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O dia em que me tornaram petista


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O dia em que me tornaram petista

Por Matheus José Maria

Todos tem um limite, mesmo os jornalistas e fotojornalistas e embora seja difícil de chegar a ele, hoje eu cheguei.

E passei dele.

Começo esse texto com dois pedidos de desculpas:

1º — Sei que várias vezes critiquei a postura de alguns fotógrafos que se deixavam levar pelo calor da situação quando deveriam apenas observar e registrar, mas hoje fui eu quem se viu nessa situação;

2º — Não irei usar uma linguagem jornalística neste texto. Já que cruzei a fronteira uma vez, vou aproveitar a viagem, então se preparem, não vou segurar a língua.

Pois bem, já sabia que hoje seria um espetáculo bizarro, cheio de coisas que, como diria um grande amigo meu (abraço Américo), fariam um macaco vomitar.

Normalmente eu parto da política de apenas registar fotograficamente os eventos sem interferência nenhuma, sem questionar ou discutir além do necessário para o trabalho, mas acho que todo mundo tem um limite além do que, já deixei para trás faz tempo a ilusão de que existe o jornalismo imparcial. Aliás, essa foi uma descoberta bacana, porque pude entender que posso me posicionar e ainda assim fazer um trabalho jornalístico decente.

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“A frigideira é francesa e a colher é italiana, mas comprei com o meu dinheiro.” — Frase dita pelo acompanhante da retratada.

Já no final da tarde, um grupo de membros dos Jornalistas Livres, resolveu fazer uma intervenção onde uma bandeira do Brasil era estendida e uma pessoa deitava sobre ela, toda coberta de sangue (ketchup só para constar) enquanto sua mãe pranteava sua morte. Depois disso, um cartaz era colocado com os dizeres Falta vermelho nessa bandeira. Claro que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso teria notado que isso era uma menção à chacina ocorrida no final de semana em Barueri e Osasco, mas como o “sangue” era vermelho, isso foi o suficiente para decretar que aquelas pessoas eram petistas. Sem julgamento, sem chance de defesa, apenas com um júri/juiz/executor, ou melhor dizendo, uma turba de acéfalos que não faziam ideia do que estavam falando.

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Intervenção realizada por membros dos Jornalistas Livres criticando a violência na periferia e fazendo referência aos assassinatos ocorridos neste final de semana em Barueri e Osasco

É claro que não sou ingênuo de achar que essa ação por mais que tenha um fundo crítico e politizado, teve sua parte de provocação, mas até então isso não deveria ser problema já que todos batiam no peito ao dizer que era um protesto pacífico e democrático (precisam urgentemente rever o conceito de democrático) além de sequer terem mencionado “aqueles que não devem ser nominados” (só para não ficar dúvida, estou falando de Dilma, Lula e o PT).

Durante a performance, quando a atriz estava deitada, duas pessoas que são dessa gente de bem resolveram participar da intervenção (#sqn) da forma que esse povo entende por democracia: Uma senhora, na casa dos seus 40 anos, muito bem vestida resolveu pintar a testa da atriz com as tintas que ela carregava. Um outro rapaz, mais eufórico, pegou uma caneca de plástico, também cheia de tinta, e atirou contra ela.

A atriz, como uma boa morta, não se mexia, não reclamava, apenas ficava ali inerte, cumprindo o seu papel e jogando na cara deles uma realidade que praticamente todos ali faziam questão de ignorar.

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Manifestantes pintam e atiram tinta contra atriz durante intervenção criticando a violência contra os jovens negros da periferia

Quando a atriz se levantou já no encerramento da intervenção, ela ficou ali parada, em pé, com o olhar perdido e ignorando os gritos que a chamavam de bandida, vagabunda, ladrão (sim, eles tem problemas em concordar os gêneros eu acho) e outras coisas.

Não bastasse, mais um manifestante resolveu colar na testa dela um adesivo, numa pífia tentativa de chamar a atenção ou, a probabilidade que mais me assusta, de realmente achar que estava fazendo algo bom, algo correto.

