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Guia de um perfeccionista para encontrar o estilo perfeito de jogo


Tsuru

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Quote

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Por engamohd
Tradução e adaptação: @Tsuru


O futebol é um jogo lindo, e parte de seu charme é que existem muitas maneiras de se ter sucesso. Ao contrário da crença popular, não existe uma maneira certa de jogar. A abordagem do heavy metal de Klopp é bem-sucedida com seu atual time do Liverpool, a abordagem tiki-taka de Pep com o Barça era bastante dominante, a abordagem pragmática e defensiva de Mourinho teve sucesso com o Inter e Chelsea e a merda de Simeone foi, em um momento, muito bem-sucedida. Cada um desses estilos tem sua própria beleza, bem como algumas armadilhas.

Durante anos, tentei identificar meu estilo de futebol e como deveria ser jogado, mas sem sucesso. Depois de ler um tópico brilhante nos fóruns, o autor abordou questões semelhantes devido ao seu medo do fracasso. No entanto, meus problemas são principalmente devido ao meu perfeccionismo.

4-4-2? Menos números no meio-campo.

3-5-2? Fraco nos flancos.

4-2-3-1? Facilmente desmontável.

4-1-4-1? Atacante único e facilmente isolado.

Com o lançamento de FM21 e meu primeiro save com o Brentford, percebi que procurava encontrar formação e estilo perfeitos e inexistentes, tanto que a fraqueza natural de qualquer estilo me tira desse estilo e inicia um ciclo interminável de tentar o estilo "melhor".

Isso tem que acabar.

Decidi seguir uma abordagem científica, analisando minhas regras mais importantes que deveria seguir e tentando projetar minha filosofia a partir delas. Esperançosamente, este guia pode ajudar as pessoas que ainda não têm certeza de seu "próprio" estilo e desejam identificá-lo.

Formação

Embora nem seja preciso dizer, formação não é sinônimo de estilo de jogo. Mourinho e Klopp jogam (ou jogaram) 4-2-3-1s por longos períodos. No entanto, os dois não podem ser mais diferentes.

Ao selecionar uma formação preferida, ou duas, você decide como vai construir sua equipe. Isso inclui os planos de treinamento e política de recrutamento. Com isso dito, não gosto de cortar e mudar muito as formações, e minha seleção inicial continuaria comigo por muito tempo.

Decidir a formação pode ser difícil. Pessoalmente, tenho três regras que sinto que devo respeitar em todos os momentos:

  • Dois atacantes

A razão para ter dois atacantes é que eu prefiro ter uma ameaça de ataque no centro do que de fora. Isso me deixa com uma formação que usa 2 atacantes ou 1 atacante e 1 meio-campista atacante.

  • Distribuição uniforme em todo o campo

Conforme descrito abaixo, gosto de equipes defensivamente responsáveis. Parte de ser defensivamente responsável é não exigir muito de um jogador em particular. Portanto, não vou usar formações estreitas que colocam muitas responsabilidades sobre os defensores laterais. Esta regra efetivamente cancela a probabilidade de usar 3 ou 5 formações de defesa.

  • Sem posições AMR / AML

O mesmo que acima. AMR / AML são atacantes em vez de meio-campistas e, portanto, têm muito menos responsabilidades defensivas. Formações como 4-2-3-1 e 4-3-3 são um “não” para mim.

Em minha mente, apenas uma formação preenche todas os très requisitos, o 4-4-1-1. O 4411 é uma formação muito interessante, oferece a ameaça do 4231 com a solidez mais defensiva do 442. Também permite ter um Trequartista ou um jogador mais trabalhador na intermediária adversária para igualar três meias.

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Formações de backup

A experiência com o FM diz que você pode precisar mudar um pouco as coisas durante o mau momento, quando sua equipe não está funcionando. Você também pode precisar ficar mais na defensiva ou atacar mais dependendo das circunstâncias. Portanto, é prudente ter uma formação reserva com a qual sua equipe esteja familiarizada.

Para esta formação, decidi que sacrificaria um pouco da ameaça de ataque para oferecer mais segurança defensiva. Isso tornaria nossa segunda formação o 4-1-4-1.

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Estilo de jogo

Selecionar uma formação foi simples para mim, pois sabia exatamente o que precisava. No entanto, o mesmo não pode ser dito do estilo de jogo. Gosto de contra-ataques, bloqueio baixo, times agressivos, dominantes, pontuadores altos, defensivamente fortes, e times com jogo muito direto.

O problema é que minhas preferências são, em sua maioria, mutuamente exclusivas. Você não pode ter um “bloco baixo” agressivo, sem sacrificar o domínio e a solidez defensiva (chutes de longa distância, brilhantismo técnico do oponente e faltas estúpidas). Você não pode ser dominante e jogar no contra-ataque. Você não pode ser um time que marca muitos gols e ser sólido defensivamente (pense em Liverpool 17/18 e Atalanta 19/20).

Isso me levou a redefinir o que realmente preciso da minha equipe. Existem pontos que você deve ceder para alcançar outra coisa. Assim como usar um AMC em vez de um segundo atacante para proporcionar melhor equilíbrio e retenção de bola, o mesmo deve ser feito para definir o estilo de jogo. Klopp, por exemplo, sacrificou um pouco da estabilidade defensiva, pelo benefício de ter wingbacks voadores. O remédio era jogar com dois meio-campistas esforçados para dar cobertura.

  • Minha equipe deve ser agressiva com a bola

Escolha fácil. Gosto que as minhas equipas ataquem sempre que possível, sejam diretas com os seus passes, com a bola a correr e fora da bola a correr. Isso deve estar associado a alguma responsabilidade de não perder a bola desnecessariamente. Isso significa usar a mentalidade Ataque / Positiva, com duas instruções essenciais: Levar a Bola Até a Área e Jogar a Partir da Defesa.

