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Hugo Lapa: Por que eu odeio o PT?


Guest João Gilberto

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Guest João Gilberto

...tirando a parte passional, há bons dados a serem debatidos:

Hugo Lapa: Por que eu odeio o PT?

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Muitas pessoas perguntam por que eu tenho tanto ódio do PT. Odeio mesmo, muito, essa corja do PT.
Eis os motivos pelos quais eu odeio o PT:
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o desemprego atingiu o menor taxa histórica, ficando em 4,6%. Quando o PT entrou no poder, o desemprego era de 13%. Em dez anos houve um aumento de 65% do emprego no Brasil, segundo o IBGE. Trata-se de uma das menores taxas de desemprego do mundo. Odeio pobre tendo emprego.
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o salário mínimo atingiu seu maior poder de compra desde 1979. O salário mínimo que antes valia 70 dólares, hoje em dia vale mais de 300 dólares. O poder de compra do salário mínimo aumenta a cada ano. É um absurdo essa gentalha ter mais dinheiro. Eu gosto da Dona Florinda.
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles construíram 18 novas universidades federais, como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) em Mossoró (RN), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Cruz das Almas (BA) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Petrolina (PE), todas essas no nordeste. Isso implica em pobres terem mais acesso ao ensino superior gratuito de qualidade. Um absurdo!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Prouni que já ofereceu 1,2 milhão de bolsas para estudantes pobres em universidades privadas, sendo 69% dessas bolsas são integrais e os alunos não pagam nada para cursar o ensino superior. Agora eu tenho que ficar dividindo a minha faculdade privada com esse pessoal de baixa renda. Imagine que o filho da minha ex-empregada estuda comigo lá. Vê se pode isso!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram 214 escolas técnicas, enquanto em toda a história do Brasil foram criadas 140 escolas técnicas. Bom mesmo era no governo anterior que não criou nenhuma escola técnica e ainda foi votada uma lei que impedia o surgimento de novas escolas técnicas. E esses petistas malditos ainda triplicaram os investimentos em educação nesses dez anos, e tiveram a ousadia de aprovar 75% do fundo social do pré-sal para a educação. Tem que trucidar esses petistas!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles baixaram a conta de luz de todos os brasileiros, em 18% para residências e em até 32% para indústrias. Graças a esse absurdo, hoje o Brasil possui a quarta menor tarifa de energia elétrica do mundo. Ai que ódio!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram uma maldição chamada Bolsa Família. Esse programa atende quase 15 milhões de famílias e hoje são mais de 50 milhões de pessoas beneficiadas com a transferência de valores entre R$70,00 e R$300,00 mensais. Esse programa diminuiu a mortalidade infantil, ampliou a alimentação do povo e ajudou a colocar os filhos dos pobres na escola. Fiquei ainda mais bravo em saber que 75% dos beneficiários do programa trabalham e que cada 1 real transferido ao Bolsa Família acrescenta R$1,78 à economia do país, segundo pesquisa. Além disso, mais de 1,7 milhão de pessoas (12% do total) já deixaram o benefício voluntariamente por terem uma melhora em sua renda e desejarem que outras famílias tenham direito ao programa. Eita povinho chato esse brasileiro! E para completar, o Bolsa Família reduziu a miséria em 28% só em 2012. Que ódio desse PT!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Programa Mais Médicos, que já trouxe mais de 6 mil médicos estrangeiros para atenderem a população pobre do Brasil que antes não tinha acesso a atendimento médico. Até abril de 2014 serão 13 mil médicos estrangeiros no Brasil, o que dará um cobertura médica a 46 milhões de pessoas pobres que moram nos rincões mais distantes do país. Agora a Dilma fala que pode trazer ainda mais médicos além dos 13 mil que estão chegando. E esse desgraçado desse PT ainda aumenta a verba da saúde de R$33 bilhões para R$100 bilhões, além de dobrar o número de vagas para médicos em universidades públicas. Estão certos os médicos brasileiros! Esse negócio de sair do conforto das grandes cidades para ir aos lugares pobres do país é coisa de médico cubano!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles diminuíram a pobreza do Brasil. Somente no governo Lula a pobreza diminuiu em 50,6% de junho de 2003 a dezembro de 2010, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Agora o pobre aumentou seu poder de compra, pode andar de carro e de avião, e eu tenho que ficar dividindo o assento do meu voo com o zé povinho farofeiro.
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo a desigualdade caiu ao menor nível de toda a história documentada, segundo o IPEA. O índice de Gini, que mede a desigualdade, foi de 0,527, o menor desde 1960. Por isso que tem tanto pobre passando a consumir mais e com uma vida melhor, que saco! Mal dá para andar no shopping em paz!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Luz para Todos. Um programa nacional que investiu pesado em estruturas elétricas para populações de baixa renda, levando eletricidade para mais de 15 milhões de pessoas. Hoje em dia quase não existem mais brasileiros sem acesso à energia. Esse programa ajudou as populações que moram nos locais mais distantes e pobres do país a usar a energia elétrica para eletrodomésticos, para aumentar a produção do seu trabalho e outras utilidades. E o que me interessa se pobre lá longe tem luz? O lampião não funcionava direitinho?
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que ampliou a oferta de cursos profissionalizantes no país para pessoas pobres. Até hoje o Pronatec está levando cursos profissionalizantes gratuitos a cerca de 700 mil pessoas de baixa renda, e são estimadas 1 milhão de vagas preenchidas em cursos até dezembro de 2014. É de deixar qualquer burguês com raiva!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Minha Casa, Minha Vida, um programa social que já contratou mais de 3 milhões de casas para pessoas de baixa renda poderem morar. Dessas 3 milhões, mais de 1,4 milhão de moradias já foram entregues para os pobres. Não satisfeito, o PT criou o Minha Casa Melhor, que permite os pobres beneficiários do Minha Casa Minha Vida comprarem móveis e eletrodomésticos para sua nova casa com um cartão dado pelo governo, com juros mínimos e prazos longos. Não é uma sacanagem isso?
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O PAC já investiu o montante de R$665 bilhões em obras de infraestrutura no Brasil, fazendo do Brasil um dos países que mais possuem obras em andamento do mundo. O PAC gerou um grande número de empregos no país, e esse foi um dos fatores da diminuição do desemprego. O volume de investimentos do PAC também provocou efeitos positivos na economia, ajudando no crescimento e desenvolvimento do país, além de permitir a construção de obras importantíssimas em várias áreas diferentes. Não é de se ranger os dentes?
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram controlar a inflação mais do que o governo anterior. A inflação média nos 8 anos de governo FHC foi de 9,1%, enquanto a inflação média dos 8 anos de governo Lula foram de 5,7%. A Dilma ainda completou esse quadro com a desoneração total dos produtos da cesta básica. Não quero nem falar mais disso!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram acumular um montante de US$378 bilhões de reservas internacionais. No governo anterior o Brasil tinha apenas US$37,8 bilhões de reservas, o que tornava o país mais vulnerável a crises internacionais. Ou seja, em dez anos o PT aumentou em dez vezes as reservas internacionais do Brasil. Isso melhora a visão de investidores externos e aumenta a confiança no país. Eu preferia quando o FMI ditava nossa política econômica!
Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o projeto Farmácia Popular, em 2004, que vende mais de 100 medicamentos a preço de custo para populações de baixa renda. Existem quase 600 unidades de Farmácias Populares no Brasil onde os medicamentos são vendidos a até 10% do valor do medicamento nas farmácias normais. Por exemplo, se um medicamento custa R$100,00 ele pode ser vendido a até R$10,00 numa farmácia popular. Medicamentos mais baratos para os pobres me deixa bem irritado!
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Parece aqueles textos pagos para elogiar alguma coisa.

