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JGDuarte

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Tinha saído no GE também essa parte do Al-Ittihad. O pior é que esses clubes podem muito bem encostarem os caras e não rescindir pagando o restante do contrato. Nesse caso não sei se a FIFA poderia fazer algo.

Mas eu tinha comentado lá no início que acho que vão é acabar com o limite ou ao menos afrouxar pra jogadores de países relevantes pra liga.

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Em 20/08/2023 em 21:27, Douglas. disse:

Seria de se esperar que ele tivesse desempenho melhor que a maioria dos outros que chegaram lá porque acho que só o Mané também está no auge entre os atacantes.

Tem o Mahrez também

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Vão afrouxar, certeza. Agora, que vai ter uma rotatividade gigantesca dessa galera aí, é certo. Os árabes tão contratando sem critério tático nenhum. Era meio óbvio que uns seriam preteridos por outros. 

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3 minutos atrás, Dan_Cunha disse:

Vão afrouxar, certeza. Agora, que vai ter uma rotatividade gigantesca dessa galera aí, é certo. Os árabes tão contratando sem critério tático nenhum. Era meio óbvio que uns seriam preteridos por outros. 

Nem tem pq ter critério tático tb, esses times sauditas devem ser, acho, os melhores times da Ásia hoje.

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46 minutos atrás, Dan_Cunha disse:

Benzema e técnico do Al-Ittihad entram em atrito, indica jornal | futebol saudita | ge (globo.com)

 

Benzema sendo o babaca de sempre. Segura as pontas aí, Romarino. 

também, mas tem a questão de maior visibilidade e poder fechar mais propagandas.

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Messi poderia ter ido pra Arábia tbm. Muito zoado ver ele jogando nos EUA com aquele bando de universitário kkkkkkkkkkk...vai deitar (já está) demais lá.

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2 horas atrás, Masca disse:

Gabri Veiga foi pro Al Ahli. Jogador de 21 anos, uma promessa espanhola, tava negociando com a Napoli e vai se esconder na Arábia. Bizarro!

https://www.terra.com.br/esportes/palmeiras-encaminha-venda-de-joia-para-o-al-sadd-do-qatar,b07bcc1494cf96468124a0d514b65e4383d85tl1.html

Palmeiras vendeu um jogador de 19 anos pra lá também. Muito bizarro.

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VAIII SALAH.

China não chegou nem perto disso. tem que acabar o limite de estrangeiros dessa merda. Incrível como os europeus ainda não estão reclamando ahahah

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O Al-Ittihad tá cogitando dispensar Jota, que foi contratado um dia desses, por 30M de euros, porque ele não tem “perfil de estrela”.

HAHAHAHAHAHAHAHA

Imagina a quantidade de dinheiro que esses caras tem.

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Em 23/08/2023 em 20:30, twitch.tvstayheavy87 disse:

Messi poderia ter ido pra Arábia tbm. Muito zoado ver ele jogando nos EUA com aquele bando de universitário kkkkkkkkkkk...vai deitar (já está) demais lá.

Os jogos da MLS não são tão ruins quanto os que vi dessa liga não. Também não são grande coisa, mas essa liga está mais perto da chinesa que da MLS na qualidade dos jogos.

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4 horas atrás, tod disse:

VAIII SALAH.

China não chegou nem perto disso. tem que acabar o limite de estrangeiros dessa merda. Incrível como os europeus ainda não estão reclamando ahahah

Tá entrando uma grana boa pros clubes, né? E por muito jogador que já não teria mercado tão fácil, seja por idade ou por salário. A maioria das contratações segue esse perfil. Mas pode ver que quando foge disso já começa uma crítica, tal qual essa promessa espanhola aí, hahaha. 

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15 horas atrás, Dan_Cunha disse:

Tá entrando uma grana boa pros clubes, né? E por muito jogador que já não teria mercado tão fácil, seja por idade ou por salário. A maioria das contratações segue esse perfil. Mas pode ver que quando foge disso já começa uma crítica, tal qual essa promessa espanhola aí, hahaha. 

Os Árabes ajudaram muitos times. Fabinho, Koulibaly, Kanté, Mahrez…são jogadores com 32 anos pra cima, que já não tinham esses valor de mercado.

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Em 25/08/2023 em 13:24, Masca disse:

Os Árabes ajudaram muitos times. Fabinho, Koulibaly, Kanté, Mahrez…são jogadores com 32 anos pra cima, que já não tinham esses valor de mercado.

Ah, mas esses caras estão longe de serem descartáveis pros europeus. Todos eram titulares em seus clubes, menos o Mahrez, que mesmo assim foi super importante pro City no último ano.

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7 horas atrás, StrongAxe disse:

Ah, mas esses caras estão longe de serem descartáveis pros europeus. Todos eram titulares em seus clubes, menos o Mahrez, que mesmo assim foi super importante pro City no último ano.

Descartáveis não, mas jogadores mais velhos.

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Toni Kross dando tapa na cara de geral. Não vai se vender por dinheiro Arabe nenhum, já que a violação dos direitos humanos o impede de jogar lá. Eu vi uma reportagem onde ele falou que os trabalhadores são explorados, não pode beber, não pode ser gay, não pode transar. 

Por isso ele vai permanece na Europa, um local onde deixam barco com pessoas desesperadas para conseguir um local melhor são deixados a derivas para morrer, um local que sempre reclama da imigração de pessoas que geralmente são oriundas de ex-colônias da Europa que exploraram o povo igual gado e deixaram uma miséria do caralho. Um local onde tem a Inglaterra, que é contra a violação de direitos humanos, mas como eles injetam uma grana em sua liga, ai não tem problema ,né?

