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Galford Strife

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  • Diretor Geral

Assisti no final de semana... e broxei.

Que filme fraco, na moral. Chega a ser bobo em vários momentos, com um roteiro que parece ter sido escrito por adolescentes. Do "esquadrão" mesmo, só dois personagens parecem ter destaque: Arlequina e Pistoleiro. O resto é relegado a uma coadjuvação ridícula, beirando ao supérfluo.

Arlequina vai bem, mas força a amizade no excesso de piadinhas. Pistoleiro é o personagem mais bem trabalhado (o que não é nenhum elogio também), e o Will Smith confirma isso com uma boa atuação. Mas de resto, pfff. Pífio.

Ah! E o projeto de Coringa então? Hahahahaha, completamente desconexo da trama, parece estar ali só pra fazer "par romântico" com a Arlequina mesmo.

Pra arrematar esse desastre de personagens, a vilã é pra lá de sem noção hahahahaha! Começa que ela surge de dentro do próprio esquadrão a ser recrutado, se vira contra a humanidade mas pouco nos mostra sobre "como" pretende tomar o mundo pra si. Ridícula, sem contar no design dela e de seu little brother, que é mais ridículo ainda. Não, sem brincadeira, teve cena que eu tive que rir de seus diálogos, hahahahaha.

Cenas de ação bagunçadas, roteiro fraco, muuuuuuito fraco. O pouco que se salva é a estética de algumas cenas e de alguns personagens, como o Crocodilo.

3.5/10

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  • Respostas 75
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Visitante João Gilberto

Só passei pra dizer: bem que avisei!

Um estúdio que se rende as críticas e muda totalmente a atmosfera de um filme com base na não aceitação esperada de outro, não merece outra coisa se não se foder lindamente. A DC está muito preocupada em ser Marvel, quando deveria simplesmente ser DC: sombria!

É isso que a galera que curte o selo gosta, da seriedade e peso das histórias, mas não, tomam como referência um modelo de sua concorrente e fodem com o que tem de melhor e que é sabidamente invejado pelos fans da Marvel: seus vilões!

Cara isso era algo tão previsível, que só sendo uma fanzete muito escrota pra não perceber que daria errado e ainda ficar defendendo com unhas e dentes.

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Pra quem é um cara que não conhece as histórias do quadrinhos e foi ver apenas para se divertir e passar um tempo, vale a pena. (valeu pra mim)

Mas pra quem curte e acompanha as histórias há anos, e esperava ver uma profundidade dos/nos personagens, um enredo elaboradão e tal, realmente deve ter ficado meio mal após ver o filme.

Não me arrependo de pagar pra assistir não, mas não pagaria pra ver de novo hahaha

by the way, Arlequina s2

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12 minutos atrás, Huk disse:

Pra quem é um cara que não conhece as histórias do quadrinhos e foi ver apenas para se divertir e passar um tempo, vale a pena. (valeu pra mim)

Mas pra quem curte e acompanha as histórias há anos, e esperava ver uma profundidade dos/nos personagens, um enredo elaboradão e tal, realmente deve ter ficado meio mal após ver o filme.

Não me arrependo de pagar pra assistir não, mas não pagaria pra ver de novo hahaha

by the way, Arlequina s2

Eu vou assistir nesse pegada tambem,não acompanho a historia nem nada,vou pela diversão e pela Arlequina

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Ah, e tem entrevistas do Leto boladão com os estúdios né. Diz que ele ralou pra caralho, fez muita cena, e acabaram usando muito pouco do que ele fez...

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Visitante João Gilberto
Agora, Huk disse:

Ah, e tem entrevistas do Leto boladão com os estúdios né. Diz que ele ralou pra caralho, fez muita cena, e acabaram usando muito pouco do que ele fez...

Muito pior, para mim, é a situação do diretor... o cara fez um filme com a cara dele e depois de tudo já feito, o estúdio vai lá, contrata a companhia que editou o trailer (ou seja, um trabalho de 3 minutos) e manda os caras editarem o filme (trabalho de 3h) com base na crítica do filme de Batman x Superman. Os caras fazem essa puta de uma cagada e é esse mesmo diretor que viu seu trabalho de anos ser escrotizado, que fica com cara de cu recebendo todas as críticas sem poder dizer um pio para não perder futuros trabalhos.