  • Laterais sobrepostos

Eu tenho um fetiche por laterais “voadores”. Isso pode ser alcançado usando tarefas adequados, juntamente com a mentalidade agressiva. Os médios laterais devem procurar cortar para dentro deixando espaço para os laterais se sobreporem. Isso também afeta os meio-campistas, que devem ser mais defensivos e disciplinados.

  • Agressivo e dominante

Esta foi a maior questão para mim. Por longos períodos de tempo, tive muito medo de pressionar os adversários e, se pressionado, o faria profundamente no meu campo. Desta vez, queria ser agressivo e dominante, procurando evitar que o adversário jogasse o seu jogo. Isso exige pressionar alto e forte, com a inclusão da armadilha do impedimento. Isso terá impacto sobre o tipo de defensores necessários, com defensores mais rápidos e inteligentes preferidos a defensores mais lentos.

  • Jogue para um Jogador Alvo

Homens-alvo são meu estilo favorito de atacantes, e eu procuraria basear nosso jogo de ataque em homens-alvo. Quero que ele segure a bola para que seus companheiros se posicionem.

  • Ataque o centro

Conforme os jogadores de xadrez aprendem, controlar o centro dá a você melhor controle sobre o campo. Portanto, preciso de números suficientes no meio-campo, e nossos ataques devem se concentrar em penetrar nos espaços intermediários, enquanto o amplo apoio vem dos defensores laterais.

Um aspecto muito importante de ter um estilo de jogo definido é conhecer o seu calcanhar de Aquiles. Jogar de forma agressiva, e com uma linha alta, nos exporia a direcionar as bolas e a bola por cima. O remédio é aperfeiçoar a armadilha do impedimento e microgerenciar cuidadosamente a equipe para abandonar a linha alta quando estamos na frente ou quando estamos lutando. O 4141 seria usado para absorver mais pressão e disparar mais contra-ataques.

Em retrospecto, percebi que esse estilo é muito semelhante ao grande Milan de Arrigo Sacchi, que usava um 4-4-2 agressivo semelhante com grande efeito nos anos 80.

Implementação

Usando o esboço acima, esta é a tática que desenvolvi:

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As funções são bastante lógicas em relação aos estilos exigidos. Espera-se que o lateral esquerdo se sobreponha mais do que o lateral direito, portanto, o lateral esquerdo é emparelhado com um ponta invertido para permitir mais espaço para as subidas, enquanto o Médio Ala de ataque deve oferecer mais variedade com o lateral atrás dele.

Outro aspecto importante é levar em consideração a mentalidade da equipe. A mentalidade de ataque aumenta a mentalidade de todos os jogadores e, portanto, deve-se ter cuidado ao selecionar as funções. Funções de ataque com mentalidade ofensiva tornariam o jogador muito mais ofensivo e, portanto, com menos responsabilidades defensivas.

O Médio Ala é preferível ao Extremo porque preciso de um jogador mais trabalhador, sem as restrições de jogar tanto por fora.

Resultados Iniciais

É um pouco cedo para ver os resultados, pois o planejamento de longo prazo precisa de resultados de longo prazo para avaliar. No entanto, construí o estilo no início da temporada e estava mexendo na formação. Ainda estou procurando alvos potenciais e identificando pontos fracos em nosso sistema para cobrir com transferências, mas isso é para o próximo post!

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Fonte: https://ahmedmohd.com/fm-2021-perfectionist-guide-perfect-style/

Você identificou uma formação e um estilo de jogo claramente preferidos?

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Não tenho a qualidade necessária pra desenvolver algo de forma tão detalhada. hehe

Fiquei interessado em ver como as coisas evoluíram.

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Em 20/11/2020 em 23:23, Thiago disse:

Material muito bom. Vou testar umas coisas.

Agradeça ao autor original. As táticas dele são bem interessantes porque são relativamente simples de usar e adequadas a times pequenos, nada daquelas que o cara posta e diz "ganhei tudo com o Liverpool". Hehehe

15 horas atrás, Lowko é Powko disse:

Não tenho a qualidade necessária pra desenvolver algo de forma tão detalhada. hehe

Fiquei interessado em ver como as coisas evoluíram.

Não é? O cara pega umas ideias simples e vai botando dentro do editor do jogo, cada ideia uma instrução. Eu raramente consigo "traduzir" de forma tão precisa.

Eu cheguei a dialogar com ele no tópico original e inclusve postou uns gifs de alguns gols mostrando como o Meia Ofensivo e o Alvo se entendem bem, e depois mostrou stats ao fim da primeira temporada. Ele também explicou que baixou a mentalidade para Positiva e a Linha Defensiva apenas para Mais Alta depois de observar várias partidas.

Se quiser conferir diretamente, está aqui: https://community.sigames.com/topic/534283-fm21-a-guide-to-identifying-a-personal-formation-and-playstyle/

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  • Diretor Geral

Parabéns pelo trabalho, @Tsuru! Conteúdo sobre FM nunca é demais, sempre vai agregar. Obrigado por trazer mais esse ao nosso fórum.

Agora, sobre o texto: fiquei esperando ele esmiuçar melhor toda a lógica por trás da filosofia de jogo escolhida e acabei me frustrando, hahahaha. Na verdade ele "apenas" norteou os pontos fundamentais do estilo e acabou formatando toda a tática ao redor deles, tô certo?

Achei que ele fosse mergulhar um pouco mais no estilo, hehe mas tá ótimo. É sempre legal ver como outros jogadores constroem suas estratégias táticas dentro do jogo. Eu gosto mais de primeiro analisar o plantel pra depois ver se posso encaixar meu estilo preferido ou se devo fazer adaptações. Não sei se ele teve esse cuidado, mas enfim.

 

Sobre o 4-1-4-1 que ele escolheu de "backup", eu simpatizo bastante com essa formação (graças ao Tite no Corinthians, hahaha) mas no FM2020 eu acabei me frustrando com ela. Burocrática demais no ataque, apesar de oferecer mt solidez defensiva. Achei que fosse servir bem pra um estilo mais reativo e de contra-golpes, mas não rolou.