Um Mundo cor de rosas, com um poney passando no arco-íris maravilhoso. 

Ah num fode, pau no cu desses malucos.

 

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  • 3 semanas depois...
Em 31/08/2023 em 12:26, tod disse:

Toni Kross dando tapa na cara de geral. Não vai se vender por dinheiro Arabe nenhum, já que a violação dos direitos humanos o impede de jogar lá. Eu vi uma reportagem onde ele falou que os trabalhadores são explorados, não pode beber, não pode ser gay, não pode transar. 

Por isso ele vai permanece na Europa, um local onde deixam barco com pessoas desesperadas para conseguir um local melhor são deixados a derivas para morrer, um local que sempre reclama da imigração de pessoas que geralmente são oriundas de ex-colônias da Europa que exploraram o povo igual gado e deixaram uma miséria do caralho. Um local onde tem a Inglaterra, que é contra a violação de direitos humanos, mas como eles injetam uma grana em sua liga, ai não tem problema ,né?

Um Mundo cor de rosas, com um poney passando no arco-íris maravilhoso. 

Ah num fode, pau no cu desses malucos.

 

Eu comecei a ler o post revoltado até ver a ironia hahahaha

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  • 2 semanas depois...
  • Diretor Geral
23 horas atrás, raskor disse:

[...] Uma vergonha esse cara ainda estar na seleção.

Fato. Pior é que a fanbase e o lobby desse bosta é tão grande na imprensa que só se amputarem uma perna dele pra perder seu lugar na Seleção mesmo, de resto ele vai estar lá independentemente de sua forma física e técnica.

Essa ida pro Aladinzão (hahaha adorei o nome) era a deixa perfeita pra reiniciarem um novo ciclo na Seleção sem Neymar, mas enfiaram na bunda.

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      📅 terça-feira, 7 de fevereiro de 2023
      ⏰ 16h00
      📺 CazeTV, Globo, FIFA+ e SporTV
      🏟️ Tanger Stadium (Marrocos)
       
       
       
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      Dados do Superclássico Espanhol:
      Data | Hora: 02/04/2015. 15h 30 min Horário de Brasília (UTC - 03:00) / 20h 30min Horário de Barcelona (UTC + 02:00)
      Estádio: Camp Nou, Barcelona (spoiler)
      Árbitro: Alejandro José Hernández (spoiler)
      Último Encontro: Real Madrid 0 x 4 Barcelona (Santiago Bernabéu, 1º turno da Liga BBVA. 21 de Novembro de 2015).
      Transmissão: ESPN Brasil
      =- -= =- -= =- -=

      Barcelona x Real Madrid
      Sábado, 15h30 (ESPN Brasil)
      O Superclássico poderia ser mais interessante, mas a excelente fase do Barcelona e os tropeços do Real Madrid impediram que a partida do próximo sábado fosse de fato decisiva para o Campeonato Espanhol. O time de Luis Enrique tem dez pontos de vantagem em relação ao de Zidane, e mesmo que perca o maior confronto da Espanha, ficaria com uma dianteira de sete, a sete rodadas do final do cotejo.
      Mesmo assim, nunca podemos ignorar a rivalidade em campo, as prováveis homenagens a Johan Cruyff e o desfile de craques dentro de campo. Mesmo que fosse um amistoso, a chance de ver Cristiano Ronaldo, Messi, Gareth Bale, Suárez, Benzema e Neymar ao mesmo tempo é imperdível. Zidane disputa seu primeiro clássico como técnico, com a confiança de cinco vitórias seguidas.
      Luis Enrique tem mais experiência no banco de reservas dessa partida e defende o pequeno jejum do Barcelona, que não perde para o Real Madrid, pelo Campeonato Espanhol, no Camp Nou, desde 2012. São duas vitórias e um empate nesse período. A grande expectativa é pelo 500º gol de Lionel Messi. Ele chegou a 499 com a camisa da argentina, contra a Bolívia, na última terça-feira. “Seria um belo momento alcançar essa marca contra o Real Madrid”, disse. E apropriado: Messi soma 21 gols contra o Real Madrid, a sua terceira maior vítima (fez 25 em Atlético de Madrid e Sevilla). É também o maior artilheiro do confronto, com três gols a mais que Alfredo di Stéfano.
      =- -= =- -= =- -=
      Barcelona terá “Gracies Johan” na camisa no clássico contra o Real Madrid

      Um dos grandes craques da história do Barcelona, Johan Cruyff, será homenageado antes do clássico contra o Real Madrid, neste sábado. O jogador marcou época no clube catalão, sendo o craque e o capitão do time. Será feita uma homenagem nas arquibancadas, com um grande mosaico, além da inscrição de uma homenagem na camisa do time e crianças entrando em campo com camisas que lembram o craque holandês.
      O clube comunicou em seu site como será a ação:
      “Um mosaico de 90 mil cartões irão mostrar a mensagem ‘Gracies Johan’, que será repetida na camisa dos jogadores, onde normalmente fica o logo de campeão mundial. Os dois times entretão em campo com crianças vestindo camisas com a mesma mensagem, ‘Gracies Johan’, assim como os nomes de Cruyff e da Fundação Barcelona nas costas”, diz um comunicado do clube.
      “A partida também será assistida por todos os ex-presidentes do Barcelona que estão vivo, que são Agusti Montal, Raimon Carrasco, Josep Lluis Nunez, Joan Gaspart, Enric Reyna, Joan Laporta, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu. O jogo será precedido por um minuto de silêncio em homenagem a Johan Cruyff, incluindo a projeção de um vídeo em tributo à grande carreira deste grande homem”, informa ainda o clube no comunicado.
      LEIA TAMBÉM: Quando Cruyff fez o Real Madrid se arrepender por não tê-lo contratado: os 5×0 no Bernabéu
      Cruyff merece todas as homenagens.
       
