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A ciência que explica porque se deve gastar o dinheiro em experiências, e não em coisas


_Matheus_

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A ciência que explica porque se deve gastar o dinheiro em experiências, e não em coisas

Você não tem fundos ilimitados. Gaste seu dinheiro em coisas que a ciência diz que fazem você feliz.

 

Um dos pressupostos que mais ouvimos falar é o de que o dinheiro é capaz de colocar ao nosso redor os estímulos necessários para que sejamos felizes, principalmente objetos. Esse texto eu vi na FastCo.Exist, uma divisão da revista FastCompany, uma revista digital focada em inovação, tecnologia, ética econômica, liderança e design. Ele explica de uma forma bem interessante algumas das razões pelas quais pode ser melhor gastar seu dinheiro em experiências e não em coisas.

 

* * *

 

A maioria das pessoas busca a felicidade. Há economistas que pensam que a felicidade é o melhor indicador para a saúde de uma sociedade. Sabemos que o dinheiro pode nos deixar mais felizes, ainda que depois das necessidades básicas serem atendidas, ele não incremente tanto assim nossa felicidade. Mas uma das grandes questões é como usar o dinheiro, que (para a maioria de nós) é um recurso limitado.

 

Há uma pressuposição lógica que a maioria das pessoas faz quando gasta dinheiro: que já que um objeto físico dura mais, ele nos deixará felizes por mais tempo do que uma experiência temporária como ir a um show ou um pacote de viagem. Uma pesquisa recente revelou que essa pressuposição está completamente equivocada.

 

“Um dos inimigos da felicidade é a adaptação”, disse o Dr. Thomas Gilovich, um professor de psicologia na Universidade de Cornell que tem estudado a questão do dinheiro e da felicidade por mais de duas décadas. “Compramos coisas para ficarmos felizes, e isso funciona. Mas só por um tempo. As coisas novas são excitantes no início, mas então nos adaptamos a elas.”

 

Em vez de comprar o último iPhone ou um BMW novo, Gilovich sugere que obteremos mais felicidade gastando dinheiro em experiências tais como visitar exposições de arte, fazer atividades na natureza, aprender coisas novas ou viajar.

 

Os resultados obtidos por Gilovich são a síntese de estudos psicológicos conduzidos por ele e outros cientistas quanto ao paradoxo de Easterlin, que descobriu que o dinheiro é capaz de comprar a felicidade, mas só até certo ponto

 

Como exatamente a adaptação afeta a felicidade, por exemplo, foi quantificado num estudo que pediu às pessoas que elas mesmas relatassem sua felicidade com grandes compras materiais e de experiências. Inicialmente suas felicidades com essas compras tinham, pessoalmente, mais ou menos o mesmo valor. Mas com o tempo a satisfação das pessoas com as coisas que compraram diminuiu, enquanto que a satisfação com as experiências em que gastaram dinheiro aumentou.

 

É contraintuitivo que algo como um objeto físico que podemos ter por muito tempo não nos deixe tão felizes por tanto tempo quanto uma experiência única num momento no tempo nos deixa. Ironicamente, o fato de que uma coisa material estar sempre presente opera contra ela: é mais fácil que nos adaptemos. Ele se dissipa no meio das outras coisas e se torna parte do nosso “novo normal”. Mas enquanto a felicidade das compras materiais diminui ao longo do tempo, as experiências se tornam parte de nossa identidade.

 

“Nossas experiências são uma parte maior de nós mesmos que os bens materiais”, diz Gilovich. “Você pode realmente gostar de suas coisas materiais. Você pode até achar que parte de sua identidade está ligada a essas coisas, mas ainda assim elas permanecem separadas de você. Em contraste a isso, suas experiências são parte de você. Somos a soma de todas as nossas experiências.”

