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Os atos de rebeldia que fizeram Cruyff ser o maior astro do seu tempo


Bruno Caetano.

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[TRIVELA] Na Total Football, Felipe Portes reuniu as polêmicas que o temperamento explosivo de Cruyff não conseguiu evitar.

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Os atos de rebeldia que fizeram Cruyff ser o maior astro do seu tempo

9 DE SETEMBRO DE 2015 / FELIPE PORTES

Johan Cruyff foi incontestavelmente um dos maiores gênios da história do futebol. Responsável pela entrada do futebol holandês no roteiro dos grandes do planeta, o ex-meia acumulou episódios de rebeldia ao longo da sua carreira. Era um jogador problemático e seus dramas eram proporcionais à sua capacidade de vencer partidas.

Os problemas na infância podem explicar em parte o temperamento explosivo de Johan, tão lembrado por sua influência no esporte, seus dribles e claro, as brigas extra-campo. Quando era bem menino, o craque lidou com problemas ortopédicos e usava botas para corrigir a sua formação óssea.

Ainda começando a jogar pelos times juvenis do Ajax, Cruyff perdeu o pai, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Pessoas próximas a ele dizem que a situação forçou o garoto a sustentar a sua casa e isso o tornou um pouco obsessivo com o dinheiro que ganharia como futebolista.

A primeira expulsão pela Holanda

Foto: A Football Archive

Em 1966, apenas no seu segundo ano como profissional, já fazia parte da seleção holandesa, que anos mais tarde chegaria ao seu grande momento com o vice-campeonato mundial na Copa de 1974.

A segunda partida de Cruyff pela Oranje reservou um recorde insólito: ele foi o primeiro atleta da Holanda a ser expulso de campo, durante um amistoso contra a Tchecoslováquia. Relatos dão conta de Johan deu um tapa no árbitro. Posteriormente, foi banido por um ano da federação holandesa. Depois disso, a Laranja (Mecânica depois de sua consolidação como líder e capitão) nunca mais perdeu em jogos que ele marcou.

O menino sabia que era diferenciado e usou as suas habilidades para ser alavancado ao sucesso. Pelo Ajax, assinou com 19 anos um dos maiores contratos da Holanda, no valor de 15 mil florins anuais, algo que raramente acontecia no esporte do país. Pois não demorou muito tempo para que Cruyff mostrasse que todo o dinheiro oferecido seria justo para o surgimento de uma lenda.

Na temporada 1964-65, Johan se encontrou com o seu grande mentor: Rinus Michels. Era o nascimento do ‘Futebol Total’, que ganhou força com os repetidos títulos do Ajax dentro da Holanda. Contudo, a Europa só se curvou aos Godenzonen em 1971, na final da Copa dos Campeões contra o Panathinaikos.

A história do número 14

Cruyff 14

O fato de Cruyff ter ficado famoso com o número 14 é uma das provas da personalidade controversa do atleta. Naqueles tempos, em 1969, os jogadores usavam o rígido sistema de 1 a 11 para titulares. Como o meia se lesionou ao fim da temporada e perdeu o lugar no time, o dono da sua camisa 9 passou a ser Gerrie Muhren.

A mudança motivou Cruyff a procurar algo que lhe fizesse único. Como os números maiores eram assimilados para os homens de frente, o 14 surgiu como o ideal para Johan. Daí em diante, a camisa virou um ícone de um jogador que sabia explorar o marketing e ditar moda. Poucos anos depois, o holandês se transformou em um astro. Seu penteado inspirou jovens, suas chuteiras da Puma abriram alas para campanhas das grandes marcas.

Um líder chato

Cada vez mais rico, Cruyff optou em 1971 por ficar no Ajax mais algumas temporadas. O céu era o limite para ele e ai de quem se opusesse. Johan frequentemente gritava com os companheiros, exigindo atenção e boas atuações. Isso fez dele uma figura autoritária dentro do elenco, mais até do que Michels, que tinha outra filosofia de trabalho. Em 1971, o técnico partiu para o Barcelona, enquanto Cruyff era assediado pelo Feyenoord. Depois de duas taças europeias como capitão em 1972 e 73 (sob o comando de Stefan Kovacs), o meia de 25 anos foi para o Barça reencontrar o mestre.

