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Fergie Babes: A geração que revolucionou o futebol inglês


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A História recente de sucesso do Manchester United tem em Alex Ferguson o seu principal denominador comum. Mas os triunfos nos relvados só começaram realmente a aparecer quando o treinador escocês decidiu abrir as portas da primeira equipa a uma memorável geração de jovens promessas que marcaram uma era do futebol europeu.

NÃO SE PODE GANHAR NADA COM MIÚDOS

Em 1992  o Manchester United venceu a FA Cup Youth. A última vitória dos Red Devils nessa competição tinha sido quase três décadas antes. Nessa formação de 1964 despontava um jovem extremo endiabrado, possuído pelo dom divino de fazer da bola a prolongação do seu corpo. Chamava-se George Best. Com ele e alguns dos seus colegas de equipa promovidos por Matt Busby ao plantel principal, o Manchester venceu a sua primeira Taça dos Campeões Europeus quatro anos depois. Talvez Alex Ferguson também acredite que a história é um ciclo que sempre se repete.

O escocês era conhecido no futebol do seu país como um treinador que gostava de trabalhar com jogadores jovens e promissores. Tinha sido assim, sobretudo, no Aberdeen, um clube que transformou da cabeça aos pés e converteu no maior emblema do futebol escocês do principio da década de oitenta. Quando chegou em 1986 a Old Trafford, uma das primeiras exigências do treinador foi o controlo absoluto sobre o esquema de formação do clube. Há décadas que a instituição tinha dificuldade em produzir jovens promessas e o novo manager sabia que era fundamental melhorar esse aspecto se o clube queria voltar a viver os dias de glória da era de Busby. Nos anos cinquenta, o homem que sobreviveu ao desastre de Munique desafiou o establishment do futebol britânico com uma equipa insultantemente jovem. Uma equipa marcada para vencer que conheceu um trágico fim na pista gelada do aeroporto alemão. Quando o polémico comentador escocês Alan Hansen criticou a decisão de Ferguson em lançar vários jogadores júniores na equipa principal em 1994, afirmando que “não se ganha nada com miúdos , o senhor de Old Trafford apenas teve que lembrar-se do seu mais emblemático predecessor. E sorrir. A história dar-lhe-ia inevitavelmente razão.

A GESTÃO DE UMA NOVA ERA

A geração dos Fergie Babes representa emocionalmente a regeneração do futebol britânico. São os primeiros filhos da Premier League, a primeira vaga de grandes talentos que sobreviveu aos anos duros pós-Hillsborough. Jogadores educados desde a mais tenra idade a serem profissionais. O passado conturbado de futebolistas de excelência e as suas adições terminou com eles. Ao contrário dos Adams, Parlour, Gascoine, Robson e companhia, estes jovens estavam formatados para comportar-se fora dos relvados da mesma forma que estavam em campo. Imaculadamente e, sobretudo, debaixo do olhar atento do inflexível Ferguson.

O treinador tinha tentado lançar uma primeira geração de jovens talentos quando chegou ao clube, em 1986, mas desse lote de futebolistas apenas Lee Sharpe mostrou consistência suficiente para manter-se ao mais alto nível a ponto de sagrar-se campeão em 1994, o primeiro título conquistado pelo clube em vinte e cinco anos. Mas até ele sucumbiu às tentações da vida fora dos relvados e à primeira oportunidade, foi vendido pelo clube ao Newcastle United. Seriam os seus sucessores aqueles que realmente mereceriam ser considerados como os primeiros “Fergie Babes.”

A maioria dos membros da segunda geração chegou ao clube quando ainda eram juvenis. Muitos foram recrutados na zona de Manchester como os irmãos Neville ou Paul Scholes ou Nicky Butt. Outros foram captados pelos olheiros de Ferguson, como Ryan Giggs, uma promessa galesa que esteve a horas de ser jogador do Manchester City. E deu-se também o caso extremo de ter sido a devoção de um pai a que levou um filho a provar sorte num estágio aberto a jovens cadetes. A porta de entrada de David Beckham na academia dos diabos vermelhos.