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11 minutos atrás, Leho. disse:

Parabéns pelo trabalho, @Tsuru! Conteúdo sobre FM nunca é demais, sempre vai agregar. Obrigado por trazer mais esse ao nosso fórum.

Agora, sobre o texto: fiquei esperando ele esmiuçar melhor toda a lógica por trás da filosofia de jogo escolhida e acabei me frustrando, hahahaha. Na verdade ele "apenas" norteou os pontos fundamentais do estilo e acabou formatando toda a tática ao redor deles, tô certo?

Achei que ele fosse mergulhar um pouco mais no estilo, hehe mas tá ótimo. É sempre legal ver como outros jogadores constroem suas estratégias táticas dentro do jogo. Eu gosto mais de primeiro analisar o plantel pra depois ver se posso encaixar meu estilo preferido ou se devo fazer adaptações. Não sei se ele teve esse cuidado, mas enfim.

Sobre o 4-1-4-1 que ele escolheu de "backup", eu simpatizo bastante com essa formação (graças ao Tite no Corinthians, hahaha) mas no FM2020 eu acabei me frustrando com ela. Burocrática demais no ataque, apesar de oferecer mt solidez defensiva. Achei que fosse servir bem pra um estilo mais reativo e de contra-golpes, mas não rolou.

Oi Leho.

É, eu também costumo ir mais pelo que os melhores jogadores podem fazer (quero inclusive fazer um guia sobre isso no futuro). Pelo jeito ele meio que ignora isso e impõe o estilo dele a qualquer time que ele chegue, começa forçando e aos poucos vai buscando jogadores que possam se adequar mais ao que ele quer.

Mas repare que, apesar das preferências, ele não é bobo nem nada. O 4-4-1-1 é uma formação extremamente versátil e as principais posições e funções dela são muito similares às do 4-2-3-1, o que faz com que os jogadores de uma geralmente funcionem bem na outra. Como há uma tendência no FM a privilegiar o 4-2-3-1 e o 4-1-2-3 (4-1-4-1 DM aberto), acaba que não é tão difícil encontrar os jogadores certos, o mercado está cheio de pontas, meias ofensivos e atacantes que sabem jogar sozinhos. Só comparar com um 3-5-2, por exemplo, cuja complexidade é bem maior.

Em relação ao contra-ataque, eu tenho lido muito sobre isso e inclusive estou montando um estilo assim. Acho na verdade que o 4-1-4-1 recuado não é muito bom para esse estilo porque a primeira regra que tenho lido sobre ele é "tenha mais de um jogador no ataque para aproveitar as chances". Assim, contragolpes no FM 20 se encaixam melhor em formações com dois centroavantes, tipo o 4-4-2 basicão ou o próprio 4-4-1-1. Quem sabe eu também não escrevo sobre isso no futuro? 🙂

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  • 6 meses depois...
7 horas atrás, Nei of disse:

Eu sempre entendi errado e jogar a partir da defesa levar a bola até a área não significa ficar no tikitaka pra sempre @Tsuru?

Entendo que não.

Pra fazer uma analogia simples, os jogadores, as funções e tarefas, as instruções de equipe e as instruções individuais são as peças do quebra-cabeça, e o tikitaka (ou o contragolpe, ou o contra ataque fluido, ou o contra ataque direto, ou o catenaccio etc.) é o desenho/figura que você está tentando formar. É na verdade um quebra-cabeça bastante flexível, de forma que conforme você muda o encaixe das peças, o desenho que vai aparecer (ou que deveria...hehehe) também muda.

Nesse contexto, "jogar a partir da defesa" e "levar a bola até a área" são aquelas peças da borda do quebra-cabeça - elas complementam a figura, ajudam a dar o toque final, mas você não necessariamente precisaria delas pra ver o desenho formado. 😉 

E de forma resumida:

  • Jogar a Partir da Defesa: Essa instrução pede ao seu time para sair jogando com calma e paciência, sem rifar a bola para o ataque. Ela costuma fazer com que seus zagueiros, volantes e laterais recuem um pouco para oferecem opções de passe inicial ao goleiro, e faz também com o que meio campo recue um pouco para oferecer opções de passe aos jogadores da sua linha inicial. Exige um time com boa capacidade técnica na defesa e um goleiro com algum nível de saída de jogo, caso contrário ele vai sempre optar por um passe mais difícil e pode armar um contragolpe; e exige zagueiros, volantes e laterais bons de técnica e passe, caso contrário podem ceder à pressão do adversário e perder a bola numa zona perigosa, ou essa mesma pressão pode fazer eles acabarem rifando a bola e tendo o efeito oposto ao que o treinador desejava.
     
  • Levar a Bola Até a Área: É parecido com a anterior, mas encoraja toques mais pacientes no ataque, geralmente no limite da grande área adversária. Em vez de tentar um drible, um cruzamento ou um passe mais longo, seus jogadores tendem a ficar girando a bola no ataque pacientemente, de pé em pé, até que surja um espaço para chutarem a gol. Exige um time com grande capacidade técnica e de passe e visão de jogo para achar os espaços que surgirem, caso contrário seu movimento ofensivo vai virar uma espécie de prova de triatlo - corre, corre, pedala, pedala, e nada. Fora que existe o risco de um dos seus jogadores perder a bola e armar o contragolpe adversário (já passei por isso e não é nada legal).
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8 horas atrás, Tsuru disse:

Entendo que não.

Pra fazer uma analogia simples, os jogadores, as funções e tarefas, as instruções de equipe e as instruções individuais são as peças do quebra-cabeça, e o tikitaka (ou o contragolpe, ou o contra ataque fluido, ou o contra ataque direto, ou o catenaccio etc.) é o desenho/figura que você está tentando formar. É na verdade um quebra-cabeça bastante flexível, de forma que conforme você muda o encaixe das peças, o desenho que vai aparecer (ou que deveria...hehehe) também muda.

