Ir para conteúdo
AJUDE O FMANAGER! Seja Membro VIP ou faça uma DOAÇÃO! ×
  • Cadastre-se

Campanha presidencial 2014


MarkuZ

Posts Recomendados

Iniciado o período de campanha eleitoral, crio o tópico para acompanhar a campanha dos presidenciáveis. São eles:

 

280000000085.jpg280000000086.jpg

 

Coligação Muda Brasil: PSDB / PMN / SD / DEM / PEN / PTN / PTB / PTC / PT do B

Aécio Neves 45 - PSDB MG

Vice: Aloysio Nunes - PSDB SP

Aécio tem 54 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG), está casado pela segunda vez, tem três filhos, é formado em economia pela PUC-MG e é católico. Foi deputado federal entre 87 e 03, presidente da Câmara (01-02), governador de Minas Gerais entre 03 e 10 e é senador da República desde 2011.

Teto da campanha: R$ 290 milhões

Bens declarados ao TSE: R$ 2.503.521,81

Informações no TSE

Informações sobre Aloysio Nunes no TSE

Site de Campanha (?)

 

280000000083.jpg280000000084.jpg

 

Coligação Com a Força do Povo: PT / PMDB / PSD / PP / PR / PROS / PDT / PC do B / PRB

Dilma Rousseff 13  - PT RS

Vice: Michel Temer - PMDB SP

Dilma tem 66 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG), é divorciada, tem 1 filha, é formada em economia pela UFRGS e é católica. Foi ministra das Minas e Energia entre 03 e 05, ministra-chefe da Casa Civil entre 05 e 10 e é presidente do Brasil desde 2011.

Teto da campanha: R$ 298 milhões

Bens declarados ao TSE: R$ 1.750.695,64

Informações no TSE

Informações sobre Michel Temer no TSE

Site de Campanha

 

280000000063.jpg280000000064.jpg

 

Coligação Unidos Pelo Brasil: PHS / PRP / PPS / PPL / PSB / PSL / Rede Sustentabilidade (informalmente)

Eduardo Campos 40 - PSB PE

Vice: Marina Silva - PSB AC (filiada ao PSB enquanto não há a oficialização da Rede Sustentabilidade)

Eduardo Campos tem 48 anos, nasceu em Serra Talhada (PE), é casado, tem 5 filhos, é formado em economia pela UFPE e é católico. Foi deputado federal entre 95 e 07, ministro da Ciência e Tecnologia entre 04 e 05 e governador de Pernambuco entre 07 e 14.

Teto da campanha: R$ 150 milhões

Bens declarados ao TSE: R$ 546.799,50

Informações no TSE

Informações sobre Marina Silva no TSE

Site de Campanha

Biografia de Eduardo Campos no site de campanha

Biografia de Marina Silva no site de campanha

280000000061.jpg280000000062.jpg

 

Eduardo Jorge 43 - PV SP

Vice: Célia Sacramento - PV

Eduardo Jorge tem 64 anos, nasceu em Salvador (BA), é casado, tem 6 filhos, é formado em medicina pela UFPB. Membro fundador do PT, esteve no partido de 1980 a 2003, quando se filiou ao PV. Foi deputado federal e constituinte entre 87 e 03, secretário de saúde do município de São Paulo entre 89 e 90 no governo Erundina e entre 2000 e 2001 no governo Marta. Entre 05 e 12 foi secretário municipal de Meio Ambiente nos governos Serra e Kassab.

Teto da campanha: R$ 90 milhões

Bens declarados ao TSE: R$ 412.453,12

Informações no TSE

Informações sobre Célia Sacramento no TSE

Site de Campanha (?)

Biografia de Eduardo Jorge no site do PV

 

280000000065.jpg280000000066.jpg

 

Pastor Everaldo 20 - PSC RJ

Vice: Leonardo Gadelha - PSC DF

Everaldo Dias Pereira tem 58 anos, nasceu no Rio de Janeiro (RJ), é casado, tem 3 filhos, é formado em Ciências Atuariais pela Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro. É pastor de uma igreja Assembleia de Deus.

