Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Salário mínimo teria que ser de R$ 3.079,31, diz Dieese


Ariel'

Posts Recomendados

Aliás, esta é uma das críticas que tenho ao PT: transformou nossa sociedade numa guerra. heteros x homos, ricos x pobres, ateus x religiosos, políticos x população, eles x nós... Não gosto desta política do partido da estrela.

Já tive essa discussão aqui no fórum há menos de um mês.

Crítica por quê? Foi é bom. Trouxe à tona as contradições que por décadas foram jogadas pra baixo do tapete na nossa sociedade. Não há guerra, há discussão. Isso é democracia. Não há guerra entre homos e héteros, por exemplo. Isso é uma besteira. Há confronto entre homossexuais e héteros que não querem lhes dar direitos, o que é bem diferente. Como você espera que um grupo ganhe direitos nem gerar contestação num grupo oposto?

O PT não criou nada, apenas trouxe à tona, para o bem da democracia, temas que eram tabu na sociedade brasileira.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Respostas 65
  • Criado
  • Última resposta

Já tive essa discussão aqui no fórum há menos de um mês.

Crítica por quê? Foi é bom. Trouxe à tona as contradições que por décadas foram jogadas pra baixo do tapete na nossa sociedade. Não há guerra, há discussão. Isso é democracia. Não há guerra entre homos e héteros, por exemplo. Isso é uma besteira. Há confronto entre homossexuais e héteros que não querem lhes dar direitos, o que é bem diferente. Como você espera que um grupo ganhe direitos nem gerar contestação num grupo oposto?

O PT não criou nada, apenas trouxe à tona, para o bem da democracia, temas que eram tabu na sociedade brasileira.

Gosto desta sua visão positiva das coisas!

Se pensar por esse lado, eu te dou total razão - e meu braço a torcer, que pode ter que tenha sido esta a intenção e que foi melhor assim....

Mas, tenho algumas ressalvas do modo como isso é "capitalizado" pelo PT.

Mas, enfim...e quanto as outras situações sobre as quais falei?! Acha que meu pensamento está correto, e o PT não foi o "pai" da melhora que tivemos?!

Ou que a melhora que tivemos foi graças ao PT?!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

O PT capitaliza como um partido político. Política é isso mesmo.

Sobre o resto, respondi no outro tópico.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Caras, eu REALMENTE não estou com tempo de entrar nessa discussão agora, infelizmente.

De forma resumida:

Dr.Thales, o exemplo do supermercado foi só um contra-exemplo, sobre o valor do projeto é aquilo que tantas vezes já falei por aqui: é necessário aumentar o valor agregado do que é produzido no Brasil. Nós já crescemos do que eu chamo de "maneira horizontal" nas décadas de 60/70 (que é o que representa muito do crescimento chinês). Se o Brasil tiver um crescimento horizontal do PIB (pelo aumento nas escalas produtivas) o país quebra porque "falta mão de obra" (nós bem sabemos pelo exemplo sueco de pleno emprego que não falta mão de obra mas deixa de ser benéfico produzir). O problema é que ao longo da década de 90 não houve um desenvolvimento adequado da educação superior e técnica o que limita em muito a qualidade de mão de obra disponível hoje. Sem mão de obra de qualidade, sem pesquisa científica, sem evolução tecnológica não tem como crescer de forma "vertical" aumentando o valor agregado (como o Japão fez em alguns momentos).

Quanto ao André Kaminski é sempre a mesma coisa. O delírio da "maior carga tributária do mundo". O problema do Brasil passa longe da maior carga tributária. O empresariado sugere que se a carga tributária fosse menor eles se desenvolveriam muito mais. Mentira, dado o volume sonegado por muitos desses o imposto que eles pagam é muito menor do que deveria ser, no entanto segue sendo desculpa.

Um país com a desigualdade social do Brasil precisa de uma carga tributária alta e nossa carga tributária é até menor que a de muitos países bem mais desenvolvidos socialmente como a Alemanha. Você pode falar que o "sistema do welfare state esgotou", mas a diferença é tão grande que não há como comparar e a Grécia não é exatamente o melhor dos exemplos é uma situação muito diferente da Alemanha. Aliás, provavelmente vou morar um tempo em Atenas em breve, aí poderei falar com um pouco mais de propriedade de lá.

O Brasil é um país extremamente desigual seja na distribuição de população, de serviços, de terras ou de renda.

O problema não é a carga tributária alta. O problema começa pela sonegação de impostos e pela corrupção. Comece a detectar de forma mais eficiente e punir de forma exemplar essas duas coisas que o país vai melhorar muito.

O empresário brasileiro reclama demais. Ele quer lucrar muito, pagar pouco e quer que as pessoas que recebem pouco sejam capaz de consumir para que ele possa seguir lucrando. Ao mesmo tempo ele quer redução da carga tributária mas quer vender mais ao governo e quer ter maior auxília do bolsa empresário (vulgo BNDES). Como disse a presidente (?) do Magazine Luiza: "o cara cria uma empresa aqui, lucra aqui e só quer ficar reclamando" ou algo do tipo.


Gosto desta sua visão positiva das coisas!

Se pensar por esse lado, eu te dou total razão - e meu braço a torcer, que pode ter que tenha sido esta a intenção e que foi melhor assim....

Mas, tenho algumas ressalvas do modo como isso é "capitalizado" pelo PT.

Mas, enfim...e quanto as outras situações sobre as quais falei?! Acha que meu pensamento está correto, e o PT não foi o "pai" da melhora que tivemos?!

Ou que a melhora que tivemos foi graças ao PT?!

Graças ao PT ou graças ao governo do PT?

Graças ao governo do PT e suas diretrizes há algumas, a começar pela redução da desigualdade e pelas melhorias na educação técnica, superior e no incentivo a pesquisa científica.

A forma como o governo FHC e como o governo Dilma tratam a educação, a ciência e a universidade são completamente diferentes.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Caras, eu REALMENTE não estou com tempo de entrar nessa discussão agora, infelizmente.

De forma resumida:

Dr.Thales, o exemplo do supermercado foi só um contra-exemplo, sobre o valor do projeto é aquilo que tantas vezes já falei por aqui: é necessário aumentar o valor agregado do que é produzido no Brasil. Nós já crescemos do que eu chamo de "maneira horizontal" nas décadas de 60/70 (que é o que representa muito do crescimento chinês). Se o Brasil tiver um crescimento horizontal do PIB (pelo aumento nas escalas produtivas) o país quebra porque "falta mão de obra" (nós bem sabemos pelo exemplo sueco de pleno emprego que não falta mão de obra mas deixa de ser benéfico produzir). O problema é que ao longo da década de 90 não houve um desenvolvimento adequado da educação superior e técnica o que limita em muito a qualidade de mão de obra disponível hoje. Sem mão de obra de qualidade, sem pesquisa científica, sem evolução tecnológica não tem como crescer de forma "vertical" aumentando o valor agregado (como o Japão fez em alguns momentos).

Graças ao PT ou graças ao governo do PT?

Graças ao governo do PT e suas diretrizes há algumas, a começar pela redução da desigualdade e pelas melhorias na educação técnica, superior e no incentivo a pesquisa científica.

A forma como o governo FHC e como o governo Dilma tratam a educação, a ciência e a universidade são completamente diferentes.

Minha opinião sobre a década de 90 é a mesma do outro tópico: não posso cobrar um governo pelo que ele não podia fazer. Pega as estatísticas das contas públicas e a situação financeira do país naquele tempo, e verá isso.

Considero um erro afirmar as coisas sem avaliar o contexto em que estas coisas estavam inseridas.

Na década de 90 o Brasil foi favorecido pela situação econômica herdada da década de 80?! Ou pela situação internacional?! Não.

Na década de 90, por conta do acima exposto, o Brasil tinha como "investir"?! Não. Por qual motivo?! Não havia liquidez no Estado.

Por qual motivo não havia liquidez?! Pelo que já falei.

Se é por conta do governo do PT, eu te pergunto: de onde SAIU o dinheiro que fez com que o PT pudesse implementar melhorias na educação técnica e superior?!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Quanto ao André Kaminski é sempre a mesma coisa. O delírio da "maior carga tributária do mundo". O problema do Brasil passa longe da maior carga tributária. O empresariado sugere que se a carga tributária fosse menor eles se desenvolveriam muito mais. Mentira, dado o volume sonegado por muitos desses o imposto que eles pagam é muito menor do que deveria ser, no entanto segue sendo desculpa.

Cara, preciso te contar uma novidade: empresa nenhuma paga imposto.

Sério mesmo, empresa nenhuma paga imposto.

Empresas nada mais são do que recolhedoras de impostos. Elas apenas fazem o serviço de pagar o estado aquilo que arrecadam da gente. Em todos os seus preços e serviços estão incluídos tudo aquilo que eles gastam com impostos e ainda mais o lucro que a empresa deve ter para sobreviver. Quem paga o imposto que a empresa repassa ao estado é o consumidor.

E nunca disse que o Brasil tem a maior carga tributária do mundo. Só é uma das mais incompetentes do mundo em retornar a população. E falar que o problema é só "sonegação e corrupção" é simplesmente fechar os olhos, ouvidos e querer negar a incompetência que temos em gerir dinheiro. Nem o melhor político alemão que você citou conseguiria fazer qualquer coisa com a burocracia e a lentidão em que as coisas caminham no Brasil.

56124C9521EFECDCDB76F13AA8BDC28E04F4_liv

Orgulho nacional!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Para "boom das commodities", eu explico:

Histórico de preços dos produtos exportados pelo Brasil, em ordem decrescente de peso na balança, em dólares:

minério de ferro:

1994: 12

2002: 12,68

2013: 140

O governo FHC experimentou um crescimento

de 5,6% (0,6% a.a.) no preço do minério de ferro. Já o govenro do PT viveu uma valorização de 1004% (MIL E QUATRO PORCENTO, ou 24%a.a.) Isso sem considerar que JÁ em 2010 o preço atingiu USD190 (o que daria uma valorização de 1400% !! 40% !!! ao ano!!!)

Soja:

1994: 200

2002: 200

1013: 550

Durante o governo FHC o preço caiu a 150 e voltou a 200. Crescimento 0%.

Durante o governo do PT, o valor da soja aumentou 175%, ou 9,6% a.a. Sendo que atingiu o valor ja em 2008, e passou de 600 em 2012.

Petróleo:

1994:16

2002: 25

2013: 120

No gov FHC, o petróleo valorizou 56% (5,7% a.a.).

Ja com o PT, o petroleo atingiu 140 ja em 2008, o que ja daria uma valorização em 6 anos de 460% (33% a.a.).