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Manifestante cola adesivo em atriz durante ato criticando a violência nas periferias

Depois disso, me dirigi ao cidadão que jogou a tinta na atriz e à mulher que havia pintado o rosto dela. Ambos estavam próximos (talvez a gente realmente atraia aquilo que emanamos…) e pedi se podia gravar uma declaração deles sobre o que havia acontecido ali e também sobre o que fizeram.

O cara (vou chamá-lo assim já que nem o nome quis dizer) diz “Não cara, melhor não” e a mulher diz “não quero, não autorizo”. Nessa hora perguntei porque eles tiveram peito de jogar a tinta, mas não tinham a mesma coragem para falar e serem filmados e a resposta foi o primeiro passo além do meu limite.

O cara me chama de canto e fala baixo em meu ouvido que não queria falar porque ele já havia sido filiado a partidos políticos e isso poderia pegar mal para ele. Bizarro não? Jogar tinta em uma pessoa não pega mal, mas dar uma entrevista falando o porque de ter feito isso pega muito mal.

A dama da paulista disse que fez isso porque era uma provocação dos petistas, quando retruquei dizendo que aquele ato não tinha relação com o PT e era uma crítica aos assassinatos do final de semana. Com toda a educação do mundo (e arrogância de um burguês no sentido literal da palavra) ela me disse que “Ali não era lugar pra fazer isso. Se quisessem protestar que fossem fazer isso lá em Osasco e não ali na Paulista”. Com um profundo pesar (pelo tipo de ser humano que ela era) perguntei se a violência na periferia não era uma pauta que merecia ser levada às ruas, mas ela disse que “não, coisa da periferia tem que ser resolvida na periferia” e após proferir essa frase abundante em bondade, democracia e justiça (vale lembrar que virava e mexia se ouvia nos trio elétricos alguém dizendo que eles não estavam lá por se preocuparem com seus próprios umbigos, mas sim por querer o melhor para o país todo. Aham… senta lá Cláudia!) ela encerrou o assunto dizendo “Você não concorda comigo e eu não concordo com você, então não tem porque conversarmos.”. Não sei se só para mim isso soou como você está comigo ou está contra mim.

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Selfies e fotos com os policiais da Tropa do Choque que posavam ao lado dos blindados recém adquiridos foram frequentes durante todo o dia

Saí dali e fui até a esquina onde os atores haviam ido para retomar a intervenção, próximo de um destacamento de policiais.

Novamente foram seguidos por várias pessoas que continuavam com seus gritos de ordem (aqueles que falei antes lembram? Petistas, vagabundos, ladrões, miseráveis e outros. Lembraram?). Nesse momento eu já estava bem frustrado e de saco cheio, mas ainda mantinha a determinação de tentar apenas observar até que novamente escuto um senhor com os seus 60 e tantos anos chamar eles de petistas. Parei e perguntei (acreditem, de forma educada. Pasmem!!!!) se ele sabia que aquilo era uma crítica a chacina que havia acontecido em Osasco e o que ele achava disso.

“Foi muito bom que tenham feito isso. Tinha que matar mesmo.”.

Não dava mais, aí fodeu tudo e a paciência e tolerância foram para o saco. Um outro senhor, da mesma faixa etária, veio falar que essa chacina tinha sido de traficante matando traficante e eu disse que não, com certeza aquilo era trabalho de policiais.

Pronto, acabou a educação. Entre perguntas se eu sabia o que era um inquérito e que os jornais só mentiam, a coisa foi chegando ao ponto em que eu virei “um bosta” e logo depois eu já era a escória e sei lá mais o que. Nessa hora confesso que entrei na pilha dele e fiquei de saco cheio e comecei a discutir.

Errei? Talvez, mas não tenho sangue de barata e até que demorou para ele ferver. Era insano discutir com ele, argumentos desconexos, um ódio cego e sem sentido. Quando ele me xingou a primeira vez eu perguntei se eu o havia ofendido ou se ele me conhecia para afirmar esse tipo de coisa. Disse que eu era um petista e que eu estava ali fotografando de graça. Então eu disse que não, que eu estava fazendo fotos para uma agência de fotografia e ele me pergunta se eu não quero então fotografar de graça um aniversário ou casamento para ele.