Teto da campanha: R$ 0

Bens declarados ao TSE: R$ 121.391,41

Informações no TSE

Informações sobre Leonardo Gadelha no TSE

Site de Campanha (?)

 

280000000043.jpg280000000044.jpg

 

Luciana Genro 50 - PSOL

Vice: Jorge Paz

Luciana Genro tem 43 anos, nasceu em Santa Maria (RS), é casada, tem 1 filho, é formada em direito pela UNISINOS em 2011, mas também estudou na PUC-RS entre 89 e 90. Foi deputada estadual no RS entre 95 e 02 pelo PT e deputada federal entre 03 e 11, também pelo PT. Em dezembro de 2003, foi expulsa do Partido dos Trabalhadores juntamente com a então senadora Heloísa Helena (AL) e os então deputados Babá (BA) e João Fontes (SE), num episódio que ficou conhecido como a disputa com os "radicais do PT". O grupo de parlamentares criticava as alianças feitas pelo PT para a eleição de Lula e a reforma da previdência proposta pelo governo e aprovada no Congresso. Em 2005, o grupo de expulsos do PT registrou o PSOL.  

Teto da campanha: R$ 900.000,00

Bens declarados ao TSE: R$ 185.189,95

Informações no TSE

Informações sobre Jorge Paz no TSE

Site de campanha

Biografia de Luciana Genro no site de campanha

Biografia de Jorge Paz no site de campanha

 

Outros candidatos

 

Eymael 27 - PSDC

Levy Fidelix 28 - PRTB

Zé Maria 16 - PSTU

Mauro Iasi 21 - PCB

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Respostas 2.4k
  • Criado
  • Última resposta

Post reservado para bons perfis jornalísticos dos candidatos a serem postados assim que publicados e/ou encontrados. Sugiram por MP, por favor.

No próximo post, já começo com as notícias em si.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

E essa descrição de bens do Eymael, um democrata cristão, de 17 milhões o.o

Não sou muito fã de política, mas vou acompanhar os comentários dos amigos.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu também, de início não fui com a cara de nenhum.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Vice de Aécio, Aloysio Nunes lembra de luta armada para derrubar ditadura

Na noite de 9 de agosto de 1968, Aloysio Nunes Ferreira dividia insone uma cama de casal com outras três pessoas, num pequeno apartamento próximo à praça Roosevelt, na capital paulista. Preparava-se para o assalto que se tornou uma das mais célebres ações de guerrilha durante a ditadura no Brasil.

"Às vezes eu lembro da sensação, da incerteza", contou. "E se não der certo? E se eu for preso? E, se preso, for torturado? E se, torturado, eu falar? Sabe... Era um pavor. Muito medo. Me lembro disso, mas de ter dormido, não."

O relato -feito pelo hoje senador tucano à Folha, dias depois de ter sido escolhido candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG)- é sobre a noite que antecedeu o assalto ao trem pagador Santos-Jundiaí, em 10 de agosto.

Aloysio, na época com 23 anos, integrava a ALN (Ação Libertadora Nacional), organização liderada por Carlos Marighella. A função do tucano foi dirigir o veículo -um Fusca roubado- usado na fuga dos parceiros.

14186427.jpeg

mar.1984/Folhapress

Aloysio Nunes em foto de 1984

Na guerrilha, Aloysio teve muitos nomes. Notabilizou-se por "Mateus", mas usou outros, como "Lucas". "Eram sempre evangelistas", lembra. Abriu exceção aos codinomes bíblicos quando escreveu para a "Voz Operária", publicação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e assinou "Nicanor Fagundes".

"Nicanor pela música do Chico Buarque ["Onde andará Nicanor?, diz o primeiro verso da canção] e Fagundes porque daí ficava NF [iniciais de Nunes Ferreira]".

Aloysio nunca escondeu sua relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de direito da USP. Dentro do partidão, seguiu a ala de Marighella, que via como "herói", e partiu para a luta armada.

DO LADO DE DILMA

Na disputa presidencial de 2010, foi contra a exploração eleitoral da atuação da então candidata Dilma Rousseff (PT) na organização VAR-Palmares, também de guerrilha.