Frango

1994: 56

2002: 62

2013: 105

Durante o gov FHC, o preço do frango cresceu 12%, ou 1,4% a.a.

Já durante o gov PT, o frango valorizou 70%, ou 5% ao ano.

Açucar

1994: 14,67

2002: 7,5

2013: 18

No GOV FHC, o valor do açucar CAIU quase 50%. QUEDA de 8,5% ao ano.

Já no governo do PT o mesmo valorizou 140%, ou VALORIZAÇÃO de 8,2% a.a.

Carne

1994: 99

2002: 92

2013: 198

Com FHC, o preço da carne CAIU 7%, ou -0,8% a.a.

Ja no periodo PT, a carne valorizou 53%, ou 4% a.a.

Café

1994: 146

2002: 35

2013: 105

Com FHC, o preço do café DESPENCOU 76%, ou -17% ao ano.

Já com o petezão do cumpanhêro Lula, o preço do café multiplicou-se por 3, uma valorização de 200% ou 6,5% a.a.

Milho

1994: 105

2002: 105

2013: 300

Estavel no periodo FHC, ja com a companheirada, crescimento de 85% ou 5,7% a.a.

Madeira

1994: 300

2002: 150

2013: 320

QUEDA de 50% período FHC;

AUMENTO de 113% no periodo PT, 7,2% ao ano.

------------------------------------

Ou seja, se considerarmos que o Dólar saiu de 1 real em 1994, passou para 4 reais em 2002 e atinge 2,25 Dilmas hoje...

Tivemos uma "inundação" de dólares no Brasil - o que permitiu ao Governo fazer reservas para passar bem a crise econômica, bem como aumentar vários benefícios.

A pergunta que faço é: isso tudo aconteceu POR CAUSA do PT?! Ou APESAR do PT?!

Não dá pra fazer essa análise sem levar em conta a inflação do período.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Não dá pra fazer essa análise sem levar em conta a inflação do período.

Inflação do período?! Para commodities com valores em "Dólares", com preço "regulado", em grande parte, pelo mercado internacional?!

Tem certeza?!

Acho que se você considerar a inflação do período, não vai ter peso relevante nesta análise.

O que pode ter peso nessa análise é a valorização do real, não a inflação interna (que não altera o preço de commodities internacionalmente).

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Minha opinião sobre a década de 90 é a mesma do outro tópico: não posso cobrar um governo pelo que ele não podia fazer. Pega as estatísticas das contas públicas e a situação financeira do país naquele tempo, e verá isso.

Considero um erro afirmar as coisas sem avaliar o contexto em que estas coisas estavam inseridas.

Na década de 90 o Brasil foi favorecido pela situação econômica herdada da década de 80?! Ou pela situação internacional?! Não.

Na década de 90, por conta do acima exposto, o Brasil tinha como "investir"?! Não. Por qual motivo?! Não havia liquidez no Estado.

Por qual motivo não havia liquidez?! Pelo que já falei.

Se é por conta do governo do PT, eu te pergunto: de onde SAIU o dinheiro que fez com que o PT pudesse implementar melhorias na educação técnica e superior?!

Do dinheiro do contribuinte, ok. Isso é óbvio.

Mas a questão que o Salvaro tá tentando mostrar é que um outro governo, com outra política, (talvez) não teria melhorado a educação da maneira como os do PT o fizeram. E é muito fácil falar "e se tivesse sido outro? Será que não teria sido ainda melhor?". Mas não foi, e isso que importa. As melhorias se devem ao programa petista, sim.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Do dinheiro do contribuinte, ok. Isso é óbvio.

Mas a questão que o Salvaro tá tentando mostrar é que um outro governo, com outra política, (talvez) não teria melhorado a educação da maneira como os do PT o fizeram. E é muito fácil falar "e se tivesse sido outro? Será que não teria sido ainda melhor?". Mas não foi, e isso que importa. As melhorias se devem ao programa petista, sim.

Que veio dos contribuintes, a minha cachorra Red Heller aqui também sabe...

E o dinheiro da arrecadação do Estado?! Veio de onde?!

Caiu de árvore no colo dos contribuintes?! Um duende que trouxe num pote mágico?!

Não...então, vou explicar novamente, pra ver se entendem o que estou dizendo:

A situação em 2002 pro país, era melhor que em 1990. E é melhor que a de 2014 (tanto que o próximo presidente, tem alto risco de "se ferrar).

Porque era melhor, Thales?!

Vou explicar de novo, o que já disse: em 2002 tinhamos a inflação controlada. Tinha o Estado com liquidez controlada.Tinha uma moeda estável. Foi a base de tudo que veio depois...se houve um "boom" das commodities, a valorização do real em consequência, a inflação controlada...tudo isso fez com que o Brasil tivesse o que não tinha na década de 90: DINHEIRO!

E o que o PT fez com o dinheiro?! O óbvio, na minha opinião. E muito mal feito, na minha opinião. Dizer de 215 Fatec's, em 12 anos de Governo, com o dinheiro que teve em mãos, é quase um atestado de incompetência.

Eu entendi o Salvaro, e não tô falando que o PT não fez nada: sim, fez! E o que fez, em quase totalidade, segue as mesmas cartilhas da "oposição" PSDB...e, ainda, o maior mérito do Lula foi não ter mudado a estrutura da economia, deixando por todo seu governo, inclusive, um tucano como presidente do BC...

Já a Dilma tá cagando neste mérito do Lula...e estamos sentido essa diferença entre eles. Não?!

Quem não está entendendo são vocês! Olha só: na década de 90, dentro da situação e do que era possível fazer, os governos fizeram um bom papel?! Por mim, fizeram. Dentre erros e acertos.

Então, o PSDB é o monstro que pinta o PT?! Não.

Na década passada (a primeira do século XXI), os Governos fizeram um bom papel?! Por mim, fizeram...mas aquém do que podia ter feito...

E mais! Na nossa atual situação, o modelo que vigorou nos últimos 12 anos está se esgotando - e com a Dilma errando como tem errado, vamos retroceder.

O que estou querendo, o meu propósito é:

"Desmarketizar" esse discurso político! Que o PSDB foi uma lástima, e que o PT (ou o Lula, como figura carismática) é o "pai" da criança.

(Daí vem o senso comum, "arroxo salarial", "sucateamento do ensino superioir", "privataria tucana", "ditadura da esquerda", "perpetuação no poder", "milagre do desenvolvimento", "não sei quantas milhões de pessoas tiradas da pobreza" [essa a maior marketagem falaciosa. Basta o Real voltar ao valor que tinha em 2002, pra que todo mundo volte pra pobreza - que é medida em Dólar]...dentro tantas outras coisas que são ditas e repetidas, mas não tem valor real...)

Assim como a Direita diz que o PT é um monstro e etc e tal.

Nem lá, nem cá. Pra mim, foram dois bons governos. Com a ressalva de que o PT poderia ter feito muito mais do que fez, pela situação favorável encontrada - ao contrário dos que passaram pela turbulenta década de 90, onde as mãos estavam atadas.

Será que fui claro o suficiente para que me entendam?!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Mais inocente é achar que manter as coisas como estão e achar que tudo está bem.

Está feliz pagando essa enxurrada de impostos? Eu não estou.

Quem disse que eu acho que está tudo bem? Só acho que as coisas aqui são mais complicadas do que querem fazer parecer. O que o Salvaro falou sobre os gastos sociais aqui é muito correto.

E quanto ao Welfare State Europeu. Eu não acho que seja replicável em sua totalidade com a situação presente em todo lugar. Mas a Holanda tá cortando as coisas de uma maneira drástica(e na verdade, só está continuando uma tendência que já vinha de anos), só ver o enorme apoio da população aos cortes. Mas quanto aos países nórdicos, eles vão muito bem. Gostaria que você tentasse ao menos evidenciar porque aquilo tá virando uma Grécia.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Quem disse que eu acho que está tudo bem? Só acho que as coisas aqui são mais complicadas do que querem fazer parecer. O que o Salvaro falou sobre os gastos sociais aqui é muito correto.

E quanto ao Welfare State Europeu. Eu não acho que seja replicável em sua totalidade com a situação presente em todo lugar. Mas a Holanda tá cortando as coisas de uma maneira drástica(e na verdade, só está continuando uma tendência que já vinha de anos), só ver o enorme apoio da população aos cortes. Mas quanto aos países nórdicos, eles vão muito bem. Gostaria que você tentasse ao menos evidenciar porque aquilo tá virando uma Grécia.

A Holanda está cortando justamente para não ser a próxima Grécia, que faliu justamente por tentar replicar o Welfare State dos países fortes sem ter produtividade suficiente para isso. Só aproveitou a gastança e o excesso de dinheiro da implantação do euro sem ter competitividade necessária para compensar o consumo elevado.

E os nórdicos (principalmente a Suécia) só estão bem graças a uma década (década de 90) onde justamente cortaram gastos e desincharam o estado cuja economia estava em recessão no início da década. Quando a economia se reergueu, eles retornaram com os impostos elevados e os fartos benefícios sociais. Sobrevivem porque são uma economia muito aberta (muito mais do que a brasileira), e com isso ainda tem dinheiro para gastar. Mas chega uma hora que o dinheiro acaba e a produtividade (em queda, justamente por causa de muitos vivendo às custas do governo) não compensam mais. A Holanda já percebeu isso. A Dinamarca já teve o caso bastante divulgado do Robert Preguiçoso.

Entre ficar entrando em crises e saindo de crises, muito melhor ter uma economia como teve a norte americana após a 2ª Guerra que justamente cresceu por décadas e não a toa se tornou o país com a maior economia mundial. Japão e Coréia do Sul são outros exemplos.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Inflação do período?! Para commodities com valores em "Dólares", com preço "regulado", em grande parte, pelo mercado internacional?!

Tem certeza?!

Acho que se você considerar a inflação do período, não vai ter peso relevante nesta análise.

O que pode ter peso nessa análise é a valorização do real, não a inflação interna (que não altera o preço de commodities internacionalmente).

Cara, a forma como você comparou está errada de tantas maneiras que simplesmente impede tirar qualquer indício (conclusão então só com preço de commoditie é algo que passa longe) por uma série de motivos:

1) Não considerou a inflação (U$100 em 1994 equivalem U$160 em 2014);

2) Considerou épocas com períodos diferentes 1994-2002 e depois 2002-2013;

3) Não considerou a variação de cenário nos mandatos (1995-1998 era um cenário, 1999-2002 outro, 2003-2006 outro e por aí vai);

4) Considerou valores pontuais nessas épocas como se um valor fosse verdade para toda ela e/ou o crescimento fosse linear;

5) Não considerou a variação da importância do produto e do nível de exportação e principalmente de importação desse em cada época.

