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Nova orientação para psicólogos prega que adolescência agora vai até os 25 anos


Visitante João Gilberto

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Visitante João Gilberto
Nova orientação para psicólogos prega
que adolescência agora vai até os 25 anos
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LONDRES - Uma nova orientação para psicólogos americanos prega que a adolescência agora vai até os 25 anos, e não apenas até os 18 anos como estava previsto.
- A ideia de que de repente, aos 18 anos, a pessoa já é adulta não é bem verdade - disse à BBC a psicóloga infantil Laverne Antrobus, que trabalha na Clínica Tavistock, em Londres. - Minha experiência com jovens é de que eles ainda precisam de muito apoio e ajuda além dessa idade.
A mudança serve para ajudar a garantir que quando os jovens atingem a idade de 18 anos não caiam nas lacunas no sistema de saúde e educação - nem criança, nem adulto - e acompanha os acontecimentos em nossa compreensão de maturidade emocional, desenvolvimento hormonal e atividade cerebral.
Há três estágios da adolescência: dos 12 aos 14, dos 15 aos 17 e dos 18 em diante. A neurociência tem mostrado que o desenvolvimento cognitivo de uma pessoa jovem continua em um estágio mais tardio e que, sua maturidade emocional, a autoimagem e o julgamento são afetados até que o córtex pré-frontal seja totalmente desenvolvido.
O professor de sociologia Frank Furedi, da Universidade de Kent, defende que já há um grande número de jovens infantilizados e que a medida só vai fazer com que homens e mulheres fiquem ainda mais tempo na casa dos pais.
- Frequentemente se apontam as razões econômicas para este fenômeno, mas não é bem por causa disso - diz . - Houve uma perda da aspiração por independência. Quando eu fui para a universidade, se fosse visto com meus pais decretaria minha morte social. Agora parece que esta é a regra.
Furedi acredita que esta cultura da infantilização intensificou o sentimento de dependência passiva, que pode levar a dificuldades na condução dos relacionamentos maduros. E não acredita que o mundo virou um lugar mais difícil para se viver.
- Acho que o mundo não ficou mais cruel, nós seguramos nossas crianças por muito tempo. Com 11, 12, 13 anos não deixamos que saiam sozinhos. Com 14, 15, os isolamos da experiência da vida real. Tratamos os estudantes universitários da mesma maneira que tratamos alunos da escola, então eu acho que é esse tipo de efeito cumulativo de infantilização que é responsável por isso.
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a tendência é que se expanda mais ou menos de acordo com a expansão da expectativa de vida e das necessidades do mundo atual né, parece exagero à princípio, mas é compreensível

só não se pode pensar que a adolescência é igual aos 14 e aos 18, por exemplo

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Visitante João Gilberto

...isso é meio óbvio de acontecer e é justamente a nossa geração o maior exemplo dessa transformação. Basta lembrar que antes da idade média não existia esse conceito de infância, muito menos adolescência que temos hoje. As crianças eram tratadas como pequenos adultos.

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Que palhaçada!

Agora aproveita e aumenta a maioridade penal pra 25 anos também! :kidding:

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Que palhaçada!

Agora aproveita e aumenta a maioridade penal pra 25 anos também! :kidding:

Seria o caminho natural das coisas, mais pro futuro (beeeem mais pro futuro), mas...

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Seria o caminho natural das coisas, mais pro futuro (beeeem mais pro futuro), mas...

Absurdo. Não tem como aceitar isso. Nem como uma hipótese para um futuro bem distante.

Ao invés de dar responsabilidades maiores, tentado formar o caráter. Estão tirando responsabilidades de adultos. Nego com 25 anos ser considerado adolescente? Por mais teórica que seja a coisa, indica um movimento de que é/será aceitável um cara de 25 anos agir como um piá.

