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TV Bandeirantes, onde estão as finalistas negras do concurso Miss Bahia?


Visitante João Gilberto

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Achei uma análise bem crítica ao programa mas que pelo menos explica bem várias partes:

Bolsa Família - a eliminação estatística da miséria

Análise da expansão do Programa Bolsa Família pelo Governo Brasileiro

Edson Pereira, 21 de março de 2013

O Programa Bolsa Família é um dos maiores programas social e eleitoral do mundo. São 23,2 milhões de cadastrados que declaram ser pobres e miseráveis e por isso, ganham ao menos R$ 71 por mês do governo e nos períodos eleitorais, sempre vão se lembrar destas transferências mensais. São 80 milhões de pessoas, ou quase metade da população brasileira de 195 milhões.

Para o filósofo belga Phillippe Van Parijs, referência internacional em programas de transferência de renda: “acho muito bom que seja pago em dinheiro, não em vale alimentação. E acho uma boa ideia ter condicionantes de saúde e educação. As dificuldades são a focalização – encontrar milhões de famílias pobres – e, principalmente, a regra que faz com que as pessoas saiam quando conseguem obter um pouco mais de dinheiro com suas próprias fontes”. Segundo ele, se uma pessoa beneficiada pelo programa encontra emprego e se perde o benefício, muitas vezes prefere continuar na situação de dependência e recusa o emprego. (F S P, 9.12.2012, p. A-18).

O economista Edmar Bacha propõe que “toda atividade governamental terá de provar ter custo menor do que o benefício social proporcionado”. O gasto social do governo brasileiro é de 20% do PIB, mas a qual a medida do benefício que esse gasto proporciona ninguém sabe. (F S P, 9.1.2013, p. 70).

O presidente do Senado em 2008, Garibaldi Alves, do PMDB do Rio Grande do Norte deu uma entrevista esclarecedora, quanto ao Bolsa Família: ”Não sei se no futuro esses programas vão ser considerados bons, já que no interior do Nordeste, muita gente não quer mais trabalhar porque está recebendo essa Bolsa Família. Prefere o dinheiro fácil a pegar no cabo da enxada. Agora, para a fome não há outra receita a não ser encher a barriga. Por isso o Lula é popular. Por isso não há quem possa hoje subir à tribuna do Senado e dizer que o Bolsa Família não é um bom programa”. (Revista Veja 2.4.2008, p. 11-15).

A presidente Dilma Rousseff anunciou em 19 de fevereiro de 2013 que a partir de março, as 2,5 milhões de famílias do programa que ainda são consideradas extremamente pobres pelo governo, receberão um complemento do Bolsa Família no valor necessário para que sua renda mensal supere os R$ 70, valor que o governo fixou em 2009 como linha oficial da miséria no país. Pelos critérios adotados pelo governo federal, a partir de março não haverá mais nenhum miserável entre as 22 milhões de pessoas cadastradas para participar dos programas de transferência de renda.

Com isso, completam-se as seis etapas, desde março de 2011, que elevaram os pagamentos aos integrantes do Bolsa Família.

Primeira etapa: março de 2011 – reajuste do Bolsa Família aumentou os benefícios em até 45%.

Segunda etapa – junho de 2011 – ampliação da cobertura do Bolsa Família. Aumento de três para cinco , o número de filhos que podem gerar benefícios extras;

Terceira etapa – setembro de 2011 – segunda ampliação da cobertura do Bolsa Família para que grávidas e mulheres amamentando ganhassem benefícios extras;

Quarta etapa – maio de 2012 - criação do Brasil Carinhoso, para fazer com que famílias de crianças de zero até seis anos superem a miséria. Serão beneficiadas 9,1 milhões de pessoas. Com o Programa Brasil Carinhoso o governo brasileiro criou um valor adicional a ser pago a famílias de baixa renda, que embora pouco significante, tem o efeito de tirar os beneficiados da linha de “extrema pobreza”. Ou seja, à exemplo do que ocorreu no Chile, no governo de centro-direita de Sebastian Piñera, com o programa Ingreso Ético Familiar, no Brasil também está ocorrendo o que o analista chileno Ernesto Aguila assinalou “A tentação de superar a pobreza de maneira ‘estatística’ já se instalou na atual administração”.

