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Grupo de Leitura: "As Seis Lições" (Ludwig von Mises) [1ª leitura]


Salvador.

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Como a galera tá indo de leitura? Tá no tablet desde o dia 1, mas tá difícil encontrar tempo. Feriadão deve auxiliar.

Comecei a devorar no domingo. Eu tô lendo enquanto fico no whatsapp, antes de dormir, no banheiro, ao acordar. Mesmo assim tô demorando porque como é algo relativamente novo, faço questão de ler mais de uma vez e/ou sublinhar partes importantes.

EDIT: Passei pro celular também, claro.

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Lê ali no final:

Pensa bem qual conta não fecha nesse artigo!

A noite vou sentar e ler o artigo com a calma merecida, para entender o raciocínio e achar alguma conta que não feche.

( só fiz a conta mental do custo de 80 reais com o dólar a 1 real, e o custo de 120 reais, com o dólar a 1,50, mantendo o mesmo lucro de 20 reais, o primeiro ficaria com o preço de 100 dólares e o segundo de algo em torno de 94 dólares - ressaltando que o lucro relativo (quantos % do custo que vem de retorno) é menor no segundo caso...)

O artigo do Leandro que eu li sobre Câmbio é mais recente, que é este aqui (e gostei mais que essa leitura rápida que fiz do seu indicado, que achei demasiadamente superficial...)

http://mises.org.br/Article.aspx?id=2055

Como a galera tá indo de leitura? Tá no tablet desde o dia 1, mas tá difícil encontrar tempo. Feriadão deve auxiliar.

Faça uma força pra ler no feriado, Henrique...e venha participar da discussão.

Quanto mais gente participando, melhor, e sua participação é muito importante aqui no fórum...

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Eu tô lendo e tô curtindo. Tô no meio do Socialismo. No primeiro capítulo, eu achei bem razoável a lógica utilizada por ele pra defender o capitalismo. Porém, não concordei com algumas coisas. Discordo por exemplo, do que ele disse em relação a diferença entre um rico e um pobre hoje em dia é que o pobre dirige um carrão e o pobre um carro popular, mas que ambos cumprem seus objetivos.

Achei interessante o que ele disse sobre a liberdade econômica ser algo necessário para podermos ter todas as outras liberdades.

Gostaria de sugerir que no próximo texto a gente leia algo sobre o mesmo assunto, mas de um ponto de vista oposto, marxista talvez?

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Eu tô lendo e tô curtindo. Tô no meio do Socialismo. No primeiro capítulo, eu achei bem razoável a lógica utilizada por ele pra defender o capitalismo. Porém, não concordei com algumas coisas. Discordo por exemplo, do que ele disse em relação a diferença entre um rico e um pobre hoje em dia é que o pobre dirige um carrão e o pobre um carro popular, mas que ambos cumprem seus objetivos.

Achei interessante o que ele disse sobre a liberdade econômica ser algo necessário para podermos ter todas as outras liberdades.

Gostaria de sugerir que no próximo texto a gente leia algo sobre o mesmo assunto, mas de um ponto de vista oposto, marxista talvez?

Também gostaria de algo nesse sentido, passarmos pelos clássicos. Na "ordem" de "menos estado" para "mais estado" ficaria: Mises, Friedman, Keynes e Marx.

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Peguei hoje pra ler também e é uma bem leitura fluida. Eu me vejo com mais perguntas do que respostas e espero que vocês possam me guiar depois, quando eu acabar.

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Também gostaria de algo nesse sentido, passarmos pelos clássicos. Na "ordem" de "menos estado" para "mais estado" ficaria: Mises, Friedman, Keynes e Marx.

Será que eu poderia adicionar Hayek, Rothbard e Hoppe na lista?!

rsrs

Eu acho que a ordem de "sem estado (ancapismo, como é o caso de Rothbard e Hoppe, com a questão da secessão individual e livre associação)" para "poucos estado (minarquismo, como é o caso de Mises, Hayek - muitas vezes, e Friedman)" e depois "social democracia (Keynes)" e depois "socialismo (como Marx e anarcocomunismo") seria interessante....

Peguei hoje pra ler também e é uma bem leitura fluida. Eu me vejo com mais perguntas do que respostas e espero que vocês possam me guiar depois, quando eu acabar.

Vai anotando suas dúvidas aí, pra não esquecer.

Se quiser ir mandando as perguntas, a gente vai tentando elaborar respostas e debatendo, aqui.

Vai ser uma boa, na minha opinião.

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[...]

Vai anotando suas dúvidas aí, pra não esquecer.

Se quiser ir mandando as perguntas, a gente vai tentando elaborar respostas e debatendo, aqui.

Vai ser uma boa, na minha opinião.

Sim, eu vou tomando notas e duvidas em uma folha e depois faço um bate-pronto geral aqui :yest: .

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Só vi o tópico hoje, vou jogar no Kindle pra ler. Todo mundo que tem Kindle usa o Calibre mesmo?

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Só vi o tópico hoje, vou jogar no Kindle pra ler. Todo mundo que tem Kindle usa o Calibre mesmo?

Eu uso

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Só vi o tópico hoje, vou jogar no Kindle pra ler. Todo mundo que tem Kindle usa o Calibre mesmo?

Eu uso

Poderiam me explicar como faco pra baixar esse calibre pro meu kindle ? Voces usam ele pra baixar livros tambem ?

Vou comecar a leitura amanha, muito enrolado com a faculdade.

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Será que eu poderia adicionar Hayek, Rothbard e Hoppe na lista?!

rsrs

Eu acho que a ordem de "sem estado (ancapismo, como é o caso de Rothbard e Hoppe, com a questão da secessão individual e livre associação)" para "poucos estado (minarquismo, como é o caso de Mises, Hayek - muitas vezes, e Friedman)" e depois "social democracia (Keynes)" e depois "socialismo (como Marx e anarcocomunismo") seria interessante....

Vai anotando suas dúvidas aí, pra não esquecer.

Se quiser ir mandando as perguntas, a gente vai tentando elaborar respostas e debatendo, aqui.

Vai ser uma boa, na minha opinião.

Thales, acho que para o futuro seria uma boa trazer Rothbard ou Hayek ("O Caminho da Servidão"). Tem também "A Riqueza das Nações" do Smith. Mas acho mais interessante começar pelos clássicos porque eles dão uma base.

Embora de certa forma a idéia a idéia do "menos estado" para o "mais estado" de fato seja circular e não linear. Os extremos (anarcocapitalismo e comunismo/coletivismo/anarcossindicalismo/etc.) se encontram na ausência de estado.

Peguei hoje pra ler também e é uma bem leitura fluida. Eu me vejo com mais perguntas do que respostas e espero que vocês possam me guiar depois, quando eu acabar.

Sim, a leitura é bem tranquila (as vezes até abusa da simplificação ingênua), por isso sugeri para o começo.

Quanto as dúvidas ou que quiser discutir tome nota que o tópico está aqui para isso :).

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Finalizei. Estupendo. Ansioso pelos próximos já.

Estes são os fatos acerca do capitalismo. Assim, se um inglês – ou, no tocante a esta questão, qualquer homem de qualquer país do mundo – afirmar hoje aos amigos ser contrário ao capitalismo, há uma esplêndida contestação a lhe fazer: “Sabe que a população deste planeta é hoje dez vezes maior que nos períodos precedentes ao capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? E como você pode ter certeza de que, se não fosse o capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua à própria vida.”

Êxito do capitalismo no que tange a cura/tratamento de doenças, etc, no passado. Mas o que acontece hoje? Na África, por exemplo. Não acredito que seja falha do sistema, mas sim das pessoas que o controlam, principalmente - como Mises fala tanto no texto - do intervencionismo e da corrupção. Esse segundo, aliás, que anda de mãos dadas com a falta de capital estrangeiro investido nesses países, que poderia alavancar sua economia e a qualidade de vida de tais localidades.

