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Heterossexual, uma espécie em extinção


Pedrods

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HETEROSSEXUAL, UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

 

VICTOR LISBOA

 
SERÁ QUE ELE É?

 

Faz uns dois anos eu tinha um colega muito legal, um grande bróder. Vamos chamá-lo aqui de Sir Bonitão. O cara era um alemão alto e atraía a mulherada com sua aparência, mas não se interessava pelas colegas e estagiárias que suspiravam por ele porque era super apaixonado por uma ex-namorada com a qual estava tentando voltar.

 

Uma colega em comum, uma moça liberal e adepta do budismo, que vamos chamar de Lady Budista, um dia me confessou que vivia especulando com as outras colegas sobre se Sir Bonitão era gay ou não. E não apenas pelo desinteresse pelas mulheres que se ofereciam, mas pelo fato de que Sir Bonitão era meio “estranho” – ele era idealista, meio romântico, gostava de poesia, música clássica e teatro e não sabia nada de futebol. Isso, segundo a colega, fazia dele alguém suspeito. Na hora, lembrei de uma ex-namorada que levei para assistir um show do Philip Glass e que me comentou antes do show começar que achava que música clássica era “coisa de veado”.

 

Naquela mesma semana eu estava saindo do trabalho com outro amigo, que vou chamar de Jack Alternativo. Era um sujeito de 40 anos, casado e com duas belas filhas. Ele fazia o estilo papai alternativo, gostava de usar gel no cabelo para ficar com um tipo de pseudo-moicano, costumava usar suspensório e calças coloridas. Na saída, sem querer encontramos o Sir Bonitão. Apresentei um ao outro e combinei de tomar uma ceva com o Sir Bonitão no final da tarde, para colocarmos o papo em dia.

 

No final da tarde, no bar com o Sir Bonitão, não sei porque a conversa tomou o rumo de falar sobre o Jack Alternativo, e daí o Sir Bonitão confessou que quando o apresentei ao Jack Alternativo ele suspeitou que o sujeito era gay por causa de sua aparência pouco convencional. Fiquei calado e nada disse ao Sir Bonitão sobre o fato de a Lady Budista achar que ele próprio era gay. E muito menos que o Jack Alternativo suspeitava que uma estagiária do trampo era gay porque a viu sentada um dia no chão do metrô, e isso “menina não fazia”.

 

Certo dia fiz uma festa aqui em casa e pedimos umas pizzas. Quando o motoboy tocou o interfone do apê, eu e um amigo, o Kid Garboso, sujeito ultra-liberal, deixamos nossas namoradas e fomos lá embaixo pegar as pizzas. Na volta, no elevador, Kid Garboso mencionou “o motoboy deve ter achado que somos um casal gay, sempre que dois caras descem para pegar tele-entrega de comida, o motoboy pensa que é um casal gay”. Isso nunca tinha passado pela cabeça, e não mencionei ao Kid Garboso que provavelmente o motoboy não estava nem aí e era ele, Kid Garboso, que andava noiado com o que os outros iriam pensar a respeito.

 

Dia desses uma leitora, a Fã Desconfiada me adicionou no Whatsapp e a primeira pergunta que fez era sobre se eu era gay. Respondi que não e perguntei o motivo, e ela me disse que era pelo fato de eu nunca mostrar fotos de namorada ou dar detalhes da minha vida pessoal nas redes sociais.

Eu poderia contar outras dezenas de histórias, como da amiga que me contou que foi no supermercado com outra pois por coincidência ambas queriam comprar coisas para si, mas a outra se recusou a que pegassem o mesmo carrinho na entrada, o que seria mais prático e ágil, pois “as outras pessoas pensariam que eram um casal de lésbicas” (?!?!). Vou ficar só com essas poucas histórias para resumir tudo na seguinte imagem:

 

 serhaqueeh2.jpg

 

O detalhe, o que importa, é que todos aí em cima, que tinham suspeitas meio paranóicas sobre se outros eram gays ou se eram vistos como gays, têm algo em comum: todos pensam em si como liberais em questões de costumes, e TODOS COLOCARAM UM ARCO-ÍRIS SOBRE A FOTO DE PERFIL do Facebook no dia em que a Suprema Corte americana determinou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legítimo.

