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O Brasil em crise econômica


Ariel'

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A análise mais correta que vocês pediram:

Corrigido pela inflação, dólar está longe do pico de 2002

 

Não tem muito isso de mais correto ou menos correto.

No final o mais importante seria avaliar o impacto no poder de compra das pessoas. Só que isso depende menos do pico do dólar e mais de em qual patamar o dólar vai se manter em longo prazo. Se o dólar ficar por 6 meses, 1 ano acima dos R$4 isso vai impulsionar custos (e preços) e impactar mais no poder de consumo do que hoje (quando ainda tem muito estoque). Também tem empresas com dívida em dólar e que vão precisar reajustar preços para pagar as dívidas...

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Essa é em homenagem ao Thales, um artigo do Mimimises falando dessa questão que discutimos sobre o dólar:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2192

Esse artigo foi publicado dia 24/09 e o melhor é o encerramento:

Mas em vez de prever se o câmbio superará R$ 5 ou R$ 6, a resposta mais precisa, talvez, seja afirmar que o dólar dificilmente volta para R$ 3 tão cedo — se é que voltará algum dia. Ao que tudo indica, dificilmente baixará de R$ 4.

É extremamente normal errar previsões porque tem muita coisa que o cara não sabe e muita variável que o cara não conta. Por exemplo, o barril de petróleo a U$40 fodeu qualquer previsão com relação a Petrobrás (eu mesmo era mais otimista com a possibilidade de recuperação da empresa, mas barril a U$40 e lava-jato mostraram que não dava para ser otimista hahaha).

Mas porra, a previsão do cara durou bem menos de 24 horas (o dólar fechou U$3.99 no mesmo 24/09). Ou seja, o dólar fechou acima de R$4 em 2 dias e ele sepultou que dificilmente baixaria de R$4. Nos dois dias seguintes fechou abaixo de R$4 (chegou a ser cotado em R$3.89).

Com a zona política e fiscal que está o Brasil eu também apostaria em tendência de alta (na verdade eu apostei nisso quando o dólar estava pelos R$2.30 em Julho do ano passado e ainda não me desfiz da aposta - mas foi isso, uma aposta, ou teria vendido o carro e a sogra para comprar dólar). Só que isso mostra que se tivessemos capacidade de prever o valor do dólar ou outras questões da economia não estaríamos escrevendo posts em fóruns ou artigos em sites, estaríamos ganhando dinheiro.

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Essa é em homenagem ao Thales, um artigo do Mimimises falando dessa questão que discutimos sobre o dólar:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2192

Esse artigo foi publicado dia 24/09 e o melhor é o encerramento:

É extremamente normal errar previsões porque tem muita coisa que o cara não sabe e muita variável que o cara não conta. Por exemplo, o barril de petróleo a U$40 fodeu qualquer previsão com relação a Petrobrás (eu mesmo era mais otimista com a possibilidade de recuperação da empresa, mas barril a U$40 e lava-jato mostraram que não dava para ser otimista hahaha).

Mas porra, a previsão do cara durou bem menos de 24 horas (o dólar fechou U$3.99 no mesmo 24/09). Ou seja, o dólar fechou acima de R$4 em 2 dias e ele sepultou que dificilmente baixaria de R$4. Nos dois dias seguintes fechou abaixo de R$4 (chegou a ser cotado em R$3.89).

Com a zona política e fiscal que está o Brasil eu também apostaria em tendência de alta (na verdade eu apostei nisso quando o dólar estava pelos R$2.30 em Julho do ano passado e ainda não me desfiz da aposta - mas foi isso, uma aposta, ou teria vendido o carro e a sogra para comprar dólar). Só que isso mostra que se tivessemos capacidade de prever o valor do dólar ou outras questões da economia não estaríamos escrevendo posts em fóruns ou artigos em sites, estaríamos ganhando dinheiro.

