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Ariel'

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24 minutos atrás, Aleef disse:

Não, porque a bandeira dele é segurança publica e corrupção. 

E aí, quando ele não conseguir resolver nem segurança pública nem corrupção, vai fazer o quê? Quando os líderes evangélicos que tão ganhando a eleição pra ele forem cobrar a conta, ele vai fazer o quê?

 

24 minutos atrás, Aleef disse:

Vamos dar tempo ao tempo. Não sabemos nem se o ministério de direitos humanos será extinguido.

Na boa, não tem nada que me deixa mais puto da vida do que esse discurso "vamos dar tempo ao tempo". Dar tempo porque não é a tua vida que tá em risco, né? Não é tu que tem medo de sair na rua e apanhar. Aí realmente dá pra ter todo o tempo do mundo.

 

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5 horas atrás, Léo R. disse:

O PT, para ter alguma chance real, deveria ter se dissociado do Lula desde o começo e ter feito uma chapa com o Ciro. Assim faria mais votos no primeiro turno e levaria o segundo turno com facilidade. Por isso que eu digo que o maior culpado da eleição do Bolsonaro é o PT, que quis "centralizar" a campanha em cima do Lula e "segregou" a "esquerda".

 

https://twitter.com/sport/status/1052137147866800128https://twitter.com/sport/status/1052137147866800128

Onde está seu deus agora, torcedor do Barsa e Bolsominion? A mão de marcar chega a tremer. (como se ninguém soubesse que a posição deles seria essa)

MAS QUEM TÁ CERTO SÃO VOCÊS, 60% da população brasileira votante.

 

Que clube!

De quebra param (quem quer que seja, entre diretores, torcida e imprensa) com essa besteira de ficar de viúva de Neymar.

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49 minutos atrás, Danut disse:

Na boa, não tem nada que me deixa mais puto da vida do que esse discurso "vamos dar tempo ao tempo". Dar tempo porque não é a tua vida que tá em risco, né? Não é tu que tem medo de sair na rua e apanhar. Aí realmente dá pra ter todo o tempo do mundo.

#NODRAMA

O orgulho gay está aí para isso: despertar nos outros alguma reação por sair por aí dizendo que gosta.

A reação pode ser ruim. Da mesma forma que sair por aí neste exato momento dizendo que tem orgulho de torcer para a Argentina, e não pro Brasil. Gera controvérsia, como uma contravenção. Convenções sociais milenares acham estranho, feio e ridículo a prática do homossexualismo, e se quisessem mudar isso, dependeria de divulgação e propaganda. Afinal, deveria a sociedade aceitar isso? Bolsonaro gravou vídeos com gays também, é só procurar no Youtube que você encontra vídeo dele com gay apoiando-o.

Os apoiadores (a maioria) dele não apoiam essa mudança nas convenções sociais: a aceitação desse estilo de vida não é desejada. Eles não querem isso para familiares e gente próxima deles, então vêem os assumidos e o movimento LGBTQPWRXY como desejosos de que, além de aceitos, torne-se uma prática normativa, com a obrigação de ser aceita.

Não deves ter medo, quem for gay discreto. Aqueles que ficam tocando nas outras pessoas, que levantam bandeira, que dizem para todos que gosta de sexo com gente do mesmo sexo, que se veste com roupas esquisitas, provavelmente, serão reprimidos.

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23 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

#NODRAMA

O orgulho gay está aí para isso: despertar nos outros alguma reação por sair por aí dizendo que gosta.

A reação pode ser ruim. Da mesma forma que sair por aí neste exato momento dizendo que tem orgulho de torcer para a Argentina, e não pro Brasil. Gera controvérsia, como uma contravenção. Convenções sociais milenares acham estranho, feio e ridículo a prática do homossexualismo, e se quisessem mudar isso, dependeria de divulgação e propaganda. Afinal, deveria a sociedade aceitar isso? Bolsonaro gravou vídeos com gays também, é só procurar no Youtube que você encontra vídeo dele com gay apoiando-o.

