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Rotacionando o elenco para motivar e desenvolver jogadores


Henrique M.

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  • Vice-Presidente

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Inicialmente gostaria de dizer que todos os textos que eu produzir sobre o FM serão disponibilizados simultaneamente aqui e no FManager e que se você resolver compartilhar o texto com alguém, cite os dois sites como fonte do texto. Não haverá privilégio de um texto ou outro para um site ou aquele, o trabalho será sobre FM e apesar daqui ser meu espaço pessoal, o FManager Brasil também é um espaço "pessoal" menos particular.

O conteúdo para o desenvolvimento desse texto advém de um longo trabalho e observações que são feitas desde o Football Manager 2012, quando comecei a praticar tudo que irei tecer nesse texto. Para aqueles que desejarem se aprofundar nesse aspecto psicológico do jogo, recomendo duas traduções que fiz para o FManager Brasil e um outro texto que fiz sobre o assunto. São de versões anteriores do jogo, mas não houve nenhuma grande mudança nessa parte, apenas a adição de algumas situações de palestras.

Leia mais:

Dando continuidade ao texto, o que vai ser falado aqui já foi testado em diversas ligas do FM, desde a Premier League Inglesa até os fundões futebolistas da própria Inglaterra e também em divisões como a Divisão II húngara. Obviamente que isso nem sempre vai dar certo e não é ideal para toda e qualquer equipe. Quanto menor for a qualidade do time, menor tem que ser a diferença técnica entre os jogadores rotacionados para que a rotação não perca o sentido e se torne um tiro no pé.

No primeiro semestre da última temporada não foi possível aplicar tal conceito no Balmazújváros pois não havia necessidade. Não recomendo que você utilize a rotação do elenco se você tem jogos de, em média, 7 em 7 dias. Mas com uma equipe de calendário cheio, como as inglesas, ou grandes equipes que disputam até estágios finais das Copas Nacionais e Continentais, é uma boa maneira de manter sua equipe competitiva em todos os frontes e ver florescer uma excelente relação dentro da equipe, além de abrir espaço para que seus jovens jogadores possam jogar e aplicar seu futebol com uma menor pressão.

Depois das férias de inverno na Hungria, devido ao longo inverno, o calendário da Divisão II era praticamente de jogos nos finais de semana e meios de semana e olha que o Balma nem participava mais da Copa da Hungria. Com isso, pude mais uma vez colocar em prática esse fundamento que já faz parte do meu estilo manager no Football Manager.

Os resultados vocês puderam ver no post anterior e se vocês observarem atentamente a tela que fornece a classificação média dos jogadores, vai perceber que a maioria dos jogadores tiveram boas exibições e que o nível da equipe não oscilou mesmo entrando em campo com equipes diferentes e de níveis e estilos um pouco diferentes, pois nenhum jogador é igual ao outro.

Tirando dois jogadores que haviam sido contratados para serem titulares e nunca foram (jamais aceitaram o fato de serem reservas), o ambiente na equipe era perfeito e muitos jovens jogadores puderam se desenvolver ao longo da temporada. Tamás Sandór era jogador do "time B" e teve a terceira melhor média da equipe. Até jogadores como Márk Kónya, que tinham avaliações piores que boa parte das suas contra-partes fizeram boas temporadas.

Um caso curioso é o de Dávid Hadházi, o jogador ficou a temporada inteira afastado treinando com o time sub-19, mas houve um problema de lesões na meia-central e tive que contar com o jogador. Ele mesmo não tendo o mesmo condicionamento físicos dos colegas, quando foi acionado, fez boas atuações. Isso se deve ao fato de tanto os jogadores do "time A" e do "time B" estarem vivendo uma fase de bom futebol, proporcionado pelas oportunidades fornecidas para os dois times quanto pelo bom ambiente na equipe.

Isso tudo foi fruto da política de rotações que eu desenvolvi ao longo das versões do jogo e a confiança que eu tenho em poder utilizar essa estratégia, pois eu sei que no plano superior, ela é valiosa e traz bons frutos para a equipe. A temporada terminou com uma campanha esmagadora e título e promoção para a elite húngara.

Ao longo dessas versões, é cada vez mais importante a capacidade de Gestão de RH dos managers, para que seus jogadores se mantenham felizes e que um bom ambiente predomine no vestiário. Ao adotar essa política rotacional, você beneficia sua equipe de maneira inteligente, valorizando seus jogadores, dando espaço para que todos se desenvolvam plenamente e com uma pressão inferior ao que era esperado.