"Fui mais longe do que ela. Mas isso não me impede de hoje ter uma visão absolutamente crítica, não só da tática, mas da concepção desses movimentos", avalia. "Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática."

No regime militar, Dilma guardou armas e dinheiro para a VAR-Palmares, mas não há registro de que participou de assaltos e ações armadas.

A revisão de Aloysio sobre sua atuação na guerrilha não é recente. Ironicamente, o próprio Marighella desencadeou esse processo ao providenciar a ida dele para Paris, em 1968. Com documentos falsos, embarcou com a missão de divulgar a guerrilha do Brasil na Europa.

Passou a acompanhar o partido comunista francês e diz ter visto ali que a saída estava na "revolução com as massas" e não com as armas.

Na França, emplacou textos de Marighella na revista do filósofo francês Jean-Paul Sartre. "Aloysio tinha essa visão de guardar cartas do Marighella. A gente se preocupava, porque aquilo era fogo puro, dinamite [se fossem descobertas]", lembra a socióloga Ana Corbisier.

Era ela quem traduzia para o francês os textos de Marighella. Amiga de infância do senador, foi quem o abrigou no pequeno apartamento na véspera do assalto ao trem.

Hoje, os dois militam em campos opostos. Ana ficou pouco em Paris e partiu para Cuba. Tornou-se amiga do ex-ministro José Dirceu, exilado na ilha na época.

Filiada ao PT, diz ter sido "uma pena" que Aloysio, de volta ao Brasil, tenha se filiado ao MDB, embrião do PMDB. Depois migrou para o PSDB.

OPÇÃO

No partido, aproximou-se daquele que viria a ser um dos amigos mais próximos, José Serra. A primeira vez que viu Serra, ele era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e fazia um discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964.

Depois, os dois se encontraram em Paris, na década de 1970, quando jantaram com um amigo em comum. Serra só lembra de Aloysio já no Brasil. "Tenho com ele grande afinidade eletiva. Quando nos conhecemos, depois do exílio, foi como se fôssemos amigos desde criancinha. Isso facilitou a aproximação política, que se desdobraria por décadas, naturalmente com flutuações", afirmou.

Em sua gestão no governo de São Paulo (2007-2010), Serra fez de Aloysio chefe da Casa Civil e o homem mais poderoso de seu círculo.

Cabia a ele negociar com prefeitos e deputados, além do acompanhar as principais metas do governo. Durante a eleição de 2010, quando Serra saiu candidato à Presidência, surgiram acusações de que um homem próximo a Aloysio, conhecido como Paulo Preto, havia desviado dinheiro da campanha.

Nada ficou comprovado. Aloysio sai em defesa do engenheiro, a quem chama pelo nome: Paulo Vieira de Souza, ex-dirigente da Dersa.

"O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda", afirma.

O cacife acumulado durante a gestão Serra e a capilaridade de seus contatos com políticos no Estado o colocaram entre os cotados para a vaga de vice na chapa de Aécio. A aproximação do mineiro, com quem Serra disputou protagonismo no PSDB por anos, levou às "flutuações" mencionadas pelo ex-governador.

"A trajetória do Aloysio foi marcada pela defesa da democracia. Como ele mesmo diz, é um jovem idealista. Não poderia estar em melhor companhia", disse Aécio.

DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1481798-vice-de-aecio-aloysio-nunes-lembra-de-luta-armada-para-derrubar-ditadura.shtml

Em favela de Brasília, Campos diz que PT não deveria nem disputar a eleição

A menos de 40 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, esgoto a céu a aberto. Foi lá, em Sol Nascente, comunidade que disputa com a Rocinha o título de maior favela da América Latina, que o presidenciável Eduardo Campos (PSB) iniciou sua campanha eleitoral.

Também neste domingo, o tucano Aécio Neves visitou uma exposição em São Paulo e disse que governo faz uso político da Copa. A presidente Dilma não saiu às ruas, mas inaugurou o site de sua campanha.

