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O guia rápido dos pontas no FM


Tsuru

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Ponta. Considerada extinta a partir de algum momento entre os anos 80 e 90, essa posição foi redescoberta pelo futebol inglês no início da década de 2000. Fosse num 4-2-3-1 ou num 4-1-2-3, os pontas ocupavam os flancos e exploravam o principal ponto fraco das defesas com três zagueiros, uma verdadeira epidemia que se alastrou pelo mundo da bola depois do sucesso da Argentina de Carlos Billardo na Copa de 1986, no México. 

Essa redescoberta provocou uma espécie de “nova revolução” no futebol, matou os antigos esquemas com três na defesa (que até ressurgiram recentemente, mas com uma pegada diferente) e alterou o jogo de tal forma que jogar sem pontas hoje em dia é possível, mas é raro. Pontas modernos defendem como meias e atacam como centroavantes; iniciam no flanco e vão para o meio, ou servem de apoio a um lateral mais ofensivo, ou abrem espaço para os atacantes, ou são eles próprios os atacantes, gerando meio campo com cinco jogadores que é mais compacto, dá mais opções e é mais difícil de marcar; ou ainda jogam mais recuados, atuando como meias que protegem os laterais e se projetam ao ataque quando necessário.

As possibilidades são muitas, e a versatilidade que agregam às equipes rapidamente começou a formar diferentes tipos de ponta, para os times mais variados, desde quem joga no contragolpe até as equipes de pressão muito intensa (nas quais eles são, se não indispensáveis, muitas vezes essenciais).

 

Extremo / Winger
Um “clássico”, esse é o velocista que pega a bola e parte para a linha de fundo com objetivo de cruzar a pelota para dentro da área. Atuando basicamente aberto no flanco, seja como meia ofensivo ou lateral, ele não precisa ser muito inteligente, mas é fundamental que seja rápido, saiba driblar, cruzar e tenha o mínimo de visão para ver onde está cruzando a bola. É uma função que o FM define muito bem, com instruções de jogador muito precisas, portanto pouco customizável. 

Geralmente com tarefa Apoiar ele vai se posicionar mais atrás, mais próximo do meio campo, de onde parte com a bola dominada e cruza ali pelo limite da linha da área adversária; com Atacar ele fica mais a frente e defende menos, participa menos do jogo antes de receber a bola em uma posição mais avançada, e tendendo a ir mais à linha de fundo antes de fazer o cruzamento.

O comportamento do Extremo como meia lateral é essencialmente o mesmo, exceto o fato de que, ao iniciar mais recuado, ele naturalmente protege mais o flanco, sendo mais parecido com um “meia velocista” do que com um “atacante que cruza a bola”.

É uma função útil em praticamente qualquer esquema, porque sua velocidade, intensidade e a movimentação lateral permitem que outros jogadores se coloquem em posição de fazer gols e criar jogadas perigosas; porque cruzamentos são fundamentais num jogo onde o espaço é cada vez mais exíguo; e porque estão sempre muito bem posicionados para puxar contragolpes e criar situações de perigo, numa era onde muitos laterais adversários jogam adiantados e deixam uma avenida às costas.

 

Atacante Interior / Segundo Atacante / Inside Foward
É o “atacante do século 21”. Inicia a jogada no lado do campo e, durante o desenvolvimento dela, “flutua” ou “corta” por dentro (como prefiram), geralmente abrindo o flanco para a passagem de um lateral mais ofensivo enquanto parte para cima da defesa em busca de um drible, passe ou finalização. Essa movimentação de “flutuar” gera problemas para as zagas adversárias, que nunca sabem muito bem de onde vem o perigo, e têm de lidar com uma imprevisibilidade muito maior do que se esse mesmo AI jogasse como um centroavante comum de antigamente (que todo mundo sabia que atuava na última linha de defesa esperando a bola para chutar a gol, e mais nada). Fora que o “ponta por dentro” abre o corredor para o “lateral por fora” e geralmente essa movimentação cria espaços, algo fundamental no futebol de hoje.

Com a tarefa Atacar o AI vai ser o centroavante do seu time, ou seja, ele tem objetivo de marcar os gols, é uma espécie assim de “PL de flanco”. Por isso vai jogar mais adiantado, recuando menos e atuando mais próximo do gol adversário do que do seu meio de campo; e por isso geralmente ele forma dupla com um outro atacante de suporte, alguém que se mexe bastante, tenta abrir espaços e busca muito mais um passe do que necessariamente um chute a gol (alguém aí falou Falso Nove?), justamente para permitir que o AI receba a bola em condições de finalizar a jogada.