Vou criar meus filhos em uma ilha, ou em marte cara. Pq por mais que tu tente ensinar, se a sociedade da respaldo para a criança se criar achando que pode ser inconsequente e irresponsável, mesmo ainda no momento onde ele tem potencial para ser mais produtivo. Oq tu faz?

As vezes penso que a Idiocracia existirá mesmo no futuro.

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Quando eu penso que os leite com pera não tem mais o que inventar .... geração lixo do caralho.

Que puta geração fresca, agora arrumaram mais uma desculpa.

O que será que diziam da geração que conseguiu criar o conceito de adolescência e impedir que garotos de 12/13 anos trabalhassem igual a adultos de 30 nas fábricas?

Hehehe

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O que será que diziam da geração que conseguiu criar o conceito de adolescência e impedir que garotos de 12/13 anos trabalhassem igual a adultos de 30 nas fábricas?

Hehehe

Velho isso é uma coisa, outra é tratar como criança nego barbado.

Pra transar (alguns né rsrs), fazer filho, matar e tocar o foda-se são os caras ... pra outras é essa frescura o mundo é duro e cruel.

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Guiga foi picado pelo mosquito da alternatividade, do libertarismo ao extremo?

25 anos? No Brasil?

Talvez em 2513.

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Velho isso é uma coisa, outra é tratar como criança nego barbado.

Isso é uma coisa porque foi a sociedade em que você cresceu, oras. Você está acostumado.

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Minhas resposta está mais acima.

É simplificação demais achar que um cara de 25 anos vai ser tratado com um de 14. É forçar a barra.

Estender a duração média da adolescência não significa tratar adulto como criança, significa, sim, compreender que o conceito de maturidade se modifica com o tempo e de acordo com a evolução de cada sociedade. O jovem não depende dos pais por mais tempo apenas porque foi infantilizado (o que não deixa de ser verdade) mas também porque o contexto mudou. Para muitos a adolescência pode se estender até os 25, ou mais, para outros, ela acaba aos 15, quando o adolescente tem que sair pra trabalhar e estudar à noite num ensino médio de merda.

O grande problema é esse pensamento medieval no que diz respeito à novidade que você e o outro aí expressaram. Oito ou oitenta, "sociedade de merda", "juventude de merda".

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Guiga foi picado pelo mosquito da alternatividade, do libertarismo ao extremo?

25 anos? No Brasil?

Talvez em 2513.

Eu não to defendendo esse ponto da maioridade penal, só joguei a ideia.

E o Lowko acertou na mosca o que eu queria dizer sobre isso.

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Minhas resposta está mais acima.

É simplificação demais achar que um cara de 25 anos vai ser tratado com um de 14. É forçar a barra.

Estender a duração média da adolescência não significa tratar adulto como criança, significa, sim, compreender que o conceito de maturidade se modifica com o tempo e de acordo com a evolução de cada sociedade. O jovem não depende dos pais por mais tempo apenas porque foi infantilizado (o que não deixa de ser verdade) mas também porque o contexto mudou. Para muitos a adolescência pode se estender até os 25, ou mais, para outros, ela acaba aos 15, quando o adolescente tem que sair pra trabalhar e estudar à noite num ensino médio de merda.

O grande problema é esse pensamento medieval no que diz respeito à novidade que você e o outro aí expressaram. Oito ou oitenta, "sociedade de merda", "juventude de merda".

Enquanto rolar esse mimimi com relação a juventude vamos criar este monte de idiotas que só sabem reclamar do mundo cruel ... por um punhado (são muitos na verdade) de idiotas imaturos vamos abrir as pernas e considerar todos os barbados eternos adolescentes ? se o cara é imaturo é problema dele, da a ele uma enxada e manda ele roçar um mato que em 3 meses ele vai saber um pouco mais sobre a vida, o trabalho e as responsabilidades.

Continuem pensando assim e passando a mão na cabeça desse bando de leite com pera.

Como falam no tropa "Você é que financia esta merda !"