A transferência recorde

Foto: Site oficial Barcelona

De mudança para o Camp Nou, o holandês se transformou sem surpresa alguma no futebolista mais caro do mundo, na época. Depois de ganhar a Europa com o Ajax, Cruyff (que voltou a usar o número 9) desembarcou em Barcelona por $2 milhões, um recorde até então. Venceu a liga espanhola logo de cara, rompendo o domínio do Real Madrid, Atlético e Valencia. Os catalães não eram campeões desde 1960.

É lembrado não só por ter sido o dono do meio-campo de Michels, como por ter marcado um gol inacreditável contra o Atlético de Madrid. Esperando um passe no canto esquerdo da defesa colchonera, Cruyff saltou de forma estranha, alcançou a bola com um salto esquisito e tocou de calcanhar para vencer o goleiro Miguel Reina.

A polêmica entre Puma e Adidas na Copa de 1974

Foto: Puma

A Federação da Holanda assinou um acordo com a Adidas para a Copa de 1974, até hoje o momento mais memorável da Oranje no esporte. Como Cruyff era garoto-propaganda da Puma e aparecia em vários panfletos com bolsas, chuteiras e camisas da marca, uma grande manobra foi feita pelo jogador durante o Mundial na Alemanha. Johan se recusou a usar uniformes com as três listras da Adidas.

O que a fabricante fez a respeito? Confeccionou um fardamento especial para o capitão, com apenas duas listras no calção e na camisa. Difícil imaginar alguém fazer algo parecido hoje em dia.

Comigo ninguém pode

Foto: L equipe

Como Cruyff fazia tudo o que queria e ninguém ousava contrariar, antes de deixar o Barcelona, em 1978, o craque fez dois jogos com a camisa do Paris Saint-Germain, por ter amizade com o então presidente do clube parisiense, Daniel Hechter.

Na Copa do Mundo, quem esperava ver nova atuação arrebatadora da Holanda de Cruyff, se frustrou: o jogador se recusou a viajar para a Argentina, alegando medo de ser sequestrado pela ditadura de Jorge Rafael Videla. Há quem diga que Johan não foi por desacordo com a Federação holandesa em relação à premiação. Pelo sim e pelo não, sem ele, a Holanda chegou novamente na final. E perdeu.

O destino do atleta, no entanto, acabou sendo os Estados Unidos, onde jogou por Los Angeles Aztecs e Washington Diplomats. Um breve retorno à Espanha lhe colocou no Levante, que pelo menos nas cores, era parecido com o Barcelona.

A passagem durou apenas dez partidas com a camisa da equipe na segunda divisão espanhola. Cruyff entrou em conflito com a diretoria, que não cumpriu com as suas promessas financeiras. O time acabou frustrado e não subiu para a elite local. O holandês aceitou o convite do Ajax e voltou para a sua terra natal. Nesse intervalo, vestiu a camisa do Milan em um mini-torneio no San Siro, em 1981. A história completa é contada pelos amigos do Quattro Tratti neste post (spoiler).

O dia em que Cruyff jogou pelo Milan

cruyff-milan.jpg
Um dia para se esquecer: após má atuação, Cruyff foi dado como acabado para o futebol

Silvio Berlusconi sempre foi um homem de negócios astuto. Em 1980, o Canale 5, de sua propriedade até hoje – faz parte do grupo Mediaset, do qual o Cavaliere é dono – resolveu comprar os direitos de transmissão da Copa de Ouro dos Campeões Mundiais, mais conhecida mundialmente como Mundialito. Era um torneio que reunia as seleções campeãs mundiais – a Inglaterra renunciou à participação, dando lugar à Holanda. O torneio foi  um fracasso técnico, mas um sucesso midiático. E, aí, Berlusconi resolveu lançar moda.