Nesse contexto, "jogar a partir da defesa" e "levar a bola até a área" são aquelas peças da borda do quebra-cabeça - elas complementam a figura, ajudam a dar o toque final, mas você não necessariamente precisaria delas pra ver o desenho formado. 😉 

E de forma resumida:

  • Jogar a Partir da Defesa: Essa instrução pede ao seu time para sair jogando com calma e paciência, sem rifar a bola para o ataque. Ela costuma fazer com que seus zagueiros, volantes e laterais recuem um pouco para oferecem opções de passe inicial ao goleiro, e faz também com o que meio campo recue um pouco para oferecer opções de passe aos jogadores da sua linha inicial. Exige um time com boa capacidade técnica na defesa e um goleiro com algum nível de saída de jogo, caso contrário ele vai sempre optar por um passe mais difícil e pode armar um contragolpe; e exige zagueiros, volantes e laterais bons de técnica e passe, caso contrário podem ceder à pressão do adversário e perder a bola numa zona perigosa, ou essa mesma pressão pode fazer eles acabarem rifando a bola e tendo o efeito oposto ao que o treinador desejava.
     
  • Levar a Bola Até a Área: É parecido com a anterior, mas encoraja toques mais pacientes no ataque, geralmente no limite da grande área adversária. Em vez de tentar um drible, um cruzamento ou um passe mais longo, seus jogadores tendem a ficar girando a bola no ataque pacientemente, de pé em pé, até que surja um espaço para chutarem a gol. Exige um time com grande capacidade técnica e de passe e visão de jogo para achar os espaços que surgirem, caso contrário seu movimento ofensivo vai virar uma espécie de prova de triatlo - corre, corre, pedala, pedala, e nada. Fora que existe o risco de um dos seus jogadores perder a bola e armar o contragolpe adversário (já passei por isso e não é nada legal).

Valeu Tsuru.

 

Não foge muito do que estão dizendo as frases. Eu gostava de jogar a partir da defesa no 17, mas no 19 sem chance. Ou ainda não encontrei qualidade para tal.

E assim como você, não tenho paciência para ficar rodando a bola.

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3 hours ago, Nei of said:

Valeu Tsuru.

 

Não foge muito do que estão dizendo as frases. Eu gostava de jogar a partir da defesa no 17, mas no 19 sem chance. Ou ainda não encontrei qualidade para tal.

E assim como você, não tenho paciência para ficar rodando a bola.

Adicionalmente ao que disse o Tsuru sobre "Jogar a Partir da Defesa" é preciso levar em conta que além do recuo de jogadores para oferecer opções de passe, o passe dos jogadores defensivos (laterais, zagueiros e volantes) é modificado para passe curto. Logicamente, caso não consigam encontrar jogadores desmarcados para receber o passe e caso sejam presssionados será comum vê-los rifando a bola, como o Tsuru citou.

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15 horas atrás, ggpofm disse:

Adicionalmente ao que disse o Tsuru sobre "Jogar a Partir da Defesa" é preciso levar em conta que além do recuo de jogadores para oferecer opções de passe, o passe dos jogadores defensivos (laterais, zagueiros e volantes) é modificado para passe curto. Logicamente, caso não consigam encontrar jogadores desmarcados para receber o passe e caso sejam presssionados será comum vê-los rifando a bola, como o Tsuru citou.

Portanto só vale a pena se for uma equipe capaz de propor o jogo e não uma que será pressionada o jogo todo.

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47 minutes ago, Nei of said:

Portanto só vale a pena se for uma equipe capaz de propor o jogo e não uma que será pressionada o jogo todo.

E se a sua intenção for justamente atrair o adversário até sua defesa porque confia que conseguirá escapar da pressão com a troca de passes a partir de seu terço defensivo? E aí, voltamos naquela conversa que tivemos no Boteco. Quem age e quem reage?

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2 horas atrás, ggpofm disse:

E se a sua intenção for justamente atrair o adversário até sua defesa porque confia que conseguirá escapar da pressão com a troca de passes a partir de seu terço defensivo? E aí, voltamos naquela conversa que tivemos no Boteco. Quem age e quem reage?

Sim, mas justamente, tem que ter qualidade para tal.

É um esquema interessante. Dá para ser pensado.

Inclusive, dias atrás ouvi isso no jogo Flamengo x Coritiba, no Couto Pereira. O tecnico do Coritiba falou que recuou o time como estratégia.

Diante da discrepância técnica, levou um baile.

 

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43 minutos atrás, Nei of disse:

Sim, mas justamente, tem que ter qualidade para tal.

É um esquema interessante. Dá para ser pensado.

Inclusive, dias atrás ouvi isso no jogo Flamengo x Coritiba, no Couto Pereira. O tecnico do Coritiba falou que recuou o time como estratégia.

Diante da discrepância técnica, levou um baile.

 

Eu já vi inclusive no fórum da SI uma estratégia de contragolpe que usava Jogar a Partir da Defesa. O argumento do jogador é que isso chamava o adversário para cima, compactava o meio campo e a defesa e abria espaços para bolas longas.

Na teoria é lindo, mas sem uma defesa capaz de suportar a pressão, pra mim existe sério risco de um jogador seu rifar a bola ou armar o contragolpe adversário. Agora, se seus laterais e zagueiros têm técnica o suficiente (passes, decisão, visão de jogo etc.), me parece uma estratégia a se considerar.

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1 hour ago, Nei of said:

Sim, mas justamente, tem que ter qualidade para tal.

Sugiro você dar uma olhada com mais calma no último save que joguei, o "Profissão Manager". Desde o Jaboticabal até o Sport, sempre dei prioridade para jogar a partir da defesa. Veja, por exemplo, as estatísticas de passes trocados na minha defesa e também a posse de bola dela, por exemplo.

1 hour ago, Nei of said:

É um esquema interessante. Dá para ser pensado.