É inegável que o PT ajudou o Brasil a crescer. Mas eu não creio que seja o melhor governo da história, não.

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Guest João Gilberto

Parece aqueles textos pagos para elogiar alguma coisa.

É inegável que o PT ajudou o Brasil a crescer. Mas eu não creio que seja o melhor governo da história, não.

...a história do Brasil em termos de governo democrático é ainda muito pequena, tivemos poucos presidentes ou partidos eleitos diretamente pelo povo. Se não foi o PT, até o momento, qual foi na sua opinião? Só um adendo: não levo em consideração a ditadura militar como governo, como não levaria se fosse uma monarquia como bases comparativas.

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Eu odeio o PT porque tudo o que acontece de ruim no país é culpa do PIG.

Eu odeio o PT porque não tem a decência de reconhecer que o Plano Real foi quem deu um jeito na economia do país.

Eu odeio o PT porque não tem vergonha na cara pra esculachar os mensaleiros.

Eu odeio o PT porque manipula.

Eu odeio o PT porque faz aliança com Maluf e Sarney.

Eu odeio o PT porque os partidários são cabeça fechada.

Eu odeio o PT porque está construindo Belo Monte.

Eu odeio o PT porque jogou no lixo as boas gestões ambientais que o próprio partido fez no governo Lula.

Eu odeio o PT porque o limite da inflação virou meta.

Eu odeio o PT porque não faz o que deveria pelos direitos humanos.

Eu odeio o PT porque não deu um jeito no sistema prisional.

Eu odeio o PT porque faz aliança com setores escrotos como o agronegócio (Kátia Abreu).

Eu odeio o PT porque se preocupa com números, mas não com qualidade.

Eu odeio o PT porque se diz de esquerda, mas não é.

Eu odeio o PT porque diz que tudo é de direita.

Eu odeio o PT porque usa o BNDES para enricar bilionários, ao invés de apoiar pequenas e médias empresas.

Eu odeio o PT porque vendeu a alma para as empreiteiras.

Eu odeio o PT porque tem ampla maioria no Congresso, mas nunca aprova nada.

Eu odeio o PT porque não fez a Reforma Política.

Eu odeio o PT porque as obras continuam atrasando e sendo superfaturadas.

Eu odeio o PT porque as pessoas com mais bom senso no Partido são deixadas de lado em detrimento de bandidos.

Eu odeio o PT porque tem gente que prefere o PT ao país.

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  • Vice-Presidente

...por esse viés você vai odiar QUALQUER partido.

Pelo viés do autor, a gente é obrigado a adorar todos os governos, todos eles fizeram coisas boas e fizeram coisas ruins.

O que me incomoda no governo do PT foi que eles insuflaram a classe média usando parâmetros antigos para parecer que o brasileiro em geral tá mudando de vida e vai chegar uma hora que toda a classe média e baixa pagará o pato e os ricos não.

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É disso que eu tô falando. O que o PT faz de bom é genial, o que faz de ruim... bom, todo mundo faz. Deixa isso pra lá.

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Bom, vamos falar de números. Primeiro pegando o desemprego.

Ótimo, o desemprego caiu, tá todo mundo feliz. Só que as coisas são mais complicadas que isso.

"Os gastos do governo federal com seguro-desemprego estão crescendo em ritmo explosivo. Entre 2002 e 2007, as despesas com os benefícios pagos pelo Ministério do Trabalho às pessoas dispensadas sem justa causa subiram de R$ 5,7 bilhões para R$ 12,7 bilhões.

"'(...) A carga tributária aumentou quando a economia estava mal, e agora que a economia vai bem, o gasto com seguro-desemprego não cai', comenta intrigado o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Roberto Afonso."

Estadão

O maior estouro nas estimativas aconteceu no seguro-desemprego, cujos benefícios estavam orçados em R$ 23,2 bilhões no início de 2013. Até 28 de dezembro, já haviam sido autorizados desembolsos de R$ 29,9 bilhões.

Somados aos gastos do abono salarial, os programas de proteção ao trabalhador chegaram aos R$ 48 bilhões, contra R$ 43,1 bilhões no ano anterior, em valores corrigidos pela inflação.