Em 1981, Berlusconi ainda não havia comprado o Milan – o faria apenas em 1986. Mas, como dono do canal televisivo, sediado em Milão, resolveu criar uma competição semelhante ao Mundialito, mas envolvendo clubes, que jogariam as partidas no San Siro. A ideia era reuni-los em um campeonato maior (e não na fórmula de dois jogos ou jogo único, que prevalecia). Assim, nasceu a Copa Super Clubes ou Mundialito de Clubes, que aconteceria em quatro edições bienais, de 1981 a 1987. E, na primeira edição, o Milan levou uma surpresinha: Johan Cruyff.

Cruijff_Milan_1981.jpg

No Mundialito de 1981, o Milan enfrentaria Inter, Independiente, Santos e Feyenoord, todos já vencedores do Mundial Interclubes em alguma oportunidade – Real Madrid e Boca Juniors acabaram por declinar o convite pouco antes do início da competição. O regulamento permitia que até dois jogadores que não fossem contratados pelo clube jogassem, afinal, se tratava de um torneio de verão, preparatório para a temporada europeia. No Milan, um desses jogadores era nada mais nada menos que o craque holandês, que já tinha 34 anos. Falava-se, à época, que o clube duelava com a Sampdoria, que também queria contar com ele.


Cruyff estava sendo sondado pelo Milan para ser o craque de um time em reconstrução. Em 1980, a equipe teve envolvimento noescândalo Totonero e acabou rebaixada para a Serie B, da qual estava de volta apenas um ano. O time não tinha a grandeza do Diavolo e era formado por jovens como Alberigo Evani, Mauro Tassotti e Franco Baresi, além de outros mais experientes, como Aldo Maldera, Fulvio Collovatti, Walter Novellino e Joe Jordan. Cruyff adicionaria experiência e muita classe àquela equipe. Seu primeiro teste seria contra um velho conhecido, o Feyenoord, maior rival do Ajax, equipe pela qual foi formado e passou 11 anos.


No dia 16 de junho de 1981, os presentes a San Siro não viram apenas o jogo de estreia de uma competição que tinha tudo para ser empolgante, mas a única partida de "El Flaco" Cruyff pelo Milan. O histórico número 14 da Laranja Mecânica, do Ajax e do Barcelona, claro, começou jogando, para a empolgação dos mais de 30 mil presentes no velho San Siro, que no ano anterior havia ganhado o nome oficial de Giuseppe Meazza. 

cruyff.jpg
Cabisbaixo, o holandês deixa o campo

Do alto de seus 34 anos, porém, Cruyff frustrou a todos. O holandês deixou o Barça em 1978 e vinha de passagens pelo Los Angeles Aztecs e pelo Washington Diplomats, da North American Soccer League, e de três meses frustrantes pelo Levante, que jogava a segunda divisão espanhola e, desde sua chegada, só caiu de produção e aumentou as dívidas. Totalmente fora de forma, a exibição de Cruyff no San Siro foi, dizem os jornalistas da época, digna de pena. O jornal La Stampa, de Turim, escreveu: "No primeiro tempo, se limitou a tocar poucas bolas, evitando claramente o contato com outros jogadores".


Visivelmente fora de forma e completamente desconexo do jogo, Cruyff acabou vaiado pela torcida milanista quando o árbitro anunciou o intervalo. E, ali, 45 minutos depois, acabava a passagem do holandês pelo clube rubro-negro. Cruyff acabou sendo substituído pelo técnico Luigi Radice, que preferiu colocar em seu lugar o meia Francesco Romano, de 21 anos. Ele não mudou o jogo, que acabou empatado em 0 a 0.


Após o jogo, Cruyff se defendeu das críticas. Disse que estava lesionado e que havia alertado ao clube sobre suas condições, com as quais o staff médico e técnico do Milan haviam consentido. Também se defendeu das acusações de mercenário, que alguns lhe atribuíam – Cruyff andava necessitado de dinheiro, porque havia perdido tudo em maus investimentos. Três dias depois da única partida em que defendeu o clube de Milão, Cruyff retornaria aos Estados Unidos para assinar com o Washington Diplomats, pelo qual havia jogado no ano anterior. E, 12 dias após o jogo, a Inter fazia 3 a 1 sobre o Milan e assegurava o título do Mundialito. As coisas ainda ficariam ruins para o Milan, que seria novamente rebaixado em 1981-82, depois de terminar na 14ª colocação da Serie A, em campeonato com 16 equipes.