 

 arcoiris.jpg

 

O saldo dessa história toda é que vivemos em uma sociedade silenciosamente paranoica sobre a sexualidade alheia, mas que esconde essa paranoia com uma máscara de progressismo. Colegas, amigos, vizinhos e mesmo estranhos, sejam alegadamente liberais ou conservadores, estão continuamente tentando descobrir se outras pessoas do seu convívio são ou não gays através de todo o tipo de detalhe babaca (roupa que usa, preferência musical, com quem pega uma pizza…).

 

E o resultado disso é sofrimento, um enorme sofrimento não para quem é gay, e um sofrimento ou ansiedade difusa que inconscientemente sentem todos aqueles que, supostamente heteros, estão submersos nessa contínua paranoia sobre o que eles próprios devem fazer ou deixar fazer para que os outros não desconfiem que eles próprios são gays, enquanto eles mesmos estão sempre reparando naquilo que os outros fazem para identificar quem seria ou não seria gay.

 

Que sociedade de merda essa.

 

E tudo isso culpa de tribos primitivas de pastores, há 3 mil anos atrás, cujas tradições anacronicamente adotamos até hoje.

 

http://consciencia.ano-zero.com/2015/06/29/hetero-extincao/

 

Achei muito interessante o texto, principalmente essa moral de que no fundo todo mundo eh bem hipócrita. Essa bandeira de liberal e mente aberta que muitos tentam passar não passa de uma puta hipocrisia disfarçada. Esses "mente aberta" no fundo tem tantos preconceitos e frivolidades como qualquer outro.

 

Logico que eh uma generalização, mas duvido que não tenha alguém aqui que conhece alguém assim.. Que tenta demonstrar ser uma pessoa, mas no fundo eh outra.

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Logico que eh uma generalizacao, mas duvido que nao tenha alguem aqui que conhece alguem assim.. Que tenta demonstrar ser uma pessoa, mas no fundo eh outra.

Ninguém aceitaria essa aposta. É só ter uma conta num Facebook da vida e comparar o que sabe sobre as pessoas que conhece pessoalmente e o que vê elas postando.

 

E isso é sobre vários assuntos. Inclusive acontece o contrário também, de gente que é agradável pessoalmente mas que acaba sendo irritante online.

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Isso ocorre a muito tempo, mas a muito tempo e digo mais não é só com liberdade sexual não hein. 

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E o resultado disso é sofrimento, um enorme sofrimento não para quem é gay, e um sofrimento ou ansiedade difusa que inconscientemente sentem todos aqueles que, supostamente héteros, estão submersos nessa contínua paranoia sobre o que eles próprios devem fazer ou deixar fazer para que os outros não desconfiem que eles próprios são gays, enquanto eles mesmos estão sempre reparando naquilo que os outros fazem para identificar quem seria ou não seria gay.

 

Eu acho que esse trecho vale pelo texto inteiro. Deveria ser um lembrete para pessoas que se preocupam com o "Complexo de Hamlet" alheio. 

Eu me identifiquei com a parte em negrito porque infelizmente eu faço parte dessa classe pseudo-acéfala que se perde nesses achismos fúteis. Eu mesmo já me peguei julgando -- mentalmente -- nego que postava música da Taylor Swift, que comentava sobre o último capítulo da novela; aquele "Hmm... Granola". 

Devemos sempre levar em conta que princípios são questionáveis, tratar de educar a mente e evitar de cometer tais coisas. 

 

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  • Vice-Presidente

Abri o tópico achando que seria mais um texto mimimi mas é um texto muito bom.

 

Eu achei que era um texto do PdH, mas como não foi o Ariel que postou, resolvi ler.

 

Eu já assumi que a sociedade inteira é gay, fica mais fácil, não preciso julgar ninguém. Mas que é divertido ver os outros discutindo a sexualidade alheia quando tu já sabe se de fato ou não uma pessoa é gay ou hetero, isso é. hahahaha

 

E queridos, ninguém é livre de preconceitos, são eles que formaram quem somos hoje, alguns conseguem lidar com os seus e outros não.

