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O Museu da Seleção e a arte brasileira de esconder o que é bom


Iagotta

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O Museu da Seleção e a arte brasileira de esconder o que é bom

Certa vez, ouvi de um colega jornalista a frase: “O Brasil é um Rei Midas às avessas: quando encostamos no ouro, ele vira lata”. Achei a afirmação exagerada. Nós já aperfeiçoamos muitas invenções estrangeiras. Veja, por exemplo, nossa indústria aeronáutica… Ops! O inventor do avião era daqui também .

Mas, sem ufanismo nem complexo de vira-latas, precisamos admitir que há inúmeras ideias boas que nós já estragamos ao importar. Ou, ainda, que algumas vezes tratamos como “lata” aquilo que é “ouro”, a exemplo do caso que conto a seguir.

Algumas semanas atrás, viajei ao Rio de Janeiro a trabalho. Como teria um domingo inteiro livre, decidi buscar algo que fazer. Bondinho do Pão de Açúcar? Já conheço. O Cristo Redentor? Idem. Praia? Até poderia ser… Mas, eu queria algo que só existisse no Rio. Algo que eu não tivesse chance de ver ou curtir em nenhum outro lugar.

Como sou fanático por história, joguei no Google os termos “museu” e “Rio de Janeiro” e lá veio uma ampla lista de resultados. Excelente! Museu da República, Museu do Amanhã, Museu Nacional… Era um sem fim de opções. Foi quando vi, lá no fim da lista, um link para um tal “Museu da Seleção Brasileira”. Que diabos é isso? Eu nunca tinha ouvido falar.

Resolvi arriscar. Afinal, eu comando um blog de turismo esportivo. Talvez esse tal “Museu da Seleção” desse uma notinha… E lá fui eu para uma pequena viagem até a Barra da Tijuca, junto à nova sede da Confederação Brasileira de Futebol, onde constava o endereço do museu.

Desci do Uber e não havia nenhuma placa. Também não havia nenhuma pessoa. Só a entrada do prédio da CBF, com um segurança na guarita. Tudo deserto. Pensei: “Devo estar no lugar errado”. Ou talvez esse museu não existisse mais, estivesse fechado, sei lá…

Perguntei ao segurança e, para minha surpresa, ele disparou: “Sim, o Museu é aqui mesmo. A entrada é ali atrás”. Menos mal. Não fui tão longe à toa.

Ao me aproximar, da recepção, comecei a ficar intrigado. O lugar era simplesmente lindo. Cheirando a novo. Com cara de hall da fama à moda dos EUA.

ngresso comprado a R$ 22, entrei, acompanhado de um guia particular. Sim, você leu direito. Cada visitante (ou pequeno grupo de visitantes) é acompanhado por um guia por toda a mostra.

A primeira parada foi o auditório da CBF, onde é exibido um filme de 10 minutos sobre a história da Seleção Brasileira. Achei que fosse me aborrecer – afinal, eu ando meio brigado com o futebol há uns 20 anos. Só que o filme é tão bem feito e tão emocionante, que saí dali arrepiado, com uma sensação que não tinha desde os anos noventa, quando eu ainda gostava muito do “soccer”.

Detalhe: naquele auditório para 250 pessoas, estavam apenas eu e o meu guia. Isto num domingo, às 11h, na segunda maior metrópole do país, nossa capital turística. Ah, e com a cidade cheia de visitantes, já que era feriado prolongado.

Continuei a visita guiada por aquele prédio deserto e, para não me estender muito neste texto, vou resumir em tópicos:

– O museu é grande e muito completo;
– A tecnologia é de cair o queixo (confira no vídeo);
– Existem diversas preciosidades, como camisas usadas pela Seleção na década de 1920;
– A exposição é para todas as idades, tudo muito interativo e moderno;
– Os guias são excelentes;
O conteúdo não endeusa a CBF ou seus dirigentes (só faltava, né?), mas sim o futebol.

Enfim, um museu como os melhores que já vi mundo afora. Só que estava às moscas! Fiquei quase duas horas por ali e apareceu apenas um casal de mexicanos.

Agora, eu questiono: você, leitor, sabia da existência do Museu da Seleção Brasileira? Pergunte aos seus conhecidos isso. Aposto que 90% nunca ouviu falar. E não se trata de uma novidade. Ele foi inaugurado logo após a Copa de 2014 (aliás, a bola fora já começou quando atrasaram a inauguração do museu e perderam a oportunidade de tê-lo aberto para as centenas de milhares de fanáticos por futebol que foram ao Rio ver o Mundial)!

Resumo da ópera: quando um museu dessa estirpe é criado e ninguém o divulga, ninguém o conhece, um sinal amarelo se acende… É culpa da CBF? Muito provavelmente. É culpa da mídia? Idem. É culpa dos órgãos de turismo do Rio de Janeiro? Também.

