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Chile 0 (4) x (1) 0 Argentina - Chi chi chi, Le Le Le! Chile CAMPEÃO


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Chile x Argentina traz à tona disputas territoriais, rancor e uma rivalidade quase bélica

 
Por: Bruno Bonsanti

4 de julho de 2015 às 12:36

 

Houve uma época, duzentos anos atrás, que Chile e Argentina juntaram suas forças militares e políticas para enfrentar o Império Espanhol. Foi uma exceção no relacionamento entre os dois países, naquela época ainda muito novos para guardarem rancor. Dividindo mais de 5 mil kms de fronteiras, as disputas territoriais foram a semente das desavenças e criaram uma forte rivalidade entre chilenos e argentinos que será transferida para os gramados, neste sábado, na final da Copa América.

 

A linha divisória da Cordilheira dos Andes serviu perfeitamente para delimitar as fronteiras entre os países, mas a região sul mostrou-se um problema mais espinhoso, que exigiu 150 anos de tratados, mediações e cenários quase bélicos para ser resolvido. A disputa essencial do conflito era o Estreito de Beagle, um canal que abrange as ilhas Picton, Lennox e Nueva, liga o Atlântico ao Pacífico e separa as grande ilha da Terra do Fogo de outras pequenas ilhas ao sul. Além da importância estratégica, havia o interesse por recursos naturais como urânio e petróleo.

 

No século 19, a Argentina foi ficando incomodada à medida que o Chile avançava na região, o que culminou em um tratado de paz firmado em 1856, que estabelecia a posse dos territórios a quem os houvesse ocupado em 1810. Não serviu para muita coisa porque os dois lados continuavam a divergir nas interpretações. Em 1881, um novo tratado deu a soberania do local para o Chile, mas 25 anos depois, os argentinos voltaram a reinvindicá-lo.

 

Ignorar acordos de paz foi uma constante durante o conflito porque a resolução de 1960, que colocava as ilhas de Picton, Lennox e Nueva sob comando chileno, também não foi ratificado. Ele surgiu de uma série de conflitos entre os dois países na região, principalmente o da ilha de Snipe, onde o Chile construiu um farol para facilitar a navegação. Os argentinos destruíram-no e construíram um que eles pudessem chamar de seu. Os chilenos, naturalmente, destruíram o farol argentino para levantar mais um com as suas impressões digitais. Como você pode adivinhar, a infantaria naval argentina mais uma vez derrubou a construção chilena. Essa brincadeira quase levou as nações a entrarem em guerra, mas elas concordaram com uma trégua.

 

Como os papéis não estavam sendo respeitados, apelaram para a realeza. A Rainha Elizabeth II foi chamada para ser a mediadora do conflito e definiu, em 1977, que as três ilhas, mais Snipe, seriam chilenas, dando à Argentina a ilha de Becasses mais a livre navegação no canal. A decisão pró-Chile não foi aceita pelo outro lado. No ano seguinte, os argentinos declararam a decisão inválida e começaram a esboçar as vias de fato. De um lado, Rafael Videla. Do outro, Augusto Pinochet. As frotas estavam posicionadas em dezembro, e a argentina Operação Soberania estava com hora marcada. Começariam os bombardeios e as invasões ao Chile.

 

Mas a intervenção de João Paulo II, uma das primeiras ações do seu papado, colocou panos quentes nos impulsos bélicos de dois países muito católicos. Os argentinos chegaram a ocupar 5 kms de terras chilenas antes de recuar. O Acordo de Montevidéu foi firmado em 1979, mas a resolução final veio apenas em 1984, com o Tratado de Paz e Amizade, assinado na presença do papa. Nesse intervalo, o governo militar argentino precisava de outro inimigo para unificar o país e olhou para algumas ilhas que há anos eram território britânico.