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Assisti no sábado e concordo de fio a pavio com o @Leho.. Não tenho o que acrescentar, pois exatamente o que disse para o amigo que foi comigo. E ainda pior foi a cena pós crédito. Não fez sentido algum aquilo. 

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Bom, pra eu que não acompanho os quadrinhos, serviu como diversão, bacana de assistir com a patroa. Eu curti demais as atuações do Will, da Margot (pqp, que deusa) e da Viola (essa muié é foda demais).

Agora, não vi nada demais no Coringa do Leto. Acho o cara um puta ator, mas sei lá, teve tanta falação em cima do personagem dele, fotos vazadas, imprensa especulando e...sei lá, não vi nada demais. Pode ser que tenham cortado muita coisa boa, mas sinceramente, a presença do Coringa nesse filme não fede nem cheira. Pode ser que role algo melhor na continuação.

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Éééééé estava empolgado pra ver no cinema, mas depois de toda as criticas vou conferir quando sair em uma qualidade boa na internet. Já basta ano passado eu ter ido na Pré-estreia do Quarteto Fantástico. 

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MInha opinião é que foi bom, mas poderia ter sido estupidamente melhor. Tipo: eu tinha uma expectativa lá na puta que pariu por tudo o que foi falado e visto antes do filme sair, mas uma expectativa bem baixa por todas as críticas e tudo o que foi falado depois que o filme saiu. Pra mim, o filme ficou entre esses dois pontos. Mas repito: poderia ter sido bem melhor.

Destaco as atuações de três atores: Will Smith, Margot Robbie e Viola Davis. Pra mim, foram bem pra caralho e levaram o filme nas costas. Os dois primeiros foram os mais bem trabalhados dentre os integrantes do Esquadrão e isso ajuda muito a eles conseguirem fazer o trabalho deles e mostrar serviço. A Viola conseguiu entregar TUDO o que se espera de uma Amanda Waller (do que eu conheço da Waller, ao menos).

Eu gostei, mas poderia ter sido muito melhor, como falei.

Ah, sobre o Coringa: gostei de como o Leto construiu o personagem, mas ele teve muito pouco tempo de cena e creio que as cenas cortadas prejudicaram bastante a construção do personagem na tela, pros espectadores. Fora que é como o @Leho. falou: ele tava totalmente desconexo. Não sei se culpa das cenas cortadas, mas ele parecia só mais um ali no meio, jogado de qualquer maneira no meio do filme pura e simplesmente pra atrair gente pro filme pelo nome/marca Coringa.

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Pra quem quiser, critica do filme no meu site (Nerdbucks), não fui eu que escrevi: http://www.nerdbucks.com.br/2016/08/critica-esquadrao-suicida.html

E uma matéria que eu fiz pro site Geek Blast falando sobre o que esperar da DC/Warner apos Esquadrão Suicida: http://www.geekblast.com.br/2016/08/o-que-esperar-da-dcwarner-apos-esquadrao-suicida.html

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Minha opnião!!!!Assisti duas vezes,terça legedando IMAX 3D e quarta dublado 3D

Considerações,IMAX absurdo,que qualidade,pena o preço caro demais!!!!Não senti necessidade de 3D no filmes,e a dublagem não deve em nada para o legendado,se bem que nada melhor que ouvir a voz original dos atores(se bem que ja to acostumado com o dublado do Will)

Sobre o filme,tambem fui na hype feita sobre o Coringa,porem ja tinha lido as criticas ,então tranquilo,sobre a historia,foi bisonha da maneira que ocorreu,do nada a Bruxa,se revolta e se vira contra o mundo(?) mas da pra passar,pois ela foi capturada né.

Ponto negativos:Qual a necessidade do cara que escalava tudo na historia?a cena dele,foi um soco,2 frases e morte???quem é,de onde veio,porque estavá ali?Muito destaque para DeadShot e Arlequina e os demais?O porque do bicinho rosa?

Pontos Positivos:Atuações,mano Will Smith representa demais!!!As poucas aparições do Coringa tambem foram insanas(heath ledger R.I.P)e uma caso a parte a Arlequina,boas sacadas,boas piadas,bom entrosamento com o Will,resumindo ela foi a principal atração ao meu ver do filme...um caso a parte,que sai um spin off dela e coringa.

No resumo para que não conhece a historia 8/10 pela hype do coringa e 9/10 para que foi curtir o filme.

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Assistam esse vídeo de fã, mto foda:

 

https://www.facebook.com/BRCrazyForGames/videos/vb.1697906040494235/1729277740690398/?type=2&theater

eh vídeo de face, por isso soh o link...