Antes de se aposentar, em 1984, Cruyff ainda desfilou futebol pelo Ajax, entre 1981 e 1983, e no rival Feyenoord, em uma única temporada, a de 1983-84. No Ajax, chegou a jogar junto com Frank Rijkaard e Marco van Basten, e no Feyenoord, com Ruud Gullit. Certamente, lhes ensinou muito. E, escrevendo certo por linhas tortas, acabou ajudando o Milan do novo presidente Berlusconi a brilhar nacional e internacionalmente, tornando-se o time a ser temido até meados dos anos 90, muito graças ao fortíssimo trio holandês.

Fonte: http://www.quattrotratti.com/2013/05/o-dia-em-que-cruyff-jogou-pelo-milan.html

Foto: Telegraaf 

No Ajax, viveu novas desavenças com os dirigentes. A ideia inicial era atuar como assistente do técnico Leo Beenhakker, mas o futebol seduziu o ex-capitão dos Godenzonen, que fardou mais uma vez o uniforme do time da capital holandesa. O Ajax venceu as duas temporadas seguintes com a ajuda do seu maior ídolo. Mas ao fim de 1983, dado como velho, Cruyff não teve seu contrato renovado. A decisão do clube irritou o atleta, que assinou com o Feyenoord como forma de retaliação (spoiler).

Cruyff foi chamado de velho pelo Ajax e se vingou

Cruyff havia acabado de sair do Ajax, onde brigou com os dirigentes que não queriam renovar seu contrato por mais uma temporada. Campeão holandês, se viu forçado a procurar outro clube. E achou: o Feyenoord. Apesar da torcida protestar com a sua chegada (vamos lembrar que as duas equipes protagonizam a maior rivalidade holandesa), Johann estava mais procurando uma chance para provar que estava certo do que propriamente agradar a massa em Roterdã.

Ao lado de Ruud Gullit, promessa que veio do Haarlem, e Peter Houtman, Cruyff iniciou sua jornada final no De Kuip e mostrou que mesmo com 36 anos de idade ainda tinha muito o que mostrar. E de cara exibiu seu arsenal completo de truques. Os dribles rápidos, as arrancadas e a inteligência ao executar passes por entre a defesa ainda estavam ali. Com a camisa 10 do Feyenoord, o maior ícone se despediu do futebol como atleta com os títulos da Eredivisie e da Copa holandesa.

A vergonha e a arrancada

A façanha veio com cinco pontos de vantagem para o vice-líder PSV. O Ajax, que teve de engolir a seco o talento incontestável do coringa, ficou em terceiro, seis pontos atrás. Entretanto, num duelo direto entre eles, no primeiro turno, os Godenzonen puniram Cruyff e seus colegas pela heresia: com um placar de 8 a 2 no De Meer, em Amsterdã, o Feyenoord saiu humilhado de campo e com uma clara missão de tentar retribuir aquela tarde de 18 de setembro de 1983.

Depois disso a equipe de Roterdã só perdeu mais uma partida no campeonato, para o Groningen, fora de casa. No De Kuip, era difícil ameaçar o reinado da dupla formada por Cruyff e Gullit no meio-campo. Maestro do time, o veterano camisa 10 ensinou muito ao jovem colega, que seria a estrela da seleção holandesa num futuro não muito distante.

Cruyff Feyenoord

A vingança

Na rodada 24, em fevereiro de 1984, o De Kuip recebeu a revanche entre Feyenoord e Ajax, vencida pelos donos da casa por 4 a 1. Não com a mesma diferença de gols, mas serviu para saciar aquela sede de vingança. Se Thijs Libregts não venceu o PSV em nenhum dos dois encontros, não pode reclamar que saíram tão envergonhados assim dos duelos com o Ajax.