Vou descobrir se tá certo ou errado daqui algum tempo. O fato do bc ter mexido no câmbio e ele ter recuado pra baixo de 4 reais (apenas 4 centavos) em apenas dois dias (depois de mais de uma semana de alta seguida) não me faz crer que a perspectiva está errada. 

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Vou descobrir se tá certo ou errado daqui algum tempo. O fato do bc ter mexido no câmbio e ele ter recuado pra baixo de 4 reais (apenas 4 centavos) em apenas dois dias (depois de mais de uma semana de alta seguida) não me faz crer que a perspectiva está errada. 

Eu também acredito em tendência de alta. Mas o cara escrever que dificilmente voltará abaixo de R$4 e isso acontecer no mesmo dia foi engraçado hahaha.

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Não tem muito isso de mais correto ou menos correto.

No final o mais importante seria avaliar o impacto no poder de compra das pessoas. Só que isso depende menos do pico do dólar e mais de em qual patamar o dólar vai se manter em longo prazo. Se o dólar ficar por 6 meses, 1 ano acima dos R$4 isso vai impulsionar custos (e preços) e impactar mais no poder de consumo do que hoje (quando ainda tem muito estoque). Também tem empresas com dívida em dólar e que vão precisar reajustar preços para pagar as dívidas...

Exatamente. Como li em algum lugar esses dias, o que importa mais não são os picos, mas os vales...

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Saúde caminha para um colapso, diz ministro [Chioro]

Leiam essa porra. É inacreditável! O ministro não consegue falar com a presidenta sobre a porra do orçamento do maior ministério. Esse país tá desgovernado. 

Também tem empresas com dívida em dólar e que vão precisar reajustar preços para pagar as dívidas...

Ó o que aconteceu com a da Petrobras: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,divida-da-petrobras-sobe-mais-r-100-bi-,1767246

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O vídeo que o Ariel postou acima é ótimo. Recomendadíssimo.

A ministra Tereza Campello diz que o as crianças estarem na escola é uma vitória. E é mesmo. Mas não basta estar na escola. Ela reconhece isso em seguida, dizendo que "a maior preocupação hoje não é se a criança está na escola (...) é a qualidade". Pois bem, concordamos. Mas por que essa preocupação é hoje? Estamos no 13º ano de governos petistas. Não dava pra ter transformado o Brasil na Finlândia, mas certamente dava para ter dado um salto maior, dava para estarmos num caminho melhor. No mínimo, deveríamos, como país, ter avançado no debate. "Perdemos" mais uma geração.

O Canzian fala que em 2 ou 3 gerações, essas famílias vão estar competindo. Mudanças na educação demoram, são complicadas, eu entendo, mas será que em pleno século XXI a gente não tem como avançar mais rápido? Hoje há internet mesmo nessas áreas mais pobres (algo que deve ser disseminado o mais rápido possível e a recriação da Telebras não adiantando, né!?), tem TV a cabo -- não sei se vocês notaram um receiver da ClaroTV --... a gente precisa aprender a usar a tecnologia pra fechar esse gap. E eu não vejo isso andando nem no governo, nem na academia.

Uma coisa interessante é pensar na importância que os pais tem na educação das crianças. Não apenas ajudar no dever de casa, mas em ler para os filhos, em despertar a curiosidade, ajudar a desenvolver o mindset necessário para que alguém tenha sucesso na educação. É óbvio que pessoas que não tiveram muito estudo tem dificuldade nesse aspecto, que é muito importante e me parece quase impossível de solucionar. Professores bem treinados podem ajudar.

O PT não apenas faz propaganda com o Bolsa Família -- o que seria justo --, faz terrorismo. É por isso que a oposição precisa falar tanto que vai manter o programa. E mesmo assim não convence. Falar que a oposição acabaria com o BF é um desserviço para a democracia. É a velha política de sempre.

 

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O vídeo que o Ariel postou acima é ótimo. Recomendadíssimo.