Quinta etapa – dezembro de 2012 - partir de 10 de dezembro, ampliação do Brasil Carinhoso, que passou a beneficiar famílias com filhos de até 15 anos e não de até seis anos, ampliando em 7,3 milhões os beneficiados. A nova regra tem um custo adicional de R$ 1,74 bilhões. Não há nenhuma restrição no programa a número de filhos . Enquanto na Europa os benefícios sociais estão sendo reduzidos, no Brasil eles estão sendo ampliados. (F S P, 30.11.2012, p. A-18)

Sexta etapa – fevereiro de 2013 - Terceira ampliação da cobertura do Bolsa Família, para que todos os cadastrados que continuam na miséria, passem a ganhar o suficiente para sair da miséria Com as mudanças, a renda total proporcionada por família continua em R$ 200, mas com a nova ajuda do programa, a renda por pessoa sobe de R$ 50, para R$ 71.

Com gastos extras de R$ 9,7 bilhões ao ano, o orçamento total do Bolsa Família deve saltar para R$ 24 bilhões em 2012, quase o dobro dos R$ 14 bilhões gastos em 2010, último ano do governo Lula. (F S P, 20.02.2013, p. A-4).

A pobreza caiu 58% de 2003 a 2011 e o governo definiu como principal meta a superação da pobreza extrema até 2014.

O critério usado foi a linha da ONU, da US$ 1,25 por dia, correspondendo à renda mensal de R$ 70, fixada em junho de 2011, quando o Brasil Sem Miséria foi lançado. O valor não leva em conta a inflação acumulada de 2011 a 2013.

Parece evidente a conexão entre a ampliação da abrangência do Bolsa Família e o extraordinário aumento dos gastos com o programa pelo governo Dilma Rousseff, e as futuras eleições presidenciais, pois a presidente está em plena campanha eleitoral, já que sua candidatura foi lançada pelo ex-presidente Lula em evento de comemoração aos dez anos do PT no poder, realizado em São Paulo em 20 de fevereiro de 2013. “Eles podem se preparar, podem se juntar com quem quiserem, porque nós vamos dar como resposta a reeleição da Dilma”. O lançamento da candidatura, vinte meses antes da eleição presidencial, desvia o governo de seu objetivo principal que é governar. (Revista Veja, 27.02.2013, p. 61).

O poder eleitoral de programas como o Bolsa Família foi perfeitamente configurado na Venezuela onde o presidente Hugo Chávez adotou estratégia semelhante junto à população de baixa renda. Chávez reduziu com programas sociais o índice de pobreza extrema da população de 20,3% em 1998, para 7% em 2012. Para isso manipulou o orçamento da PDVSA que passou de US$ 34 milhões em 2001 para US$ 39,604 bilhões em 2011. Entregou mais de 252.000 casas pelo programa Grán Misión Vivienda. O uso dos recursos do petróleo para programas sociais transformou Chávez em uma espécie de “deus” pela população.

Neste sentido, é apropriada a crítica do outro pré-candidato, Aécio Neves em discurso no Senado, pelo qual “não é mais a presidente que governa”, mas” a lógica da reeleição”. (F S P, 21.02.2013, p. A-4).

FRAGILIDADES NO CADASTRO.

O Cadastro Único, criado em 2001, é a base de dados usada pelo governo para administrar seus programas sociais e que reúne dados obtidos pelas prefeituras dos mais de 5,5 mil municípios do país, que são responsáveis pela localização dos pobres e pelo preenchimento dos formulários que alimentam o sistema.

A presidente Dilma Rousseff em discurso disse que o cadastro foi criação do governo do PT e não do PSDB: “Nós tivemos, obvio, de fazer toda uma engenharia social. Criamos um cadastro, porque não existia cadastro. É conversa que tinha cadastro. Nós levamos um tempão para fazer. E para limpar o cadastro, e para ver se não tinha gente em duplicidade? E até hoje fazemos isso”. (F S P, 28.02.2013, p. A-6).

Ela diz ainda:” O Bolsa Família precisou de arte e engenharia, precisou de vontade política. Só uma experiência de dez anos permitiu que nós olhássemos e víssemos que dava para tirar [as pessoas da miséria]”. (F S P, 7.3.2013, p. A-6).

