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Agropecuario, a revolução da soja que quer chegar à Primera División


VitorSouza

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(Notícia original de 06/out/2017)

Club Agropecuario Argentino é o nome oficial da jovem instituição fundada a 23 de agosto de 2011 em Carlos Casares. Mas todos o conhecem como Agropecuario. Nasceu com um grande respaldo: o empresário da soja Bernardo Grobocopatel, dono e presidente, decidiu investir forte para dar forma a sua enorme paixão por futebol. E o Agropecuario, desde o seu início, apostou na contratação de jogadores reconhecidos e por acessos com uma rapidez assombrosa.

Acaba de fazer sua estreia na Primera B Nacional e já prematuramente, embora dê seus primeiros passos nessa nova experiência, não é pouco caso incluir a equipe entre os candidatos ao acesso. Estreou como visitante contra o Flandria, saindo de Jáuregui com uma vitória de 1x0 com gol de um de seus reforços, Mauricio Romero, volante que já jogou no Lanús, Colón, Gimnasia y Esgrima de La Plata e clubes mexicanos (Morelia, Atlante, Puebla e Dorados de Sinaloa), além de uma passagem pela Seleção Argentina sub-20.

Na apresentação seguinte, superou o Guillermo Brown de Puerto Madryn por 2x0. Melhor início, impossível: 6 pontos de 6 possíveis, 3 gols a favor e nenhum contra. Desta maneira estendeu o seu recorde: as estreias do Agropecuario em torneios nacionais sempre foram com vitórias. O Time da Soja ganhou seus primeiros jogos no Torneo Argentino C (4x1 no Argentino de Trenque Lanque), Argentino B (1x0 no El Linqueño), Federal A (1x0 no Alvarado), Copa Argentina (5x1 no Club Mercedes) e agora na Primera B Nacional (1x0 no Flandria).

Junto de Mauricio Romero chegaram outros futebolistas com histórico na Primera como Facundo Parra (ex-Chacarita Juniors, Independiente, Atlético de Rafaela, Santa Cruz de Recife e outros clubes estrangeiros), Fabián Assmann (ex-Independiente, Quilmes, Vélez Sarsfield e Las Palmas), Cristian Llama (ex-Arsenal de Sarandí, San Lorenzo, Newell's Old Boys, Colón e Aldosivi, além do Catania, Fiorentina e Veracruz), e o paraguaio Hernán Villalba (ex-Newell's e Olimpia). Da temporada passada, permaneceram Eduardo Casais (ex-Boca Juniors, Olimpo e Arsenal, somado a clubes das divisões de acesso) e Cristian Barinaga (ex-Quilmes e Colón, e equipes do acesso).

José María Chaucha Bianco, ex-volante de Newell's, Racing de Córdoba, Independiente (campeão em 1988-89), Gimnasia y Esgrima de La Plata (campeão da Copa Centenario de 1993) e Arsenal, e com uma extensa trajetória como técnico, chegou ao Agropecuario no início da temporada passada, após comandar o Gimnasia y Tiro de Salta. E, por essas casualidades, foi a equipe de Salta que colaborou para o acesso da equipe de Carlos Casares para a B Nacional.

Na última rodada do pentagonal do último Torneo Federal A, o Agropecuario, líder invicto com 3 vitórias e 1 empate, folgava, e para ser promovido dependia do Gimnasia y Tiro, que deveria ao menos empatar com o Gimnasia y Esgrima de Mendoza. Uma vitória dos mendocinos forçaria um jogo desempate, mas os saltenhos ganharam por 1x0, e o Time da Soja festejou à distância. A outra vaga de acesso foi preenchida pelo Atlético Mitre, de Santiago del Estero.

Bianco tinha outros dois acessos em seu currículo: com o Tiro Federal de Ludueña para a Primera División, em 2005, e com o Guaraní de Antonio Franco para a B Nacional, em 2015.

"Agora o sonho não é de poucos, e sim de toda a cidade e a zona", declarou Grobocopatel, na coletiva de imprensa de apresentação oficial em Carlos Casares.

O presidente do Agropecuario falou mais: "transformamos uma linda cancha do Federal B em um lindo estádio da B Nacional", em referência ao estádio Ofelia Rosenzuaig, batizado em homenagem a avó do empresário.

"Estou contente pela cidade, o grupo é muito bom e espero poder deixar toda a minha experiência. Não tem preço você estar a 3 minutos do treinamento, você acorda, toma um mate e chega ao campo", disse Fabián Assmann, que ainda não estreou em seu novo clube.

"Quando começamos o projeto, sempre pensamos em fazer o melhor possível. Nesta nova divisão, vamos nos segurando graças aos resultados positivos", declarou Chaucha Bianco. "Arrumamos uma equipe", agregou o treinador, "para ser um rival duro para todos. Não é uma surpresa para nós, embora tenhamos os pés no chão. Todos os jogos, até o final, serão difíceis".

Carlos Casares, cidade a oeste de Buenos Aires, a 315km da Cidade Autônoma, com apenas 18 mil habitantes, tem como maior orgulho esportivo o piloto Roberto Mouras (1948-1993), tricampeão da Turismo Carretera. Agora, o futebol, da mão da revolução da soja, quer ser outra marca registrada desta cidade agrícola. E ainda sonha jogar contra Boca e River.

Clarín, traduzido por Chad/VitorSouza

O Agropecuario chegou para esta pausa de verão na Argentina com 21 pontos em 11 jogos, na 4ª colocação da B Nacional, um ponto atrás do líder Atlético Rafaela, que também tem um jogo a mais. Entre eles, estão também com 21 pontos o Almagro (12 jogos) e o Villa Dálmine (11 jogos). Seguem também na briga o Juventud Unida de Gualeguaychú (21 pontos em 12 jogos) e o Aldosivi (20 pontos em 12 jogos).

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      Segue o excelente texto do site FutebolPortenho:
      Cem anos de Mil Listrinhas: Los Andes, um clube de acessos com avô, pai e filho (futebolportenho.com.br)
       
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