Política Aluno de medicina terá de trabalhar dois anos no SUS para se formar, anuncia governo; curso de medicina terá oito anos

[F J]

ha, se fosse tão bom assim não tinha nego pedindo asilo ou tentando processar cuba. Lembrando que trabalho escravo não é só o que ocorreu da África.

Sobre a playboyzada, concordo. Mas aí é o governo que escolhe dar ensino de graça pra essa playboyzada. (Pra ser honesto, eu não conheço ninguém que não queira ficar no "bem bom", a diferença de cada um é o jeito que cada um busca.).

Eles não se importam com a estrutura porque o indivíduo quer ter uma vida melhor, e ele vai buscar aonde tem essa estrutura pra trabalhar, ou pague o suficiente. Se o governo quer que mais médicos vão para os interiores do Brasil, que pague um salário melhor lá e dê uma estrutura suficiente pra trabalhar. Não cabe aos médicos irem pra esses lugares e reclamarem, cabe ao governo conseguir atrair pessoas pra trabalhar nesses lugares.

Logico cara, mas medicina é algo que tambem precisa de vocação, se você ta fazendo isso tem que ter na mente que quer ajudar as pessoas e não só enxer o cu de grana, uma vez levei um caboclo aqui no hospital universiario que tinha quebrado a perna, pedi ajuda pra tirar ele do carro porque era fortinho e ouvi um "não vou fazer isso porque não é meu trabalho" porra cara vc trabalha no hospital teu trabalho é ajudar, claro que ninguem trabalha de graça, mas como o Lenin disse tambem isso é bom pra verem a realidade do Brasil, saber lidar com algumas situações.... nenhum estudante vai la no interior sair fazendo coisa complexa mas é um aprendizado da vida para eles e vão ajudar pessoas.

A falta de estrutura é logicamente um problemas mas eu não vejo isso tornando essa medida da dilma uma medida errada, talvez menos eficaz do que ela deveria ser...

[MarkuZ]

Tô aceitando indicação de bons textos (de preferência com muitos dados) sobre o assunto.

Em princípio, acho bizarro obrigar alguém a trabalhar em alguma coisa que a pessoa não queira. Se fosse um forma de reembolsar pela educação custeada pelo governo (tanto nas universidades públicas quanto pelo FIES ou ProUni), até haveria uma explicação razoável. Sendo alguém que custeou do próprio bolso, acho difícil dar uma defesa moral pra isso.

Se o indivíduo tiver que mudar de cidade (acima de uma certa quilometragem) ou de estado, é PUTARIA ABSOLUTA.

Na questão prática é mais fácil defender. Mas é bom lembrar da estrutura, como o Tardelli (hahaha qual o seu nome?) falou. E não é só questão de construir hospitais e comprar equipamentos não. Tem a manutenção. Aqui no DF um funcionário do maior hospital público entrou com uma enceradeira numa sala de ressonância, a máquina engoliu a porra da ferramenta e passou meses sem funcionar. Como explicar demorar tanto tempo pra consertar um equipamento? Também no DF já teve caso de hospital pronto, equipado, e sem funcionar. Só citando dois exemplos que lembrei de cabeça.

E tem muito mais. Médico que tá em escala em hospital público, mas sei pra lanchar e não volta - ou sequer pisa no hospital. Ou tá atendendo na clínica particular. Falta de medicamento, de material...

E as graduações? Os cursos são bem feitos? Os professores ensinam o que há de mais novo na ciência? Os laboratórios funcionam? A carga horária é adequada? Existem pós-graduações suficientes? Aí você me responde que o governo anunciou 3988127 vagas, blá blá blá. Pois é, mas a gente sabe muito bem que quantidade não é qualidade. E na maioria das vezes a quantidade não é entregue.

[Salvador.]

Vamos por partes:

1 - É verdade que a falta de infraestrutura é grave;

2 - Não é verdade que falta de médicos não é problema, é problema sim. Exemplos não faltam e todo mundo que precisou de um atendimento de emergência ou ficou em filas esperando ser atendido em hospitais e postos de saúde sabe disso;

3 - Há pessoas que usam excessivamente a infraestrutura pública da saúde. Claro que não se brinca com a saúde, mas assusta saber que há pessoas que vão 60, 70, 80 vezes ao ano Na campanha para a prefeitura aqui uma senhora ficou famosa por reclamar que não conseguia ser atendida nos postos de saúde e detonando a prefeitura (o que foi respondido com a ficha dela onde constava 62 atendimentos no último ano);

4 - É difícil falar sobre a medida já que a notícia não traz detalhes de onde e como irão atuar. Com mais detalhes seria possível analisar e comparar com outros países que tem modelos similares.