Nossa equipe era cotada a lutar para não cair nessa temporada, mas as coisas encaixaram e quando chegou a hora de maior pressão, a reta final da temporada, foi possível constatar o quanto as oportunidades estarem disponíveis motivava e mantinha os jogadores no melhor da sua forma, podendo trocar peças que se machucavam ou eram suspensas, sem medo de que alguma delas viesse a prejudicar a equipe.

Porém, como eu disse anteriormente, é necessário uma estrutura bem definida e capaz de suportar esse tipo de política. Você não pode confiar cegamente que as coisas vão funcionar só porque aqui está dando certo. Foram 4 versões de desenvolvimento, aprimoramento para que eu pudesse entender e saber quando e qual o melhor momento para que utilizar esse tipo de situação não prejudicaria minha equipe no longo prazo.

Já fui campeão da Champions League com o Rangers utilizando essa política, levei um time da Série C italiana para a final da Champions League utilizando a rotação, mas tudo isso porque eu pude ter a oportunidade de testar o método adequadamente, ao longo de um espaço de tempo confortável para que eu pudesse ver e entender todos os benefícios e riscos.

Como dito anteriormente, as predições de pré-temporada e a campanha da equipe podem influenciar diretamente no êxito ou falha da metodologia. Equipes que lutam para não cair, muitas vezes tem o calendário mais frouxo, mas existem momentos em que é melhor colocar seu melhor 11 inicial em campo seguidamente, assim como você tem que saber a hora que eles estão precisando descansar para não prejudicar a campanha como um todo.

Eu utilizo uma política de rotação completa, ou seja, eu formo duas equipes quando estou comandando uma equipe que me permite tal caminho. Você pode se adequar melhor com a rotação parcial, retirando os jogadores mais cansados e dando oportunidades aqui e acolá para os jogadores reservas.

A política de rotação completa privilegia o elenco como um todo, já que os jogadores terão tempo de jogo e isso é fundamental para que eles possam evoluir e se tornarem melhores, nem todo o treino do mundo é capaz de substituir a experiência que minutos em campo podem trazer e isso pode influenciar muito o caminho de uma jovem promessa. Muitas vezes, numa equipe que favorece as categorias de base, esse é um bom caminho para inserir suas joias com calma e tranquilidade, dando o suporte perfeito para que eles possam trilhar o caminho para o protagonismo.

Já a política de rotação parcial é um pouco menos abrangente, mas pode trazer benefícios em equipes que tem boas peças em determinados setores ou quando aquele jogador está precisando de um descanso maior, mas você não está afim de abdicar completamente do seu time principal.

Ambas tem seus prós e contras, cabe a você descobrir qual é melhor ao seu estilo ou até mesmo desenvolver seu próprio estilo de rotação, os efeitos são visíveis em qualquer esfera divisional do jogo, seja na Champions League, seja na Divisão II da Hungria.

 

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Ótimo texto Henrique. Nos FM´s anteriores eu nunca me preocupava em rotacionar tanto o elenco (talvez pela facilidade em vencer), mas desde o FM15 eu tenho adotado a rotação.

O que observei, foi a melhoria no desenvolvimento de jovens jogadores, menos jogadores reclamando e todos satisfeitos, com a moral boa.Tudo isso refletiu nos resultados. No FM16, engatei apenas 1 save (Wolfsburg), que ainda estou jogando. Por enquanto, não tive tantos resultados expressivos. Em 3 anos de save, foram 1 título da Bundesliga, um vice-campeonato e um 4º lugar. Na temporada atual (4ª do save), estamos em 1º, 6 pontos a frente do Bayern, faltando 9 rodadas e nas quartas da UCL, com chances de ir pra semi. Mas eu notei muita diferença e evolução utilizando a rotação de plantel, inclusive dando atenção aos contratos (jogador-chave, equipe principal, rotação, etc). Antes eu deixava tudo como equipe principal e não rotacionava. Chovia jogador reclamando. Agora, quando contrato, deixo bem claro que tal jogador é reserva, tal é rotação e etc.

Novamente, belo texto!

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Só para complementar. Hoje meu time tem apenas 5 titulares indiscutíveis. O goleiro Lehno, o lateral direito Sebastian Jung (eleito 3 vezes o jogador do ano pelos torcedores),o zagueiro Johnatan Tah, o ponta direita Zivkovic, o atacante Léo Baptistão. Mesmo assim, eu rotaciono bastante eles. Na Copa Alemã, ou em jogos mais fáceis, por exemplo, eles não são titulares. 

