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Por insultos, árbitro que se assumiu homossexual deixará de apitar


Danut

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O preconceito fez mais uma vítima, agora, nos gramados espanhóis. Jesús Tomillo, que se coloca como o primeiro árbitro assumidamente homossexual na arbitragem espanhola da atualidade, está deixando a profissão por não aguentar mais os insultos provenientes de profissionais dos clubes e também de torcedores. 

O último episódio ocorreu no sábado quando marcou um pênalti no jogo entre Portuense e San Fernando Isleño, vencido pelos visitantes por 3 a 1 pela Segunda Andaluza Cádiz Juvenil. Uma voz vinda da arquibancada bradou: "Não te dá vergonha, bicha, que tenha saído da televisão. Não te dá vergonha apitar o que apitou, bicha de m.. O gol vai meter no c.". Ele não aguentou mais esse episódio e, segundo o juiz, a ausência de apoio tanto da Federação Espanhola como do Comitê de árbitros da Andalucía o incentivou a deixar a função. Ele já havia sofrido o mesmo problema em um confronto em março pela Liga Andaluza Sénior mas, na ocasião, foi o roupeiro de uma das equipes.

- É verdade. Vou deixar de apitar partidas já que não tenho o apoio do comitê de árbitros da Andaluzia e estou cansado dessas discriminações depois de ter dito que sou homossexual - afirmou Jesus ao GloboEsporte.com.

O árbitro mostrou ainda que registrou ocorrência na polícia local e ressaltou que não foi procurado pela Federação Espanhola de Futebol, mas tem marcada uma reunião com o candidato à presidência a entidade, Miguel Galán. 

- A Federação não me chamou nem nada. Sim, tenho uma reunião com o candidato à presidência Miguel Galán. O atual presidente não me chamou - declarou.

Jesus Tomillo, que recebeu apoio de diversos seguidores através das redes sociais declarou que esse tipo de atitude nos dias atuais não o deprime, mas dá pena de quem ainda pense dessa forma.

- Não me deprime. Me dá pena que siga ocorrendo no século 21 que é o que estamos que é o mais lamentável da situação.

@globoesporte


Vai chegar o dia que a gente não vai acreditar que já se aceitou um ambiente como é o futebol atualmente...

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E ainda tem gente que acha normal, lamentável. Não só isso, os gritos de puto, as brincadeiras entre torcidas etc. 

Uns vão falar que isso é do futebol, mas não creio nisso. É possível viver o futebol mas sem ofender o outro dessa maneira. 

 

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O absurdo já começa no Estatuto do Torcedor em seu Art.13 (Inciso IV) que diz: "não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo."

Mas e os insultos em relação a orientação sexual? Meio que deixa uma brecha pra todo esse ódio homofóbico. 

 

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42 minutos atrás, psychshw disse:

O absurdo já começa no Estatuto do Torcedor em seu Art.13 (Inciso IV) que diz: "não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo."

Mas e os insultos em relação a orientação sexual? Meio que deixa uma brecha pra todo esse ódio homofóbico. 

 

Em tese, inclusive é uma palavra que não exclui outras formas de ofensa né. Em tese. 

Tem muito tempo que não tenho vontade de ir no estádio aqui no Brasil, e um dos motivos é que parece que é impossível torcer pro meu time sem questionar a sexualidade alheia.

O cara ser obrigado a abandonar o trabalho por isso me deixa muito triste. Certamente que quem estava pensando em assumir também agora vai pensar mais antes de enfrentar uma barra dessas, e vamos ficar mais tempo nesse nível...

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Pego o exemplo do Hitzperger (acho que é assim que se escreve, preguiça de googlar), volante alemão que já teve passagens pela seleção. O cara só se assumiu depois do fim da carreira, também não era pra menos. Imaginem ele assumir-se homossexual numa Lazio, onde a grande parte dos torcedores são fanáticos e fascistas? E olha que o apelido dela era "The Hammer" por conta dos chutes e desarmes fortes. Não que o termo o enfraqueça por ser homossexual, longe disso.

Eu tenho me policiado tem um tempo de não ficar nessa de chamar o jogador adversário (ou até o do nosso time) de viado só porquê fez alguma merda com a bola e etc. Também, como torcedor da minha equipe, me envergonho de uma grande parte ficar gritando "bicha" quando o goleiro chuta, imitando o famoso "puto" que os mexicanos entoam. Se não me equivoco, o Corinthians foi uma das primeiras equipes que começou com isso.