Ao contrário do que se pensa, o Feyenoord não conseguiu uma série incrível de vitórias, mas foi muito regular na reta final e isso ajudou a garantir o título no fim. Líder desde a décima rodada, o time de Cruyff não saiu da ponta até levantar o caneco, garantido na penúltima partida contra o Willem II, fora de casa, com o placar de 5 a 0.

Cruyff fez 11 gols em 33 jogos pela Eredivisie, se despedindo com dignidade de sua carreira. E claro, esfregando os títulos na cara dos diretores que juravam que ele estava velho demais um ano antes. A campanha dos campeões terminou com 25 vitórias, 7 empates e apenas duas derrotas, três a menos do que PSV e Ajax, os concorrentes diretos.

Para completar o ciclo no Feyenoord, Cruyff também ergueu a taça da Copa holandesa, em cima do Fortuna Sittard. 

Em 1983, Johann Cruyff já havia desfrutado de tudo que um atleta poderia sonhar na carreira. Exceto a final da Copa do Mundo de 1974, cujo título foi para a dona da casa Alemanha, o maior craque holandês de todos os tempos não podia reclamar do que conquistou em quase 20 anos como profissional.

*Post originalmente publicado na Trivela

A resposta veio em forma de dobradinha com os títulos da liga e da Copa da Holanda. A campanha ajudou outro craque holandês a amadurecer: Ruud Gullit ainda não usava seus habituais dreadlocks e nem o bigode dos anos 1990, mas já mostrava fome de ser o grande jogador do país. Naquele ponto, Cruyff saía de cena para se aposentar, dando lugar à geração que venceu a Eurocopa em 1988. Novamente sob o comando de Rinus Michels, a Laranja Mecânica de Gullit, Van Basten, Rijkaard e Ronald Koeman.

Foto: Taringa

Entre idas e vindas, o gênio indomável treinou novamente o Ajax, assumiu o Barcelona e foi o treinador do lendário ‘Dream Team’ catalão com Koeman, Guardiola, Stoichkov e Laudrup. Quase morreu em 1991 quando sofreu um infarto, resultado de dezenas de cigarros fumados diariamente.

O lado polêmico de Cruyff nunca morreu. Inclusive ganhou mais força quando ele estava do outro lado. Teimoso e romântico, provavelmente nunca aceitou que os seus tempos ficaram para trás. Volta e meia faz declarações controversas na imprensa, o que diminuiu bastante o seu prestígio com a torcida do Barcelona e por consequência do resto do mundo. A dor em não ser mais o centro das atenções deve explicar o complexo de Johan, um craque eterno, apesar de sua rebeldia.

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Vale a pena a leitura, dá pra imaginar o quão fantástico ele era.

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A trivela se supera com essas materias SENSACIONAIS.

Digitando com os pés aqui por que as mãos estão aplaudindo.

Pena que agora virou um velhaco que só fala besteiras ieuashieuasheiausa

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  • Vice-Presidente

Deu azar de nascer na Holanda. Se tivesse nascido num país mais tradicional, acho que não seria considerado um patamar abaixo de Pelé e Maradona.

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Eu tô até agora tentando entender esse gol que ele fez no Atlético de Madrid. Sério mesmo. O movimento é tão esquisito e complexo que não se tem uma visão clara.

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  • Diretor Geral

E olha que eu comprei uma camisa do Ajax faz um tempo, meti um número 14 ali e nem sabia desses "bastidores" hahahahaha! Que gênio, que personalidade... acho que jogadores assim, até pela forma como nascem os craques hoje em dia, existirão cada vez menos.

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Pena que agora virou um velhaco que só fala besteiras ieuashieuasheiausa

Só sendo um pouquinho chato, essa matéria é do Felipe Portes. que é ex-Trivela e tem um site que chama Todo Futebol (tfcorp.net) e tá mandando muito bem, com umas matérias bem legais. Ele publica algumas no perfil dele no Medium também.

Eu li essa matéria ontem. É muito bom saber mais sobre a história desse caras lendários, principalmente conhecer um pouco como eles eram. Cruyff marrento pra caralho, deve ser por isso que ele se dava bem com o Romário hahaha.