5 - Se a maior parte das vagas criadas forem no interior e a área de atuação for onde a pessoa cursou ou nas proximidades não resolveria o problema apenas em grandes centros. Pela concorrência dos cursos de medicina, muitos alunos tentam em universidades pelo país todo (e provavelmente tentariam em lugares do interior).

6 - Há vários cursos que tem disciplinas de estágio em suas grades, muito inclusive possuem estágio obrigatório (como as licenciaturas). A medicina trata diretamente da vida das pessoas, não acho absurdo que cursos de Medicina incluam em suas grades um tempo provisório de atuação. Só que isso não basta, precisaria de outras questões como a gestão, controle e avaliação disso.

7 - Os cursos de medicina (sobretudo em univerisdades federais) são extremamente concorridos, 30, 40, 50 (e mais) candidatos por vaga. A medida só começará a valer para novos ingressantes. Ou seja, todos saberão que o curso terá 8 anos e que precisarão passar por um período de atuação provisória. Onde está o absurdo? Se a pessoa acredita não estar apta para tal ela pode escolher outro curso.

8 - Se aumentar o número de vagas e/ou reduzir a concorrência dezenas de milhares de candidatos irão agradecer. Embora eu não acredite na segunda parte. A maior parte das pessoas que cursam Medicina estão dispostas a pagar 3, 4, 5 anos de cursinho para ingressar em uma boa universidade e ter essa atuação provisória ao longo de dois será um grande problema? Acredito que não.

[Leho.]

[...] A medicina trata diretamente da vida das pessoas, não acho absurdo que cursos de Medicina incluam em suas grades um tempo provisório de atuação. Só que isso não basta, precisaria de outras questões como a gestão, controle e avaliação disso. [...]

Pois é, acho que o ponto é esse. Não vejo nenhum absurdo em adicionar um tempo provisório de atuação na grade curricular de um médico, principalmente se essa atuação for dedicada a atenção básica e/ou urgência e emergencial.

O problema é que, da forma como estão expondo, tá com mt pinta de que (o governo) só vão mexer esses pauzinhos aí (aumentar número de médicos), quando na verdade a Saúde hoje precisa de VÁRIAS outras intervenções sérias do Estado, como a infraestrutura que o Tardelli já salientou bem. Mas não é só infraestrutura e nem demanda de médico também não, o sistema do SUS como um todo precisa ser revisto e remodelado pra que se torne muito mais efetivo do que é hoje, por exemplo, entre outras ações.

Tá com mt cara de populismo, de "jogar pra galera", quando na verdade o problema deveria ser atacado com várias outras atitudes ALÉM DESTA.

[Salvador.]

Pois é, acho que o ponto é esse. Não vejo nenhum absurdo em adicionar um tempo provisório de atuação na grade curricular de um médico, principalmente se essa atuação for dedicada a atenção básica e/ou urgência e emergencial.

O problema é que, da forma como estão expondo, tá com mt pinta de que (o governo) só vão mexer esses pauzinhos aí (aumentar número de médicos), quando na verdade a Saúde hoje precisa de VÁRIAS outras intervenções sérias do Estado, como a infraestrutura que o Tardelli já salientou bem. Mas não é só infraestrutura e nem demanda de médico também não, o sistema do SUS como um todo precisa ser revisto e remodelado pra que se torne muito mais efetivo do que é hoje, por exemplo, entre outras ações.

Tá com mt cara de populismo, de "jogar pra galera", quando na verdade o problema deveria ser atacado com várias outras atitudes ALÉM DESTA.

Eu concordo que falta muita coisa, que a infraestrutura é deficiente. E não tem como não concordar com isso, qualquer um que já foi a um hospital público percebe isso. E mesmo em unidades de atendimento da UNIMED vemos alguns problemas.

Só tomaria cuidado com essa história de "isso não resolve", "não vai resolver", "não adianta fazer" que eu tanto escuto.

É a mesma história do trânsito "tal elevado não vai resolver, o problema é o sistema inteiro". Na maioria das vezes é verdade, mas não existe nenhuma ação sozinha que irá resolver os problemas estruturais que temos no país. Porém se essas ações melhoram alguma coisa, ela são sim úteis e bem-vindas.

[Diego Tardelli]

Vamos por partes:

1 - É verdade que a falta de infraestrutura é grave;

2 - Não é verdade que falta de médicos não é problema, é problema sim. Exemplos não faltam e todo mundo que precisou de um atendimento de emergência ou ficou em filas esperando ser atendido em hospitais e postos de saúde sabe disso;

3 - Há pessoas que usam excessivamente a infraestrutura pública da saúde. Claro que não se brinca com a saúde, mas assusta saber que há pessoas que vão 60, 70, 80 vezes ao ano Na campanha para a prefeitura aqui uma senhora ficou famosa por reclamar que não conseguia ser atendida nos postos de saúde e detonando a prefeitura (o que foi respondido com a ficha dela onde constava 62 atendimentos no último ano);

4 - É difícil falar sobre a medida já que a notícia não traz detalhes de onde e como irão atuar. Com mais detalhes seria possível analisar e comparar com outros países que tem modelos similares.