 

Um estudo conduzido por Gilovich até mesmo mostrou que se alguém tem uma experiência que afirma ter impactado a felicidade negativamente, quando a pessoa que viveu a experiência começa a falar a respeito dela, sua avaliação da experiência sobe. Gilovich atribui isso ao fato de que algo que pode ter sido estressante ou assustador no passado acaba se tornando uma história engraçada para contar numa festa, ou que podemos relembrar como uma experiência valiosa de formação de caráter.

 

Outra razão é que as experiências compartilhadas nos conectam mais com os outros do que compartilhar o ato de consumo, consumir a mesma coisa. Provavelmente nos sentimos mais ligados a alguém com quem tiramos férias em Bogotá do que com alguém que por acaso também comprou uma TV de 4K.

 

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“Consumimos experiências diretamente, junto com outras pessoas”, diz Gilovich. “E depois que elas passam, se tornam parte das histórias que contamos uns aos outros.”

 

E mesmo se alguém não está junto conosco quando vivemos uma experiência qualquer, é muito mais fácil fazer conexão com uma pessoa que também gostou de fazer a trilha nos Apalaches ou esteve no mesmo show que a gente do que com uma pessoa que comprou o mesmo celular.

 

Também somos bem menos dados a comparar negativamente as próprias experiências com a de outras pessoas do que comparar as compras materiais. Numestudo conduzido pelos pesquisadores Ryan Howell e Graham Hill descobriu-se que é mais fácil comparar as características de bens materiais (quantos quilates tem o anel? Qual a velocidade do processador do seu laptop?) do que experiências. E já que é mais fácil comparar, as pessoas de fato fazem mais isto.

 

“A tendência de olhar para a grama do vizinho tende a ser mais pronunciada com relação a bens materiais do que com compras de experiência”, diz Gilovich. “Sem dúvida nos incomoda estar de férias e ver pessoas em hotéis melhores, ou voando na primeira classe. Mas não produz tanta inveja como quando ficamos para trás quanto aos bens materiais."

 

A pesquisa de Gilovich tem implicações para indivíduos que desejem maximizar o retorno de seus investimentos financeiros em termos de felicidade, para empregadores que desejem uma equipe mais feliz, e para políticos que desejem cidadãos mais felizes.

 

“Ao alterar os investimentos que as sociedades fazem e as políticas que aplicam, podemos guiar vastas populações para os tipos de buscas vivenciais que promovam maior felicidade.” escreveu Gilovich e seu coautor, Amit Kumar, em seu recente artigo num periódico acadêmico, Experimental Social Psychology.

 

Se a sociedade levar a sério essa pesquisa, isso significaria não apenas uma mudança em termos de como os indivíduos aplicam suas rendas pessoais, mas também faria com que os empregadores concedessem mais férias remuneradas, e que governos cuidassem melhor de espaços recreacionais.

 

“Enquanto sociedade, não seria melhor tornar as experiências mais fáceis para as pessoas?" pergunta Gilovich.

 

PdH.com.br

 

O texto é bom porque não é do PdH, de fato. Apenas traduziram o original.

 

Bom proveito e bom feriado a todos!  :yesg:

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  • Vice-Presidente

Essa onda da internet de textos que dizem o que você deve ou não deve fazer já está enchendo a porra do saco. Somos dotados de livre-arbitrário e devemos usá-lo, quem sou para saber do que faz outra pessoa feliz? O que me faz feliz pode ser algo absurdamente simples e pronto. Nego romantiza demais da conta, ainda mais agora que a sociedade "descobriu" viajar. Cheio de gente, prefiro ir para a puta que pariu de mochilão do que ir para esses centros turísticos chiques e que todo mundo vai, é melhor ficar num albergue que num hotel 5 estrelas, etc. Porra, só porque minha experiencia foi bacana eu tenho que doutrinar as pessoas agora? Cada um tem seu estilo, tem seus objetivos, seus sonhos e colocar todo mundo no mesmo balaio é tosco.

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...

Talvez os textos do PdH em geral tenham tanto essa conotação palpiteira que já os deixa queimados, bem nessa linha que você enxergou. Não só eles, mas outras fontes também.