A questão é reflexão, aplicação, análise, correção e etc. Isso, sem contar que a tática não é uma camisa de força. Sempre podemos alterar as instruções coletivas/individuais durante as partidas. Fazer isso bem, pode ser a diferença entre perder e ganhar. Se você percebe que a pressão do adversário é tão grande que não consegue sair trocando passes, basta retirar a instrução e optar por outro coisa, por exemplo, fazer chutes longos para frente ou para as laterais. 

1 hour ago, Nei of said:

Inclusive, dias atrás ouvi isso no jogo Flamengo x Coritiba, no Couto Pereira. O tecnico do Coritiba falou que recuou o time como estratégia.

Diante da discrepância técnica, levou um baile.

Em um mata-mata, como esse que você citou, é mais complicado avançar, caso você fosse o Coritiba, mas se fosse em uma liga, eu não preocuparia com os pontos perdidos para o Flamengo, mas com os pontos perdidos para equipe do meu nível e um pouco acima dele. Esses são muito mais numerosos e são, na minha opinião, os que levam a gente para o buraco.

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2 horas atrás, Tsuru disse:

Na teoria é lindo, mas sem uma defesa capaz de suportar a pressão, pra mim existe sério risco de um jogador seu rifar a bola ou armar o contragolpe adversário. Agora, se seus laterais e zagueiros têm técnica o suficiente (passes, decisão, visão de jogo etc.), me parece uma estratégia a se considerar.

Então, estava buscando alternativas para superar a má fase do meu time.

Aí que estamos sempre sofrendo gols de fora da área ou de cruzamento e uma intensa pressão. Ou seja, já estava sofrendo essa pressão sem jogar a partir da defesa.

Uma coisa que notei foi justamente que minha defesa tinha como qualidade compostura (ou concentração) e, se não me engano, você indicou esse atributo como importante para suportar a pressão.

Resolvi colocar o jogar a partir da defesa e o jogo fluiu melhor. Porque meus pontos são baixos e a bola estava indo e voltando. Ao sair jogando, pegavam a bola no pé e partiam pra cima.

Após marcar sete gols em 15 jogos, marcamos 6 em dois.

 

1 hora atrás, ggpofm disse:

A questão é reflexão, aplicação, análise, correção e etc. Isso, sem contar que a tática não é uma camisa de força. Sempre podemos alterar as instruções coletivas/individuais durante as partidas. Fazer isso bem, pode ser a diferença entre perder e ganhar. Se você percebe que a pressão do adversário é tão grande que não consegue sair trocando passes, basta retirar a instrução e optar por outro coisa, por exemplo, fazer chutes longos para frente ou para as laterais. 

Concordo.

Como falei ao Tsuru ali acima, pensei numa forma de jogar e fui acertando durante o jogo.

Agora, parece que acertamos o pé. No entanto, tem um parada de inferno, digo, inverno no meio.

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  • 2 semanas depois...

Pessoal, um pedido de ajuda de iniciante aqui: 

no texto o rapaz diz que o 4-2-3-1 é “facilmente desmontável”.
 

Ele mesmo faz a ressalva de que há várias maneiras de montar uma tática com essa formação, das mais ofensivas às defensivas, mas ele falou de um jeito que me pareceu querer dizer que a formação em si tem fragilidades facilmente exploráveis. 

A maioria dos meus adversários usa essa formação, mesmo aqueles com times mais fracos ou do mesmo nível que o meu. Eu mesmo recaio nela volta e meia.

Como se desmonta um 4-2-3-1? 

Editado por fabioaraujo89
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Em 25/06/2021 em 20:56, fabioaraujo89 disse:

Pessoal, um pedido de ajuda de iniciante aqui: 

no texto o rapaz diz que o 4-2-3-1 é “facilmente desmontável”.
 

Ele mesmo faz a ressalva de que há várias maneiras de montar uma tática com essa formação, das mais ofensivas às defensivas, mas ele falou de um jeito que me pareceu querer dizer que a formação em si tem fragilidades facilmente exploráveis. 

A maioria dos meus adversários usa essa formação, mesmo aqueles com times mais fracos ou do mesmo nível que o meu. Eu mesmo recaio nela volta e meia.

Como se desmonta um 4-2-3-1? 

Oi Fábio.

É uma formação que deixa grandes espaços na própria intermediária (a zona entre a defesa e o meio campo) e dependendo da configuração, nas costas dos laterais, porque os obriga a jogarem quase como meias para ajudarem os dois MCs. Eu diria que se você consegue explorar o espaço na intermediária adversária e os flancos do campo, ou se de alguma forma consegue sobrecarregar um lado, vai abrir muito espaço do outro.

A grande questão para mim é outra: eu não consigo no FM armar um 4-2-3-1 que se defenda como um 4-4-1-1, fechando os espaços, mas eu vejo os adversários fazerem isso com certa facilidade. Enfrento adversários que atacam com quatro jogadores e se defendem com nove, e quando eu tento armar um esquema que contragolpeie em velocidade, o que acaba acontecendo é que meu time fica "preso" no próprio campo e tende a rifar demais a bola. E se eu ataco num 4-2-3-1, minha defesa fica cheia de buracos.

Eu sinceramente não sei como os adversários fazem, talvez uma combinação muito certinha de funções/tarefas e instruções até dê esse efeito, mas não faço ideia de como armar isso corretamente. E aqui fazendo uma crítica ao jogo, acaba que ficam dois pesos e duas medidas, porque os adversários de alguma forma conseguem construir um jeito de jogar que para mim parece quase impossível.

Considerando o 4-2-3-1, eu prefiro por exemplo outras versões dele - ou com dois volantes, meia ofensivo e pontas avançados, ou com dois volantes, meia central e meias laterais. Acho que acabam por ser mais aquilo que eu quero, ganho na fase defensiva e não perco nada na ofensiva (desde que setado corretamente, claro).