É culpa sua, fã de esporte?

Não. Pelo menos não era até este momento. Mas, agora que você já sabe, só não vai conhecer o museu se não quiser.

http://generalmanagers.com.br/o-museu-da-selecao-e-a-arte-brasileira-de-esconder-o-que-e-bom/

No link tem imagens e vídeos do museu, parece ser um belo lugar.

Fica a dica pra quem é do Rio ou pra quem vai dar uma passeada por lá. 

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Poxa, legal isso aí. Nunca tinha ouvido falar (como todo mundo, provavelmente). Se um dia for pro Rio, entra na lista de coisas a fazer. 

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Também nunca tinha ouvido falar desse Museu, parada obrigatória pra qualquer amante do futebol.

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Nem eu do Rio conheço direito esse museu, já ouvi falar apenas que fica na nova sede da CBF. Me lembro que até foi feito uma divulgação na época da Copa, mas depois o museu sumiu.

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    • Thiago_Marques
      Por Thiago_Marques
      Gostaria primeiro de me apresentar. Sou Thiago(a.k.a. ReiShaman ou, antigamente, Tarantino), jogador de Football Manager desde o FM06. Passei muito tempo nos fóruns do Orkut jogando, discutindo e até entrando na LFM B por um tempo. Fiz algumas histórias em outro fórum (aparentemente, alguns daqui devem conhecer) no Itaporã e no Americano. Essa segunda, do Americano, me fez ter vontade de fazer uma parecida com essa por aqui, mas dessa vez em São Paulo. Era uma história do time em conjunto do técnico. Mais coisas serão esclarecidas com o tempo, não se preocupem! Aviso rápido antes de começar: essa é uma obra de ficção que cita pessoas reais, mas os acontecimentos são falsos. Também terá linguajar adulto. Obrigado a todos e agora vamos a história!
       
      Prefácio – O Garoto Mimado
         A memória que explica minha infância se passou quando tinha nove anos de idade. Era meu aniversário, dia 4 de Maio de 1996. Estava acompanhando quase que diariamente o desenho do X-Men, aquele classicão. Meu pai entra na sala, desliga a TV. Esperava finalmente meu presente dos sonhos: a coleção dos bonecos da série. Falei isso durante toda a semana pra ele. Mas o vi de mãos vazias.
         Meu pai é o Hernesto Silva Souza, dono da Hern And Esto, um chocolate que ganhou popularidade em vários países pelo mundo e fez de minha família completamente rica. Doutor Hernesto, como era chamado pelos outros (mesmo não sendo doutor, já que nem estudar estudou) se fez sem a ajuda de ninguém. Tudo o que conseguiu, conseguiu por mérito próprio. E gostava de esbanjar. Morávamos em uma mansão gigantesca, parecia uma daquelas casas de nobre da Inglaterra. De tão grande, nem todos os quartos eu entrei. Não por proibição, mas pelo absurdo tamanho mesmo. Nele viviam muitos empregados, da cozinha até a entrada.
         Quando meu pai chegou, desligou a TV e me chamou.
         - Filho – disse, em um tom calmo e sereno que sempre demonstrou – Seu presente de aniversário, virá quando você descobrir a charada.
         - Charada? – perguntei incrédulo.
         - Sim. Você encontrará seu presente com quem descobriu o Brasil.
         Não entendi. Fiquei com cara de interrogação. Ele saiu sem dizer uma palavra, nem meu choro de querer o presente ele se importou. Quando fiquei irritado e fui atrás do presente, comecei a revirar a casa toda. Não achava. Tinha que descobrir o maldito enigma. Fui atrás de meu pai. Não o achei em lugar algum.
         Caindo a noite, ficava cada vez mais irritado. Até que esbarrei com Seu Pedro, que cuidava do andar de baixo. 
         - Não, não vou contar – disse Seu Pedro. Peguei o balde que ele carregava e joguei ao chão. Comecei a chorar e ameaça-lo.
         - SE NÃO ME CONTAR EU FALO QUE VOCÊ ME BATEU! – gritei. Estava acostumado a ganhar tudo na base do grito. Seu Pedro, temendo pelo seu trabalho, me disse a resposta. Por um momento achei que fosse com ele, pois seu nome é o mesmo do português que chegou ao Brasil, mas era com o silencioso rapaz da portaria. Peguei o presente, abri e lá estava os meus bonecos dos sonhos. Meu pai nunca soube que eu consegui ele na base do ‘poder’ que tinha sobre as outras pessoas.
         Mais pra frente, quando já tinha meus 20 anos, fui mandado para a Inglaterra fazer faculdade. Escolhi Educação Física pois ‘achava mais fácil’ e era minha matéria favorita na escola. Não queria trabalhar, queria esbanjar o dinheiro que (meu pai) tinha. Nem ao menos fiz os estudos, devo ter ido na aula umas 10 vezes, todas para saber aonde será a próxima festa. Paguei um outro rapaz pra fazer os trabalhos e as provas pra mim. Basicamente comprei o diploma. Quando terminei a faculdade, resolvi estender um pouco mais a estadia, apesar de meu pai já se encontrar fortemente debilitado. Uma semana antes da volta, veio a falecer. ‘Já era, ganhei uma bolada do velho’ pensava. Voltei ao país apenas para ver o funeral do coroa. Estavam todos os empregados lá, inclusive Seu Pedro. Após o enterro, veio a hora do testamento. Fui chamado em uma sala com o advogado de meu pai, o Doutor Peçanha.
         - Veja só – disse Peçanha – Seu querido pai fez o testamento e aqui irei lê-lo.