Contudo, isso já­ tá embasado em estudo cientifico e ao menos o que observo pra mim, de fato é verdade e nem é uma descoberta nova. Mas diante da grande falta de contato real que a internet tem proporcionado, do apego material de vidas seguindo de modo automático, entre tantas outras coisas, acho que os momentos de experiência valem muito mais e faz-se necessário jogar essa verdade tao empírica e que em tempos não tao distantes era fácil enxergar.

Vejo esse texto apenas como um convite para se testar com outras coisas. Muita gente não se dá esse presente.

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O problema é o seguinte:

Para seres pensantes um artigo desse tipo pode funcionar como uma chamada de atenção para algo que já se fazia ou até sabia intuitivamente mas não tinha pensado a respeito, O problema que infelizmente a grande maioria sequer pensa na sua própria vida, e segue parâmetros pré-estabelecidos por outros. o efeito manada presente em nossas vidas.

Pior e quando você tenta seguir o bom senso e fazer algo diferente. Tipo experimenta no trabalho(emprego) identificar uma falha ou exceção ao "protocolo" e mudar o que todos fazem igual...

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Visitante João Gilberto

Antigamente (nem tanto) os mais velhos contavam em uma roda de conversa as suas histórias, experiências e vivencias, tentando passar para os jovens alguns direcionamentos, lições, avisos, etc... alguns ouviam com atenção, alguns se identificavam, outros davam de ombros, outros queriam exatamente o oposto... hoje, estes mais velhos fazem o mesmo, só mudou a forma, a mídia, o meio. São ciclos que se repetem, válidos para uns (_Matheus_), inúteis para outros (Henrique M.) e assim a vida segue.

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Essa onda da internet de textos que dizem o que você deve ou não deve fazer já está enchendo a porra do saco. Somos dotados de livre-arbitrário e devemos usá-lo, quem sou para saber do que faz outra pessoa feliz? O que me faz feliz pode ser algo absurdamente simples e pronto. Nego romantiza demais da conta, ainda mais agora que a sociedade "descobriu" viajar. Cheio de gente, prefiro ir para a puta que pariu de mochilão do que ir para esses centros turísticos chiques e que todo mundo vai, é melhor ficar num albergue que num hotel 5 estrelas, etc. Porra, só porque minha experiencia foi bacana eu tenho que doutrinar as pessoas agora? Cada um tem seu estilo, tem seus objetivos, seus sonhos e colocar todo mundo no mesmo balaio é tosco.

Desabafou mesmo, hein lek? Orra hahahahahah não esperava.

O texto é bom porque não é do PdH, de fato. Apenas traduziram o original.

Bom proveito e bom feriado a todos! :yesg:

Quanto preconceito, Mathoissssssss

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Uma pessoa pode passar um feriado inteiro, com alguns amigos, jogando o videogame novo que ele comprou, e ser extremamente feliz, se satisfazer.

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Essa onda da internet de textos que dizem o que você deve ou não deve fazer já está enchendo a porra do saco. Somos dotados de livre-arbitrário e devemos usá-lo, quem sou para saber do que faz outra pessoa feliz? O que me faz feliz pode ser algo absurdamente simples e pronto. Nego romantiza demais da conta, ainda mais agora que a sociedade "descobriu" viajar. Cheio de gente, prefiro ir para a puta que pariu de mochilão do que ir para esses centros turísticos chiques e que todo mundo vai, é melhor ficar num albergue que num hotel 5 estrelas, etc. Porra, só porque minha experiencia foi bacana eu tenho que doutrinar as pessoas agora? Cada um tem seu estilo, tem seus objetivos, seus sonhos e colocar todo mundo no mesmo balaio é tosco.

 

Vim aqui reforcar a sua opiniao. Acho super engracado essas pessoas que se descobriram "Wanderlust" HAHAHAHAHAHHAHAHA 

 

Apesar de eu gostar de viajar e se pudesse viajaria mil vezes mais do que eu viajo, concordo com o seu ponto de vista. Ha um preconceito velado, e um desprezo por quem nao e """"mente aberta"""" como essa geracao. 