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Enquanto rolar esse mimimi com relação a juventude vamos criar este monte de idiotas que só sabem reclamar do mundo cruel ... por um punhado (são muitos na verdade) de idiotas imaturos vamos abrir as pernas e considerar todos os barbados eternos adolescentes ? se o cara é imaturo é problema dele, da a ele uma enxada e manda ele roçar um mato que em 3 meses ele vai saber um pouco mais sobre a vida, o trabalho e as responsabilidades.

Continuem pensando assim e passando a mão na cabeça desse bando de leite com pera.

Como falam no tropa "Você é que financia esta merda !"

Provavelmente esse era o pensamento de muitos que viveram no século XIX quando criaram o conceito de adolescência e impediram "homens" de 12 anos de trabalharem 12h por dia numa fábrica ou em minas de carvão.

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Provavelmente esse era o pensamento de muitos que viveram no século XIX quando criaram o conceito de adolescência e impediram "homens" de 12 anos de trabalharem 12h por dia numa fábrica ou em minas de carvão.

Até porque trabalhar em uma mina de carvão deve ser tão ruim quanto trabalhar atrás de um pc, ou simplesmente ralar (ser boy, arrumar, pc fazer processos administrativos, etc).

Coitados, não sei como estou vivo até hoje !

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Um pouco de trabalho não faz mal pra ninguém.

Eu sempre reclamei pra caralho da minha mãe me obrigar a "trabalhar" na loja, ainda que na maioria das vezes durante as férias, desde a 7ª série. Eu não fazia quase nada, nem muito esforço físico (basicamente ficava no caixa recebendo e fazendo troco, fazia serviço de banco e uns serviços bestas no computador), e se bobear comia mais que trabalhava. Depois você cresce e vê que aquilo ali não era quase nada, mas te dá uma noção de responsabilidade e lidar com pequenos problemas que aparecem ajudam você a aprender a se virar. Foi importante. Mais importante do que se eu passasse o dia inteiro na rua ou jogando video game/mexendo no pc.

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Reclamar de trabalhar é coisa de moleque mimado. Fica desempregado pra tu ver que delicia que é ver suas contas se acumulando.

Muita viadagem essa molecada de hoje em dia. Pensam que a porra da vida é um desenho do Bob Esponja. Acorda cambada de filho da puta, se não acordar agora o mercado vai acordar vocês mais pra frente.

Eu trabalho em faculdade e vejo muito disso na molecada que entra na facul com 17/18 anos. Querem tudo na mão, não tentam fazer nada (preferem pedir)... se esses moleques são o futuro da nação, nós estamos completamente FODIDOS.

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Reclamar de trabalhar é coisa de moleque mimado. Fica desempregado pra tu ver que delicia que é ver suas contas se acumulando.

Muita viadagem essa molecada de hoje em dia. Pensam que a porra da vida é um desenho do Bob Esponja. Acorda cambada de filho da puta, se não acordar agora o mercado vai acordar vocês mais pra frente.

Eu trabalho em faculdade e vejo muito disso na molecada que entra na facul com 17/18 anos. Querem tudo na mão, não tentam fazer nada (preferem pedir)... se esses moleques são o futuro da nação, nós estamos completamente FODIDOS.

Não é só molecada não. Tem uma turma aí que não passa no vestibular de primeira, aí vai fazer cursinho, e fica numa maré mansa do caralho, fazendo porra nenhuma, mais matando aula que estudando, recebendo dinheiro do papai... Eu passo por um cursinho as vezes voltando da faculdade, eu fico puto como tem gente que não faz absolutamente merda nenhuma, fica fora de sala a aula inteira e vai pra botequim beber todo dia. Aí quando entra na faculdade, é o mesmo tipo mimado que tu falou, a diferença é que já tem 20 ou mais anos nas costas e tá bem mais tarde pra aprender a se virar.