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3 horas atrás, psychshw disse:

O absurdo já começa no Estatuto do Torcedor em seu Art.13 (Inciso IV) que diz: "não portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo."

Mas e os insultos em relação a orientação sexual? Meio que deixa uma brecha pra todo esse ódio homofóbico. 

 

Esse estatuto é válido apenas em Brasil, eu acho que não existe em Espanha... Considerado que é um país mais homofobica, isso não é surpresa! Tenho familia que mora lá e sei o que acontecerá lá...

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7 minutos atrás, VinnieRomero disse:

Esse estatuto é válido apenas em Brasil, eu acho que não existe em Espanha... Considerado que é um país mais homofobica, isso não é surpresa! Tenho familia que mora lá e sei o que acontecerá lá...

Contra a homofobia, o Rayo Vallecano é dos times que mais se destaca nessa luta. A liga não é tão condescendente assim aos xingamentos, tanto que denunciou os insultos anti-gay contra o CR7 no último "El Clásico" no minuto de silêncio pela morte do Cruyff. 

Família na Espanha, né? Quer dizer que jajá vamos te ver jogando por algum time da Liga hein, rapaz? Que beleza!!!!

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38 minutos atrás, psychshw disse:

Contra a homofobia, o Rayo Vallecano é dos times que mais se destaca nessa luta. A liga não é tão condescendente assim aos xingamentos, tanto que denunciou os insultos anti-gay contra o CR7 no último "El Clásico" no minuto de silêncio pela morte do Cruyff. 

Família na Espanha, né? Quer dizer que jajá vamos te ver jogando por algum time da Liga hein, rapaz? Que beleza!!!!

 

Mano, estava muito chapado e alegre por papão ser campeão do Copa verde! 

 

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Ninguém mais acredita nesse papo de tu ser gringo não, @VinnieRomero. Pára de mentir!

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Complicado esse assunto, mas sei lá... ACHO (ênfase no acho) que ele não deveria ter parado. Apesar de a homofobia ser realidade, é verdade também que os caras não tem muito filtro pra xingar também não. Todo mundo desce o nível mesmo!

Ele podia até pensar nisso pra tentar relevar e marcar posição. Porque se todo gay assumido fugir, aí que nunca vão ser aceitos mesmo. Os homofóbicos vão sempre saber que intimidar dá certo.

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Chamaram um árbitro de BICHA?!?!?!!!!

 

OLHA O QUE ESPORTE ESTA SE TORNANDO, UMA BARBARIA!!

 

 

 

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4 horas atrás, Ichthus disse:

Complicado esse assunto, mas sei lá... ACHO (ênfase no acho) que ele não deveria ter parado. Apesar de a homofobia ser realidade, é verdade também que os caras não tem muito filtro pra xingar também não. Todo mundo desce o nível mesmo!

Ele podia até pensar nisso pra tentar relevar e marcar posição. Porque se todo gay assumido fugir, aí que nunca vão ser aceitos mesmo. Os homofóbicos vão sempre saber que intimidar dá certo.

Concordo que o ideal seria se ele não parasse. E se outros (árbitros, jogadores, treinadores, quem for) se assumissem também, e enfrentassem a situação. Realmente, as pessoas se colocarem e firmarem posição é importante para quebrar o preconceito.

Só que o peso sobre a pessoa é uma coisa enorme né. Não dá para exigir do cara suportar isso. Cada um sabe o quando é capaz de suportar e quando é demais para si.

Aliás, pensando agora: acho que antes de falar que o cara não devia parar, a gente devia estar falando sobre quem devia estar apoiando ele. Por que o presidente da federação nunca manifestou apoio a ele? Por que os presidentes dos clubes não se posicionam?

Quando o Hitlzsperger disse que era gay, a federação alemã soltou uma nota burocrática dizendo que apoia, não fez nada mais. Por que eles não foram para as câmeras dar apoio de verdade, lutar por um espaço onde outros jogadores pudessem sentir que é possível se colocar como homossexual sem que isso represente o fim de sua carreira?

 

Tem muito mais gente com responsabilidade nessa história, não é só quem dá a cara a tapa que tem que aguentar sempre.