5 - Se a maior parte das vagas criadas forem no interior e a área de atuação for onde a pessoa cursou ou nas proximidades não resolveria o problema apenas em grandes centros. Pela concorrência dos cursos de medicina, muitos alunos tentam em universidades pelo país todo (e provavelmente tentariam em lugares do interior).

6 - Há vários cursos que tem disciplinas de estágio em suas grades, muito inclusive possuem estágio obrigatório (como as licenciaturas). A medicina trata diretamente da vida das pessoas, não acho absurdo que cursos de Medicina incluam em suas grades um tempo provisório de atuação. Só que isso não basta, precisaria de outras questões como a gestão, controle e avaliação disso.

7 - Os cursos de medicina (sobretudo em univerisdades federais) são extremamente concorridos, 30, 40, 50 (e mais) candidatos por vaga. A medida só começará a valer para novos ingressantes. Ou seja, todos saberão que o curso terá 8 anos e que precisarão passar por um período de atuação provisória. Onde está o absurdo? Se a pessoa acredita não estar apta para tal ela pode escolher outro curso.

8 - Se aumentar o número de vagas e/ou reduzir a concorrência dezenas de milhares de candidatos irão agradecer. Embora eu não acredite na segunda parte. A maior parte das pessoas que cursam Medicina estão dispostas a pagar 3, 4, 5 anos de cursinho para ingressar em uma boa universidade e ter essa atuação provisória ao longo de dois será um grande problema? Acredito que não.

2 - Não é problema. São dois médicos a cada mil habitantes. A média mundial é de 1,4. A Inglaterra tem 2,7. Os EUA, 2.4. O problema é de gestão, incompetência. Eles são muito mal distribuídos. E, ao contrário do que o FJ acha, os médicos não são todos uns mal caráter que querem vida mole. É função do governo tornar o interior atrativo para o trabalho, elaborar planos de carreira e elaborar infraestrutura suficiente para as mínimas condições de trabalho.

Além disso, falta também fiscalização. Tem sim muito médico mal caráter, como tem muito advogado ou engenheiro vagabundo. Mas, graças a pobre e quase inexistente fiscalização e gestão para tudo nesse país, infelizmente o sistema é prejudicado também.

3 - Pode até ser verdade, algo bem plausível de acreditar, mas do jeito que você falou, é pura especulação sua. Qual o real impacto que isso pode causar no sistema? Difícil saber.

4 - Exatamente. Eu, de qualquer forma, fico revoltado não pela medida em si, mas pelo plano vazio, eleitoreiro do governo. O que vai mudar com isso é muito, muito, muito pouco. E olha que a gente nem sabe como isso vai ser feito, pq dependendo, na prática pode não mudar nada.

5 - Pois é. Não da pra saber, mas de qualquer forma, de acordo com o Wikipedia, existe só uma faculdade federal no Amapá e no Acre. Então, nos lugares mais carentes, não resolveria o problema se a sua suposição for verdadeira. Não tem médico nas áreas carentes do Brasil. No sudeste, a médica chega a 3 ou 4 médicos a cada mil habitantes.

6 - A medicina já tem estágio obrigatório. Nos quinto e sexto anos os alunos fazem estágio em quase todas as especialidades. Quando minha mulher era residente, ela era subordinada a um preceptor e tinha duas acadêmicas, cursando os últimos anos de medicina, subordinadas a ela. Alias, acadêmicos não ajudam muito, de acordo com ela, pois ela tinha que refazer tudo que os acadêmicos faziam. O que move a saúde no Brasil são os residentes, que já tem um pouco mais de experiencia e trabalham 70, 80 horas por semana.

7 - É questão de opinião. Eu acho injusto uma pessoa jovem, que está começando a vida, ser obrigada a se mudar pra Amazônia para poder concluir o curso de medicina. Alias, essa seria a única utilidade desse programa. Como eu já disse, não falta médico no interior de São Paulo (ou falta muito pouco). Falta é Amapá. Então, se a pessoa for pra perto de onde cursa a faculdade, qual a valia dessa medida?

8 - Já respondi acima.

___

Enfim, só pra deixar claro: eu não acho que o problema da saúde seja só infraestrutura. O problema da saúde é muito parecido com o problema da educação, do transporte e etc. É falta de infraestrutura, de gestão, de competência. É corrupção, falta de vontade política e de fiscalização, etc.