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Pedro, se vc é gay, pode falar com a gente. Não precisa ir dando a notícia de pouco a pouco. Eu vou continuar jogando dota com você.

 

Mas falando sério, ao contrário da maioria de vocês, eu descordo do texto. 

 

Sou hétero, gosto de mulher, gosto de ser homem e das coisas que me identificam como homem. Você pode ter certeza que eu não vou quero que me identifiquem como homossexual. O motivo é simples: eu não sou. Não é parte da minha identidade. 

 

Se você todo mundo do mundo resolver dar a bunda amanhã, que se foda. Não tô nem aí. Se meu filho resolver virar viado, que ele seja feliz. Mas eu não sou gay e prefiro que me identifiquem como o que eu sou: hétero. Não que mude muita coisa se acharem que sou gay. Não vou gostar muito, mas não vou ficar puto ou algo assim. É mais ou menos a mesma coisa se alguém achar que sou cruzeirense. Vai mudar algo pra mim? Não. Eu odeio cruzeirenses? Não, muitos dos meus melhores amigos são, alguns familiares são. Eu quero que os outros achem que sou cruzeirense? Nem fudendo. Sou atleticano com orgulho. A diferença dessa analogia é que eu não gosto da entidade cruzeiro, mas a única coisa que sinto contra o homossexualismo é... um pouco de nojo. 

 

A sociedade atual precisa aprender uma coisa: todos nós temos preconceitos. Talvez eu ache nojento um homem beijando um homem porque fui criado acreditando que homem com homem é errado. Quando eu era adolescente, eu tinha sim preconceito com viado. Eu nunca teria uma amigo viado aos meus 12 anos, fui criado com minha família me falando que isso é errado. Com o passar do ano, vi que essas coisas não importam, mas mesmo assim, continuo tendo nojo. Não sei se acharia nojento se minha cultura tivesse sido diferente. Talvez daqui a 100 anos esse rótulo de homossexual e heterossexual nem exista mais. 

 

Por isso, não coloquei porcaria de bandeira arco-íris na minha foto. Fico feliz que alguém tenho o direito de casar com quem quiser e ser feliz, sou a favor, mas não me identifico com a causa.  Vou continuar especulando com minha mulher se fulano ou ciclano são gays, pelo simples fato de ser algo divertido. Se eu conhecer um cara que eu ache que é gay por aí, não vou achar que ele é melhor ou pior que eu, mas vou sim especular. Pois é curioso para mim. 

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E queridos, ninguém é livre de preconceitos, são eles que formaram quem somos hoje, alguns conseguem lidar com os seus e outros não.

Eu penso assim também. O ser humano é preconceituoso em sua essência, julgamos e somos julgados o tempo todo! Se é nerd, vagabundo, gay, preguiçoso, se é piriguete, se é lésbica...

O que difere é se você sabe separar um pré-julgamento feito única e exclusivamente pela sua cabeça do que a pessoa é de verdade, e se respeita ou não essa diferença.

E pra mim a tendência é a humanidade ser bi, poli...pansexual.

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Na minha opinião, esse negócio de tenatr achar quem é gay, é pra querer evitar ofender acidentalmente alguém e ser tachado de homofóbico, cabeça-dura ou extremista. Dá pra saber quem é negro, quem é japa/china, loira ou gordo. Já sobre gay, já meio que infiltrou no pensamento geral que gay é igual pessoa normal, a única diferença é que gosta do mesmo sexo.

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Eu achei que era um texto do PdH, mas como não foi o Ariel que postou, resolvi ler.

 

Eu já assumi que a sociedade inteira é gay, fica mais fácil, não preciso julgar ninguém. Mas que é divertido ver os outros discutindo a sexualidade alheia quando tu já sabe se de fato ou não uma pessoa é gay ou hetero, isso é. hahahaha

 

E queridos, ninguém é livre de preconceitos, são eles que formaram quem somos hoje, alguns conseguem lidar com os seus e outros não.