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Também acho que seria bom ele ter continuado, tentando impor que qualquer homossexual pode estar no futebol. Porém, não podemos mesmo exigir dele isso. Isso vai variar conforme o movimento LGBT dentro do país, se é forte, teria mais chance dele ficar, mas se é fraco (E eu não me surpreendo se na Espanha for fraco), o árbitro vai se ver como uma pessoa sem apoio nenhum, e mais acontecimentos desses irão acontecer.

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Cada caso é um caso, acho que não dá pra traçar uma comparação entre o caso do árbitro e o do Hitlzsperger, pois quem começou uma campanha fortíssima contra a homofobia foram alguns clubes da primeira divisão alemã, ali pra meados de 2013. Antes, o presidente da federação alemã de futebol disse que "o futebol não estava pronto para receber gays". Gerou-se polêmica e a federação alemã percebeu a besteira que falou e tornou-se mais ativa na luta contra a discriminação. Criou-se uma espécie de cartilha contra a homofobia, onde receberam os clubes das duas grandes divisões alemãs.

Foram pioneiros contra a homofobia, mais por base da pressão dos clubes, mas a federação alemã tem sido ferrenha e seguindo nos pormenores a sua cartilha. Qualquer cartaz homofóbico, por menor que seja dentro de campo, gera uma multa pesada aos clubes e de quebra torna-se inquérito policial. Leverkusen levou multa pesada em 2014, assim como o Bayern um tempo atrás aí.

É muito difícil ver a cartolagem dar a cara ao tapa, ainda mais pela mentalidade conservadora. Acho (ACHO) que ocorre o mesmo na situação do árbitro, já que a maioria desses dirigentes são uns dinossauros, em termos de idade.

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31 minutos atrás, psychshw disse:

Cada caso é um caso, acho que não dá pra traçar uma comparação entre o caso do árbitro e o do Hitlzsperger, pois quem começou uma campanha fortíssima contra a homofobia foram alguns clubes da primeira divisão alemã, ali pra meados de 2013. Antes, o presidente da federação alemã de futebol disse que "o futebol não estava pronto para receber gays". Gerou-se polêmica e a federação alemã percebeu a besteira que falou e tornou-se mais ativa na luta contra a discriminação. Criou-se uma espécie de cartilha contra a homofobia, onde receberam os clubes das duas grandes divisões alemãs.

Foram pioneiros contra a homofobia, mais por base da pressão dos clubes, mas a federação alemã tem sido ferrenha e seguindo nos pormenores a sua cartilha. Qualquer cartaz homofóbico, por menor que seja dentro de campo, gera uma multa pesada aos clubes e de quebra torna-se inquérito policial. Leverkusen levou multa pesada em 2014, assim como o Bayern um tempo atrás aí.

É muito difícil ver a cartolagem dar a cara ao tapa, ainda mais pela mentalidade conservada. Acho (ACHO) que o ocorre o mesmo na situação do árbitro, já que a maioria desses dirigentes são dinossauros, em termos de idade.

Poxa, confesso que eu não sabia dessa parte, achei que eles tinham ficado só nas notas burocráticas. Mesmo acompanhando bastante futebol alemão, nunca soube disso - talvez porque sempre que é notícia de confusão de torcida eu nem leio. 

Legal saber que existe, ainda que seja por pressão, é um primeiro passo. Vou atrás de mais informações sobre.

 

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Outra coisa que me surpreendeu foi a reação do povo aqui do Fórum. Confesso que pensei um tanto antes de colar a notícia aqui, pois apesar de achar que é algo que precisa de muito mais discussão pensei que os comentários ficariam no nível do de um certo usuário que prefiro nem falar muito. 

Ver que o pessoal aqui (ou ao menos parte do pessoal) tem uma mentalidade melhor do que a grande maioria do mundo esportivo foi uma boa surpresa.

 

De resto, obrigado a quem editou ali e colocou a notícia no quote bonitinho. Ficou mais organizado assim.

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Infelizmente, quando eu falo a verdade, ninguém vai acreditar.... Então não tenho nada a falar... 

 

Só não converse com isso, para evitar a irritação.

 

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6 horas atrás, Danut disse:

Concordo que o ideal seria se ele não parasse. E se outros (árbitros, jogadores, treinadores, quem for) se assumissem também, e enfrentassem a situação. Realmente, as pessoas se colocarem e firmarem posição é importante para quebrar o preconceito.

Só que o peso sobre a pessoa é uma coisa enorme né. Não dá para exigir do cara suportar isso. Cada um sabe o quando é capaz de suportar e quando é demais para si.