       
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      A ótima lembrança de Zidane em seu mais importante clássico como jogador do Real Madrid

      Entre os tradicionais rumores surgidos na imprensa ávida por manchetes, até chegaram a colocá-lo no Barcelona em meados de 2001. Porém, restavam poucas dúvidas que o futuro de Zinedine Zidane seria blanco a partir do segundo semestre daquele ano. O craque francês atravessava anos maravilhosos com a Juventus e com os Bleus. Surgia como o grande negócio possível para ratificar a política de Florentino Pérez no Real Madrid dos Galácticos. A contratação de Zizou quebrou o recorde de transferência mais cara da história e se manteve soberana por oito anos. Um investimento de resultados inegáveis, especialmente pela instituição que Zizou se tornou no Estádio Santiago Bernabéu.
      Neste sábado, Zidane fará o seu primeiro duelo contra o Barcelona como técnico. E já com um fardo grande, após o vexame sob as ordens de Rafa Benítez no primeiro turno do Campeonato Espanhol. No entanto, a experiência no clássico em seus tempos de jogador é favorável ao francês. Em 11 aparições em campo, o camisa 5 conquistou quatro vitórias e sofreu três derrotas para os blaugranas. Só que a vantagem do craque aumenta quando se recorda que, diante dos próprios rivais, ele pavimentou o caminho de seu maior sucesso em Madri: a conquista de La Novena, o título da Liga dos Campeões de 2001/02.
      Real Madrid e Barcelona se cruzaram nas semifinais daquela Champions. E, se já contavam com um elenco mais renomado, os merengues reforçavam o seu favoritismo pelo mau momento vivido pelos blaugranas. O Barça ocupava apenas posições intermediárias em La Liga e atravessava uma renovação sensível no elenco. Enquanto isso, o Real vinha em ascensão por seus reforços estelares, enquanto tinha enorme tarimba no torneio continental, depois de erguer a taça duas vezes nas quatro edições anteriores. De qualquer maneira, a supremacia precisava se provar em campo. Zidane teve papel primordial nesta missão.
      O sucesso começou dentro do próprio Camp Nou, em 23 de abril de 2002, num ambiente marcado também pelas bandeiras e gritos em prol da independência da Catalunha. O Barcelona de Carles Rexach contava diversos nomes de destaque, mas distante de se comparar à força dos adversários. O 11 inicial refletia a herança dos tempos de Louis van Gaal, com a presença marcante de holandeses como Frank de Boer, Marc Overmars e Patrick Kluivert. Enquanto isso, também havia a abertura para muitos jovens que não vingaram como o esperado, a exemplo de Saviola, Geovanni e Fábio Rochemback. Entre os mais veteranos, inclusive, estava Luis Enrique – embora Rivaldo, lesionado, fosse desfalque. Já o Real Madrid contava com a base que Vicente del Bosque ajudou a consagrar na história do clube. Raúl, Makélélé, Guti, Roberto Carlos e Hierro eram outros destaques na equipe titular daquela noite.
      Zidane destoou. Atuando como vértice ofensivo no 3-4-1-2 do Real Madrid, o camisa 5 não teve boa aparição na primeira etapa, mas na volta do intervalo tratou de orquestrar os contra-ataques merengues. Aos 10 minutos do segundo tempo, recebeu ótimo lançamento de Raúl e arrancou. Saiu de frente para Bonano e deu um leve toque por cobertura, abrindo o placar com um belo gol. E a significativa vantagem se garantiu a partir de dois substitutos, quando Flávio Conceição serviu Steve McManaman e o inglês definiu o triunfo por 2 a 0. Naquele momento, o trabalho já parecia encaminhado para o reencontro no Bernabéu.

      Recheando o seu meio-campo e contando com o retorno de Luís Figo ao time, após cumprir suspensão, o Real Madrid não deu brechas dentro de casa. E outra vez Zidane teve um papel decisivo no resultado, dando a assistência para o chutaço de fora da área de Raúl, que abriu o placar aos 43 minutos do primeiro tempo. Logo no início da etapa complementar, um gol contra de Iván Helguera cedeu o empate por 1 a 1, mas nada que amedrontasse os madridistas. A superioridade se manteve firme até o apito final e garantiu a classificação à decisão. Já em Glasgow, Zidane viveu o seu momento mais célebre com a camisa blanca, ao acertar o voleio certeiro que assegurou a vitória por 2 a 1 e deu a taça da Champions ao Real.
      Zidane manteria a invencibilidade diante do Barcelona até abril de 2004. Naquele momento, contudo, o futebol espetacular dos galácticos se perdia, ao mesmo tempo em que os próprios blaugranas começavam a se restabelecer. No penúltimo clássico de Zizou, em novembro de 2005, o craque viu de bem perto a afirmação de Ronaldinho Gaúcho, aplaudido pelo Bernabéu após a vitória por 3 a 0. Uma lembrança amarga, que talvez motive ainda mais o francês para o reencontro deste final de semana. Como técnico, Zidane pode ter mais influência sobre o jogo de xadrez que se desenha em campo. Por outro lado, o Real Madrid não conta mais com aquele monstro que se transformava em jogos decisivos. Fazia a diferença, como o clássico mais importante de sua trajetória deixou marcado.
      =- -= =- -= =- -=
       