Os apoiadores (a maioria) dele não apoiam essa mudança nas convenções sociais: a aceitação desse estilo de vida não é desejada. Eles não querem isso para familiares e gente próxima deles, então vêem os assumidos e o movimento LGBTQPWRXY como desejosos de que, além de aceitos, torne-se uma prática normativa, com a obrigação de ser aceita.

Não deves ter medo, quem for gay discreto. Aqueles que ficam tocando nas outras pessoas, que levantam bandeira, que dizem para todos que gosta de sexo com gente do mesmo sexo, que se veste com roupas esquisitas, provavelmente, serão reprimidos.

E você acha isso tudo normal? Você leu mesmo o que você escreveu e publicou numa boa?

Beleza.

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4 minutos atrás, Buzzuh disse:

E você acha isso tudo normal? Você leu mesmo o que você escreveu e publicou numa boa?

Beleza.

Só ignora o cara, esse aí nem tem porque discutir.

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15 minutos atrás, Buzzuh disse:

E você acha isso tudo normal? Você leu mesmo o que você escreveu e publicou numa boa?

Beleza.

Buzzuh, eu conheço pessoas que não são gays e respeitam os gays. Mas os gays não os respeitam e os tocam. A fonte do conflito não é eles serem gays, e sim a expansividade, a intimidade forçada.

Problemas e gente sem noção existem em todos os lados "pró e contra a homossexualidade". O "normal" é uma questão relativa na sociedade.

Algumas pessoas próximas a mim são homossexuais. Respeito eles.

Não vejo o Bolsonaro racista, ele diz não ser homofóbico, mas é lógico que as declarações anteriores dele demonstram que faz questão que familiares dele não sejam. O receio de ter filhos optando por essa opção existe, assim como muitos outros (menor parcela da população) respeitam e apoiam ou "apoiam".

O que a sociedade tem dificuldade em tolerar: Além de respeitarem, aceitar propaganda e incentivo a isso.

10 minutos atrás, Danut disse:

Só ignora o cara, esse aí nem tem porque discutir.

A pequenez da alma está nas atitudes.

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29 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

O que a sociedade tem dificuldade em tolerar: Além de respeitarem, aceitar propaganda e incentivo a isso.

 

Se você aceita a premissa de "propaganda e incentivo", já não tem porquê continuar discutindo.

 

E, independente disso, a partir do momento que tem gente sendo """""reprimida"""""" por "parecer gay", já foge do escopo dessa argumentação furada.

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2 horas atrás, Aleef disse:

Como você pode ter certeza disto? É a mesma coisa de eu dizer que se o Haddad for eleito ele vai soltar o Lula e o colocar dentro de um ministério qualquer que vai aplicar uma ditadura socialista meramente pelas opiniões acerca de Marx. 

 

Que delírio, hein brother? Diferentemente de uma revolução socialista do PT, que nunca passou perto de acontecer, os casos de violência legitimados pelo voto em Bolsonaro JÁ OCORREM: Homem morre por votar no PTTravesti morre em SP e testemunhas ouviram gritos de "Bolsonaro".

Sem falar nas declarações que o candidato INCENTIVA o ataque aos opositores: "Vamo metralhar a petralhada aqui do Acre""Sou favorável à tortura""O erro da ditadura foi torturar e não matar".

2 horas atrás, Aleef disse:

Temos coisas mais importantes do que ficar votando armamento para beltrano ou ciclano. Ainda mais em um congresso fragmentado que para aprovar algo será um parto. Segundo que você não  me conhece, não sabe meu ponto de vista sobre política  e nem da minha vida e vem ficar vomitando, falando coisa que não tem nem pé e nem cabeça. Xô! Se quer esbravejar e fazer este tipo de comentário, faça com quem é condizente com esta pratica. 

Ainda mais dando armamento com um código penal como o nosso. LOL! Vai chegar pra votar aquilo e vai para gaveta. 

Bolsonaro tem apoio na câmara pra fazer essas medidas e diz que vai fazer; se não fizer por algum milagre, ótimo, mas eu não posso analisar uma possibilidade que o próprio candidato diz não existir. 

Não vou me alongar nisso, porque tá muito claro que tu só tá procurando um modo de justificar o voto em Bolsonaro. Segue o baile.