A criadora do cadastro social, Wanda Engel, que foi ministra de Assistência Social na segunda gestão do governo Fernando Henrique Cardoso ironiza:” As pessoas gostam de reescrever a história. Antes ninguém dava bola para isso. Aí começaram a dar bola e todo mundo quer ser o pai da criança. Tanto o cadastro, quanto o cartão [para pagamento de programas] foram [inventados] de 2.000 a 2002 [no governo FHC]”. O decreto 3.877, de julho de 2001, penúltimo ano do governo tucano, é claro em seu objeto: “Institui o Cadastramento único para Programas Sociais do governo federal”.

A própria ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo, agradeceu em 2011 em discurso aos “muitos que ao longo da história, ajudaram a construir o cadastro como é o caso da professora Wanda Engel”. Em março de 2013, Campelo não negou a existência do cadastro antes do PT, mas disse que ela era “insuficiente para dar conta de um programa [bolsa Família] que pretendia ter escala nacional”.

Segundo Engel: mesmo “sem dinheiro” e “com falhas”, o cadastro incluiu 7,5 milhões de famílias até o final de 2.002. “[Não digo que] estava perfeito, nem que ele estava universal. Mas a pavimentação estava feita”. Ela lembra que no início do governo Lula, a prioridade era o Fome Zero, e não as transferências de renda alavancadas pelo cadastro.

O cadastro foi criado no governo FHC, mas foi no governo petista que ele ganhou o atual gigantismo e foi sendo aperfeiçoado. Com base em pesquisas sobre o impacto das políticas gerenciadas a partir do cadastro, especialistas são unânimes em afirmar que ele é um dos mais precisos do mundo. (F S P, 9.3.2013 p. A-8).

O cadastro é importante porque permite priorizar o” acesso aos serviços públicos como creches, cursos profissionalizantes, serviços de assistência técnica e extensão rural, cobertura de água e tarifas reduzidas de energia elétrica entre outros. Mais do que contar pobres, os pobres passam a contar mais no desenho das políticas públicas brasileiras”. (Campelo, Tereza e Neri, Marcelo; F S P, 25.02.2013, p. A-3).

O cadastro do Bolsa Família é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e os Municípios coletam e atualizam a base de dados. A CEF processa as informações, organiza o pagamento dos benefícios por meio de envio de formulários de cadastramento da família e mantém suporte técnico aos municípios. Quem aparece listado com renda mensal de até R$ 140 por pessoa, tem direito ao programa. Acima disso fica fora do programa.

Sabendo disso, os beneficiários adotam estratégias para evitar a interrupção de recebimento do benefício. Uma das formas mais comuns é ocultar parte da renda familiar e outra é ao conseguir um emprego, pedir para não ser registrado, para não haver comunicação ao governo. Nesse sentido o Bolsa Família contribui significativamente para a ampliação do mercado informal de trabalho no país.

Outras fraudes são pessoas falecidas continuarem no cadastro, duplicidade de registros, registros desatualizados, acompanhamento ineficaz dos beneficiários e políticos recebendo o Bolsa Família.

Apesar da aparente fragilidade do sistema, não há evidência de fraudes generalizadas no Bolsa Família, programa que costuma ser elogiado por pesquisadores independentes e já passou por algumas avaliações internas. (F S P, 24.02.2013, p. A-4).

Lula ao anunciar o aumento do valor do Bolsa Família em 2009, afirmou “ainda tem gente que critica o Bolsa Família, e eu acho normal. Eu atingi uma idade que não tenho mais o direito de me ofender com essas coisas. Dizem assim: ‘O Bolsa Família é uma esmola, é assistencialismo, é demagogia ‘, e vai por aí afora. Tem gente tão imbecil, tão ignorante que fala: ‘O Bolsa Família é para deixar as pessoas preguiçosas, porque quem recebe o Bolsa Família não quer mais trabalhar’”. (F S P, 1.8.2009, p. A-4).

NOVOS POBRES

Sergei Soares, Rafael Osório e Pedro Ferreira do IPEA, em texto de 2011, afirmam que além dos já classificados na pobreza extrema, há os “recém-pobres, pessoas que se tornaram elegíveis” para receber as transferências de renda,”, mas que ainda não começaram a receber os benefícios”.