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Em 30/06/2021 em 09:38, Tsuru disse:

A grande questão para mim é outra: eu não consigo no FM armar um 4-2-3-1 que se defenda como um 4-4-1-1, fechando os espaços, mas eu vejo os adversários fazerem isso com certa facilidade.

É bem difícil, mas consegui um resultado satisfatório com um time mais fraco. Testei os pontas como Extremo e um Organizador aberto.

No meio, um MC/defender e outro MAA. Linhas no padrão. Laterais (não alas) convencionais em apoiar. Mentalidade Equilibrada.

Essa estrutura ficou meio passivona. Qualquer alteração mais "ofensiva" já destrói o trabalho.

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34 minutos atrás, schacoffee disse:

É bem difícil, mas consegui um resultado satisfatório com um time mais fraco. Testei os pontas como Extremo e um Organizador aberto.

No meio, um MC/defender e outro MAA. Linhas no padrão. Laterais (não alas) convencionais em apoiar. Mentalidade Equilibrada.

Essa estrutura ficou meio passivona. Qualquer alteração mais "ofensiva" já destrói o trabalho.

É complicado, parece que encontrar esse equilíbrio entre defesa e ataque é das coisas mais difíceis.

Talvez jogar num 4-2-3-1 normal com mentalidade mais baixa (Cautelosa ou Equilibrada, provavelmente) dê um ponto de partida naturalmente mais agressivo correndo menos riscos, permitindo a partir daí ajustar funções, tarefas e instruções para obter algo mais parecido com o que estamos falando. Ou o inverso - um 4-4-4-1 muito agressivo, com uma mentalidade bem alta.

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  • 3 semanas depois...
1 hora atrás, Rudsonnunes disse:

    O futebol cada vez mais burocrático, 4-1-4-1 e 4-4-1-1 ate o famoso 4-4-2  está sumindo.  

     

mas essas formações citadas são justamente para isso. Legal seria uma 2-3-5 ou 3-4-3, e afins.

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  • 2 meses depois...
Em 17/06/2021 em 09:50, ggpofm disse:

E se a sua intenção for justamente atrair o adversário até sua defesa porque confia que conseguirá escapar da pressão com a troca de passes a partir de seu terço defensivo? E aí, voltamos naquela conversa que tivemos no Boteco. Quem age e quem reage?

O nome disso é saída sustentada.

Quando vc sai pela defesa, recuando laterais e volante pra encontar passes curtos e rápidos, atraindo cada vez mais o adversário pra liberar espaço do meio pra frente pros seus atacantes ou pontas usarem a velocidade.

 

Portanto, sair pela defesa pode ser uma característica de vários estilos de jogo, não somente do famoso tiki-taka. Já pegando o ganho do colega do outro comentário tbm

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  • 7 meses depois...

Além do 4-4-1-1 e o 4-4-2, na teoria, o 4-3-3 para mim é a formação perfeita pois ocupa todos os espaços do campo. Porém, ela não defende tão bem quanto eu gostaria. Por isso, o 4-1-4-1 acabou tornando-se uma opção para mim, cujo me fez até voltar a animar com o jogo.

Todavia, vendo muitas críticas a formação e isso tem me deixado com uma pulga atrás da orelha. Por mais que os resultados que eu tenha tido com essa formação, sejam animadores, sinto que pode ser uma fase talvez e não uma formação que irá me dar uma solidez ao ponto de ser uma minha formação base.

Editado por Banton
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  • Diretor Geral
13 horas atrás, Banton disse:

[...] Por isso, o 4-1-4-1 acabou tornando-se uma opção para mim, cujo me fez até voltar a animar com o jogo.

Todavia, vendo muitas críticas a formação e isso tem me deixado com uma pulga atrás da orelha. Por mais que os resultados que eu tenha tido com essa formação, sejam animadores, sinto que pode ser uma fase talvez e não uma formação que irá me dar uma solidez ao ponto de ser uma minha formação base.

Comigo ela nunca funcionou COMPLETAMENTE (atacando e defendendo com eficiência). Ela me dava muita solidez defensiva, inclusive com um bom controle da posse mas na parte ofensiva meu time ficava praticamente estéril. E eu nunca consegui acertar isso, essa fase do ataque dela.

Aí acabo utilizando-a somente como opção defensiva ou de segurança do resultado.

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    • Danut
      Por Danut
      Introdução
      Olá pessoal,
      recentemente descobri a existência do canal no Youtube "Evidence Based Football Manager" (Football Manager Baseado em Evidências). Nesse canal, o autor faz uma série de testes estatísticos para tentar entender melhor o funcionamento do Football Manager por trás dos panos, a fim de identificar como realmente funcionam as diversas mecânicas do jogo. 
      Eu achei extremamente interessante: o Football Manager é um jogo que tem muitos elementos interligados, cujo funcionamento é escondido do jogador. Em situações normais de jogo, uma mesma situação (o resultado de um jogo, o desenvolvimento de um jogador, etc.) pode ser influenciada por tantas coisas diferentes que é quase impossível determinar quais fatores estão impactando no resultado. É comum encontrar guias sobre um mesmo tema listando elementos completamente diferentes como fatores, e o jogador acaba sem saber qual deles realmente influenciam no jogo. 
      Pois a ideia desse canal é justamente trabalhar os diversos fatores do jogo de forma isolada, a fim de identificar o impacto que cada um deles tem na mecânica do Football Manager, e fazer isso com base em resultados estatísticos comprovados, e não apenas na experiência de jogo e achismo de cada um. 
      Nesse tópico, minha ideia é trazer um resumo dos vídeos da série "Mecânicas de Dia de Jogo" apresentada no canal citado. Nela o autor busca identificar quais fatores impactam no desempenho da equipe no jogo, para além da tática e da qualidade dos jogadores. 
      Vale mencionar que os temas abordados nessa série foram todos testados no FM 2024. Contudo, podemos assumir com certo grau de certeza que essas mecânicas são muito semelhantes (ou mesmo iguais) em outras edições recentes do jogo. 
      Se você fala inglês, eu recomendo fortemente deixar esse tópico e ir lá assistir os vídeos, pois eles são muito bem feitos e trazem muito mais informação do que eu vou ser capaz de apresentar aqui. Por outro lado, espero que esse tópico possa servir para trazer um pouco desse conteúdo para aqueles que não falam inglês, além de resumir os dados mais importantes em um formato mais fácil de ser revisado do que um conteúdo em vídeo. 
      Uma última palavra antes de entrar no conteúdo do guia propriamente dito: destrinchar as mecânicas do jogo por debaixo dos panos não é algo que interessa a todos os jogadores. A própria SI acha que isso piora a experiência ao jogar FM - tanto é que eles nunca divulgam esse tipo de informação. Se você acha que descobrir sobre o funcionamento dos números por debaixo dos panos vai tirar parte da mágica do jogo, talvez seja melhor não seguir na leitura desse tópico. 
       
