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Questão no DF sobre hit funk chama Popozuda de 'grande pensadora'


Guest João Gilberto

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Guest João Gilberto
Questão no DF sobre hit funk chama Popozuda de 'grande pensadora'
Prova elaborada por professor de filosofia citava 'Beijinho no ombro'
Um professor de filosofia da rede pública do Distrito Federal provocou polêmica depois de citar a funkeira Valesca Popozuda como "grande pensadora contemporânea" em uma prova aplicada a alunos do Centro de Ensino Médio 03 de Taguatinga. Por telefone, a Secretaria de Educação reconheceu que a questão foi elaborada pelo docente Antônio Kubitschek, mas disse que não vai se posicionar oficialmente a respeito.
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No enunciado número 11 da prova, o professor pede que os estudantes completem o trecho "se bater de frente", do hit "Beijinho no ombro" (veja vídeo abaixo). A resposta correta é a letra A, que traz "é só tiro, porrada e bomba". O homem dá aulas para as turmas de 2° e 3º anos.
Em redes sociais, o professor foi duramente criticado e ironizado pela questão. Mas o professor defendeu a inclusão da questão na prova e comentou as postagens que a funkeira fez em redes sociais sobre o assunto. "Acho que a Valesca foi muito feliz ao levantar as críticas contra o preconceito em relação ao funk e à ela, assim como quanto aos problemas dos professores", disse ao G1.
A prova de múltipla escolha com 12 questões foi aplicada aos alunos do 3º ano na última sexta-feira. O tema da prova a “Construção dos valores e moral da sociedade”. A prova foi feita por 360 alunos.
O professor disse que o tema foi discutido com os alunos. "Partiu da discussão de sala de aula. Como se constrói um valor da sociedade?", indagou. Ele disse que já esperava que a questão fosse render reportagens e afirmou que gostaria de ver em que situações os jornalistas vão à escola.
"As discussões foram válidas. O objetivo não era se a Valesca era ou não uma grande pensadora. De acordo com alguns pensadores franceses, todo aquele que consegue produzir um conceito é um pensador. Dentro disso, sim, ela é."

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Ele também afirmou que o objetivo foi mesmo provocar. "Se trouxesse Chico Buarque, a prova seria considerada mais intelectual do que provocativa. É preciso criar essa proximidade com os alunos."
Para a aluna do 3º ano Brenna Sanna, de 18 anos, a repercussão negativa em torno da questão é "sem sentido". Ela afirma concordar com a inclusão da música na avaliação.
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"Antigamente era mais rígido [o processo de elaboração das provas], mas agora tem uma abertura para o que é a cultura popular. Não acho errado. O professor colocou algo que tinha a ver com o contexto da prova e a sociedade está vivendo", declarou.
'Bobagem'
Em um post feito em sua página oficial no Facebook, Valesca diz acreditar que a polêmica ocorreu por terem chamado uma funkeira de "pensadora contemporânea" e diz achar a situação "uma bobagem".
"[O que] me espanta mesmo é todo mundo se preocupar com uma única questão da prova sem analisar os termos por trás disso tudo. E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria? E se o professor quis ser irônico com o sucesso das músicas de hoje em dia? E se o professor quis apenas distrair a turma e fez a questão apenas pra brincar?", declarou.

Valesca disse ainda que as pessoas deveriam na verdade protestar contra as condições de trabalho dos professores e pela falta de equipamentos e merendas nas escolas.
"Parabéns ao corajoso professor que, mesmo não ganhando muito bem, é batalhador e corajoso demais pra chegar em casa e elaborar uma questão de uma prova colocando um dito popular do momento e sambando na cara de todo mundo que está o julgando por isso!".
A funkeira também afirmou se sentir homenageada. "Mas isso eu vou ter que recusar, porque é um título [de grande pensadora contemporânea] muito forte e eu ainda não me sinto pronta pra isso", riu. "Prometo que vou trabalhar isso. [...] Vou ali ler um Machado de Assis e ir treinando pra quem sabe um dia conseguir ser uma pensadora de elite!".
Patronesse
Formandos do curso de curso de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense resolveram quebrar a tradição da faculdade e elegeram a funkeira Valesca Popozuda como patronesse. A cantora deu o nome à turma de sete alunos que concluiu curso no final de 2012.
Foi a primeira vez que o patrono de uma turma do curso não foi alguém do meio acadêmico. Em anos anteriores, personalidades como o antropólogo espanhol-colombiano Jesús Martín-Barbero e o professor de direito Milton Santos foram escolhidas como patrono. A decisão dos estudantes da turma atual de formandos surpreendeu até a homenageada.
“Eu me senti honrada! Cheguei a perguntar ao meu empresário se não era trote”, disse Valesca na época. “Foi uma surpresa enorme, fiquei muito feliz.”
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...quis aparecer e conseguiu.
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Ia me fuder se caísse uma questão dessa em qualquer prova.