Isso impede que qualquer avaliação e correlação seja feita. Por exemplo: você coloca o preço da carne como 99 em 1994, 92 em 2002 e 198 em 2013. E diz que "no governo do PT a carne valorizou 53%". O problema é que isso não conta a história (e nem parte dela): o preço da carne só passou de U$130 em 2 meses entre 2003-2010, a média do preço da carne entre 99-2002 foi maior do que entre 95-99. E mesmo assim, o preço médio da carne entre 2003-2009 ando pelo mesmo patamar que tinha andado entre 1989-1994. A explosão do preço foi depois de 2010 que a média deve ficar acima dos U$170.

A média do preço/mês da carne entre 90 e 94 foi de U$115, entre 95 e 98 foi de U$82 e entre 99 e 2002 foi de U$91. Entre 2003 e 2006 foi de U$109. Entre 2007 e 2010 foi de U$127 (se tirar 2010 quando ocorreu o boom fica em U$119). E creio que esses valores não estão corrigidos pela inflação (do dólar).

Corrigindo de forma grosseira (pelo último ano do período):

90-94: U$184

95-98: U$120

99-02: U$120

03-06: U$128

07-10: U$138 (entre 07-09 ficaria em U$132)

De repente uma queda de 7% vira uma variação irrelevante. E um crescimento de 53% vira um crescimento de 15% ao longo de 8 anos (sendo que esse crescimento ficou concentrado no último ano de governo visto que em 7 anos o crescimento foi de 10%). E que mesmo assim estava muito longe do preço entre 90-94.

Claro que a valorização do ferro foi um fator importante para o Brasil, importante mas não determinante (ou Minas Gerais teria se tornado o melhor estado do país). Na fonte que eu tenho acho que antes do período recente não tem as variações mensais do ferro. Mas é possível ver vários "booms" de um ano para o outro e dos anos do primeiro mandato o maior valor foi U$33.

Mas assim como eu esmiucei um pouco o exemplo da carne (poderia fazer com outros) ainda dá para esmiuçar muito mais (uma avaliação anual ao menos) e a partir disso vai ser possível perceber que muitas das mudanças passam longe da simples variação no preço das commodities.

Acho que ignorar tendências e mudanças em posições políticas é um erro muito grande. Eu falei em desigualdade social, você vem falar do presidente do BC para citar mesmo política?

Eu já comentei no outro tópico sobre as políticas que o PSDB tomou para o país para o controle da inflação e convenhamos, falar de controle da inflação em 95 e em 99 era uma coisa bem diferente, assim como em estabilidade da moeda mantida valorizada artificialmente até a crise do real em 1999 (como se manter moeda valorizada fosse algo positivo para a exportação de commodities).

Você está correto em falar que é preciso avaliar de acordo com as condições que possuía, só está errado ao pensar em educação como gasto e não como investimento. Quando o governo FHC fica 8 anos sem dar aumento a professores universitários e o Lula no segundo ou terceiro ano finalmente concedeu esse aumento será que foi pela valorização das commodities (que em 2003-2004 não foi exatamente expressiva)? Será que a queda da desigualdade mesmo no primeiro mandato pode ser explicada pela variação das commodities?

A política para o investimento na educação superior pública (e em consequência na pesquisa) é muito diferente entre o governo FHC, o governo Lula e mesmo o governo Dilma. E isso não é explicado pelo preço das commodities.

Eu vou te dar um exemplo, o valor real das bolsas de mestrado e doutorado caiu para 1/3 entre 1994 e 2002, se manteve estável ao longo do governo Lula e teve crescimento real em 2013. Será que o cenário que o FHC recebeu do Itamar era pior do que o que o Itamar recebeu do Collor e Sarney? 8 anos sem aumento nominal de R$0.01 que fosse nas bolsas de pesquisa é culpa do cenário? Será que o cenário que a Dilma tem em 2013 é melhor do que o que Lula teve?

Se tratar ensino superior e técnico como gasto e não como investimento, como um país vai agregar valor a sua produção? Como vai ser capaz de promover um desenvolvimento científico e tecnológico?

E não digo que o PT está nas minhas expectativas, está aquém delas. Mas o governo anterior deu de ombros para questões que deveriam ser primordiais como a desigualdade social e a educação.

No outro caso, você coloca a questão da pobreza e extrema pobreza na conta do dólar extremamente valorizado em 2002 (e diga-se que atingiu os valores que atingiu muito por culpa do terrorismo político criado). O problema é que essa queda se dá pegando qualquer período da entre 95-2002 inclusive quando o real valia muito mais do que hoje.

Vocês são fodas. Eu não queria perder tempo com essa discussão denovo :(.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Cara, a forma como você comparou está errada de tantas maneiras que simplesmente impede tirar qualquer indício (conclusão então só com preço de commoditie é algo que passa longe) por uma série de motivos:

1) Não considerou a inflação (U$100 em 1994 equivalem U$160 em 2014);

2) Considerou épocas com períodos diferentes 1994-2002 e depois 2002-2013;

3) Não considerou a variação de cenário nos mandatos (1995-1998 era um cenário, 1999-2002 outro, 2003-2006 outro e por aí vai);

4) Considerou valores pontuais nessas épocas como se um valor fosse verdade para toda ela e/ou o crescimento fosse linear;

5) Não considerou a variação da importância do produto e do nível de exportação e principalmente de importação desse em cada época.

Isso impede que qualquer avaliação e correlação seja feita. Por exemplo: você coloca o preço da carne como 99 em 1994, 92 em 2002 e 198 em 2013. E diz que "no governo do PT a carne valorizou 53%". O problema é que isso não conta a história (e nem parte dela): o preço da carne só passou de U$130 em 2 meses entre 2003-2010, a média do preço da carne entre 99-2002 foi maior do que entre 95-99. E mesmo assim, o preço médio da carne entre 2003-2009 ando pelo mesmo patamar que tinha andado entre 1989-1994. A explosão do preço foi depois de 2010 que a média deve ficar acima dos U$170.

A média do preço/mês da carne entre 90 e 94 foi de U$115, entre 95 e 98 foi de U$82 e entre 99 e 2002 foi de U$91. Entre 2003 e 2006 foi de U$109. Entre 2007 e 2010 foi de U$127 (se tirar 2010 quando ocorreu o boom fica em U$119). E creio que esses valores não estão corrigidos pela inflação (do dólar).

Corrigindo de forma grosseira (pelo último ano do período):

90-94: U$184

95-98: U$120

99-02: U$120

03-06: U$128

07-10: U$138 (entre 07-09 ficaria em U$132)

De repente uma queda de 7% vira uma variação irrelevante. E um crescimento de 53% vira um crescimento de 15% ao longo de 8 anos (sendo que esse crescimento ficou concentrado no último ano de governo visto que em 7 anos o crescimento foi de 10%). E que mesmo assim estava muito longe do preço entre 90-94.

Claro que a valorização do ferro foi um fator importante para o Brasil, importante mas não determinante (ou Minas Gerais teria se tornado o melhor estado do país). Na fonte que eu tenho acho que antes do período recente não tem as variações mensais do ferro. Mas é possível ver vários "booms" de um ano para o outro e dos anos do primeiro mandato o maior valor foi U$33.

Mas assim como eu esmiucei um pouco o exemplo da carne (poderia fazer com outros) ainda dá para esmiuçar muito mais (uma avaliação anual ao menos) e a partir disso vai ser possível perceber que muitas das mudanças passam longe da simples variação no preço das commodities.

Acho que ignorar tendências e mudanças em posições políticas é um erro muito grande. Eu falei em desigualdade social, você vem falar do presidente do BC para citar mesmo política?

Eu já comentei no outro tópico sobre as políticas que o PSDB tomou para o país para o controle da inflação e convenhamos, falar de controle da inflação em 95 e em 99 era uma coisa bem diferente, assim como em estabilidade da moeda mantida valorizada artificialmente até a crise do real em 1999 (como se manter moeda valorizada fosse algo positivo para a exportação de commodities).

Você está correto em falar que é preciso avaliar de acordo com as condições que possuía, só está errado ao pensar em educação como gasto e não como investimento. Quando o governo FHC fica 8 anos sem dar aumento a professores universitários e o Lula no segundo ou terceiro ano finalmente concedeu esse aumento será que foi pela valorização das commodities (que em 2003-2004 não foi exatamente expressiva)? Será que a queda da desigualdade mesmo no primeiro mandato pode ser explicada pela variação das commodities?

A política para o investimento na educação superior pública (e em consequência na pesquisa) é muito diferente entre o governo FHC, o governo Lula e mesmo o governo Dilma. E isso não é explicado pelo preço das commodities.

Eu vou te dar um exemplo, o valor real das bolsas de mestrado e doutorado caiu para 1/3 entre 1994 e 2002, se manteve estável ao longo do governo Lula e teve crescimento real em 2013. Será que o cenário que o FHC recebeu do Itamar era pior do que o que o Itamar recebeu do Collor e Sarney? 8 anos sem aumento nominal de R$0.01 que fosse nas bolsas de pesquisa é culpa do cenário? Será que o cenário que a Dilma tem em 2013 é melhor do que o que Lula teve?

Se tratar ensino superior e técnico como gasto e não como investimento, como um país vai agregar valor a sua produção? Como vai ser capaz de promover um desenvolvimento científico e tecnológico?

E não digo que o PT está nas minhas expectativas, está aquém delas. Mas o governo anterior deu de ombros para questões que deveriam ser primordiais como a desigualdade social e a educação.

No outro caso, você coloca a questão da pobreza e extrema pobreza na conta do dólar extremamente valorizada em 2002 (e diga-se que atingiu os valores que atingiu muito por culpa do terrorismo político criado). O problema é que essa queda se dá pegando qualquer período da entre 95-2002 inclusive quando o real valia muito mais do que hoje.

Vocês são fodas. Eu não queria perder tempo com essa discussão denovo :(.

O que eu propus foi uma reflexão sobre a forma como o dinheiro "apareceu" pro Estado, vindo dos "contribuintes".

A exportação de commodities, por si só, explica tudo?! Não...mas é um indício bastante forte do que houve.

Assim como a balança comercial não explica o todo, mas resume alguns apontamentos interessantes.

Os valores que coloquei foram os valores nas datas que mencionei: não fiz "média" de valores, nem nada. Apenas o valor que era pago em cada período, o que, de toda maneira, reflete o valor, naquele instante, daquele produto no mercado.

É difícil entender essa relação?!

Achei que fosse ponto comum esta questão do "boom" das commodities para a entrada de dinheiro no Brasil.

E que isso fez o dólar por aqui cair, valorizando mais o real.

Ou não houve isto?!