      O Real Madrid de Zidane em abril de 2016
      Por Victor Mendes Xavier

      Em sua particular linha do tempo, Zidane está em “outubro”, mês em que uma equipe em mutação dificilmente vai mostrar todo seu poderio
      O Real Madrid é a instituição mais midiática da história do futebol ao lado da Seleção Brasileira. Tudo que se passa no ambiente madridista requer uma exigência mais alta que o padrão para qualquer ser humano. Se você não estiver concentrado e dar um passo em falso, pode sentenciar seu fracasso. Por toda a grandeza que envolve os merengues, fazer parte do clube não é, definitivamente, nada fácil. Que o diga Cristiano Ronaldo, por exemplo. Há sete temporadas no Santiago Bernabéu, o gajo já conquistou tudo que pode e dia após dia quebra marcas que parecia impossível. No entanto, Ronaldo tem seus dias de falhas e isso incomoda a torcida. Se o maior artilheiro da história do Real ficar um jogo sem marcar gol, os torcedores começam a olhá-lo de maneira desconfiada.
      Zinédine Zidane fez história como jogador. Peça-chave do icônico elenco que ficou conhecido como galáticos, Zizou, assim como Cristiano, conquistou todas as taças possíveis. Uma delas, inclusive, nunca mais será esquecida. A nona Liga dos Campeões do Real Madrid teve a assinatura especial do francês, com o gol de placa anotado em Glasgow, na Escócia, que desempatou a final contra o Bayer Leverkusen. Mas Zidane também também falhava. O suficiente para os aficionados, em algumas ocasiões, pegarem em seu pé. Porque isso é o Real Madrid. Ser bem sucedido na capital espanhola coloca um jogador/treinador no topo; desperdiçar a oportunidade, muita das vezes, pode significar um passo atrás na carreira, um retrocesso.Zidane retornou a Chamartín com uma árdua missão: levantar um elenco fadado ao fracasso sob o comando de Rafael Benítez. Não obstante, a tarefa a de ser cumprida na era e no campeonato de Lionel Messi, um ogro devorador de taças que não facilita nada. Atualmente, podemos dizer que o Madrid de Zidane é uma equipe humana. Em outras palavras, uma equipe normal, um recém nascido que está em desenvolvimento. Seu futebol é inconsistente e irregular. Em sua particular linha do tempo, Zidane está em “outubro”, mês em que uma equipe em mutação dificilmente vai mostrar todo seu poderio. Foi assim com Barcelona de Luis Enrique, Bayern de Jupp Heynecks e o Real de Carlo Ancelotti. Mas estamos em abril e seria desonestidade cobrar todo o potencial desse time no momento. Em três meses de trabalho, é duro mostrar 100% de resultado. O eterno camisa 5 madridista ainda está construindo uma identidade, mas já pode se vangloriar por cumprir o primeiro objetivo: dar uma base tática ao Real Madrid.
      Logo na estreia, contra o Deportivo La Coruña, o que vimos foi espetacular. A atuação do Real não foi tão impactante, a ponto de taxarmos de exibição, e deu a impressão de que o estado de ânimo dos jogadores foi maior que a qualidade técnica e tática em si. Porém, bastou um jogo para percebermos que o Real tinha mudado. Zidane conseguiu em uma noite apagar as memórias de Benítez e implantou sua forma de ver futebol na equipe. A ideia troncal consiste na manutenção da posse de bola, no modo como o trivote de meio-campo irá trabalhá-la. Primeiramente, é preciso desconstruir um mito: essa versão do Real não é um retorno ao “ancelotismo. Estilisticamente, até pode parecer, de fato, mais precisamente pelo modo de jogar. Também há semelhanças táticas, como a posição de Kroos como primeiro volante e o usual 4-3-3. Mas são projetos diferentes.
      Carleto construiu um sistema que não dependia completamente da pelota. Era um time, digamos, “cínico”, que fazia o que o rival pedia que fizesse. É verdade que gostava de ter a bola e os ataques eram colírios para os olhos, até pelo fato de na época de Mourinho o mecanismo principal ter sido o contra-ataque. O italiano melhorou a qualidade do ataque posicional, evidenciado nos três meses de ouro entre outubro e dezembro de 2014, quando o Madrid abocanhou 21 jogos consecutivos de vitórias. Aquele Real era um escândalo tocando a bola. Mas havia o outro lado da moeda. Quando um adversário pretendia e mostrava que poderia tirar a redondinha do Madrid, a postura de Ancelotti era clara: entregá-la, recuar e atacar diretamente aproveitando-se de Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo. A Juventus fez isso nas eliminatórias de semifinais da última Liga dos Campeões da Uefa, tanto no Juventus Stadium, quanto no Santiago Bernabéu. A equipe de Zidane permitirá isso? Pelo que mostrou até agora, a resposta é não: o atual Real vai brigar pela bola sempre. O que faz com que pontuássemos uma conclusão: pela primeira vez na era Cristiano Ronaldo, o Real tem um time de posse pura; um projeto de Barcelona, de Bayern de Munich — à seu modo, claro. E, para o bem e para o mal, isso modifica toda uma esfera.