Editado por bks
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      Leia, abaixo, a entrevista na íntegra. Ouça o conteúdo também no podcast Dinheiro em Jogo. Marijn Beuker é o primeiro "entrevistado da semana" da editoria de negócios do esporte do ge.

      Marijn Beuker, diretor de performance e desenvolvimento do AZ Alkmaar — Foto: Rodrigo Capelo
       
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      – O que é talento? Quais são os indicadores dele numa pessoa?
      – Quando eu falo do talento certo, falo dos “blocos de construção”, do potencial para crescer, caráter, atitude, a habilidade e a vontade de aprender. Para mim, esses são os fatores importantes. Existem elementos que têm a ver com genética, mas do jeito que nós olhamos, existem “blocos de construção” que vão te dar a oportunidade para crescer, desde que você trabalhe duro, cometa erros e consiga crescer.
      – Você explicou em sua apresentação que há crianças com estágios diferentes de desenvolvimento do corpo; que pode ser tardio ou precoce. Pode nos explicar melhor o conceito? Quão importante para a formação do jogador é mensurar cientificamente esse ponto?
      – É muito importante, mas especialmente em uma idade crucial para o desenvolvimento juvenil. Quando você tem 21, mais ou menos, todo o corpo está desenvolvido. Antes dos 21, pode haver grandes diferenças, não apenas em relação à idade biológica, mas sobre o que chamam de idade relativa. Isso é familiar a muitos clubes, mas ainda é muito difícil de trabalhar com isso, porque os clubes amadores, os sistemas escolares, eles tomam decisões e olham para quem é melhor agora. Depois vão ver o problema. Falando sobre jovens que se desenvolvem precocemente, ou sobre os que se desenvolvem tardiamente, ambos podem chegar lá. Não é só apenas olhar para precoces ou tardios. Mas sabemos que as pessoas que são boas precocemente, elas são badaladas. As pessoas dizem: ele é o novo Neymar, é o novo Pelé, é o novo Kaká. Mas isso não está ajudando a desenvolver o psicológico do jogador.
      – Quais são os problemas que um jogador com desenvolvimento precoce costuma ter? E no caso dos tardios?
      – O que aprendemos é que na média, entre jogadores que se desenvolvem precocemente, eles não são suficientemente desafiados. Eles são as pérolas do futebol, eles são considerados assim, então nós trabalhamos com eles, deixamos que joguem. Acontece de na academia o foco estar mais em performar, mas deveria estar no desenvolvimento, no longo prazo. Nós não nos importamos se você é o melhor aos 13 anos, porque isso pode mudar. Os que se desenvolvem tardiamente são desafiados naturalmente, porque eles são menores. Você pode não ser fisicamente forte, comparado aos seus colegas. Acontece com jogadores como Wesley Snijder, que é menor, ou com outro jogador que seja lento. Ele é forçado a adaptar de um jeito natural.
      – Então o garoto precoce sofre por não ter desafios que o façam progredir. Enquanto os tardios costumam ser logo descartados, por não terem boa performance. Qual é a solução?
      – Nós também tentamos desafiar todo o tempo, nós jogamos nossos jogadores na merda, como dizemos na Holanda, para que os se desenvolvem precocemente sejam desafiados também. Você também pode fazer isso no treinamento. Você faz três contra cinco, e os precoces estão em desvantagem numérica, eles são forçados... Nossos treinadores, na nossa academia, dão muita atenção para isso. Nós olhamos para cada indivíduo, o que ele precisa, para que a vida deles seja menos fácil. Nós sempre usamos uma frase brilhante que diz: “não prejudique as crianças fazendo a vida delas fácil”. Temos que criar crianças fortes, queremos obstáculos no caminho delas, queremos criar caos, situações difíceis. Com tardios nós temos que cuidar disso, para que eles tenham sucesso, não desistam do sistema, só porque são os melhores do time. Temos que trabalhar isso.
      – É possível citar exemplos? Messi é um tardio?