Só pra deixa claro, eu não sou contra trazer médico da pqp ou abrir sei lá quantas vagas. O problema é que, na minha visão, isso está sendo feito errado, e principalmente, essas medidas vão mudar praticamente NADA. A saúde precisa de tudo aquilo que já falei várias vezes (infraestrutura, gestão, fiscalização, etc), e essa medida tem puro caráter eleitoreiro. Mais uma vez, só querem nos fazer de idiotas.

[Mantrax]

Se não me engano é coisa de 1% o número de formados em medicina que conseguem o diploma pra trabalharem aqui no Brasil, me corrijam se eu estiver errado.

Se for isso mesmo, como se confia na capacitação desses profissionais? Não da né?

Pera aí, mas você não sabe como é a tal prova né, amigão. O Revalida é uma prova que se botassem os médicos brasileiros pra fazer não conseguiriam passar tamanha a dificuldade. É um absurdo.

Uma coisa que eu achei um absurdo nesse texto é que médico ganha 10 mil e meio por 20 horas semanais. Isso sim é um absurdo.

Outra coisa, pesquisem a saúde em Cuba e tragam pra cá os resultados. Saúde Cuba > Saúde Brasileira. E sabem porque é assim? Porque foi investido na atenção básica, na promoção e prevenção e a cada 400 habitantes possuem um Posto de Saúde equipado com profissionais (não apenas médicos). Médicos brasileiros não querem trabalhar na saúde pública. Hoje município do interior (Porto Lucena) oferece R$ 18 MIL REAIS PARA TRABALHAR e não tem profissional que se inscreve pra vaga. E aí??? Aí tu pega uma grade de uma faculdade de medicina e não é dada importância pra disciplinas que envolvem o setor público. E aí????

Essa medida do Governo é drástica, vai receber muitas críticas, ainda tenho dúvidas quando a acertividade da mesma, porém algo precisa ser feito logo quanto a isso. E não é só sobre infraestrutura, é MUITO MAIS!

[cdcccccc]

Nem todo lugar é assim. No interiorzão que eu morava (Breves-PA) qualquer médico ganhava uns 30k por 20 dias de trabalho, e um colega meu que trabalha no hospital regional que fica na cidade me disse que ele já viu médico tirar quase 400k em 3 meses. E praticamente todos (se bobear, todos mesmo) vem de fora do estado por conta da falta de médicos por aqui, e o hospital ta longe, muito longe de ser uma merda (minha muié teve nosso filho nesse hospital regional e o nível de atendimento/equipamentos é comparável ao de muitos bons hospitais aqui da capital).

Aqui tem umas fotos do hospital: http://www.schahin.com.br/pt/areas-de-negocio/engenharia/portfolio/hospitalar/hospital-regional-do-marajo

Aí depende também. Aqui na minha região também não falta médico, e caso precisem de hospital, conseguem vaga até em BH com muita facilidade dependendo do seu QI ou do $$. Onde você morava provavelmente era um interior rico, rural(me corrija se estiver errado), com muito fazendeiro. O negócio é lá no Amapá, no sertão do Piauí, Tocantins...essas terras de ninguém.

[@Psicopinto]

Cara, não adianta tanta revolta.

Esta medida nem eleitoreira é, é simplesmente um movimento óbvio de quem está acuado. O governo tinha que dar alguma resposta, mostrar algum trabalho, qualquer coisa para não parecer alheio as manifestações. Foi oq conseguiram pensar e fazer. Isto era totalmente previsível.

Mas mais óbvio ainda é que nada do que fizerem agora, vai transformar o Brasil num país que todos querem. Não tem como mudar todas estas décadas de roubalheira, descaso, desorganização e incompetência só com duas ou três novas leis, medidas ou plebiscito. Estão cobrando algo impossível de ser feito a curto prazo.

Não é só estalar os dedos, assinar duas folhas de papel e o dinheiro para tudo aparece. É a velha história do cobertor curto... Sim, eu sei que tem cobertor sendo roubado. Agora, até que ponto eles querem intervir nisso? Até que ponto podem intervir? Quem não tem o rabo preso, seja diretamente ou indiretamente?

Agora voltando ao ponto principal do tópico. Eu não acho tão ruim assim a proposta. Me corrijam se eu estiver errado. Neguinho vai entrar na faculdade, digamos que se formará com 25 anos? Direto ele já tem emprego garantido, ganhando 10k por mês. Contrato de 2 anos. E estes 2 anos servirão como residência ou como pós-graduação. O cara vai ganhar 240k em 2 anos e sair com uma pós-graduação? Entendi certo? Não sei qual a realidade financeira de vcs, mas para mim não é tão ruim assim.