 

O teor desses textos eh bem taxativo e excludente mesmo. 

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Uma pessoa pode passar um feriado inteiro, com alguns amigos, jogando o videogame novo que ele comprou, e ser extremamente feliz, se satisfazer.

 

E pode ser extremamente feliz passando um feriado inteiro com os amigos e jogando SNES, Nintendo 64 e outros. A felicidade não está, necessariamente no bem adquirido, mas na experiência.

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E pode ser extremamente feliz passando um feriado inteiro com os amigos e jogando SNES, Nintendo 64 e outros. A felicidade não está, necessariamente no bem adquirido, mas na experiência.

Quando digo 'novo', não é necessariamente o 'mais moderno'. Nessa caso a felicidade foi adquirida na experiência, mas a experiência só existiu porque ele gastou dinheiro em uma coisa material. Justamente o oposto do que o texto diz.

O povo quer criar regra para tudo, como se todos fossem iguais. Temos nossas individualidades, gostos diferentes, hobby diferentes, lazeres diferentes.

A felicidade pode estar nas experiências, podem estar no bem adquirido, pode estar na união dos dois.

Tem gente que se sente feliz comprando um IPhone, mesmo não sabendo usar nem 80% das funções do celular.

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Quando digo 'novo', não é necessariamente o 'mais moderno'. Nessa caso a felicidade foi adquirida na experiência, mas a experiência só existiu porque ele gastou dinheiro em uma coisa material. Justamente o oposto do que o texto diz.

O povo quer criar regra para tudo, como se todos fossem iguais. Temos nossas individualidades, gostos diferentes, hobby diferentes, lazeres diferentes.

A felicidade pode estar nas experiências, podem estar no bem adquirido, pode estar na união dos dois.

Tem gente que se sente feliz comprando um IPhone, mesmo não sabendo usar nem 80% das funções do celular.

 

Quando você diz que o povo quer fazer regra pra tudo, me remete mais a essa interpretação extremista de viver como 8 ou 80. Eu não tenho que ser um maratonista queniano ou um obeso de 200 kg que mal se levanta. Você não precisa ser um ou outro e sim estar entre um e outro. Pode ser 8; 8,1; 12,3; 20,7; 20,8; 21,01; 80; São infinitas possibilidades. 

 

De todo modo, olhando para as pessoas ao nosso redor, vemos mais gente extremista pro lado do consumismo do que extremista pro lado das experiências. E é por esse motivo o texto, de abrir os olhos dos leitores para novas possibilidades.

 

Para um apaixonado por cafés, ele não necessariamente tem que gastar 500 reais por mês nos mais variados cafés expressos existentes. Ele pode comprar uma cafeteira expresso de 300 a 3000 reais e se deliciar de forma muito mais presente, com os mais variados tipos de grãos e ainda economizar bastante ao longo dos anos. Perceba que nesse caso o bem material proporcionou uma experiência mais estreita com a paixão dele, agora ele se preocupa em comprar um grão selecionado, moer na hora para intensificar aromas e sabores, entre outras coisas.

 

Para entendedores de carro, talvez seja uma boa trocar com alguma frequência, ou até com nenhuma frequência, já que amam tanto o carango. Mas e a grande massa que tá sempre lenhando o carro e não tão nem aí pros arranhões, amassados, mas trocam religiosamente de carro? Será que o carro novo pra essas pessoas é, de fato, uma questão de felicidade?

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Para entendedores de carro, talvez seja uma boa trocar com alguma frequência, ou até com nenhuma frequência, já que amam tanto o carango. Mas e a grande massa que tá sempre lenhando o carro e não tão nem aí pros arranhões, amassados, mas trocam religiosamente de carro? Será que o carro novo pra essas pessoas é, de fato, uma questão de felicidade?

Se o status é importante pra ela, sim, é uma questão de felicidade.

 

O que não invalida o que você disse no geral, claro.

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Se o status é importante pra ela, sim, é uma questão de felicidade.

