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Melhor técnico na Alemanha, Nagelsmann revela se inspirar em Cruyff, Guardiola, Klopp e Hitzfeld


Visitante João Gilberto

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Melhor técnico na Alemanha, Nagelsmann revela se inspirar em Cruyff, Guardiola, Klopp e Hitzfeld

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Julian Nagelsmann fez estreia na carreira de técnico de um time de primeira divisão aos 28 anos, quando assumiu o Hoffenheim em fevereiro de 2016. O clube estava em penúltimo na tabela da Bundesliga e faltavam 14 jogos para o fim do campeonato. Com a dura missão de escapar do rebaixamento, o jovem treinador conseguiu manter a equipe na elite alemã. Se na temporada passada o time quase caiu para a segunda divisão, atualmente o Hoffenheim está em quarto no Campeonato Alemão, zona que garante a classificação para a fase preliminar da Champions League. O surpreendente resultado com o clube fez com que ele ganhasse o prêmio da DFB (Federação Alemã de Futebol) como melhor técnico de 2016.

Apelidado de ‘Baby Mourinho’ pelo goleiro Tim Wiese, Nagelsmann é formado em Ciência do Esporte. O técnico atualmente com 29 anos contou quem são os treinadores que o inspiram: Johan Cruyff, Pep Guardiola, Jürgen Klopp e Ottmar Hitzfeld, todos pesos pesados do futebol mundial.

“Johan Cruyff foi um treinador de muito sucesso, assim como Pep Guardiola é agora. Jürgen Klopp também é fantástico. E admiro a forma como Ottmar Hitzfeld liderava. Mas você tem que encontrar a sua característica apesar de muitas inspirações”, disse Julian Nagelsmann em entrevista exclusiva à Trivela.

O técnico do Hoffenheim elogiou também o treinador do Borussia Dortmund, Thomas Tuchel. Ambos trabalharam juntos no Augsburg II em 2007 e 2008, quando Tuchel era técnico do time e Nagelsmann, zagueiro do clube. “Ele teve uma grande influência, principalmente quando eu era jogador. Ele foi o meu treinador no Augsburg e era muito sofisticado em cada treino. Tuchel melhorou muito desde então e tem feito um ótimo trabalho na Bundesliga nos últimos anos”, afirmou.

Nagelsmann, como a maioria dos treinadores, começou a carreira como atleta. Em 2006 e 2007, atuou pelo 1860 München II e, em seguida, passou a jogar pelo Augsburg II. Uma lesão no joelho fez com que ele se aposentasse. Decidiu seguir a carreira de treinador e voltou ao 1860 München II como técnico assistente do sub-17, clube que permaneceu entre 2008 e 2010. Em 2010, chegou ao Hoffenheim. Treinou o sub-17 (de 2010 a 2011) e sub-16 (entre 2011 a 2012). Em dezembro de 2012, quando tinha 25 anos, assumiu o cargo no Hoffenheim de técnico assistente de Frank Kramer. Voltou a treinar a base em 2013, só que desta vez o time sub-19.

O projeto era promover Nagelsmann para o time principal para temporada 2016/17. O Hoffenheim tinha anunciado em outubro de 2015 que o jovem treinador seria o substituto de Huub Stevens, que tinha contrato até junho de 2016. Porém, por conta dos problemas cardíacos, Stevens renunciou ao cargo em fevereiro de 2016 e o clube imediatamente nomeou Nagelsmann como técnico.

De penúltimo colocado, quando assumiu, ‘Baby Mourinho’ levou o clube ao 15º lugar na classificação final da Bundesliga.  O treinador falou o que fez para reverter a fase da equipe, além de comentar sobre a atual boa fase do time e sobre as suas inspirações na carreira.

Confira a entrevista com Julian Nagelsmann:

Quando você assumiu o Hoffenheim, o time estava na vice-lanterna do Campeonato Alemão. O que você fez para motivar os jogadores e escapar do rebaixamento?