*** Apenas me corrigindo, voltei a página e re-li. A pós-Graduação ou residência valerá apenas se for seguir na área mesmo. Não outras especializações. Deixa de ser tão atrativo, mas ainda acho interessante pela questão financeira e experiência adquirida.

[Diego Tardelli]

Pera aí, mas você não sabe como é a tal prova né, amigão. O Revalida é uma prova que se botassem os médicos brasileiros pra fazer não conseguiriam passar tamanha a dificuldade. É um absurdo.

Uma coisa que eu achei um absurdo nesse texto é que médico ganha 10 mil e meio por 20 horas semanais. Isso sim é um absurdo.

Outra coisa, pesquisem a saúde em Cuba e tragam pra cá os resultados. Saúde Cuba > Saúde Brasileira. E sabem porque é assim? Porque foi investido na atenção básica, na promoção e prevenção e a cada 400 habitantes possuem um Posto de Saúde equipado com profissionais (não apenas médicos). Médicos brasileiros não querem trabalhar na saúde pública. Hoje município do interior (Porto Lucena) oferece R$ 18 MIL REAIS PARA TRABALHAR e não tem profissional que se inscreve pra vaga. E aí??? Aí tu pega uma grade de uma faculdade de medicina e não é dada importância pra disciplinas que envolvem o setor público. E aí????

Essa medida do Governo é drástica, vai receber muitas críticas, ainda tenho dúvidas quando a acertividade da mesma, porém algo precisa ser feito logo quanto a isso. E não é só sobre infraestrutura, é MUITO MAIS!

Absurdo? O salário é atrativo, mas conheço médicos que já tomaram 3, 4 calotes de prefeituras do interior de MG que prometiam salários equiparados mas não pagavam. Além disso, segue um trecho de uma matéria:

“No ano passado teve concurso aqui no Estado e passou uma médica de Belém (PA) para ganhar R$ 20 mil por 40 horas. Quando ela chegou aqui e viu o hospital onde falta quase tudo ela desistiu e voltou rapidinho”, disse." (fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-08/medicos-do-interior-contam-como-e-trabalhar-onde-falta-tudo-ate-esparadrapo.html ).

Você prefere ir pro inferno e ganhar 20 mil, com perigo de tomar calote de prefeitura vagabundo e eleitoreira ou ganhar 8, 10 mil com segurança, condições de trabalho, sua família por perto numa capital? Eu prefiro o segundo.

E já disse, não acho que é só infraestrutura, é gestão, etc etc etc. Mas falta de médico é que não é.

[Diego Tardelli]

... Estão cobrando algo impossível de ser feito a curto prazo ...

Mas o que está sendo feito a longo prazo? O que o governo anunciou a longo prazo? Nada.

Agora voltando ao ponto principal do tópico. Eu não acho tão ruim assim a proposta. Me corrijam se eu estiver errado. Neguinho vai entrar na faculdade, digamos que se formará com 25 anos? Direto ele já tem emprego garantido, ganhando 10k por mês. Contrato de 2 anos. E estes 2 anos servirão como residência ou como pós-graduação. O cara vai ganhar 240k em 2 anos e sair com uma pós-graduação? Entendi certo? Não sei qual a realidade financeira de vcs, mas para mim não é tão ruim assim.

*** Apenas me corrigindo, voltei a página e re-li. A pós-Graduação ou residência valerá apenas se for seguir na área mesmo. Não outras especializações. Deixa de ser tão atrativo, mas ainda acho interessante pela questão financeira e experiência adquirida.

Bolsa do governo pra residente é de dois mil e cem reais. Pra acadêmico deve ser menor ainda, eles não vão ganhar NUNCA 10 mil reais sem nem ter CRM. Não é uma pós graduação, não é residencia, é apenas uma estágio forçado de dois anos.

[@Psicopinto]

Mas o que está sendo feito a longo prazo? O que o governo anunciou a longo prazo? Nada.

Hehehe... aí é outro assunto. Cara, não vou despejar todas minhas teorias novamente aqui. O pessoal não gosta.

Não estou defendo o governo, nem achando correto. Meu ponto é: Era totalmente previsível este movimento do governo querendo mostrar serviço. E mesmo que eles quisessem muito, não conseguiriam fazer muita coisa.

Bolsa do governo pra residente é de dois mil e cem reais. Pra acadêmico deve ser menor ainda, eles não vão ganhar NUNCA 10 mil reais sem nem ter CRM. Não é uma pós graduação, não é residencia, é apenas uma estágio forçado de dois anos.

Posso ter confundido o salário que será pago para os estrangeiros com o do "estágio". Dei uma lida na mate´ria que havia lido pela manhã e lá cita apenas os 10k para os estrangeiros. Então embaralhei as coisas.