 

O que não invalida o que você disse no geral, claro.

 

Sim, o que remete a uma pergunta mais profunda: status realmente trás felicidade? ou: O quão vazia pode ser nossa alma pra se preocupar com status como instrumento de felicidade?

 

Ressalto que alma, aqui, não tem necessariamente conotação religiosa e sim nosso interior mesmo.

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Sim, o que remete a uma pergunta mais profunda: status realmente trás felicidade? ou: O quão vazia pode ser nossa alma pra se preocupar com status como instrumento de felicidade?

 

Ressalto que alma, aqui, não tem necessariamente conotação religiosa e sim nosso interior mesmo.

 

Egocentrismo e megalomania não são exclusividades de "almas vazias". Aliás isso não existe. Cada um busca a felicidade naquilo que acha mais interessante. 

 

Quem buscar status aka poder é feliz o alcançando. Let it be.

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Egocentrismo e megalomania não são exclusividades de "almas vazias". Aliás isso não existe. Cada um busca a felicidade naquilo que acha mais interessante. 

 

Quem buscar status aka poder é feliz o alcançando. Let it be.

 

Eu vejo o poder como algo muito maior do que status. Status eu vejo como aparência e na maioria esmagadora dos casos, é uma felicidade em aparecer pros outros. Entretanto, ambos remetem ao egocentrismo, mas o poder te dá mais possibilidades.

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Eu vejo o poder como algo muito maior do que status. Status eu vejo como aparência e na maioria esmagadora dos casos, é uma felicidade em aparecer pros outros. Entretanto, ambos remetem ao egocentrismo, mas o poder te dá mais possibilidades.

 

Status pra você é ostentar sem realmente ter, certo?

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Status pra você é ostentar sem realmente ter, certo?

 

Não só isso. Uma vida de Paris Hilton, por exemplo.

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Sim, o que remete a uma pergunta mais profunda: status realmente trás felicidade? ou: O quão vazia pode ser nossa alma pra se preocupar com status como instrumento de felicidade?

 

Ressalto que alma, aqui, não tem necessariamente conotação religiosa e sim nosso interior mesmo.

A resposta está no mesmo post, Matheus. Quem define se é ou não feliz é a pessoa. Quem sou eu pra chegar em alguém e falar que a sua felicidade não é real, ou que o tipo de prazer que ela busca para atingir a felicidade é vazio? O que é vazio? Por que viajar é menos vazio que comprar bens materiais?

 

Você poderia dizer que, ao final da vida, são essas as coisas que as pessoas iriam querer ter feito, em detrimento da aquisição material. Ninguém, ao fim da vida, se arrependeria de não ter comprado aquele carro melhor e/ou caro, mas sim de não ter viajado para aquele lugar especial. Porém, isso é altamente especulativo, necessitaria de um certo estudo empírico. A partir daí poderíamos tirar algumas regras gerais de tendência de felicidade, de acordo com a realidade e os valores de cada um. Mas não foi exatamente isso que você defendeu, e sim um sentido metafísico, aristotélico, de felicidade.

 

E isso porque, e APENAS porque, nossas ações não necessariamente condizem com nossas crenças, por uma infinidade de fatores, como comodismo, pressão social, medo, etc.

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Quando você diz que o povo quer fazer regra pra tudo, me remete mais a essa interpretação extremista de viver como 8 ou 80. Eu não tenho que ser um maratonista queniano ou um obeso de 200 kg que mal se levanta. Você não precisa ser um ou outro e sim estar entre um e outro. Pode ser 8; 8,1; 12,3; 20,7; 20,8; 21,01; 80; São infinitas possibilidades. 

 

De todo modo, olhando para as pessoas ao nosso redor, vemos mais gente extremista pro lado do consumismo do que extremista pro lado das experiências. E é por esse motivo o texto, de abrir os olhos dos leitores para novas possibilidades.

