prostituição Prostitutas na Austrália postam selfies para mostrar "outra face" da profissão

[Leho.]

Prostitutas na Austrália postam selfies para mostrar 'outra face' da profissão

BBC Trending,

3 abril 2015

Tilly Lawless criticou 'generalização de profissionais do sexo'

Jovens garotas de programa na Austrália estão perdendo a inibição e declarando abertamente sua profissão nas redes sociais, na tentativa de desmistificar noções preconcebidas sobre elas. "Estudante universitária. Aspirante a advogada. Ativista. Filha, irmã, profissional do sexo. Não preciso ser resgatada."

Comentários assim estão sendo postados por centenas de prostitutas australianas a respeito de si mesmas, usando a hashtag #facesofprostitution (rostos da prostituição, em português). A iniciativa começou no domingo, no Instagram, pela estudante de história e garota de programa Tilly Lawless, de 21 anos. Era uma resposta a um texto em um blog, republicado na semana passada pela popular revista feminina online Mamamia.

O blog foi escrito para marcar o 25º aniversário do filme Uma Linda Mulher (em que a prostituta interpretada por Julia Roberts e seu "príncipe encantado" se apaixonam) e argumentava que a realidade de profissionais do sexo é muito mais dura do que a apresentada no cinema.

Escolha

Muitas garotas de programa se assumiram publicamente como tal pela primeira vez

Tilly Lawless criticou a forma como o texto "generalizava os profissionais do sexo" e "retratava toda a prostituição como danosa". Ela trabalha como garota de programa há dois anos, mas apenas começou a se identificar publicamente como tal dois meses atrás em Sydney, onde a prostituição é legalizada.

Ela decidiu postar uma foto de si própria em sua conta no Instagram para mostrar uma outra face da prostituição - a de uma jovem que diz ter feito uma escolha informada para se tornar uma profissional do sexo - como um protesto contra o blog.

Pouco depois, Tilly foi contactada pela Associação Australiana de Profissionais do Sexo, que perguntou se ela poderia postar a hashtag também no Twitter. E daí o movimento começou: centenas de jovens (em sua maioria mulheres e australianas) prostitutas postaram imagens mostrando seus rostos ao mundo. Para muitas delas, era a primeira vez que se assumiam publicamente, nas redes sociais, como prostitutas.

"Fiquei positivamente surpresa", disse Lawless à BBC, porque profissionais do sexo "raramente são humanizados como indivíduos; com frequência falam de nossos corpos, mas colocar nossos rostos nas redes sociais é algo tão poderoso".

Muitos dos que aderiram à iniciativa compartilharam as críticas ao blog australiano. A prostituta Holly queixou-se que a foto usada no artigo - mostrando prostitutas vítimas de tráfico humano no Leste Europeu - não representa "a nossa experiência".

Holly diz que tráfico sexual não representa a sua realidade

"O artigo era ofensivo", agrega a prostituta e atriz Madison Missina. "(O texto) usa o argumento do tráfico sexual para silenciar nossa voz e, ao mesmo tempo, silenciar a voz também das vítimas do tráfico."

O texto sobre Uma Linda Mulher foi publicado originalmente no site de um grupo cristão baseado no Missouri (EUA), Exodus Cry, que se diz comprometido com "a abolição da escravidão sexual". A autora do artigo, Laila Mickelwait, argumenta que o filme atraiu muitas jovens à prostituição, submetendo-as a uma vida de abusos e traumas.

Mickelwait disse à BBC que, apesar da campanha online das prostitutas, mantém o que escreveu. Ela argumenta que a legalização da prostituição cria um ambiente favorável ao tráfico sexual.

"Só porque há algumas mulheres e homens postando fotos no Twitter dizendo que este é um emprego fortalecedor não significa que isso seja verdade (em toda) a indústria", diz ela. "Eles têm uma voz, mas são a voz de uma pequena minoria que tem o privilégio de ter acesso ao Twitter e poder postar esse tipo de foto."

Tilly Lawless declarou que continua irritada com esses argumentos, que, na opinião dela, "permitem que sejamos oprimidas de formas semelhantes às de mulheres traficadas, suprimem nossa independência e autonomia e tira nossos direitos".

@BBC Brasil

E aí, o que acham?

Acho bem perigoso... óbvio que é louvável que essas australianas tentem desmistificar esse estereótipo da prostituta, mostrando seu lado humano e etc, etc, mas precisam considerar todo o contexto, e é aí que mora o perigo a meu ver. Essa questão vai além do "essa é minha profissão e ponto final", envolve todo o sistema da sociedade, a forma como isso reflete (nojento) no mercado de pessoas e por aí vai.