Eles estimam que haja cerca de 739 mil pessoas nessa condição, “entrando na pobreza extrema todo mês”. (F S P, 24.02.2013, p. A-6).

A esses se juntam, segundo estimativas do Ministério do Desenvolvimento Social, mais cerca de 2,5 milhões de pessoas que ainda vivem abaixo da linha de miséria no Brasil e que estão fora do Cadastro Único. Seriam 700.000 famílias, com média de 3,6 pessoas cada uma. As pessoas que faltam em sua maioria são famílias que residem em lugares muito distantes de qualquer estrutura estatal, principalmente na região Norte do país.

Diante da obsessão da presidente Dilma que afirmou que vai zerar até março de 2013 o número dos extremamente pobres constantes no sistema, o secretário para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social afirmou “Nós não podemos ficar satisfeitos com isso, não, só zerar o cadastro. Nós temos que ir atrás dos que faltam. Sabemos que tanto na zona rural, no campo brasileiro, ainda tem famílias abaixo da linha da pobreza não cadastradas”.

Não é possível comparar condições de vida de famílias sem renda em centros urbanos, com famílias na mesma condição em locais distantes na zona rural, uma vez que, embora sem renda, estas possuem inúmeras possibilidades de sobrevivência nos locais onde vivem o que na área urbana não é possível.

O que vai ocorrer com a ampliação dos gastos do Bolsa Família é o alcance dos objetivos eleitorais do governo. Milhões de pessoas a mais passarão a receber contribuição do governo e vão lembrar-se disso quando forem colocar o seu voto na urna.

Os miseráveis de renda de R$ 69, continuarão miseráveis com renda de R$ 71. Essas pessoas só irão realmente sair da miséria quando deixarem de receber dinheiro do governo e passarem a ter renda proveniente de seu próprio trabalho. Portanto, como assinala o título deste artigo, o que o governo pode comemorar no momento, não é a eliminação da miséria, mas a eliminação estatística da miséria.

A saída da miséria não é alcançável apenas com uma melhora de R$ 2 na renda. É preciso que haja melhora nas condições de saúde, educação, saneamento básico, moradia e principalmente um emprego estável.

O Bolsa Família só poderá ser considerado pelo governo bem sucedido quando for provisório e não permanente. Sua permanência, ou ampliação depois de algum tempo mais que positivo é sinal negativo. Somente desde o início do governo Lula até o governo Dilma já são dez anos de programa. Se uma pessoa está a dez anos recebendo o auxílio do governo isso é um péssimo indicador.

O sucesso do plano só acontecerá quando um número significativo de famílias saírem do programa por conseguirem renda própria através de emprego. Portanto, o Bolsa Família poderá ser considerado um sucesso quando diminuir de maneira significativa e não quando aumentar.

Dos 2,6 milhões de microempresários individuais (formalizados), 9,3% são oriundos do Bolsa Família. ( F S P , 17.03.2013, p. B-8) .

Por exemplo, 120 famílias de Ielmo Marinho, cidade do agreste do Rio Grande do Norte, compraram em 2005 terras que durante anos arrendaram, com o apoio da Secretaria de Reforma Agrária do Estado, com financiamento de 15 anos pago com a renda da produção. Formaram a Associação de Desenvolvimento Rural Ramada 1 e em 2010 construíram uma pequena fábrica de doces e geleia, financiada pelo Programa de Desenvolvimento Solidário, com recursos do Banco Mundial. Produzindo doces de abacaxi e outras frutas plantadas, aos poucos os agricultores vão se desligando do Bolsa Família e do Bolsa Estiagem. (F S P, 17.03.2013, p. B-9).

Portanto uma das portas de saída do programa já está bem configurada. E é em estruturar portas de saída que o governo deveria concentrar seus esforços para que efetivamente o programa Bolsa Família possa ser considerado um sucesso.

http://www.administr...-miseria/69474/

A única parte da crítica que achei parcial foi o comentário sobre ter a renda per capita definida pela ONU não ser sair da miséria. É um parâmetro simplista mas é a única referência que dá base pra comparação. Uma pessoa que viva exatamente acima da linha da pobreza aqui tem o sistema de saúde universal, o que não acontece nos EUA, por exemplo. Por outro lado aqui vão haver outros impecilhos.