 

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Eu vi o filme tendo visto uns trailers aqui, sem entrar nem um pouco na hype, com expectativas baixas em razão de já ter ouvido gente falando mal e achei bem ok o filme. Gostei. Achei que algumas piadas da Arlequina ficaram meio soltas, teve uns "heros" que realmente não adicionaram em nada... mas foi bem legal. Não sei se é porque nunca espero obras de arte vindas de filmes de super-heróis...

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  • Diretor Geral
Em 18/08/2016 at 15:38, _Matheus_ disse:

(...) Não sei se é porque nunca espero obras de arte vindas de filmes de super-heróis...

Eu também não espero obras de arte, mas você achou "OK" o naipe da vilã do filme? Sério mesmo?

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53 minutos atrás, Leho. disse:

Eu também não espero obras de arte, mas você achou "OK" o naipe da vilã do filme? Sério mesmo?

Achei uma vilã poderosa que deu um tomé numa humana querendo dominar ela. Poderiam ter explorado mais a dupla? Talvez. Mas acho que o foco foi mais introduzir os maus-heróis do que tudo.

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  • Diretor Geral
2 horas atrás, _Matheus_ disse:

Achei uma vilã poderosa que deu um tomé numa humana querendo dominar ela. Poderiam ter explorado mais a dupla? Talvez. Mas acho que o foco foi mais introduzir os maus-heróis do que tudo.

Poderosa? Hahaha tá, tudo bem... mas a forma como ela "ostentou" o poder foi das mais babacas possíveis, né? Sem falar no plot dela, que saiu JUSTAMENTE de dentro do próprio Esquadrão, ou seja, tudo a ver também.

E se o foco era introduzir os "maus-heróis", sinto lhe informar então porque... eles só introduziram DOIS. Era esse mesmo o foco?

 

 

p.s: só pra frisar, eu fui pra sala de cinema com a mesma expectativa que você, cara (ou seja, nenhuma). Fui pra me divertir, tava com a patroa do lado, não tinha nenhuma neura com a DC e tals (e mt menos sou fanboy da Marvel). Mas me frustrei sim, puta filme mal feito.

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9 horas atrás, Leho. disse:

Poderosa? Hahaha tá, tudo bem... mas a forma como ela "ostentou" o poder foi das mais babacas possíveis, né? Sem falar no plot dela, que saiu JUSTAMENTE de dentro do próprio Esquadrão, ou seja, tudo a ver também.

E se o foco era introduzir os "maus-heróis", sinto lhe informar então porque... eles só introduziram DOIS. Era esse mesmo o foco?

 

 

p.s: só pra frisar, eu fui pra sala de cinema com a mesma expectativa que você, cara (ou seja, nenhuma). Fui pra me divertir, tava com a patroa do lado, não tinha nenhuma neura com a DC e tals (e mt menos sou fanboy da Marvel). Mas me frustrei sim, puta filme mal feito.

Então mano, eu acho que eu tava com expectativa ainda menor que as suas, negativa.

- Pra mim não é problema a vilã sair justamente do esquadrão. A negona lá estava brincando com fogo e se arriscou achando que a maletinha a salvaria, sendo que está lidando com uma mutante que se teletransporta.

- Os dois ali são suficientes, creio. Os outros eu nunca tinha nem visto de relance em desenhos de quadrinhos. El Diablo talvez retorne, sei lá.

 

Fui lá, comi um doritão delícia, dei risada, achei umas cenas de luta legais, me deliciei com aquela cara de safada da Margot Robbie... pra mim foi GG.

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  • Diretor Geral
6 horas atrás, _Matheus_ disse:

- Os dois ali são suficientes, creio. (...)

Mas se só dois são suficientes, por que chamar de "esquadrão", hahahahaha? Entende?

Mas entendi seu ponto, vários amigos também acharam legal o filme e não tiveram a mesma decepção que eu. Acho que a DC perdeu uma bela oportunidade de mostrar ao mundo nerd que pode sim satisfazê-los no cinema, e não somente nas HQs.

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6 minutos atrás, Leho. disse:

Mas se só dois são suficientes, por que chamar de "esquadrão", hahahahaha? Entende?

Mas entendi seu ponto, vários amigos também acharam legal o filme e não tiveram a mesma decepção que eu. Acho que a DC perdeu uma bela oportunidade de mostrar ao mundo nerd que pode sim satisfazê-los no cinema, e não somente nas HQs.