Só não entendi em qual contexto essa pergunta mediria o aprendizado dentro de Filosofia... Saber a letra de uma música prova o quê?

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Só não entendi em qual contexto essa pergunta mediria o aprendizado dentro de Filosofia... Saber a letra de uma música prova o quê?

Exato, não vejo os argumentos que defendem como "aproximar dos alunos o que eles vivem relacionando com filosofia" dentro de uma questão como essa. Não instiga nada, não te leva a pensar em nada. A matéria continua sendo filosofia porra.

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Foi só pra se aparecer... nada mais que isso.

Usar um "aborto" como exemplo de cultura e filosofia é foda... mas também temos que levar em consideração que foi o meio que esse "professor" achou, pra atrair o interesse dos alunos na matéria dele, que na rede pública não se dá importância alguma.

E sim, é triste ver subcultura entrando nas escola e seus criadores sendo chamados de "grandes pensadores"...

Brasil né... onde grandes pensadores são os que produzem... flok flok's, bara bare's, tchu tcha's, ai se eu te pego, prepara... e por ai vai...

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O professor falou que colocou a questão pra mostrar pros alunos que a mídia só aparece em casos polêmicos do tipo, também citou o preconceito da mídia em relação ao funk... É sempre bom ter um pouco de contexto.

E é interessante que a própria Valesca e o professor são lúcidos quanto a questão e respondem perfeitamente: "vocês fazem tempestade por nada e ainda são preconceituosos"

Engraçado é ver isso nos comentários daqui, carregados de elitismo intelectual...

Ou melhor dizendo, recalque.

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Não, é verdade, eu realmente não entendo a aversão de vocês em relação a isso, parece que não leram a matéria ou simplesmente ignoraram o argumento dos envolvidos.

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Guest João Gilberto

Não, é verdade, eu realmente não entendo a aversão de vocês em relação a isso, parece que não leram a matéria ou simplesmente ignoraram o argumento dos envolvidos.

...estou falando especificamente do conceito de recalque. Dói aos meus olhos e ouvidos, ver/ouvir algo que foi criado por Freud para o âmbito da psicanálise ser desvirtuado levianamente por essa galera que nem deve saber o significado do termo. Devem ter usado porque acharam bonito e sofisticado.

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Questão "coringa" que provavelmente foi anulada posteriormente.

O problema como disseram é esse "elitismo" cultural e aversão ao Funk, muito "recalque" pra pouca coisa!

Sem falar dessa hipocrisia do caralho, Filosofia é a matéria que a galera mais caga no pau no ensino médio.

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Não, é verdade, eu realmente não entendo a aversão de vocês em relação a isso, parece que não leram a matéria ou simplesmente ignoraram o argumento dos envolvidos.

Ou você leu sobre o caso em outro lugar e tem outras informações. Pelo que fala ali ele não fala qual era o objetivo.

O professor disse que o tema foi discutido com os alunos. "Partiu da discussão de sala de aula. Como se constrói um valor da sociedade?", indagou. Ele disse que já esperava que a questão fosse render reportagens e afirmou que gostaria de ver em que situações os jornalistas vão à escola.

Ele também afirmou que o objetivo foi mesmo provocar. "Se trouxesse Chico Buarque, a prova seria considerada mais intelectual do que provocativa. É preciso criar essa proximidade com os alunos."

Em redes sociais, o professor foi duramente criticado e ironizado pela questão. Mas o professor defendeu a inclusão da questão na prova e comentou as postagens que a funkeira fez em redes sociais sobre o assunto. "Acho que a Valesca foi muito feliz ao levantar as críticas contra o preconceito em relação ao funk e à ela, assim como quanto aos problemas dos professores", disse ao G1.

Tudo isso foi após a repercussão, não antes.

Dá até pra forçar um pouco e interpretar "gostaria de ver em que situações os jornalistas vão à escola." como isso aí de que em que situações a mídia vai falar sobre a escola, mas é um salto.

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...estou falando especificamente do conceito de recalque. Dói aos meus olhos e ouvidos, ver/ouvir algo que foi criado por Freud para o âmbito da psicanálise ser desvirtuado levianamente por essa galera que nem deve saber o significado do termo. Devem ter usado porque acharam bonito e sofisticado.