Com a tarefa Apoiar é o contrário - o AI vai ser o atacante de suporte, aquele que distribui passes e tenta servir um companheiro finalizador, geralmente posicionado mais à frente. Não é que não faça gols, apenas o foco é outro, é mais dar um passe certeiro, um drible, ou finalizar de longe, iniciando a jogada mais atrás, mais perto dos outros meias, dando velocidade, movimentação, permitindo atrair a atenção da zaga e permitir que o atacante goleador tenha espaços para conseguir finalizar. Gosto de definir o AI Apoiar como uma espécie de “Atacante Recuado de flanco”.

É recomendável que o AI jogue sempre com o pé bom oposto ao flanco em que está - destro na esquerda e canhoto na direita - porque assim, ao cortar por dentro, seu pé mais forte está posicionado na direção do gol. Mas isso é apenas recomendável, não obrigatório.

 

Extremo Invertido / Inverted Winger
Função inserida nos FMs mais recentes, ele é uma espécie de “híbrido” entre o extremo comum e o atacante interior. É um velocista, joga com base em drible e rapidez, mas em vez de se manter sempre no lado do campo e buscar necessariamente cruzar a bola, “flutua” por dentro e joga com o pé trocado da mesma forma que o AI faz. Então por vezes você pode ver o EI tentando um cruzamento, e em outras, vai observar um comportamento mais próximo ao do AI, talvez numa das funções mais híbridas do jogo.

A diferença é que, além de não ser um atacante, o EI tende a prender um pouco mais a bola depois que faz o corte e antes de tentar um cruzamento, um passe ou um chute de longe. O objetivo é criar sobrecarga, ou seja, atrair a marcação para si e para aquele lado onde está, abrindo espaço seja para um lateral do mesmo lado, seja para atletas que se movimentam no outro flanco. 

A diferença entre as tarefas é que com Apoiar ele joga mais recuado, portanto recebe a bola em posições mais próximas do meio e tende a ficar pela intermediária adversária; com Atacar ele é mais agressivo, se aproxima mais de um ponta goleador e entra na área com mais frequência. Embora eu repita, ele não é um atacante e não recomendo usar como substituto de um Atacante Interior, porque na prática ele não forma uma dupla com o centroavante da mesma forma que o AI faz e finaliza bem menos a gol, e o resultado é um homem de frente que acaba por ficar isolado ou sobrecarregado.

Existe a possibilidade de utilizar o EI como meia lateral, mais recuado. Aqui observo que, além do que já descrevi mais acima, ele passa a estar mais envolvido no processo de desenvolvimento da jogada - porque atua mais perto da defesa -, passa a ter um pouco mais de responsabilidades defensivas (ajudando a fechar mais o meio) e tende a virar uma espécie de “carregador de bola por dentro”, ou seja, recebendo um passe e flutuando do flanco para o centro na direção da grande área adversária.

 

Armador Aberto / CJA Aberto / Advanced Playmaker
A partir dos anos 90, começou a diminuir exponencialmente o espaço no campo de futebol, acelerando um movimento que começou nos anos 70 após o sucesso da Laranja Mecânica de Rinus Michels. A marcação mais apertada e em bloco, a intensidade e a diminuição das áreas de jogo começou a criar problemas para os “meias criadores”, geralmente o “camisa 10”, que tinha dificuldades para se movimentar em uma área tão congestionada quanto a intermediária adversária. Então o que aconteceu? Da mesma forma que os atacantes, os meias criadores foram “deslocados” para os flancos do campo, fazendo nascer assim o Armador Avançado lateral.

Jogador inteligente, geralmente com boa visão de jogo e ótima capacidade de passe e/ou drible, o AA atua normalmente de “pé trocado” da mesma forma que o AI e o EI, e assim como seus “primos”, “flutua” por dentro durante o desenvolvimento da jogada. Flutua tanto que não é raro vê-lo ocupando a faixa central da intermediária adversária, comandando os ataques do seu time, buscando as melhores opções e trabalhando para criar chances de gol para a sua equipe. Essa movimentação confunde a zaga, abre espaço para a subida de um lateral mais ofensivo e torna o armador bem mais difícil de marcar do que os antigos Trequartistas, que ficavam andando pelo campo adversário à espera da bola e ajudavam pouco, seja na defesa, seja na transição das jogadas.