Entre eles forjou-se uma saga memorável para o futebol britânico. Giggs foi o primeiro a estrear-se na equipa principal, em 1991. No ano seguinte, a formação de júniores caminhava para uma memorável vitória na FA Cup Youth – o torneio júnior mais respeitado do país – com a inestimável contribuição de alguns dos futuros internacionais do futebol britânico. Todos eles teriam a oportunidade de estrear-se com a camisola principal em 1992. Gary Neville foi o primeiro da nova vaga rapidamente seguido por Nicky Butt, David Beckham e Keith Gillespie. Um ano mais novos, Paul Scholes e Phil Neville juntaram-se na temporada seguinte a uma equipa que acabava de conquistar o seu segundo título consecutivo com uma idade média de apenas vinte e quatro anos. Eles seriam a base do sucesso que estava ainda para chegar nas temporadas seguintes.

OS BABES QUE FERGIE NÃO QUIS

Nem todos os jogadores campeões de júniores em 1992 conseguiram afirmar-se na primeira equipa do Manchester United. O mais emblemático caso pertence, sem dúvida, ao galês Robbie Savage. Considerado como o sucessor mais provável de Eric Cantona – por talento e temperamento – o jovem avançado foi fundamental no jogo ofensivo da equipa júnior mas nunca conseguiu convencer Alex Ferguson a dar-lhe uma oportunidade com o onze titular. A sua atitude desafiante e o carácter conflituoso, por contraste com o espírito relaxado e tranquilo dos seus colegas, abriu-lhe as portas do clube para uma longa carreira entre vários emblemas do futebol britânico, sem nunca ter alcançado o nível que prometia. Keith Gillespie, mais tarde vendido ao Newcastle, e o guarda-redes Kevin Pilkington, foram outros dois casos de promessas que acabaram por não cair nas boas graças de Old Trafford e seguiram o seu rumo longe do reino dos Diabos Vermelhos.

O ESQUELETO DA ERA DOURADA

A partir de 1994 Ferguson tinha encontrado a base da sua equipa de futuro com o melhor da colheita de formação dos anos anteriores. Durante uma larga década, as jovens promessas transformaram-se em estrelas mundiais e logo em veteranos, mantendo-se como o esqueleto do seu Manchester United. Por muito que Ferguson se esforçasse, não surgia nenhuma geração capaz de os substituir. Em 1999 falhou a vaga liderada por Luke Chadwick e Jonathan Greening. Quatro anos depois foi a vez dos Fletcher, Evans, Foster e companhia não estarem à altura das expectativas. O técnico teve de encontrar longe de Manchester jovens promessas para moldar à sua medida. Foram chegando jogadores como Wayne Rooney, Cristiano Ronaldo, Anderson, Nani,  Jones, Smalling, os irmãos da Silva ou Cleverley para ocupar o vazio progressivamente deixado pelos membros dos Fergie Babes originais.

O primeiro a abandonar o navio foi David Beckham. Em 2003, depois de uma azeda discussão com o treinador, a estrela pop do futebol mundial partiu para Madrid onde nunca mais repetiu o mesmo padrão exibicional que conseguiu com a camisola encarnada. Um ano depois foi Nicky Butt, o menos flamante dos jovens turcos ingleses, a assinar pelo Newcastle. Seguiu-se Phil Neville, sempre forçado a viver à sombra do irmão, que rumou para o Everton. Gary permaneceu quatro anos mais antes do corpo dizer basta e Scholes foi o último em abandonar, ainda que temporalmente, o clube. Só Ryan Giggs, o primeiro a estrear-se – com apenas 17 anos, em 1991 – se manteve sempre ao serviço de Ferguson na primeira equipa. Ele é o porta estandarte de uma geração que mostrou o futuro ao futebol inglês, um futuro de glamour, classe, técnica e talento que permitiu aos campos ingleses redescobrir a paixão perdida nos dias sombrios de uma época da qual ninguém se quer lembrar.

http://www.futebolmagazine.com/fergie-babes-a-geracao-que-revolucionou-o-futebol-ingles 

Se Bob Paisley ainda estivesse vivo, seria ótimo presenciar ele e Fergunson a trocarem figurinhas. Você pode ser torcedor do Liverpool ou do City, mas não há como não admirar o Fergie.  