Palavras não são propriedade de ninguém e o seu uso e significado é alterado de acordo com a necessidade das pessoas... Resumindo, aceita haha

Em entrevista à BandNews FM, Kubitschek explicou que a questão foi feita em um contexto de debate sobre formação moral e valores da sociedade. Uma das formas de exemplificar o argumento, segundo o professor, foi mostrar o papel da imprensa nos valores da sociedade. "E essa discussão levou um tempo em sala e eu resolvi que a gente podia fazer um teste disso na escola: quando é que a imprensa vem para a escola? Em um fato positivo ou em um fato negativo?", disse em conversa com Ricardo Boechat.

http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000675132/professor-faz-pergunta-sobre-popozuda-em-prova.html

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Guest João Gilberto

Palavras não são propriedade de ninguém e o seu uso e significado é alterado de acordo com a necessidade das pessoas... Resumindo, aceita haha

...como é que é companheiro?! Quer dizer que se hoje eu disser que IGREJA significa CU, tudo bem?! Discussão resolvida e finalizada?! Fala sério! Esse tipo de pensamento rasteiro e barato é que acaba com o senso crítico das pessoas e transformar o nosso país em um antro de analfabetos funcionais. Desculpe, mas aceito não e dou um belo de um fora em quem usar esta ou outras palavras sem saber do que está falando perto de mim.

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...como é que é companheiro?! Quer dizer que se hoje eu disser que IGREJA significa CU, tudo bem?! Discussão resolvida e finalizada?! Fala sério! Esse tipo de pensamento rasteiro e barato é que acaba com o senso crítico das pessoas e transformar o nosso país em um antro de analfabetos funcionais. Desculpe, mas aceito não e dou um belo de um fora em quem usar esta ou outras palavras sem saber do que está falando perto de mim.

Não, cara. Linguística. O significado e uso das palavras é transformado com o passar do tempo.

Não tem nada a ver com analfabetismo funcional, é linguística.

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Sei lá, acho que se ele quisesse só fazer um estudo da reação da mídia e sociedade, essa questão deveria estar plantada com conhecimento prévio de todos os alunos, atrelada a um trabalho a respeito (da reação).

Do jeito que ocorreu, soa como um artista que põe um macaco pra pintar uma tela e inventa uma história que se encaixe no que ele vê vagamente. Em outras palavras, cagou no pau e deu o famoso migué.

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Infelizmente hoje em dia, pra gente que não sabe ou não quer argumentar, recalque e preconceito viraram argumentos soberanos.

Eu não tenho preconceito com FUNK... James Brown é show de bola...

Tenho AVERSÃO/NOJO dessa coisa que inventaram e que se apoderou do nome FUNK.

Qual a contribuição cultural desse povo que só sabe falar de: SEXO, CRIME, EXALTAÇÃO DO CONTRAVENTOR, OSTENTAÇÃO, e etc?

E se tem algo que reforçou essa minha aversão a essa praga, foi aquela bosta de programa da Regina Casé.

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Então ele tinha certeza que atrairia o interesse da imprensa simplesmente colocando essa questão na prova? Acho que ele está no ramo errado, deveria pensar em marketing...

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Bom, já dizia a grande pensadora Valesca Santos "Tá rachando a cara, tá querendo aparecer".

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...estou falando especificamente do conceito de recalque. Dói aos meus olhos e ouvidos, ver/ouvir algo que foi criado por Freud para o âmbito da psicanálise ser desvirtuado levianamente por essa galera que nem deve saber o significado do termo. Devem ter usado porque acharam bonito e sofisticado.

ah pa puta que pariu né JG

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...como é que é companheiro?! Quer dizer que se hoje eu disser que IGREJA significa CU, tudo bem?! Discussão resolvida e finalizada?! Fala sério! Esse tipo de pensamento rasteiro e barato é que acaba com o senso crítico das pessoas e transformar o nosso país em um antro de analfabetos funcionais. Desculpe, mas aceito não e dou um belo de um fora em quem usar esta ou outras palavras sem saber do que está falando perto de mim.

recalcado.

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Professor fodão... experimento social que deu certo e um tapa na cara de todos criticaram.

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HUAUHAHUHUA Não acredito que isso virou noticia nacional AHUAHUAHU Sério, o cara fez uma zueira e o mundo foi cagar na cara dele, coitado do cara.

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HUAUHAHUHUA Não acredito que isso virou noticia nacional AHUAHUAHU Sério, o cara fez uma zueira e o mundo foi cagar na cara dele, coitado do cara.

Ele escolheu uma hora muito ruim pra fazer isso. Não tem nada mais importante pra ser noticiado...

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