A questão é a maioria dos textos que leio sobre o assunto, não diz algo do tipo "de vez em quando experimente sair da rotina, viaje, tenha novas experiências", normalmente é algo afirmativo e taxativo, como se fosse regra: "quem viaja é mais feliz", "viajar é melhor que isso, que aquilo...". Por mais que as experiências tragam sensações diferentes, há experiências e experiências.

 

Obs.: Usei o exemplo de viagens porque é o que tenho mais visto. Matérias do tipo "casal vendeu tudo para viver viajando"...coisas desse tipo.

 

Se tem gente que apaga publicação em rede social, por não receber muitas curtidas, e depois faz a mesma publicação em uma hora mais "movimentada". Não duvido de quem seja feliz com status. Acho que se alguém almeja demais algo, alguma função, quer ser visto de tal forma e alcança aquilo, o status traz sim felicidade. Pode ser que seja momentânea, rápida, "fútil", mas traz sim felicidade aquela pessoa. E nunca duvide da estupidez, da carência, da necessidade de aparecer...de um ser humano!

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A questão é a maioria dos textos que leio sobre o assunto, não diz algo do tipo "de vez em quando experimente sair da rotina, viaje, tenha novas experiências", normalmente é algo afirmativo e taxativo, como se fosse regra: "quem viaja é mais feliz", "viajar é melhor que isso, que aquilo...". Por mais que as experiências tragam sensações diferentes, há experiências e experiências.

 

Obs.: Usei o exemplo de viagens porque é o que tenho mais visto. Matérias do tipo "casal vendeu tudo para viver viajando"...coisas desse tipo.

 

Se tem gente que apaga publicação em rede social, por não receber muitas curtidas, e depois faz a mesma publicação em uma hora mais "movimentada". Não duvido de quem seja feliz com status. Acho que se alguém almeja demais algo, alguma função, quer ser visto de tal forma e alcança aquilo, o status traz sim felicidade. Pode ser que seja momentânea, rápida, "fútil", mas traz sim felicidade aquela pessoa. E nunca duvide da estupidez, da carência, da necessidade de aparecer...de um ser humano!

 

Quer repercussão naquilo que posta, normal cara. Acha que a "melhor" novela e os melhores âncoras de jornal aparecem em horário nobre (20-22h) por que? Pra dar mais repercussão.

 

Estupidez por querer mostrar que pode comprar x e y? 

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Quer repercussão naquilo que posta, normal cara. Acha que a "melhor" novela e os melhores âncoras de jornal aparecem em horário nobre (20-22h) por que? Pra dar mais repercussão.

 

Estupidez por querer mostrar que pode comprar x e y? 

Não é querer repercussão, Ariel. É postar uma foto, sem legenda, sem texto, sem nada. Apagar porque só levou duas curtidas e postar mais tarde. Isso é pura e simplesmente para inflar o ego.

 

Não é estupidez querer comprar X ou Y, mas eu acho estupidez se sentir melhor que o outro por ter X ou Y, por frequentar N ou M, por ser amigo de A ou B.

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A resposta está no mesmo post, Matheus. Quem define se é ou não feliz é a pessoa. Quem sou eu pra chegar em alguém e falar que a sua felicidade não é real, ou que o tipo de prazer que ela busca para atingir a felicidade é vazio? O que é vazio? Por que viajar é menos vazio que comprar bens materiais?

 

Você poderia dizer que, ao final da vida, são essas as coisas que as pessoas iriam querer ter feito, em detrimento da aquisição material. Ninguém, ao fim da vida, se arrependeria de não ter comprado aquele carro melhor e/ou caro, mas sim de não ter viajado para aquele lugar especial. Porém, isso é altamente especulativo, necessitaria de um certo estudo empírico. A partir daí poderíamos tirar algumas regras gerais de tendência de felicidade, de acordo com a realidade e os valores de cada um. Mas não foi exatamente isso que você defendeu, e sim um sentido metafísico, aristotélico, de felicidade.

 

E isso porque, e APENAS porque, nossas ações não necessariamente condizem com nossas crenças, por uma infinidade de fatores, como comodismo, pressão social, medo, etc.