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    • Carlos Magno22
      Por Carlos Magno22
      Apresentação geral  -I- >>> Pular para o índice
       
      Olá amigos!
      Vamos chegando para mais uma aventura nesse belo espaço chamado FMANAGER!
      Sou o Carlos Magno, e antigamente eu tinha uma outra conta que me deu problemas chamada "Tricolor de coração", o qual estranhamente não consegui mais acessar, mas tudo bem. Nessa conta anterior recordei essa semana de um save contando uma história baseada no modesto Oldbury FC, clube de um bairro homônimo da cidade de Birmingham na Inglaterra. O save era muito lento à época e aquilo desanimou a continuar (...)
      Recentemente voltei a escrever uma saga baseada no Paysandu, mas como sou uma pessoa com bastante disponibilidade de tempo, viciado em jogar FM quase todo dia, as vezes me angustia esperar a interação do fórum, o qual por outro lado é necessária e saudável. E assim com tempo sobrando construirei nos momentos vagos, (naqueles que da uma "cansada" na história do Paysandu ) uma história por terras britânicas.
       
      Detalhando melhor
      Bem, não tenho expectativas de postagens, pode ser que poste diariamente, semanalmente, mensalmente ou além de 30 dias....não sei vai depender do tempo, da interação....enfim. 
      Para o jogo serão carregadas 20 níveis de divisões inglesas desde o nível amador dos bairros locais até a Premier League e mais 2 divisões galesas haja visto que alguns clubes de Gales atuam no futebol inglês como o Swansea, Cardiff, Whexram entre outros. 

      Com apenas 2 países com 22 ligas carregadas ao todo, o computador já indicou 2,5 estrelas de capacidade e temo que ao avançarmos de temporada a situação torne-se ainda mais lenta. Por isso enquanto não atingirmos o sexto nível da Pirâmide inglesa não irei adicionar outros países na no jogo e irei excluindo as divisões abaixo para ganharmos um pouco tempo e qualidade na história.
      Essa versão do jogo é a do FM 23, possui um editor MAS honestamente falando isso não será usado haja visto que não quero interferência alguma desse tipo na proposta dessa jogatina e o motivo de possuir o Editor é pelo fato de que jogarei em conta compartilhada de um terceiro, que fique bem claro isso.
      Foi procurado o mais baixo nível que costuma ser a 24ª divisão na região de Bristol ou então a de Middle Sussex mais a sudeste da Inglaterra, próximo a Londres. Porém como é normal nas divisões inferiores abaixo do 11º nível da pirâmide se fundir ou deixarem de existir por vezes, pode ser esse o motivo de eu não encontrar mais níveis abaixo do 20º nível.
       
      O personagem escolhido
      Bem geralmente eu escolho eu mesmo para ser o treinador ou algum personagem relacionado ao local, mas dessa vez resolvi homenagear Charles Miller, um brasileiro introdutor do futebol e rugby no Brasil, considerado assim o "pai do futebol no Brasil". Então vou me passar pelo suposto neto chamado Charles Miller Neto. De semelhança a seu avô, Charles Miller Neto também nasceu em São Paulo, mas não pegou grande simpatia pelos clubes da capital paulista. Antes preferiu torcer pelo Southampton, um dos clubes por onde seu avô passou. De seu pai veio a paixão pelo Manchester United, Arsenal e Chelsea. 


      Ele chega a Inglaterra sem experiência alguma no futebol, a não ser pelos seus tempos de jogador amador em São Paulo.
       
      O clube escolhido e o por que da escolha
      Bem no último nível (20ª divisão) quase não temos escolha.

      Existem apenas os clubes mais ao sul do país na região de Devon e Exeter com Bristol sendo possivelmente a cidade de maior destaque, ou os clubes da região sul e central de Norfolk onde destacamos na macrorregião a cidade de Cambridge, mais ao centro-leste do país.
        ou 
                    Devon e Exeter em destaque                                                                       Norfolk, em destaque já no mapa do país
      Os primeiros citados mais a sul-leste (mais a sudoeste) de Londres e da própria Inglaterra enquanto os últimos citados mais a norte-leste de Londres (mais a nordeste).
                            
      Os clubes da região de Devon e Exeter ficavam muito mais próximos a Southampton (próximo a Guildforf) também. Excluindo as equipes reservas e sub-21 de equipes de divisões acima, sobravam apenas 2 opções para escolha na região de Devon e Exeter: o Ex Dons e o North Tawton. Na região de Norfollk também haviam umas 3 ou 4 opções a escolher fora as equipes reservas e sub-21, entre elas a mais interessante talvez o Colkirk mas pela proximidade com Southampton e a história a ser criada escolhi a região de Devon e Exeter para essa história. E o clube escolhido foi.....
      NORTH TAWTON FUTEBOL CLUBE


      E confesso, como era de esperar está difícil achar informações sobre o clube.
       