Alguém entendeu?

Nessa hora eu já comecei a tirar sarro e dizer que ele devia ir jogar bingo ou sentar na praça para jogar milho para os pombos ao invés de ir lá ficar falando besteira, mas como não sou ruim, também disse para ele maneirar porque naquela idade ele já devia tomar cuidado com a pressão e não ficar tão exaltado (ok, fui irônico sim caso alguém não tenha notado).

Seria engraçado se não fosse trágico você ouvir um senhor de idade (mas lembrem-se, os canalhas também envelhecem) dizer:

— Esse é um protesto pacífico e respeitoso. Seu bosta!!!!!

Se isso é um protesto pacífico e respeitoso, gostaria de saber qual a visão dele de um protesto agressivo e desrespeitoso. Não, pensando bem não quero não.

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Manifestante fantasiado como Capitão Brazuca” e outro pedindo ajuda ao presidente norte-americano Barak Obama

A essa altura, outros amigos fotógrafos intervieram para tentar acalmar os ânimos e também começaram a ser agredidos verbalmente pelas pessoas que se amontoavam ali.

Os policiais próximos do tumulto fizeram o que passaram o dia todo fazendo: Ficaram de paisagem.

Os gritos cessaram e segundo alguns que estavam ali e afirmaram categoricamente, eu era um petista. Engraçado pensar que eu nem sabia que o era, até porque eu justifiquei meu voto nas últimas eleições (mas votaria na Dilma se tivesse votado).

Hoje senti na pele a tal da polarização que tanto se fala. Ou você é uma coisa ou você é outra e ponto final. Alguns amigos disseram que eu havia vacilado em entrar na pilha do velho (velho no sentido de retrógrado e anacrônico e também da idade), mas chega uma hora que não dá para ouvir tanta besteira e se calar.

Sempre pensei que o trabalho de um fotojornalista é o de mostrar a realidade e provocar mudanças, mas além de disso acho que o principal é não perder a capacidade de se indignar com as injustiças.

Posso ter errado do ponto de vista jornalístico, profissional, porém não me arrependo e faria tudo de novo se fosse necessário.

O Brasil está ferrado como está? Sim, sem dúvida alguma, mas se essas pessoas são a única solução, então infelizmente o país tem um triste futuro pela frente.

E quando eu estava indo embora, cutucaram meu ombro. Uma moça que estava ali e que eu nunca tinha visto. Ela estava ali para encontrar com o namorado e não me conhecia, mas quando me virei para ela, me deu um sorriso e disse:

— Parabéns pela coragem em enfrentar eles pelo que é certo.

Errei? Talvez tenha errado, mas quer saber? Foda-se, não tem preço a consciência tranquila por ter feito o que é certo.

Ou pelo menos o que acredito ser.

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FONTE

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Ler esse texto foi nada mais nada menos que mais um dos vários socos no estômago em base a acefalia coletiva de uma parte da nação.

Neo-fascismo: a gente vê por aqui.

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Ler esse texto foi nada mais nada menos que mais um dos vários socos no estômago em base a acefalia coletiva de uma parte da nação.

Neo-fascismo: a gente vê por aqui.

O que é neo-fascismo, no que ele se diferencia do fascismo e por que ele (ou o fascismo) estiveram nas ruas dia 16 de agosto?

Às vezes eu acho engraçado a banalização de termos assim.

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O que é neo-fascismo, no que ele se diferencia do fascismo e por que ele (ou o fascismo) estiveram nas ruas dia 16 de agosto?

Às vezes eu acho engraçado a banalização de termos assim.

Vamos entrar mesmo nesse pré-suposto? 

Defina "banalização de termos assim".

EDIT: Se vai puxar um parágrafo pra explanar as diferenças de um e de outro e porque não se encaixam no 16 de agosto, por favor, leia nacionalismo exacerbado ao invés de neo-fascismo.

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Vamos entrar mesmo nesse pré-suposto? 
Defina "banalização de termos assim".

EDIT: Se vai puxar um parágrafo pra explanar as diferenças de um e de outro e porque não se encaixam no 16 de agosto, por favor, leia nacionalismo exacerbado ao invés de neo-fascismo.