Com a tarefa Apoiar o AA vai cadenciar mais o jogo e se focar mais em prender a bola e distribuir passes para os companheiros, seria digamos, o “garçom” da equipe. Já em Atacar ele se transforma numa espécie de “carregador de bola”, aquele meia driblador que avança com ela dominada na direção do gol, buscando uma jogada mais individual antes de fazer o passe ou de finalizar. 

 

Raumdeuter/Ponta de Lança Aberto
A chamada “função Thomas Muller”, porque o alemão se definiu assim em uma entrevista. A palavra “Raumdeuter” é algo que poderia ser traduzido como “investigador espacial” e reflete o comportamento de um ponta inteligente, tão inteligente que fica procurando espaços para atacar o adversário; quando encontra, costuma aproveitá-los no sentido de finalizar a jogada e marcar gols. Da mesma forma que o AI, o EI e o AA lateral, o Raum atua no flanco oposto ao seu melhor pé e “corta” ou “flutua” por dentro na hora de fazer a jogada.

Muita gente não gosta quando resumo as coisas dessa forma, mas eu vejo o Raumdetter como um Oportunista/PL Fixo/Poacher moderno, que assim como vários outros jogadores, deixou o centro para atuar nos flancos em busca de espaço. Os antigos Oportunistas, como por exemplo Romário, eram exatamente atacantes que jogavam “pendurados” no ombro do zagueiro e ficavam esperando uma chance para partir em velocidade e fazer gols; e vejo o Raumdetter como uma evolução natural desse comportamento, adequado a um futebol mais intenso e cujas necessidades evoluíram junto com o jogo.

 

Wide Targetman / Avançado de Referência / Atacante de Referência
Assim como os armadores de jogo, os oportunistas e os centroavantes, alguns dos antigos Jogadores Alvo - fortes, altos, de muita impulsão e que ganhavam dos zagueiros muito mais no físico que na técnica - também migraram para os flancos depois da redescoberta dos pontas no futebol. As características e o comportamento são parecidos, mas como enfrentam geralmente os laterais antes dos zagueiros, os AR modernos são colocados para atuar sempre contra laterais fracos e baixos, de forma que levem vantagem natural (assim como muitos JA antigos atuavam sempre em cima de zagueiros mais fracos e mais baixos).

E da mesma forma a variação de tarefas espelha esse comportamento. Em Apoiar, o Atacante de Referência vai jogar mais recuado, mais próximo do meio campo, tentando atrair a bola (referência, afinal) e “puxar” a marcação do lateral daquele lado, o que abre espaço no flanco e para o atacante que joga no centro. E em Atacar ele inicia a jogada mais adiante, buscando ser uma referência que o permita receber a bola em uma posição favorável para ganhar do lateral e finalizar a jogada.

 

Organizador Aberto / Wide Playmaker
A primeira das três funções dos pontas que só está disponível como meia lateral, o OA é basicamente uma versão mais recuada do Armador Aberto. Isso significa que ele é um meia armador que inicia na meia lateral (o que gera mais consistência defensiva) e “flutua” para o centro durante o desenvolvimento da jogada, abrindo o corredor para a passagem de um lateral, confundindo a marcação e buscando criar jogadas de perigo para o seu time. Da mesma maneira, com tarefa Apoiar ele cadencia mais o jogo e busca mais o passe, e com tarefa Atacar é mais agressivo e busca mais o drible e carregar a bola.

Ora, se ele é similar ao AA, porque existe então? Bem, ele serve para equipes que querem um meia armador mas não têm MAC e atuam com os pontas mais recuados, como o 4-4-2 ou 4-2-2-2. Ou ainda para situações como um 4-4-1-1 onde o MAC é por exemplo muito mais um atacante do que um criador de jogadas, ou então joga muito mais próximo do meio que do ataque. Nesses casos, cabe ao OA assumir o papel de coordenar os movimentos ofensivos e achar espaços nas defesas adversárias.

Gosto muito do OA e, por já ter utilizado algumas vezes, não recomendo que seja utilizado em sistemas de contragolpe. Sua movimentação mais para o centro e o fato de ser um organizador de jogo tendem a tornar a movimentação de bola mais lenta e prejudicar a velocidade de times que querem atacar com rapidez.

