manchester city Guardiola no City, o teste final para a filosofia do “jogo de posição”

[nosredna]

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Guardiola no City, o teste final para a filosofia do “jogo de posição”

É oficial: Pep Guardiola será o treinador do Manchester City em junho desse ano, quando o contrato com o Bayern de Munique vence e Carlo Ancelotti assume em seu lugar. 

São vários os fatores que fazem esse ser o maior desafio da carreira de Pep: a Premier League joga sob ritmo frenético, com espaços reduzidos e muita velocidade em todas as fases do jogo. Além disso, Guardiola terá confrontos com times melhores que os médios da Espanha e Alemanha: United, Chelsea, Arsenal e Liverpool podem equilibrar as forças, e médios de tradição como Tottenham, Everton e Leicester representam um perigo maior que Mainz e Levante. 

Com os olhos voltados para o Etihad e os rios de dinheiro que Guardiola terá, é de se esperar que esse será o “teste final” da filosofia que encanta o mundo desde 2008: o “jogo de posição”. A troca de passes até cansar o adversário, o controle total do jogo e a marcação furiosa e sob intensa pressão dominou o mundo e fez grandes times virarem pó.

 

A ideia, confirmada pelo próprio Guardiola no livro “Guardiola Confidencial”, é simples: “colocar muitos jogadores em um curto espaço para eles passarem a bola entre si até chegar no último terço do campo. Lá, um passe deve ser feito para alcançar um jogador livre, geralmente aberto na linha de fundo”. O Painel Tático mostrou no texto de retrospectiva de 2015.

 

Esse modelo de jogo virou o futebol de cabeça para baixo. Sem a posse de bola e sem o controle de jogo, os adversários precisaram quebrar a cabeça para parar Messi e cia. Mourinho começou nos confrontos com o Real e Di Matteo “estacionou o ônibus” que Heynckes e Luis Enrique oficializaram como o “antídoto” para o jogo de posição: máxima intensidade, encurtamento total de espaços e muita, mas muita velocidade na transição ofensiva. Guardiola sofreu sua mais dura derrota assim, nos 4x0 para o Real Madrid de seu substituto, o igualmente genial Carlo Ancelotti.

 

O futebol mudou para sempre. Guardiola adaptou ideias de Sacchi, Bielsa e Cruyff e mostrou que o mais importante é a forma como se ocupa espaços, e não os números dos esquemas táticos. Mudou a concepção do jogador especialista para o jogador puro, que interpreta e lê o jogo. Estimulou adversários a criar modelos para pará-lo: o jogo reativo de Mourinho venceu várias Champions, e o “geggenpressing” de Klopp roubou alguns títulos na Alemanha - para nossa alegria eles se encontrarão novamente.

 

Tudo girando em torno do espaço e da velocidade com a qual ele é ocupado. Guardiola, no City, terá um elenco que nunca experimentou seu “idioma”, como chama suas ideias, e enfrentará times melhores, com jogadores melhores e novos modelos. O futebol agradece: a partir de 30 de junho.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/painel-tatico/post/guardiola-no-city-o-teste-final-para-o-filosofia-do-jogo-de-posicao.html

 

[Henrique M.]

Aguardando a opinião do @Vaz Bolado sobre o assunto. hahaha

[Roman]

O teste final. AHAHAHAHAHAHA

Os blogueiros estão desesperados por leitores, que isso.

[Raimundos]

 

Esse é um frame do gol do Corinthians no jogo do rebaixamento em 2007 contra o Grêmio, no Olímpico. Eu ainda não entendo como uma equipe tão bem disposta taticamente pode ter sido rebaixada.

Na imagem fica clara a aplicação tática imposta pelo nosso gênio indomável Nelsinho Baptista.

Clodoaldo penetra por dentro da defesa gremista como um raio, abrindo espaço (quadrado) para a infiltração surpresa EM VELOCIDADE de Vampeta, que já estava por lá na espera de um possível rebote ou um passe do Carlos Alberto para quem vinha de trás. Vejam como Clodoaldo puxa pra dentro a marcação e acaba abrindo espaço entre a dupla de zaga gremista (linha vermelha) facilitando o passe do negro maravilhoso Cazalbé.

A marcação em oval deixa explícito o trabalho tático da equipe. Aquela área não está vazia por acaso. Clodoaldo fez a movimentação para que aquela área ficasse livre para uma chegada mortal de Iran, lateral moderno que se joga ao ataque sempre que a equipe está com a bola. Iran não aparece no frame pois ainda estava engatando a segunda marcha próximo ao meio de campo, mas com certeza não deixaria a bola sair pela lateral caso Clodoaldo não alcançasse a bola e faria com que o time mantivesse a posse de bola no campo de ataque.

A imagem infelizmente não ajuda muito, pois Betão estava deitado no meio de campo para cortar qualquer tipo de passe rasteiro em um contra-ataque. Algo muito treinado naquela temporada.

Nelsinho lutava contra o futebol moderno, de compactação. Possuía um estilo próprio de jogo. Veja como apenas com dois jogadores ele consegue quebrar uma defesa bem posicionada e empatar o jogo.

[nosredna]

18 horas atrás, Vaz Bolado disse:

Betão estava deitado no meio de campo para cortar qualquer tipo de passe rasteiro em um contra-ataque. Algo muito treinado naquela temporada.

HAHAHA

Ai, ai... Só quero dizer que compartilhei a notícia! Só isso... As polêmicas eu deixo por conta de vocês!

[LeoHMatos]

Ansioso pra ver ele na PL, lá realmente será testado sua capacidade, porém terá a chance de ter qualquer jogador que o dinheiro comprar.

[Augusto.Zimmer]

guardiola sendo 'testado' rs

[LeoHMatos]

1 hora atrás, Augusto.Zimmer disse:

guardiola sendo 'testado' rs

Não era a intenção dar a entender isso, seria mais como um teste diferente referindo-se a campeonato nacional, querendo ou não, na Espanha e na Alemanha não tem uma disputa justa, são poucos times com chance de ganhar.