      “Filho. Por anos eu fiz o pior para você. Eu o criei, pensando que fosse ser um homem digno, mas não passa de uma criança irresponsável. Descobri que toda sua vida, você mentiu para mim. Pagava para os outros fazerem seu dever, chantageava os oprimidos por conta do seu poder, do dinheiro. Pois bem. Para arrecadar todo o dinheiro e a fábrica, você tem que fazer um trabalho. O Peçanha tem uma lista com conquistas que você deve fazer. Torço, desde sempre, pelo Francana. Sempre patrocinei o clube. Com algum dinheiro, consegui fazer com que eles chamassem você para ser técnico do clube. Lá, você deve conseguir as conquistas que separei, a quais você não descobrirá até fazê-los, para ficar com o dinheiro que herdaria. Não será de forma fácil. Agora você vai ter que trabalhar. HÁ!”
      Assinado: Hernesto Silva Souza

         - PORRA! Como assim? Me dá meu dinheiro, Peçanha!
         - Nada disso. Seu pai deixou bem claro!
         - Então me dê a lista do que fazer! Se não...
         - Você vai ser burro o suficiente pra ameaçar um advogado? – disse, com um sorriso maroto.
         Não continuei a briga. Fui atrás do Francana ver que porra de história é essa. E assim começou a minha história.
      FIM DO PREFÁCIO.

      Breve Resumo - Associação Atlética Francana
       

      Apelido: Veterana
      Mascote: Feiticeira

      Estádio: Estádio Municipal Doutor José Lancha Filho. Para os mais íntimos, 'Lanchão', com 18 mil lugares (segundo FM23)
      Títulos: Série A2 do Paulistão em 1977
      Jogadores notórios: Geninho (sim, o técnico), William (ex diretor de Corinthians, Santos e Bahia), Assis (ídolo do Fluminense) e Tonho Rosa, maior ídolo do clube. Inclusive esse, uma vez, ficou tão irritado com um pênalti que se aposentou do futebol. Fonte: página do Francana no facebook).
      O Técnico:

      Informações importantes:
      (em construção)

      Estou utilizando uma database com Seletiva para Série D e Estaduais até a Quinta Divisão.
      Não estou utilizando editor ou Genie Scout mas não é um 'save ultra hardcore difícil pra caramba', tá mais pra um save 'difícil pra caramba'. Em breve o Capítulo 1! Não estarei utilizando também as regras da LLM.
       
      Conquistas do Dr. Hernesto:
       
      EM CONSTRUÇÃO.
    • Leho.
      Por Leho.
      Morreu o maior jogador desse esporte, seu legado deverá sempre ser lembrado e enaltecido, pra que não surjam os "oportunistas de plantão" ao longo das próximas décadas pra contestar e/ou diminuir seus feitos e conquistas.
      Morreu Pelé, eterno Rei do Futebol. 😔
    • Henrique M.
      Por Henrique M.
      Primeiro tempo bem ruim do Brasil, muito engessado novamente. Acho que a preparação toda contou com a ideia de que a Croácia ia retrancar, mas, todo mundo sabe que não é assim que os croatas jogam. Alternam momentos de pressão e sabem quando tem que se defender. Enquanto isso, os únicos que estão se movendo do engessado jogo de posição do Tite são o Neymar e o Danilo.
      E grandes intervenções do TS no final da primeira etapa. Tenho dó de quem não gosta por causa de 2014.
      Vini apagado graças ao grande jogo do Juranovic na direita, marcando muito e ainda aparece nas costas do Vini para infernizar.
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      Por Ibarra
      Descobri aqui neste FM22 jogadores e staff que estão faltando no Mengão e que deviam de reportar com a SI para os colocar no FM23:
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