Eu vou repetir: os preços da commodities não apontam qualquer política pública!! É apenas um dado, relevante, da economia do Brasil...(pois, afinal, é nosso principal fonte de receitas no comércio exterior...)

Mas, pra fazer qualquer investimento, é preciso ter dinheiro. E esse dinheiro tem de sair de algum lugar...neah?!

Se não, bastava o BC sair imprimindo dinheiro que tudo se resolveria...

Por último, me fale apenas UM momento que disse que "educação" entra como "custo", e não como "investimento".

Edit: Investir em educação é o MÍNIMO que se pode fazer um governo descente, que tenha dinheiro para tal.

Eu não estou satisfeito com o investimento feito até o momento, e mesmo que estivesse, o fato de acertar neste ponto, não encobre alguns erros grandes que o atual Governo tem cometido - e sua omissão, em N casos.

O "avanço" que experimentamos no Brasil nos últimos tempos, não é exclusividade nossa, também. Praticamente todos os países em desenvolvimento tiveram avanços proporcionais...isso ninguém fala.

Assim como ninguém falou, até agora, do que disse: Os "N" milhões de pessoas que sairam da pobreza, que é dito a todos os ventos, é uma "semi-falácia". As situação da maioria da população melhorou?! Melhorou...mas quando você analisa esses números marketeiros, você vê uma grande falácia. Ou estou mentindo?! Se o dólar voltar a valer 3,30; quantos destes milhões voltam pra "pobreza"?!

Não acredito na marketagem política de ninguém.

Só me atento aos fatos - tanto que dou méritos ao Lula e ao FHC, apesar de não ser tão simpático às esquerdas (que são PT e PSDB).

Edit 2: eu não disse do Meirelles em contra-ponto ao fato de você citar desigualdades sociais. Só disse isso para que especificar que na economia, o PT do Lula e o PSDB do FHC foram a mesma coisa.

Sim, nosso país era, na década de 90 e antes dela, um pais de concentração de renda - e quebrado.

Na década de 90 resolvemos o problema de país quebrado - e começamos a implementar o chamado "Estado de Bem Estar Social". E na década passada, consolidamos estas duas políticas (embora não tenhamos, de fato, esse "Estado de Bem Estar Social" implementado aqui).

Não discordei de você.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Inflação do período?! Para commodities com valores em "Dólares", com preço "regulado", em grande parte, pelo mercado internacional?!

Tem certeza?!

Acho que se você considerar a inflação do período, não vai ter peso relevante nesta análise.

O que pode ter peso nessa análise é a valorização do real, não a inflação interna (que não altera o preço de commodities internacionalmente).

Sim.

US$ 1 hoje em dia não vale o mesmo US$ 1 que em 1994.

Introdução à Macroeconomia, 1º ou 2º período em qualquer curso de economia do mundo. Como Salvaro já disse, a inflação do dólar norte-americano nos último 20 anos gira em torno de 60%, eu acho esse peso bastante relevante.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Sim.

US$ 1 hoje em dia não vale o mesmo US$ 1 que em 1994.

Introdução à Macroeconomia, 1º ou 2º período em qualquer curso de economia do mundo. Como Salvaro já disse, a inflação do dólar norte-americano nos último 20 anos gira em torno de 60%, eu acho esse peso bastante relevante.

"Achei que fosse ponto comum esta questão do "boom" das commodities para a entrada de dinheiro no Brasil.

E que isso fez o dólar por aqui cair, valorizando mais o real.

Ou não houve isto?!"

Repetindo o que eu disse pro Salvaro.

Essa questão do "boom" das commodities não é ponto pacífico?! Não aconteceu de verdade?!

E quanto às minhas afirmações de que o Brasil da década de 90 era quebrado, não tinha dinheiro pra "investir" em quase nada, e tinha uma bolha inflacionária enorme pra controlar?! Tentou de várias maneiras, chegou ao câmbio flutuante e etc e tal.

Mas não é uma verdade?! Na década de 90, o Governo Federal dispunha de "recursos financeiros" pra fazer investimentos?!

Se sim, quanto tinha?!

E na década passada?! Tinha?! Se sim, quanto?! E desse montante, quanto foi realmente investido?!

Falaram, criaram problemas pra minha tabela de commodities (que era apenas uma base para avaliar, não era uma tese de doutorado de economia, até pq, pensei que fosse ponto pacífico entre a gente essa questão do "boom" das commodities)...

Mas ainda não responderam a minha questão principal: Eu estou mentindo?! Não existe o que eu disse acima?!

Na década de 90 o Governo dispunha da mesma quantia para investir que na década passada?!

Ou como eram as coisas?!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu nem li a discussão toda das commodities, não tenho saco pra ler o que você e Salvaro escrevem, só pontuei um erro enorme no seu argumento.

Leve isso em consideração antes de fazer suas análises.

Pode continuar sua discussão com o Salvaro.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu nem li a discussão toda das commodities, não tenho saco pra ler o que você e Salvaro escrevem, só pontuei um erro enorme no seu argumento.

Leve isso em consideração antes de fazer suas análises.

Pode continuar sua discussão com o Salvaro.

Sim, eu apenas apontei o valor das commodities.

Mas não apontei o volume de vendas destas commodities neste período de tempo, nem o quanto isso impactou a arrecadação do Governo, nem o que influenciou no valorização do real...também, não fiz as contas da inflação do dólar.

Foi apenas um dado. Que tem várias nuances...

Apenas pra ressaltar algo que ocorreu, não é "achismo" meu. Fato é fato. Ocorreu um "boom" de commodities, não ocorreu?!

Então pronto, vamos superar este ponto da discussão, que é pacífico. Não há matéria controvertida aqui.

---------------

Apenas pra salientar: eu não entro em lugares "comuns". Não chamo o PSDB de "vendidos neoliberais", nem o PT de "esquerda golpista".

Não chamo o Lula de 9 dedos, nem o PT de PeTralhas...e essas coisas que vemos em discussões vazias espalhadas na internet.

Também não falo de arroxo salarial, sucateamento disso ou daquilo, privataria, assistencialismo como compra de voto, Bolsa Família como voto de cabresto, nem nada disso que tanto leio por ai.

Meu ponto é: o Brasil não investiu tanto na década de 90. Por qual motivo?! Não tinha $$?! Ou não queria?!

E na década passada?! O Brasil conseguiu dinheiro?! E o que fez com esse dinheiro?!

Não vou falar de novo da visão, também, de que o PSDB foi um monstro e o Brasil virou o céu com o PT, pois, como disse, não compro essa ideia de marketagem política...

Nem vou falar da visão da Direita, do PT golpista e ladrão.

Ps. Talvez o Governo do PT seja o que mais sumiu dinheiro...pois foi o período que o Brasil mais teve dinheiro. Eu, minha opinião, imagino que se em governos anteriores, o Brasil tivesse a "verba" que teve o PT, teriamos roubos enormes também.

Daí a minha "não simpatia" nem pelo PT, nem pelo PSDB. Tampouco pelo sistema político vigente - que eu acho que precisa de um reforma urgente.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

O que eu propus foi uma reflexão sobre a forma como o dinheiro "apareceu" pro Estado, vindo dos "contribuintes".

A exportação de commodities, por si só, explica tudo?! Não...mas é um indício bastante forte do que houve.

Assim como a balança comercial não explica o todo, mas resume alguns apontamentos interessantes.

Os valores que coloquei foram os valores nas datas que mencionei: não fiz "média" de valores, nem nada. Apenas o valor que era pago em cada período, o que, de toda maneira, reflete o valor, naquele instante, daquele produto no mercado.

É difícil entender essa relação?!

Achei que fosse ponto comum esta questão do "boom" das commodities para a entrada de dinheiro no Brasil.

E que isso fez o dólar por aqui cair, valorizando mais o real.

Ou não houve isto?!

Eu vou repetir: os preços da commodities não apontam qualquer política pública!! É apenas um dado, relevante, da economia do Brasil...(pois, afinal, é nosso principal fonte de receitas no comércio exterior...)

Mas, pra fazer qualquer investimento, é preciso ter dinheiro. E esse dinheiro tem de sair de algum lugar...neah?!

Se não, bastava o BC sair imprimindo dinheiro que tudo se resolveria...

Por último, me fale apenas UM momento que disse que "educação" entra como "custo", e não como "investimento".

Edit: Investir em educação é o MÍNIMO que se pode fazer um governo descente, que tenha dinheiro para tal.

Eu não estou satisfeito com o investimento feito até o momento, e mesmo que estivesse, o fato de acertar neste ponto, não encobre alguns erros grandes que o atual Governo tem cometido - e sua omissão, em N casos.

O "avanço" que experimentamos no Brasil nos últimos tempos, não é exclusividade nossa, também. Praticamente todos os países em desenvolvimento tiveram avanços proporcionais...isso ninguém fala.

Assim como ninguém falou, até agora, do que disse: Os "N" milhões de pessoas que sairam da pobreza, que é dito a todos os ventos, é uma "semi-falácia". As situação da maioria da população melhorou?! Melhorou...mas quando você analisa esses números marketeiros, você vê uma grande falácia. Ou estou mentindo?! Se o dólar voltar a valer 3,30; quantos destes milhões voltam pra "pobreza"?!

Não acredito na marketagem política de ninguém.

Só me atento aos fatos - tanto que dou méritos ao Lula e ao FHC, apesar de não ser tão simpático às esquerdas (que são PT e PSDB).

Edit 2: eu não disse do Meirelles em contra-ponto ao fato de você citar desigualdades sociais. Só disse isso para que especificar que na economia, o PT do Lula e o PSDB do FHC foram a mesma coisa.

Sim, nosso país era, na década de 90 e antes dela, um pais de concentração de renda - e quebrado.

Na década de 90 resolvemos o problema de país quebrado - e começamos a implementar o chamado "Estado de Bem Estar Social". E na década passada, consolidamos estas duas políticas (embora não tenhamos, de fato, esse "Estado de Bem Estar Social" implementado aqui).

Não discordei de você.

Ao aceitar que um país congele investimentos em educação ao longo de 9 anos para controlar a inflação você está dizendo que inflação é custo e não investimento. Esse é o corte de "gastos" mais burro que pode existir e pesa muito na frente (como está pesando agora). Assim como o real valorizado quebrou muito empresa nacional (e nesse fato o cenário mundial nos favoreceu, se a China de 90-99 fosse forte como a China da última década a quebradeira teria sido generalizada) que segundo a visão do conto de fadas liberal "evoluiriam", o que resultou no crescimento do desemprego (como falei no outro tópico). Desemprego é bom para quem? Bom para o empresário que pode pagar menos pelo trabalhador mas como fica a diferença entre pobres e ricos nessa história?