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      Por Respeita Meu Manto
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    • Leho.
      Por Leho.
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      Sam Wilson (Falcão) e Bucky Barnes (Soldado Invernal) cara a cara na terapia. Imagem: Reprodução/Disney Plus
      “E, às vezes, você pode ser um herói ou um vilão dependendo do contexto. Um super-herói é um sujeito que também tem fragilidades, acontece com muitos personagens, não apenas nos seus traumas, mas também na questão da agressão. Isso sem dúvida abre muito campo para explorar novas histórias e narrativas. Eu acho positivo, porque tira a ideia de que há um super-homem em cada um desses heróis. Isso está afinada aos debates atuais”, explica a pesquisadora de história da arte Vanessa Bortulucce.
      À medida em que as décadas avançam, a postura do super-herói se modifica. Em alguns momentos, como na década de 1960, muitos heróis se envolveram no movimento pacifista. Já na década de 1980, vemos personagens com personalidades mais assertivas e mais agressivos. Agressividade essa geralmente associada aos traumas que deram origem ao lado heroico deles, como as mortes dos pais de Bruce Wayne (Batman) e do tio de Peter Parker (Homem-Aranha) e até mesmo o suicídio do pai de Utópico. Com isso, esses personagens apresentam uma postura muito mais agressiva em relação aos criminosos. “Você nunca viu um Batman tão violento como o da década de 1990”, afirma Castro.
      Utópico buscou ajuda psiquiátrica após problemas com a família. Imagem: Reprodução/Netflix
      Ascensão em meio ao desastre
      A Crise de 1929, também conhecida como “A Grande Depressão”, marcou um dos momentos mais caóticos do capitalismo na era moderna. Ela teve origem nos Estados Unidos, que na época já tinha se consolidado como a maior economia do mundo. Com a crise, muitas empresas quebraram e o desemprego saltou de 4% para 27%. Foi um verdadeiro caos econômico que em pouco tempo trouxe sérias consequências para a sociedade. Esse tsunami de problemas que sucedeu a crise foi crucial para a revolução das comics. 
      Para Vanessa Bortulucce, a principal relação entre a Grande Depressão e as HQs é a mudança do cenário das histórias. “Como a Crise de 29 envolveu o mercado de ações, os bancos e etc, você tem as cidades como um lugar marcado por desastres e más notícias. Então, os quadrinhos sofrem um certo refluxo nesse ambiente”, explica ela. Fora do ambiente das cidades, novos cenários começaram a ganhar força, como o espaço sideral de Flash Gordon e Brick Bradford. 
      Essa fragilização acabou criando o conceito do “herói extraordinário”, aquele que resolve problemas com facilidade, sem quebrar a cabeça, e assim entrega uma aventura fantástica que restaura a esperança do leitor, que não tem muita paciência para novos problemas. 
      Em 1938, quando foi lançada a primeira HQ do Superman, o herói absorveu muitas características da época, especialmente nas edições lançadas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O kryptoniano era invencível, imparável, como se estivesse passando uma mensagem. O mesmo pôde ser vista nas revistas da Capitã Marvel. Assim surgiram os primeiros aspectos para se discutir o mito do herói nas comics.
      Mito do herói no traço e na tela
      Contar sobre a vida dos personagens humanizou os super-humanos e até mesmo os alienígenas como Clark Kent. Isso reforçou a ideia de que um herói pode ser qualquer pessoa, como um fazendeiro do Kansas, um jovem franzino do Brooklyn ou um nerd do Queens.
      “O Super-Homem é um alienígena, mas o leitor olha para o Clark Kent, que é um homem comum. Ao se mostrar como um homem comum, ele estabelece um reconhecimento, e o leitor pensa em um Super-Man que estaria, simbolicamente, dentro dele. Com os heróis da Marvel, Stan Lee tem uma importância vital nesse sentido, porque ele inverte a lógica do Super-Homem: você não tem um herói que se passa por um homem comum, mas um homem –  ou mulher – comum que pode se mostrar como herói”, diz Bortulucce.