 

Defensive Winger / Extremo Defensivo
Função pouco conhecida e talvez pouco utilizada por muitos jogadores de FM, é o segundo tipo de ponta que está disponível apenas na meia lateral. Resumidamente o ED é uma espécie de Meia Recuperador de Bolas que atua no flanco, usando pressão muito intensa para recuperar a bola, especialmente em cima dos laterais adversários, e ao recuperá-la, joga de forma rápida e intensa para fazer a ligação com o ataque.

É também o ponta mais defensivo (“operário”) que existe e isso pode ser interessante de diversas formas. Utilizando por exemplo Instruções Individuais e Movimentos Preferidos de Jogador que sejam condizentes com a função, um treinador pode construir EDs que não apenas recuperam a bola e ligam com o ataque, mas sabem construir e achar espaços da mesma forma que Extremos e Médio Alas fariam. Os EDs também são muito úteis em sistemas que usam três zagueiros e dois meias laterais (sem laterais ou alas), porque ajudam a defender os lados do campo e, quando seu time ataca, usam os flancos para agredir e cruzar a bola para os atacantes - e digo isso por experiência própria.

 

Wide Midfielder / Médio Ala / Meia Lateral
Uma das funções que mais pode ser resumida pelo seu nome, esse tipo de ponta é literalmente um meia lateral - uma opção de jogador muito semelhante ao Meia Central, mas atuando nos flancos. Assim como seu "primo", é um jogador altamente customizável que pode ser adequado a praticamente qualquer necessidade do treinador, pois é possível adicionar a ele quase todos os tipos de instruções individuais (talvez todas, não sei ao certo). Uma das diferenças fundamentais em relação por exemplo ao Extremo mais recuado é que o Médio Ala defende melhor, embora se projete normalmente ao ataque quando o time se movimenta ofensivamente (e desde que solicitado, claro).

Considerando apenas a variação entre as tarefas e sem instruções adicionais, com Defender ele vai ser uma espécie de “volante de flanco”, focado em fechar os espaços e defender aquele lado; com Apoiar vai ser um misto de meia e Extremo aberto, focando em distribuir passes e por vezes cruzar a bola de forma antecipada; e com Atacar vai se arriscar mais, focar mais em carregar a bola e em tentar dribles em cima da zaga adversária. 

Já usei o Médio Ala de muitas formas. Particularmente não vejo muito sentido na tarefa Defender e acho que com Atacar ele fica agressivo demais e abre uma avenida em relação ao lateral, portanto precisa ser muito bem utilizado. Minha forma preferida “ao natural” é o MA Apoiar, atuando ao lado de um meia central mais defensivo e dando suporte a um lateral mais agressivo.

Agora, usando as instruções individuais a coisa muda de figura. Se você adicionar por exemplo ao MA as mesmas instruções de um Extremo, vai ter basicamente um meio termo entre um meia lateral velocista e um extremo mais defensivo; se adicionar as mesmas instruções de um Organizador Aberto (de preferência utilizando destro na esquerda e canhoto na direita), vai ter um meia lateral que “flutua” por dentro para organizar o jogo mas sem a responsabilidade de ser a referência nesse sentido; e se você usar o MA do lado do pé trocado e escolher tarefa Atacar, usando instruções como Afunilar Jogo e Cortar para Dentro (podendo também acrescentar outras), vai observar um meia lateral extremamente agressivo, imprevisível e veloz, que joga “flutuando” pelo centro do campo e aparece na área para finalizar, quase como um Atacante Interior que inicia mais recuado.

Há milhões de possibilidades nesse sentido, mas atenção: ser Médio Ala não é uma tarefa fácil, e com instruções pode se tornar menos ainda porque pode exigir ainda mais do jogador. Não é à toa que é difícil encontrar jogadores naturais nessa função no jogo, porque precisam defender e atacar muito bem. Mas ao mesmo tempo você pode retreinar um lateral, um ala ou um extremo para serem um, ou mesmo formar um jovem atleta e moldá-lo nesse sentido, e observar ótimos resultados em campo.

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O Ponta de Lança Aberto funciona bem com o cara jogando SEM o pé invertido. Usei Aubemayang aqui de MAD nessa função, Pléa e Martinelli também...Dá bastante certo.