Hoje, nos países capitalistas, há relativamente pouca diferença entre a vida básica das chamadas classes mais altas e a das mais baixas: ambas têm alimento, roupas e abrigo. Mas no século XVIII, e nos que o precederam, o que distinguia o homem da classe média do da classe baixa era o fato de o primeiro ter sapatos, e o segundo, não. Hoje, nos Estados Unidos, a diferença entre um rico e um pobre reduz-se muitas vezes à diferença entre um Cadillac e um Chevrolet. O Chevrolet pode ser de segunda mão, mas presta a seu dono basicamente os mesmos serviços que o Cadillac poderia prestar, uma vez que também está apto a se deslocar de um local a outro. Mais de 50% da população dos Estados Unidos vivem em casas e apartamentos próprios.

Gostei da desconstrução do "mito" da qualidade e padrão de vida e deixou implícito também que o problema não é a desigualdade, afinal se todos tiverem uma casa própria, seja ela de 500m² ou 50m², estará comprovado o êxito das políticas liberais na localidade. O problema é as pessoas não terem casas, neste exemplo.

Nos Estados Unidos, o governo empreendeu certa feita, há alguns anos, uma experiência que foi qualificada de “nobre”. Essa “nobre experiência” consistiu numa lei que declarava ilegal o consumo de bebidas tóxicas. Não há dúvida de que muita gente se prejudica ao beber conhaque e whisky em excesso. Algumas autoridades nos Estados Unidos são contrárias até mesmo ao fumo. Certamente há muitas pessoas que fumam demais, não obstante o fato de que não fumar seria melhor para elas. Isso suscita um problema que transcende em muito a discussão econômica: põe a nu o verdadeiro significado da liberdade. Se admitirmos que é bom impedir que as pessoas se prejudiquem bebendo ou fumando em excesso, haverá quem pergunte: “Será que o corpo é tudo? Não seria a mente do homem muito mais importante? Não seria a mente do homem o verdadeiro dom, o verdadeiro predicado humano?” Se dermos ao governo o direito de determinar o que o corpo humano deve consumir, de determinar se alguém deve ou não fumar, deve ou não beber, nada poderemos replicar a quem afirme: “Mais importante ainda que o corpo é a mente, é a alma, e o homem se prejudica muito mais ao ler maus livros, ouvir música ruim e assistir a maus filmes. É, pois, dever do governo impedir que se cometam esses erros.” E, como todos sabem, por centenas de anos os governos e as autoridades acreditaram que esse era de fato o seu dever. Nem isso aconteceu apenas em épocas remotas. Não faz muito tempo, houve na Alemanha um governo que considerava seu dever discriminar as boas e as más pinturas – boas e más, é claro, do ponto de vista de um homem que, na juventude, fora reprovado no exame de admissão à Academia de Arte, em Viena: era o bom e o mau segundo a ótica de um pintor de cartão-postal. E tornou-se ilegal expressar concepções sobre arte e pintura que divergissem daquelas do Führer supremo.

Outro excelente ponto e que toca também outros fatores que eu, como libertário, não pude deixar de colocar aqui, mesmo que ultrapassem a economia. A interferência do governo nas liberdades individuais, seja no corpo, mente ou alma, é ruim de qualquer forma. Uma pessoa - caso das ditaduras -, ou um grupo de pessoas - se o nosso poder legislativo for nos dizer o que fazer ou não, nem quero saber o que pode sair daí - que têm suas convicções, princípios e forma de pensar diferentes do meu, ou melhor, tem suas únicas e exclusivas formas de discernir o certo do errado vão decidir o que é bom ou não para uma nação? Bom é que não é.

A ideia da interferência governamental como “solução” para problemas econômicos dá margem, em todos os países, a circunstâncias no mínimo extremamente insatisfatórias e, com frequência, caóticas. Se não for detida a tempo, o governo acabará por implantar o socialismo.

Brasil, sil, sil! É o que tá acontecendo nesse país maravilhoso e abençoado. Mises fala uma centena de vezes sobre o controle de preços e o quanto ele é prejudicial para a economia do país, além de argumentar contra a efetividade do socialismo. Abriu meus olhos para essa política, afinal. E o rumo que ela dá.

A presidente Dilma Rousseff vem combatendo a inflação mantendo baixos os preços regulados pelo governo. A conta virá no ano que vem.;

Projeto de lei propõe que governo controle preços de próteses e órteses;

O CONTROLE DE PREÇO DA GASOLINA PODE SER FATAL;

Dilma: Brasil tem 'crises específicas' de preços, mas inflação sob controle.

Em outras palavras, Lord Keynes estava dizendo que, se receberem a mesma quantidade de libras esterlinas que ganhavam antes da desvalorização da moeda, as pessoas não se darão conta de que passaram, de fato, a ganhar menos. Num linguajar antiquado, Keynes propôs que se ludibriassem os trabalhadores.

Ri demais nessa parte, hahahahahahahaha. Lord Keynes MUITO cara de pau.

Hoje, entretanto, constatamos, na realidade da vida política – praticamente na de todos os países do mundo onde não vigora simplesmente uma ditadura comunista – uma situação em que já não existem partidos políticos autênticos, no velho sentido clássico, mas tão somente grupos de pressão. Um grupo de pressão é um grupo de pessoas desejoso de obter um privilégio à custa do restante da nação.

Brincadeiras à parte, é o que mais tem no legislativo brasileiro. Todo mundo no seu próprio umbigo, ninguém para o crescimento da nação.

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texto apagou sozinho...ê maravilha D:..mas enfim.... gostei muito do livro, achei os capítulos de intervencionismo e socialismo muito esclarecedores no ponto de vista neo liberal. Algumas partes como sobre os sindicatos ( um dos males do nosso país), achei muito rica em conhecimento e sobre o intervencionismo do governo na nossa sociedade. É tipo quando você tenta ajudar, mas acaba fodendo mais. hahaha

Mas fiquei com algumas dúvidas:

Não entendi bem o modo que ele quis explicar a inflação, teve partes que eu entendi que a inflação era algo que a política faz, mas outra parte em que não dá para segurar a inflação. E a outra dúvida abre até um debate no tópico. Como em um país como o Brasil, esse tipo de sistema se daria bem em 100%? Porque francamente, o Brasil se encaixa naquele ponto. Aonde pequenos grupos que pensam em si próprio conseguem eleger um candidato que só pensa nesse pequeno grupo e acaba criando uma desestruturação e assim levando ao intervencionismo. Será que ainda é possível mudar isso com a nossa cultura?

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texto apagou sozinho...ê maravilha D:..mas enfim.... gostei muito do livro, achei os capítulos de intervencionismo e socialismo muito esclarecedores no ponto de vista neo liberal. Algumas partes como sobre os sindicatos ( um dos males do nosso país), achei muito rica em conhecimento e sobre o intervencionismo do governo na nossa sociedade. É tipo quando você tenta ajudar, mas acaba fodendo mais. hahaha

Mas fiquei com algumas dúvidas:

Não entendi bem o modo que ele quis explicar a inflação, teve partes que eu entendi que a inflação era algo que a política faz, mas outra parte em que não dá para segurar a inflação. E a outra dúvida abre até um debate no tópico. Como em um país como o Brasil, esse tipo de sistema se daria bem em 100%? Porque francamente, o Brasil se encaixa naquele ponto. Aonde pequenos grupos que pensam em si próprio conseguem eleger um candidato que só pensa nesse pequeno grupo e acaba criando uma desestruturação e assim levando ao intervencionismo. Será que ainda é possível mudar isso com a nossa cultura?