      Parte 1 - A vantagem de jogar em casa realmente existe no Football Manager?
      Para responder a essa pergunta, o autor dos vídeos criou duas equipes exatamente iguais, usando a mesma tática, com todos os jogadores com valor 10 em todos os atributos, e colocou elas para se enfrentarem 2 mil vezes. Os primeiros mil jogos foram disputados em estádio neutro, enquanto que os mil jogos seguintes foram disputados com o time A jogando em casa, e o time B como visitante. 
      Na primeira situação, jogando em estádio neutro, os resultados foram os seguintes:
      Vitória do time A: 35,9% das partidas Vitória do time B: 37,2% das partidas Empate: 26,9% das partidas Como podemos ver, jogando em estádio neutro, as duas equipes tiveram resultados muito parecidos. O time B venceu 1,3% de jogos a mais, mas isso se explica pela simples variância que existe no jogo. É como jogar uma moeda para cima: se fizermos isso mil vezes, o resultado provavelmente não será exatamente 500 vezes cara e 500 vezes coroa. Mas, se a moeda não for viciada, o número deve ficar próximo disso. 
      Passando para a segunda situação, jogando no estádio do time A, os resultados foram os seguintes:
      Vitória do time A: 44% das partidas (+8,1% de vitórias). Vitória do time B: 28,3% das partidas (-8,9% de vitórias) Empate: 27,7% das partidas (+0,8% de empates) As diferenças em relação ao primeiro cenário são bastante significativas. Jogar em casa aumentou bastante o número de vitórias do time A, e diminuiu as vitórias do time visitante. Os empates se mantiveram relativamente constantes, sendo provável que jogar no próprio estádio ou em estádio neutro não afete significativamente o número de partidas que terminam empatadas. 
      Por outro lado, a partir desses dados, podemos concluir que a diferença de desempenho da equipe jogando no próprio estádio ou em estádio neutro é de cerca de 8% a 9%.
      Ainda, temos que considerar que normalmente quando não estamos jogando no próprio estádio estamos jogando no estádio do adversário (e não em estádio neutro, que costuma ser utilizado só em finais de copa e outras situações extraordinárias). Nesse caso, a diferença na quantidade de vitórias esperadas entre um jogo em nosso estádio e um jogo no estádio do adversário é de aproximadamente 16% a 18%. Simplificando um pouco, isso significa que a cada seis partidas disputadas entre duas equipes semelhantes, a equipe da casa deve vencer uma delas simplesmente por estar jogando em seu estádio. 
      Portanto, esses resultados mostram que o Football Manager possui sim alguma mecânica que dá vantagem ao time que está jogando em seu próprio estádio. Infelizmente não é possível saber exatamente o que muda na engine do jogo para concretizar essa vantagem. Mas que ela existe, existe. 
       
      Outro dado interessante observado no vídeo diz respeito à quantidade de gols marcados. No primeiro cenário, em estádio neutro, os resultados foram os seguintes:
      Gols marcados pelo time A: 1.682 Gols marcados pelo time B: 1.661 Como podemos ver, com duas equipes iguais, jogando com a mesma tática, e partida em estádio neutro, os times marcaram quase a mesma quantidade de gols. Mais uma vez, a diferença é tão pequena que pode ser atribuída à variância normal do jogo. 
      Por outro lado, quando observamos as partidas disputadas no estádio do time A, um dos resultados muda drasticamente:
      Gols marcados pelo time A: 1.703 (+1,2% de gols marcados) Gols marcados pelo time B: 1.377 (-17,1% de gols marcados) Podemos ver, portanto, que a principal diferença entre jogar em casa, em estádio neutro, ou fora de casa, é que os times que jogam fora de casa marcam menos gols. Não temos certeza de quais mecânicas do jogo levam a esse resultado, mas podemos concluir que o Football Manager faz com que a equipe jogando como visitante atue de forma mais defensiva, mesmo que o treinador não faça nenhuma alteração tática nesse sentido. 
       
      Para concluir esse primeiro capítulo, o autor do vídeo ainda faz alguns testes para observar se utilizar uma tática mais defensiva nos jogos fora de casa traz melhores resultados. Essa é uma estratégia comum na vida real, com equipes jogando mais atrás quando estão como visitantes, e algo que muitos buscam replicar no Football Manager.
      Não vou trazer os detalhes desse teste para cá por ser um pouco mais chato de explicar sem o vídeo, e também porque os resultados são um pouco menos confiáveis do que o restante do que foi visto até aqui. Mas, resumindo, o autor conclui que utilizar uma tática mais defensiva do que o usual ao jogar fora de casa reduz o número de gols de ambas as equipes. Porém, a redução no número de gols marcados pela equipe visitante é maior do que a redução no número de gols sofridos. Ou seja: se o seu time normalmente joga com uma tática ofensiva, trocar para um esquema defensivo ao jogar fora de casa provavelmente resultará em mais derrotas do que manter o mesmo estilo de jogo que é utilizado em casa.
      Por outro lado, se o seu objetivo é apenas evitar uma goleada (como, por exemplo, quando se tem uma boa vantagem construída na eliminatória), então jogar de forma mais defensiva pode ser efetivo em diminuir o número total de gols da partida. Da mesma forma, utilizar esquemas mais defensivos de forma moderada para segurar o placar quando já se está em vantagem pode dar resultados. O que não parece compensar é a utilização de esquema defensivo durante os 90 minutos, apenas por estar jogando no estádio do adversário. 
       