[Augusto.Zimmer]

uma coisa que minha professora falou e é a mais pura verdade. 'ter saude no país não é ter médico e hospital', nao me entendam mal, mas se o governo investisse um pouco mais de medidas provisórias, como saneamento, uma vigilancia sanitaria efetiva, etc e tal, essa demanda gigante do sist de saude seria bastante diminuida.

e como o tardelli falou ai, estudante de medicina já trabalha os ultimos 2 anos DA FACULDADE(na maioria dos lugares) apenas em atendimento, tirando todos os semestres que vai na UBS, numa pediatria, no ambulatório e que são cadeiras DA FACULDADE.

outro ponto que ja citaram é que nunca se vai ganhar 10 mil reais nesses 2 anos, um médico formado com CRM não ganha nem 1/4 disso aqui na minha cidade pra fazer 40hrs(minha mãe trabalha na sec de saude e sabe), não é um estudante que vai ganhar...

e se ganhasse num mundo perfeito 10 mil nesses 2 anos, por que nao investir esse dinheiro na estrutura e deixar o medico escolher onde vai trabalhar... A falta de estrutura e pagamento(ninguém gosta de trabalhar e nao receber no fim do mes) é que faz os médicos fugirem do interiorzão, se alguém morre nas tuas mãos por não ter estrutura é culpa de quem? (um médico trabalha com a vida das pessoas, não da pra brincar num lugar sem infraestrutura só pra ganhar dinheiro)

[Lenine]

O cara nem entra direito na faculdade de medicina e já sai fazendo discursso corporativista. Aqui no sul o presidente do sindicato médico tem dois filhos que cursaram medicina em cuba. Isso pode arnaldo!?

[Mantrax]

Absurdo? O salário é atrativo, mas conheço médicos que já tomaram 3, 4 calotes de prefeituras do interior de MG que prometiam salários equiparados mas não pagavam. Além disso, segue um trecho de uma matéria:

“No ano passado teve concurso aqui no Estado e passou uma médica de Belém (PA) para ganhar R$ 20 mil por 40 horas. Quando ela chegou aqui e viu o hospital onde falta quase tudo ela desistiu e voltou rapidinho”, disse." (fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-08/medicos-do-interior-contam-como-e-trabalhar-onde-falta-tudo-ate-esparadrapo.html ).

Você prefere ir pro inferno e ganhar 20 mil, com perigo de tomar calote de prefeitura vagabundo e eleitoreira ou ganhar 8, 10 mil com segurança, condições de trabalho, sua família por perto numa capital? Eu prefiro o segundo.

E já disse, não acho que é só infraestrutura, é gestão, etc etc etc. Mas falta de médico é que não é.

Mas não é hospital que eu to falando, to me referindo a Posto de Saúde amigo, que é onde a saúde é pensada e buscam a mesma de fato. Não to falando de especialidades. To falando de atenção básica, promoção e prevenção, que vão servir depois para os atendimentos necessários em especialidades sejam reduzidos. Aqui em minha região (Noroeste/RS) não temos histórico de calotes e mesmo assim nenhum médico vem pro interior.

[Diego Tardelli]

uma coisa que minha professora falou e é a mais pura verdade. 'ter saude no país não é ter médico e hospital', nao me entendam mal, mas se o governo investisse um pouco mais de medidas provisórias, como saneamento, uma vigilancia sanitaria efetiva, etc e tal, essa demanda gigante do sist de saude seria bastante diminuida.

e como o tardelli falou ai, estudante de medicina já trabalha os ultimos 2 anos DA FACULDADE(na maioria dos lugares) apenas em atendimento, tirando todos os semestres que vai na UBS, numa pediatria, no ambulatório e que são cadeiras DA FACULDADE.

outro ponto que ja citaram é que nunca se vai ganhar 10 mil reais nesses 2 anos, um médico formado com CRM não ganha nem 1/4 disso aqui na minha cidade pra fazer 40hrs(minha mãe trabalha na sec de saude e sabe), não é um estudante que vai ganhar...

e se ganhasse num mundo perfeito 10 mil nesses 2 anos, por que nao investir esse dinheiro na estrutura e deixar o medico escolher onde vai trabalhar... A falta de estrutura e pagamento(ninguém gosta de trabalhar e nao receber no fim do mes) é que faz os médicos fugirem do interiorzão, se alguém morre nas tuas mãos por não ter estrutura é culpa de quem? (um médico trabalha com a vida das pessoas, não da pra brincar num lugar sem infraestrutura só pra ganhar dinheiro)

Exatamente. Não é só ter médico. É muito mais. É preciso hospitais, remédio, equipamento, gestão, fiscalização, planejamento e várias outras políticas e áreas que influenciam diretamente na saúde, como a educação, o saneamento, o transporte e etc. É muito mais do que só colocar um monte de acadêmico em hospital. É muito mais do que trazer 10 mil médicos cubanos. E é revoltante saber que o governo só vai fazer isso aí.