 

HHAAHAHAHAAHAHAHHAHAH Ri muito da primeira frase.

Bem, se for uma discussão de tiração e galera não tiver preconceitos, foda-se. E se o cara for gay, foda-se tb HAHA

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Bom texto.

 

Eu já tenho um pensamento diferente do Tardelli. Nunca aconteceu de acharem que sou homossexual (pelo que eu saiba né hahah), mas se acontecesse, não teria problema algum com isso.

 

Desde a quinta série sempre estudei com um cara gay e ele sempre se deu bem com todo mundo, o cara é gente fina. E mesmo a  minha família sempre ter sido de boa quanto a isso eles deixaram eu "escolher" a minha opinião, apesar de meus pais passarem a ideia de que "eles são gente como a gente", esse cara me ajudou muito a enxergar a homossexualidade como algo natural, como algo nem melhor nem pior que ser hétero. Nesse assunto do texto, de se preocupar em não parecer gay e tal, eu acho engraçado(mentira é que as pessoas mudam o avatar, consideram-se livres de preconceitos, vem com um papinho "nossa, eu tenho um amigo gay no meu serviço e convivo pacificamente com ele bla bla bla" mas ao contrário da posição do Tardelli de que apenas não é parte da identidade dele, nego reage se sentindo ofendido quando considerado homossexual. Parece até que xingaram a mãe do cara ou algo assim. Eu vejo isso acontecendo mais com nós, homens e isso na questão do preconceito contra os gays é o que mais me irrita.

 

Concordo que todos temos preconceitos dos mais diversos tipos e inclusive com gays e o mais importante é SABER que temos e não ficar tentando parecer alguém sem eles, alguém "perfeito" através da porra de um avatar no Facebook. Porque enquanto a gente não reconhecer os preconceitos na gente mesmo, não tem como a gente combatê-los (desconstruir é um verbo que odeio)

 

Quanto a essa avaliação constante sobre a sexualidade do outro, eu não também não vejo tanto problema assim. Na minha faculdade por exemplo, tem gay pra caralho (sério, parece que aquela porra é um antro de viado). E os próprios gays ficam com esse joguinho pra ver se eles descobrem alguém que não é totalmente assumido pra eles poderem chegar junto do cara e pegar. Tipo a velha discussão pra nós do "ela tá solteira ou não". É um pouco também uma questão de primeira impressão ao conversar com a pessoa, como temos as mais variadas, do que algo paranoia com a sexualidade alheia. Mas sim, essa paranoia existe.

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  • Diretor Geral

[...] E queridos, ninguém é livre de preconceitos, são eles que formaram quem somos hoje, alguns conseguem lidar com os seus e outros não.

 

Na mosca! Acho que essa sua frase resume bem a essência do texto.

 

Não vejo mal algum em especular se uma pessoa é ou não gay, faz parte do nosso dia-a-dia porra, faz parte de 'n' dúvidas e (pré)julgamentos que fazemos sobre os mais variados temas do nosso cotidiano dentro das 24h que nos é concedido. Essa (especular homossexualismo/heterossexualismo) é só mais uma delas.

 

Agora, ter que ficar escolhendo modos sobre o que EU devo ou não fazer pensando no que VÃO ACHAR de mim, aí já acho paranoia, e bota paranoia nisso! Eu quero mais é que se foda se vão me achar gay, na moral, acho que já atingi idade suficiente pra tacar o "foda-se" nesse papo de "o que vão achar de mim se eu fizer isso?". Isso porque esse tipo de paranoia acaba até limitando suas próprias experiências, ficar se auto-censurando em tudo o que for fazer é algo que por si só já te tira boa parte da sua essência, do que você quer realmente (ou não) fazer.

 

 

[...] Por isso, não coloquei porcaria de bandeira arco-íris na minha foto. Fico feliz que alguém tenho o direito de casar com quem quiser e ser feliz, sou a favor, mas não me identifico com a causa.  [...]