      A bola é dele: o epicentro da filosofia de Zidane é Toni Kroos
      Os jogadores assimilaram a concepção do novo comandante desde o primeiro dia, e o plantel merengue tem peças capaz de fazer funcionar o sistema do jeito que o francês pede. Zidane parte de um princípio: não perder a bola. Dentro desse cenário, o epicentro da ideia é Toni Kroos. O alemão é um clone alemão de Xavi. Tem média de 95% de acerto de passe e controla o ritmo do jogo em um dia inspirado. “(Toni) É perfeito para o Real Madrid. Desde que ele está aqui, nosso estilo mudou”, disse Zidane em sua apresentação. Realmente, Kroos resume um pouco a filosofia do franco-argelino, permitindo ser mais radical e constante com a posse. Por causa disso, na opinião deste que vos escreve, o Real Madrid tem um potencial (atenção a essa palavra) maior que tinha com Ancelotti e sobretudo Benítez. Talvez não maior que o de Mourinho, já que o gajo teve em suas mãos um “outro” Cristiano Ronaldo, o melhor jogador que o clube tem desde Di Stéfano. O estilo de Mourinho potenciava muito Ronaldo e, portanto, somente o céu poderia ser o limite daquele time não fosse por problemas extracampos e um pingado de sorte nos momentos decisivos (ou até mesmo competência, vide a disputa por pênaltis nas semifinais da Liga dos Campeões de 2012 contra o Bayern).

      A presença de Casemiro “tira” a liberdade de Modric, sempre obrigado, por pedido de Zidane, a recuar em demasia para ser o responsável pela saída de bola
      Nas últimas semanas, um debate foi iniciado acerca da presença de Casemiro no onze inicial. Um conceito de jogo fundamental para Zidane é a saída controlada desde trás. Aí, é importante ter Kroos como primeiro homem do meio, por ser um especialista em passes curtos e coerentes, em pausar e acelerar, em lançar em profundidade e fazer a inversão. O brasileiro não faz feio saindo jogando, mas não é diferenciado. Zidane sabe disso. Não à toa, sempre que não teve Kroos e colocou Casemiro de primeiro volante, usou Modric para ser o responsável pela transição. O problema é que com o croata baixando tanto para receber a bola, o Madrid sente a falta de jogo por dentro, que Kovacic (que seria o responsável ideal para recepcionar o segundo passe) e Isco não sabem corrigir. Quando viajou às Ilhas Canárias para enfrentar o bom Las Palmas com essa formatação no meio, o Madrid sofreu por sentir falta de um homem no círculo central, com o excessivo recuo de Modric. Dessa forma, um meio-campo mais técnico tem tudo para colocar os blancos na roda. A questão não é a presença de Casemiro, que fatalmente melhora a produção defensiva (principalmente protegendo suas costas), mas sim a NÃO presença de Kroos.
      Por que o Real de Zidane ainda não funcionou? Simples, porque está verde. Ainda transmite dúvidas e a lógica é que transmitirá até o fim da temporada. Falta adaptação por parte de alguns membros e mais confiança para executar certas jogadas. Quando um adversário resolve adiantar a marcação, o time responde com desconfiança, vide a atuação de Keylor Navas contra o Granada, que teve como consequência uma irregular saída de bola. E se alguém põe em xeque essa característica, o problema atinge todos os outros jogadores. Atrás, o Real Madrid não tem tanto talento, convenhamos. Até por isso, esse deve ser o motivo para Zidane ser fixado pela bola. Seus jogadores sofrem quando estão sem a redonda, custa para eles prolongar esforços pressionando e se desesperam se têm que recuar, combinação esta pouco compatível com o atual elenco madrilenho (sem Xabi Alonso, Coentrão, Khedira e Di María).
      Também não faz sentido construir um modelo que vise passar boa parte do tempo sem a bola quando se tem, além de Kroos, um passador nato como Modric. Juntos, a dupla é capaz de dominar o Barça de Messi, Suárez e Neymar no Camp Nou, como foi no confronto de março de 2015. Por 45 minutos, o estádio catalão assistiu em silêncio um desfile de Modric e Kroos. Parece um desperdício querer que o primeiro objetivo de Toni e Luka seja correr atrás da bola, e não tê-la em seus pés, especialmente quando topamos com a limitação que o Real vem tendo nos contra-ataques. Para se defender com maior eficácia, sabendo da dificuldade para dar um vigor a mais marcando no campo ofensivo, o Madrid precisa se apossar em sua zona de defesa e se compactar em dois blocos. Estacionado, deve eleger entre formar uma linha de 4 e outra de 3, ou duas de 4. Ante os oponentes mais modestos, formar um 4+3 é o suficiente, mas na Champions ou contra o top 7 de La Liga, visando maior solidez, um 4+4 é mais coerente. Como Ronaldo tem liberdade e Benzema é o 9, quem se sacrifica do trio de ataque é Bale. Às vezes, o Real até forma uma linha de 4 e outra de 5 com Benzema se deslocando ao lado esquerdo, mas não é tão frequente. Como consequência, as transições perdem força. Quando Barcelona e Juventus roubaram a bola do Ancelotti Team, a equipe não conseguiu contra-atacar com tanta eficiência e se rompeu totalmente. Por isso Zidane propõe não depender tanto dos contra-ataques. Subir a porcentagem da posse é uma solução à curto prazo interessante para mascarar o problema.
      Defensivamente, o Real sofre. Não é raro ver a equipe ceder ocasiões ao adversário. Isso acontece porque Zidane prioriza a estrutura ofensiva até no momento de se defender. O Real é um time de caráter essencialmente voltado para o ataque. Os dois laterais se soltam, o volante sobe, os dois interiores moram próximo à meia lua. Não expôr o miolo de zaga jogando desse jeito beira ao impossível. Sergio Ramos sofre mais porque é o capitão, o teórico líder. E, por ser o defensor do elenco com maior talento com a bola, foi uma espécie de coringa para Ancelotti que não é mais com ZZ. No modelo desenvolvido pelo italiano, Ramos se comportava como um falso volante, fazendo as vezes até de Kroos quando este pulava uma linha. A função do espanhol era ser uma ponte que melhorasse o déficit de roubo do time. Graças à sua velocidade, vivia tranquilamente longe de sua meta e fazia da transição defensiva um ponto de consistência. Esse sistema não existe mais, correr para trás é mais complicado e Ramos joga mais estático. Psicologicamente, não tem suportado o novo papel, porque perde mais duelos individuais. Como Varane é inexperiente, sobra para Pepe fazer ser o chefe da retaguarda. Tecnicamente, o auge do luso-brasileiro passou, mas a personalidade de guerreiro continua intacta. É por isso que, mesmo não sendo unanimidade, Pepe segue como titular: Zidane tem plena confiança em seu trabalho.
      A falta de resultados satisfatórios pode ser argumentadas por Zidane pelo fato dele ter contado poucas vezes com sua mais poderosa arma, o trio BBC. Até o momento, no processo de formação de um novo time, Bale, Benzema e Cristiano se juntaram menos do que o esperado. Quando foi encarregado de fazer funcionar seu Real, Zidane não pensou duas vezes em dar ao trio um papel crucial. Não só porque são três jogadores que pertencem, por qualidade, a um grupo muito seleto de futebolistas, mas sim porque quando se juntam, seus jogos se harmonizam e mudam a cara da equipe. Passam a sensação de superioridade, de força. Exemplo disso foi o que o Madrid aprontou contra o Sevilla há duas semanas, antes da parada para a Data Fifa. Foi um espetáculo, carimbado pela BBC.