 

Gostei da sua resposta!

 

Mas foquemos em uma coisa só: uma pessoa que busca status. Inevitavelmente uma Paris Hilton vai ficar feliz ao ser trending topic, idem a esses tantos pobres que ganham 1000 reais e parcelam um iPhone de 3500 quando aqueles com quem convivem ficam com invejinha.

 

Certamente é isso que a pessoa está buscando - vamos excluir aqueles que seguem a manada sem se auto-avaliar. Que tipo de felicidade é essa que se pauta no que os outros pensam de você e não no que você pensa de si mesmo?

 

A questão é a maioria dos textos que leio sobre o assunto, não diz algo do tipo "de vez em quando experimente sair da rotina, viaje, tenha novas experiências", normalmente é algo afirmativo e taxativo, como se fosse regra: "quem viaja é mais feliz", "viajar é melhor que isso, que aquilo...". Por mais que as experiências tragam sensações diferentes, há experiências e experiências.

 

Obs.: Usei o exemplo de viagens porque é o que tenho mais visto. Matérias do tipo "casal vendeu tudo para viver viajando"...coisas desse tipo.

 

Se tem gente que apaga publicação em rede social, por não receber muitas curtidas, e depois faz a mesma publicação em uma hora mais "movimentada". Não duvido de quem seja feliz com status. Acho que se alguém almeja demais algo, alguma função, quer ser visto de tal forma e alcança aquilo, o status traz sim felicidade. Pode ser que seja momentânea, rápida, "fútil", mas traz sim felicidade aquela pessoa. E nunca duvide da estupidez, da carência, da necessidade de aparecer...de um ser humano!

 

Concordo que não trazem essa sugestão "tente isso", "experimente aquilo". Mas dá pra enxergar alguns possíveis motivos: o texto cru não transmite as emoções, o semblante, a nuance da mensagem; e às vezes estamos tão enraizados numa verdade, tão crentes na veracidade dela, que paramos de enxergar as outras verdades que existem por aí, ou pensamos que só existe aquela verdade. Eu creio que o choque de alguém chegar e dizer que existe outra verdade (ainda que seja menos verdade pra mim do que pra ele) é muito mais efetivo pra nos tirar dessa "transe". Saca?

 

Sobre a momentaneidade da felicidade, o texto menciona isso. Um carro traz felicidade, mas momentânea. Aos poucos, um carro de 70 mil que deveria te fazer muito feliz pelo preço e pelo tempo que vai durar na sua mão, se torna nada. Enquanto um bate papo, uma viagem, uma experiência, que terão um fim hoje (diferentemente do carro) se mostram mais recompensadores ao longo dos anos, em formas de lembranças.

 

Quer repercussão naquilo que posta, normal cara. Acha que a "melhor" novela e os melhores âncoras de jornal aparecem em horário nobre (20-22h) por que? Pra dar mais repercussão.

 

Estupidez por querer mostrar que pode comprar x e y? 

 

O primeiro caso é por ego, por like. O segundo é pelos lucros da empresa. Mas eu não saberia estabelecer um limiar entre um e outro.

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Concordo que não trazem essa sugestão "tente isso", "experimente aquilo". Mas dá pra enxergar alguns possíveis motivos: o texto cru não transmite as emoções, o semblante, a nuance da mensagem; e às vezes estamos tão enraizados numa verdade, tão crentes na veracidade dela, que paramos de enxergar as outras verdades que existem por aí, ou pensamos que só existe aquela verdade. Eu creio que o choque de alguém chegar e dizer que existe outra verdade (ainda que seja menos verdade pra mim do que pra ele) é muito mais efetivo pra nos tirar dessa "transe". Saca?

 

Sobre a momentaneidade da felicidade, o texto menciona isso. Um carro traz felicidade, mas momentânea. Aos poucos, um carro de 70 mil que deveria te fazer muito feliz pelo preço e pelo tempo que vai durar na sua mão, se torna nada. Enquanto um bate papo, uma viagem, uma experiência, que terão um fim hoje (diferentemente do carro) se mostram mais recompensadores ao longo dos anos, em formas de lembranças.