      Pensando sobre essa afirmação da pesquisadora, alguns nomes do MCU vêm em mente, como Viúva Negra, Falcão, Gavião Arqueiro, Homem de Ferro, Homem-Formiga, Vespa e muitos outros. Esses heróis sem poderes “mágicos ou alienígenas” usam tecnologia e habilidades de combate para derrotar os vilões. Porém, diferentemente dos heróis do século 20, os personagens da Marvel nos cinemas não carregam consigo um senso inabalável de justiça e têm em comum traumas que precisam ser tratados seriamente.
      Heróis enlatados
      Todo esse roteiro de heróis traumatizados e órfãos é bem conveniente para os enredos, como vimos até aqui. Por isso essa jornada entre perda e poder foi reproduzida em larga escalada para as dezenas de heróis que surgiram nas décadas seguintes aos anos 1960. Esses heróis chamados de enlatados basicamente mudam de nome, o lugar de origem, mas a essência segue sendo a mesma. Essa zona de conforto permitiu que grandes estúdios e produzissem vários heróis sem perder o trunfo de uma história dividida entre vida civil e vida com uniforme, como explica Mario Marcello Neto.
      “Algumas coisas se repetiriam, como a ideia da orfandade como característica para ser super-herói. Nisso a gente tem desde Shazam até o Batman. Parece até que o critério para ser herói é não ter os pais e mães [biológicos]. Na década de 1940 era pior e os heróis que sobreviveram daquela época para cá são muito poucos. Naqueles anos a gente via heróis que eram plágios. O próprio Shazam se envolveu em um processo de plágio por causa das semelhanças com o Superman”. 
      Heróis e política
      Entre as influências que as histórias de super-heróis podem ter na sociedade está a política. Assim como foi o caso do governo de Reagan nos anos 1980, as políticas e as HQs fazem essa troca de signos. Além de exercer uma influência natural com seus enredos, as histórias em quadrinhos também podem ser utilizadas como ferramenta política, como explica Bortulucce. “Muitos personagens surgem por causa da Segunda Guerra Mundial, como o Capitão América. Guerra do Vietnã? Homem de Ferro. Corrida espacial? Quarteto Fantástico. O medo e a maravilha do poder atômico? Hulk e Homem-Aranha. Minorias e lutas sociais? Pantera Negra e X-Men. Os quadrinhos são uma grande ferramenta política”. 
      Um bom e recente exemplo aconteceu durante as manifestações de 2013 contra o então governo de Dilma Roussef (PT). Muitos manifestantes foram às ruas com camisas da CBF e máscara do personagem V, de V de Vingança. A intenção era mostrar que “o povo” estava disposto a ir longe, como V foi. Na história em quadrinhos, o personagem adota um tom professoral e filosófico em seus discursos, e tem todo o tipo de ideia para derrubar um governo fascista que governava a Inglaterra. Entre as ações de V está a explosão do Parlamento Britânico.
      Essa ideia de que todo mundo pode ser um herói se mostra nesses tipos de situação. Na época, Alan Moore, o autor da HQ, chegou a comentar sobre o caso em entrevista ao site UOL. “Há 30 anos eu estava apenas respondendo à situação da Inglaterra da minha perspectiva. Não eram premonições do que aconteceria no futuro”, disse ele sobre a produção de V de Vingança. “Acho que não tenho muito a dizer a respeito [do uso das máscaras], porque eu sou apenas o criador da história. E eu não tenho uma cópia de ‘V’ em casa, isso foi tirado de mim por grandes corporações”, completou.
      Esse uso do V por manifestantes em 2013 é apenas um exemplo da relação entre quadrinhos e política. “As histórias em quadrinho influenciam em termos de filosofia de vida. Os leitores acabam se influenciando pelas ideias e propostas, acabam acreditando na visão de mundo daqueles heróis. Mas eu não acredito que uma pessoa normal seja influenciada aponto de vestir uma máscara ou uma roupa e sair por aí batendo nas pessoas resolvem os problemas do mundo”, diz Castro.
      Então, da próxima vez que você assistir a uma série, filme ou ler uma HQ e se perguntar: isso não está realista demais? Lembre-se de que a resposta é sim! Tudo vai ficar cada vez mais real enquanto continuaremos a ver homens voadores atirando raio laser pelos olhos.
      @Bitniks
    • _Biofa
      Por _Biofa
      Fala rapaziada, tem alguém aqui(provavelmente tem) que trabalhe com programação aqui?
       