Ao lado da vice, Marina Silva, Campos concedeu uma entrevista a jornalistas sobre um amontoado de lixo na via central do bairro.

"Este buraco está tão grande que tem de perguntar onde está a pista", indagou Campos à Folha, desviando da vasta poça de lama no meio da rua. Em seguida, alfinetou o PT, seu novo adversário.

"Não se pode admitir que, a 35 quilômetros do Palácio do Planalto, no Distrito Federal –governado pelo mesmo partido [que o governo federal]–, você ande em uma comunidade que sequer tem o lixo retirado das ruas. Não deveriam nem disputar a eleição, deveriam ter a humildade de dizer que fracassaram", disse Campos, referindo-se ao PT.

14187230.jpeg

Alan Marques/Folhapress

Eduardo Campos (2º, da esq. para a dir.) e Marina Silva, candidatos do PSB à Presidência, visitam favela

Na lista de queixas dos moradores, uma repetição quase unânime: violência, falta de saneamento básico e alimento caro.

"Ela comprava sacos de batata a R$ 50. Agora, diz que custam R$ 70", comentou Campos com Marina, referindo-se a Maria do Carmo Pereira Pinto, 44, dona de uma barraquinha de verduras.

À Folha, Maria do Carmo disse ter sido eleitora de Marina Silva em 2010, mas, até poucos minutos antes de falar com Eduardo Campos, não fazia ideia de quem era o presidenciável.

A ambulante sintetiza o alto desconhecimento do pernambucano junto ao eleitorado nacional, daí o esforço de usar a popularidade de sua parceira de chapa como passaporte eleitoral. Há quatro anos, Marina Silva alcançou 20 milhões de votos.

Sol Nascente é uma espécie de "lado B" da capital federal. Quem não conhece, vai logo rememorando trechos da música "Faroeste Caboclo", da banda Legião Urbana. Uma inevitável associação quando se depara com as ruas, casas e comércio local com a cor vermelha de terra.

"A matança de gente aqui é grande", disse Isabel Pereira, 63, que vende roupas novas e usadas sobre um carro de tração. Dona Isabel logo pergunta à reportagem se "o pessoal que vem aí é o que vai acabar com o Bolsa Família". Depois, mostra-se insatisfeita com a presidente Dilma Rousseff, mas sem saber explicar direito a razão.

"Lula deixou umas coisas assinadas que ela não fez." A seu lado, a também ambulante Taís Estéfani, 20, votará pela primeira vez para presidente em outubro. "Se Marina fosse candidata, votava nela. Agora ela é vice, não é a mesma coisa."

A vendedora de cremes e perfumes elogiou o ex-presidente Lula, mas disse não ter prestado muita atenção nele porque não votou nas eleições passadas e por, segundo ela, ser muito jovem. "Parece que ele foi bom, mas é meio antigo, né?", indagou.

Próximos ao local que Campos e Marina visitaram neste domingo, o grande número de igrejas evangélicas rivalizava com os diversos salões de beleza. Na frente de uma casa simples com a placa "Igreja Evangélica Abençoando as Nações", o evangelizador Antônio Amilton, 42, contou que irá aguardar a orientação do bispo para decidir como votar. "Falei com meus irmãos aqui agora: vocês têm que votar em pessoas que tenham, no mínimo, temor a Deus."

Quase na metade da visita, um assessor chamou Campos para entrar em um mercadinho. A sugestão foi prontamente recusada. "Não, supermercado não dá certo, não. O dono fica logo apavorado com esse tanto de gente tentando entrar", explicou.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já definiu, o calendário eleitoral. Confira aqui as principais datas da disputa deste ano, que vai eleger presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, senador, deputado federal, estatual e distrital.

NATUZA NERY

DE BRASÍLIA

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/07/1481983-em-favela-de-brasilia-campos-diz-que-pt-nao-deveria-nem-disputar-a-eleicao.shtml

Dilma não pode ser presidente porque é comuna safada, bandida, sequestradora, bandida, comuna. Aloysio Nunes? De boa.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

EY EY EY EYMAEL UM DEMOCRATA CRISTÃO (8)

Disparada melhor música de campanha.