Aliás, pensando agora: acho que antes de falar que o cara não devia parar, a gente devia estar falando sobre quem devia estar apoiando ele. Por que o presidente da federação nunca manifestou apoio a ele? Por que os presidentes dos clubes não se posicionam?

Quando o Hitlzsperger disse que era gay, a federação alemã soltou uma nota burocrática dizendo que apoia, não fez nada mais. Por que eles não foram para as câmeras dar apoio de verdade, lutar por um espaço onde outros jogadores pudessem sentir que é possível se colocar como homossexual sem que isso represente o fim de sua carreira?

 

Tem muito mais gente com responsabilidade nessa história, não é só quem dá a cara a tapa que tem que aguentar sempre.

 

3 horas atrás, Yan Perisse disse:

Também acho que seria bom ele ter continuado, tentando impor que qualquer homossexual pode estar no futebol. Porém, não podemos mesmo exigir dele isso. Isso vai variar conforme o movimento LGBT dentro do país, se é forte, teria mais chance dele ficar, mas se é fraco (E eu não me surpreendo se na Espanha for fraco), o árbitro vai se ver como uma pessoa sem apoio nenhum, e mais acontecimentos desses irão acontecer.

Verdade. Apesar de eu prestar minha condolência, tou falando de algo que eu mesmo nunca sofri, então isso talvez seja algo que de certa forma limite minha empatia. Só não saberia dizer se tem a ver com a força do movimento LGBT O movimento é forte aqui no Brasil e a homofobia é grande abeça por conta da mentalidade do povo... Será que não é o caso da Espanha, não?

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12 horas atrás, Ichthus disse:

Só não saberia dizer se tem a ver com a força do movimento LGBT O movimento é forte aqui no Brasil e a homofobia é grande abeça por conta da mentalidade do povo... Será que não é o caso da Espanha, não?

Sim, vou até me corrigir. Um dos fatores pra abaixar a homofobia é o movimento LGBT crescer, mas isso sozinho não mudaria a cabeça das pessoas. Vai depender da cultura do país, se a maioria é mais conservadora e com menos de preconceito.

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Em 11/05/2016 at 16:12, xBode disse:

Chamaram um árbitro de BICHA?!?!?!!!!

 

OLHA O QUE ESPORTE ESTA SE TORNANDO, UMA BARBARIA!!

 

 

 

Tu leu a notícia?

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Em 12/05/2016 at 20:42, ZaMBiA disse:

Tu leu a notícia?

Li sim, e li novamente agora.

A parte da falta de apoio que ele recebeu da confederação é realmente revoltante, mas os "xingamentos" vindos da torcida (independente da opção sexual do arbitro), qualquer rodada do Brasileirão você escuta/fala coisa bem pior dentro do estádio.

Deixar bem claro que NÃO ESTOU DEFENDENDO OS TORCEDORES, MUITO MENOS A FEDERAÇÃO, o que acho errado é o arbitro deixar de fazer o que ele ama por causa disso.

Em 10/05/2016 at 20:31, Danut disse:


Vai chegar o dia que a gente não vai acreditar que já se aceitou um ambiente como é o futebol atualmente...

Essa situação não vai mudar tão cedo, o Pelé era xingado de tudo por causa de sua cor, 50(?) anos depois jogaram uma banana para o Daniel Alves, xingaram o Aranha, os dois ficaram putos, e nada mudou(foram só dois exemplos entre milhares que acontecem todos os dias).

Minha opinião (agora séria) sobre o assunto é a mesma do @Yan Perisse que ele deveria ter continuado, "tentando impor que qualquer homossexual pode estar no futebol".

 

 

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Entrei aqui imaginando que iria ler várias opiniões escrotas e me deparei com quase todos tendo bom senso! Muito legal isso! Nem preciso acrescentar nada, pessoal acima já respondeu por mim.

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44 minutos atrás, xBode disse:

Li sim, e li novamente agora.

A parte da falta de apoio que ele recebeu da confederação é realmente revoltante, mas os "xingamentos" vindos da torcida (independente da opção sexual do arbitro), qualquer rodada do Brasileirão você escuta/fala coisa bem pior dentro do estádio.

Deixar bem claro que NÃO ESTOU DEFENDENDO OS TORCEDORES, MUITO MENOS A FEDERAÇÃO, o que acho errado é o arbitro deixar de fazer o que ele ama por causa disso.