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1 hora atrás, Douglas. disse:

 

Se você aceita a premissa de "propaganda e incentivo", já não tem porquê continuar discutindo.

 

E, independente disso, a partir do momento que tem gente sendo """""reprimida"""""" por "parecer gay", já foge do escopo dessa argumentação furada.

Eu constatei uma realidade! É claro que condeno. Muitos seguidores do Jair não são tolerantes.

Eu esqueci de mencionar que: sim, toda forma de violência é condenável. Principalmente se houver agressão a quem "não fez nada". Isto é resolvido na Polícia e os agressores  sempre terão de responder pelos atos deles.

A propósito: a argumentação é tão furada, mas tão furada, que ninguém ainda refutou algo que eu disse. Não importa, o que importa é que eu desenvolvi o tema do que o outro membro aí levantou. Olha a cara do Jair nessa entrevista:

Isso não vai mudar a cabeça de parte dos apoiadores dele, infelizmente.

A parte sublinhada eu não entendi mesmo. Coloquei que aquele lado (o conservador) vê o outro lado (da revolução de valores morais e costumes) não apenas como uma campanha por "aceitação e respeito", mas sim como "propaganda e incentivo". E tenho dito o que eu observo na sociedade. Não tenho lado, pago caro de isentão.

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19 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

Eu constatei uma realidade! É claro que condeno. Muitos seguidores do Jair não são tolerantes.

Eu esqueci de mencionar que: sim, toda forma de violência é condenável. Principalmente se houver agressão a quem "não fez nada".

A propósito: a argumentação é tão furada, mas tão furada, que ninguém ainda refutou algo que eu disse.

A parte sublinhada eu não entendi mesmo. Coloquei que aquele lado (o conservador) vê o outro lado (da revolução de valores morais e costumes) não apenas como uma campanha por "aceitação e respeito", mas sim como "propaganda e incentivo". E tenho dito o que eu observo na sociedade. Não tenho lado, pago caro de isentão.

 

É que nem entreter quem defende que a terra é plana.

Já falamos aqui mais de uma vez, essa ideia de "propaganda e incentivo", no Brasil, veio do projeto Escola Sem Homofobia. Porque um material para os professores abordarem o assunto caso coubesse no programa de cada escola ou tivessem que lidar com bullying, estivessem preparados. Quem vê isso como "propaganda" não dá margem pra discussão, então evitamos perder tempo.

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9 horas atrás, Léo R. disse:

O PT, para ter alguma chance real, deveria ter se dissociado do Lula desde o começo e ter feito uma chapa com o Ciro. Assim faria mais votos no primeiro turno e levaria o segundo turno com facilidade. Por isso que eu digo que o maior culpado da eleição do Bolsonaro é o PT, que quis "centralizar" a campanha em cima do Lula e "segregou" a "esquerda".

 

https://twitter.com/sport/status/1052137147866800128https://twitter.com/sport/status/1052137147866800128

Onde está seu deus agora, torcedor do Barsa e Bolsominion? A mão de marcar chega a tremer. (como se ninguém soubesse que a posição deles seria essa)

MAS QUEM TÁ CERTO SÃO VOCÊS, 60% da população brasileira votante.

Parabéns ao Barça, posição muito coerente. O clube e a Catalunha sofreram muito nas mãos de um governo autoritário.

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Agora, Douglas. disse:

 

É que nem entreter quem defende que a terra é plana. Não se prova uma negativa.

 

Já falamos aqui mais de uma vez, essa ideia de "propaganda e incentivo", no Brasil, veio do projeto Escola Sem Homofobia. Porque um material para os professores abordarem o assunto caso coubesse no programa de cada escola ou tivessem que lidar com bullying, estivessem preparados. Quem vê isso como "propaganda" não dá margem pra discussão, então evitamos perder tempo.

Eu editei o post anterior.

Eu não me referi ao Kit Gay, eu me referi ao comportamento de gays com pessoas não gays. Não estava pensando em "material de escola", e se houver alguma distribuição de material, tem que ser feito criticamente e cuidadosamente. Eu também me referi a um "confronto de convenções sociais", quando grupos heterogêneos (que não se misturam) entram em contato.