Nenhum dos candidatos me agrada.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Segundo turno vai ser Dilma e Aécio Snow.

E a Dilma ganha, novamente.

Pras eleições de 2018, o PT sai, pq o próximo Governo vai pegar o pior cenário pro Brasil desde 1998, e ai vai cair tudo em cima da presidente e seu partido.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Segundo turno vai ser Dilma e Aécio Snow.

E a Dilma ganha, novamente.

Pras eleições de 2018, o PT sai, pq o próximo Governo vai pegar o pior cenário pro Brasil desde 1998, e ai vai cair tudo em cima da presidente e seu partido.

Segundo turno? Não sei não.

A oposição é MUITO FRACA. E pra 2018, pro PT, parece que vai o Haddad.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Vocês já estão falando em 2018??? o assunto do tópico são as campanhas eleitorais de 2014. Saíram do assunto do tópico!!!

Mudar o Brasil depende do povo organizado, não de presidente com uma proposta atrasada, não de protestos violentos.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Segundo turno? Não sei não.

A oposição é MUITO FRACA. E pra 2018, pro PT, parece que vai o Haddad.

FRACA não é um adjetivo exclusivo da oposição.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

FRACA não é um adjetivo exclusivo da oposição.

ai meu deus que chatisse

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A Dilma tem lá suas dificuldades de se expressar mas nessa entrevista na primeira parte ela tocou em um ponto que eu sempre falo da necessidade de formação de mão de obra técnica e de novos cientistas em pesquisadores como forma de aumentar a popularidade e evoluir tecnologicamente (algo que já falei muitas vezes por aqui nos últimos anos). É algo positivo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Toffoli aponta 'pacto tácito' entre partidos

Presidente do TSE vê menos questionamentos sobre uso de propaganda institucional

BRASÍLIA - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, vê um pacto tácito entre os partidos para não se questionar o uso da propaganda institucional dos governos federal e estaduais, em especial na pré-campanha. Esse tipo de publicidade, considera Toffoli, estaria mais voltado às ações dos governantes do que prover educação à população ou prestar contas sobre a gestão.

"Parece que há um pacto. O partido A está na esfera federal, o partido B está num governo muito forte estadual, num outro governo muito forte de um outro Estado, o partido C está num outro governo muito forte", afirmou o ministro de 46 anos, que, no passado, advogou para partidos e para políticos. "Aquilo gera um pacto: não me acuse de usar a propaganda institucional que eu não acuso lá."

Toffoli é crítico ao conteúdo da propaganda institucional dos governos. "O que assistimos? Publicidades sobre realizações de governo através de empresas públicas, de bancos públicos, de instituições públicas. É obvio que o que está por trás disso tudo é uma promoção de determinado governo."

Embora as principais candidaturas invistam em advogados com status equivalente ao dos marqueteiros, Toffoli considera esta eleição a menos judicializada desde a redemocratização. De 10 de janeiro a 5 de julho, foram protocoladas 44 representações no TSE, menos que as 68 apresentadas no mesmo período de 2010.

O sr. considera a atual campanha mais judicializada que as anteriores?

José Antonio Dias Toffoli - Não. Esta é a campanha menos judicializada desde a redemocratização. Houve menos representações em relação ao mesmo período de 2010. Até metade de junho, tínhamos em torno de 35 representações. Em outras campanhas, nessa época, havia muito mais.

O sr. concorda com a avaliação de que o seu perfil dará caráter mais liberalizante nas eleições deste ano?

José Antonio Dias Toffoli -Na composição atual do TSE, a maioria dos integrantes já disse que, para se cassar o voto popular, deve-se ter um fundamento muito grave. Vivemos hoje uma composição que não levará à possibilidade de se desconsiderar o voto popular por meras questões formais. Haverá de ser matéria que realmente tenha a consequência de interferir no resultado da eleição.

Qual sua avaliação sobre a possibilidade de ocupantes de cargos disputarem a reeleição? Qual é o limiar entre o que é campanha e o que não é campanha?