Você falou tudo, quem tem parente que mexe na área sabe que o buraco é mais embaixo e julgar toda uma classe como corporativista, filinha de papai é muito mas muito razo, estúpido. Entre as razões que nós citamos, também tem isso. Médico morre de medo de tomar processo, e se o Seu Jão morre, a família não quer saber se o médico tinha ou não condição de atendê-lo, vai meter é processo. É muito fácil falar que numa cidade X a prefeitura paga 20 mil e os médicos não querem trabalhar lá pq são uns vagabundos ou pq falta médicos. Óbvio que não é bem assim.

[Diego Tardelli]

Mas não é hospital que eu to falando, to me referindo a Posto de Saúde amigo, que é onde a saúde é pensada e buscam a mesma de fato. Não to falando de especialidades. To falando de atenção básica, promoção e prevenção, que vão servir depois para os atendimentos necessários em especialidades sejam reduzidos. Aqui em minha região (Noroeste/RS) não temos histórico de calotes e mesmo assim nenhum médico vem pro interior.

"aqui na minha cidade etc etc" ah tá, bem firme esse seu argumento, a sua cidade deve refletir todo o Brasil. Se você quer acreditar que não tem médico em cidade de interior por culpa dos próprios médicos, beleza. Aposto que vc acha que na educação, os professores são o problema.

Enfim, não vou ficar me repetindo. Temos quase o mesmo tanto de médicos percentualmente que os EUA e a Inglaterra. Agora, apesar de todos os argumentos que eu e outros apresentamos, o que é mais fácil? Os médicos malvados, corporativistas que não querem ajudar os pobres e indefesos do interior ou algo muito, muito menos superficial que isso?

[bks]

Se a minha cidade que é em Minas,no Sudeste,com 80 mil habitantes,um número razoável, que teoricamente é mais desenvolvido e tá faltando médico na porra do PSF de quase todos os bairros da cidade,por quê ela não refletiria a situação do Maranhão,Paraíba,do Acre?

Óbvio que vão haver exceções de cidades parecidas e em outros estados que não falta médico,mas acredito que a situação geral seja essa sim.

Tudo bem,eu entendo médico não querer ir trabalhar no interior do Acre e concordo parcialmente contigo que tem que investir em infraestrutura e condições de trabalho sim.Mas que tem uma parte do problema que realmente falta médico,principalmente querendo trabalhar em PSF.

Principalmente pelo que escuto do meu pai comentar(ele é farmacêutico) é que os médicos vêem PSF como um meio rápido de fazer o pé-de-meia.

[cdcccccc]

Se a minha cidade que é em Minas,no Sudeste,com 80 mil habitantes,um número razoável, que teoricamente é mais desenvolvido e tá faltando médico na porra do PSF de quase todos os bairros da cidade,por quê ela não refletiria a situação do Maranhão,Paraíba,do Acre?

Óbvio que vão haver exceções de cidades parecidas e em outros estados que não falta médico,mas acredito que a situação geral seja essa sim.

Tudo bem,eu entendo médico não querer ir trabalhar no interior do Acre e concordo parcialmente contigo que tem que investir em infraestrutura e condições de trabalho sim.Mas que tem uma parte do problema que realmente falta médico,principalmente querendo trabalhar em PSF.

Principalmente pelo que escuto do meu pai comentar(ele é farmacêutico) é que os médicos vêem PSF como um meio rápido de fazer o pé-de-meia.

A situação daqui é um pouco diferente Bikas. Saúde de SJ virou uma vergonha política, Vereador se elegeu aqui muito tempo porque arranjava consulta e fodia todo o sistema, outro também faz a plataforma arranjando cirurgia e consulta na capital.

Falta médico no Posto de Saúde, no PSF...Particular tem de monte e tá com a agenda cheia. Eu sei porque tem 3 neurologistas aqui e com nenhum deles você marca com menos de 1 semana de antecedência, sendo que o meu nem aceita plano de saúde, morro em 260 paus a cada 6 meses. Eu torci o pé e tenho que ir num ortopedista pra pegar um atestado, eu sei que só consigo pra alguns dias, sendo que aqui só tem açougueiro e quem pode mesmo vai pra BH. Agora minha irmã precisou de pediatra numa crise de asma, meu pai teve que se virar pra conseguir.

Seu pai trabalha aonde aqui?