Um dos fatores cruciais foi que eu implantei uma ordem que os jogadores nunca tinham experimentado, com dois dias de treino, antes da partida contra o Werder Bremen. Claro que tive que ser corajoso e deixar isso claro para a equipe. Mas eles logo perceberam que o treinador deles é um pouco louco e entenderam que o mais importante é a atitude de como encarar o desafio. Não só fiz com que os jogadores estivessem na sua melhor forma física, desde o jogo contra o Bremen, mas também melhorei a consciência deles. E ficou claro na cabeça deles que a gente pode [ganhar]. E, se vencêssemos, voltaria a confiança. E assim tudo começou.

O Hoffenheim está na zona de classificação para a Liga dos Campeões. Qual a expectativa do time sobre jogar a competição?

Claro que o clube está orgulhoso que conseguimos a classificação para a Liga Europa pela primeira vez na história do Hoffenheim. Temos quatro jogos difíceis e ainda não estamos garantidos na Champions League. Mas estamos focados em conseguir [vaga para a Champions].

Como é o seu relacionamento com os jogadores, tendo em vista que você é praticamente da mesma idade que eles?

Temos um relacionamento ótimo e aberto. Como temos quase a mesma idade, uma das vantagens é que eu consigo me colocar no lugar dos jogadores. Mas todos sabem que existe uma relação profissional de atleta/treinador. Não importa a idade. Mesmo quando eu era técnico do sub-19, não encontrava com os jogadores fora do ambiente de trabalho. É melhor eles aproveitarem o tempo livre sem mim. Sou o treinador e trabalho com eles no campo. Depois cada um segue o seu caminho.

O fato de eu ter assumido um clube da Bundesliga com 28 anos surpreende os estrangeiros. Mas tenho trabalhado como treinador há dez anos. Sempre tive noção de que, quando eu me tornasse técnico de um time da Bundesliga, seria bem novo comparado aos outros treinadores.

Como foi ter trabalhado com Thomas Tuchel?

Thomas Tuchel teve uma grande influência, principalmente quando eu era jogador. Ele foi o meu treinador no Augsburg e era muito sofisticado em cada treino. Tuchel melhorou muito desde então e tem feito um ótimo trabalho na Bundesliga nos últimos anos.

Você se inspira em qual treinador?

Há ótimos técnicos e cada um possui características diferentes, que você aprende algo só de assistir. Johan Cruyff foi um treinador de muito sucesso, assim como Pep Guardiola é agora. Jürgen Klopp é também fantástico. Admiro também como Ottmar Hitzfeld liderava. Mas você tem que encontrar a sua característica apesar de muitas inspirações.

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Nagelsmann, el entrenador del futuro: “Nuestros jugadores eran máquinas mentales, pero debíamos tomar un nuevo camino”
El técnico del Hoffenheim, el más joven de la historia de la Bundesliga, lleva al equipo del descenso a su primera Champions

P. Alemania, uno de los países de la filosofía, nunca abordó el fútbol de manera tan intelectual. Tal vez Ottmar Hitzfeld, un poco. Pero los entrenadores alemanes se han caracterizado más por ser motivadores, por su mentalidad ganadora, como Jupp Heynckes. Hoy hay una oleada de técnicos que cambió eso: usted, Thomas Tuchel, Joachim Löw…

R. El fútbol alemán siempre vivió a través de su mentalidad ganadora. Hemos ganado muchos campeonatos gracias a ello. Aunque no siempre hemos tenido a los mejores jugadores. Teníamos máquinas de mentalidad. La federación alemana (DFB) decidió que el fútbol no podía seguir así [fue después de la Eurocopa del 2000]. Otros países como España o Brasil nos habían adelantado, y debíamos tomar un nuevo camino. La DFB publicó una serie de nuevos requisitos y obligó a los centros de educación futbolística a modificar los contenidos para que los entrenadores obtengan el título. Pero no fue solo eso, también empezaron a controlar que los juveniles de cada club estuvieran siendo formados de esa nueva manera. Así se crearon, poco a poco, los nuevos centros de formación de donde salieron entrenadores como Thomas Tuchel, Hannes Wolf, como yo…

http://deportes.elpais.com/deportes/2017/04/29/actualidad/1493489945_659018.html

 

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