A ministra Tereza Campello diz que o as crianças estarem na escola é uma vitória. E é mesmo. Mas não basta estar na escola. Ela reconhece isso em seguida, dizendo que "a maior preocupação hoje não é se a criança está na escola (...) é a qualidade". Pois bem, concordamos. Mas por que essa preocupação é hoje? Estamos no 13º ano de governos petistas. Não dava pra ter transformado o Brasil na Finlândia, mas certamente dava para ter dado um salto maior, dava para estarmos num caminho melhor. No mínimo, deveríamos, como país, ter avançado no debate. "Perdemos" mais uma geração.

O Canzian fala que em 2 ou 3 gerações, essas famílias vão estar competindo. Mudanças na educação demoram, são complicadas, eu entendo, mas será que em pleno século XXI a gente não tem como avançar mais rápido? Hoje há internet mesmo nessas áreas mais pobres (algo que deve ser disseminado o mais rápido possível e a recriação da Telebras não adiantando, né!?), tem TV a cabo -- não sei se vocês notaram um receiver da ClaroTV --... a gente precisa aprender a usar a tecnologia pra fechar esse gap. E eu não vejo isso andando nem no governo, nem na academia.

1) Uma coisa interessante é pensar na importância que os pais tem na educação das crianças. Não apenas ajudar no dever de casa, mas em ler para os filhos, em despertar a curiosidade, ajudar a desenvolver o mindset necessário para que alguém tenha sucesso na educação. É óbvio que pessoas que não tiveram muito estudo tem dificuldade nesse aspecto, que é muito importante e me parece quase impossível de solucionar. Professores bem treinados podem ajudar.

2) O PT não apenas faz propaganda com o Bolsa Família -- o que seria justo --, faz terrorismo. É por isso que a oposição precisa falar tanto que vai manter o programa. E mesmo assim não convence. Falar que a oposição acabaria com o BF é um desserviço para a democracia. É a velha política de sempre.

 

1) É o que minha fez comigo e pelo que eu sou muito grato. Pra ter uma ideia, em uma família de seis irmãos, ela é a única com pelo menos uma graduação. Infelizmente eu sou o único "trilhando" esse caminho. Meus primos mais velhos/na mesma idade não fizeram e não farão universidade. O que eu suponho ser um reflexo da falta de incentivo, apoio e cobrança dos pais, além do desinteresse deles mesmos, claro.

2) Essa última campanha foi ridícula. O nível que já era baixo foi diminuído mais ainda. Não tive coragem de votar nela por conta da campanha.

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Vou fazer uma afirmação, "determinística": não há um país sequer que tenha crescimento econômico com moeda fraca/instável.

Isso resume tudo que eu quero dizer sobre o que espero dos próximos anos.

Estava analisando e estudando algumas coisas aqui, e fiquei extremamente desanimado.

=/

 

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Vou fazer uma afirmação, "determinística": não há um país sequer que tenha crescimento econômico com moeda fraca/instável.

Isso resume tudo que eu quero dizer sobre o que espero dos próximos anos.

Estava analisando e estudando algumas coisas aqui, e fiquei extremamente desanimado.

=/

 

Ainda bem que a rúpia indiana é uma moeda forte.

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Vou fazer uma afirmação, "determinística": não há um país sequer que tenha crescimento econômico com moeda fraca/instável.

Isso resume tudo que eu quero dizer sobre o que espero dos próximos anos.

Estava analisando e estudando algumas coisas aqui, e fiquei extremamente desanimado.

=/

 

Como não se o Japão mantém a moeda deles em 100 pra 1 dólar apenas pra chegar competitivamente com seus produtos nos EUA?

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Vou fazer uma afirmação, "determinística": não há um país sequer que tenha crescimento econômico com moeda fraca/instável.

Isso resume tudo que eu quero dizer sobre o que espero dos próximos anos.

Estava analisando e estudando algumas coisas aqui, e fiquei extremamente desanimado.