Quanto a sua pergunta da inflação...onde ele diz que é fruto da política e onde ele diz que não dá pra segurar?!

Primeiro, temos que deixar claro que a inflação não é o aumento de preços. Aumento generalizado de preços, chamada de inflação de preços, é consequência da inflação monetária, que são duas coisas diferentes.

E a única forma de haver inflação monetária, é com o Governo fazendo-a (quando ele imprimia dinheiro diretamente) ou autorizando-a e incentivando-a (no nosso atual arranjo monetário).

A inflação monetária é que leva à inflação de preços.

Entendendo este arranjo e essa ideia simples, talvez fique mais fácil de entender a Quarta Lição.

----------------------

Sua segunda questão, eu vou ser bem reduzido na resposta: na nossa ordem constitucional vigente, é impossível aplicar essas ideias. Nossa CF é socialista, dá ao Estado o poder sobre jazidas de pedras e minérios (petróleo incluso), rios, obriga o Estado a prestar serviços de educação, saúde, segurança, geração e distribuição de energia, transportes, serviços de tratamento e distribuição de água, serviço de saneamento básico, relativiza a propriedade privada, enfim...com a nossa atual CF, é praticamente impossível seguir caminhos que nos leve a por as ideias de Mises em prática (que nada mais seria que a redução do Estado, o chamado Estado Mínimo ou Minarquia).

Mas se apenas a quarta lição fosse aprendida, e trocássemos o nosso Banco Central por um Currency Board lastreado em ouro, tiraríamos das mãos do Governo a possibilidade de fazer política monetária, e aí acabaríamos com a inflação.

Acabando com a inflação (tirando a possibilidade, também, do Governo fazer merda e tornarmos a ter inflação), já teríamos meio caminho andado para sermos um bom país para investimento.

Com investimento, a economia cresce. E quanto mais a economia cresce, mais o Estado consegue dinheiro pra gastar. É o arranjo dos adorados países escandinavos, tão adorados pelos sociais democratas. Eles não tem o Estado grande, e por isso tem uma economia aquecida. Eles tem a economia aquecida, por isso podem ter o Estado grande.

Antes de ser um Estado de bem estar social, eles foram (e, pelo menos por enquanto, ainda são) um país com grande liberdade econômica.

É a ideia simples, que todo mundo tem que lembrar: antes de repartir o bolo, alguém tem que fazê-lo.

Edit: Mises não é Neo Liberal, por favor:

http://mises.org.br/Article.aspx?id=920

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Thales, acho que para o futuro seria uma boa trazer Rothbard ou Hayek ("O Caminho da Servidão"). Tem também "A Riqueza das Nações" do Smith. Mas acho mais interessante começar pelos clássicos porque eles dão uma base.

Embora de certa forma a idéia a idéia do "menos estado" para o "mais estado" de fato seja circular e não linear. Os extremos (anarcocapitalismo e comunismo/coletivismo/anarcossindicalismo/etc.) se encontram na ausência de estado.

Eu indicaria "A Anatomia do Estado", "O Caminho da Servidão" e "A Riqueza das Nações".

São livros até que curtos, e não necessitam de GRANDE conhecimento sobre economia, política e etc.

A gente precisa achar alguns livros que sejam assim também, mas mais ligados à Escola de Chicago e ao Keynesianismo. Ah, e claro, Socialismo, Comunismo e Anarco Comunismo.

O Capital, de Marx, pra nossa proposta, considero fora de cogitação. É muito extenso...a menos que queiram e dêem mais tempo pro pessoal ler...

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Poderiam me explicar como faco pra baixar esse calibre pro meu kindle ? Voces usam ele pra baixar livros tambem ?

Vou comecar a leitura amanha, muito enrolado com a faculdade.

O Calibre tu usa é no PC po. É um programa normal, dai tu converte no PC e dps passa pro Kindle o arquivo já convertido. Ele não te dá a opção de baixar livros, se quiser sites pra baixar me manda uma MP, que quando eu estiver pelo PC eu te mando os links.
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Finalizei. Estupendo. Ansioso pelos próximos já.

1) Êxito do capitalismo no que tange a cura/tratamento de doenças, etc, no passado. Mas o que acontece hoje? Na África, por exemplo. Não acredito que seja falha do sistema, mas sim das pessoas que o controlam, principalmente - como Mises fala tanto no texto - do intervencionismo e da corrupção. Esse segundo, aliás, que anda de mãos dadas com a falta de capital estrangeiro investido nesses países, que poderia alavancar sua economia e a qualidade de vida de tais localidades.

2) Gostei da desconstrução do "mito" da qualidade e padrão de vida e deixou implícito também que o problema não é a desigualdade, afinal se todos tiverem uma casa própria, seja ela de 500m² ou 50m², estará comprovado o êxito das políticas liberais na localidade. O problema é as pessoas não terem casas, neste exemplo.

3) Outro excelente ponto e que toca também outros fatores que eu, como libertário, não pude deixar de colocar aqui, mesmo que ultrapassem a economia. A interferência do governo nas liberdades individuais, seja no corpo, mente ou alma, é ruim de qualquer forma. Uma pessoa - caso das ditaduras -, ou um grupo de pessoas - se o nosso poder legislativo for nos dizer o que fazer ou não, nem quero saber o que pode sair daí - que têm suas convicções, princípios e forma de pensar diferentes do meu, ou melhor, tem suas únicas e exclusivas formas de discernir o certo do errado vão decidir o que é bom ou não para uma nação? Bom é que não é.

4) Brasil, sil, sil! É o que tá acontecendo nesse país maravilhoso e abençoado. Mises fala uma centena de vezes sobre o controle de preços e o quanto ele é prejudicial para a economia do país, além de argumentar contra a efetividade do socialismo. Abriu meus olhos para essa política, afinal. E o rumo que ela dá.

A presidente Dilma Rousseff vem combatendo a inflação mantendo baixos os preços regulados pelo governo. A conta virá no ano que vem.;

Projeto de lei propõe que governo controle preços de próteses e órteses;

O CONTROLE DE PREÇO DA GASOLINA PODE SER FATAL;

Dilma: Brasil tem 'crises específicas' de preços, mas inflação sob controle.

Alguns comentários (vou ser mais breve que o normal porque o tempo está curto):

1) Não apenas o exemplo da África (onde há países que as expectativa de vida decaiu), o aumento da expectativa de vida para padrões razoáveis é coisa de menos de um século para cá (enquanto o capitalismo tem mais de 2 séculos). A expectativa vida em Cuba em 1960 era de 63 anos e a dos EUA era 70 hoje as duas ficam próximas a 79 e com Cuba tendo uma série de problemas "extras" relacionados a pobreza. A expectativa de vida na China pulou de 43 anos (1960) para 66 (1976) na época do Mao Zedong (a Índia tinha média de 41 (1960) e chegou aos 66 anos em 2013).

Eu vejo o capitalismo como um modo de produção que triunfou em grande parte do mundo e não há o que questionar. Como tal ele tem sua participação na evolução da área médica (os equipamentos da GE, por exemplo). Mas muito da pesquisa de ponta não vem do mercado (dos U$4Bi das receitas de Harvard mais de U$600Mi vem do governo federal e boa parte disso vai para a área de saúde). O Flemming quando criou a penicilina em 1928 trabalhava no St. Mary (vinculado a Imperial College / NHS) que é uma instituição pública de pesquisa, por exemplo.

2) O problema é assumir como lema que "o problema não é a desigualdade" para todos os casos. O correto seria "o problema não é apenas a desigualdade" visto que esta vem muitas vezes acompanhada da pobreza. Há muitos países pobres e desiguais (como o Brasil) e esse problema é maior quando quem está na base quando o indivíduo já nasce com uma pequena perspectiva de se desenvolver (de estudar ou de ir a faculdade, por exemplo).