José Antonio Dias Toffoli - A lei traz uma série de condutas vedadas exatamente para tentar impedir o uso da máquina administrativa. Quando se trata de eleição presidencial, o controle é muito grande. A imprensa estabelece uma fiscalização. A grande dificuldade da reeleição se dá nos municípios. Talvez uma reeleição para Presidência da República e para os Estados seja algo positivo no sentido de permitir que o povo mantenha uma determinada linha de governo. Os controles em relação a eventuais excessos numa campanha estadual ou federal são mais amplos. Mas penso que uma reeleição no âmbito municipal deveria ser revertida. Nos municípios a máquina administrativa e os meios de comunicação não são tão independentes como na regional ou nacional, e os sistemas de controle, de contrapesos, são mais dificultados.

O sr. não acha que houve muita campanha antecipada neste ano?

José Antonio Dias Toffoli - A Justiça age quando provocada. Aqueles que entenderam que houve algum tipo de abuso têm de trazer esse abuso à Justiça. Eu posso até ter assistido a alguma propaganda e imaginado que fosse abusiva. Mas ela não foi trazida à Justiça Eleitoral. Sempre fui um crítico contundente em relação ao uso da propaganda institucional de maneira subliminar ou indireta para promover candidaturas. Só que a Justiça Eleitoral só vai analisar isso se for provocada pelos interessados. Tanto que, quando houve um caso da Caixa Econômica Federal, este tribunal a condenou por ter feito uso de propaganda institucional em favor da candidatura de quem está no governo.

E tem o problema das multas, que são fixadas em valores baixos.

José Antonio Dias Toffoli - A grande questão é o uso da máquina administrativa. Foram poucas as provocações diante da quantidade de publicidade institucional a que assistimos no primeiro semestre. Eu não falo da esfera federal ou estadual em particular. (Falo) Em geral. Todos os governos. Parece que há um pacto. O partido A está na esfera federal, o partido B está num governo muito forte estadual, num outro governo muito forte de um outro Estado, o partido C está num outro governo muito forte. Aquilo gera um pacto: não me acuse de usar a propaganda institucional que eu não acuso lá. Um pacto político tácito.

Mas o Ministério Público também pode provocar a Justiça Eleitoral.

José Antonio Dias Toffoli - O Ministério Público e os partidos.

O Ministério Público também não tem provocado?

José Antonio Dias Toffoli - Nem os partidos nem o Ministério Público. Mas os mais interessados são os partidos.

Por que isso acontece?

José Antonio Dias Toffoli - É um sistema de freio e contrapeso. Alguém está no governo federal, mas tem outros que concorrem ao governo federal que estão em grandes governos estaduais e também fazem publicidade institucional.

É isso que o sr. chama de pacto?

José Antonio Dias Toffoli - É. A quantidade de dinheiro que se gasta em publicidade institucional deveria ser revista pelo Estado brasileiro. Essas publicidades institucionais não têm nada a ver com educação da população. Ninguém fala da violência dentro de casa, violência contra a criança. Isso a gente só vê no Natal, no carnaval. O que vemos? Publicidades sobre realizações de governos através de empresas públicas, de bancos públicos, de instituições públicas. É obvio que o que está por trás disso é uma promoção de determinado governo.

Como o sr. avalia a falta de alinhamento nos Estados à aliança fechada pelos partidos em nível federal?

José Antonio Dias Toffoli - É um reflexo de um País complexo como o Brasil. O Brasil se manteve unido com elites locais e regionais, sem uma elite nacional. A maneira como o Brasil se manteve unido criou uma ficção de elite nacional. O Brasil se manteve unido com base nessa ideia de unidade nacional, de um poder central. Do ponto de vista político, somos uma união de elites regionais. Quais são essas elites regionais? 26 Estados mais o Distrito Federal. É a complexidade do Brasil que, ao mesmo tempo que exige a necessidade de união, impõe que os partidos sejam nacionais para evitar, como na antiga República, eventuais guerras por autonomia aos entes da Federação. Por isso que a partir de 1932 se criou no Código Eleitoral o partido nacional. Desde 1946 é exigência constitucional. Os partidos têm de ser nacionais, para que não apareçam partidos regionais que promovam independência das unidades locais.