Essa situação não vai mudar tão cedo, o Pelé era xingado de tudo por causa de sua cor, 50(?) anos depois jogaram uma banana para o Daniel Alves, xingaram o Aranha, os dois ficaram putos, e nada mudou(foram só dois exemplos entre milhares que acontecem todos os dias).

Minha opinião (agora séria) sobre o assunto é a mesma do @Yan Perisse que ele deveria ter continuado, "tentando impor que qualquer homossexual pode estar no futebol".

 

 

E, adivinha só, ambas as situações são MUITO erradas. E o fato de se ouvir coisa bem pior aqui não faz dessa situação com esse árbitro menos triste e revoltante. Ambas as situações são erradas e devem ser combatidas. Não é porque num lugar se ouve coisa pior que a situação em outro lugar passa a ser mais "aceitável" ou correta.

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5 minutos atrás, Bigode. disse:

E, adivinha só, ambas as situações são MUITO erradas. E o fato de se ouvir coisa bem pior aqui não faz dessa situação com esse árbitro menos triste e revoltante. Ambas as situações são erradas e devem ser combatidas. Não é porque num lugar se ouve coisa pior que a situação em outro lugar passa a ser mais "aceitável" ou correta.

 

50 minutos atrás, xBode disse:

Deixar bem claro que NÃO ESTOU DEFENDENDO OS TORCEDORES, MUITO MENOS A FEDERAÇÃO, o que acho errado é o arbitro deixar de fazer o que ele ama por causa disso.

 

 

 

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Falou-se muito do Hitzlsperger aqui e sua bravura em assumir. Mas teve jogador que assumiu antes e teve um fim trágico, como é o caso do Justin Fashanu. O texto fica mais pra reflexão de que as coisas não mudaram tanto de "ontem pra hoje".
 

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O jogador que pagou caro por sair do armário

Justin-Fashanu.jpg

Nesta segunda, a revista Sports Illustrated publicou um depoimento em que Jason Collins, pivô que defendeu o Washington Wizards na última temporada, revela ser gay. Ele se tornou o primeiro atleta de uma grande liga norte-americana a revelar sua homossexualidade ainda na ativa. Algo que ninguém teve coragem de fazer em um grande time de futebol. Bom momento para resgatar um texto no Balípodo (meu site pessoal que anda em hibernação) sobre Justin Fashanu, jogador inglês que sofreu muito em sua carreira pelos tabus sobre sua orientação sexual no futebol dos anos 80.

Há gays no futebol. Isso é um fato, sabido por todos no meio. A ponto de, no final do ano passado, a revista alemã Rund publicar uma reportagem em que afirmava, sem citar nomes, que um em cada 11 jogadores da Bundesliga seria homossexual. Pois, mesmo sendo um tema conhecido por todos, ninguém fala nisso publicamente. Nem os próprios gays. Não sem razão. Se for tomado o exemplo de Justin Fashanu, um dos poucos jogadores que revelaram sua homossexualidade, a perspectiva é bastante negativa para os que tentarem enfrentar o preconceito.

Filho de nigerianos, Justinus Soni Fashanu foi criado por uma família adotiva em Attleborough, Inglaterra. Ainda jovem, começou a mostrar seu talento e, com apenas 17 anos, estreou profissionalmente pelo Norwich City. O início de carreira do atacante foi assombroso, com uma média de gols bastante consistente nas três primeiras temporadas, o que chamou a atenção de todo o país e lhe valeu convocações para a seleção inglesa sub-21.

Fashanu se valorizou rapidamente. Em 1981, com apenas 20 anos, o atacante foi vendido ao Nottingham Forest por £ 1 milhão (foi o primeiro futebolista negro a ser negociado por esse valor) como substituto de Trevor Francis, estrela da seleção inglesa. Era a grande oportunidade para se tornar um jogador de projeção nacional.

Foi justamente nesta época que sua preferência sexual o trouxe problemas. Fashanu ainda estava descobrindo que era gay, passando a freqüentar com assiduidade alguns bares e casas noturnas GLS em Notthingham. A notícia chegou aos ouvidos de Brian Clough, mítico treinador do Forest.

O técnico nunca escondeu seu desconforto com a situação. Aos poucos, foi tirando o espaço do atacante, que, ainda jovem, sentiu o revés e caiu bruscamente de rendimento. O ápice da crise foi quando Clough mandou Fashanu treinar separadamente do resto do elenco. A diretoria do Nottingham Forest decidiu emprestar o jogador para o Southampton.