Miserável é a pessoa que não ganha nem o suficiente pra se alimentar. Se com os R$71 ela conseguir, está acima disso. Esse argumento de "é só estatística" é muito parecido com o "é só uma teoria". As bases de comparação só são válidas enquanto estão a favor do argumento que desejam provar...

O foda que acho nesses países é que lá é uma vergonha depender do auxilio do governo, enquanto aqui beira um status.

Douglas, um dia vou te convidar para passar um final de semana na fazenda e para conhecer o povão de lá.

Não acho que têm o mesmo estigma que aqui. Os que vejo comentando sobre isso no reddit (dinamarqueses, principalmente) certamente não se sentem assim. Pelo contrário, se orgulham de ter um sistema que cobra muitos impostos mas que provê serviços de qualidade, principalmente os benefícios para estudantes.

Eu não questiono que existam esses casos que citam como contraponto, é até esperado que existam, assim como existe em qualquer serviço provido pelo governo.

O problema é que dificilmente aparecem críticas construtivas. A "direita" gosta de dizer que é diferente e superior mas faz a mesma coisa que o Lula "xiita" fazia há 20 anos atrás. E ainda têm a esquizofrenia de criticar por um lado e por outro pedir o crédito pela criação de quase todos os programas sociais.

Pior ainda, o Lula não só abraçou idéias criadas pelos que agora se opõem, o governo dele melhorou os programas a ponto disso virar realmente um trunfo, o que nunca foi antes, seja pela falta de abrangência ou pela falta de eficácia mesmo. Aí, sim, configura todo o butthurt atual. Pra eles deve ser o equivalente político de fazer alguém se bater com sua própria mão.

Já vi, por exemplo, gente dando a mão à palmatória e elogiando os requisitos atuais desses benefícios sobre forçar as famílias a manter as crianças na escola e com acompanhamento médico. Porquê não sugerir, por exemplo, que implementem também algum meio de verificar que as pessoas que recebem os benefícios estão se esforçando pra não precisarem mais deles, fazendo cursos e procurando emprego?

É curioso ver que o Lula evoluiu e a "direita" está no caminho inverso.

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Hoje presenciei algo que me fez lembrar desse tópico. Ouvi uma piada "racista" que tinha os brancos como alvo feita por um negro. Não que eu ache um problema, uma piada é uma piada e se fosse engraçada teria dado risada igual (peguei só o começo da piada porque tinha ido buscar meu sanduíche no balcão).

Se fosse ao contrário já viraria um escândalo com expulsão da universidade, polícia e o diabo a quatro. As pessoas tem muita dificuldade em separar as coisas e entender a diferença entre piada, ofensa e racismo. Mas essa dificuldade só existe quando algo acontece em um único sentido (que todos sabemos qual).

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Ela falando é liberdade de expressão. Quem se ofender tem que pedir desculpa.

Na boa, alguém se exaltar e responder uma manifestação dessa com o mesmo tom arrogante pode ser considerado racista? Não estou dizendo que é certo, mas é como levar um tapa na cara e continuar sorrindo, poucos conseguem manter a cabeça no lugar. Esse video é provocativo.

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Nunca ouvi tanta generalização escrota na minha vida inteira do que nesse vídeo. A mulher ta sendo racista com ela mesma. Mas a maioria dos meus amigos negros , não pensam nem um pouco parecido com o que essa mulher ta falando , portanto , acredito que essa seja a visão da minoria dos negros.

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Hoje presenciei algo que me fez lembrar desse tópico. Ouvi uma piada "racista" que tinha os brancos como alvo feita por um negro. Não que eu ache um problema, uma piada é uma piada e se fosse engraçada teria dado risada igual (peguei só o começo da piada porque tinha ido buscar meu sanduíche no balcão).

Se fosse ao contrário já viraria um escândalo com expulsão da universidade, polícia e o diabo a quatro. As pessoas tem muita dificuldade em separar as coisas e entender a diferença entre piada, ofensa e racismo. Mas essa dificuldade só existe quando algo acontece em um único sentido (que todos sabemos qual).

Generalização.

Se bem contada, uma piada que sempre me faz rir é essa:

Certo dia, Carlos vai à Itú e se impressiona com o tamanho das coisas que vê. Carlos estava com sede e decide entrar em um bar para matar a mesma.