3) Singapura tem grande liberdade econômica e uma liberdade individual menor que a brasileira.

4) O problema é criar distorções. No caso do combustível o governo errou com intenção eleitoreira quando quis manter artificialmente baixo algo que importava assumindo o prejuízo. No caso da energia elétrica imagino que a idéia era estimular produção e crescimento (se não me falha a memória começou no mesmo período da redução forçada da taxa de juros). A seca que veio posteriormente ajudou a enrabar o governo que novamente assumiu prejuízo pelo ano eleitoral/controle da inflação ao invés de ir aumentando as tarifas. Em 2012 quando foi anunciada a redução não houve subsídio, em 2013 o subsídio foi de R$10Bi e em 2014 passou dos R$20Bi.

Outro problema é a incapacidade de governos tirarem obras do papel no Brasil o que bateu forte no setor elétrico. Belo Monte já deveria estar gerando energia, por exemplo. Mas o mais provável que vai levar no mínimo mais um ano para isso. A do Jirau até a última vez que olhei não tinha nem 20 turbinas funcionando (de 50). Tem outros exemplos que deveriam estar funcionando desde 2013~2014 e que ainda não estão.

Eu indicaria "A Anatomia do Estado", "O Caminho da Servidão" e "A Riqueza das Nações".

São livros até que curtos, e não necessitam de GRANDE conhecimento sobre economia, política e etc.

A gente precisa achar alguns livros que sejam assim também, mas mais ligados à Escola de Chicago e ao Keynesianismo. Ah, e claro, Socialismo, Comunismo e Anarco Comunismo.

O Capital, de Marx, pra nossa proposta, considero fora de cogitação. É muito extenso...a menos que queiram e dêem mais tempo pro pessoal ler...

Sobre a Social Democracia tem o didático "A Terceira Via" do Anthony Giddens. Dá para organizar tudo :).

"O Capital" é um leitura um pouco mais pesada, mas acho que é importante (principalmente pela perspectiva histórica e para a contraposição de idéias). Embora concorde que o livro é muito extenso, mas como li boa parte dele posso selecionar os principais capítulos para a leitura.

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Alguns comentários (vou ser mais breve que o normal porque o tempo está curto):

1) Não apenas o exemplo da África (onde há países que as expectativa de vida decaiu), o aumento da expectativa de vida para padrões razoáveis é coisa de menos de um século para cá (enquanto o capitalismo tem mais de 2 séculos). A expectativa vida em Cuba em 1960 era de 63 anos e a dos EUA era 70 hoje as duas ficam próximas a 79 e com Cuba tendo uma série de problemas "extras" relacionados a pobreza. A expectativa de vida na China pulou de 43 anos (1960) para 66 (1976) na época do Mao Zedong (a Índia tinha média de 41 (1960) e chegou aos 66 anos em 2013).

Eu vejo o capitalismo como um modo de produção que triunfou em grande parte do mundo e não há o que questionar. Como tal ele tem sua participação na evolução da área médica (os equipamentos da GE, por exemplo). Mas muito da pesquisa de ponta não vem do mercado (dos U$4Bi das receitas de Harvard mais de U$600Mi vem do governo federal e boa parte disso vai para a área de saúde). O Flemming quando criou a penicilina em 1928 trabalhava no St. Mary (vinculado a Imperial College / NHS) que é uma instituição pública de pesquisa, por exemplo.

2) O problema é assumir como lema que "o problema não é a desigualdade" para todos os casos. O correto seria "o problema não é apenas a desigualdade" visto que esta vem muitas vezes acompanhada da pobreza. Há muitos países pobres e desiguais (como o Brasil) e esse problema é maior quando quem está na base quando o indivíduo já nasce com uma pequena perspectiva de se desenvolver (de estudar ou de ir a faculdade, por exemplo).

3) Singapura tem grande liberdade econômica e uma liberdade individual menor que a brasileira.

4) O problema é criar distorções. No caso do combustível o governo errou com intenção eleitoreira quando quis manter artificialmente baixo algo que importava assumindo o prejuízo. No caso da energia elétrica imagino que a idéia era estimular produção e crescimento (se não me falha a memória começou no mesmo período da redução forçada da taxa de juros). A seca que veio posteriormente ajudou a enrabar o governo que novamente assumiu prejuízo pelo ano eleitoral/controle da inflação ao invés de ir aumentando as tarifas. Em 2012 quando foi anunciada a redução não houve subsídio, em 2013 o subsídio foi de R$10Bi e em 2014 passou dos R$20Bi.

1) A que atribui aumento da expectativa de vida? Necessidade de cura para doenças?

2) Sim, claro. Que seja desigual na riqueza e não na pobreza. Mas ela não é o maior problema.

3) Por isso meu coração se rasgou ao meio depois de ler o texto que o Pedro postou aqui.

4) Eu criei distorções? Acredito que o governo tá criando uma bola de neve controlando os preços? Am I Wrong?

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1) A que atribui aumento da expectativa de vida? Necessidade de cura para doenças?

2) Sim, claro. Que seja desigual na riqueza e não na pobreza. Mas ela não é o maior problema.

3) Por isso meu coração se rasgou ao meio depois de ler o texto que o Pedro postou aqui.

4) Eu criei distorções? Acredito que o governo tá criando uma bola de neve controlando os preços? Am I Wrong?

1) Não estudei o suficiente o tema para dar uma resposta boa o suficiente. Mas imagino que muito do salto que vemos em vários países está ligado a questão alimentícia e coisas mais básicas (e nisso em algumas partes tem a importância da urbanização). Há também mudanças nos conflitos armados pós década de 50. E por fim algo que imagino ter grande influência (não sei bem como entra no cálculo) que é a redução da mortalidade infantil (hoje a África tem o nível dos países desenvolvidos no final da década de 50 (a curva dos desenvolvidos é bem grande no período 1900 a 1950):

Infant_Mortality_Rate_by_Region_1950-205

2) Naturalemnte a pobreza é pior do que a desigualdade. Desigualdade de riqueza é melhor que igualdade de pobreza (como acontece em alguns países na África). Mas se você tem um país com renda per capita de U$10k e desigualdade de 0.5 (Brasil) você provavelmente tem um problema sério nessa sociedade. Cabe também citar que as sociedade mais "desenvolvidas" são as que tem maior igualdade e são ricas.

3) Singapura foi inteligente no modelo que escolheu com relação a sua economia, naquela altura provavelmente era o melhor modelo que tinham a seguir e deu certo. Não necessariamente em relação ao resto.

4) O governo criou distorções. Tentou algo que por uma série de fatores não deu certo e não quis corrigir quando deveria para não perder a eleição.

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1) Não estudei o suficiente o tema para dar uma resposta boa o suficiente. Mas imagino que muito do salto que vemos em vários países está ligado a questão alimentícia e coisas mais básicas (e nisso em algumas partes tem a importância da urbanização). Há também mudanças nos conflitos armados pós década de 50. E por fim algo que imagino ter grande influência (não sei bem como entra no cálculo) que é a redução da mortalidade infantil (hoje a África tem o nível dos países desenvolvidos no final da década de 50 (a curva dos desenvolvidos é bem grande no período 1900 a 1950):

Infant_Mortality_Rate_by_Region_1950-205

2) Naturalemnte a pobreza é pior do que a desigualdade. Desigualdade de riqueza é melhor que igualdade de pobreza (como acontece em alguns países na África). Mas se você tem um país com renda per capita de U$10k e desigualdade de 0.5 (Brasil) você provavelmente tem um problema sério nessa sociedade. Cabe também citar que as sociedade mais "desenvolvidas" são as que tem maior igualdade e são ricas.