No meio do futebol inglês, sua fama já se espalhara e poucos lhe davam espaço. Depois de meia temporada nos saints, o atacante foi vendido ao Notts County. No segundo time de Nottingham, Fashanu recuperou um pouco de sua forma, com 20 gols em três temporadas. Em seguida, foi cedido ao Brighton & Hove Albion, mas uma grave contusão quase encerrou sua carreira.

Fashanu foi aos Estados Unidos para se operar e acabou retornando aos gramados na América do Norte. Passou por Los Angeles Heat e Edmonton Brickmen antes de voltar a seu país. No entanto, não tinha espaço na Inglaterra e trocava de clube sem ter as devidas oportunidades de mostrar seu futebol. Entre 1989 e 1991, esteve em Manchester City, West Ham, Ipswich Town, Leyton Orient e Newcastle.

Nessa época, sua vida pessoal já estava em frangalhos. Devido às perseguições sofridas no início da carreira, Fashanu buscou abrigo na religião. No entanto, sua crença o levava a condenar a homossexualidade, o que lhe causava sérias crises existenciais. O jogador tentou várias vezes ter relacionamento com mulheres, mas não resistia e voltava a sair com homens. Tal conflito interno impediu que ele tivesse namorados fixos que pudessem lhe trazer paz de espírito.

Em 1990, depois de um amigo se suicidar após ser expulso de casa por contar aos pais que era gay, Fashanu decidiu que era momento de revelar sua preferência sexual ao público. O atacante deu uma entrevista ao tablóide The Sun na qual dizia claramente que era homossexual. Foi a primeira – e até hoje única – vez em que um atleta da primeira divisão inglesa “saiu do armário” publicamente.

Na reportagem, Fashanu contou que muitos de seus colegas de time conheciam sua preferência sexual e faziam brincadeiras com isso. Sua coragem o transformou em símbolo da causa e lhe rendeu espaço de destaque em diversos veículos. Ele acreditava que, revelando sua homossexualidade, a sociedade veria com menos preconceito para os gays. Ledo engano. Assim que a entrevista foi publicada, vários jogadores afirmaram que não havia lugar para homossexuais em esportes coletivos.

A reação dos colegas de profissão poderia ser esperada por Fashanu. O que o atacante não suportou foi a rejeição de quem lhe era próximo. Seu irmão John, também jogador profissional, afirmou que Justin era um pária. Depois, pediu desculpas e retirou o que disse, mas já era tarde. Outra traição para o atacante foi de parte da comunidade negra, que considerou a atitude do atleta reprovável e que isso sujava a imagem dos negros da Inglaterra.

O único clube que lhe deu um lugar nessa fase foi o Torquay United. Fashanu ficou duas temporadas nos Gulls e iniciou uma grande peregrinação por clubes pequenos e quase sempre anônimos. O atacante defendeu Airdrieonians-ESC, Trelleborg-SUE, Heart of Midlothian-ESC, Adelaide City-AUS, Miramar Rangers-NZE e Atlanta Ruckus-EUA.

Depois de encerrar a carreira, em 1997, Fashanu se tornou treinador do Maryland Mania. Em março do ano seguinte, um garoto de 17 anos disse ter acordado na cama do ex-atacante com sinais de molestamento sexual depois de ter sido embebedado. O ex-jogador prestou depoimento e não foi preso durante as investigações. Pouco depois, Fashanu fugiu para a Inglaterra.

Em maio de 1998, o primeiro jogador de destaque na Inglaterra a se dizer homossexual se enforcou em uma garagem em Shoreditch. Na nota de suicídio, deixou evidente que achava que seria considerado culpado pela acusação do garoto nos Estados Unidos. Ele estava enganado, pois a polícia norte-americana estava arquivando o caso por falta de provas. Final melancólico para um jogador que, se não fosse o preconceito, poderia ter sido um dos mais importantes da Inglaterra na década de 1980.