      Estou começando a estudar a vera, nãoe stou trabalhando somente para estudar e me reinserir no mercado de trabalho. Estou aprendendo React, já tenho um conhecimento basico de JS e vou começar um bootcamp em Agosto agora sobre React/Backend com Node, etc. 
       
      Queria trocar ideia sobre assuntos do mercado e de aprendizado. tem alguem ai?
    • Leho.
      Por Leho.
      ---
      Trouxe a opinião do PH Santos que é um vlogger que eu sigo e acho maneiro, mas sintam-se à vontade pra trazerem outros vídeos de análises e comentários sobre o tema.
      Aliás, falando em comentário... o que vocês acham disso tudo? Qual o caminho que tomará o cinema? E o streaming, caminha pra ser a grande revolução midiática dentro do entretenimento que tá parecendo ou não?
    • Bikas
      Por Bikas
      Bom, o título é péssimo, eu sei, mas foi exatamente o que pensei quando lembrei do fórum. Muito, muito tempo que não entro aqui. Entrei no meu perfil antigo e o último acesso é de 2017, mas mesmo nessa época lembro que já entrava bem pouco por causa da faculdade. Nem lembro a senha.
      Instalei um SSD no notebook ontem e lembrei do FM, tô baixando e decidir dar uma olhada em como estava o fórum. Perdi o contato com todo mundo, as vezes ainda falo com  o Jonera pelo Twitter e falei com o Emerson Araújo no ano passado.
      Pelo que vi ainda tem uma galera boa aqui. Henrique, Bernardo, Lowko é Powko, Léo Reis, ggpofm e Bruno Trink. Não vi Ariel, Ne0 (lembrei dele esses dias por causa da Covid em Manaus, espero que esteja tudo bem) e nem o Matheus. Jogamos muito Dota 2 e eu era ruim demais. Eles ainda participam? Bernardo aparentemente virou cientista político (pode virar fonte!). Lembro que ele não parava de falar do Chomsky e por alguma razão eu achava que era um pensador ucraniano... 
      Acho que aqui foi por um bom tempo o espaço que pude exercitar minha vontade de escrever na adolescência: contava saves no Profissão: Manager (cheios de erro de português, mas tá valendo!), participei de um projeto Redação Fmanager, acho que tocado pelo Henrique, em que escrevíamos alguns textos sobre futebol. Lembro que algumas pessoas como o Emerson e o Jonera estavam fazendo Faculdade de Comunicação (acho que tinha mais gente, como o Renato e o rafinha13) e foi bem legal.
      Eu acho engraçado como são as coisas porque já havia vários sinais que eu gostava de escrever e de alguma forma viraria jornalista, mas nunca me toquei. Inclusive, quase fiz outras faculdades. Me formei no meio do ano passado em Jornalismo na UFJF, fiquei uns dois meses procurando emprego e acabei conseguindo uma vaga como repórter de política em um jornal de Belo Horizonte. Hoje cubro principalmente o governo Zema e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
      Vou tentar acessar mais o fórum (tô de folga até segunda, amém) e me inteirar das novidades. Vi que tá rolando umas entrevistas com os membros. Achei muito legal.
      Enfim, tô curioso para saber como está a vida de vocês, onde estão morando, se houve mudanças grandes etc. Galera teve filhos? Casaram? Foram morar no exterior?
      Abraços!
       
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