3) Singapura foi inteligente no modelo que escolheu com relação a sua economia, naquela altura provavelmente era o melhor modelo que tinham a seguir e deu certo. Não necessariamente em relação ao resto.

4) O governo criou distorções. Tentou algo que por uma série de fatores não deu certo e não quis corrigir quando deveria para não perder a eleição.

Obrigado pelos esclarecimentos. :yest:

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Ótima leitura. Bem leve. Coisa de 3~4 horas. Não tem como dar desculpa de que está sem tempo.

A explicação dos grupos de pressão é preciosa para qualquer um entender o motivo da política ser oq é hoje. Ao menos fecha exatamente com a minha visão sobre os partidos políticos do Brasil. E também respalda meu pessimismo a cerca de surgir alguém/algum partido que vá mudar o jogo. Hoje a política é toda alicerçada numa única coisa, poder. Não há espaço para os políticos que realmente se preocupam com bem comum. Eles simplesmente não têm força para concorrer. A pressão dos vários setores da economia, as chances de lucro que o poder trás, suprimem qualquer ideia voltada ao coletivo, a nação.

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Como a galera tá indo de leitura? Tá no tablet desde o dia 1, mas tá difícil encontrar tempo. Feriadão deve auxiliar.

Pequei agora pra ler e embora não goste de ler o prefácio, li um bocado mas depois passei pro parágrafo final da Margit.

Logo na primeira frase concordei com Ludwig " Certas expressões usadas pelo povo são, muitas vezes, inteira-

mente equivocadas.". Que é realmente!

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Quando o Mises fala sobre o Socialismo e fala sobre uma das principais falhas do mesmo ser o cálculo econômico eu não entendi direito qual o problema. Bem, eu entendi que sem o mercado é impossível determinar o preço de um produto X pois não vai ser possível calcular o preço da matéria-prima, o valor a ser pago na energia elétrica utilizada, o valor a ser pago por uma mão-de-obra mais ou menos qualificada, enfim, seria impossível determinar o custo de produção porque não haveria o mercado, não haveria uma demanda,concorrência para estipular o preço dessas coisas. Entendi certo?

Só que por quê esse preço originado do mercado seria necessário? Por exemplo, esse preço poderia ser medido pela disponibilidade de cada fator, não? Tipo,vivemos em um Brasil socialista onde há madeira em abundância e a gente sempre pode obter mais madeira replantando árvores. Ou seja, há uma grande disponibilidade de madeira em nosso país, portanto bens de consumo que usam grande quantidade de madeira, como uma mesa por exemplo, seriam mais "baratos". Assim como se houver uma grande quantidade de pessoas aptas a realizar tal trabalho, o "custo" desse cairia. Eu sei que eu provavelmente estou errado e alguém já deve ter pensado isso e descobriu o porque de não dar certo. Eu só quero saber onde está o erro nisso mesmo.

Outra coisa que talvez seja besteira eu perguntar, mas sempre fico me perguntando isso: as pessoas recebem salários(moeda)?. Se abolir o mercado, logo como seria feito o consumo de bens, por parte da população? Supondo que não recebam salários, e sim uma "gratificação" que viria em um "pacote", certo? "Trabalhe 8 horas por dia e você terá direito a uma casa, X litros de água por dia, comida, luz por X horas etc". Logo, a população não vai receber salário de fato (moeda), então por quê haveria de ter um mercado? Porque não receber salários é a única forma de que eu vejo de não haver uma demanda/concorrência/mercado, de fato. Pois caso os operários recebam salários para poderem "gastar com o que quiser", claro que vai haver uma demanda.

Partindo da ideia de que um país não produz tudo que precisa, o nosso país socialista ideal exportaria o que consegue produzir em abundância em troca daquilo que não produz. E assim, o preço de um produto X seria estipulado em relação a oferta/demanda do mercado mundial, onde seria possível para esse nosso país socialista trocar os produtos sem que, de fato, haja preços desses produtos internamente.

Enfim, tô cheio de dúvidas. Se puderem me ajudar hahaha

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Quando o Mises fala sobre o Socialismo e fala sobre uma das principais falhas do mesmo ser o cálculo econômico eu não entendi direito qual o problema. Bem, eu entendi que sem o mercado é impossível determinar o preço de um produto X pois não vai ser possível calcular o preço da matéria-prima, o valor a ser pago na energia elétrica utilizada, o valor a ser pago por uma mão-de-obra mais ou menos qualificada, enfim, seria impossível determinar o custo de produção porque não haveria o mercado, não haveria uma demanda,concorrência para estipular o preço dessas coisas. Entendi certo?

Só que por quê esse preço originado do mercado seria necessário? Por exemplo, esse preço poderia ser medido pela disponibilidade de cada fator, não? Tipo,vivemos em um Brasil socialista onde há madeira em abundância e a gente sempre pode obter mais madeira replantando árvores. Ou seja, há uma grande disponibilidade de madeira em nosso país, portanto bens de consumo que usam grande quantidade de madeira, como uma mesa por exemplo, seriam mais "baratos". Assim como se houver uma grande quantidade de pessoas aptas a realizar tal trabalho, o "custo" desse cairia. Eu sei que eu provavelmente estou errado e alguém já deve ter pensado isso e descobriu o porque de não dar certo. Eu só quero saber onde está o erro nisso mesmo.

Outra coisa que talvez seja besteira eu perguntar, mas sempre fico me perguntando isso: as pessoas recebem salários(moeda)?. Se abolir o mercado, logo como seria feito o consumo de bens, por parte da população? Supondo que não recebam salários, e sim uma "gratificação" que viria em um "pacote", certo? "Trabalhe 8 horas por dia e você terá direito a uma casa, X litros de água por dia, comida, luz por X horas etc". Logo, a população não vai receber salário de fato (moeda), então por quê haveria de ter um mercado? Porque não receber salários é a única forma de que eu vejo de não haver uma demanda/concorrência/mercado, de fato. Pois caso os operários recebam salários para poderem "gastar com o que quiser", claro que vai haver uma demanda.

Partindo da ideia de que um país não produz tudo que precisa, o nosso país socialista ideal exportaria o que consegue produzir em abundância em troca daquilo que não produz. E assim, o preço de um produto X seria estipulado em relação a oferta/demanda do mercado mundial, onde seria possível para esse nosso país socialista trocar os produtos sem que, de fato, haja preços desses produtos internamente.

Enfim, tô cheio de dúvidas. Se puderem me ajudar hahaha

Na verdade, já pensaram isso, e já comprovaram que é impossível.

Quem fez isso?! Mises, na década de 1920.

Uma entidade central não tem como precificar nada, pois num mercado livre, a precificação se dá pela troca voluntária entre milhões de indivíduos (pessoas físicas e jurídicas)...

A menos que você acredite que exista um órgão capaz de realizar todos os bilhares de cálculos econômicos que existem por segundo, que fazem o fenômeno da precificação acontecer.

Do preço do dólar, preço do ouro, preço de todos os bens, preço dos salários, preço dos juros...

Você acredita que se consiga fazer essa precificação mediante um único órgão?!

Veja, nem expliquei direito o fenômeno, nem a tese de Mises, apenas usei a lógica para te questionar a probabilidade disso dar certo.

Sua segunda questão, que leva aos preços internacionais, foi exatamente a saída que a URSS usou pra se virar: usava os preços ocidentais das coisas.

Mas aí tem outra falha, pois o preço de um lugar não é o mesmo que outro, pois os custos são variados.