Então os partidos são fracos?

José Antonio Dias Toffoli - São um reflexo da Nação. Eles são de âmbito nacional quando conseguem criar uma base que traga unidade nacional. E, quando não conseguem criar uma base de interesse nacional, passam a ser uma federação de partidos regionais. Quando não, passam a ser uma relação de caciques regionais que pactuam uma união nacional.

Esse modelo dá certo?

José Antonio Dias Toffoli - Esse sistema não está funcionando. Num país complexo, com interesses regionais, o que acaba ocorrendo é que os partidos não conseguem nacionalmente reproduzir um interesse unitário. E eles passam a ser fragmentários. O interesse do trabalhador de São Paulo conflita com o da Zona Franca de Manaus. O interesse do empresário da indústria de São Paulo conflita com o do empresário que investe na Zona Franca de Manaus. E muitas vezes o que nós vemos? O trabalhador e o empresário de São Paulo se unirem contra o trabalhador e o empresário de Manaus. E o mesmo partido ter uma posição diferente quando se defende a Zona Franca de Manaus dos que são de São Paulo. Talvez até por isso no Brasil nós tenhamos uma força muito grande dos bancos. Porque o sistema financeiro tem uma unidade nacional na defesa dos seus interesses. Outras áreas empresariais não têm. Por isso que os servidores públicos têm uma força muito grande no Brasil. Eles têm uma unidade nacional. O sindicalismo do setor público no Brasil - tanto federal quanto estadual e municipal - se unifica e tem unidade. Por isso alguns diziam que na época da constituinte os três maiores lobbies teriam sido Febraban, servidor público e OAB.

Caio Junqueira - Estadão

Não sei exatamente o que fazer, mas é clara a necessidade de uma revisão nos gastos em publicidade. Poderia-se limitar com base no orçamento (x%), obrigar que todo o gasto fosse com campanhas educativas, misturar os dois. Não sei. Temos que fazer.

Boa entrevista.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

E a coisa ficou feia para quatro nanicos.

http://www.agorams.com.br/jornal/2014/07/quatro-candidatos-a-presidencia-tem-registro-eleitoral-contestado/

O Ministério Público Eleitoral contestou junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura de quatro candidatos à Presidência da República: Mauro Iasi (PCB), Levy Fidelix (PRTB), José Maria Eymael (PSDC) e Rui Costa Pimenta (PCO). Os procuradores eleitorais querem barrar os presidenciáveis em razão de supostos problemas em seus registros.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

TSE prevê Dilma com 11min48 de TV, Aécio com 4min31 e Campos, 1min49

Tempo exato de cada um será fixado após audiência na semana que vem. Outros oito candidatos à Presidência da República terão de 45seg a 1min8.

O Tribunal Superior Eleitoral divulgou nesta quinta-feira (10) a estimativa do tempo de rádio e televisão para cada candidato à Presidência da República e apontou que Dilma Rousseff (PT) deve ter 11 minutos e 48 segundos, Aécio Neves (PSDB) deve contar com 4 minutos e 31 segundos e Eduardo Campos (PSB), com 1 minuto e 49 segundos.

Os dados fazem parte de minuta de resolução de audiência pública a ser realizada na próxima quarta-feira (16) com a participação de todos os partidos políticos para definição do plano de mídia a ser distribuído para as emissoras de rádio e televisão.

A propaganda no rádio e na TV começa no dia 19 de agosto e será dividida em dois blocos diários de 25 minutos cada, um à tarde e outro à noite.

A divisão dos 25 minutos é feita com base nos critérios previstos na Lei das Eleições - um terço é dividido igualmente entre todos e o restante leva em conta o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados.

Dilma deve ter quase metade do tempo total disponível para campanha na TV, enquanto os outros dez candidatos, juntos, somam 13 minutos e 7 segundos. Em segundo lugar em tempo de televisão, está o candidato do PSDB, Aécio Neves, que terá menos da metade do tempo de Dilma. Ambos têm coligação formada por nove partidos. O candidato do PSB, Eduardo Campos, que compõe chapa com Marina Silva (candidata a vice), conseguiu o apoio de mais cinco partidos e terá menos de dois minutos de TV.