      Cristiano voltou a se sentir o craque do Real Madrid e isso é a notícia mais relevante para Zidane
      Uma das novidades de Zizou habita aí: a rotina tática de BBC. Zidane busca a cada jogo atacar de maneira larga e profunda, com muitas ações exteriores. Por isso, recuperou o Ronaldo ponta esquerda. O português voltou a combater o lateral adversário no mano a mano e se mostra mais ligeiro, fresco, móvel, participativo e atrevido. É outro em relação àquela pálida versão com Benitez. Fisicamente, está em forma, não há dúvidas. E ativar Ronaldo, é ativar Bale e Benzema. Cristiano voltou a se sentir o craque do Real Madrid e isso é a notícia mais relevante para Zidane. Se o Real Madrid tem opções na Champions, muito passa pelo o que português pode fazer. O caso de Bale é semelhante. Depois de uma pálida temporada em 2014/2015, o galês tem correspondido às necessidades que lhe pedem. Bale é essencial em um Real Madrid que peca pela falta de drible. Essa cota é preenchida pelo veloz camisa 11, que é auto-suficiente e empurra à força seu time ao ataque. Por essas e outras que é difícil imaginar James de titular, pelo menos na ponta direita. Bale é incontestável.
      O Real Madrid de Zidane não é perfeito. Passa longe disso. Seus melhores oponentes com certeza levarão vantagem em um desafio. Em cada fase do jogo, a equipe está para melhorar. Falta uma estrutura defensiva mais competitiva e a ausência de intensidade de suas peças podem comprometer em algum momento, até porque Carvajal, Marcelo e Kroos não são Puyol, Maldini e Makélélé. Mas Zizou constrói uma identidade digna de aplausos. Encontrou um sistema e quer jogar futebol, não importa a circunstância. A depender do andamento da temporada, Florentino Pérez pode dar um basta no projeto em junho. Mas vale muito a pena apostar nele. O Real Madrid ‘zidaniano’ é promissor.
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      Luis Suárez contra Sergio Ramos e Pepe
      Luis Suárez chegou ao Barcelona em 2014, logo depois do Mundial, e disputou somente três SuperClássicos. O baixo número contrasta com a sua importância nos duelos. Em menos de dois anos de culé, o Pistoleiro já adquiriu um impacto tremendo e imediato nos jogos contra o Real Madrid. Sua estreia oficial pelo clube, relembremos, foi no Santiago Bernabéu. À época, o Real Madrid era, sem sombra de dúvidas, o melhor time do mundo. Vivia uma fase de ouro sob o comando de Carlo Ancelotti, animicamente sonhava com a Tríplice Coroa e, individualmente, todos os onze jogadores de linha estavam em ótima fase física e técnica. Naquele dia, deu a lógica: vitória merengue por 3 a 1.
      Os dois gols em território madridista no primeiro turno cravaram: Suárez incomoda o Real Madrid. No entanto, Suárez, que jogou somente 65 minutos, deixou pinceladas da história que viria escrever mais para frente. Apesar da evidente falta de ritmo e um desgaste físico mais normal que o habitual, o camisa 9 participou do gol de Neymar e mostrou-se ativo durante o período em que esteve em campo. No segundo turno, os êxitos de Suárez foram maiores ainda. Afinal de contas, ele marcou o gol que decidiu o confronto e deixou a taça da Liga nas mãos do Barça, e foi, provavelmente, o futebolista mais destacado em campo. E como não esquecer da maravilhosa atuação nos 4 a 0 de novembro do ano passado? Os dois gols em território madridista cravaram: Suárez incomoda o Real Madrid.
      O primeiro ponto é simples e detectável em campo: Suárez é um centroavante impossível de antecipar e roubar uma bola quando ele está protegendo-a. Os melhores zagueiros do mundo já tentaram, mas falharam na missão. Luis é praticamente imbatível no aspecto. Logo de cara, isso choca com as qualidades primordiais de Pepe e Sergio Ramos, na teoria a dupla de zaga do Real Madrid. A dupla hispano-portuguesa edificou seu império no futebol espanhol e europeu através da supremacia física e rítmica na hora de pressionar os atacantes. Basta recordamos os duelos de Messi de falso 9 contra Pepe e Ramos na época de José Mourinho. O argentino, é lógico, brilhou em vários confrontos, mas os dois defensores tiveram seus momentos de domínios perante o rival. Na campanha do décimo título de Liga dos Campeões em 2013/2014, os dois fizeram duas partidas que beiraram a excelência contra o Bayern de Munich, nas semifinais. Pois bem, com Suárez a história é diferente. Quando se deparam com o charrua, os dois se abalam psicologicamente ao longo dos 90 minutos. Diria que mais até que com Messi. Porque, por ora, nenhum treinador do Real conseguiu achar uma fórmula para frear a superioridade do uruguaio ante o miolo defensivo blanco.
      Pepe, especialmente, é o que mais sofre. Até porque, seu embate no mano a mano com o temido adversário é maior do que o do companheiro. O brasileiro não se contém em sua área e sempre busca chegar na bola primeiro que Suárez. Porém, frisamos mais uma vez: isso “não é possível”. O que essa tentativa de roubo traz como consequência? Pepe comete muitas faltas próximas à meia lua, corre o risco de receber um cartão amarelo (ou até mesmo um vermelho) e deixa a retaguarda mal posicionada. Para Ramos, a dificuldade existe, claro. Mas, por ler o jogo que mais que seu amigo, ao espanhol não lhe cai mal “aceitar a derrota” na antecipação e permitir Suárez girar com a bola. Mais “estático”, Ramos fica melhor colocado para tentar desarmar o uruguaio no mano a mano. Sergio é mais prudente (em relação a Pepe) e não oferece um cenário de conforto, exigindo soluções imediatas do Pistoleiro. É a decisão mais acertada para equilibrar o enfrentamento contra um dos melhores atacantes do mundo.
      Ainda não sabemos como Zinédine Zidane irá planejar seu Real para a visita ao Camp Nou. Até o momento, o francês acena com a criação de um time de posse pura, que domina o jogo através da manutenção da bola (Toni Kroos) e cria ataques a partir da amplitude de seus pontas (Bale e Cristiano Ronaldo). Não podemos afirmar que Zizou vai manter a estratégia frequente e irá à Catalunha disputar a pelota, mas a verdade é que, até o momento, o ex-meio campista não gesticulou com a intenção de recuar linhas, se defender em blocos baixos e contra-atacar. O Madrid tem problemas defensivos, sobretudo nas costas de Kroos, e passa perrengue semanalmente com a zaga exposta. Isso tem uma explicação simples: o Real é uma máquina de atacar e, às vezes, vai para o campo de ataque com até oito jogadores. Zidane libera os laterais, permite o avanço do primeiro volante e os dois meias pisam na área rival a todo instante (sobretudo se Kroos é o primeiro homem da medular, o que permite maior liberdade a Modric e tira a responsabilidade do croata de dar o primeiro passe).