O fato de haver violência nenhuma é justificável. Só espero que cada um fique no seu quadrado, porque viver em uma sociedade plural não significa que todos tenham que aceitar imposições comportamentais que visam normatividade além da aceitação e respeito.

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6 minutos atrás, ArquitetoZ disse:

Eu editei o post anterior.

Eu não me referi ao Kit Gay, eu me referi ao comportamento de gays com pessoas não gays. Não estava pensando em "material de escola", e se houver alguma distribuição de material, tem que ser feito criticamente e cuidadosamente. Eu também me referi a um "confronto de convenções sociais", quando grupos heterogêneos (que não se misturam) entram em contato.

O fato de haver violência nenhuma é justificável. Só espero que cada um fique no seu quadrado, porque viver em uma sociedade plural não significa que todos tenham que aceitar imposições comportamentais que visam normatividade além da aceitação e respeito.

 

Uai, estão arrombando transeuntes na rua assim por aí? ?

 

 

Falando sério, sinceramente, não consigo ver isso como nada além de fearmongering. Nem em Carnaval, nunca vi (nem ouvi sobre) ninguém ser acossado assim por homossexual, trans e afins.

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Lembram quando falamos sobre o Imposto de Renda, como estavam usando como atrativo pra parte do eleitorado mais rica que nem fizeram nos EUA? Pois é:

 

https://www.vice.com/en_us/article/zm95ka/republicans-are-outraged-about-the-deficit-they-caused

 

Claro, à primeira vista todo mundo sai ganhando. Isenção até 5K, 20% pra todo mundo além disso, todos comemora. Até a conta não fechar...

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7 minutos atrás, Douglas. disse:

Lembram quando falamos sobre o Imposto de Renda, como estavam usando como atrativo pra parte do eleitorado mais rica que nem fizeram nos EUA? Pois é:

 

https://www.vice.com/en_us/article/zm95ka/republicans-are-outraged-about-the-deficit-they-caused

 

Claro, à primeira vista todo mundo sai ganhando. Isenção até 5K, 20% pra todo mundo além disso, todos comemora. Até a conta não fechar...

Isso só dá certo se cortar gastos também, o ideal seria também privatizar todas as companhias estatais, mesmo a Petrobras que ele não quer privatizar. 

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26 minutos atrás, PMLF disse:

Isso só dá certo se cortar gastos também, o ideal seria também privatizar todas as companhias estatais, mesmo a Petrobras que ele não quer privatizar. 

É o grande problema do cheque em branco pro Paulo Guedes. Ele pode fugir disso o quanto quiser porque isso não custa votos.

Me preocupa o rumo que têm pensado pra Educação, por exemplo. Com EAD e vouchers, é um pulo pra acabar "privatizando sem privatizar". Quando o dinheiro acabar, cortam vouchers, fecham/privatizam terrenos de escolas e bola pra frente.

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Por que os brasileiros que vivem em Berlim votaram diferente?

AD Junior
7-10 minutes

Em 2018, mais de 500 mil eleitores estavam aptos a votar para presidente e os mais de 25 mil brasileiros registrados na Alemanha foram convocados a exercer o seu dever democrático. Durante todo o domingo, em 7 de outubro, a movimentação foi intensa nas embaixadas, consulados e outros locais de votação pelo mundo.

Antes de acabar a votação em Berlim, grupos de WhatsApp divulgavam os resultados das urnas em outros países. Cidades do Japão, China, Austrália e Nova Zelândia, já faziam o prelúdio do que viria acontecer no país. A votação, com ampla maioria para Jair Bolsonaro, indicou que haverá segundo turno. Mas se dependesse dos brasileiros no exterior, o candidato teria ganhado em primeiro turno. Algumas cidades chegaram a dar 70% dos votos ao candidato de extrema direita. Em imagens postadas nas redes sociais, durante a votação em Miami, brasileiros entoaram o hino nacional e gritavam “mito” e em Portugal houve quem fosse vestido com a camisa e fez o gesto de arma associado ao candidato do PSL.