[guaipeca55]

Sei lá cara. Achei bacana. Não entendi o teu ponto nessa situação haha Tem mais que rolar isso mesmo, tive algumas amigas putas e elas sofreram pra caralho na vida, mais que deviam se a profissão fosse respeitada ou pelo menos aceitada pela galera que "é contra".

Não dá pra falar que é algo extremamente foda, querer botar ela do lado de uma engenheira ou uma dentista, falar que a guria é um gênio pq decidiu ser prostituta, mas é uma opção de vida e elas tem que ser tratadas como seres humanos como merecem, bom humanizar a profissão.

[Leho.]

Não entendi o teu ponto nessa situação haha Tem mais que rolar isso mesmo, [..]

Também acho que tem que rolar Guai', só fiz uma ressalva quanto à FORMA como isso vai ser feito, afinal, como você mesmo indicou no seu post ser prostituta não é exatamente como ser advogado, médico ou engenheiro. Não dá pra simplesmente sair metendo a cara no mundo e se auto-declarando prostituta.

Até porque, uma coisa é ser prostituta na Austrália. Outra bem diferente é ser prostituta num país pobre e miserável, como vários da África por exemplo.

[Raimundos]

Eu ia postar que com certeza o Guaipeca teria alguma amiga prostituta, porque ele sempre passou por alguma situação parecida, qualquer que seja o tópico. Ou conhece alguém, ou já viu e ouviu, enfim.

Mas ele foi mais rápido.

[Henrique M.]

Eu ia postar que com certeza o Guaipeca teria alguma amiga prostituta, porque ele sempre passou por alguma situação parecida, qualquer que seja o tópico. Ou conhece alguém, ou já viu e ouviu, enfim.

Mas ele foi mais rápido.

Eu já achei que ele ia contar uma aventura sexual muito louca envolvendo acontecimentos que deixariam o pessoal da indústria pornô de cara.

[_Matheus_]

Acho legal a tentativa de mostrar o lado humano que, independente da profissão, quer um respeito, um tratamento carinhoso em termos de tratar bem - meio paradoxal também, porque quem procura puta quer sentar a rola com força e tal.

É um trabalho de esforço físico, tal qual um esforço braçal de carregar tranqueiras o dia inteiro e, obviamente, não precisa ter cérebro pra isso. A única diferença é o preconceito envolvido. Talvez essa desmistificação seja até prejudicial pra elas, na medida em que se aumenta a oferta, por ser um trabalho que requer pouco QI, pode chegar a custar merreca tal qual um trabalho braçal e aí, estarão escravizadas numa carreira que era prazerosa e rentável em algo que não vai ser prazeroso - diante das horas trabalhadas -, nem rentável - diante da oferta.

Resumindo, seria algo como: reduzem o preconceito envolvido, outras tantas ingressarão na profissão pelo salário alto com atividade altamente prazerosa. Aumenta a oferta, os preços caem assustadoramente e já não têm condições ou mesmo cabeça para estudar nas horas vagas, vão ter que pensar no imediatismo de conseguir o sustento e tendo que tomar rola o dia inteiro, então, fim do prazer.

[_Biofa]

Quando nego parar de se preocupar com a vida alheia, isso não será mais problemas.

Cada um faz o que quer da vida, se a mulher quer assumir a vida dela como prostituta, que faça e ninguém tem nada a ver com isso.

[SilveiraGOD.]

Quando nego parar de se preocupar com a vida alheia, isso não será mais problemas.

Cada um faz o que quer da vida, se a mulher quer assumir a vida dela como prostituta, que faça e ninguém tem nada a ver com isso.

[Douglas.]

E aí, o que acham?

Acho bem perigoso... óbvio que é louvável que essas australianas tentem desmistificar esse estereótipo da prostituta, mostrando seu lado humano e etc, etc, mas precisam considerar todo o contexto, e é aí que mora o perigo a meu ver. Essa questão vai além do "essa é minha profissão e ponto final", envolve todo o sistema da sociedade, a forma como isso reflete (nojento) no mercado de pessoas e por aí vai.

Não sei se já viu algo mas tem um argumento parecido na indústria pornográfica.