Ai é que tá... será que num ficaria muito paia uma dupla de caras que não conhecemos e/ou que aparentemente não têm uma correlação um com o outro? Olá, hoje vamos apresentar um filme pra vocês do Batman com o Máscara resolvendo os problemas atuais. Seria muito mais bizarro.

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  • Diretor Geral
6 minutos atrás, _Matheus_ disse:

Ai é que tá... será que num ficaria muito paia uma dupla de caras que não conhecemos e/ou que aparentemente não têm uma correlação um com o outro? Olá, hoje vamos apresentar um filme pra vocês do Batman com o Máscara resolvendo os problemas atuais. Seria muito mais bizarro.

Porra... então fizessem melhor ainda (pensando no lado comercial): um filme pra Arlequina, outro pro Pistoleiro. E TODO MUNDO SAIRIA GANHANDO, HAHAHAHAHA!

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  • 2 semanas depois...
  • Vice-Presidente

A questão é que quem produz cinema ainda não entendeu que o que funciona nos quadrinhos, não funciona no cinema. A Marvel conseguiu fazer crescer isso porque ela que iniciou essa enxurrada de filmes de super-heróis e teve tempo para isso. Porém, agora é só observar que a maioria dos filmes tem uma trama genérica que é adaptada ao estilo do super-herói. Guardiãs da Galáxia é bem tipo Os Vingadores, O Homem-Formiga é bem tipo Homem de Ferro, sem falar que se você parar e analisar a maioria dos filmes só muda a roupagem, tanto é que por isso, os filmes deles tem uma constância muito boa porque a fórmula deles já está testada e comprovada.

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    • grollinho
      Por grollinho
      Finalmente está saindo a sequência do grande filme do James Cameron (o original também demorou mil anos).
      O lançamento é dia 15/12.
       