É preciso olhar a fundo a curiosa história de Berlim nessas eleições. A cidade teve um aumento de 34% de brasileiros que se registraram para votar desde 2014, segundo uma entrevista do embaixador Mario Vilalva para a Deutsche Welle. No início da tarde de domingo, a fila chegou até a altura da embaixada chinesa, que fica no final da rua. O clima era de descontração: alegre e bem familiar. Para quem mora no exterior, é dia para encontrar e para rever amigos - ou pelo menos costumava ser.

“De jeito nenhum! Não voto no racismo”, disse uma brasileira tímida na fila, enquanto aguardava sua vez de votar. “No coiso, não! Niemals (nunca, em alemão)!”, repetiu a senhora ao lado. A votação seguiu tranquila e horas depois veio o resultado.

Segundo informações do site Deutsche Welle, os brasileiros domiciliados em Berlim deram 36,3% dos votos válidos para Ciro Gomes; 21,8% para Fernando Haddad. Em terceiro lugar, Jair Bolsonaro ficou com 21,2%. Em outras cidades alemãs, o cenário foi um pouco diferente. Em Hamburgo, os brasileiros votaram 33,5% em Bolsonaro; 31,9% em Ciro; e 14,4% em Haddad. Resultado muito parecido com o de Frankfurt, onde Bolsonaro obteve 40,8% dos votos; Ciro Gomes, 19,1%; Fernando Haddad, 14,7%.

Por que Berlim é tão diferente? Talvez a resposta esteja na história e no momento atual que vive a cidade. Berlim é uma das metrópoles mais multiculturais da Europa e renasceu das cinzas — literalmente — em um doloroso processo de duas fases. A primeira veio após a Segunda Guerra Mundial: a segunda, depois da reunificação da cidade que foi o  símbolo máximo da divisão entre comunismo e capitalismo. Em uma Alemanha cheia de incertezas sobre o futuro, Berlim prepara-se para celebrar 30 anos desde a queda do muro, a serem comemorados em 9 de novembro de 2019.

Atualmente, a metrópole germânica é um microcosmo do mundo. Turistas que visitam a cidade desfrutam de sua intensa vida noturna, dos pontos turísticos e também prestam homenagens às vítimas das atrocidades cometidas ali no passado. É uma cidade que vivenciou os extremos. Ela foi a sede do governo que implementou o mais perverso sistema de extrema direita e facista já registrado na história da sociedade ocidental.

Também foi de onde partiram as ordens da ditadura comunista coberta pela cortina de ferro soviética. As marcas de tiros dos conflitos da Segunda Guerra Mundial e da Guerra Fria ainda estão presentes em alguns prédios no centro histórico. Pedaços do muro espalhados pela cidade explicam esse passado.

A alguns poucos quilômetros da embaixada brasileira, em frente à Universidade Humboldt, uma pequena janela no chão revela uma sala vazia. Em frente à universidade, essa sala relembra o vazio de uma biblioteca cujos livros foram queimados, em uma tentativa de calar o conhecimento.

A memória do regime autoritário continua viva. Por terem passado por experiências totalitárias e por estudarem esses fenômenos, crianças, jovens e adultos na cidade reconhecem com maior facilidade discursos fascistas e anti-democráticos. A história nunca foi negada e as memórias estão presentes em todo lugar.

Provavelmente por conta disso, falas como a do candidato Jair Bolsonaro apelam menos para os brasileiros que vivem nessa cidade. Seu discurso soa igual aos textos escritos nas placas e nas paredes espalhadas pela cidade. Berlim conhece o autoritarismo e o fascismo. Dá a ele o seu devido nome — sem meias palavras. Negar o Holocausto na Alemanha é crime.

Os brasileiros em Berlim sabem de todos os desencadeamentos que destruíram a cidade em que eles têm tanto orgulho de viver. Na primeira metade do século 20, em Berlim, minorias eram presas, mandadas para campos de concentração e mortas. Atualmente, mais de 50 monumentos celebram a diversidade dos grupos sociais na lista de extermínio nazista e comunista.