Notei também que o time tem jogado muito melhor, em termos visuais e em resultados.

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  • Vice-Presidente
Em 07/07/2016 at 21:31, Stay Heavy disse:

Só para complementar. Hoje meu time tem apenas 5 titulares indiscutíveis. O goleiro Lehno, o lateral direito Sebastian Jung (eleito 3 vezes o jogador do ano pelos torcedores),o zagueiro Johnatan Tah, o ponta direita Zivkovic, o atacante Léo Baptistão. Mesmo assim, eu rotaciono bastante eles. Na Copa Alemã, ou em jogos mais fáceis, por exemplo, eles não são titulares. 

Notei também que o time tem jogado muito melhor, em termos visuais e em resultados.

É devido ao fato de eles sempre entrarem frescos em campo. Eles podem se dedicar mais ao jogo. 

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Uma coisa que eu não entendo é que na vida real, dificilmente um jogador reserva fica enchendo o saco pra jogar, um grande exemplo é o goleiro reserva, ele tem que treinar bastante pra quando conseguir uma oportunidade, ir e mostrar o que pode fazer pelo clube, de 38 partidas do brasileirão o goleiro reserva de um time atua umas 5, talvez mais, ou menos... Mas o que eu quero mesmo entender, é como fazer a rotação no FM, quando jogo com time grande, consigo fazer a rotação numa boa, mas com times pequenos é meio difícil, se uso o time principal sempre, fazendo rotação apenas quando os titulares estão cansados ou machucam, ou ficam suspensos, muitos jogadores reclamam de não jogar e por ser um time pequeno, os reservas não tem a mesma qualidade dos titulares, que já não são tão boas, dai fica difícil colocar eles pra jogarem e quando coloco, muitas das vezes perde..

Gostaria de entender melhor isso, venho tendo essa dificuldade desde o FM 15, que foi quando comecei gostar de jogar com times pequenos...

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12 horas atrás, TioJucka disse:

Uma coisa que eu não entendo é que na vida real, dificilmente um jogador reserva fica enchendo o saco pra jogar, um grande exemplo é o goleiro reserva, ele tem que treinar bastante pra quando conseguir uma oportunidade, ir e mostrar o que pode fazer pelo clube, de 38 partidas do brasileirão o goleiro reserva de um time atua umas 5, talvez mais, ou menos... Mas o que eu quero mesmo entender, é como fazer a rotação no FM, quando jogo com time grande, consigo fazer a rotação numa boa, mas com times pequenos é meio difícil, se uso o time principal sempre, fazendo rotação apenas quando os titulares estão cansados ou machucam, ou ficam suspensos, muitos jogadores reclamam de não jogar e por ser um time pequeno, os reservas não tem a mesma qualidade dos titulares, que já não são tão boas, dai fica difícil colocar eles pra jogarem e quando coloco, muitas das vezes perde..

Gostaria de entender melhor isso, venho tendo essa dificuldade desde o FM 15, que foi quando comecei gostar de jogar com times pequenos...

Veja qual tipo de contrato esses jogadores que reclamam têm. As vezes está como Equipe Principal e o cara fica na reserva,

Jogadores que tem no contrato Reserva ou Rotação, reclamam muito menos das poucas chances de jogo.

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  • Vice-Presidente
13 horas atrás, TioJucka disse:

Uma coisa que eu não entendo é que na vida real, dificilmente um jogador reserva fica enchendo o saco pra jogar, um grande exemplo é o goleiro reserva, ele tem que treinar bastante pra quando conseguir uma oportunidade, ir e mostrar o que pode fazer pelo clube, de 38 partidas do brasileirão o goleiro reserva de um time atua umas 5, talvez mais, ou menos... Mas o que eu quero mesmo entender, é como fazer a rotação no FM, quando jogo com time grande, consigo fazer a rotação numa boa, mas com times pequenos é meio difícil, se uso o time principal sempre, fazendo rotação apenas quando os titulares estão cansados ou machucam, ou ficam suspensos, muitos jogadores reclamam de não jogar e por ser um time pequeno, os reservas não tem a mesma qualidade dos titulares, que já não são tão boas, dai fica difícil colocar eles pra jogarem e quando coloco, muitas das vezes perde..

Gostaria de entender melhor isso, venho tendo essa dificuldade desde o FM 15, que foi quando comecei gostar de jogar com times pequenos...

Eu recomendo que você faça aquilo que o Stay Heavy falou em cima, prestar atenção nos tipos de contrato que cada jogador assinou, pois isso pode trazer ou evitar problemas. 

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