    • Leho.
      Por Leho.
      Por Pedro Henrique Ribeiro,
      21 de julho de 2021
      Você já fez terapia ou pelo menos se consultou com um psicólogo? Essa é uma prática muito boa que deveria se tornar hábito. Assim como algumas pessoas vão ao dentista duas vezes por ano, todos deveríamos reservar um tempinho para conversar com um psicólogo e organizar a mente. Isso serve para pessoas comuns, mas também para super-heróis. Nos últimos anos, ficou cada vez mais comum vermos super-humanos tentando resolver problemas que tinham dentro da cachola. Para isso, ou eles dão uma passadinha no “divã” da terapia, ou tentam botar a angústia para fora. Por causa disso, estamos perdendo aquela imagem de super-herói perfeito e invulnerável, e os estúdios estão investindo nessas narrativas para dar um ar de profundidade às histórias.
      “Nos primeiros 40 anos dos quadrinhos, uma narrativa mais simplificada dominou o mercado dos quadrinhos. Graças ao Stan Lee e seus quadrinhos da Marvel, o super-herói passou a ter uma vida pessoal, problemas psicológicos e se aproximar mais dos problemas do leitor. Esse modelo fez muito sucesso com as histórias do Homem-Aranha, Quarteto Fantástico e Capitão América, e é reproduzido até hoje pela indústria”, explica o pesquisador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da USP, Waldomiro de Castro.
      Nas telinhas e telonas vemos vários heróis assumindo a importância de conversar, como o Utópico, em O Legado de Júpiter, e Bucky Barnes, em Falcão e Soldado Invernal”. Em WandaVision vemos a Feiticeira Escarlate cruzar as fases do luto após a morte de seu marido, Visão, em Vingadores: Guerra Infinita”. Em Watchmen – O Filme, o cruel Rorschach se consulta com um psiquiatra após ir para a prisão. Durante os testes – que dão nome ao personagem -, ele consegue identificar os próprios traumas, mas mente para não ser considerado doente.
      Rorschach se consulta com psiquiatra após ser preso em Watchmen. Imagem: Reprodução/Prime Video
      O professor e pesquisador de quadrinhos, Mario Marcello Neto, explica que muitos desses debates encontrados nas HQs fazem parte de um sentimento de dívida dos autores estadunidenses. “Essa geração pós-Guerra do Vietnã está muito imbuída em uma sociedade que tem muitas dívidas a pagar, seja com minorias ou com eles mesmos. Esse aparecimento do ‘divã’ nos contextos mais atuais, reflete um certo avanço no reconhecimento da importância da saúde mental. Porém, uma coisa que dita isso [ter ou não o divã] é o ritmo da história. Eu acho que se houver muito conflito pessoal, as pessoas saem do cinema. Eu não consigo ver uma cena como a consulta do Soldado Invernal acontecendo em um filme dos Vingadores, porque [o filme] é muito frenético”.
      Sam Wilson (Falcão) e Bucky Barnes (Soldado Invernal) cara a cara na terapia. Imagem: Reprodução/Disney Plus
      “E, às vezes, você pode ser um herói ou um vilão dependendo do contexto. Um super-herói é um sujeito que também tem fragilidades, acontece com muitos personagens, não apenas nos seus traumas, mas também na questão da agressão. Isso sem dúvida abre muito campo para explorar novas histórias e narrativas. Eu acho positivo, porque tira a ideia de que há um super-homem em cada um desses heróis. Isso está afinada aos debates atuais”, explica a pesquisadora de história da arte Vanessa Bortulucce.
      À medida em que as décadas avançam, a postura do super-herói se modifica. Em alguns momentos, como na década de 1960, muitos heróis se envolveram no movimento pacifista. Já na década de 1980, vemos personagens com personalidades mais assertivas e mais agressivos. Agressividade essa geralmente associada aos traumas que deram origem ao lado heroico deles, como as mortes dos pais de Bruce Wayne (Batman) e do tio de Peter Parker (Homem-Aranha) e até mesmo o suicídio do pai de Utópico. Com isso, esses personagens apresentam uma postura muito mais agressiva em relação aos criminosos. “Você nunca viu um Batman tão violento como o da década de 1990”, afirma Castro.
      Utópico buscou ajuda psiquiátrica após problemas com a família. Imagem: Reprodução/Netflix
      Ascensão em meio ao desastre
      A Crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão”, marcou um dos momentos mais caóticos do capitalismo na era moderna. Ela teve origem nos Estados Unidos, que na época já tinha se consolidado como a maior economia do mundo. Com a crise, muitas empresas quebraram e o desemprego saltou de 4% para 27%. Foi um verdadeiro caos econômico que em pouco tempo trouxe sérias consequências para a sociedade. Esse tsunami de problemas que sucedeu a crise foi crucial para a revolução das comics. 
      Para Vanessa Bortulucce, a principal relação entre a Grande Depressão e as HQs é a mudança do cenário das histórias. “Como a Crise de 29 envolveu o mercado de ações, os bancos e etc, você tem as cidades como um lugar marcado por desastres e más notícias. Então, os quadrinhos sofrem um certo refluxo nesse ambiente”, explica ela. Fora do ambiente das cidades, novos cenários começaram a ganhar força, como o espaço sideral de Flash Gordon e Brick Bradford. 
      Essa fragilização acabou criando o conceito do “herói extraordinário”, aquele que resolve problemas com facilidade, sem quebrar a cabeça, e assim entrega uma aventura fantástica que restaura a esperança do leitor, que não tem muita paciência para novos problemas. 
      Em 1938, quando foi lançada a primeira HQ do Superman, o herói absorveu muitas características da época, especialmente nas edições lançadas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O kryptoniano era invencível, imparável, como se estivesse passando uma mensagem. O mesmo pôde ser vista nas revistas da Capitã Marvel. Assim surgiram os primeiros aspectos para se discutir o mito do herói nas comics.