Dinheiro Público

No primeiro aspecto, convém lembrar que, em 2013, o FGTS deve render pouco mais de 3%, para uma inflação de quase 6%. Ao longo dos últimos dez anos, a inflação acumulada foi de 125%, enquanto o rendimento acumulado daquele fundo não passou de 85%. Com isso, os trabalhadores perderam cerca de 30% do seu patrimônio.

(...)

Essa demissão permite, ainda, receber mais dinheiro. Exemplo: um empregado que trabalha há um ano em determinada empresa com um salário mensal de R$ 1 mil terá acumulado R$ 1.040 na sua conta do FGTS (inclusive a parcela do 13.º salário). Na demissão, ele sacará esse montante e receberá R$ 400 a título de indenização de dispensa. Além do salário do mês, ele terá direito a R$ 1 mil de 13.º salário e a R$ 1.333 referentes a férias e abono. Como desempregado, receberá quatro parcelas no valor de R$ 800 do seguro-desemprego. Em resumo: para viver nestes quatro meses, ele disporá de R$ 7.973, o que dá uma média mensal de quase R$ 2 mil, ou seja, o dobro do que ganhava quando empregado.

Até aqui foi tudo legal. Se ele fraudar a lei do seguro-desemprego e passar a trabalhar no mercado informal por quatro meses, com um salário de R$ 1 mil por mês, terá mais R$ 4 mil. O ganho total no período subirá para cerca de R$ 12 mil, que dá uma média de R$ 3 mil mensais. Uma tentação. Além disso, receberá um salário mínimo de abono salarial.

(...)

Mais decisivo do que tudo seria colocar os rendimentos do FGTS no nível de mercado. Isso reduziria a pressão por saque e a própria rotatividade. Há muitos projetos de lei nesse sentido. Por que não aprová-los?

José Pastore para o Estadão

(...) explosão das despesas com o seguro-desemprego. Em 10 anos, entre 2002 e o ano passado, a conta passou de R$ 5,7 bilhões para R$ 25,7 bilhões.

(...)

O Brasil conta hoje com cerca de 45 milhões de trabalhadores com carteira assinada, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A estimativa do instituto é que 20 milhões de vínculos de empregos sejam rompidos ao longo do ano. Desse total, de 7 a 8 milhões de pessoas acessam o seguro-desemprego, benefício recebido por até cinco meses consecutivos.

(...)

A operadora de caixa Ana Clara Almeida, de 22 anos, está há sete meses sem trabalhar. No dia 1º ela recebeu o seu último seguro-desemprego, no valor de R$ 678. Agora, ela diz que vai começar a buscar trabalho com mais empenho. “Como tenho experiência, acho que não vai ser difícil me recolocar”, diz. Ela afirma que ganhava R$ 890 como operadora de caixa, seu último emprego, onde permaneceu por um ano e quatro meses. Enquanto recebia o seguro-desemprego, ela conta que teve duas propostas de trabalho, mas não se interessou por elas. “Eles queriam assinar a minha carteira de imediato. Nenhuma empresa quis esperar que eu recebesse o seguro. Preferi descansar mais um pouco a receber o mesmo salário trabalhando”, afirma.

Felipe Mateus Araújo da Penha, de 24, já tem no currículo cinco empregos com carteira assinada. Ele já foi empilhador, embalador de supermercado e balconista. Felipe está desempregado há três meses e conta que quis sair do último trabalho, como balconista de padaria. “Estou querendo buscar uma coisa melhor”, diz ele, que ganhava salário mínimo por mês, mesmo valor que recebe no seguro-desemprego. “Ainda não estou buscando trabalho. Vou pegar a última parcela de seguro-desemprego neste mês. Depois vou procurar colocação”, afirma. “Já surgiu oferta para atuar como balconista, mas eu não quis, pois estou recebendo o seguro”, diz.

Estado de Minas

Agora vamos falar de salário mínimo, mas antes vamos lembrar da inflação.

Em 1990, o aumento dos preços bateu recorde, chegando a nada menos que 82 % num único mês, o de março. Em junho de 1994, a inflação estava em 47% mensais, quando foi controlada drasticamente com o Plano Real. Desde então, a média mensal da inflação ficou em 0,8%. Em 2001, a média foi de apenas 0,6% ao mês.

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A corrosão do valor do dinheiro pela inflação atingia em cheio o bolso dos mais pobres. O salário mínimo perdia mensalmente a corrida contra a inflação. De 1990 a 1994, seu valor real ficou abaixo da média da década de 1980. Mas com a nova moeda (o real,lançado em julho de 1994), o salário mínimo teve ganhos de 27% (em relação ao primeiro semestre de 1994). Em relação ao começo dos anos 1990, o ganho é maior, atingindo 41% em relação a janeiro de 1990-dezembro de 1993.

Naquela época de inflação muito alta, os ricos conseguiam se defender, aplicando seu dinheiro no mercado financeiro. Já os trabalhadores e os mais pobres não dispunham de defesa alguma. A inflação funcionava como um imposto socialmente perverso, que penalizava os mais carentes.

O efeito positivo da estabilidade econômica é ainda mais marcante quando se compara a evolução do salário mínimo com o custo da cesta básica. Nesse caso, o ganho desde a introdução do real chega a quase 100%.

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Presidência da República

Com a economia estável e o salário subindo, também sobe a renda,

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cai o número de pobres,

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a população tem mais acesso a bens e serviços.

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A educação também deu um salto, seja na queda do analfabetismo,

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na escolarização de crianças e adolescentes,

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e, até mesmo, no ensino superior. Mesmo sem ProUni.

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Com isso, o IDH melhora.

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Mas eu sou escroto, então:

odeio o PSDB porque a inflação caiu.

odeio o PSDB porque agora pobre pode comprar comida com seu salário, mesmo que seja mínimo.

odeio o PSDB porque agora pobre tem telefone.

odeio o PSDB porque pobre tem energia elétrica.

odeio o PSDB porque pobre sabe ler.

odeio o PSDB porque pobre estuda.

odeio o PSDB porque pobre já não é mais tão pobre.