Ok, aí sim posso concordar contigo, embora não tenha sido isso que vimos nesse domingo.

Sobre "banalização de termos assim", me referi especificamente ao fascismo, de como ele tem virado palavra de ordem pra parte da esquerda que quer falar contra algo, mas não sabe muito bem defini-lo, então define como "fascista" (sendo que o fascismo foi um movimento político bem específico, na Itália dos anos 30/40, etc etc.) Mas é uma questão que não interessa, mesmo. Segue o baile.

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O mais triste do relato desse cara é que COM CERTEZA uma repressão parecida ocorreria se fosse um ato pró-governo ou pró-PT.

Outra coisa que eu acho triste é que uma coisa é um moleque novo, que nasceu ontem ter atitudes e posições como a dos senhores do texto, as vezes o cara não sabe nem o que tá falando e tá indo na onda. Outra é nego que VIVEU A REPRESSÃO, VIVEU A DITADURA, VIU COM OS PRÓPRIOS OLHOS A MERDA QUE FOI (pelo visto não acharam uma merda) e ainda ter posições, visões como essa. Sério, eu tenho uma puta dificuldade de entender como isso é possível.

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O mais triste do relato desse cara é que COM CERTEZA uma repressão parecida ocorreria se fosse um ato pró-governo ou pró-PT.

Outra coisa que eu acho triste é que uma coisa é um moleque novo, que nasceu ontem ter atitudes e posições como a dos senhores do texto, as vezes o cara não sabe nem o que tá falando e tá indo na onda. Outra é nego que VIVEU A REPRESSÃO, VIVEU A DITADURA, VIU COM OS PRÓPRIOS OLHOS A MERDA QUE FOI (pelo visto não acharam uma merda) e ainda ter posições, visões como essa. Sério, eu tenho uma puta dificuldade de entender como isso é possível.

Simples BKS. Essas pessoas na verdade não viveram a ditadura, não viveram a repressão da época, pois estavam alienados e fecharam os olhos para a merda que foi o regime militar.  Se estivéssemos numa ditadura realmente, 95% destas mesmas pessoas não estariam protestando,pois dificilmente iriam encarar uma repressão forte do regime. Não sei se sinto pena ou fico triste por pessoas assim. 4% desistiriam na primeira cacetada e talvez, eu disse talvez, 1% ainda resistiriam.

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Grande texto, dando bem o tom do que foi a manifestação, o que eu vi de gente que nunca bateu "um prego em uma barra de sabão" se arvorando no Facebook como paladino da moralidade, gente que não sabe quanto custa 1 kg de feijão no supermercado, que foi pra manifestação com camisa pirata do time da CBF e depois vem pagar de politizado e esclarecido pedindo o impeachment de Dilma sem saber como, porque ou se cabe impeachment ainda por cima exaltando aberrações como Bolsonaro, Ronaldo Caiado, Agripino Maia, Eduardo Cunha e porcarias do tipo.

Quando eu fiz o mesmo questionamento sobre a chacina de Osasco ou sobre uma chacina que teve aqui em Salvador no começo do ano me veio com a mesma explicação "não é hora e nem local de se discutir isso, problemas da periferia são resolvidos lá..."

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Outra coisa que eu acho triste é que uma coisa é um moleque novo, que nasceu ontem ter atitudes e posições como a dos senhores do texto, as vezes o cara não sabe nem o que tá falando e tá indo na onda. Outra é nego que VIVEU A REPRESSÃO, VIVEU A DITADURA, VIU COM OS PRÓPRIOS OLHOS A MERDA QUE FOI (pelo visto não acharam uma merda) e ainda ter posições, visões como essa. Sério, eu tenho uma puta dificuldade de entender como isso é possível.

Por curiosidade bks? Em que ano tu nasceu?? Jurava que tu era mais novo que eu, não sabia que tinha vivido naqueles tempos, uaeheauuea, bota tiozão.. kkkkkkkkkk

99% das pessoas que eu conheço que viveram aquela época não reclamam de repressão nem nada do tipo, e isso não é jeito de falar, acho que conheço 3 ou 4 pais de amigos que disseram que chegaram a apanhar naquela época.