 

A Guerra das Malvinas também serviu para acirrar os ânimos porque os chilenos, apesar de uma postura oficial neutra, ficaram ao lado do Reino Unido. Um ex-oficial da Força Aérea Real enviado ao Chile para negociar com Pinochet chegou a dizer que “sem a ajuda do Chile, teríamos perdido a guerra". O rancor pelo que os argentinos consideram uma traição fica claro na versão da torcida argentina de “Decime que se siente”, cantada várias vezes durante essa Copa América.

 

As autoridades chilenas estão naturalmente preocupadas com o confronto deste sábado, até porque a maior tragédia do futebol do país aconteceu justamente em um clássico envolvendo as duas seleções. Há 60 anos, a Copa América, também disputada no Chile, foi decidida por elas, que chegaram à última rodada empatadas em pontos. A organização decidiu vender ingressos no dia do jogo, o que causou muitos tumultos nos arredores do Estádio Nacional. Os portões cederam, e cerca de 20 mil pessoas invadiram as instalações, muitos ignorando e pisoteando colegas que tropeçavam. Houve 500 feridos e pelo menos sete mortes.

 

Essas lembranças continuam vivas na memória dos chilenos e a esperança é que nada de parecido aconteça no reencontro do Chile, em busca do seu primeiro título, com a Argentina, que precisa quebrar um longo jejum sem troféus. Que a grande rivalidade entre os países fique restrita ao campo e às arquibancadas, sem violência e exageros.

 

http://trivela.uol.com.br/chile-x-argentina-traz-a-tona-disputas-territoriais-rancor-e-uma-rivalidade-quase-belica/

 

 

Bônus:

 

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Os carsa são muito animais de colocar essas escalações por ordem numérica. QUEM SE INTERESSA, CARALHO? PUTA QUE PARIU!

 

Comecei só agora a assistir o jogo. Realmente é de longe a melhor final dos times que tavam disputando.

 

Chile tem time pra ganhar. Imagina gol do mito Vargas /viúva.

 

Chile tem bem mais conjunto. Mas nego tem Anão do outro lado. Isso pode fazer a diferença.

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Higuain.

 

O filho da puta ADORA perder gol feito em finais...

Porra, não tava fácil de fazer não. O passe do Lavezzi foi um pouquinho comprido, Higuaín ficou sem ângulo. Concordo que foi gol perdido, mas pelo passe comprido/falta de velocidade do Higuaín, ficou difícil a finalização.

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Porra, não tava fácil de fazer não. O passe do Lavezzi foi um pouquinho comprido, Higuaín ficou sem ângulo. Concordo que foi gol perdido, mas pelo passe comprido/falta de velocidade do Higuaín, ficou difícil a finalização.

 

É, eu sei... Até pensei em editar e falar isso, mas deixei pela zueira hahaha

 

Sobre o jogo, acho que a Argentina tá mais inteira.

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Difícil o caralho, maior gol de pelada ali. Além de ser lento deu o carrinho errado.

 

Foi exatamente o que pensei na hora. Era pra ele ter ido de lado na bola e arrastado a perna. Ia marcar certo.

 

E pensar que os torcedores do Liverpool tão torcendo pra ele vir por 40kk. Bom, eu também quero FIUSAHFIUSAFIIHSAUFSHAUIFSHAUIFSA

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mas relaxa gente, que mesmo se a bola fosse fácil ele também ia errar.

 

e do outro lado tem o Sanchez, que é bem esforçado mas joga no Arsenal, então já viu

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Essa disputa por penales tem tudo pra ser épica.

 

Não arrisco a dizer quem passa, tá muito impresivível o roteiro dessa final.

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Romero tá acertando sempre o canto. Chilenos tão convertendo aos trancos e barrancos.

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Os dois gênios que o Martino colocou em campo perderam os pênaltis, parabéns!

 

O maluco consegue ser mais lixo que o Sabella, é um deus esse cara. Foi patético no Barcelona, tá sendo patético na Argentina.

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Outra vez, Higuaín. Pode colocar a Copa de 2014 e a Copa América na conta dele. 

 

Espero que demitam o Martino, que com o material humano que dispõe não tem esquema tático, e contratem o Sampaoli. A disciplina tática que esse time do Chile mostrou é excepcional.

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