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12 horas atrás, Roman disse:

O Ponta de Lança Aberto funciona bem com o cara jogando SEM o pé invertido. Usei Aubemayang aqui de MAD nessa função, Pléa e Martinelli também...Dá bastante certo.

Sim, isso é perfeitamente possível. Na verdade todas as funções que usam o pé trocado podem funcionar bem com o "pé bom". Depende muito de como seu time está organizado e da qualidade do próprio jogador também.

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Achei o material todo muito interessante, tive uma curta experiência com o Ponta de Lança aberto e curiosamente era um canhoto pela esquerda mesmo, a função cumpre com aquilo que eu sempre esperei de um Avançado Interior - Atacar, porque o PL pisa na área o tempo todo e faz muitos gols. Uma outra experiência que tive com o Avançado de Referência funcionou mas o time adota uma mania irritante que é a de queimar bola longa para que o jogador seja a referência como um pivô, imagino que a função funcione melhor com um Atacante mais solto ou um Mezzala no meio campo, mas não pude fazer esses testes.

A única crítica que faço em relação ao jogo é que é muito difícil ver jogadores que façam bem essas funções, em toda minha curta experiência jogando não vi nenhum ponta ter o PL Aberto ou o Av de Referência como posições naturais e jogadores com a capacidade técnica e física para fazê-los são pouco adaptáveis, o que nos força a perder um tempo treinando o jogador para tal função.

Por fim, uma das coisas que percebo sobre o extremo e vale ver se você concorda, é que o FM já fez a função ser um cara que pega a bola e corre até o fundo pra cruzar mas hoje eu identifico a função como o cara que joga nas costas do lateral adversário, e isso muda um pouco a função. O Extremo sempre vai ser o "último jogador" se você marca a linha defensiva, o cara sempre mais próximo a linha lateral em campo, mas o movimento dele tem como referência o lateral adversário. Isso significa que ao enfrentar uma defesa estreita, o Extremo vai entrar na área em condições de finalizar o tempo todo, enquanto defesas mais abertas tendem a torná-lo esse cara que vai no fundo pra cruzar. É uma função excelente ainda para uma boa capacidade de drible tendo em vista a aversão que o jogo tem aos cruzamentos (pode ser impressão minha mas esquemas sem um Jogador Alvo impedem que laterais e pontas fiquem chuveirando bola na área, normalmente eles chegam ao fundo e jogam para trás rasteira para algum meio campista), o que vai fazer o extremo marcar alguns gols entrando em diagonal ao longo da temporada. 

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@Peepe

A frequência dos cruzamentos mudou desde o lançamento mas uma coisa que eu observei é que depende tanto da tática quanto dos jogadores que jogam pelos lados. Extremos e Laterais/Alas vão cruzar com alguma frequência enquanto o Avançado Interior dificilmente fará o mesmo. Se a defesa oferecer espaço pra invadir a área, realmente a frequência dos cruzamentos parece diminuir, mas ainda via cruzamentos desde que o atacante estivesse na área, e principalmente em contra-ataques. Mas voltando aos jogadores, os que finalizam mal (9 ou menos) também vão cruzar com maior frequência, assim como jogadores com os movimentos preferidos Prefere o Passe a Chutar e Corre Com a Bola Pela Esquerda/Direita, imagino que porque são movimentos que também indicam jogadores que preferem não tentar fazer gols se tiverem outra opção.

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Em 21/01/2021 em 19:52, Peepe disse:

Achei o material todo muito interessante, tive uma curta experiência com o Ponta de Lança aberto e curiosamente era um canhoto pela esquerda mesmo, a função cumpre com aquilo que eu sempre esperei de um Avançado Interior - Atacar, porque o PL pisa na área o tempo todo e faz muitos gols. Uma outra experiência que tive com o Avançado de Referência funcionou mas o time adota uma mania irritante que é a de queimar bola longa para que o jogador seja a referência como um pivô, imagino que a função funcione melhor com um Atacante mais solto ou um Mezzala no meio campo, mas não pude fazer esses testes.

A única crítica que faço em relação ao jogo é que é muito difícil ver jogadores que façam bem essas funções, em toda minha curta experiência jogando não vi nenhum ponta ter o PL Aberto ou o Av de Referência como posições naturais e jogadores com a capacidade técnica e física para fazê-los são pouco adaptáveis, o que nos força a perder um tempo treinando o jogador para tal função.