Recentemente, quando o partido Alternativa para a Alemanha, a  AfD, de extrema direita, ocupou cadeiras no Parlamento alemão, berlinenses foram às ruas protestar: 6.000 simpatizantes da AfD foram eclipsados por mais de 25 mil  pessoas com cartazes “Wir sind Stärker!” (somos mais fortes).

A cidade luta diariamente contra o fascismo e o racismo, ainda muito presentes, mas procura, acima de tudo, promover o diálogo contra a intolerância. Em um período de incertezas políticas dentro da Europa, marcado pelos efeitos do Brexit e pelos milhões de refugiados vindos de zonas de conflito, a capital alemã vai na contramão dos extremismos e do populismo. Talvez seja hora dos brasileiros olharem um pouco para as experiências dos conterrâneos em Berlim.

Assim como os demais imigrantes, os brasileiros residentes no exterior são moldados pelas sociedades em que vivem. Para aqueles em Berlim, não existe meio fascista, meio racista, ou meio autoritário. A indiferença da maioria das famílias alemãs permitiu que judeus e outras minorias fossem assassinados nos campos de concentração e que dissidentes políticos apodrecerem nas prisões e gulags soviéticos. Para a maioria desses brasileiros, o que existe hoje nas desculpas daqueles que não se importam com as falas do candidato é uma coisa só: cinismo.

AD Junior é comunicador e ativista, e vive na Alemanha desde 2008

ESTAVA ERRADO: A primeira versão deste texto citava uma entrevista do embaixador Mario Vilalva como tendo sido dada ao portal Terra. Na verdade, ela foi concedida à Deutsche Welle, e republicada por outros veículos de comunicação. A informação foi corrigida às 14h39 em 15 de outubro de 2018.

 

https://www.nexojornal.com.br/ensaio/2018/Por-que-os-brasileiros-que-vivem-em-Berlim-votaram-diferente

 

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7 minutos atrás, Douglas. disse:

É o grande problema do cheque em branco pro Paulo Guedes. Ele pode fugir disso o quanto quiser porque isso não custa votos.

Me preocupa o rumo que têm pensado pra Educação, por exemplo. Com EAD e vouchers, é um pulo pra acabar "privatizando sem privatizar". Quando o dinheiro acabar, cortam vouchers, fecham/privatizam terrenos de escolas e bola pra frente.

Deviam incentivar homeschooling, mesmo que estatisticamente provavelmente faria pouca diferença.

Também deviam privatizar as universidades federais e usar os recursos para melhorar a educação de base.

 

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3 horas atrás, Danut disse:

Só ignora o cara, esse aí nem tem porque discutir.

Ri litros ???

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56 minutos atrás, Douglas. disse:

Lembram quando falamos sobre o Imposto de Renda, como estavam usando como atrativo pra parte do eleitorado mais rica que nem fizeram nos EUA? Pois é:

 

https://www.vice.com/en_us/article/zm95ka/republicans-are-outraged-about-the-deficit-they-caused

 

Claro, à primeira vista todo mundo sai ganhando. Isenção até 5K, 20% pra todo mundo além disso, todos comemora. Até a conta não fechar...

https://www.bloomberg.com/news/articles/2018-10-15/trump-s-first-annual-budget-deficit-climbs-to-a-six-year-high

https://www.cnbc.com/2018/10/15/us-budget-deficit-expands-to-779-billion-in-fiscal-2018-as-spending-surges.html

Parece que é o maior desde 2012.

É bem como tu falou, é muito lindo cortar para todo mundo e ainda deixar os ricos (e quando eu digo rico, é rico de verdade..não essa faixa da classe média que acha que é rica) felizes. Mas de onde vai sair a arrecadação? Vai privatizar tudo mesmo?

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O problema é que essa proposta de isenção até 5 salários faz parte de ambas candidaturas, a diferença é que o Haddad não estipulou as alíquotas que vão ser cobradas.

https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/10/12/saiba-mais-sobre-a-isencao-de-ir-para-quem-ganha-ate-5-salarios-minimos-proposta-de-bolsonaro-e-haddad.ghtml

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