      – Bem, eu não sei. Eu só posso saber quando meço. No meu clube, quase 80% ou 70% dos jogadores mais velhos que passaram pela academia... Nós fazemos vários jogos com jogadores da base, nós os achamos com 12 anos, e 80% são tardios. Mas também há grandes jogadores que são tardios. Os melhores jogadores são aqueles que são desafiados ao longo do tempo. Há milhares de histórias assim: “eu não era o melhor na juventude, mas eu encontrei meu caminho”. Para ser sincero, não sei se Neymar ou Messi eram tardios. Sei que o Messi teve desafios com o crescimento, então há uma chance de que ele seja tardio, mas sei que ele foi desafiado quando era mais novo.
      – Você explicou que existe um pico comum no desenvolvimento do corpo da criança. Em que ela se desenvolve muito rapidamente naquele ano, e depois reduz. Disse até que no caso das meninas esse desenvolvimento vem um ano antes. Pode explicar melhor?
      – Quando olhamos para o crescimento do corpo, os meninos começam a crescer geralmente aos 13 anos, e o pico vem aos 14, e mais ou menos ele termina quando chega aos 15 anos. As meninas têm um ano a menos nesse processo: 12, 13 e 14. Nós sabemos, ao monitorar as habilidades físicas, a habilidade de se mover com a bola, sabemos que você sempre se desenvolve, mas aos 13 o seu pé começa a crescer mais, seu corpo está fora de proporção, então é lógico que você está tropeçando a cada passo que dá. Os resultados serão piores. Isso é um perigo. Se você é olheiro e avalia um jogador assim, você não sabe disso e diz: “ele é ruim”. Mas não. Ele tem 13 anos, então você pode assumir que ele está num estágio baixo de desenvolvimento. Mas nós sabemos que você cresce, fica um pouco pior, depois cresce e cresce de novo. Há momentos diferentes para o desenvolvimento do corpo.
      – O que deve ser treinado nas categorias de base? Deve haver treinamento tático desde o início da formação, por exemplo?
      – Antes dos 12 anos, nós colocamos ênfase nas habilidades e no psicológico. Isso é o mais importante. Depois disso, a tática deve ser evitada. A tática ajuda a vencer partidas no curto prazo, e a tática é boa quando se joga futebol profissional, mas antes de falar sobre tática você precisa falar sobre inteligência, tomada de decisões, criatividade. Esses são elementos... Improvisação! Esses são elementos que conectados com a memória de longo prazo, a inteligência, padrões de inteligência de jogo... O que queremos é que nossos jogadores sejam colocados em situações diferentes, eles têm que jogar em estilos diferentes, diferentes maneiras de chegar ao sucesso... Os princípios do jogo são sempre os mesmos, mas o jeito que se joga, na formação, precisa ser diferente.
      – Isso é muito bom. Não é raro ver as pessoas querendo que as crianças aprendam o posicionamento no campo desde o começo.
      – Quando decidimos ensinar aos jogadores de 14 anos tática eles vão ser bons no momento, com aquele treinador, mas isso não significa que eles entendem o jogo. Imagina o futebol de rua, nas favelas, nas praias. Não há tática. Tática é algo que vem no fim da educação. Nós dizemos que no fim da educação você tem que aprender a vencer. É mais sobre estratégia. OK, eu sou rápido. Como nós, como um time, vamos usar minha rapidez? Você é bom em defender; como você vai fechar a porta? Isso é aprender a ganhar. Isso se faz aos 17, 18, 19 anos. Nós falamos disso ali pela primeira vez.
      – O que é inovação em termos de formação dos jogadores?
      – As pessoas dizem que têm clubes inovadores, mas as pessoas cometem erros, porque elas acham que inovação é sobre tecnologia, computador, Tecnologia da Informação. Mas para nós, em um clube, tenho a forte crença de que inovação é trazer os anos 1960, os anos 1970 de volta. O futebol de rua, os elementos que estavam ali, jogar muito de um jeito diverso... Quando você dribla em uma circunstância imperfeita, quando você não tem grama aparada, mas concreto, rua, com pedras e obstáculos para a bola por todo lado, quando tem uma pedra grande no chão que você precisa evitar, quando tem cinco contra cinco, sem tática, essa é a grande inovação para nós.
      @rodrigocapelo
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