=/

 

China promove desvalorização recorde do yuan para estimular a economia

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 Para Paul Krugman, a crise no Brasil é gerenciável

size_810_16_9_paul-krugman-460-wiki-jpg.
Krugman: "É um exagero descrever a atual conjuntura do Brasil como uma tempestade perfeita. O país já passou por situações piores"

São Paulo — Com uma coluna no The New York Times e um blog no site do mesmo jornal, o americano Paul Krugman, ganhador do Nobel de Economia de 2008, é uma das principais vozes do debate econômico mundial. Duas características pessoais fazem dele uma referência. Primeiro, o cuidado com que sempre tratou suas pesquisas ao longo de sua sólida carreira acadêmica.

Depois de dar aulas nas universidades Stanford, Yale, Massachusetts Institute of Techno­logy (MIT) e Princeton, Krugman está agora na City University of New York. Em segundo lugar, sua propensão fora do comum para polemizar com quem se opõe às suas ideias. Krugman virá ao Brasil em novembro para participar de um evento da empresa HSM. Antes de participar de uma conferência na Austrália, concedeu a seguinte entrevista a EXAME.

O Brasil colhe os resultados de uma política fiscal desastrosa em meio a uma investigação sobre corrupção e uma crise política de grandes proporções. Isso tudo em um momento de queda no preço das commodities, o que afeta as exportações, e de expectativa de alta dos juros nos Estados Unidos, o que provocará a saída de investimentos. O Brasil vive uma tempestade perfeita?

Não tenho dúvida de que a situação é difícil. No entanto, acho que descrevê-la como uma tempestade perfeita é muito forte. O Brasil não está vulnerável da mesma forma que já esteve no passado. A situação brasileira também não se compara à dos países europeus há poucos anos. Claro que não ajuda em nada ter uma crise política no meio de tudo isso.

Também é ruim que os Estados Unidos estejam falando em aumentar os juros exatamente quando o preço das commodities está em colapso, uma queda de uma magnitude que, por sinal, quase ninguém conseguiu prever. Seria uma tolice negar a gravidade da situação. Mas o endividamento do país não é crítico, e o setor privado não parece tão exposto à desvalorização do real. A crise brasileira é gerenciável. 

O Brasil e vários outros países emergentes cresceram a reboque da fome chinesa por commodities nos últimos anos. Com a queda do preço das matérias-primas, o que fará esses países crescer?

O Brasil teve vida fácil no período do boom de commodities e isso acabou. Como pode fazer uma transição? O país tem uma economia diversificada. Exportar commodities não é a única coisa que consegue fazer. O Brasil precisa ganhar competitividade na venda de produtos manufaturados. Uma maneira de fazer isso é com a desvalorização do câmbio, o que já está acontecendo.

Nesse sentido, o país tem bastante flexibilidade. O Brasil não é a Grécia. Mas a saída da crise seria bem mais fácil se o Brasil fosse uma economia mais aberta. Embora sempre haja muita reclamação a respeito das dificuldades de importar e exportar, o comércio internacional é uma boa coisa. E o Brasil paga um preço por ser tão fechado.

A Austrália, do mesmo modo que o Brasil, é um grande exportador de matéria-prima. Os australianos prepararam-se para a queda do preço das commodities?

Há muitos anos a Austrália é vista como um modelo para o Brasil e para outros países da América Latina. Trata-se de uma economia muito estável. Isso se deve basicamente a dois fatores: uma política econômica bastante sensata e uma longa história de credibilidade na política.

Nesse sentido, a Austrália mostra como se pode depender das exportações de matérias-primas e, ao mesmo tempo, resistir às flutuações de preços sem grandes sobressaltos. O país não vai conseguir passar sem arranhões pela queda no preço das commodities.

No entanto, continuará tendo uma economia robusta. Muitos esperavam que o Brasil se pareceria cada vez mais com a Austrália. De certa forma, isso aconteceu um pouco. Mas não o suficiente.

O senhor acredita que o Fed, banco central americano, vai anunciar o aumento dos juros na reunião que ocorrerá em meados de setembro?