(Matéria do Ubiratan Leal pelo Trivela em 2013)

 

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    • Perissé
      Por Perissé
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      Antes de tudo, devo falar dos velhos erros pessoais nos últimos saves. O primeiro deles, que já tinha apontado, mas não corrigi de fato, é a questão do espaçamento das atualizações, que provoca uma confusão na leitura e será corrigida, já que jogarei em uma velocidade maior, passando do jogo completo para o alargado e prolongado. Já o segundo é a questão da falta de backups do arquivo do save, o que já ocasionou o fim de dois saves e que será corrigido com backups semanais.
      Seguindo para o save em si, a escolha pelo Rayo Vallecano de Madrid aconteceu por ser um dos clubes que mais simpatizo no país pela história oposta ao Real Madrid, seu maior rival, e pelo engajamento em questões sociais. Além disso, devo investir bastante no relato das inúmeras histórias que o clube franjirrojo. 
      Sobre o clube: O Rayo Vallecano de Madrid foi fundado em maio de 1924 no antigo município de Vallecas, hoje um charmoso bairro operário de Madrid após uma anexação durante a ditadura de Francisco Franco. O clube nasceu com o uniforme inteiramente branco, porém teve que firmar um acordo com o Atlético de Madrid na temporada de 1949-50, o que fez com que mudasse para a tradicional faixa diagonal vermelha.
      Sufocado na própria cidade pelos gigantes Real Madrid e Atlético de Madrid, o clube se agarrou às suas raízes de Vallecas e levou os valores locais adiante, sendo conhecido por ser um dos maiores clubes de bairro e acreditando no futebol como algo além do esporte, servindo para educar e orientar a luta por suas causas. Ademais, tal sentimento de pertencimento ao bairro provoca uma enorme relação de proximidade com o local, onde ambos nunca estarão sozinhos, e uma forte oposição ao Real Madrid, que sempre teve uma proximidade com o poder e com parte da torcida possuindo ligações fascistas.
      Desde a sua fundação, a maioria das partidas do clube eram disputadas no primitivo terreno conhecido como Campo del Rodival, que possuía apenas pequenas arquibancadas e não existe mais na atualidade. 

      Já em 1973, o clube se mudou definitivamente para o Estádio de Vallecas, recém-reconstruído sobre o antigo campo construído em 1930 pelo extinto Racing de Madrid. Atualmente, o estádio possui capacidade para quase 15 mil torcedores, sendo 2 mil destinados ao único setor atrás do gol, onde ficam os ultras do clube conhecidos como Los Bukaneros, que protagonizam inúmeras cenas marcantes em suas manifestações nas arquibancadas.

      INFRAESTRUTURA
      Nas conquistas, o clube espanhol não possui uma vasta coleção, possuindo apenas três: duas Segunda División B e uma La Liga 2, conquistada na última temporada. No entanto, a sua melhor temporada foi a de 2000-01, quando teve a sua primeira participação em competições continentais jogando a Europa League. A campanha da equipe foi inesquecível, chegando até as quartas de final e passando por clubes como Lokomotiv de Moscou e Bordeaux.
      Quanto aos ídolos, o maior ídolo do clube é, sem dúvidas, Jesús Diego Cota, ex-lateral-direito que dedicou os seus 17 anos de carreira somente ao Rayo. O madrilenho foi o que possui mais partidas pelo clube (mais de 400) e participou de quatro promoções à La Liga, além de ser o capitão na inesquecível campanha na Europa League.
      O clube, durante a sua história, não precisou de títulos ou mesmo de participações na La Liga para ser reconhecido. A fama não se concentra na bola, mas sim na postura da instituição. Entretanto, o objetivo do save é levar o clube a ser reconhecido também nesta vertente.
      Dados do save: O save será realizado no Football Manager 2018, por esse motivo o clube ainda estará na La Liga 2, com uma base de dados grande. Quanto às ligas carregadas, as divisões da Turquia e China foram escolhidas por serem aquelas que mais movimentam o mercado do futebol espanhol. Além delas, as principais ligas da Argentina e México serão carregadas no momento em que alcançarmos a promoção para a La Liga.
      Treinador: Como é de praxe nos meus saves, o treinador será alguém com forte ligação ao Rayo Vallecano. Desta forma, Roberto Trashorras foi o escolhido para assumir o comando do franjirrojo. O meia espanhol atuou no clube de 2011 até a última temporada, quando anunciou sua aposentadoria dos gramados. Durante este período, Trashorras foi o capitão da equipe que atingiu a maior quantidade seguidas de participações na La Liga na história do clube (5) e participou do maior título do clube na temporada de 2017-18 (La Liga 2).