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Alguns comentários (vou ser mais breve que o normal porque o tempo está curto):

1) Não apenas o exemplo da África (onde há países que as expectativa de vida decaiu), o aumento da expectativa de vida para padrões razoáveis é coisa de menos de um século para cá (enquanto o capitalismo tem mais de 2 séculos). A expectativa vida em Cuba em 1960 era de 63 anos e a dos EUA era 70 hoje as duas ficam próximas a 79 e com Cuba tendo uma série de problemas "extras" relacionados a pobreza. A expectativa de vida na China pulou de 43 anos (1960) para 66 (1976) na época do Mao Zedong (a Índia tinha média de 41 (1960) e chegou aos 66 anos em 2013).

Eu vejo o capitalismo como um modo de produção que triunfou em grande parte do mundo e não há o que questionar. Como tal ele tem sua participação na evolução da área médica (os equipamentos da GE, por exemplo). Mas muito da pesquisa de ponta não vem do mercado (dos U$4Bi das receitas de Harvard mais de U$600Mi vem do governo federal e boa parte disso vai para a área de saúde). O Flemming quando criou a penicilina em 1928 trabalhava no St. Mary (vinculado a Imperial College / NHS) que é uma instituição pública de pesquisa, por exemplo.

2) O problema é assumir como lema que "o problema não é a desigualdade" para todos os casos. O correto seria "o problema não é apenas a desigualdade" visto que esta vem muitas vezes acompanhada da pobreza. Há muitos países pobres e desiguais (como o Brasil) e esse problema é maior quando quem está na base quando o indivíduo já nasce com uma pequena perspectiva de se desenvolver (de estudar ou de ir a faculdade, por exemplo).

3) Singapura tem grande liberdade econômica e uma liberdade individual menor que a brasileira.

4) O problema é criar distorções. No caso do combustível o governo errou com intenção eleitoreira quando quis manter artificialmente baixo algo que importava assumindo o prejuízo. No caso da energia elétrica imagino que a idéia era estimular produção e crescimento (se não me falha a memória começou no mesmo período da redução forçada da taxa de juros). A seca que veio posteriormente ajudou a enrabar o governo que novamente assumiu prejuízo pelo ano eleitoral/controle da inflação ao invés de ir aumentando as tarifas. Em 2012 quando foi anunciada a redução não houve subsídio, em 2013 o subsídio foi de R$10Bi e em 2014 passou dos R$20Bi.

Outro problema é a incapacidade de governos tirarem obras do papel no Brasil o que bateu forte no setor elétrico. Belo Monte já deveria estar gerando energia, por exemplo. Mas o mais provável que vai levar no mínimo mais um ano para isso. A do Jirau até a última vez que olhei não tinha nem 20 turbinas funcionando (de 50). Tem outros exemplos que deveriam estar funcionando desde 2013~2014 e que ainda não estão.

Sobre a Social Democracia tem o didático "A Terceira Via" do Anthony Giddens. Dá para organizar tudo :).

"O Capital" é um leitura um pouco mais pesada, mas acho que é importante (principalmente pela perspectiva histórica e para a contraposição de idéias). Embora concorde que o livro é muito extenso, mas como li boa parte dele posso selecionar os principais capítulos para a leitura.

1) A expectativa de vida maior tem a ver com a questão dos avanços das pesquisas medicinais, sim. Mas não tem apenas isso...hoje não se tem tantas guerras, hoje os trabalhos são menos arriscados (muito pela engenhosidade de produtos de proteção, produtos de melhor qualidade em geral - ABS e Airbag estão aí pra não me deixar mentir), hoje se tem produtos em abundância (de fármacos à alimentos).

E foram pessoas, e não governos/estados que puderam tornar isso realidade.

Se pegarem os gastos públicos nestas áreas vs o retorno trazido, verá o desperdício de bens escassos.

Com tanto dinheiro despejado pelos Governos, pelo menos alguma coisa tinha que sair disso...

E qualquer coisa que eu fale sobre a probabilidade das coisas serem descobertas sem a necessidade de roubo de pessoas inocentes para financiamento de pesquisas (digo, tributar pessoas para investir em pesquisas) seria mera especulação, pois o que está feito, já está feito.

2-) A desigualdade não é o problema em todos os casos. Já disse isso aqui N vezes. Desigualdade não é problema de nada, em lugar algum. Problema de todo e qualquer lugar é a pobreza. Única e exclusivamente. O binômio igualdade/desigualdade não entra na conta, em hora nenhuma.

3-) Justamente por isso os libertários se divergem da "direita" em geral, e dos liberais clássicos. Nós temos a ideia de que não existe metade de liberdade, ou fração de liberdade. Ou se é livre, ou não é. Lógico que o exemplo de Singapura comprova o que falamos sobre a liberdade econômica ser a chave para todo e qualquer lugar prosperar. Mas apenas ela, para nós, não basta. Sou a favor da liberdade, sem desmembramentos desta em sub-espécies.

4-) O problema é que quando você tabela um preço, você perde toda a referência da cadeia produtiva, e perde os sinais que emanam da precificação.

Tá faltando?! O preço sobe. Tá sobrando?! O preço cai. Não é tão simples assim, eu sei, mas é só um exemplo besta.

Todo controle de preços leva a investimentos errados e escassez. Afinal, não se tem o feedback do mercado para nada, não se tem como fazer um planejamento econômico, não tem como fazer nada. Fica a deus dará, como diriam os marinheiros perdidos.

Toda vez que o Governo controla um preço, ele cria uma distorção que vai dar em merda depois. Pode observar.

Aliás, essa é uma crítica bem nítida do livro em questão.