Entendi! Mostrar, com provas, que tem gente fazendo o diferente e aproveitando bem isso tem um poder de convencimento maior do que uma sugestão pura, baseada na teoria.

 

Lembramos de conversas que tivemos há anos, em determinado local, com determinadas pessoas, mas com o tempo perdemos o tesão no vídeo game, no jogo que compramos, não olhamos nosso "carrão" com os mesmo olhos...

 

Acho que agora me encaixei melhor no sentido do texto. hahaha

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  • Vice-Presidente

Isso aí Masca, Lowko e Ariel, pau no cu dessa cagação de regra. Já deixei meu ponto lá em cima e fico feliz em vê-los defendendo esse mesmo ponto. Prova que não estou sozinho.

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(sendo meio ousado pra um novato do fórum)

 

Seguindo a primeira resposta do tópico, minha revolta: o que me deixa puto é esse monte de pesquisa que surge hoje em dia, pra concluir tudo quando é bosta. Tem nego fazendo pesquisa e concluindo tudo nessa vida!

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      Estava lendo uns comentários no reddit sobre o pessoal que veio depois de Seinfeld falando dos clichês da série, sendo que na época, era algo inovador. Daí tive essa ideia para batermos um papinho. Quais os clichês vocês menos gostam nos seus filmes e séries?
      Os meus dois mais odiados tem a ver com relacionamentos, principalmente em séries.
      O primeiro é o famoso "eles vão ficar juntos?", nós sabemos que eles vão ficar juntos, todo mundo sabe que eles vão ficar juntos, mas os roteiristas ficam arrastando até a última temporada ou até o season finale. Um exemplo clássico seria Ross e Rachel de Friends. Não tem problema nenhum os protagonistas ficarem juntos, mas façam de uma maneira orgânica, tipo Bones fez. Enrolaram, tradicionalmente, mas depois da enrolação, criaram um relacionamento novo e utilizaram os dilemas da nova etapa da vida para adicionar drama sem ficar esticando o mistério.
      O segundo é a necessidade inerente de em uma série que tem dois protagonistas de sexos opostos ficarem juntos. Em algumas séries faz sentido, em outras não. Mas normalmente numa série que está faltando algo nesse departamento, forçam situações que nem sempre fazem sentido. Aí fica uma coisa forçada que acaba depois caindo no clichê de cima. Um exemplo recente de que lidaram bem com isso foi Elementary, outro que lidaram muito mal foi The Big Bang Theory, já que o casal principal não passava de uma fantasia nerd e não tinha lá muita química quando as coisas foram evoluindo.
      E os de vocês?
    • Visitante
      Por Visitante
      É ainda um tipo de jogo para um nicho de usuários, imagine 20 anos atrás, 15 anos atrás?
      Os jogos Manager não tinham tanta notoriedade naquela época. Hoje tem uma gama de diversidade muito maior, com um número de gamers muito maior.
      Mas afinal, como vocês vieram parar neste tipo de jogo?
      Enquanto estava todo mundo jogando outros tipos de games em que você tinha que movimentar os seus comandados, em uma época que não tinha esse conceito de "gerenciador", e somente havia as partidas, o play e as manetes. Eis então você conheceu este tipo de jogo peculiar, que você gerencia os comandados, mas não os controla por si próprio. Como você chegou a esse tipo de jogo? Foi um jogo de futebol ou foi com jogo de outro esporte? Fale para nós como descobriu que existe esse tipo de jogo.
       
      Eu conheci o Championship Manager 4 por idos anos 2005 ou 2006 na casa dos meus primos. Depois que voltei das férias, eu fiquei com vontade e obtive o CM4, depois o CM 03/04 até descobrir que havia um tal de Football Manager 2005, que depois foi logo superado pelos FMs posteriores. Mas sempre ouvi falar de gente que começou no CM 01/02 bem antes de mim.
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