      Suárez é um centroavante impossível de antecipar e roubar uma bola quando ele está protegendo-a
      A priori, essa fórmula, no Camp Nou, mais traz desvantagens do que vantagens aos merengues. Nos últimos jogos, o script do Clássico foi quase sempre o mesmo. Tivemos múltiplas partidas dentro de uma. O domínio de jogo nunca é de uma equipe só e ambas defendem e atacam. Se o Real decide por pressionar à frente com seu 4-4-2 ou 4-5-1 defensivo, pode ocasionar perigo; porém, se o Barça opta por uma ligação direta que bate as duas primeiras linhas de marcação, o perigo será real: os comandados de Zidane irão sofrer contra o trio MSN, mais precisamente Suárez, que geralmente é o receptor dos lançamentos de Piqué, Mascherano ou Daniel Alves. Diante desse cenário, surge mais um nome para tentar travar o 9 blaugrana: Varane. O jovem estava em campo no vexame do primeiro turno, mas suas características casam com as de Suárez. Correndo para trás e recuperando bolas perdidas, Raphael não tem rival. Mas o que mais chama a atenção é calma que pode compartilhar com o restante da primeira linha de quatro. Contra um “assassino intenso” que é Suárez, o excessivo nervo de Pepe e as desconexões de Ramos os penalizam enormemente. Varane não é perfeito, falha como qualquer outro, mas suas carências tendem a ser menos expostas nos clássicos.
      Caso inicie com seu compatriota, Zidane tem opção de ceder a bola ao Barça e jogar de maneira mais conservadora. Em palavras mais claras, ao Real poderia ser mais rentável não ceder muitos metros a Suárez, já que o uruguaio não é o centroavante mais preciso do mundo com os espaços reduzidos. E se resolve jogar também com Casemiro, pode ter um onze mais físico, que seria importante no combate a Messi. Com o brasileiro, o Real perde qualidade no primeiro passe e recua em demasia Modric, perdendo qualidade por dentro. Porém, supondo que, ilhado em meio à sua preferida zona de atuação, Suárez recue excessivamente para receber a bola dos meias, os blancos tendem a, na teoria, ter uma receita mais considerável contra Luisito. Sair para contra-atacar já é outra história. Desde a saída de Mourinho, o Real não se destaca tanto pelas velozes e agressivas transições ofensivas (à parte os duelos contra Barcelona, na final da Copa do Rei, e Bayern, em 2014, algo peculiar no trabalho de Ancelotti em Chamartín).
      A verdade é que Suárez é uma prova duríssima para qualquer zagueiro do mundo. Basicamente, porque pode estar fazendo uma péssima partida (a nível técnico) e executar um movimento, um gol ou um passe que ganha uma partida. Exige concentração no mais alto nível por 90 minutos. De qualquer forma, esperemos por sábado. Quando, às 15h30 (horário de Brasília), a bola rolar em Barcelona, muitas perguntas serão respondidas.
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      Para Zidane, chegou a hora de o trio BBC ganhar do Barcelona: "Amanhã é um jogo para mudar isso"
      Em análise, Carlo Ancelotti coloca Neymar melhor que Bale e Messi empatado com CR7
      Estatísticas
       