Por fim, uma das coisas que percebo sobre o extremo e vale ver se você concorda, é que o FM já fez a função ser um cara que pega a bola e corre até o fundo pra cruzar mas hoje eu identifico a função como o cara que joga nas costas do lateral adversário, e isso muda um pouco a função. O Extremo sempre vai ser o "último jogador" se você marca a linha defensiva, o cara sempre mais próximo a linha lateral em campo, mas o movimento dele tem como referência o lateral adversário. Isso significa que ao enfrentar uma defesa estreita, o Extremo vai entrar na área em condições de finalizar o tempo todo, enquanto defesas mais abertas tendem a torná-lo esse cara que vai no fundo pra cruzar. É uma função excelente ainda para uma boa capacidade de drible tendo em vista a aversão que o jogo tem aos cruzamentos (pode ser impressão minha mas esquemas sem um Jogador Alvo impedem que laterais e pontas fiquem chuveirando bola na área, normalmente eles chegam ao fundo e jogam para trás rasteira para algum meio campista), o que vai fazer o extremo marcar alguns gols entrando em diagonal ao longo da temporada. 

Minha experiência com o PL Aberto nunca foi boa. Em teoria é o Oportunista de flanco, mas na prática não rendia, mesmo os jogadores que eram 100% naturais na função. Isso no FM 17 né, nas versões mais recentes eu realmente não sei se foi ajustado.

Sobre o Avançado de Referência eu li alguns guias especificos sobre ele e os jogadores que o utilizavam realmente não faziam isso o tempo todo, e mencionavam essa dificuldade de encontrar jogadores naturais na posição. É tão raro que acho inclusive estranho o FM ainda manter, particularmente não vejo muito sentido.

Em relação ao Extremo, a minha observação é mais um ponto de partida né. Dependendo dos Movimentos Preferidos, da mentalidade e das instruções de equipe, e mesmo dos jogadores que atuam em volta, às vezes até do comprimento de ataque utilizado, ele pode ser mais parecido com um atacante velocista, pode entrar mais em diagonal, pode realmente atuar bem aberto no flanco, enfim. O que eu noto de evolução nas últimas versões é que as funções em geral foram mais calibradas, inclusive o Extremo, e talvez de fato ele esteja caminhando para se tornar esse jogador que você descreveu. Até o FM 17 as funções não eram muito bem distribuídas e definidas, do tipo, o Meia Área a Área era quase uma versão mais defensiva do MC Atacar, fazia inclusive essa ligação, e hoje dá pra ver que não faz. Me parece que houve mais uma imersão dentro do papel tático em si do que nas instruções predefinidas, e isso obviamente tem impacto em como as combinações funcionam dentro do campo.

Em 22/01/2021 em 01:21, Douglas. disse:

A frequência dos cruzamentos mudou desde o lançamento mas uma coisa que eu observei é que depende tanto da tática quanto dos jogadores que jogam pelos lados. Extremos e Laterais/Alas vão cruzar com alguma frequência enquanto o Avançado Interior dificilmente fará o mesmo. Se a defesa oferecer espaço pra invadir a área, realmente a frequência dos cruzamentos parece diminuir, mas ainda via cruzamentos desde que o atacante estivesse na área, e principalmente em contra-ataques. Mas voltando aos jogadores, os que finalizam mal (9 ou menos) também vão cruzar com maior frequência, assim como jogadores com os movimentos preferidos Prefere o Passe a Chutar e Corre Com a Bola Pela Esquerda/Direita, imagino que porque são movimentos que também indicam jogadores que preferem não tentar fazer gols se tiverem outra opção.

Pode ter a ver ainda com a inteligência e a versatiilidade do Extremo. Acho eu que jogadores inteligentes vão perceber quando é melhor invadir a área e chutar do que cruzar a bola, enquanto outros mais limitados vão se restringir a fazer o que foi pedido. Ainda pode haver alguma influência também da instrução Ser Mais Expressivo, que vai permitir ao jogador fazer o que achar melhor naquele momento.