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Bom, vamos falar de números. Primeiro pegando o desemprego.

Ótimo, o desemprego caiu, tá todo mundo feliz. Só que as coisas são mais complicadas que isso.

Com mais gente no mercado de trabalho, é lógico que as despesas com demissões ia aumentar. É parecido com o problema dos clubes de futebol e as dívidas trabalhistas. Quanto mais se contrata, mais se deve porque acontecem mais demissões. Aumenta a rotatividade.

As fraudes existem desde que o seguro foi concebido. O rico frauda IR, o pobre frauda seguro-desemprego, e assim vai... =/

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-11-04/mantega-discute-com-centrais-sindicais-gastos-do-seguro-desemprego

Fiquei curioso porque só a tabela "Em sintonia com a vida moderna" fica a lacuna entre 1993 e 2001, e também teria sido útil se houvessem os dados atuais pra dar base pra comparação. E alguns gráficos terminam em 1999, outros, 2000, 2001, 2002.. Fica difícil comparar com alguma coisa a não ser aceitar ou descartar.

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Quer saber mesmo porque eu odeio o PT?

Vi isso hoje no face.

Partido cara de pau do caralho, falam como se tivessem feito muita coisa, a verdade é que com um governo sério nesses últimos 12 anos teríamos dado um salto considerável na qualidade de vida e de serviços públicos. Pegaram uma boa época pra crescer economicamente mas focaram em se perpetuar no poder e poder mamar a vontade nas tetas do contribuinte.

Quem votar nessa mulher pode enfiar a cabeça no vaso e dar descarga.

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Texto extremamente parcial, mas com alguns números reais (outros um pouco forçados). Assim como os números do Markuz (que não incluiu os números atuais porque deve ter pego isso em algum blog e está se baseando em um texto pronto ou algo do tipo) também tentam direcionar o indivíduo a uma conclusão mais simples do que ela é.

Esse aumento do número de matrículas em universidades, por exemplo, foi resultado de vagas e cursos criados no canetaço sem investir no quadro de professores (que ficaram os 8 anos sem aumento no gov. FHC e os 2 primeiros do gov. Lula), sem melhorar a infraestrutura, sem aumentar as bolsas (em número ou valor), sem criar novas universidades...

É total ignorância e desconhecimento comparar a situação do ensino superior e das universidades federais entre os dois governos. Se há uma coisa em que a diferença é abissal, é nessa.

O Markuz também ocultou informação ao falar do controle da inflação (segundo ele causa do governo do PSDB). O que ele não diz é que o FHC deixou o cargo de ministro da fazenda em março de 1994. A inflação ficou "controlada" a partir de Julho de 1994 e o governo era Itamar (que até onde me lembro não era do PSDB).

A verdade é que se colocar os números lado a lado o gov. Lula (e agora o Dilma) vai levar uma vantagem enorme em cima do gov. FHC. Como eu costumo dizer (e já coloquei dados em tópicos várias vezes quando essa discussão surgiu): o gov. Lula (e Dilma) só parecem bons quando colocados ao lado do gov. FHC, o contraste faz ele parecer bom.

Um partido como o PT só conseguiu eleger um presidente nesse país porque para muita gente a qualidade de vida estava muito ruim.

Só que isso não quer dizer que o partido não tenha uma série de problemas (entre os quais alguns dos listados pelo Markuz).

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Texto extremamente parcial, mas com alguns números reais (outros um pouco forçados). Assim como os números do Markuz (que não incluiu os números atuais porque deve ter pego isso em algum blog e está se baseando em um texto pronto ou algo do tipo) também tentam direcionar o indivíduo a uma conclusão mais simples do que ela é.

Esse aumento do número de matrículas em universidades, por exemplo, foi resultado de vagas e cursos criados no canetaço sem investir no quadro de professores (que ficaram os 8 anos sem aumento no gov. FHC e os 2 primeiros do gov. Lula), sem melhorar a infraestrutura, sem aumentar as bolsas (em número ou valor), sem criar novas universidades...

É total ignorância e desconhecimento comparar a situação do ensino superior e das universidades federais entre os dois governos. Se há uma coisa em que a diferença é abissal, é nessa.

O Markuz também ocultou informação ao falar do controle da inflação (segundo ele causa do governo do PSDB). O que ele não diz é que o FHC deixou o cargo de ministro da fazenda em março de 1994. A inflação ficou "controlada" a partir de Julho de 1994 e o governo era Itamar (que até onde me lembro não era do PSDB).

A verdade é que se colocar os números lado a lado o gov. Lula (e agora o Dilma) vai levar uma vantagem enorme em cima do gov. FHC. Como eu costumo dizer (e já coloquei dados em tópicos várias vezes quando essa discussão surgiu): o gov. Lula (e Dilma) só parecem bons quando colocados ao lado do gov. FHC, o contraste faz ele parecer bom.

Um partido como o PT só conseguiu eleger um presidente nesse país porque para muita gente a qualidade de vida estava muito ruim.

Só que isso não quer dizer que o partido não tenha uma série de problemas (entre os quais alguns dos listados pelo Markuz).

Resumo da ópera: se um idiota que não sabe de nada publica números aleatórios na internet, não confie.

Se você tivesse tido um pouquinho mais de atenção veria que meus números foram retirados de uma publicação da Presidência da República em 2002. Justamente por isso não inclui dados pós-2002. E ruim por ruim eles pelo menos tem fonte, link. O outro jogou uma caralhada de dados aleatórios.

De qualquer forma, concordo totalmente quando você fala sobre a complexidade da conclusão. Nenhum governo é isolado, depende de inúmeros fatores, do governo anterior, etc.

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Resumo da ópera: se um idiota que não sabe de nada publica números aleatórios na internet, não confie.