Chegando no balcão, ele fala para o garçom:

- Me manda aí um copo cheinho de Chop`s camarada!

O garçom o faz. Entrega-lhe um copo enooooorme de Chop. Carlos fica espantado com o tamanho do copo, mas mesmo assim tomo e gostou. Quis repetir a dose e tomou novamente. Já meio bêbado, disse ao garçom:

- Camarada: onde fica o "Toalhete"??????

- Naquele corredor ali, segunda porta à esquerda.

E lá foi ele. Chegando naquele corredor enooooorme, se espantou novamente, mas já estava bastante debilitado pela cachaça. E por essa razão, entrou na primeira porta à direita.

Abrindo a porta, ele dá de cara com uma piscina enoooooorme e pensa com ele mesmo: "Ah.. aqui em Itú e tudo grande... essa deve ser a privadona de Itú", logo em seguida mergulhou para fazer suas "necessidades", mas começou se afogar quando um salva-vidas negro e forte foi pra socorre-lo. Carlos, quando vê aquele salva-vidas negro e forte, começa a gritar: SAI COCÔZÃO,SAI COCÔZÃO,SAI COCÔZÃO!!!!!

Por outro lado, apesar de lembrar de várias piadas de negão, quase não lembro de piadas sacaneando brancos - a não ser de estrangeiros como de português, norteamericano, etc.

A única que sempre me lembro é:

Um branquelo e um negão estavam fazendo piadas racistas um para o outro.

Quando o branquelo soltou essa...

_ Sabe por que que "os negão" são preto mas tem as solas da mão e do pé branca?

O negão pensou... e disse...

_Não sei não... porque?

O branquelo...

_Porque quando Deus foi pintar ele, o negão tava de quatro!

O negão ficou muito put0... pensou rápido e soltou a dele...

_E você sabe porque que o branco é todo branco mas tem o cú preto?

O branquelo pensou...

_Não sei, não... porque?

E o negão respondeu...

_ É que a tinta do negão tava fresca!

Mesmo assim, essa também é frequentemente contada como brasileiro x argentino. Fica até como se só fosse razoável zoar branco se ele também for gringo.

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O que você está querendo dizer, Douglas, é que piada com branco pode pq tem pouca?

Se sim, quando tiver muita os comediantes devem fazer o quê? Voltar com as piadas de negros?

Ainda se sim, quando isso vai acabar?

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Outra notícia que me chamou atenção, o estado deixa de arrecadar mais de R$600 bilhões por ano em razão da sonegação de impostos.

Resumindo, o "Bolsa Família" dos ricos é 30 vezes maior que o dos pobres.

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Outra notícia que me chamou atenção, o estado deixa de arrecadar mais de R$600 bilhões por ano em razão da sonegação de impostos.

Resumindo, o "Bolsa Família" dos ricos é 30 vezes maior que o dos pobres.

Sonegação de impostos não é luxo, meu caro, está nas entranhas do nosso povo desde o início dos tempos. Sonegação, desvio de verba, dar balão no material do escritório, usar o telefone da empresa como orelhão, gato net, gato de luz, fazer de coitado para ganhar esmola, se preocupar com filho na escola apenas para poder ganhar ajuda do governo, dar um sorrizinho quando recebe o troco errado do tio da padaria...

Desonestidade não escolhe classe nesse país.

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O que você está querendo dizer, Douglas, é que piada com branco pode pq tem pouca?

De onde você entendeu isso?

Pra mim não existe isso de "pode" ou "não pode".

O que eu falei é que ninguém tem pudor de fazer piada de negro mas as piadas de branco são maqueadas como piadas de gringo.

Sonegação de impostos não é luxo, meu caro

Se olhar os dados de cada imposto sonegado, vai ver que a maior parte vêm de "impostos de ricos" como IR e ICMS.

http://www.sonegometro.com/artigos/sonegacao-no-brasil-uma-estimativa-do-desvio-da-arrecadacao

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De onde você entendeu isso?

Pra mim não existe isso de "pode" ou "não pode".

O que eu falei é que ninguém tem pudor de fazer piada de negro mas as piadas de branco são maqueadas como piadas de gringo.