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É Raumdeuter, não Raumdetter 😛

No mais, uma coisa que eu já utilizei com bastante sucesso é colocar o Armador Aberto com a instrução de "Deambular da posição". O jogador já faz naturalmente esse movimento de procurar o meio, mas com essa instrução ele acaba tendo ainda mais liberdade pra flutuar em busca do espaço. Tendo um jogador inteligente para jogar ali, é uma arma muito poderosa, já que a marcação fica bastante perdida - o lateral fica sem saber se acompanha, os volantes muitas vezes estão ocupados olhando para outro atleta e não percebem a movimentação. Fica como sugestão pra quem tentar usar a função.

 

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2 horas atrás, Danut disse:

É Raumdeuter, não Raumdetter 😛

No mais, uma coisa que eu já utilizei com bastante sucesso é colocar o Armador Aberto com a instrução de "Deambular da posição". O jogador já faz naturalmente esse movimento de procurar o meio, mas com essa instrução ele acaba tendo ainda mais liberdade pra flutuar em busca do espaço. Tendo um jogador inteligente para jogar ali, é uma arma muito poderosa, já que a marcação fica bastante perdida - o lateral fica sem saber se acompanha, os volantes muitas vezes estão ocupados olhando para outro atleta e não percebem a movimentação. Fica como sugestão pra quem tentar usar a função.

Do que você observou, esse jogador costuma receber mais a bola quando já se moveu pro meio ou ele pega a bola na lateral e busca vir com ela pro meio pra armar algo?

É uma alternativa interessante a se pensar quando temos jogadores com visão de jogo mas com pouca força física pra disputar bolas no meio-campo, que tende a ser mais povoado.

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21 minutes ago, Douglas. said:

Do que você observou, esse jogador costuma receber mais a bola quando já se moveu pro meio ou ele pega a bola na lateral e busca vir com ela pro meio pra armar algo?

É uma alternativa interessante a se pensar quando temos jogadores com visão de jogo mas com pouca força física pra disputar bolas no meio-campo, que tende a ser mais povoado.

Quando utilizei, ele costumava receber a bola mais no meio já. Inclusive não recomendo a utilização dessa forma se a equipe já tiver algum atleta na posição de meia ofensivo (ou um CJA - atacar como meia central), que vai acabar ocupando quase o mesmo espaço para receber a bola. Mas não chegava a ser totalmente centralizado, tinha sim uma tendência de aparecer um pouco mais pro lado do qual ele partia né, e isso bagunçava um pouco a marcação.

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1 hora atrás, Danut disse:

Quando utilizei, ele costumava receber a bola mais no meio já. Inclusive não recomendo a utilização dessa forma se a equipe já tiver algum atleta na posição de meia ofensivo (ou um CJA - atacar como meia central), que vai acabar ocupando quase o mesmo espaço para receber a bola. Mas não chegava a ser totalmente centralizado, tinha sim uma tendência de aparecer um pouco mais pro lado do qual ele partia né, e isso bagunçava um pouco a marcação.

Eu já usei assim também, mas notei que ele tinha muitas dificuldades de acompanhar o lateral adversário, usava sempre com marcação individual. 

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9 minutes ago, bstrelow said:

Eu já usei assim também, mas notei que ele tinha muitas dificuldades de acompanhar o lateral adversário, usava sempre com marcação individual. 

Hmm, é verdade. Faz tempo que utilizei, mas pensando sobre aqui acho que eu também tinha esse problema. Mas aí é marcação individual neles.

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Em 26/01/2021 em 20:01, Danut disse:

É Raumdeuter, não Raumdetter 😛

No mais, uma coisa que eu já utilizei com bastante sucesso é colocar o Armador Aberto com a instrução de "Deambular da posição". O jogador já faz naturalmente esse movimento de procurar o meio, mas com essa instrução ele acaba tendo ainda mais liberdade pra flutuar em busca do espaço. Tendo um jogador inteligente para jogar ali, é uma arma muito poderosa, já que a marcação fica bastante perdida - o lateral fica sem saber se acompanha, os volantes muitas vezes estão ocupados olhando para outro atleta e não percebem a movimentação. Fica como sugestão pra quem tentar usar a função.

Obrigado pela correção, já mudei 😛

Observação interessante. Mas acho que para o CJA Aberto funcionar legal dessa forma ele precisa ser um jogador bem inteligente capaz de encontrar os espaços certos para se movimentar. Talvez possa inclusive funcionar com um "Raumdeutter" 😛 adaptado, criando uma versão mais criativa do investigador espacial.

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