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[ESCOLA DO FUTEBOL] O que eu aprendi de futebol... E de Futebol Manager!


juliommc

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Há muito que sou um aficcionado e venho me deliciando com a proposta desse "game" fantástico. Acompanhei, desde as mais precoces versões, o desenvolvimento dessa extraordinária forma de "se perder tempo". 

Como fã, nos últimos anos, dediquei certa atenção às mais diversas críticas publicadas a respeito do jogo e venho notando uma certa incompreensão, principalmente no que diz respeito à complexidade da "IA" do software.

Não são raros os casos dos que desistem da diversão, por este motivo.

E é isso o que mais me fascina!

A cada nova versão, maior o realismo e dificuldade.

Estão, realmente, "dando o sangue" para que você possa sentir, em sua casa, a verdadeira emoção de ser "Manager".

A idéia desse tópico é compartilhar a minha visão a respeito dos aspectos táticos do jogo, levando em consideração o pouco conhecimento que possuo a respeito desse extraordinário esporte que é o futebol.

Pretendo dividir com vocês, na medida do possível, aquilo que pesquisei a respeito do "game" e o que entendo de futebol, de uma forma geral.

Espero que essa contribuição mantenha ou renove o interesse daqueles que, em algum momento, pensaram em desistir dessa maravilha.

 

Vamos lá...

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  • Leho. mudou o título para [ESCOLA DO FUTEBOL] O que eu aprendi de futebol... E de Futebol Manager!
  • 2 semanas atrás...

ESTRUTURAÇÃO DO JOGO – AS FASES DA PARTIDA

(a importância da flexibilidade)

 

De uma forma geral, a partida de futebol pode ser dividida em quatro fases. São elas:

1.     Seu time tem a bola e o oponente está organizado na defesa (fase de organização ofensiva) – aqui, o importante é valorizar a abertura da equipe, ocupando o maior espaço possível no campo, sem que isso distancie por demais os jogadores, o que dificultaria a manutenção da posse de bola. Em suma, é necessário criar largura e profundidade de alguma forma; e na medida certa. A partir de então, o jogo é construído com passes mais curtos, precisos e, preferencialmente, em um ritmo mais intenso. Esse processo leva a equipe ao campo de ataque de forma organizada. Entretanto, isso não garante sucesso na criação de jogadas que possam resultar em gol, principalmente contra uma defesa eficiente e bem posicionada. É necessário incentivar a mobilidade individual, para abrir espaços no campo adversário e, posteriormente, se utilizar desses “buracos” defensivos, como âncoras, para a concretização satisfatória do processo ofensivo. A mobilidade é que cria as possibilidades de rupturas, triangulações, sobreposições (“overlapping”) e passes em profundidade, que podem resultar em gol.

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ORGANIZAÇÃO OFENSIVA - FASE 1

2.     O oponente recupera a posse e seu time está desorganizado na defesa (fase de transição defensiva) – aqui, é importante decidir pela execução ou não de “counter-pressing”. De qualquer forma, o espaço do oponente deve ser reduzido, de forma a atrasar a transição ofensiva do adversário (“delay” ou temporização). Ao mesmo tempo, é necessário que a equipe transite rapidamente do campo ofensivo para a defesa e que os jogadores alcancem suas posições defensivas “ideais”, definidas pela formação previamente escolhida.

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TRANSIÇÃO DEFENSIVA - FASE 2

3.     O oponente tem a bola e seu time está organizado na defesa (fase de organização defensiva) – agora o objetivo é recuperar a bola. Para isso, a equipe deve reduzir profundidade e largura, formando um bloco defensivo compacto. Assim, o espaço efetivo de jogo do adversário se reduz, as linhas de passe são bloqueadas e o desarme se torna possível.

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ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA - FASE 3

4.     Seu time recupera a posse e o adversário está desorganizado na defesa (fase de transição ofensiva) – nesse momento surgem as possibilidades de contra-ataque. Conhecer as deficiências do adversário pode ajudar a decidir entre um estilo de jogo mais direto, com passes longos e em profundidade, ou um ritmo mais lento de construção. É possível, ainda, valorizar a velocidade na transição, mas jogando com passes mais curtos e um ritmo mais intenso. Caso o oponente seja eficaz e veloz na recomposição, a posse precisa ser assegurada, levando o time de volta à fase 1.

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TRANSIÇÃO OFENSIVA - FASE 4

Trazendo esses conceitos ao FM, penso da seguinte forma:

Ao elaborar um plano de jogo para determinada partida, o treinador deve sempre considerar como sua abordagem em determinada fase do jogo pode ajudar ou prejudicar uma outra fase subsequente. Assim, a forma como uma equipe se comporta na fase de organização defensiva deve sempre levar em conta o modelo escolhido para a fase de transição ofensiva. De forma prática, se opta por passes longos, diretos e rápidos na transição (contra-ataque), é melhor utilizar um bloco defensivo mais baixo. Isso atrai o adversário para o seu campo e cria, atrás da defesa contrária, o espaço necessário para a implementação do plano proposto.

É importante, ainda, entender como o adversário se comporta em cada uma das fases citadas. Isso ajuda a prevenir desastres defensivos e definir melhor o seu plano para determinada partida.  É inútil ir a campo sempre com a mesma formação e os mesmos jogadores, executando os mesmos papéis e funções pré-definidas.

Uma boa prática é analisar separadamente cada adversário e fazer as adaptações ofensivas e defensivas necessárias para cada embate. Isso pode ser feito com o auxílio das inúmeras ferramentas estatísticas fornecidas pelo “game”. É possível e indispensável, na maioria das vezes, identificar as fraquezas e qualidades (individuais e coletivas) do adversário, nas diversas fases do jogo.

Assim, por exemplo, se você constata que a maioria das assistências para gol surgiram pelo lado esquerdo do ataque adversário, é necessário proteger este setor de alguma forma. Isso pode ser feito trocando seu lateral direito titular (mais adequado a uma função ofensiva) por um outro que defenda melhor. Eventualmente, a simples mudança da função do jogador (de atacar para apoiar ou defender) já resolve o problema.

Uma outra situação que pode servir de exemplo: você opta, na maioria de suas partidas, por jogar em um 4-2-3-1 com pontas. Acontece que, em determinada partida, seu adversário utiliza o 4-1-3-1-1 (aquele 4-5-1 em forma de cruz) e fica com a posse de bola pelo meio. Por mais que você esteja relutante, é necessário mudar a formação, passando a atuar, por exemplo, em um 4-2-2-2 “quadrado”. Isso porque de nada servirão os 4 atletas mais ofensivos de sua formação original, se você não for capaz de destruir a posse do adversário.

Concluindo, penso que essa abordagem mais flexível, que valoriza o conhecimento do adversário, é o fator que mais impacta nos resultados do treinador e equipe, ao longo das temporadas. Foi quando comecei a valorizar essa conduta, que consegui uma melhoria significativa em termos de resultados. Curioso é que, antes dessa mudança, eu conseguia, em um ou dois dias, concluir uma temporada inteira. Atualmente, não é raro que eu leve de 2 a 3 horas na preparação e condução de uma única partida. Até porque, hoje, penso ser indispensável assistir à cada partida por inteiro. E isso consome tempo.

Mas, só para constar, o jogo ficou bem mais interessante, na minha opinião.

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