 

Também não coloquei bandeira nenhuma, respeito quem tenha colocado, mas acho outro exagero. Não tenho envolvimento com a causa, respeito e fico feliz pela sociedade ter melhorado essa concepção e seus próprios limites dentro dela, mas daí a colocar fotinho colorida? Não acho necessário. Meu respeito para o próximo (sendo ele gay ou não) sempre será a melhor forma de eu ajudar nessa causa.

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Entendi pelo texto que o ponto nem é querer saber a sexualidade do cara, e sim, esses pré julgamentos e esteriótipos que criamos até mesmo inconscientemente. Apontando uma certa hipocrisia, que é a da galera que "apoia" a causa mas acha ~ofensivo quando colocado no mesmo patamar.

 

Também tenho um pensamento totalmente diferente do Tardelli, achei até meio pesado falar que tem nojo de gay. Porra parsa, ai não hahaha

Deixa os maluco se beijar, quando são duas minas gostosas se beijando só falta explodir a calça de tesão. Claro, eu também detesto casalzinho se pegando perto de mim, seja hetero ou gay, o  problema não é a sexualidade, é de inconveniência mesmo. 

 

O problema também é que muita gente ainda se sente machucadinho quando tem a heterossexualidade "ferida", já presenciei alguns absurdos de nego dando chilique em bar porque algum gay teve a "audácia" de dar em cima dele.  

 

UHEAUSHEUAHEUAHUEAHU

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Sabe aqueles fetiches loucos que a mulher caga na cara de um homem? Pois é, eu tenho muito nojo. Da mesma forma, quando vejo homem beijando homem dá uma ânsia de vômito. É nojento, porra. Pra mim pênis e barba = cocô. Como eu já disse, é preconceito meu. Igual ao minha aversão a sovaco de mulher cabeludo. Acho nojento também, muito feio. Acho isso porque foi assim que fui criado, é parte da minha cultura. Ainda assim, entendo que isso é só um fetiche o negócio do scat e que cabelo do sovaco é só... cabelo no sovaco e isso não faz com que a pessoa seja melhor ou pior do que eu. Nem que eu vá tratar ela de forma diferente ou que eu não goste dela.

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  • Vice-Presidente

O jeito que você se sente com um homem beijando o outro vai mudando a medida que você passa a ver mais aquilo e deixa de ser estranho. E acredito que conviver com alguém homossexual ou que seja alvo de preconceito sirva bastante para diminuir o próprio preconceito da pessoa de acordo com a convivência com o outro lado, exatamente o que o bikas falou. Hoje não me incomodo mais, porque a gente vai vivendo e vai convivendo direta ou indiretamente, mas há uns 5, 6 anos atrás, eu não me sentia confortável, apesar de nunca ter tido problemas com ninguém ou com meus pensamentos por causa da opção sexual, hoje não tenho problemas, tanto é que uma vez tava caminhando na faculdade, tinha um casal se pegando no ponto de ônibus, e a medida que eu fui me aproximando, eles foram parando e ficando menos explícito o que estavam fazendo, eu achei graça e tive vontade de dizer para eles: "não precisam parar por minha causa, vocês não estão fazendo nada de errado!", mas aí já entra no fato de invadir a liberdade de pessoas que você não conhece ou tem intimidade.

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Hahhaha cara, eu já vi muito viado se beijando. Os amigos da minha mulher são todos gays, casados. Já cansei de viajar com eles, desde os tempos de faculdade (e pra mim isso tem muito tempo, ao contrário da maioria aqui), e sinceramente, nunca vou deixar de achar nojento. Mas por mim, que eles transem bastante, beijem, sejam felizes. Uma coisa não tem a ver com a outra. 

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Já eu não vejo problema nenhum no tardelli ter nojo de dois homens se beijando.

Ele tem todo direito de ter nojo, tem todo direito de não gostar.

Só não tem o direito de, baseado nesse nojo e nessa aversão, usar da coerção pra proibir os dois homens de se beijarem.

Liberdade de ação dos homens, liberdade de pensamento do Tardelli. Tudo em paz aqui, pra mim.

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