagas ofertadas cresceu de 109mil (2003) para 231mil (2011), o número de matrículas de 600mil (2003) para 1Mi (2011), o valor do investimento em UFs foi de 10,3Bi em 2003 para 25,9Bi em 2012 (corrigido pela inflação). O número de docentes substitutos caiu de 9mil (2003) para 3.7mil (2012) e o de efetivos pulou de 40 mil (2003) para 71mil (2012). A titulação dos professores foi de 51% com doutorado (2003) para 69% com doutorado (2012), apenas com graduação caiu de 6,5% (2003) para 2% (2012). O investimento em educação em relação ao PIB subiu de 4.7% (2000) para 6.1% (2011) e nos últimos anos o percentual para o ensino "básico" vinha aumentando também. É onde a indicação de melhoria é mais clara no discurso da presidente atual que várias vezes cita a questão. Alguns desses dados podem ser vistos aqui: http://portal.inep.gov.br/indicadores-financeiros-educacionais .

O segundo ponto está nos relatórios do PAC que eu postei, tem muita coisa atrasada que deveria estar concluída e por uma série de motivos não está (que vão de licitações mal feitas até empresas picaretas passando por questões ambientais) por outro lado pelo mesmo relatório dá para ver que houve alguns avanços e que até nos próximos 3/4 quando as obras atrasadas forem concluídas teremos ainda mais melhorias principalmente nas rodoviais e no setor elétrico (ferrovias está bem pra trás). O pior ponto do governo (ou dos governos) é o terceiro, o Brasil ainda tem muita burocracia para o desenvolvimento de novos negócios e tem uma tributação confusa demais, nesse quesito é algo que o Brasil ainda precisa avançar muito.

Mas isso foi de perspectivas futuras, o crescimento do Brasil na gestão Dilma está inconstante (quem sabe se tivéssemos concluído as obras no prazo...). Para a situação em que o Brasil se encontra em relação aos pontos que coloquei não foi ruim em 2011 e 2013 (2,7% em cima dos 7,5% de recuperação de 2010 e crescimentos altos anteriores e 2,5% em 2013) quando considerado o cenário mundial (o Brasil cresceu mais que boa parte das economias de porte parecido). Por outro lado, 2012 foi um ano de crescimento fraco 0,9% e que deverá se repetir em 2014 (a estimativa atual é de 0,79%). Esse segundo ano (2014) é mais preocupante porque as economias de porte parecido (inclusive as mais desenvolvidas) retomaram o crescimento. O crescimento dos outros países nos últimos anos pode ser visto aqui: http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.KD.ZG?order=wbapi_data_value_2013+wbapi_data_value+wbapi_data_value-last&sort=desc .

Em resumo, o cenário econômico não é bom mas também não concordo com teorias do apocalipse que o Brasil vai quebrar e vamos virar a Argentina. O Brasil hoje é um país bem mais sólido, tem reservas internacionais de U$370Bi e por aí vai. O aumento da produção de petróleo, a qualificação de mão-de-obra e a conclusão dos investimentos de infraestrutura podem levar a anos melhores.

Porém para chegar em um cenário muito melhor algumas medidas vão ser necessárias (ou ao menos poderiam ser tomadas) como o corte de gastos públicos (que lembrando o segundo ponto colocam mais dinheiro no mercado) mas em áreas menos importantes e onde há espaço para corte (cortar investimentos na educação é um erro, por exemplo) e principalmente os gastos com a estrutura política do país que é absurdo (difícil é achar alguém com peito para cortar isso), a reforma para a simplicação tributária que todo mundo fala e ninguém faz, aliviar a pressão negativa do mercado (que é forte agora na eleição mas depois passa como vimos em 2002/2003), evitar novos atrasos nas obras de infraestrutura em andamento ou que já tiveram o repasse do orçamento, novos acordos comerciais, redução da burocracia, reduzir os benefícios e gastos do BNDES nas obras de infraestrutura que forem tocadas por concessionárias, evitar interferir diretamente nos preços sobretudo dos combustíveis em um cenário como o de agora...

Acabei escrevendo muito, outra hora se der falto de como esses três fatores se relacionam e dos aspectos que influenciam cada um deles além das ações do governo que impactam (positiva ou negativamente) sobre cada um deles. Isso se alguém ler esse negócio todo e eu tiver ânimo para escrever mais.

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Acabei escrevendo muito, outra hora se der falto de como esses três fatores se relacionam e dos aspectos que influenciam cada um deles além das ações do governo que impactam sobre cada um deles. Isso se alguém ler esse negócio todo e eu tiver ânimo para escrever mais.

Eu li tudo e tô esperando por mais, por favor.

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Eu li tudo e tô esperando por mais, por favor.

Valeu. Adicionei alguns dados relativos a questão educacional só pra encher o saco do Thales que sempre reclama.

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Valeu. Adicionei alguns dados relativos a questão educacional só pra encher o saco do Thales que sempre reclama.

Kkkkkkkkk

Não reclamo, não.

Se for pra usar do monopólio da violência pra me roubar dinheiro, que pelo menos gastem esse dinheiro com educação.

Mas, ainda preferiria usar esse dinheiro que me roubam aplicando na iniciativa privada, pra poder dar oportunidades pras pessoas (e também, a parte da caridade. Prefiro fazer doações pra abater no IR, que dar dinheiro pro leão).

Só vou usar esse espaço pra um questionamento. Se inflação nunca é boa pra população, por qual motivo, razão, circunstância, o governo diz aceitar, e joga como teto, 6,5% de inflação ao ano?

Dou uma bala pra quem acertar essa.

Tem bastante Keynesiano e heterodoxo descontente com o governo. Aliás, Essa política econômica tá conseguindo a proeza de desagradar heterodoxos, ortodoxos e malucos em geral.

É que essa atual gestão tem parecido um samba do crioulo doido na economia. É só olhar a cara do Mantega, que dá pra entender o motivo do descontentamento geral.

Até o Salvaro tem ressalvas em relação a atual gestão, quando o assunto é economia...

Até o Salvaro!

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http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/30/mantega-diz-que-copa-deve-ajudar-pib-do-pais-a-ser-maior-no-2-trimestre.htm - 30/05

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1501678-para-ministro-da-fazenda-copa-derrubou-pib-do-1-semestre.shtml - 17/08

Resume bem a nossa questão econômica atual.

No mais, enquanto isso a Aliança do Pacifico com Peru, Colombia, Chile e México estão em franco crescimento com abordagens econômicas mais liberais e aproximação com os mercados asiáticos.

E nós estamos de braços dados com Venezuela e Argentina no patético Mercosul e sua ideologia (falida) bolivariana.

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O cara vai pega a bíblia e muda a constituição com base na palavra de deus...

SALVE SALVE FAMÍLIA BRASILEIRA!

QUE DEUS OS ABENÇÕE !

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Amigos, vou antecipar uma coisa pra vocês. Quando eu for presidente do Brasil, vou privatizar a Petrobrás.

Teria o meu voto.

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