      O estádio
      O clube manda seus jogos no North Tawton Football Ground. Não tenho certeza se há arquibancadas mas pelas fotos que nosso personagem encontrou e pela informação de que as instalações podem acomodar 300 pessoas vamos confiar então.


      Bem, vamos confiar por ora. No fim das contas eles hoje são mais conhecidos pelo Rúgbi do que pelo Futebol.
       
      Objetivo Principal geral do save
      Levar um clube do último nível até o primeiro nível.  
      Objetivos Secundários
      Verificar quanto tempo levarei para chegar ao nível semiprofissional (primeira parte). (Atualizado: atingido em 10 temporadas). Ter a melhor saúde financeiro que conseguir. Ter a melhor infraestrutura que conseguir. Verificar quanto tempo levará para chegar até a Premier. Chegar na Premier League o quanto antes for possível. Verificar quais serão os maiores desafios. Verificar quantos clubes será necessário negar propostas quando vierem.  
      Objetivo Terciário
      Superar Alex Ferguson a frente de um clube com seus 27 anos de clube.  
      Expectativa de tempo
      Provavelmente levará no mínimo 20 temporada mas estimo umas 30 temporadas ou mais, portanto será um save longo, muuuuuuito longo com certeza. Por isso eu dividirei em partes para não ficar tão cansativo e nesse momento abordaremos a fase amadora desse clube, sendo que assim que atingirmos o semiprofissionalismo essa saga será interrompida e reaberta em um novo projeto, ou talvez continuamos aqui mesmo. A ver como as coisas vão andar.
      Por ora é isso pessoal. Ainda preciso pensar num banner para esse projeto e agradeço quaisquer contribuições de informações adicionais.
       
      Edit: Agradecimento especial ao @GG.pelo arte do banner!
       
       
      >>> Pular para o índice -I- <<< Voltar para a Apresentação -i- >>> Pular para o Capítulo 1
    • JGDuarte
      Por JGDuarte
      A Primeira Divisão do Campeonato Inglês de Futebol da temporada 2022–2023 será a 121ª edição da principal divisão do futebol inglês (31ª como Premier League).
      A partir da temporada 2022-23, os clubes poderão fazer cinco substituições em vez de três em três ocasiões durante o tempo de jogo e no intervalo, em linha com o restante das seis principais ligas europeias (Bundesliga, Ligue 1, Eredivisie, La Liga e Serie A). Também haverá uma pausa no meio da temporada para a Copa do Mundo FIFA de 2022 no Catar, com a última partida disputada no fim de semana de 12 a 13 de novembro de 2022 e a primeira partida após a Copa do Mundo disputada em 26 de dezembro de 2022, após o Mundial Final da Copa em 18 de dezembro.
       
      Regulamento:
       
      Atual campeão:
       
      Últimos campeões:
       
      Promovidos e rebaixados:
       
      Equipes:
       
    • JGDuarte
      Por JGDuarte
      A Primeira Divisão do Campeonato Inglês de Futebol da temporada 2023–2024 será a 122ª edição da principal divisão do futebol inglês (32ª como Premier League). Abrirá o campeonato a partida disputada por Burnley e Manchester City, em Burnley, na sexta-feira (11 de agosto de 2023), equipes atuais campeãs da Championship e da Premier League, respectivamente. 
       
      Regulamento:
       
      Atual campeão:
       
      Últimos campeões:
       
      Promovidos e rebaixados:
       
      Equipes:
       
    • Douglas.
      Por Douglas.
      Pra quem já se sentiu muito ambicioso por fazer proposta pra jogadores que estavam na Europa e ficaram sem clube, a gente sonha com pouco ainda... 😂
    • Leho.
      Por Leho.
      📅 Hoje, 02/01
      ⏰ 13h30
      📺 Star+ (exclusivo!)
      🗣️ Anthony Taylor
       
      E como tá o vestiário do Chelsea pro jogo? Uma delícia, hahahahaha!
       
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