      O JOGO LEVE E COLETIVO CONTRA UM TRIO QUASE IMBATÍVEL FISICAMENTE
      Por Renato Rodrigues, do DataESPN
      Comparar Messi, Suárez e Neymar a Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo deve ser um esporte de vários botecos, não só na Espanha, mas no mundo inteiro. Mas, se olharmos a fundo, se trata de uma tarefa muito complexa.
      A grande diferença de um trio para o outro está na forma em que cada um, inclusive com suas individualidades, usam a seu favor o aspecto físico dentro das quatro linhas. Outro fator que os diferencia também está na forma coletiva de jogar futebol.
      Pelo lado catalão, vemos jogadores mais leves e ágeis, com rápidas trocas de direção e um refinamento técnico maior com a posse de bola. Já os madrilenhos costumam tirar vantagem na imposição física, força de arranque ao conduzir a bola e em deslocamentos longos, difíceis de serem parados, principalmente durante as transições ofensivas.
      Isso, necessariamente, não quer dizer que Cristiano Ronaldo & cia. não tenham um repertório técnico de alto nível ou que Messi e seus companheiros não consigam encaixar jogadas rápidas e decidir jogos assim. Falo da essência de cada trio, em que cada individualidade é mais potencializada.
      A questão física neste debate entra muito no porte de cada um deles. Enquanto a média de altura entre os merengues é de 1,85m, os culés somam 1,75m. No peso, a diferença é menor: 77,6kg para o BBC contra 70kg para o MSN. Com estes dados, fica óbvio que um trio tem um porte mais avantajado e o outro, mais leve, tende a ter mais agilidade em suas ações em campo.
      Escolher um ou outro para o seu time se dá muito por conta de qual tipo de futebol você deseja praticar. Vimos o trio do Real imparável nas mãos de Carlo Ancelotti. Com um jogo mais direto e vertical, com rápidas transições e chegadas pelos lados do campo, Bale, Benzema e Cristiano são a combinação perfeita para se conquistar títulos. Velocidade, força, bom acabamento de jogadas e conclusão.
      Agora se você quer jogar um futebol mais envolvente, no qual não se abre mão de propor o jogo, os três jogadores do Barcelona se encaixam melhor. Não à toa estão em um clube em que o modelo de jogo histórico é de ter a bola, trabalhá-la em passes curtos, com muitos movimentos de apoio e aproximação.
      Agora, se olharmos para o trio em um contexto coletivo, envolvendo o restante da equipe que o cerca e mesmo a comunicação entre eles dentro de campo, o Barcelona leva alguma vantagem. Digamos que Bale, Benzema e Cristiano jogam menos um para o outro (e o restante da equipe) do que Messi, Suárez e Neymar. É possível ver uma afinidade maior entre os catalães não só no âmbito esportivo, mas também no pessoal. Isso faz a diferença? Faz. Simplesmente por sermos humanos, por sermos seres que desempenham melhor ou pior alguma função dependendo de nossas interações sociais e de ambiente.
      No final das contas, trata-se de estilos. Não existe certo ou errado (melhor ou pior?), existem apenas o fato de serem diferentes. Cada um dos trios com suas individualidades potencializadas, trabalhadas em diferentes situações e conceitos de jogo. Por isso o futebol é tão fascinante. Simplesmente por ser democrático.
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      Prováveis escalações:

      Curiosidades:
      Será o 232º encontro entre os rivais, com o Barça buscando empatar o retrospecto: são 92 vitórias merengues, 91 dos catalães e 48 empates. Messi fará o gol nº 500 de sua carreira profissional se ele marcar 1x no clássico. Links Extras:
      Página Oficial do FC Barcelona
      Página Oficial do Real Madrid FC
      Página Oficial do Mundo Desportivo (jornal da Catalunha)
      Página Oficial do Marca (jornal de Madrid)
      Pagina Oficial de La Liga
      Palpite: Barcelona 3 x 1 Real Madrid.

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