      Nas responsabilidades, o treinador poderá apresentar propostas por jogadores e será o encarregado pela renovação dos contratos. No entanto, o diretor de futebol David Cobeño, além de poder apresentar propostas por jogadores, negociará os contratos com esses novos jogadores e dará a palavra final para a transferência. Já nas saídas, Roberto Trashorras poderá indicar jogadores dispensáveis e o diretor será o responsável por negociar os valores e pela palavra final.
      Quanto ao estilo do treinador, utilizei a qualificação e experiência equivalentes à equipe. Na hora de escolher os atributos, dei destaque para aquilo que considero realista com o treinador escolhido.

      Objetivos a curto prazo (atualizados a cada três temporadas): Alcançar a promoção para a La Liga; Estar entre os 20 clubes mais ricos da Espanha, o que demanda dobrar o valor atual (€ 7 M); Terminar todas as temporadas com o saldo global positivo; Ter cinco pratas da casa no elenco principal (atualmente dois).
    • Banton
      Por Banton
      Iniesta é o jogador mais subestimado da história? Sempre tenho essa impressão. Messi de fato é um alienígena, mas Iniesta também não é deste planeta.
      Pra mim, ele está no top-25 (sem posição definida) dos melhores jogadores de todos os tempos.
      Podem me criticar, xingar, etc... mas pra mim, ele é muito maior que o Argentino. Carregou o Barcelona nas costas junto com o Xavi. Simplesmente o melhor meia que eu vi jogar.
      O que vocês acham?
    • Dinheiro Tardelli
      Por Dinheiro Tardelli
      Pra mim, é impossível discordar dos argumentos que ele traz. O que acham?
       
    • VitorSouza
      Por VitorSouza
      Javi Poves deixou o futebol profissional em 2011, quando era um jovem promissor que despontava no time principal do Sporting Gijón, à época treinado pelo falecido Manolo Preciado. Desde então, viajou pelo mundo todo até três anos atrás, quando se tornou o presidente do Móstoles, um pequeno clube da Primera Regional de Madrid, quinto nível da pirâmide do futebol espanhol. O time conseguiu subir para a Tercera División (quarto nível) e trocou de nome há alguns dias: Flat Earth FC. É o primeiro clube baseado na teoria terraplanista, um movimento que questiona que a Terra seja esférica. Javi pretende usar o clube para questionar as teorias em vigor. Inclusive, até pôs um objetivo extraterrestre: "quero jogar a Champions League".
      Em sua visita ao Marca, ele explicou o motivo de ter abandonado o futebol: nada em específico. "O que me levou a essa decisão foi as relações que tinha fora de campo, não passava muito tempo com meus companheiros de equipe, dividia mais meu tempo com pessoas ligadas à arte. Nos últimos anos viajei pelo mundo. Mas quando passo muito tempo sem fazer algo produtivo eu preciso fazer algo, sempre fui criado sob muita exigência".
      "Agora o futebol é profissional para todos, são poucos os clubes que não pagam seus atletas, mas a essência segue a mesma, e a minha intenção é mudar isso", contava.
      Poves fez uma reflexão sobre os valores do futebol e sua intenção com o clube: "No futebol existem algumas mensagens equivocadas, como se só fosse bom o que ganha. O futebol deve ser um instrumento. Um clube tem sua própria mensagem, no Flat Earth queremos transmitir que há muita gente que não pensa e crê no que foi ensinado a eles desde pequeno. Este grande engano de que a Terra é redonda faz com que o indivíduo não represente nada, isso nos empequenece. Não temos ideia de nada, e quase tudo que nos contam é mentira. São poucos os que tomam as dores de pensar sobre as coisas. Com o clube de futebol isso pode ser feito de forma mais amena".
      "Realizaremos ações que podem ser perigosas, se começarem a questionar outras verdades, o sistema educacional pode quebrar, a ciência também... me disseram muitas vezes que eu estou louco, mas não, a única coisa que eu faço é botar em xeque algumas coisas, e isso não deveria ser uma loucura".
      "Somos o primeiro clube do mundo que não está localizado geograficamente, a torcida pode ser qualquer rincão do mundo, e é incrível a quantidade de petições e doações que recebemos. Não fomentamos o amor as nossas cores, mas sim a um movimento. São milhões de pessoas que defendem essa ideia ao redor do mundo", concluiu.
      Tradução por Chad'/Vitor Souza
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    • Visitante João Gilberto
      Por Visitante João Gilberto
      :yeah2:
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