Provavelmente não. Muitos membros do Fed falam como se estivessem procurando motivos para aumentar os juros. Mas acho que mesmo essas pessoas vão esperar um pouco mais. Talvez não tanto quanto críticos como eu gostariam. Eu esperaria a inflação realmente aumentar. Com certeza, não mexeria nos juros neste ano.

Qual é a possibilidade de que tenhamos uma nova crise global?

Embora estejamos vendo vários países e regiões em dificuldades, o risco de uma nova crise global é relativamente baixo. Em termos de gravidade, a situa­ção atual não é comparável ao que tivemos em 2008, quando veio tudo abaixo. Também não parece ser tão ruim quanto o que vivemos em 2011 e 2012, quando parecia que a crise europeia sairia de controle.

A gente tende a esquecer quanto o passado tem sido difícil. Na Europa, as coisas só melhoraram depois que Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, declarou que faria o que fosse necessário para evitar o pior. O que estamos vivendo hoje também não é comparável à crise asiática de 1997. Temos problemas nos paí­ses emergentes, mas provavelmente não uma crise global.

O que o faz pensar que não estamos prestes a ter uma nova crise global?

A crise que começou na Ásia no fim dos anos 90 teve dois componentes principais: baixo crescimento e alto endividamento das empresas locais emmoeda estrangeira. Ainda que seja verdade que muitas empresas chinesas tenham dívidas em dólares, não podemos esquecer que a China tem enormes reservas internacionais.

Por isso, não parece que estejamos prestes a ter uma crise generalizada no balanço das companhias. Em resumo, a China não parece tão vulnerável quanto estavam os países que deflagraram a crise asiática no final da década de 90.

A China está desacelerando e levando junto parte dos emergentes, as principais bolsas de valores do mundo estão altamente voláteis e a Europa continua mergulhada em uma crise. O que mais o preocupa?

Dois acontecimentos me preocupam igualmente: a desaceleração dos países emergentes e a crise na Europa. Tomando o passado como parâmetro, o mundo não parece que vai desabar. Mas, olhando o que acontece nos emergentes e na Europa, conclui-se que falta força para a economia global. Esses sinais de fraqueza indicam que a estagna­ção econômica mundial é persistente.

Por algum tempo, os mercados emergentes eram uma fonte de crescimento. Agora são fonte de más notícias. Ou seja, devemos ver em câmera lenta a continuação dessa estagnação que temos vivido nos últimos tempos.

O Banco Central Europeu acabou de rever para baixo a estimativa de crescimento da zona do euro. O que deve ser feito para que a Europa volte a crescer?

O problema da Europa é que cada vez se parece mais com o Japão. Tem demonstrado uma persistente fraqueza econômica. A demografia é terrível, com a queda no número de trabalhadores em relação aos idosos. É difícil pensar em algo que tire a Europa do torpor. Uma grande política fiscal expansionista e a expectativa de elevação da inflação funcionariam.

Infelizmente, não vejo nenhuma dessas duas coisas acontecendo. Por isso acredito que uma estagnação duradoura é uma grande possibilidade. A Grécia é um capítulo à parte. Nada foi resolvido. Não ficarei surpreso se, em um ou dois anos, a situação ficar ainda mais horrível do que no último pico da crise.

Na China, a renda continua crescendo num ritmo alto e nunca se viu a criação de tantos empregos fora do setor agrícola como agora. A China está mesmo desacelerando muito abaixo dos 7% de crescimento anual ou é o mercado que está exagerando no pessimismo?

A verdadeira resposta é que ninguém sabe exatamente. As estatísticas chinesas são pouco confiáveis. Os números são um conjunto do que as autoridades locais repassam ao governo central. É bem possível que a renda esteja aumentando, uma vez que a China já deve ter aproveitado todo o seu contingente de trabalhadores baratos.