Conforme a minuta da resolução, o sorteio da ordem de exibição dos programas no primeiro dia de horário eleitoral será feito no dia 5 de agosto. Nos programas seguintes, será adotado sistema de rodízio, "devendo o partido político ou a coligação que teve seu programa apresentado em último lugar ser deslocado para o primeiro e assim sucessivamente". O texto afirma que partidos e coligações têm até o dia 15 de agosto para apresentar as pessoas autorizadas a entregar as mídias com as propagandas a serem veiculadas.

Inserções diárias

Além do tempo de rádio e TV, os candidatos a presidente contarão com outros seis minutos diários para a propaganda eleitoral. As emissoras transmitirão as inserções nos intervalos comerciais "evitando" duas ou mais inserções no mesmo intervalo, afirma o TSE. As inserções são de 30 segundos, mas podem ser divididas em módulos de 15 segundos ou em módulo de 60 segundos.

Divisão dos tempos, conforme a prévia divulgada pelo TSE:

Dilma Rousseff (PT). Coligação: PT, PMDB, PDT, PC do B, PP, PR, PSD, PROS e PRB - 11 minutos e 48 segundos

Aécio Neves (PSDB). Coligação: PSDB, DEM, PTB, SD, PMN, PTC, PT do B, PEN e PTN - 4 minutos e 31 segundos

Eduardo Campos (PSB). Coligação: PSB, PRP, PPS, PSL, PPL e PHS - 1 minuto e 49 segundos

Pastor Everaldo (PSC) - 1 minuto e 8 segundos

Eduardo Jorge (PV) - 1 minuto e 1 segundo

Luciana Genro (PSOL) - 51 segundos

Eymael (PSDC) - 47 segundos

Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) - 45 segundos

G1

Caramba, que diferença de tempo absurda.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

PT com sucesso na cooptação de base pra instauração da ditadura do proletariado.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Sobre a entrevista no Globo News:

Que o pessoal aqui do fórum acredite que o Plano Real foi implantado no governo FHC é uma coisa, agora o Aécio Neves falar isso em entrevista é complicado hein.

Fala que vai cortar a metade dos ministério mas quando questionado não citou um. E ainda falou de uma secretaria que vai criar.

Reclama que o governo compara a "hiperinflação" de 6.5% com o FHC porque ele recebeu o país com uma infalação de 916% em 1994. O que ele não fala é que no segundo semestre ela foi de 19%. Ele trata como se fosse uma redução linear de 916% para 12.5% de 2002. Não foi, ela caiu para 22% em 1995, 10% em 1996, 6% em 1997 e 1,65% em 1998. E depois cresceu até os 12%. Um dos grandes motivos dessa redução e posterior alta é porque muito da inflação era controlado pela política cambial de real valorizado junto com a abertura econômica (que em contrapartida levou a taxa de desocupação de 5% para 12.6%).

Depois fala em aumentar o salário mínimo, aumentar o bolsa família, corrigir a faixa do IPRF pela inflação e fala em cortar gastos (essa a entrevistadora pegou bem). E diz que vai resolver isso com crescimento econômico. O que ele não conta junto com as muitas desculpas do cenário internacional desfavorável é que o Brasil era a oitava economia do mundo em 1995 e passou a ser a décima terceira em 2002 (ou seja, cresceu menos que os outros).

A única coisa que se aproveita da entrevista foi que no final ele sugeriu que mais dinheiro fique nos estados (ou seja, vai tirar mais dinheiro do governo federal que ele quer "equilibrar as contas") mas seria algo positivo. Pena que falou para deixar no ar e que muito provavelmente passará longe de se tornar algo real.

Muito blablablá e nada concreto.

Ah sim, vou me mudar pra Minas Gerais porque se for da forma como ele descreve é a Alemanha no Brasil.
Os colegas foristas de MG confirmam que aí virou o paraíso? Hahaha.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

×
×
  • Criar Novo...