      Com isso concluímos o primeiro capítulo dessa série. No próximo post, pretendo fazer um resumo do segundo vídeo da série, no qual o autor aborda o impacto da condição física dos jogadores na sua performance de jogo. 
    • JeanMichell6
      Por JeanMichell6
      Depois de mais de 1000 horas no FM 2021, eu tive a brilhante ideia de subir o Corinthian-Casuals da National 7 até a Premier kkk

      No entanto, o time é Amador e estou na National 2 e não estou conseguindo montar elenco competitivo uma vez que não posso pagar salarios e sempre que algum jogador se destaca eu perco ele de graça para outro time.
      Alguem já fez esse desafio de jogar com um time Amador, sabe me dizer se em algum momento ele se torna Profissional, o meu clube já foi adquirido por um consórcio e tem 8 Milhões no caixa mas continua amador
    • Danut
      Por Danut
      Obrigado ao @Fujarrapelo belo banner.
      Olá pessoal, sejam bem-vindos ao meu novo save. Depois de um tempo longe do FM, voltei a acompanhar o que o pessoal tem criado aqui na área. Pretendia ficar apenas como leitor, mas ver as histórias alheias reacendeu minha vontade de jogar, então cá estamos.
      Sem muita enrolação, vamos para a explicação do desafio: vou jogar um desafio de base na África do Sul. Para quem não sabe, o desafio de base é um tipo de save no qual o time treinado está proibido de contratar jogadores, seja por transferência, empréstimo ou mesmo atleta livre no mercado. A única possibilidade de reforçar a equipe é através dos atletas formados na própria base. No desafio original, também se começa com a equipe mais fraca da divisão. No meu caso, não vou seguir essa diretriz, tendo selecionado o clube que achei mais interessante para a proposta. No próximo post farei a apresentação do clube e explicarei a escolha.
      Falando em explicar escolhas, acho importante explicar a escolha do save, pois ela também ajudará os potenciais leitores a compreenderem o que esperar do tópico. Basicamente, eu tinha me decidido a voltar a jogar FM, mas não queria algo muito complicado. Pode parecer paradoxal ter chegado a um desafio de base a partir da busca por algo não muito complicado, mas eu considero que o desafio de base é mais um save longo do que um save complicado. Só o fato de não precisar lidar com observação e contratações já tira metade da enrolação de um save de FM. Fora isso, a rotatividade no elenco tende a ser mais baixa que em outros tipos de desafio, o que permite que o treinador já tenha uma noção do que esperar de seus atletas com o passar dos anos.
      Outro ponto fundamental é que, como o foco é no longo prazo, o desafio de base não precisa se ocupar tanto do dia a dia do clube. Minha pretensão inicial é seguir um estilo de postagem muito menos detalhado do que o que eu costumo utilizar nos meus tópicos, trazendo apenas uma ou duas atualizações por temporada e focando bem mais no panorama geral do que em cada jogo específico. Originalmente eu nem ia trazer o save aqui para a Profissão: Manager, mas aí pensei que a proposta é suficientemente diferente do usual para justificar a presença aqui. E também será um bom exercício para mim, tentar trazer uma história em um formato mais enxuto do que costumo fazer. Os que me acompanharem nessa jornada vão poder dizer no futuro se esse objetivo de escrever menos foi bem alcançado (a julgar por essa introdução, não será).
      Sobre a escolha do país propriamente dita, não teve nenhuma razão especial. Decidi que queria fazer um desafio de base em um país diferente dos suspeitos tradicionais. Bati o olho na África do Sul e resolvi ver as equipes que existiam por lá. Gostei de uma delas e fui adiante.
      Em relação aos detalhes iniciais do save, carreguei apenas as duas ligas da África do Sul, com uma base de dados pequena, pensando no bem do meu velho laptop. Como mostra a tag do tópico, estou jogando no FM 2021, que é o último que eu tenho. Iniciei o save em 19/10/2020, no começo dos jogos oficiais da 2ª divisão (pulei a pré-temporada, já que sigo a corrente que acha que amistoso e ficar em casa dormindo tem o mesmo impacto). Selecionei mascarar atributos e sem orçamentos na primeira janela (não que vá contratar alguém).
      Além disso, por descuido, deixei a possibilidade de utilizar o editor do jogo ativada. Como não ia postar o save aqui não me prestei a reiniciar só por isso. Depois mudei de ideia sobre postar, mas aí já não queria voltar tudo. Enfim, digo isso só para que todos fiquem cientes, mesmo que não esteja fazendo uso do editor. Já vi que dá para esconder o botão do editor nas opções do jogo e fiz isso. Não pretendo utilizá-lo para nada. Se o fizer, será em um futuro muito distante para brincar com o save no encerramento da sua vida útil, e deixarei bem avisado a todos.
      Feitas todas as considerações, é hora de partir para o jogo. No próximo post vou apresentar a equipe e as competições.
    • jvitorsch
      Por jvitorsch
      Fala turma, estou com um bug meio bizarro no meu FM 2021. A classificação das equipes argentinas está totalmente bugada. Quem deveria jogar a Libertadores está classificado para a sulamericana e vice-versa. O próprio River Plate que venceu a última libertadores no meu save, está classificado para jogar a sulamerica e não a libertadores. 
       
      Obs: Uso BRMundiUp e o jogo não é pirata. Estou no ano de 2023, segunda temporada no meu save. 
    • emmystos
      Por emmystos
      Alguém tem ainda alguma licença de FMRTE 21 para vender?
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