      Mito do herói no traço e na tela
      Contar sobre a vida dos personagens humanizou os super-humanos e até mesmo os alienígenas como Clark Kent. Isso reforçou a ideia de que um herói pode ser qualquer pessoa, como um fazendeiro do Kansas, um jovem franzino do Brooklyn ou um nerd do Queens.
      “O Super-Homem é um alienígena, mas o leitor olha para o Clark Kent, que é um homem comum. Ao se mostrar como um homem comum, ele estabelece um reconhecimento, e o leitor pensa em um Super-Man que estaria, simbolicamente, dentro dele. Com os heróis da Marvel, Stan Lee tem uma importância vital nesse sentido, porque ele inverte a lógica do Super-Homem: você não tem um herói que se passa por um homem comum, mas um homem –  ou mulher – comum que pode se mostrar como herói”, diz Bortulucce.
      Pensando sobre essa afirmação da pesquisadora, alguns nomes do MCU vêm em mente, como Viúva Negra, Falcão, Gavião Arqueiro, Homem de Ferro, Homem-Formiga, Vespa e muitos outros. Esses heróis sem poderes “mágicos ou alienígenas” usam tecnologia e habilidades de combate para derrotar os vilões. Porém, diferentemente dos heróis do século 20, os personagens da Marvel nos cinemas não carregam consigo um senso inabalável de justiça e têm em comum traumas que precisam ser tratados seriamente.
      Heróis enlatados
      Todo esse roteiro de heróis traumatizados e órfãos é bem conveniente para os enredos, como vimos até aqui. Por isso essa jornada entre perda e poder foi reproduzida em larga escalada para as dezenas de heróis que surgiram nas décadas seguintes aos anos 1960. Esses heróis chamados de enlatados basicamente mudam de nome, o lugar de origem, mas a essência segue sendo a mesma. Essa zona de conforto permitiu que grandes estúdios e produzissem vários heróis sem perder o trunfo de uma história dividida entre vida civil e vida com uniforme, como explica Mario Marcello Neto.
      “Algumas coisas se repetiriam, como a ideia da orfandade como característica para ser super-herói. Nisso a gente tem desde Shazam até o Batman. Parece até que o critério para ser herói é não ter os pais e mães [biológicos]. Na década de 1940 era pior e os heróis que sobreviveram daquela época para cá são muito poucos. Naqueles anos a gente via heróis que eram plágios. O próprio Shazam se envolveu em um processo de plágio por causa das semelhanças com o Superman”. 
      Heróis e política
      Entre as influências que as histórias de super-heróis podem ter na sociedade está a política. Assim como foi o caso do governo de Reagan nos anos 1980, as políticas e as HQs fazem essa troca de signos. Além de exercer uma influência natural com seus enredos, as histórias em quadrinhos também podem ser utilizadas como ferramenta política, como explica Bortulucce. “Muitos personagens surgem por causa da Segunda Guerra Mundial, como o Capitão América. Guerra do Vietnã? Homem de Ferro. Corrida espacial? Quarteto Fantástico. O medo e a maravilha do poder atômico? Hulk e Homem-Aranha. Minorias e lutas sociais? Pantera Negra e X-Men. Os quadrinhos são uma grande ferramenta política”. 
      Um bom e recente exemplo aconteceu durante as manifestações de 2013 contra o então governo de Dilma Roussef (PT). Muitos manifestantes foram às ruas com camisas da CBF e máscara do personagem V, de V de Vingança. A intenção era mostrar que “o povo” estava disposto a ir longe, como V foi. Na história em quadrinhos, o personagem adota um tom professoral e filosófico em seus discursos, e tem todo o tipo de ideia para derrubar um governo fascista que governava a Inglaterra. Entre as ações de V está a explosão do Parlamento Britânico.
      Essa ideia de que todo mundo pode ser um herói se mostra nesses tipos de situação. Na época, Alan Moore, o autor da HQ, chegou a comentar sobre o caso em entrevista ao site UOL. “Há 30 anos eu estava apenas respondendo à situação da Inglaterra da minha perspectiva. Não eram premonições do que aconteceria no futuro”, disse ele sobre a produção de V de Vingança. “Acho que não tenho muito a dizer a respeito [do uso das máscaras], porque eu sou apenas o criador da história. E eu não tenho uma cópia de ‘V’ em casa, isso foi tirado de mim por grandes corporações”, completou.
      Esse uso do V por manifestantes em 2013 é apenas um exemplo da relação entre quadrinhos e política. “As histórias em quadrinho influenciam em termos de filosofia de vida. Os leitores acabam se influenciando pelas ideias e propostas, acabam acreditando na visão de mundo daqueles heróis. Mas eu não acredito que uma pessoa normal seja influenciada aponto de vestir uma máscara ou uma roupa e sair por aí batendo nas pessoas resolvem os problemas do mundo”, diz Castro.
      Então, da próxima vez que você assistir a uma série, filme ou ler uma HQ e se perguntar: isso não está realista demais? Lembre-se de que a resposta é sim! Tudo vai ficar cada vez mais real enquanto continuaremos a ver homens voadores atirando raio laser pelos olhos.
      @Bitniks
    • Douglas.
      Por Douglas.
      Putz, vi muito poucos dos concorrentes. Ozark, Killing Eve, Lovecraft Country, Mrs America, Perry Mason, Schitt's Creek, Ted Lasso e The Flight Attendant (WTF??? Não chega a ser uma série ruim mas é de longe a indicada mais fraca que já vi, não é possível que estavam raspando o fundo da panela assim).
      Pior que indicada fraca foi terem esnobado o elenco de Lovecraft Country, justamente a parte mais forte da série. The Boys também poderia entrar fácil como indicada em comédia no lugar de The Flight Attendant.
       