Também sou desse do "pode ou não pode". O fato é que tem muita gente por ai que defende a "vingança das minorias" no lugar de pensar em uma forma real de igualdade e acabar logo com essa história.

Se olhar os dados de cada imposto sonegado, vai ver que a maior parte vêm de "impostos de ricos" como IR e ICMS.

http://www.sonegomet...-da-arrecadacao

Você não entendeu o espirito. O ponto aqui é a honestidade do nosso povo de um modo geral. A "sonegação" é uma questão cultural no Brasil. Me diz qual a diferença de um rico que sonega, um pobre que faz gato para não pagar a conta e um politico que desvia milhões? Para mim não tem nenhuma. Cada um é corrupto como pode no Brasil, uns com mais e outros com menos.

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Você não entendeu o espirito. O ponto aqui é a honestidade do nosso povo de um modo geral. A "sonegação" é uma questão cultural no Brasil. Me diz qual a diferença de um rico que sonega, um pobre que faz gato para não pagar a conta e um politico que desvia milhões? Para mim não tem nenhuma. Cada um é corrupto como pode no Brasil, uns com mais e outros com menos.

Aí o ponto que ele tocou foi no valor, ue.

Um dos argumentos contra programas sociais é que tem gente mamando nas tetas do governo. O que ele falou é que os ricos sugam muito mais e pouca gente se liga nisso. E pior, se amanhã o governo parasse de gastar com esses programas, não haveria um benefício tão grande para o resto de nós como haveria se acabasse a evasão de divisas - o que possibilitaria uma carga tributária quase 30% menor do que a atual.

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É foda mesmo essa parte de sonegação, escuto direto do meu chefe e tios, tias que "sonegar é normal, quem nunca né?".

Foda que no antro de corrupção que é o Brasil, não vejo eles tão errados.

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É foda mesmo essa parte de sonegação, escuto direto do meu chefe e tios, tias que "sonegar é normal, quem nunca né?".

Foda que no antro de corrupção que é o Brasil, não vejo eles tão errados.

Já discuti muitas vezes por causa disso. Mas é perda tempo, o cara está certo, todo mundo sabe que o certo é não sonegar. A partir daí é só desculpa do pessoal tentando deixar a consciência tranquila.

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Aí o ponto que ele tocou foi no valor, ue.

Um dos argumentos contra programas sociais é que tem gente mamando nas tetas do governo. O que ele falou é que os ricos sugam muito mais e pouca gente se liga nisso. E pior, se amanhã o governo parasse de gastar com esses programas, não haveria um benefício tão grande para o resto de nós como haveria se acabasse a evasão de divisas - o que possibilitaria uma carga tributária quase 30% menor do que a atual.

Nem li o link, vi agora. O problema é que muita gente parece querer justificar um erro com outro. Ai nunca vai ter fim. Para mim não é uma questão de mais ou menos, é uma questão de intenção e quanto a isso pode ser rico, pobre, miserável... cada um mama no governo como pode.

Eu não sou contra bolsas, meu problema é com a maneira como são distribuidas. Quer auxilio? O moleque tem que passar de ano, se não perde. Tem que vincular ao periodo em que o pai ou a mãe estiver matriculado a um curso de capacitação, se não perde. Do jeito que é hoje o povo se acomoda e não corre atrás. Tem gente que pede para não ter carteira assinada para não perder auxilio, que porra é essa?

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Eu não sou contra bolsas, meu problema é com a maneira como são distribuidas. Quer auxilio? O moleque tem que passar de ano, se não perde. Tem que vincular ao periodo em que o pai ou a mãe estiver matriculado a um curso de capacitação, se não perde. Do jeito que é hoje o povo se acomoda e não corre atrás. Tem gente que pede para não ter carteira assinada para não perder auxilio, que porra é essa?

Foi o que falei sobre a oposição não fazer críticas construtivas. Eu acho que tudo que melhore o funcionamento dos programas sociais são boas iniciativas.

Esses "espertinhos" querendo explorar o sistema sempre vão existir. O seguro-desemprego é um dos exemplos mais antigos disso.

O Bolsa Família, por exemplo, cobra frequência, que era o maior problema atual. No futuro, quando conseguirmos atingir 100% das crianças na escola, aí vai ser interessante cobrar também desempenho.

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