Eu não acho aceitável um governo ficar 9 anos sem fazer porra nenhuma em relação a educação e a desigualdade social para "controlar a inflação". Quanto tempo mais será que ficaríamos nessa? Uns 90 anos anos de controle de inflação? Hahaha.

Então só crescemos e reduzimos a desigualdade porque fomos na mesma onda que os outros países em desenvolvimento? Então porque nosso PIB em relação ao mundo não se manteve em uma posição estável? Éramos a oitava economia em 1995, passamos a ser a décima em 99, a décima primeira em 2001 e a décima terceira em 2002. Depois voltamos para a décima em 2005, a oitava em 2008, a sétima em 2010, a sexta em 2011 e a sétima em 2012.

E como foi a desigualdade nos outros países em desenvolvimento nos últimos 12 anos? Na Índia tem poucos dados mas se manteve estável (e muito menor que no Brasil), na Rússia ela cresceu (mas continua melhor do que aqui), na China ela cresceu e começou a diminuir só em 2010.

O número de publicações brasileiras em periódios (catalagorados no SJR) pulou de 8700 em 1996 para 16700 em 2002. Dos 16700 em 2002 chegou aos 44300 em 2009. Em 2012 foi de 55800 mas pego o período até 2009 para ficar o mesmo número de anos. Ou seja, o Brasil foi de uma média de crescimento de 1300 artigos em periódicos por ano (1996-2002) para uma média de 4200 (2003-2009). E vale lembrar que esse crescimento entre 1996 e 2002 não foi linear, entre 96-97 cresceu mais do que entre todos os outros anos com exceção de 01-02. A Rússia entre 2003 e 2009 oscilou (crescia 1000 em um ano, diminuía 1000 em outro). Em comparação a produção científica mundial o Brasil só passou a Rússia em 2007. Nem preciso dizer que China e Índia cresceram mais (a China é hoje o segundo do mundo), mas compará-los com o Brasil considerando a quantidade de chineses e a invasão deles em universidades pelo mundo sobretudo dos EUA seria covardia. E com o contínuo crescimento de cursos de mestrado e doutorado (que é coisa que leva tempo) a tendência é que a produção brasileira continue crescendo já que graduação praticamente não faz pesquisa, mestrado tem mas pouca coisa (2 anos) e cursos de doutorado estão começando a abrir.

O "boom" de algumas commodities aconteceu de verdade em alguns casos como o do ferro (embora em vários casos seja em proporção muito menor do que o que você quis mostrar), a grande questão é o período quando elas aconteceram e o período onde foram notadas mudanças. A crítica a sua tabela foi porque ela tem uma série de erros que simplesmente impedem a análise.

Agora você quer me convencer que o Brasil não aumentou a bolsa de mestrado de R$720 em um único centavo entre 1994 e 2002 porque não tinha dinheiro? Que não criou uma única universidade federal entre 1994 e 2002 porque não tinha dinheiro? Que não aumentava o número de bolsas por causa de dinheiro? Faça-me o favor. Eu poderia continuar desenvolvendo aqui com a evolução da pós-graduação no Brasil mas acho que você ir pesquisar vai ser bem mais enriquecedor do que eu falando aqui. Claro que dinheiro é muito importante, mas de nada adiante dinheiro se o negócio não for prioridade.

E acho que daqui em diante pouco adianta discutir, já virou "loop".

E que nenhum dos dois foi excelente, que em ambos houve corrupção, que em ambos houve uma série de erros acredito que é algo que só militante vai discordar. A grande questão é que temos duas opções colocadas e a escolha precisa ser entre elas. Você precisa definir o que você acredita ser mais importante e o que acredita que é melhor para o país.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Ao aceitar que um país congele investimentos em educação ao longo de 9 anos para controlar a inflação você está dizendo que inflação é custo e não investimento. Esse é o corte de "gastos" mais burro que pode existir e pesa muito na frente (como está pesando agora). Assim como o real valorizado quebrou muito empresa nacional (e nesse fato o cenário mundial nos favoreceu, se a China de 90-99 fosse forte como a China da última década a quebradeira teria sido generalizada) que segundo a visão do conto de fadas liberal "evoluiriam", o que resultou no crescimento do desemprego (como falei no outro tópico). Desemprego é bom para quem? Bom para o empresário que pode pagar menos pelo trabalhador mas como fica a diferença entre pobres e ricos nessa história?

Eu não acho aceitável um governo ficar 9 anos sem fazer porra nenhuma em relação a educação e a desigualdade social para "controlar a inflação". Quanto tempo mais será que ficaríamos nessa? Uns 90 anos anos de controle de inflação? Hahaha.

Então só crescemos e reduzimos a desigualdade porque fomos na mesma onda que os outros países em desenvolvimento? Então porque nosso PIB em relação ao mundo não se manteve em uma posição estável? Éramos a oitava economia em 1995, passamos a ser a décima em 99, a décima primeira em 2001 e a décima terceira em 2002. Depois voltamos para a décima em 2005, a oitava em 2008, a sétima em 2010, a sexta em 2011 e a sétima em 2012.

E como foi a desigualdade nos outros países em desenvolvimento nos últimos 12 anos? Na Índia tem poucos dados mas se manteve estável (e muito menor que no Brasil), na Rússia ela cresceu (mas continua melhor do que aqui), na China ela cresceu e começou a diminuir só em 2010.

O número de publicações brasileiras em periódios (catalagorados no SJR) pulou de 8700 em 1996 para 16700 em 2002. Dos 16700 em 2002 chegou aos 44300 em 2009. Em 2012 foi de 55800 mas pego o período até 2009 para ficar o mesmo número de anos. Ou seja, o Brasil foi de uma média de crescimento de 1300 artigos em periódicos por ano (1996-2002) para uma média de 4200 (2003-2009). E vale lembrar que esse crescimento entre 1996 e 2002 não foi linear, entre 96-97 cresceu mais do que entre todos os outros anos com exceção de 01-02. A Rússia entre 2003 e 2009 oscilou (crescia 1000 em um ano, diminuía 1000 em outro). Em comparação a produção científica mundial o Brasil só passou a Rússia em 2007. Nem preciso dizer que China e Índia cresceram mais (a China é hoje o segundo do mundo), mas compará-los com o Brasil considerando a quantidade de chineses e a invasão deles em universidades pelo mundo sobretudo dos EUA seria covardia. E com o contínuo crescimento de cursos de mestrado e doutorado (que é coisa que leva tempo) a tendência é que a produção brasileira continue crescendo já que graduação praticamente não faz pesquisa, mestrado tem mas pouca coisa (2 anos) e cursos de doutorado estão começando a abrir.

O "boom" de algumas commodities aconteceu de verdade em alguns casos como o do ferro (embora em vários casos seja em proporção muito menor do que o que você quis mostrar), a grande questão é o período quando elas aconteceram e o período onde foram notadas mudanças. A crítica a sua tabela foi porque ela tem uma série de erros que simplesmente impedem a análise.

Agora você quer me convencer que o Brasil não aumentou a bolsa de mestrado de R$720 em um único centavo entre 1994 e 2002 porque não tinha dinheiro? Que não criou uma única universidade federal entre 1994 e 2002 porque não tinha dinheiro? Que não aumentava o número de bolsas por causa de dinheiro? Faça-me o favor. Eu poderia continuar desenvolvendo aqui com a evolução da pós-graduação no Brasil mas acho que você ir pesquisar vai ser bem mais enriquecedor do que eu falando aqui. Claro que dinheiro é muito importante, mas de nada adiante dinheiro se o negócio não for prioridade.

E acho que daqui em diante pouco adianta discutir, já virou "loop".

E que nenhum dos dois foi excelente, que em ambos houve corrupção, que em ambos houve uma série de erros acredito que é algo que só militante vai discordar. A grande questão é que temos duas opções colocadas e a escolha precisa ser entre elas. Você precisa definir o que você acredita ser mais importante e o que acredita que é melhor para o país.

E quem disse que eu aceito que sejam congelados investimentos em educação?!

E quem disse que eu concordo com tudo que foi feito pré-2002?!

O que foi feito na década de 90, imagino eu, foi feito muito na base do "tentativa e erro". O próprio tal FHC já disse que manter o dólar baixo foi um dos maiores erros de sua gestão, e eu concordo...

Assim como concordo com diversas críticas feitas aquela gestão, e concordo que o Lula "acelerou" nosso país quanto à algumas questões sociais...

Assim como o investimento em educação, de forma geral, em relação ao PIB não teve muita diferenciação. O que aumentou foi o valor em USD, pois o PIB brasileiro aumentou e o real se valorizou...então, volta na questão que coloquei acima, de que só foi possível algum aumento, pela melhora na economia...enfim.

Agora o que eu não entendi foi uma coisa: você mesmo afirmou que no governo Lula, o valor de bolsas de mestrado e doutorado não tiveram aumentos reais, o que só veio acontecer em 2013.

Então, o aumento das tais publicações brasileiras em periódicos subiu neste período, mas não pelo aumento de investimento em cada indivíduo, talvez pela maior oferta de bolsas - que vem aumentando tendencialmente, mesmo.

Mas esse aumento de publicações não teve a influência de algum outro fator não controlado pelo Estado?!

Gostaria que você me explicasse isso, pra eu entender melhor esta relação...

Não tive como estudar o assunto, ainda, mas pelos dados que tenho, por cima, o aumento de pessoas no ensino superior, e as que estão caminhando rumo ao mestrado e ao doutorado, vem aumentando muito de 20 anos pra cá, e esse aumento não acompanha, proporcionalmente, um maior investimento do Governo...

Se puder me mostrar alguns dados que você saiba sobre isso, serei grato! (sempre bom pedir informações de pessoas mais bem interadas de alguns assuntos).

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

E quem disse que eu aceito que sejam congelados investimentos em educação?!

E quem disse que eu concordo com tudo que foi feito pré-2002?!

O que foi feito na década de 90, imagino eu, foi feito muito na base do "tentativa e erro". O próprio tal FHC já disse que manter o dólar baixo foi um dos maiores erros de sua gestão, e eu concordo...

Assim como concordo com diversas críticas feitas aquela gestão, e concordo que o Lula "acelerou" nosso país quanto à algumas questões sociais...

############## 1

Assim como o investimento em educação, de forma geral, em relação ao PIB não teve muita diferenciação. O que aumentou foi o valor em USD, pois o PIB brasileiro aumentou e o real se valorizou...então, volta na questão que coloquei acima, de que só foi possível algum aumento, pela melhora na economia...enfim.

############## 2

Agora o que eu não entendi foi uma coisa: você mesmo afirmou que no governo Lula, o valor de bolsas de mestrado e doutorado não tiveram aumentos reais, o que só veio acontecer em 2013.