Não defendo nem ataco porque simplesmente não vivi aquela época, o que muita gente fala é que não se podia protestar contra o governo como pode se fazer hoje, mas aí vamos pro lado prático da situação, de que adianta hoje protestar contra o governo?? É a mesma coisa que não protestar por que resultado não tem nenhum.


Ahhh, mas muita gente morreu naquela época vítima da ditadura...E quantas pessoas morrem hoje vítimas de uma segurança pública ineficiente(não que naquela época fosse), mas alguém tem os dados de homidicios naquela época e comparando com hoje em dia? Será que antigamente era tão mais violento que é hoje?? Minha cidade que eu sempre me orgulhei de dizer que era extremamente tranquila já teve 4 homícidios esse mês, deve ser algum recorde histórico isso, com toda certeza...

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Por curiosidade bks? Em que ano tu nasceu?? Jurava que tu era mais novo que eu, não sabia que tinha vivido naqueles tempos, uaeheauuea, bota tiozão.. kkkkkkkkkk

99% das pessoas que eu conheço que viveram aquela época não reclamam de repressão nem nada do tipo, e isso não é jeito de falar, acho que conheço 3 ou 4 pais de amigos que disseram que chegaram a apanhar naquela época.

Não defendo nem ataco porque simplesmente não vivi aquela época, o que muita gente fala é que não se podia protestar contra o governo como pode se fazer hoje, mas aí vamos pro lado prático da situação, de que adianta hoje protestar contra o governo?? É a mesma coisa que não protestar por que resultado não tem nenhum.


Ahhh, mas muita gente morreu naquela época vítima da ditadura...E quantas pessoas morrem hoje vítimas de uma segurança pública ineficiente(não que naquela época fosse), mas alguém tem os dados de homidicios naquela época e comparando com hoje em dia? Será que antigamente era tão mais violento que é hoje?? Minha cidade que eu sempre me orgulhei de dizer que era extremamente tranquila já teve 4 homícidios esse mês, deve ser algum recorde histórico isso, com toda certeza...

Eu sou /96 velho. Claro que sou mais novo que tu pô. A parte da ditadura eu falei com base sei lá, no que aprendi na escola, no que meu pai, minha família no geral passou pra mim, que eu li sobre, enfim, algo que acho que tá disponível pra todos.

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Será que antigamente era tão mais violento que é hoje??

E você confiaria um dado de tamanha importancia a um governo ditatorial? acha MESMO que eles divulgariam algo que fosse prejudicar o Estado?

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Vaz, cala a boca cara, na moral. Meus pais viveram nessa época, meus pais pichavam muro a favor da liberdade que você e eu temos hoje, se fossem pegos não estariam vivos pra contar história.

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Ah na boa, prefiro acreditar que o Vaz criou um personagem só pra criar polêmicas aqui no fórum. Não é possível... 

Todas as pessoas mais velhas que eu conheço, repudiam totalmente o período da ditadura e aí você me vem querer comparar uma possível "eficácia" de protestos nos dias de hoje com o período da ditadura??  

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E você confiaria um dado de tamanha importancia a um governo ditatorial? acha MESMO que eles divulgariam algo que fosse prejudicar o Estado?

De qualquer forma eu gostaria de ter essa informação, difícil dizer em grandes cidades, mas na minha região nunca houve tanta violência como nos tempos atuais, teve anos que a minha cidade chegou a registrar 3/4 homicidios, hoje tá batendo na casa dos 30...

Vaz, cala a boca cara, na moral. Meus pais viveram nessa época, meus pais pichavam muro a favor da liberdade que você e eu temos hoje, se fossem pegos não estariam vivos pra contar história.

Nem sei o que comento sobre essa informação cara....Sério, hehehehe

São reconhecidas durante os 21 anos de ditadura militar 300 e poucas mortes/desaparecimentos, os esquerdistas brandam dizendo que seriam próximos de 1.000 mortos/desaparecidos. Com certeza, muitos inocentes que lutavam pela democracia, mas também muitos destes 1.000 faziam parte daquele lado que organizava atentados/ataques, era uma guerra declarada de ambos os lados, claro que um deles controlava o poder e a repressão... Mas se tratarmos apenas como dados estatísticos 1.000 mortes em 20 anos(foram uns 26 anos de confrontos, mas 20 facilita o cálculo), isso dá 50 homicidios/ano no Brasil...