Se você tivesse tido um pouquinho mais de atenção veria que meus números foram retirados de uma publicação da Presidência da República em 2002. Justamente por isso não inclui dados pós-2002. E ruim por ruim eles pelo menos tem fonte, link. O outro jogou uma caralhada de dados aleatórios.

De qualquer forma, concordo totalmente quando você fala sobre a complexidade da conclusão. Nenhum governo é isolado, depende de inúmeros fatores, do governo anterior, etc.

Dá para brincar muito com números. Por exemplo, o gráfico com as vagas no ensino superior falam "público" e não "federal", ou seja, o crescimento das vagas em estaduais está contabilizado ali, o que em nada está relacionado a atuação do governo federal na educação. Eu percebi isso porque não batia com os números que eu lembrava, então encontrei as matrículas em universidades federais (Fonte: MEC - dados de antes do censo da educação, depois esses números mudaram um pouco).

2001 - 502.960

2002 - 531.634

2003 - 567.850

2004 - 574.584

2005 - 579587

2006 - 589.821

2007 - 653.022

2008 - 720.317

2009 - 917.242

2010 - 1.010.491

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Aí vem uma discussão de que vagas são essas, se os cursos são decentes, etc e tal.

Um outro problema que eu achei é que a metodologia para calcular o salário mínimo mudou no final de 2002.

É complicado avaliar essas coisas.

Edit: aproveitando o tópico:

e

Aí hoje, o Blog do Planalto faz um texto elogioso sobre as """concessões""" realizadas em 2013. É foda.

http://blog.planalto.gov.br/concessoes-realizadas-em-2013-vao-gerar-investimento-de-r-80-bilhoes/

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Aí vem uma discussão de que vagas são essas, se os cursos são decentes, etc e tal.

Um outro problema que eu achei é que a metodologia para calcular o salário mínimo mudou no final de 2002.

É complicado avaliar essas coisas.

Sim, sem esquecer o fato que a gestão das universidades é independente. Porém o valor repassado a elas aumentou consideravelmente (teve universidade devolvendo recurso porque não soube onde aplicar). Tem a federal rural do RJ que apesar do aumento do orçamento enorme (não lembro o valor, mas na ordem da centena de milhão) não conseguia colocar uma piscina para funcionar.

Mas o que eu posso falar em relação a SC (e a outras universidades em que tive contato), em geral houve melhoria em infraestrutura, no quadro de professores, no aumento de cursos de pós-graduação (o que é importante, porque universidade sem pós-graduação e principalmente sem doutorado não vai conseguir fazer pesquisa), sobretudo no campus de Florianópolis.

Em SC a UFSC se expandiu com campus em Araranguá, Curitibanos e Joinville (e possivelmente Blumenau). Vários desses lugares ainda precisam melhorar muita coisa, estão em prédios alugados e coisa do tipo. Mas é algo que está acontecendo.

No Oeste, SC ganhou meia universidade (meia é do RS) que é a UFFS com campus em Chapecó.

É extremamente positivo porque além do aumento de vagas, descentraliza o campus de Florianópolis e contribui para a evolução dessas regiões (que antes tinha uma saída massiva da população jovem). Antes o indivíduo só tinha uma opção para entrar na universidade federal: ir para Florianópolis. Agora há uma unidade no sul (Araranguá), uma no norte (Joinville), uma no centro (Curitibanos) e uma no oeste (Chapecó).

A metodologia para calcular o desemprego mudou também (embora isso não mude o fato que houve queda).

Acredito que a maior diferença é na postura, o governo anterior não achava importante investir no ensino superior. A intenção deles possivelmente era sucatear o negócio ao ponto de todos acharem que não tinha mais solução para então privatizá-las. Nós perdemos 8 anos nessa brincadeira.

Se eu tivesse que apontar um único motivo para nunca mais votar no PSDB, esse é o motivo.

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Aqui na UnB teve expansão também. Abriram 3 novos campi, vários novos cursos e tal.

Aí vem o problema. As obras demoraram uma eternidade, foram mal feitas, custaram muito mais do que deviam, etc e tal. Aí é complicado porque não é só liberar o dinheiro, mas o governo federal também não tem como gerenciar isso tudo, nem é obrigado, nem tem gente.

Esse negócio de verba é foda. Liberaram uma caralhada de dinheiro pro MA fazer obras no sistema penitenciário, o governo estadual fez uns projetos irregulares, que não puderam sair do papel e o dinheiro voltou. Agora, declaram situação de emergência e vão construir qualquer lixo, de qualquer jeito, com qualquer contrato sem vergonha.

Culpa do PT? Bom, o governo federal liberou a verba, a Roseana é do PMDB, não do PT. Mas o vice era do PT (renunciou em dezembro pra assumir um cargo no TCE). Essa relação entre o PT e a família Sarney é foda. Na eleição de 2010, o diretório estadual decidiu apoiar o Flávio Dino (PC do B) contra a Roseana, mas o diretório nacional do Partido anulou a decisão e acabou apoiando a filha do Rei.

Aí o Partido tem que ter culpa. E muita. Durante essa porra dessa crise, o Planalto faz de tudo pra não enfurecer o Coronel. Inclusive prometer apoio à filhota na disputa pelo Senado em 2014.

Então é foda. O PT poderia tentar moralizar o país, mas prefere o pragmatismo eleitoral.

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Eu odeio o PT pq sou burro

Eu odeio o PT pq não sei nada de História

Eu odeio o PT pq é modinha

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Gente inteligente, que conhece história, e não segue modinhas. Eles amam o PT.

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O PT é o menos pior. Política é isso mesmo. Ou tu acha que se o Lula não virasse o "lulinha paz e amor" teria chegado ao poder. Já fui PT e não sou mais. Sempre voto em algum partido de esquerda (PSOL, PSTU, etc) e depois no segundo turno eu vejo no que vai dar.

PS: Até o PSOL já está se assanhando com a direita.