Talvez o governo chinês esteja conseguindo aumentar a demanda com a aplicação de medidas extraordinárias. Mas, analisando todos os indicadores disponíveis, minha impressão é que a economia chinesa, mesmo com todos os esforços, está, sim, desacelerando.

É isso o que mostram dados como o consumo de eletricidade e os números do comércio internacional. Sem falar que o preço das commodities está desabando. Se a desaceleração da China não é a causa, o que seria?

@Exame

OMC abre investigação contra o Brasil

A pedido do Japão contra incentivos fiscais e subsídios nos setores automobilísticos e de telecomunicações. UE já tinha entrado com um pedido de "revisão" em 2012. Foda.

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PPela primeira vez, em 18 anos, a moeda chinesa está se desvalorizando perante o dólar. Tem seis meses. É só olhar a crise que tá começando lá. Desvalorizar moeda pra estimular economia que jeito? Se eles dependem de investimentos de fora, de insumos de fora? Nem faz sentido isso. 

EdiEditEdit. "

economista Patrick Chovanec.

Chovanec reconheceu que um iuan mais fraco pode refletir melhor a demanda atual do mercado de estimular as exportações, pois os produtos chineses ficam mais baratos, mas afirmou que um iuan valorizado serviria para um objetivo mais importante: promover uma "dolorosa" transformação da economia, afastando-se da manufatura de baixo custo e caminhando em direção ao consumo."

Como não se o Japão mantém a moeda deles em 100 pra 1 dólar apenas pra chegar competitivamente com seus produtos nos EUA?

Você tá comparando vvalores nominais com valores reais? Como? Me explica isso aí. 

Ainda bem que a rúpia indiana é uma moeda forte.

Vou checar o gráfico da moeda indiana perante o dólar e o ouro, pra saber sobre sua estabilidade. Não vou dizer sobre ela, já que não conheço.

Edit. Pesquisei rapidinho aqui, e achei um gráfico dos últimos 2 anos da rupia perante o dólar. A desvalorização da rupia no período foi menor que a desvalorização do real no mês de setembro. Me parece uma moeda bastante estável. Se é estável, favorece o cálculo econômico de investimentos externos. Mas vou procurar cotações diárias e de períodos mais longos pra poder afirmar. 

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OMC abre investigação contra o Brasil

A pedido do Japão contra incentivos fiscais e subsídios nos setores automobilísticos e de telecomunicações. UE já tinha entrado com um pedido de "revisão" em 2012. Foda.

Depois vou ler, pra poder dizer. Mas só um aad hominem, pra não perder a oportunidade: depois que esse sujeito pediu  a intervenção alienígena e suas últimas previsões (todas erradas) sobre o Brasil, estranho é ainda darem tanto crédito pra Krugman. Hahahaha 

Edit. Comecei a ler. Como ele defende desvalorização da moeda pra colocar manufaturados brasileiros pra exportação e abertura do Brasil no mesmo raciocínio? Se o Brasil abre, começa a importar mais bens e investimentos e insumos de produção. O dólar cai, modernizamos a indústria e aumentamos o investimento. Não sei qual a relação disso com as exportações de manufaturados. A menos que se refira a manufaturados de baixo valor agregado que produzimos, que não tem competitividade lá fora porque lá fora conseguem produtos melhores e mais baratos. O que não faz sentido, já que até estas indústrias dependem de importações pra produzir... Enfim, deixa pra lá. 

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PPela primeira vez, em 18 anos, a moeda chinesa está se desvalorizando perante o dólar. Tem seis meses. É só olhar a crise que tá começando lá. Desvalorizar moeda pra estimular economia que jeito? Se eles dependem de investimentos de fora, de insumos de fora? Nem faz sentido isso. 

EdiEditEdit. "

economista Patrick Chovanec.

Chovanec reconheceu que um iuan mais fraco pode refletir melhor a demanda atual do mercado de estimular as exportações, pois os produtos chineses ficam mais baratos, mas afirmou que um iuan valorizado serviria para um objetivo mais importante: promover uma "dolorosa" transformação da economia, afastando-se da manufatura de baixo custo e caminhando em direção ao consumo."