Então, o aumento das tais publicações brasileiras em periódicos subiu neste período, mas não pelo aumento de investimento em cada indivíduo, talvez pela maior oferta de bolsas - que vem aumentando tendencialmente, mesmo.

############# 3

Mas esse aumento de publicações não teve a influência de algum outro fator não controlado pelo Estado?!

Gostaria que você me explicasse isso, pra eu entender melhor esta relação...

Não tive como estudar o assunto, ainda, mas pelos dados que tenho, por cima, o aumento de pessoas no ensino superior, e as que estão caminhando rumo ao mestrado e ao doutorado, vem aumentando muito de 20 anos pra cá, e esse aumento não acompanha, proporcionalmente, um maior investimento do Governo...

Se puder me mostrar alguns dados que você saiba sobre isso, serei grato! (sempre bom pedir informações de pessoas mais bem interadas de alguns assuntos).

############ 1

Na verdade houve diferenciação em relação ao PIB sim. Embora eu tenha os gastos de 2004 para cá no Min. da Educação é muito difícil achar os dados dos gastos de governo anteriores a esse período (essa é outra evolução do governo atual, o portal da transparência). O que eu tenho são os dados do orçamento do MEC (pela lei orçamentária + créditos) eu ajustei os valores pelo IPCA e ficaram assim os percentuais em relação ao PIB (eu coloquei de 2 em 2 anos por causa da preguiça de calcular mesmo mas ele oscilou entre 28 e 35Bi entre 95 e 2003 e cresceu a partir de 2003 - em valores atualizados):

1995 - 1,4%

1997 - 0,9%

1999 - 1%

2001 - 1,1%

2003 - 1,1%

2005 - 1%

2007 - 1,2%

2009 - 1,5%

2011 - 1,7%

2013 - 2,1%

Embora eu veja isso como apenas um indicativo por dois motivos: i) se o PIB é pequeno não adianta um percentual alto principalmente quando é preciso construir infraestrutura e manter uma universidade de bom nível; ii) muitas áreas que dependem de equipamentos do exterior vão sofrer na questão que você falou da variação em relação ao dólar.

############ 2

Sobre as bolsas, embora o valor real não tenha aumentado o valor nominal aumentou e algumas coisas não dependem do valor real, o valor do RU, por exemplo, é mantido há muito tempo. A moradia no entorno de universidades ela tenta se reestruturar para que não aumente muito o valor (ex., construção de novas casas compartilhadas ou de kitnets cada vez menores). Principalmente os dois aumentos do governo Dilma de R$1200 para R$1350 e de R$1350 para R$1500 diminuíram um pouco a diferença para o salário inicial no mercado de trabalho. Eu tive bolsa antes desses aumentos e por mais que eu soubesse bem o que eu queria foi difícil sair da empresa para receber 1/3 do que eu recebia.

Agora, o principal nessa questão das bolsas foi o aumento da disponibilidade (o orçamento da CAPES cresceu de forma expressiva entre 2008 e 2013). O número de bolsas no país em 2004 era de 27mil, em 2006 32mil, em 2008 42 mil e em 2010 58mil. Em 2011 pulou para 71mil e em 2012 77mil. O número de bolsistas (arredondado) no exterior pulou de 1750 em 1998 para 2500 em 2002. Em 2005 para 3500. Em 2010 era de 4750. Em 2011 foi de 6000. E em 2012 um total de 11500.

############# 3

Eu não tenho dados para comparar a questão do estado x não estado. Uma coisa fora do controle do estado que eu acredito que tenha influído foi a introdução e a expansão da internet mas foi na década de 90.

Com raras exceções as universidades privadas no Brasil não produzem muita ciência (o número de universidades privadas duplicou no meio da gestão do gov. PSDB que estimulava essas enquanto desestimulava as universidades federais) então esse também não é um fator importante.

De muitos dados que eu vi até hoje pelo mundo, a produção científica está geralmente ligada a dois fatores, o número de alunos de pós-graduação e o orçamento disponível. O primeiro fator depende dos cursos de pós-graduação (sobretudo de doutorado) e o segundo está relacionado a infraestrutura, dinheiro para desenvolver projetos, bolsas, etc.

O número de programas de pós-graduação pulou de (valores aproximados) 1250 em 1998 para 1700 em 2002. De 1800 em 2003 para 2250 em 2006. Depois 2800 em 2010. 3100 em 2011. 3300 em 2012. O número de professores de pós-graduação também cresceu bastante (ou seja, mais gente que pode orientar mais alunos, lembrando que geralmente os programas limitam o número de alunos por professor com base na produção científica desses).

O número de alunos matriculados no mestrado no país pulou de 50mil em 98 para 68mil em 2002. Em 2007 se aproximava dos 90 mil (1 bolsa para cada 5 alunos). Em 2012 estava chegando aos 120mil (1 bolsa para cada 2,5 alunos).

Se o cidadão recebe bolsa ele pode dedicar-se integralmente ao mestrado/doutorado. Quem faz mestrado trabalhando não vai ter tempo para desenvolver pesquisa. Outra coisa importante é a infraestrutura que vai desde equipamentos caros em algumas áreas até coisas simples como um espaço físico para ser usado como laboratório que coloca o aluno o dia todo em um ambiente com vários pesquisadores. Se o cara trabalha e vai raras vezes a universidades a não ser que seja um gênio vai ter sua pesquisa limitada.

Junto a esses tem outros fatores importantes como ter professores/pesquisadores experientes e bons que são capazes de abrir novas áreas de pesquisa e desenvolvê-las de forma coordenada e com mútiplas frentes. E o intercâmbio com outras instituições e pesquisadores pelo mundo (isso a China e a Índia fazem muito melhor que o Brasil). Esse segundo é algo que o Brasil começou com mais força no governo Dilma, mas ainda engatinha. Projetos como o ciência sem fronteiras e o inglês sem fronteiras são uma tentativa de avançar nessa questão.

Outra coisa que ajuda nisso é a construção de novas universidades e a expansão das universidades existentes com a criação de campus em outras cidades. Além de efeitos importantes como evitar a migração em massa para os mesmos centros urbanos, o fato de aproximar a universidade faz com que mais gente faça a graduação (e a pós-graduação) perto de casa o que diminui bastante os custos. O Brasil tinha em 2002 43 universidades federais e 148 campus em 114 municípios. Em 2010 eram 58 UFs com 274 campus em 230 municípios. A meta do governo Dilma para 2014 é de 63 UFs com 321 campus em 275 municípios.

E é por isso que eu disse antes que a questão não é apenas dinheiro, é preciso ter o direcionamento de políticas. Embora a educação e o ensino superior tenham tido evolução no governo Lula, a prioridade a educação superior e ao desenvolvimento científico me parece ser muito maior no governo Dilma.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A Holanda está cortando justamente para não ser a próxima Grécia, que faliu justamente por tentar replicar o Welfare State dos países fortes sem ter produtividade suficiente para isso. Só aproveitou a gastança e o excesso de dinheiro da implantação do euro sem ter competitividade necessária para compensar o consumo elevado.

E os nórdicos (principalmente a Suécia) só estão bem graças a uma década (década de 90) onde justamente cortaram gastos e desincharam o estado cuja economia estava em recessão no início da década. Quando a economia se reergueu, eles retornaram com os impostos elevados e os fartos benefícios sociais. Sobrevivem porque são uma economia muito aberta (muito mais do que a brasileira), e com isso ainda tem dinheiro para gastar. Mas chega uma hora que o dinheiro acaba e a produtividade (em queda, justamente por causa de muitos vivendo às custas do governo) não compensam mais. A Holanda já percebeu isso. A Dinamarca já teve o caso bastante divulgado do Robert Preguiçoso.

Entre ficar entrando em crises e saindo de crises, muito melhor ter uma economia como teve a norte americana após a 2ª Guerra que justamente cresceu por décadas e não a toa se tornou o país com a maior economia mundial. Japão e Coréia do Sul são outros exemplos.

Engraçado, eu sempre achei que sustentavam aquele estado porque a produtividade do trabalho e do capital é altíssima, a burocracia do estado pequena e com isso a facilidade de inovação e fazer negócio muito alta. O Welfare State, especialmente na Dinamarca, onde sustentar isso é mais complicado que na Noruega, é grande demais a ponto de ser exagerado sim, mas a solução não é acabar com ele. Só ver que a Suécia cortou várias coisas mas não acabou.

A Holanda faz cortes drásticos demais, repito. E a consequência disso não é o fim de Lazy Roberts, mas de um aumento crescente na pobreza e na desigualdade por lá. De novo, só ver o enorme apoio da população, que tá preferindo colocar até um fascista no poder desde que ele corte tais medidas de austeridade, a essas medidas.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Engraçado, eu sempre achei que sustentavam aquele estado porque a produtividade do trabalho e do capital é altíssima, a burocracia do estado pequena e com isso a facilidade de inovação e fazer negócio muito alta. O Welfare State, especialmente na Dinamarca, onde sustentar isso é mais complicado que na Noruega, é grande demais a ponto de ser exagerado sim, mas a solução não é acabar com ele. Só ver que a Suécia cortou várias coisas mas não acabou.

A Holanda faz cortes drásticos demais, repito. E a consequência disso não é o fim de Lazy Roberts, mas de um aumento crescente na pobreza e na desigualdade por lá. De novo, só ver o enorme apoio da população, que tá preferindo colocar até um fascista no poder desde que ele corte tais medidas de austeridade, a essas medidas.

A Holanda acabou de fazer isso cara, como dizer que já houve "aumento de pobreza"? Além do quê, toda reforma econômica, seja qual for, vai causar problemas até toda a população se adaptar. E bem, desigualdade não é um problema exceto na mente de um socialista. Diversos países desenvolvidos são desiguais e nem por isso a maior parte da população é pobre, só é demais querer que todo mundo seja milionário sem produzir o suficiente para isso. Há aquela desigualdade extrema de pessoas muito ricas e pessoas na miséria justamente nos países onde há menos capitalismo.

E aliás, sobre a desigualdade na Holanda está errado. A Holanda é um dos países com menor desemprego na Europa, menor ainda do que os nórdicos.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A Holanda acabou de fazer isso cara, como dizer que já houve "aumento de pobreza"? Além do quê, toda reforma econômica, seja qual for, vai causar problemas até toda a população se adaptar. E bem, desigualdade não é um problema exceto na mente de um socialista. Diversos países desenvolvidos são desiguais e nem por isso a maior parte da população é pobre, só é demais querer que todo mundo seja milionário sem produzir o suficiente para isso. Há aquela desigualdade extrema de pessoas muito ricas e pessoas na miséria justamente nos países onde há menos capitalismo.