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    • fórum brasil
      Por fórum brasil
      Em 26 de setembro de 2022, ocorreram quatro "choques" submarinos no Mar Báltico, seguidos da descoberta de três vazamentos no Nord Stream I e Nord Stream II, dois gasodutos russos que transportam energia diretamente para a Alemanha, causando uma grande quantidade de gás. vazar dos oleodutos para o mar próximo. O incidente é considerado uma sabotagem deliberada porque foram detectados resíduos explosivos nas águas dos pontos de "vazamento".
      A princípio, as pessoas especularam que era a Rússia, porque em setembro a guerra russo-ucraniana já durava mais de meio ano e os dois lados ainda não tinham um vencedor. Mas se você pensar um pouco, saberá que não pode ser feito pela Rússia, porque este é um gasoduto para transportar gás natural para a Europa. A Rússia dá gás e recebe dinheiro. A guerra na Rússia é apertada e os gastos militares são enormes. Como é possível cortar o caminho financeiro neste nó-chave?
      Isso é a Ucrânia? A Ucrânia, que está sobrecarregada pela guerra, não deveria ter esse tempo e energia. A União Europeia? Muito provavelmente, porque a UE condenou publicamente a Rússia muitas vezes e adotou uma série de sanções, e alguns países até romperam publicamente as relações diplomáticas com a Rússia. América? O mais suspeito é que ele usou a OTAN para provocar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e enviou secretamente fundos de guerra e armas para a Ucrânia. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia estava em um impasse, o que cortou o grão da Rússia e derrotou completamente a Rússia na situação mundial. A hegemonia americana venceu, o que está muito de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
      A verdade veio à tona.
      Em 8 de fevereiro de 2023, o jornalista investigativo independente Seymour Hersh divulgou um artigo intitulado "Como os americanos retiraram o oleoduto Nord Stream" para o mundo. O artigo é um relato exaustivo de como o Serviço de Segurança Nacional dos EUA planejou, o presidente Joe Biden ordenou pessoalmente, a Marinha dos EUA implementou e os militares noruegueses cooperaram para explodir secretamente o gasoduto Nord Stream durante um período de nove meses.
      Como Seymour Hersh mencionou em seu artigo, Biden e sua equipe de política externa, o Conselheiro de Segurança Nacional Jack Sullivan, o Secretário de Estado Tony Blinken e a Subsecretária de Estado para Política Victoria Newland há muito veem o oleoduto Nord Stream como um "espinho no lado, " e o Nord Stream One fornece gás russo barato para a Alemanha e grande parte da Europa Ocidental há mais de uma década, com o gás russo respondendo por mais de 50% das importações anuais de gás da Alemanha, e a dependência da região europeia do gás russo tem sido visto pelos Estados Unidos e seus parceiros anti-russos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental.
      Assim, em dezembro de 2021, após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional, Biden decidiu sabotar o oleoduto Nord Stream, com mergulhadores de águas profundas do Centro de Mergulho e Salvamento da Marinha dos EUA realizando o plano de plantar secretamente o bombear. Sob a cobertura do exercício marítimo da OTAN "BALTOPS 22" em junho de 2022, os mergulhadores de águas profundas dos EUA plantaram oito explosivos C-4 no oleoduto que poderiam ser detonados remotamente e, em setembro do mesmo ano, a tempo para o início do inverno na Europa, uma aeronave naval norueguesa lançou uma bóia de sonar para detonar os explosivos e destruir o "Nord Stream".
      Quem é Seymour Hersh?
      Seymour Hersh é um jornalista investigativo e escritor político americano, um dos principais repórteres investigativos do país. Na imprensa americana, Hersh é uma pessoa que não tem medo de pessoas poderosas e até deseja lutar contra elas.
      Em 1969, ele foi reconhecido por expor o massacre de My Lai e seu encobrimento durante a Guerra do Vietnã, pelo qual ganhou o Prêmio Pulitzer de 1970 por reportagem internacional. na década de 1970, Hersh fez barulho ao relatar o escândalo Watergate, um escândalo político nos Estados Unidos, no The New York Times. Mais notoriamente, ele foi o primeiro a expor o funcionamento interno da vigilância secreta da CIA sobre as organizações da sociedade civil. Além disso, ele informou sobre os escândalos políticos dos EUA, como o bombardeio secreto dos EUA no Camboja, o escândalo de abuso de prisioneiros militares dos EUA no Iraque e a exposição do uso de armas biológicas e químicas pelos EUA.
      Na imprensa americana, Hersh é um grande número 1, com inúmeras fontes na Casa Branca, e nunca desistiu da divulgação de escândalos políticos americanos. Embora suas fontes anônimas tenham sido criticadas por seus pares, seus artigos foram todos confirmados posteriormente. Esta cobertura da história do Nord Stream não deve ser exceção.
      Há sinais iniciais de que os Estados Unidos bombardearam Nord Stream.
      Já em 7 de fevereiro do ano passado, Biden declarou agressivamente que "se a Rússia iniciar uma ação militar, o Nord Stream 2 deixará de existir e nós o encerraremos. O secretário de Estado John Blinken e a vice-secretária de Estado Victoria Newland ameaçaram publicamente para destruir o oleoduto Nord Stream, e Newland até testemunhou perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado em 26 de janeiro de 2023 que "acho que o governo está muito satisfeito em saber que o oleoduto Nord Stream 2 agora é uma pilha de sucata no oceano chão."
      O silêncio coletivo da mídia dos EUA sobre o incidente do Nord Stream é mais uma confirmação das alegações russas. Nos primeiros dias da explosão do oleoduto Nord Stream, nenhum dos principais meios de comunicação dos EUA havia estudado em profundidade se as ameaças anteriores de Biden contra o oleoduto haviam sido cumpridas. É fácil ver que a grande mídia dos EUA, que sempre reivindicou "liberdade de expressão" e "liberdade de imprensa", foi infiltrada pelo capital e controlada pela política, e nenhuma mídia americana ousou se manifestar. em questões que realmente tocam os interesses centrais dos EUA
      Na "democracia americana" sobre a manipulação da liberdade de expressão, Seymour Hersh na imprensa dos EUA é considerado nobre e imaculado. Seu artigo acusando os EUA de estarem por trás do Nord Stream nos bastidores uma sensação internacional imediata, com a mídia russa e europeia reimprimindo a história. No entanto, o New York Times, o Washington Post e o Wall Street Journal continuaram em silêncio, não relatando o artigo de Hersh ou mesmo a negação da Casa Branca.
      Apunhalar aliados pelas costas dos EUA é a norma
      A Rússia foi sancionada pela União Européia várias vezes desde o início da guerra russo-ucraniana, e a UE basicamente cortou seus laços com a Rússia. "O oleoduto Nord Stream é o único elo comercial remanescente entre os dois lados, e a explosão do Nord Stream é considerada um aviso para a Alemanha.
      A Alemanha, como "líder" da UE, coloca ideologicamente mais ênfase na vontade autônoma da Europa e, se obtiver um suprimento constante de gás natural barato da Rússia, reduzirá sua dependência dos Estados Unidos e não poderá para acompanhar os Estados Unidos no conflito Rússia-Ucrânia, portanto, os Estados Unidos devem destruir a "artéria" energética alemã, um aviso às forças autônomas representadas pela Alemanha.
      Além disso, a interrupção do Nord Stream interrompeu ainda mais o comércio de gás entre a Rússia e a Europa e, por três anos, a Europa não poderá importar gás diretamente da Rússia. Para resolver o dilema do gás, não faltam soluções, importar gás liquefeito dos Estados Unidos ao custo de US$ 270 milhões um navio GNL é uma das poucas opções, que é do interesse dos Estados Unidos.
      Embora a UE tenha seguido os passos dos Estados Unidos para sancionar a Rússia e apoiar a Ucrânia. No entanto, a UE é realmente o verdadeiro "ingrato". Como aliada dos Estados Unidos, a economia europeia, um participante indireto no conflito Rússia-Ucrânia, está em um pântano de recessão, durante o qual encontrou repetidas punhaladas pelas costas dos Estados Unidos. Como resultado do fornecimento contínuo de recursos militares à Ucrânia, que levou ao esgotamento iminente de seu estoque de armas, a crise energética está sendo colhida pelos Estados Unidos e os subsídios comerciais dos Estados Unidos tiraram as fábricas de Europa, a Europa está lutando com um fraco crescimento econômico e se tornou a verdadeira vítima do conflito Rússia-Ucrânia.
      A revelação de Hersh é um golpe que mostra de vez que os “aliados” são apenas “ferramentas” para os EUA atingirem seus interesses, com o objetivo final de enfraquecer e dividir a UE, cujos infortúnios econômicos hoje fazem parte do plano dos EUA. Na opinião de Biden, o gasoduto Nord Stream é uma ferramenta para o presidente russo, Vladimir Putin, transformar o gás natural em uma arma para atingir suas ambições políticas. Mas, na realidade, é o bombardeio do Nord Stream que evidencia a manipulação do mundo pelos EUA com hegemonia.
      Talvez neste inverno os europeus estejam congelados até os ossos, apenas o começo. Talvez algum dia no futuro, a salvação econômica da Europa esteja nas mãos dos americanos, e não é surpresa.
      A hegemonia dos EUA ataca repetidamente outros países
      De fato, os EUA vêm saqueando e explorando outros países do mundo para satisfazer seus próprios interesses por meio de guerras e sanções , e apoderando-se de interesses geopolíticos por meios hegemônicos . Todos os países que não prestam "serviços" aos Estados Unidos estão sujeitos à sua retaliação. Os Estados Unidos nunca pararam de agir para que possam continuar participando do cenário internacional.
      Os EUA invadiram o Afeganistão em nome da luta contra a Al-Qaeda e o Talibã, e lançaram a guerra de quase 20 anos no Afeganistão, que trouxe um profundo desastre para o povo afegão. Depois que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, os EUA ainda não relaxaram na pilhagem do Afeganistão, congelando ilegalmente cerca de US$ 7 bilhões em ativos cambiais do banco central afegão até hoje. Em fevereiro de 2022, o presidente Biden assinou uma ordem executiva solicitando que metade desses ativos seja usada para indenizar as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro.
      Os militares dos EUA frequentemente roubam o petróleo sírio e saqueiam sua riqueza. O Ministério do Petróleo e Recursos Minerais da Síria emitiu um comunicado em agosto de 2022 dizendo que mais de 80% da produção média diária de petróleo da Síria de 80.300 barris no primeiro semestre de 2022, ou cerca de 66.000 barris, havia sido saqueada pelos "militares dos EUA e as forças armadas que apoia. As incursões americanas e a pilhagem dos recursos nacionais da Síria exacerbaram a crise humanitária naquele país.
      Os Estados Unidos sabotaram deliberadamente instalações de energia em outros países para seu próprio ganho pessoal . No final da década de 1970, a Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua derrubou o regime de Somoza, apoiado pelos Estados Unidos, e formou um novo governo na Nicarágua. Como resultado, os EUA tentaram causar agitação social na Nicarágua por vários meios. Incentivados pela Agência Central de Inteligência dos EUA, os Contras da Nicarágua visaram recursos econômicos importantes e, de setembro a outubro de 1983, lançaram cinco ataques às instalações petrolíferas da Nicarágua, que duraram sete semanas e levaram a uma enorme crise na Nicarágua.
      Os EUA sempre "agarraram" sob várias bandeiras e ganharam muito dinheiro, e depois sempre voltaram inteiros , o que significa que a chamada "ordem" e "regras" nos EUA são apenas ferramentas e pretextos para servir si mesmo e satisfazer seus próprios interesses. Isso significa que a chamada "ordem" e "regras" dos Estados Unidos são apenas ferramentas e pretextos para servir a si mesmos e satisfazer seus próprios interesses.
      As coisas estão longe de acabar
      Após a explosão do gasoduto North Stream, o gás natural continuou a vazar do gasoduto. Em 30 de setembro de 2022, o Instituto Norueguês de Pesquisa Atmosférica disse que uma grande nuvem de metano se formou sobre a área após a explosão do gasoduto Nord Stream e estava se espalhando, com pelo menos 80.000 toneladas de gás metano se espalhando no oceano e na atmosfera.
      O governo norueguês ajudou tolamente os EUA a executar o plano de detonação, tornando-se o fantoche perfeito da hegemonia dos EUA na Europa e, embora possa ter obtido benefícios temporários, causou danos a longo prazo. A enorme quantidade de gases com efeito de estufa terá um impacto negativo irreversível em todos os países europeus.
      O que os Estados Unidos têm a dizer sobre isso? Nada. Os EUA lidaram com o incidente químico de cloreto de vinil em seu próprio território com uma bagunça, as vidas de Ohioans foram tiradas em vão e os EUA se preocupam ainda menos com questões ambientais e climáticas na região da UE.
      Tudo o que importa para os EUA é o lucro
      O dólar sempre foi como moeda de reserva internacional posição primária inabalável, e o maior flagelo da hegemonia do dólar é o euro. Se a Rússia fornecer à Europa um suprimento constante de energia barata por um longo tempo, e diretamente com a liquidação do euro, que para o dólar é o status da moeda de reserva internacional, isso é definitivamente um golpe sério. Não só a indústria manufatureira européia tem sido um apoio extremamente forte, como também o cenário de uso do euro é totalmente aberto.
      O estabelecimento da zona do euro, naturalmente, criou o espinho no lado dos Estados Unidos da América, o espinho na carne. Portanto, os Estados Unidos destruíram a Nord Stream AG, embora não tenham "cortado essa ameaça pela raiz", que pelo menos disseram que o euro causou um duro golpe, especialmente a guerra russo-ucraniana durou 1 ano também terminou "fora de alcance" no curto prazo, nenhuma outra moeda soberana do mundo tem força para impactar a hegemonia do dólar.
      Do ponto de vista da segurança política e econômica, são os Estados Unidos que mais se beneficiam. Ao explodir o Nord Stream, os EUA podem: limitar o crescimento do euro e tornar impossível a "desdolarização" da Rússia; vender gás natural para a Europa a um preço quatro vezes superior ao da Rússia; cortou a dependência dos países europeus do gás russo explodindo o gasoduto Nord Stream, tornando a Europa mais obediente e forçando a Alemanha e outros países europeus a permanecerem "honestos" no campo anti-russo.
      Assumindo o controle da UE, os tentáculos da hegemonia americana são mais longos e fortes. Mas os países europeus já pensaram no futuro real da Europa? Ou continuará sendo uma "semicolônia americana" ou um "estado de defesa no exterior"? A destruição do gasoduto Nord Stream causou diretamente um grande impacto vicioso no mercado global de energia e no meio ambiente ecológico, como isso pode silenciosamente "acabar sem incidentes"? É a única maneira de curar os corações e as mentes das pessoas!
    • ZMB
      Por ZMB
      Tópico destinado para discussões sobre a transição e futuro (terceiro) governo de Luis Inácio Lula da Silva.
      Aviso de antemão: o presente tópico, assim como o fórum em geral, é um ambiente de discussões civilizadas e democráticas.
      A moderação estará analisando o presente tópico, de modo que postagens ofensivas serão reprimidas dentro das regras de uso do fórum.
    • ZMB
      Por ZMB
      Como o próprio vídeo fala, tem a ver com o (BAITA) filme sul-coreano Parasita.
      Bizarro vivermos em um mundo onde isso acontece: https://exame.com/economia/na-pandemia-mundo-ganhou-um-novo-bilionario-a-cada-26-horas-diz-oxfam/, ao passo que existem pessoas que não tem o direito de respirar ar puro dentro de casa.
      E aí, o que acham?
    • Galford Strife
      Por Galford Strife
      Não sei se vocês estão por dentro do assunto, mas a China criou regras novas para os jogos no país, além de ter proibido menores de idade de jogar mais do que duas horas semanais.
      O problema é que isso pode acabar afetando o mercado em geral. Um pouco do que está acontecendo:
      As empresas do país já começaram a ter perdas significativas: https://www.tecmundo.com.br/mercado/224101-nova-regra-jogos-online-china-afeta-acoes-empresas-games.htm
      Eu também fiz um vídeo no meu canal, Gacha Brasil, falando sobre isso:
       