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Aí vem uma discussão de que vagas são essas, se os cursos são decentes, etc e tal.

Um outro problema que eu achei é que a metodologia para calcular o salário mínimo mudou no final de 2002.

É complicado avaliar essas coisas.

Edit: aproveitando o tópico:

e

Aí hoje, o Blog do Planalto faz um texto elogioso sobre as """concessões""" realizadas em 2013. É foda.

http://blog.planalto.gov.br/concessoes-realizadas-em-2013-vao-gerar-investimento-de-r-80-bilhoes/

O discurso tanto do Lula quanto da Dilma estão corretos.

E eu entendo a ironia em cima das "concessões", mas elas são de fato diferentes das privatizações do governo FHC (independente do termo usado).

As privatizações do PSDB foram negócios de "pai para filho", sucateavam para baixar o preço, limpavam o quadro funcional e arcavam com os custos trabalhistas, vendiam por valores que não representam o valor real (caso da Vale que não foram consideradas as concessões e ela foi vendida por pouco mais que 3 vezes seu lucro anual) e a lista segue.

Fora investimentos como o de R$7Bi em infraestrutura de telecomunicações para depois privatizar. Ou a BR-101 norte em SC que duplicaram e depois privatizaram (enquanto a parte Sul precisava de uma duplicação prometida no governo Figueiredo e era conhecida com rodovia da morte). A BR-101 norte além de não ser de boa qualidade a concessionária (Autopista Litoral Sul) não fez as obras que deveria ter feito. A principal delas o contorno de Florianópolis. Aliás, é coisa comum das privatizações feitas o "esquecimento" de investimentos acordados.

Se as "concessões" fossem vendas dessa forma do Banco do Brasil, da Petrobrás, da CAIXA, etc. você teria toda razão de ironizar, mas não foi o que aconteceu. Seria estranho se o governo investivesse R$15Bi em Guarulhos e depois fizesse a concessão, por exemplo.

Algumas dessas concessões "é o jeito" de conseguir o resultado em um curto prazo.

Por exemplo, BR-101 na BA, tem 0km duplicados, 206 vão ser duplicados no PAC e 566 por concessão.

As BR-163/267/262 no MS tem 40km duplicados e serão duplicados mais 1383 pelas concessão.

E a lista segue, várias rodovias que vão ter a concessão mas serão duplicadas (ao invés de serem duplicadas e depois concessionadas).

A média anual de investimento para cada triênio em rodovias ficou abaixo dos R$2Bi entre 1995 e 2006. Cresceu para R$6Bi entre 2007 e 2009. Para R$10Bi entre 2010 e 2012.

A projeção é que passe dos R$19Bi entre 2013-2015, sendo R$15Bi do PAC e R$4Bi em concessões.

Os dados são de uma apresentação do César Borges no Fórum de Infraestrutura e Logística em BH em junho de 2013.

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>> PSOL

>> direita

O PSOL declarou que deseja um governo menos inchado, com mais liberdade econômica e menos impostos? Onde? Quando? Quem é o candidato?

Que maravilha, vou votar neles! :fovhappy:

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Sou a favor de algumas privatizações. Só não pode é dar as estatais, ou então investir dinheiro público e depois entregar para a iniciativa privada. Existe uma grande diferença entre as privatizações do PSDB e do PT.

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O discurso tanto do Lula quanto da Dilma estão corretos.

E eu entendo a ironia em cima das "concessões", mas elas são de fato diferentes das privatizações do governo FHC (independente do termo usado).

As privatizações do PSDB foram negócios de "pai para filho", sucateavam para baixar o preço, limpavam o quadro funcional e arcavam com os custos trabalhistas, vendiam por valores que não representam o valor real (caso da Vale que não foram consideradas as concessões e ela foi vendida por pouco mais que 3 vezes seu lucro anual) e a lista segue.

Fora investimentos como o de R$7Bi em infraestrutura de telecomunicações para depois privatizar. Ou a BR-101 norte em SC que duplicaram e depois privatizaram (enquanto a parte Sul precisava de uma duplicação prometida no governo Figueiredo e era conhecida com rodovia da morte). A BR-101 norte além de não ser de boa qualidade a concessionária (Autopista Litoral Sul) não fez as obras que deveria ter feito. A principal delas o contorno de Florianópolis. Aliás, é coisa comum das privatizações feitas o "esquecimento" de investimentos acordados.

Se as "concessões" fossem vendas dessa forma do Banco do Brasil, da Petrobrás, da CAIXA, etc. você teria toda razão de ironizar, mas não foi o que aconteceu. Seria estranho se o governo investivesse R$15Bi em Guarulhos e depois fizesse a concessão, por exemplo.

Algumas dessas concessões "é o jeito" de conseguir o resultado em um curto prazo.

Por exemplo, BR-101 na BA, tem 0km duplicados, 206 vão ser duplicados no PAC e 566 por concessão.

As BR-163/267/262 no MS tem 40km duplicados e serão duplicados mais 1383 pelas concessão.

E a lista segue, várias rodovias que vão ter a concessão mas serão duplicadas (ao invés de serem duplicadas e depois concessionadas).

A média anual de investimento para cada triênio em rodovias ficou abaixo dos R$2Bi entre 1995 e 2006. Cresceu para R$6Bi entre 2007 e 2009. Para R$10Bi entre 2010 e 2012.

A projeção é que passe dos R$19Bi entre 2013-2015, sendo R$15Bi do PAC e R$4Bi em concessões.

Os dados são de uma apresentação do César Borges no Fórum de Infraestrutura e Logística em BH em junho de 2013.

O governo abriu os cofres e reduziu, significativamente, os riscos do capitalismo para garantir o sucesso dos leilões em infraestrutura. Ainda assim, o programa enfrenta uma onda de críticas do setor privado. Essa disputa, admitem ambos os lados, faz parte do show.