É complicado porque cada um pode exagerar pra um lado ou pra outro sendo que nenhum vai refletir a realidade. Têm os que estão tranquilos, os que estão por falta de opção, os que estão nessa até arrumar algo melhor... Não dá pra generalizar.

O que acho que podemos pegar como consenso é que culpar um filme por algo assim parece precipitado. Dá pra fazer um paralelo com o argumento contra GTA ou mesmo jogos violentos em geral, como se fossem suficientes pra terem impacto decisivo no que uma pessoa faz ou deixa de fazer.

[guaipeca55]

Eu ia postar que com certeza o Guaipeca teria alguma amiga prostituta, porque ele sempre passou por alguma situação parecida, qualquer que seja o tópico. Ou conhece alguém, ou já viu e ouviu, enfim.

Mas ele foi mais rápido.

HAUHAUAUUAHAUHUAHAUHUAHUAUHAHU Vai fazer o quê, não posso reclamar das minhas experiências xD Já até contei aqui a mil anos atrás da vez que fiquei por três meses com uma puta de luxo AHUHUAH Mas não vou me alongar no assunto

@Leho

Na real dá né, só abrir as perninhas e ter estômago AHAHAH Foda que inconscientemente a sociedade já "cultua" as prostitutas quando se torna uma opção válida de carreira virar uma celebridade B, vivendo naquele mundinho bizarro do show business. Quando vejo uma Panicat na Playboy só penso que pra essa galera seria uma obra tão grande quanto uma ponte fudida de um engenheiro fodão HAHA Ou um baita livro que o cara passou a vida toda pra fazer. É o topo da carreira desse tipo de galera AHHAH

[Leho.]

O que acho que podemos pegar como consenso é que culpar um filme por algo assim parece precipitado. Dá pra fazer um paralelo com o argumento contra GTA ou mesmo jogos violentos em geral, como se fossem suficientes pra terem impacto decisivo no que uma pessoa faz ou deixa de fazer.

Sim, concordo quanto a essa precipitação. Por isso quis frisar bem ali minha preocupação com essa atitude das australianas. Prostituição não é um assunto que dá pra se tratar como engenharia, por exemplo, tem várias peculiaridades que envolvem outras questões sociais, esse é meu ponto.

Na real dá né, só abrir as perninhas e ter estômago AHAHAH Foda que inconscientemente a sociedade já "cultua" as prostitutas quando se torna uma opção válida de carreira virar uma celebridade B, vivendo naquele mundinho bizarro do show business. Quando vejo uma Panicat na Playboy só penso que pra essa galera seria uma obra tão grande quanto uma ponte fudida de um engenheiro fodão HAHA Ou um baita livro que o cara passou a vida toda pra fazer. É o topo da carreira desse tipo de galera AHHAH

Mas quem realmente tem a MORAL de meter a plaquinha na própria porta de casa escrito "PUTA", com um cardápio do lado listando "boquete", "69", "anal" e etc, etc como serviços prestados? Hahahaha é disso que eu tô falando. Foda-se que elas querem assumir isso, só acho que uma precaução nesse caso seria bom justamente porque as ações dessas australianas, quer queiram quer não, vão refletir em outras questões, como já disse ali pro Douglas.

E esse papo de cultuar prostitutas é o mesmo papo de cultuar jogador de futebol. Todo mundo quer ser, mas quer só o filé mignon que a profissão oferece, aí até eu né? Hahahaha vai ser puta lá no Maranhão por exemplo, e depois me conta como foi. Melhor, fala pra essas australianas virem aqui no interior do Brasil com essa "panca" toda.

[Diego Tardelli]

Tem mais fotos aí não? Hehehe

[André Lemos]

HAUHAUAUUAHAUHUAHAUHUAHUAUHAHU Vai fazer o quê, não posso reclamar das minhas experiências xD Já até contei aqui a mil anos atrás da vez que fiquei por três meses com uma puta de luxo AHUHUAH Mas não vou me alongar no assunto

@Leho

Na real dá né, só abrir as perninhas e ter estômago AHAHAH Foda que inconscientemente a sociedade já "cultua" as prostitutas quando se torna uma opção válida de carreira virar uma celebridade B, vivendo naquele mundinho bizarro do show business. Quando vejo uma Panicat na Playboy só penso que pra essa galera seria uma obra tão grande quanto uma ponte fudida de um engenheiro fodão HAHA Ou um baita livro que o cara passou a vida toda pra fazer. É o topo da carreira desse tipo de galera AHHAH

E o sexo casual em uma cena de crime com o carro descendo ladeira abaixo?