      Lista do Omelete de surpresas e esnobados: https://www.omelete.com.br/globo-de-ouro/globo-de-ouro-2021-indicados-esnobados-surpresas
       
      Lista dos indicados na IMDB: https://www.imdb.com/event/ev0000292/2021/1/?ref_=ev_eh
    • Leho.
      Por Leho.
      ---
      Trouxe a opinião do PH Santos que é um vlogger que eu sigo e acho maneiro, mas sintam-se à vontade pra trazerem outros vídeos de análises e comentários sobre o tema.
      Aliás, falando em comentário... o que vocês acham disso tudo? Qual o caminho que tomará o cinema? E o streaming, caminha pra ser a grande revolução midiática dentro do entretenimento que tá parecendo ou não?
    • ZMB
      Por ZMB
      Ator lutava contra câncer de cólon desde 2016 e morreu em sua casa, nos Estados Unidos.
      O ator Chadwick Boseman morreu aos 43 anos. Conhecido por interpretar o Pantera Negra no filme da Marvel, além de personagens importantes da história americana, ele enfrentou um câncer de cólon diagnosticado em 2016.
      "É com imensurável pesar que confirmamos a morte de Chadwick Boseman. Chadwick foi diagnosticado com câncer de cólon de estágio 3 em 2016, e lutou contra ele nestes últimos quatro anos conforme progrediu para estágio 4", afirmou a família do ator em seu perfil no Twitter.
      "Um verdadeiro lutador, Chadwick perserverou por tudo, e trouxe a vocês muitos dos filmes que tanto amam. De 'Marshall: Igualdade e Justiça' a 'Destacamento Blood', 'Ma Rainey's Black Bottom' de August Wilson e muitos mais, todos foram gravados durante e entre incontáveis cirurgias e quimioterapia. Foi a honra de sua carreira trazer à vida o rei T'Challa em 'Pantera Negra'."
      De acordo com a nota, ele morreu em sua casa, acompanhado da mulher e da família. Ele nunca tinha falado sobre a doença publicamente.
      Nascido na Carolina do Sul, o americano Chadwick Aaron Boseman começou a carreira na televisão, com um pequeno papel na série "Parceiros da Vida".
      Depois de participações em séries como "Lei & Ordem" e "Plantão médico", ele ganhou seu primeiro papel regular em "Lincoln Heights", em 2009.
      Seu primeiro personagem de destaque no cinema veio como o protagonista de "42: A História de uma Lenda" (2013).
      No filme baseado em fatos, interpretou o jogador de beisebol Jackie Robinson, que em 1947 se tornou o primeiro negro a entrar para um time da principal competição dos Estados Unidos, a Major League Baseball.
      O papel marcaria uma carreira repleta de personagens importantes da cultura negra americana, como o cantor James Brown, em "Get on Up: A História de James Brown" (2014), e o juiz Thurgood Marshall, primeiro membro negro da Suprema Corte americana, em "Marshall: Igualdade e Justiça" (2016).
      Ainda em 2016, ele estreou no papel pelo qual seria mais lembrado. Em "Capitão América: Guerra Civil", Boseman apareceu pela primeira vez como T'Challa. Criado pela Marvel em 1966, o Pantera Negra foi o primeiro super-herói negro dos quadrinhos americanos.
      Dois anos depois, estrelou seu próprio filme, "Pantera Negra". Sucesso com crítica e com o público, a história do herói de um reino africano fictício e avançado bateu a marca do US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, ganhou três Oscar e foi indicado a outros quatro — entre eles, o de melhor filme.
      Como o herói, ele ainda participou de "Vingadores: Guerra Infinita" (2018) e de "Vingadores: Ultimato (2019), e tinha presença confirmada em um novo "Pantera Negra", previsto para 2022.
      Seu trabalho mais recente já lançado foi "Destacamento Blood", dirigido por Spike Lee, que estrou em junho. Ele ainda esteve em "Ma Rainey's Black Bottom", com Viola Davis, que tinha estreia prevista em 2020.
      Fonte: G1.com
       
       
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