As empresas que ganharem os leilões terão até 70% dos investimentos financiados pelo BNDES, a juros subsidiados. Em ferrovias e rodovias, eles custarão a Taxa de Juros de

Longo Prazo (TJLP) mais 2% ao ano. Além disso, os bancos oficiais e fundos de pensão se propuseram a participar dos consórcios administradores dos novos serviços, ficando com até 49% do capital. Para tanto, aportarão até R$ 12 bilhões.

No caso das estradas, haverá ainda a liberação de recursos do PAC para duplicar alguns trechos rodoviários para o concessionário. Serão 682 km de obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Com tudo isso, há no setor quem avalie que as concessões rodoviárias estão mais próximas de uma Parceria Público-Privada (PPP), que é uma sociedade entre governo e empresas, do que de uma concessão clássica. O principal risco que as empresas enxergam, nesse caso, é de demanda. Ou seja, de a receita com a cobrança de pedágios não ser suficiente para cobrir os investimentos e os custos operacionais, que serão elevados.

No caso das ferrovias, que são uma fronteira nova, o governo foi além. Diante do risco de haver ociosidade nas linhas, já anunciou que vai comprar 100% da capacidade de carga. Vai, além disso, antecipar para o concessionário, a partir do segundo ano, 15% do que ele teria a receber ao longo dos 30 anos da concessão. Assim, ele terá fôlego financeiro para construir as linhas nos cinco primeiros anos, como está exigido no edital.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,governo-abre-o--cofre-para-garantir-o-sucesso-dos-leiloes-,1072542,0.htm

Aeroportos:

De acordo com anúncio realizado, no dia 30 de outubro, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os consórcios vencedores poderão pagar o financiamento em até 240 meses, com taxa de juros de longo prazo, de 5% ao ano ou cesta de moedas.

No cálculo do valor cedido também incidem a remuneração básica do BNDES (0,9%) e o spread de risco (que varia de acordo com a classificação de risco do cliente).

Na modalidade de longo prazo, o BNDES poderá financiar até 70% dos investimentos. Além disso, os consórcios vencedores vão ter a opção de solicitar empréstimos-ponte.

http://www.brasil.gov.br/governo/2013/11/governo-federal-comemora-o-sucesso-na-concessao-de-galeao-e-confins

Isso quer dizer que a sociedade brasileira arcará com os custos da modernização dos aeroportos e dos portos por meio de recursos colocados à disposição do banco público.

Mas quer dizer também que o dinheiro investido voltará assim que as concessionárias quitarem os empréstimos. Dito assim, isso é de uma obviedade desconcertante. Acontece que, no Brasil, existe muita gente que discorda dessa lógica.

As pessoas que são contrárias às concessões (nome pelo qual o atual governo prefere chamar a privatização de serviços públicos importantes) acham melhor ver o governo enterrar recursos públicos num porto ou num aeroporto administrado por alguma agência estatal ineficiente do que ver os serviços nas mãos de um operador privado. Essa é a verdade.

http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/otimo-o-bndes-vai-investir-na-concessao-de-portos-e-aeroportos_124028.html

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a concessão de financiamento de longo prazo no valor de R$ 1,5 bilhão para a concessionária do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), a empresa Aeroportos Brasil Viracopos.

A participação do BNDES corresponderá a 62,6% do investimento total no aeroporto, informou o banco de fomento nesta segunda-feira, por meio de comunicado. A Aeroportos Brasil Viracopos já havia recebido empréstimo-ponte de R$ 1,2 bilhão em dezembro de 2012.

A concessionária também emitirá debêntures de infraestrutura, no valor de R$ 300 milhões, numa operação que também contará com a participação do BNDES. As debêntures de infraestrutura têm isenção de Imposto de Renda para o investidor pessoa física e para o investidor estrangeiro, além de alíquota de 15% para a pessoa jurídica.

http://economia.terra.com.br/bndes-aprova-financiamento-de-r15-bi-para-aeroporto-de-viracopos,22efd54121633410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Foi anunciada hoje (18) a concessão de um empréstimo no valor total de R$ 4,2 bilhões para as concessionárias dos aeroportos de Guarulhos e Brasília, recentemente concedidos à iniciativa privada, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A verba será utilizada em obras de modernização e infraestrutura dos aeroportos, além de projetos sociais para as comunidades que vivem em suas proximidades. O empréstimo também servirá para quitar a dívida do empréstimo-ponte concedido pelo BNDES às concessionárias.

O aeroporto de Guarulhos receberá R$ 3,48 bilhões, incluindo 1,2 bilhão relativo ao empréstimo concedido em outubro do ano passado, a ser pago quando for feito o primeiro desembolso à sua concessionária. Já o aeroporto de Brasília receberá R$ 797,1 milhões, em cujo primeiro desembolso será pago o empréstimo-ponte no valor de R$ 488 milhões, concedido em dezembro de 2012.

http://economia.terra.com.br/bndes-aprova-financiamento-de-r15-bi-para-aeroporto-de-viracopos,22efd54121633410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Foi anunciada hoje (18) a concessão de um empréstimo no valor total de R$ 4,2 bilhões para as concessionárias dos aeroportos de Guarulhos e Brasília, recentemente concedidos à iniciativa privada, por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A verba será utilizada em obras de modernização e infraestrutura dos aeroportos, além de projetos sociais para as comunidades que vivem em suas proximidades. O empréstimo também servirá para quitar a dívida do empréstimo-ponte concedido pelo BNDES às

concessionárias.

O aeroporto de Guarulhos receberá R$ 3,48 bilhões, incluindo 1,2 bilhão relativo ao empréstimo concedido em outubro do ano passado, a ser pago quando for feito o primeiro desembolso à sua concessionária. Já o aeroporto de Brasília receberá R$ 797,1 milhões, em cujo primeiro desembolso será pago o empréstimo-ponte no valor de R$ 488 milhões, concedido em dezembro de 2012.