Você tá comparando vvalores nominais com valores reais? Como? Me explica isso aí. 

Vou checar o gráfico da moeda indiana perante o dólar e o ouro, pra saber sobre sua estabilidade. Não vou dizer sobre ela, já que não conheço.

Edit. Pesquisei rapidinho aqui, e achei um gráfico dos últimos 2 anos da rupia perante o dólar. A desvalorização da rupia no período foi menor que a desvalorização do real no mês de setembro. Me parece uma moeda bastante estável. Se é estável, favorece o cálculo econômico de investimentos externos. Mas vou procurar cotações diárias e de períodos mais longos pra poder afirmar. 

É natural que proporcionalmente a moeda indiana vá flutuar menos que o real nos últimos tempos (que desvalorizou-se demais), mas muito disso é porque já é uma moeda bastante desvalorizada (uma moeda fraca, nas suas palavras) e porque o país cresce forte (quando o Brasil cresceu forte em 2010/2011 o real se fortaleceu bastante, veja o que acontece com a rúpia apesar do crescimento do país). O real estava muito valorizado até pouco tempo e agora se desvalorizou além da conta por toda a situação discutida nesse tópico.

Tem outros exemplos, como a Indonésia:
USD-IDR-730-day-exchange-rate-history-gr

Eu até acho que você tem alguns pontos válidos com relação ao câmbio, mas o determinismo da frase ali está errado (tem uma série de fatores para determinar o crescimento).

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É natural que proporcionalmente a moeda indiana vá flutuar menos que o real nos últimos tempos (que desvalorizou-se demais), mas muito disso é porque já é uma moeda bastante desvalorizada (uma moeda fraca, nas suas palavras) e porque o país cresce forte (quando o Brasil cresceu forte em 2010/2011 o real se fortaleceu bastante, veja o que acontece com a rúpia apesar do crescimento do país). O real estava muito valorizado até pouco tempo e agora se desvalorizou além da conta por toda a situação discutida nesse tópico.

Tem outros exemplos, como a Indonésia:
USD-IDR-730-day-exchange-rate-history-gr

Eu até acho que você tem alguns pontos válidos com relação ao câmbio, mas o determinismo da frase ali está errado (tem uma série de fatores para determinar o crescimento).

Vou dar uma olhada na rupia Indonésia também. Mas pelo que vi, a economia teve forte desaceleração nos últimos dois anos, o que converge com o gráfico da cotação. Verei na época da forte expansão do PIB deles, como se comportava a moeda. Perante o dólar e perante o ouro. Vou sobrepor os gráficos de valorização cambial, cotação do ouro e expansão econômica.

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Vou dar uma olhada na rupia Indonésia também. Mas pelo que vi, a economia teve forte desaceleração nos últimos dois anos, o que converge com o gráfico da cotação. Verei na época da forte expansão do PIB deles, como se comportava a moeda. Perante o dólar e perante o ouro. Vou sobrepor os gráficos de valorização cambial, cotação do ouro e expansão econômica.

"Desacelerou". De 2010 para cá: 6,2%, 6,2%, 6%, 5.6% e 5%. Seria bom o Brasil desacelerado assim hahaha.

Outro exemplo que lembrei agora, a Argentina no final do câmbio fixo (e forte) teve momentos de crescimento e momentos de recessão. E depois que liberaram o câmbio também tiveram momentos de crescimento e de recessão hehehe.

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"Desacelerou". De 2010 para cá: 6,2%, 6,2%, 6%, 5.6% e 5%. Seria bom o Brasil desacelerado assim hahaha.

Outro exemplo que lembrei agora, a Argentina no final do câmbio fixo (e forte) teve momentos de crescimento e momentos de recessão. E depois que liberaram o câmbio também tiveram momentos de crescimento e de recessão hehehe.

