cinema "Chatô", o filme mais longo de todos os tempos

[Pedrods]

Sim, eu sei que não é válido para todos os filmes. Mas tem uma boa parte que se sustentaria (as comédias da Globo, filmes como Tropa de Elite...). Os que não se sustentariam, que benefício traz para a sociedade um filme que ninguém vai assistir para justificar milhões queimados nele?

Se for seguir essa lógica só vamos produzir filmes da Globo filmes. Filmes com Leandro Hassum e Fabio Porchat. Eu entendo a sua revolta mas cinema é cultura sim. E fazer cinema no Brasil beira o impossível se você não fizer parte da panelinha da Globo. 

 

[Salvador.]

Se for seguir essa lógica só vamos produzir filmes da Globo filmes. Filmes com Leandro Hassum e Fabio Porchat. Eu entendo a sua revolta mas cinema é cultura sim. E fazer cinema no Brasil beira o impossível se você não fizer parte da panelinha da Globo. 

 

Se é o que o público quer assistir e o que empresariado quer bancar, que assim seja (mas o pouco número de salas com esses filmes mostra que não é bem assim)!

Mas eu discordo de você, filmes como Tropa de Elite se mostraram bastante viáveis comercialmente (e mesmo assim tiveram dinheiro estatal seja por Lei Rouanet, Petrobrás...). Se esse estilo se mostrou viável comercialmente, se alguém quiser ganhar dinheiro com cinema poderia produzir algo nesse sentido.

O que não faz sentido é usar dinheiro público para bancar produções milionárias. Mesma coisa o teatro, se o teatro não consegue se reinventar para atrair público porque deve ser financiado por dinheiro público? Quantas peças de teatro você assistiu na sua vida adulta?

Teatro, cinema, show de sertanejo são entretenimento. Devem ser bancados por quem consumí-lo. Se ninguém tem interesse por eles, deixam de existir ou existem para satisfazer algum bilionário que queira bancar, simples assim.

Hoje no Brasil é mais fácil um sertanejo levantar milhões pela Lei Rouanet do que um cientista conseguir 1 milhão para um projeto científico. Distorção completa de valores.

[Galford Strife]

Isso é porque são mal utilizados ou ruins. Um museu bem organizado e de boa qualidade é excelente para dar aulas. Uma visita ao Museu de História Natural de Londres vale mais que muita aula de Geologia (e eu tive matérias de geologia haha). Aliás, já vi turmas de estudantes por lá e por outros museus que visitei.

Mesmo um museu pequeno e simples como o da Intel em Santa Clara eu vi um grupo de estudantes (crianças pequenas mesmo) tendo uma aula. Genial a professora perguntando por muleques (quase todos com traços chineses e indianos) o que era semi-condutor e uns levantando a mão para responder hahaha.

O problema é que os museus precisam ser guiados para isso. No Paraná, por exemplo, a empresa de mineração estatal (me falha o nome agora) tem um mini-museu e pelo que falaram tinha aulas por lá. E isso com pouco recurso. Aulas de história, geografia, ciências em geral poderiam tirar muito proveito de museus razoavelmente feitos. Claro que nunca vão ser igual o de História Natural de Londres ou NY, mas podem ser bem melhores do que são hoje.

Com certeza, seria muito bom se fosse bem administrado, mas tem um pequeno problema: excursões escolares não dão retorno financeiro, o público em geral não costuma frequentar, brasileiro não costuma ter essa cultura. Quando vai pra europa ou algum lugar que tem museus conhecidos quer ir em todos, mas quando é no próprio país...

Eu acho que museu é uma coisa importantíssima, mas se compararmos com os filmes que vc citou que ganham apoio e qse ninguém vê, dá quase na mesma a parte de retorno financeiro...

[Salvador.]

Com certeza, seria muito bom se fosse bem administrado, mas tem um pequeno problema: excursões escolares não dão retorno financeiro, o público em geral não costuma frequentar, brasileiro não costuma ter essa cultura. Quando vai pra europa ou algum lugar que tem museus conhecidos quer ir em todos, mas quando é no próprio país...

Eu acho que museu é uma coisa importantíssima, mas se compararmos com os filmes que vc citou que ganham apoio e qse ninguém vê, dá quase na mesma a parte de retorno financeiro...

Os 4 principais museus de Londres (Science, History, Brittish e Victoria & Alberts) funciona sem cobrar nada (embora nas vezes que fui houve uma escalada na intensidade com que eles pedem doações, principalmente se comparar a primeira vez que fui em 2010 com a última no começo desse ano haha). O museu da Intel funciona sem cobrar nada. O Museu de História Natural de NY em teoria é de graça (funciona no esquema "pague o quanto quiser" só que eles te forçam a entrar na fila e comprar e você acaba pagando o preço cheio hahaha.

O problema é que temos muitos museus pouco interessantes, pouco cuidados ou pouco divulgados.

O que você não entendeu da minha colocação é que o objetivo do museu não é dar retorno financeiro, é dar um retorno cultural, é servir como uma extensão da escola/universidade. Algo permanence e que pode atender gerações, que funciona em benefício público.

Quando o governo coloca milhões em um filme, ele atende ao benefício privado do produtor do filme e de quem for ganhar com a produção. E pior que isso são os shows de sertanejo, de axé, os dvds de cantor sertanejo...

[MarkuZ]

Isso é porque são mal utilizados ou ruins. Um museu bem organizado e de boa qualidade é excelente para dar aulas. Uma visita ao Museu de História Natural de Londres vale mais que muita aula de Geologia (e eu tive matérias de geologia haha). Aliás, já vi turmas de estudantes por lá e por outros museus que visitei.

Mesmo um museu pequeno e simples como o da Intel em Santa Clara eu vi um grupo de estudantes (crianças pequenas mesmo) tendo uma aula. Genial a professora perguntando por muleques (quase todos com traços chineses e indianos) o que era semi-condutor e uns levantando a mão para responder hahaha.

O problema é que os museus precisam ser guiados para isso. No Paraná, por exemplo, a empresa de mineração estatal (me falha o nome agora) tem um mini-museu e pelo que falaram tinha aulas por lá. E isso com pouco recurso. Aulas de história, geografia, ciências em geral poderiam tirar muito proveito de museus razoavelmente feitos. Claro que nunca vão ser igual o de História Natural de Londres ou NY, mas podem ser bem melhores do que são hoje.

O Museu do Amanhã deve ir nessa direção que você sugere.

[Salvador.]

O Museu do Amanhã deve ir nessa direção que você sugere.

Essa é a idéia, parece que vai ser algo legal. E não adianta uma cidade ter vários museus, é melhor (e mais sustentável) ter poucos mas bons museus. Aliás, um museu de excelente nível serve para atender toda uma região considerável (por meio de excursões).

Nesse caso que você citou, pelo que eu entendi não vai ter gastos municipais. O mais interessante é o patrocínio do Santander. Os bancos privados no Brasil estão com o grosso do lucro por essas bandas mas tem atuação discreta (ao contrário dos públicos que se enfiam em tudo quanto é lugar).

No Brittish Museum o HSBC bancou a área de história do dinheiro, por exemplo. Aqui o Itau, Safra, Bradesco, teriam boas condições de atuar dessa forma (e provavelmente devem ter alguns projetos mas que eu não conheço).

A UFSC negociou com a prefeitura a troca de algumas áreas e pegou um bom espaço para um planetário novo e um museu de ciência (claro que o momento atual não vai permitir irem adiante, mas é um começo).