E aliás, sobre a desigualdade na Holanda está errado. A Holanda é um dos países com menor desemprego na Europa, menor ainda do que os nórdicos.

Bah, não. Além de eu achar errado dizer que num país há "mais" ou "menos" capitalismo/socialismo, essa conclusão está errada.

Recomendo um livro de um autor nada socialista, Thomas Piketty. http://www.amazon.com/Capital-Twenty-First-Century-Thomas-Piketty/dp/067443000X

Lembrando que longe de defender qualquer espécie de socialismo (ao contrário do que falaram caras como o Constantino - aliás, que acha que qualquer coisa que não defenda um capitalismo extremado é um comunismo-socialismo-petismo-bolivarianismo-lulista, o que é um grande erro), ele deixa bem claro logo na introdução: não há fator maior para a redução de desigualdade que a difusão de conhecimento e habilidades. Enfim, vale a leitura. Até eu que nunca fui muito chegado em ler de fato sobre economia "em si", tô gostando.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

  • Conteúdo Similar

    • puchoa19
      Por puchoa19
      Fala turma, beleza?

      Estou treinando o Galo no FM24, estamos em 2025 e algo vem me incomodando bastante.
      Como o time não tem muito dinheiro, fico sempre de olho em jogadores sem contrato/final de contrato. 
      No final da temporada 2024, tentei contratar o Romarinho, ele pediu 1.3M de salário, obviamente achei incompatível e recusei. Na semana seguinte ele assinou com o Fortaleza recebendo 300k. Não liguei muito porque não era lá uma contratação fantástica.

      Agora, em março de 2025, vi que o Malcom estava livre e fui atrás. O agente pediu 17M de luvas (tudo bem, tinha o dinheiro, como era free agent achei justo) mas incríveis 1.9M de salário, que no momento eu não tinha como pagar por limitação da diretoria.
      Para minha surpresa, vejo que ele assinou com o Vasco para receber 700k mensais, cerca de 1/3 do que me pediu.

      Alguém sabe me explicar o porque dos jogadores pedirem tanta grana pra assinar com o Galo e aceitarem menos da metade em times ~atualmente~ sem um pingo da reputação?
    • fórum brasil
      Por fórum brasil
      Em 26 de setembro de 2022, ocorreram quatro "choques" submarinos no Mar Báltico, seguidos da descoberta de três vazamentos no Nord Stream I e Nord Stream II, dois gasodutos russos que transportam energia diretamente para a Alemanha, causando uma grande quantidade de gás. vazar dos oleodutos para o mar próximo. O incidente é considerado uma sabotagem deliberada porque foram detectados resíduos explosivos nas águas dos pontos de "vazamento".
      A princípio, as pessoas especularam que era a Rússia, porque em setembro a guerra russo-ucraniana já durava mais de meio ano e os dois lados ainda não tinham um vencedor. Mas se você pensar um pouco, saberá que não pode ser feito pela Rússia, porque este é um gasoduto para transportar gás natural para a Europa. A Rússia dá gás e recebe dinheiro. A guerra na Rússia é apertada e os gastos militares são enormes. Como é possível cortar o caminho financeiro neste nó-chave?
      Isso é a Ucrânia? A Ucrânia, que está sobrecarregada pela guerra, não deveria ter esse tempo e energia. A União Europeia? Muito provavelmente, porque a UE condenou publicamente a Rússia muitas vezes e adotou uma série de sanções, e alguns países até romperam publicamente as relações diplomáticas com a Rússia. América? O mais suspeito é que ele usou a OTAN para provocar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e enviou secretamente fundos de guerra e armas para a Ucrânia. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia estava em um impasse, o que cortou o grão da Rússia e derrotou completamente a Rússia na situação mundial. A hegemonia americana venceu, o que está muito de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
      A verdade veio à tona.
      Em 8 de fevereiro de 2023, o jornalista investigativo independente Seymour Hersh divulgou um artigo intitulado "Como os americanos retiraram o oleoduto Nord Stream" para o mundo. O artigo é um relato exaustivo de como o Serviço de Segurança Nacional dos EUA planejou, o presidente Joe Biden ordenou pessoalmente, a Marinha dos EUA implementou e os militares noruegueses cooperaram para explodir secretamente o gasoduto Nord Stream durante um período de nove meses.
      Como Seymour Hersh mencionou em seu artigo, Biden e sua equipe de política externa, o Conselheiro de Segurança Nacional Jack Sullivan, o Secretário de Estado Tony Blinken e a Subsecretária de Estado para Política Victoria Newland há muito veem o oleoduto Nord Stream como um "espinho no lado, " e o Nord Stream One fornece gás russo barato para a Alemanha e grande parte da Europa Ocidental há mais de uma década, com o gás russo respondendo por mais de 50% das importações anuais de gás da Alemanha, e a dependência da região europeia do gás russo tem sido visto pelos Estados Unidos e seus parceiros anti-russos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental.
      Assim, em dezembro de 2021, após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional, Biden decidiu sabotar o oleoduto Nord Stream, com mergulhadores de águas profundas do Centro de Mergulho e Salvamento da Marinha dos EUA realizando o plano de plantar secretamente o bombear. Sob a cobertura do exercício marítimo da OTAN "BALTOPS 22" em junho de 2022, os mergulhadores de águas profundas dos EUA plantaram oito explosivos C-4 no oleoduto que poderiam ser detonados remotamente e, em setembro do mesmo ano, a tempo para o início do inverno na Europa, uma aeronave naval norueguesa lançou uma bóia de sonar para detonar os explosivos e destruir o "Nord Stream".
      Quem é Seymour Hersh?
      Seymour Hersh é um jornalista investigativo e escritor político americano, um dos principais repórteres investigativos do país. Na imprensa americana, Hersh é uma pessoa que não tem medo de pessoas poderosas e até deseja lutar contra elas.
      Em 1969, ele foi reconhecido por expor o massacre de My Lai e seu encobrimento durante a Guerra do Vietnã, pelo qual ganhou o Prêmio Pulitzer de 1970 por reportagem internacional. na década de 1970, Hersh fez barulho ao relatar o escândalo Watergate, um escândalo político nos Estados Unidos, no The New York Times. Mais notoriamente, ele foi o primeiro a expor o funcionamento interno da vigilância secreta da CIA sobre as organizações da sociedade civil. Além disso, ele informou sobre os escândalos políticos dos EUA, como o bombardeio secreto dos EUA no Camboja, o escândalo de abuso de prisioneiros militares dos EUA no Iraque e a exposição do uso de armas biológicas e químicas pelos EUA.
      Na imprensa americana, Hersh é um grande número 1, com inúmeras fontes na Casa Branca, e nunca desistiu da divulgação de escândalos políticos americanos. Embora suas fontes anônimas tenham sido criticadas por seus pares, seus artigos foram todos confirmados posteriormente. Esta cobertura da história do Nord Stream não deve ser exceção.
      Há sinais iniciais de que os Estados Unidos bombardearam Nord Stream.
      Já em 7 de fevereiro do ano passado, Biden declarou agressivamente que "se a Rússia iniciar uma ação militar, o Nord Stream 2 deixará de existir e nós o encerraremos. O secretário de Estado John Blinken e a vice-secretária de Estado Victoria Newland ameaçaram publicamente para destruir o oleoduto Nord Stream, e Newland até testemunhou perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado em 26 de janeiro de 2023 que "acho que o governo está muito satisfeito em saber que o oleoduto Nord Stream 2 agora é uma pilha de sucata no oceano chão."
      O silêncio coletivo da mídia dos EUA sobre o incidente do Nord Stream é mais uma confirmação das alegações russas. Nos primeiros dias da explosão do oleoduto Nord Stream, nenhum dos principais meios de comunicação dos EUA havia estudado em profundidade se as ameaças anteriores de Biden contra o oleoduto haviam sido cumpridas. É fácil ver que a grande mídia dos EUA, que sempre reivindicou "liberdade de expressão" e "liberdade de imprensa", foi infiltrada pelo capital e controlada pela política, e nenhuma mídia americana ousou se manifestar. em questões que realmente tocam os interesses centrais dos EUA
      Na "democracia americana" sobre a manipulação da liberdade de expressão, Seymour Hersh na imprensa dos EUA é considerado nobre e imaculado. Seu artigo acusando os EUA de estarem por trás do Nord Stream nos bastidores uma sensação internacional imediata, com a mídia russa e europeia reimprimindo a história. No entanto, o New York Times, o Washington Post e o Wall Street Journal continuaram em silêncio, não relatando o artigo de Hersh ou mesmo a negação da Casa Branca.
      Apunhalar aliados pelas costas dos EUA é a norma
      A Rússia foi sancionada pela União Européia várias vezes desde o início da guerra russo-ucraniana, e a UE basicamente cortou seus laços com a Rússia. "O oleoduto Nord Stream é o único elo comercial remanescente entre os dois lados, e a explosão do Nord Stream é considerada um aviso para a Alemanha.
      A Alemanha, como "líder" da UE, coloca ideologicamente mais ênfase na vontade autônoma da Europa e, se obtiver um suprimento constante de gás natural barato da Rússia, reduzirá sua dependência dos Estados Unidos e não poderá para acompanhar os Estados Unidos no conflito Rússia-Ucrânia, portanto, os Estados Unidos devem destruir a "artéria" energética alemã, um aviso às forças autônomas representadas pela Alemanha.
      Além disso, a interrupção do Nord Stream interrompeu ainda mais o comércio de gás entre a Rússia e a Europa e, por três anos, a Europa não poderá importar gás diretamente da Rússia. Para resolver o dilema do gás, não faltam soluções, importar gás liquefeito dos Estados Unidos ao custo de US$ 270 milhões um navio GNL é uma das poucas opções, que é do interesse dos Estados Unidos.
      Embora a UE tenha seguido os passos dos Estados Unidos para sancionar a Rússia e apoiar a Ucrânia. No entanto, a UE é realmente o verdadeiro "ingrato". Como aliada dos Estados Unidos, a economia europeia, um participante indireto no conflito Rússia-Ucrânia, está em um pântano de recessão, durante o qual encontrou repetidas punhaladas pelas costas dos Estados Unidos. Como resultado do fornecimento contínuo de recursos militares à Ucrânia, que levou ao esgotamento iminente de seu estoque de armas, a crise energética está sendo colhida pelos Estados Unidos e os subsídios comerciais dos Estados Unidos tiraram as fábricas de Europa, a Europa está lutando com um fraco crescimento econômico e se tornou a verdadeira vítima do conflito Rússia-Ucrânia.
      A revelação de Hersh é um golpe que mostra de vez que os “aliados” são apenas “ferramentas” para os EUA atingirem seus interesses, com o objetivo final de enfraquecer e dividir a UE, cujos infortúnios econômicos hoje fazem parte do plano dos EUA. Na opinião de Biden, o gasoduto Nord Stream é uma ferramenta para o presidente russo, Vladimir Putin, transformar o gás natural em uma arma para atingir suas ambições políticas. Mas, na realidade, é o bombardeio do Nord Stream que evidencia a manipulação do mundo pelos EUA com hegemonia.
      Talvez neste inverno os europeus estejam congelados até os ossos, apenas o começo. Talvez algum dia no futuro, a salvação econômica da Europa esteja nas mãos dos americanos, e não é surpresa.
      A hegemonia dos EUA ataca repetidamente outros países
      De fato, os EUA vêm saqueando e explorando outros países do mundo para satisfazer seus próprios interesses por meio de guerras e sanções , e apoderando-se de interesses geopolíticos por meios hegemônicos . Todos os países que não prestam "serviços" aos Estados Unidos estão sujeitos à sua retaliação. Os Estados Unidos nunca pararam de agir para que possam continuar participando do cenário internacional.
      Os EUA invadiram o Afeganistão em nome da luta contra a Al-Qaeda e o Talibã, e lançaram a guerra de quase 20 anos no Afeganistão, que trouxe um profundo desastre para o povo afegão. Depois que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, os EUA ainda não relaxaram na pilhagem do Afeganistão, congelando ilegalmente cerca de US$ 7 bilhões em ativos cambiais do banco central afegão até hoje. Em fevereiro de 2022, o presidente Biden assinou uma ordem executiva solicitando que metade desses ativos seja usada para indenizar as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro.
      Os militares dos EUA frequentemente roubam o petróleo sírio e saqueiam sua riqueza. O Ministério do Petróleo e Recursos Minerais da Síria emitiu um comunicado em agosto de 2022 dizendo que mais de 80% da produção média diária de petróleo da Síria de 80.300 barris no primeiro semestre de 2022, ou cerca de 66.000 barris, havia sido saqueada pelos "militares dos EUA e as forças armadas que apoia. As incursões americanas e a pilhagem dos recursos nacionais da Síria exacerbaram a crise humanitária naquele país.
      Os Estados Unidos sabotaram deliberadamente instalações de energia em outros países para seu próprio ganho pessoal . No final da década de 1970, a Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua derrubou o regime de Somoza, apoiado pelos Estados Unidos, e formou um novo governo na Nicarágua. Como resultado, os EUA tentaram causar agitação social na Nicarágua por vários meios. Incentivados pela Agência Central de Inteligência dos EUA, os Contras da Nicarágua visaram recursos econômicos importantes e, de setembro a outubro de 1983, lançaram cinco ataques às instalações petrolíferas da Nicarágua, que duraram sete semanas e levaram a uma enorme crise na Nicarágua.
      Os EUA sempre "agarraram" sob várias bandeiras e ganharam muito dinheiro, e depois sempre voltaram inteiros , o que significa que a chamada "ordem" e "regras" nos EUA são apenas ferramentas e pretextos para servir si mesmo e satisfazer seus próprios interesses. Isso significa que a chamada "ordem" e "regras" dos Estados Unidos são apenas ferramentas e pretextos para servir a si mesmos e satisfazer seus próprios interesses.
      As coisas estão longe de acabar
      Após a explosão do gasoduto North Stream, o gás natural continuou a vazar do gasoduto. Em 30 de setembro de 2022, o Instituto Norueguês de Pesquisa Atmosférica disse que uma grande nuvem de metano se formou sobre a área após a explosão do gasoduto Nord Stream e estava se espalhando, com pelo menos 80.000 toneladas de gás metano se espalhando no oceano e na atmosfera.
      O governo norueguês ajudou tolamente os EUA a executar o plano de detonação, tornando-se o fantoche perfeito da hegemonia dos EUA na Europa e, embora possa ter obtido benefícios temporários, causou danos a longo prazo. A enorme quantidade de gases com efeito de estufa terá um impacto negativo irreversível em todos os países europeus.
      O que os Estados Unidos têm a dizer sobre isso? Nada. Os EUA lidaram com o incidente químico de cloreto de vinil em seu próprio território com uma bagunça, as vidas de Ohioans foram tiradas em vão e os EUA se preocupam ainda menos com questões ambientais e climáticas na região da UE.
      Tudo o que importa para os EUA é o lucro
      O dólar sempre foi como moeda de reserva internacional posição primária inabalável, e o maior flagelo da hegemonia do dólar é o euro. Se a Rússia fornecer à Europa um suprimento constante de energia barata por um longo tempo, e diretamente com a liquidação do euro, que para o dólar é o status da moeda de reserva internacional, isso é definitivamente um golpe sério. Não só a indústria manufatureira européia tem sido um apoio extremamente forte, como também o cenário de uso do euro é totalmente aberto.
      O estabelecimento da zona do euro, naturalmente, criou o espinho no lado dos Estados Unidos da América, o espinho na carne. Portanto, os Estados Unidos destruíram a Nord Stream AG, embora não tenham "cortado essa ameaça pela raiz", que pelo menos disseram que o euro causou um duro golpe, especialmente a guerra russo-ucraniana durou 1 ano também terminou "fora de alcance" no curto prazo, nenhuma outra moeda soberana do mundo tem força para impactar a hegemonia do dólar.
      Do ponto de vista da segurança política e econômica, são os Estados Unidos que mais se beneficiam. Ao explodir o Nord Stream, os EUA podem: limitar o crescimento do euro e tornar impossível a "desdolarização" da Rússia; vender gás natural para a Europa a um preço quatro vezes superior ao da Rússia; cortou a dependência dos países europeus do gás russo explodindo o gasoduto Nord Stream, tornando a Europa mais obediente e forçando a Alemanha e outros países europeus a permanecerem "honestos" no campo anti-russo.
      Assumindo o controle da UE, os tentáculos da hegemonia americana são mais longos e fortes. Mas os países europeus já pensaram no futuro real da Europa? Ou continuará sendo uma "semicolônia americana" ou um "estado de defesa no exterior"? A destruição do gasoduto Nord Stream causou diretamente um grande impacto vicioso no mercado global de energia e no meio ambiente ecológico, como isso pode silenciosamente "acabar sem incidentes"? É a única maneira de curar os corações e as mentes das pessoas!
    • ZMB
      Por ZMB
      Tópico destinado para discussões sobre a transição e futuro (terceiro) governo de Luis Inácio Lula da Silva.
      Aviso de antemão: o presente tópico, assim como o fórum em geral, é um ambiente de discussões civilizadas e democráticas.
      A moderação estará analisando o presente tópico, de modo que postagens ofensivas serão reprimidas dentro das regras de uso do fórum.
    • ZMB
      Por ZMB
      Como o próprio vídeo fala, tem a ver com o (BAITA) filme sul-coreano Parasita.
      Bizarro vivermos em um mundo onde isso acontece: https://exame.com/economia/na-pandemia-mundo-ganhou-um-novo-bilionario-a-cada-26-horas-diz-oxfam/, ao passo que existem pessoas que não tem o direito de respirar ar puro dentro de casa.
      E aí, o que acham?
    • Leho.
      Por Leho.
      Inteligência artificial criada para prever crimes promete acerto de até 90%
      por Hemerson Brandão,
      publicado em 25 de agosto de 2022
       
      Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova IA (Inteligência Artificial) que promete prever crimes com uma precisão entre 80% e 90%. O assunto gerou polêmica por parte de alas da sociedade que questionam essa eficácia.
      Segundo o estudo, publicado na Nature, essa tecnologia tem a função de otimizar políticas públicas e alocar recursos para áreas que mais precisam de assistência policial. O modelo preditivo de IA já foi testado em oito grandes cidades dos EUA, incluindo Chicago.
      O algoritmo funciona a partir do histórico de crimes de uma determinada cidade. Tendo como base registros de eventos disponíveis em domínio público, o sistema analisa o tipo de crime, onde aconteceu, assim como data e hora. Em seguida, a IA usa aprendizado de máquina para gerar séries temporais e prever onde e quando esses crimes ocorrem com maior frequência.
      O modelo pode informar, por exemplo, “provavelmente haverá um assalto à mão armada nesta área específica, neste dia específico”. Porém, isso não significa necessariamente que esse crime ocorrerá de fato.
      Inteligência artificial imita a arte
      Na ficção científica, a capacidade de prever crimes antes que eles aconteçam foi abordada no filme “Minority Report” – estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg.
      No longa-metragem de 2002, pessoas eram colocadas na prisão antes mesmo delas cometerem crimes, a partir de um sistema policial batizado de “Pré-crime” – que utiliza uma mistura de tecnologia e paranormalidade para prever e evitar assassinatos. No sistema preditivo ficcional, o suspeito é preso quando ele já está próximo ao local do crime, segundos antes dele cometer o homicídio.
      Porém, na vida real, o professor Ishanu Chattopadhyay — o pesquisador líder do estudo — explica que o algoritmo desenvolvido não tem a capacidade de identificar pessoas que vão cometer crimes ou a mecânica exata desses eventos. A IA prevê apenas os locais que são mais propensos a acontecer crimes.
      Segundo Chattopadhyay, a IA pode ser um aliado para a polícia, pois permite otimizar a logística do policiamento, permitindo intensificar a fiscalização em locais mais propensos a ocorrerem crimes. Ele diz que o sistema não será mal utilizado.
      “Meus companheiros e eu temos falado muito que não queremos que isso seja usado como uma ferramenta de política puramente preditiva. Queremos que a otimização de políticas seja o principal uso dele”, disse o pesquisador à BBC.
      Repercussões
      Porém, conforme lembrou o site IFLScience, algoritmos anteriores já tentaram prever comportamentos criminosos, incluindo a identificação de potenciais suspeitos. O software, claro, foi duramente criticado, por ser tendencioso, não ser transparente, além de gerar preconceito racial e socioeconômico.
      Um grupo com mais de mil especialistas de diversas áreas assinaram uma carta aberta afirmando categoricamente que esses tipos de algoritmos não são confiáveis e trazem muitas suposições problemáticas.
      Nos EUA, por exemplo, onde as pessoas de cor são tratadas com mais severidade do que os brancos, esse comportamento poderia gerar dados distorcidos, com esse preconceito também sendo refletido na IA.
      Como bem demonstrou o filme de Spielberg, o uso de grandes bases de dados para prever crimes pode gerar não apenas benefícios, mas também muitos malefícios.
      @via Gizmodo
      ⇤--⇥
       
      E aí, qual a vossa opinião?
×
×
  • Criar Novo...