A concessionária do Guarulhos pretende direcionar R$ 17,3 milhões a projetos sociais em sua área de influência, ao passo que a concessionária do aeroporto JK destinará R$ 4 milhões para o mesmo fim. Os empréstimos, de longo prazo, correspondem a 64% do total previsto para investimento no caso do aeroporto de Guarulhos e 61% para o aeroporto de Brasília.

http://www.aeroportoguarulhos.net/noticias/aeroportos-noticias/bndes-emprestara-r-42-bilhoes-para-obras-nos-aeroportos-guarulhos-e-jk

BR 163

Segundo o executivo, apesar do perfil mais desafiador em termos de investimentos da rodovia, a alavancagem financeira da companhia não será comprometida, e a CCR contará com recursos próprios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fazer os investimentos necessários.

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPE9BG05M20131217?sp=true

Belo Monte

BRASÍLIA — Financiada pelo BNDES, a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, tem recebido tratamento privilegiado do banco. Embora o contrato determine a suspensão dos desembolsos em caso de descumprimento das exigências ambientais ou atrasos na adoção de medidas para minimizar o impacto da obra no meio ambiente, na prática, essa determinação não está sendo seguida. Mesmo descumprindo exigências ambientais, o que já resultou na aplicação de multa pelo Ibama, a obra segue recebendo regularmente os recursos do financiamento de R$ 22,4 bilhões, o maior crédito da história do banco.

O GLOBO teve acesso ao contrato de financiamento principal assinado em 18 de dezembro entre BNDES e a Norte Energia, empresa responsável pela construção da gigantesca hidrelétrica no Pará, com orçamento de R$ 25,9 bilhões. A liberação de recursos exige a regularidade ambiental do empreendimento e “cumprimento tempestivo (dentro do prazo previsto) das condicionantes”, conforme escrito na letra C, inciso III da cláusula 20ª. As condicionantes são as exigências ambientais.
Na última sexta-feira do ano, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantiu parte do caixa da Norte Energia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o maior empreendimento em curso no Brasil. Foram liberados nesta sexta-feira a primeira parcela, no valor de R$ 5,2 bilhões, do empréstimo total de R$ 22,5 bilhões concedido ao consórcio em novembro. Trata-se da maior quantia já concedida na história do banco, que arcará com 80% do total do custo da obra da usina, avaliada em R$ 28,9 bilhões.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do Consórcio Norte Energia, a empresa esclarece que desses 5,2 bilhões, R$ 3,1 bi foram depositados essa tarde pelo BNDES e o restante serão liberados no próximo dia 2 de janeiro “pelos agentes financeiros repassadores: a Caixa Econômica Federal (R$ 1,6 bilhões) e o banco BTG Pactual (R$ 464 milhões)”.

Para compreender o jogo financeiro que envolve a construção desta mega obra, é necessário lembrar que o custo do projeto passou dos iniciais R$ 4,5 bilhões em 2005, quando o projeto foi retomado pelo Governo brasileiro, a R$ 19 bilhões, custo estabelecido por ocasião do leilão, realizado em abril de 2010.

Recentemente o valor do investimento foi submetido a uma revisão levando em conta a inflação, medida pelo IPCA, que definiu o montante total de R$ 28,9 bilhões, muito embora as empresas envolvidas com as obras de construção e as empresas fabricantes de equipamentos (turbinas e geradores) estimem um custo mínimo de R$ 30 bilhões, podendo chegar a R$ 32 bilhões.

O BNDES se dispôs a financiar 80% do custo total. Para que o Banco aprovasse essa participação, foi necessário que a Eletrobrás garantisse a compra de 20% da energia a ser produzida (a parte definida para o assim chamado “mercado livre”, constituído pelas grandes empresas consumidoras de energia elétrica) a um preço de R$ 130/MWh, cerca de 70% superior à tarifa definida no leilão, conforme indicou a matéria de Josette Goulart no jornal Valor Econômico, em 13/07/2012.

Se considerarmos que o preço médio histórico da energia adquirida pelas grandes empresas que compõem o mercado livre (o PLD-Preço de Liquidação das Diferenças, utilizado no Mercado de Curto Prazo), se situa na faixa de R$ 15 a R$ 20 por MWh, o prejuízo da Eletrobrás pode alcançar R$ 420 milhões por ano.

Mas não só isso. Vale recordar que em maio de 2011, o consórcio Norte Energia (NESA), vencedor do leilão, contratou o consórcio construtor Belo Monte (CCBM), sob a liderança da Andrade Gutierrez, com a participação da Camargo Correa e da Norberto Odebrecht, e outras 8 empresas de construção.

Em agosto de 2011, o CCBM conseguiu fechar com a Norte Energia um contrato para a execução de obras civis de R$ 13,8 bilhões.

Esse jogo pode ser facilmente explicado.

Esse é um valor que vai ser apropriado por este grupo de empresas em um curto espaço de tempo, uma vez que o cronograma das obras civis do projeto não é superior a cinco anos.

Daí se deduz que o objetivo da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte não se limita à geração de energia. Se trata de compensar as empresas que, não por mera coincidência, foram junto com os bancos, os principais contribuintes para o fundo de campanha da então candidata à Presidência da República Dilma Roussef, conforme matéria do repórter J. R. Toledo, publicada no jornal Estado de São Paulo, em 02/10/2010.

Apesar de todas essas evidências, um comunicado do BNDES em 26/11/2012 anunciou a concessão do crédito de R$ 22,5 bilhões para as obras. O comunicado veio acompanhado do costumeiro proselitismo, indicando preocupações de ordem social e ambiental, restritas a um mero exercício retórico de boas intenções, até hoje absolutamente ausentes.

(...)

Quem vai pagar essa conta? Será o contribuinte brasileiro, seja através do Tesouro Nacional, ao qual o BNDES teve de recorrer, seja para custear as perdas da empresa Eletrobrás.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/02/02/a-verdade-sobre-as-contas-da-usina-belo-monte-por-celio-berman-484854.asp

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