[Diego Tardelli]

Se a minha cidade que é em Minas,no Sudeste,com 80 mil habitantes,um número razoável, que teoricamente é mais desenvolvido e tá faltando médico na porra do PSF de quase todos os bairros da cidade,por quê ela não refletiria a situação do Maranhão,Paraíba,do Acre?

Óbvio que vão haver exceções de cidades parecidas e em outros estados que não falta médico,mas acredito que a situação geral seja essa sim.

Tudo bem,eu entendo médico não querer ir trabalhar no interior do Acre e concordo parcialmente contigo que tem que investir em infraestrutura e condições de trabalho sim.Mas que tem uma parte do problema que realmente falta médico,principalmente querendo trabalhar em PSF.

Principalmente pelo que escuto do meu pai comentar(ele é farmacêutico) é que os médicos vêem PSF como um meio rápido de fazer o pé-de-meia.

Filho, pela milésima vez, não FALTA MÉDICO!!!! Falta é gerência, administração, fiscalização, estrutura e planejamento do GOVERNO para atrair e manter os médicos no interior. Entendeu? O problema não é a falta de médico no PSF, mas sim o PSF em si e várias, várias outras coisas que influenciam na atratividade desse emprego no interior. Não só "aparente" salário.

Alias, deixa pra lá, só de vc falar que concorda "parcialmente" que tem de haver investimento em infraestrutura e condição de trabalho já mostra que é inútil ter essa discussão com vc. Como pode alguém discordar parcialmente de algo tão óbvio como esse? Povo burro.

[Soares]

Sabe pq ninguém quer trabalhar no interior?

Pq lá não tem plano de carreira, não tem concurso, não tem porra nenhuma além da vontade do Secretário de Saúde que manda e desmanda.

Quem é que vai estudar 8 anos p/ não ter infraestrutura/estabilidade e trabalhar no cú do Mundo?

[bks]

Filho, pela milésima vez, não FALTA MÉDICO!!!! Falta é gerência, administração, fiscalização, estrutura e planejamento do GOVERNO para atrair e manter os médicos no interior. Entendeu? O problema não é a falta de médico no PSF, mas sim o PSF em si e várias, várias outras coisas que influenciam na atratividade desse emprego no interior. Não só "aparente" salário.

Alias, deixa pra lá, só de vc falar que concorda "parcialmente" que tem de haver investimento em infraestrutura e condição de trabalho já mostra que é inútil ter essa discussão com vc. Como pode alguém discordar parcialmente de algo tão óbvio como esse? Povo burro.

Qual o problema de concordar parcialmente?O bagulho não precisa ser 8 ou 80. Então quer dizer que se amanhã a Dilma chegar e falar que vai investir 10 bilhões em todas as cidades do país,dando condições de trabalho,infraestrutura,plano de carreira e o caralho vai ter médico daqui lá no Acre?

A situação daqui é um pouco diferente Bikas. Saúde de SJ virou uma vergonha política, Vereador se elegeu aqui muito tempo porque arranjava consulta e fodia todo o sistema, outro também faz a plataforma arranjando cirurgia e consulta na capital.

Falta médico no Posto de Saúde, no PSF...Particular tem de monte e tá com a agenda cheia. Eu sei porque tem 3 neurologistas aqui e com nenhum deles você marca com menos de 1 semana de antecedência, sendo que o meu nem aceita plano de saúde, morro em 260 paus a cada 6 meses. Eu torci o pé e tenho que ir num ortopedista pra pegar um atestado, eu sei que só consigo pra alguns dias, sendo que aqui só tem açougueiro e quem pode mesmo vai pra BH. Agora minha irmã precisou de pediatra numa crise de asma, meu pai teve que se virar pra conseguir.

Seu pai trabalha aonde aqui?

Trabalha no CAPS e naquela farmácia ali em frente a Prefeitura/Câmara (nunca sei que prédio é aquele),depois da Ponte do Rosário.Aonde que era a Americana.

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Qual o problema de concordar parcialmente?O bagulho não precisa ser 8 ou 80. Então quer dizer que se amanhã a Dilma chegar e falar que vai investir 10 bilhões em todas as cidades do país,dando condições de trabalho,infraestrutura,plano de carreira e o caralho vai ter médico daqui lá no Acre?

Trabalha no CAPS e naquela farmácia ali em frente a Prefeitura/Câmara (nunca sei que prédio é aquele),depois da Ponte do Rosário.Aonde que era a Americana.

Farmais? Drogasil?

[Ighor S.]

Acho ridículo!

Deviam fazer os futuros médicos terem em interesse em trabalhar, não força-los. Quanta liberdade.

[Lowko é Powko]

Absurdo é ler gente dizendo que isso é uma resposta do governo às manifestações.

Isso, tá certinho, tá bem por dentro.