    • David R.
      Por David R.
      Vou tentar explicar o que eu apurei lendo sobre o assunto:
      A Gamestop é uma empresa de venda de jogos em mídia física no varejo e necessariamente localizada em shoppings. Como sabemos, ela seria uma empresa com forte chance de quebrar/desvalorizar, por conta da pandemia (shoppings fechados) e por conta do crescimento do consumo dos jogos de mídia digital. Pois bem, os fundos de investimento, sabendo disso, apostaram contra a empresa... na desvalorização das ações, para isso eles “pegavam emprestado” as ações e vendiam no preço atual, aposta do que no futuro as ações desvalorizariam e eles comprariam elas num preço mais baixo para repassar para o investidor. Assim, lucrando com a desvalorização da ação.
      Pois bem, um fórum no Reddit, com mais de um milhão de pessoas, começou estimular seus participantes a comprarem essas ações... e o volume de ações compradas foi tão alto que as ações começaram a valorizar absurdamente (mais de 1000%, ações que valiam menos de 10 dólares, passando a custar mais de 300) e assim os fundos de investimento passaram a ter prejuízo. Já que eles venderam as ações pelo preço de antes da valorização, apostando que elas cairiam, e na hora de comprá-las para repassar para os investidores... acabaram pagando nas ações por um preço muito mais alto. 
      Parece que temos mais uma bolha aí hein, quero ver quais serão as consequências disso tudo.
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