Se você olhar a demografia da Indonésia, verá que essa expansão é bastante razoável. (a demografia explica porque não veremos desemprego na casa dos dois dígitos facilmente no Brasil, mais, como na década de 90...ela mudou muito no últimos 20 anos).

E a Argentina não tinha um "câmbio fixo", ela tinha um Currency Board. Que foi atrapalhado pela crise da década de 90, que o Governo Argentino fez o favor de cagar no CB, que levou ao descrédito do sistema e fuga de capitais, que fizeram o CB perder seu sentido. O Governo tinha duas opções: dolarizar a economia (a melhor delas) ou forçar o uso do Peso e desvirtuar o Currency Board (a pior opção). Escolheram a segunda, os investidores internacionais fugiram e cagou a economia toda. Em resumo, foi isso.

Sou fã do Currency Board e odeio Bancos Centrais. A história da economia argentina eu sei bem, neste período...

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Se você olhar a demografia da Indonésia, verá que essa expansão é bastante razoável. (a demografia explica porque não veremos desemprego na casa dos dois dígitos facilmente no Brasil, mais, como na década de 90...ela mudou muito no últimos 20 anos).

E a Argentina não tinha um "câmbio fixo", ela tinha um Currency Board. Que foi atrapalhado pela crise da década de 90, que o Governo Argentino fez o favor de cagar no CB, que levou ao descrédito do sistema e fuga de capitais, que fizeram o CB perder seu sentido. O Governo tinha duas opções: dolarizar a economia (a melhor delas) ou forçar o uso do Peso e desvirtuar o Currency Board (a pior opção). Escolheram a segunda, os investidores internacionais fugiram e cagou a economia toda. Em resumo, foi isso.

Sou fã do Currency Board e odeio Bancos Centrais. A história da economia argentina eu sei bem, neste período...

Mas é isso que eu estou te falando, cazzo. A moeda pode adicionar ingredientes a explicação, mas tem outros fatores (como a demografia).

O "currency board" argentino era meio gambiarrado, mas na prática garantia estabilidade da moeda e um peso valorizado (vide as legiões que vinham para o Brasil gastar). A questão é que ela oscilou nesse período. E depois no segundo período oscilou também (momentos de grande crescimento e de grande retração).

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Câmara aprovou hoje a "desaposentadoria", a situação da previdência tá boa, vamos foder mais ela haha.

Apesar dos sucessivos apelos do governo federal contra projetos que representem aumento de gastos, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (30) a chamada "desaposentação", que é a possibilidade de as pessoas que continuaram trabalhando após a aposentadoria pedirem, após cinco anos de novas contribuições, o recalculo de seu benefício.

Importante parabenizar o PSDB, com 39 votos favoráveis a isso (de 39 votantes).

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Mas isso eu sou a favor Salvaro...

Se tu segue contribuindo pode ter o benefício revisto sim... Não vejo mal nisso, se não pudesse fazer essa correção, por que motivos o trabalhador deveria seguir contribuindo?? A contribuição não é justamente pra que ele tenha direito a aposentadoria???

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Câmara aprovou hoje a "desaposentadoria", a situação da previdência tá boa, vamos foder mais ela haha.

Importante parabenizar o PSDB, com 39 votos favoráveis a isso (de 39 votantes).

Eu não manjo desse assunto, mas sei que o STF tá votando isso aí, algum ministro pediu vista. A decisão da Câmara pode "derrubar" uma decisão contrária do STF?

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Eu não manjo desse assunto, mas sei que o STF tá votando isso aí, algum ministro pediu vista. A decisão da Câmara pode "derrubar" uma decisão contrária do STF?

Se a decisão do STF for em controle de constitucionalidade (tipo a decisão sobre o financiamento empresarial das campanhas), uma nova lei da Câmara, pra "derrubar" o que o STF decidiu, só se for uma Emenda Constitucional. Do contrário, a lei vai seguir sendo inconstitucional.

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