 

Por curiosidade, qual a taxa de homicidios DA CIDADE DE RECIFE atualmente??

Não há defesa pros homícidios e não é esse o ponto, a questão é que violência por violência, será que a repressão e a violência daquela época era pior que a de agora??

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Ah na boa, prefiro acreditar que o Vaz criou um personagem só pra criar polêmicas aqui no fórum. Não é possível... 

Todas as pessoas mais velhas que eu conheço, repudiam totalmente o período da ditadura e aí você me vem querer comparar uma possível "eficácia" de protestos nos dias de hoje com o período da ditadura??  

Mas ninguém tá defendendo a ditadura Igor, nem eu...

Acredito na democracia...

Mas algumas ditaduras são infligidas com armas, outras em cima da ignorância/necessidade do povo

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De qualquer forma eu gostaria de ter essa informação, difícil dizer em grandes cidades, mas na minha região nunca houve tanta violência como nos tempos atuais, teve anos que a minha cidade chegou a registrar 3/4 homicidios, hoje tá batendo na casa dos 30...

Nem sei o que comento sobre essa informação cara....Sério, hehehehe

São reconhecidas durante os 21 anos de ditadura militar 300 e poucas mortes/desaparecimentos, os esquerdistas brandam dizendo que seriam próximos de 1.000 mortos/desaparecidos. Com certeza, muitos inocentes que lutavam pela democracia, mas também muitos destes 1.000 faziam parte daquele lado que organizava atentados/ataques, era uma guerra declarada de ambos os lados, claro que um deles controlava o poder e a repressão... Mas se tratarmos apenas como dados estatísticos 1.000 mortes em 20 anos(foram uns 26 anos de confrontos, mas 20 facilita o cálculo), isso dá 50 homicidios/ano no Brasil...

 

Por curiosidade, qual a taxa de homicidios DA CIDADE DE RECIFE atualmente??

Não há defesa pros homícidios e não é esse o ponto, a questão é que violência por violência, será que a repressão e a violência daquela época era pior que a de agora??

1 -  as estatísticas eram manipuladas. 

2- antes de se fazer essa pergunta procure também a proporção de crescimento da população desde essa época até hoje aí você faz a média é vê se aaumentou ou não. 

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2- antes de se fazer essa pergunta procure também a proporção de crescimento da população desde essa época até hoje aí você faz a média é vê se aaumentou ou não. 

Geralmente estatísticas de homicidio são feitas em cima de homícidios por 100mil habitantes Ne0

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Não sou à favor da volta da ditadura, mas entre os relatos de toda a minha família, principalmente dosdos meus país, que antigamente era mais seguro, e o relatos de "entendedores" da internet que nasceram nos anos 90, fico com a minha família.

Acho um porre essas manifestações/micaretas e não tenho paciência pra nego batendo panela na minha cabeça.

Esse país tá fodido. É tudo uma merda.Taca fogo e em tudo e começa de novo porque o brasileiro, seja de direita ou esquerda, é merda por natureza.

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Gre-nalizaram a política há, sei lá, 1 ano. Quando o negócio fica desse jeito qualquer discussão vai ficar para a ignorância ou troca de acusação de parte-a-parte onde muito se quer falar e pouco escutar. Não vale a pena, ou você deixa de lado ou você tenta rir da situação.

Tenho que dizer que política está tão parecido com o Gre-nal que até nesse tópico sobre política tem o Vaz falando merda.

É muita estupidez defender uma ditadura, qualquer delas, da de Cuba até a de Cingapura. E sobre a questão da segurança pública tem muita, mas muita coisa que não está sendo levado em conta (fora a falta de estatísticas) na análise simplista feita.

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Se não fossem duas mulheres, era capaz de ter dado merda maior ainda.

Teve um grupo acho que em SP que os caras foram agredidos e a polícia também não prendeu ninguém, acho que só apartaram.

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