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Transporte público deve ser gratuito?


Henrique M.

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  • Vice-Presidente

Transporte público deve ser gratuito?

Luis Fajardo,

do BBC Mundo

Poucas decisões são tão explosivas politicamente para um prefeito quanto aquelas relativas ao transporte público de sua cidade. Isso ficou evidente no Brasil em 2013, quando manifestações convocadas por ativistas contra o aumento da passagem de ônibus levaram a protestos com a participação de milhões de pessoas, gerando uma crise política de nível nacional. Mas greves e manifestações de cidadãos inconformados com o custo de usar ônibus, metrô ou trem para ir ao trabalho todos os dias também são comuns ao redor do mundo.

Como o Movimento Passe Livre (MPL) no Brasil, organizações de outros países defendem que o transporte público seja totalmente gratuito, como ocorre com a educação e o sistema de saúde. No entanto, zerar a tarifa não significaria que o transporte seria grátis, e sim custeado por toda a população por meio de impostos. A proposta soa bem, mas especialistas e ativistas debatem: é factível?

Na prática

A ideia de oferecer transporte público gratuito já foi posta em prática em capitais europeias, como Roma na década de 1970 e Talin, capital da Estônia, em janeiro de 2013. Miami, nos Estados Unidos, oferece sem custo para o usuário um trem suspenso que percorre a zona central da cidade e uma frota de bondes. Cidades de muitos outros países, como Londres, no Reino Unido, e Bogotá, na Colômbia, oferecem a gratuidade para certos grupos da população, como estudantes e aposentados.

Em São Paulo, a isenção da tarifa nos ônibus foi estendida desde janeiro para os alunos da rede pública e estudantes de baixa renda da rede privada, num total de 505 mil beneficiados. Idosos e deficientes já não pagavam passagem. O governador paulista, Geraldo Alckmin, afirmou que estuda aplicar a mesma medida no metrô, trens e ônibus intermunicipais da região metropolitana, nos quais idosos e deficientes já têm este benefício.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a iniciativa atende uma "antiga reivindicação da comunidade e dos jovens". Mas o MPL criticou a medida ao dizer que "tarifa zero e passe livre para estudantes são coisas muito diferentes".

Benefícios

Os benefícios da gratuidade são claros: alivia o peso sobre a renda de pessoas mais pobres, que dedicam uma proporção importante de seu salário com o transporte público, e promove uma forma de transporte ambientalmente mais sustentável em relação ao carro particular. Mas alguns temem que estes subsídios beneficiem pessoas que não precisam deles.

E, em muitos casos, a tentativa de oferecer transporte público gratuito não teve muito êxito. Em Roma, a iniciativa durou apenas seis meses. Em Talin, a expectativa de haver uma revolução do transporte não se concretizou. Um estudo concluído em 2014 revelou que o número de usuários de transporte público na capital da Estônia aumentou só 1,2% com a gratuidade.

"Esperavam que houvesse um aumento da demanda, mas isso não ocorreu", afirma Darío Hidalgo, consultor colombiano em mobilidade que também atuou como vice-diretor do Transmilenio, o sistema de transporte de massa de Bogotá. "Mais do que gratuidade ou tarifas baixas, as pessoas precisam de transporte público de qualidade, com alta frequência e cobertura, para usá-lo quando for necessário."

O especialista britânico Peter White, da Universidade de Westminster, em Londres, afirma que "há risco de que os níveis de financiamento do sistema sejam inicialmente apropriados, mas que isso não se mantenha no longo prazo". "Como resultado, um sistema de transporte com pouco financiamento, sobrecarregado e com equipamentos velhos pode se tornar pouco atraente para os usuários, que buscariam alternativas de maior custo, como táxis", diz White, cético quanto à gratuidade.

Vários especialistas também veem falhas num sistema em que os impostos pagam a passagem de todos os usuários quando alguns deles teriam meios de pagar por ela sem o financiamento estatal.

Alternativa

Alguns especialistas apontam que subsídio pode beneficiar quem não precisa. Uma alternativa mais aceita é a proposta de subsidiar o transporte para determinados segmentos da população. Hidalgo destaca como exemplo positivo o que está fazendo o governo de Bogotá, onde os mais pobres têm passagens subsidiadas.

"Isso faz muito mais sentido que a gratuidade, porque o Estado apoia quem tem menos recursos, mas obtém receita com o restante da sociedade para melhorar a oferta de transporte público", afirma o especialista.

Mas White alerta que alguns destes subsídios também são problemáticos. "No Reino Unido, os maiores de 60 anos não pagam e, em algumas cidades, representam até 25% dos usuários", afirma. O subsídio dirigido a um aposentado de Londres que tenha recursos pode tornar mais difícil manter o serviço público que podia ser usado por uma pessoa pobre na periferia.

White também vê problemas na oferta do subsídio a estudantes. "O uso do transporte público por eles está fortemente concentrado em determinadas horas do dia, o que aumenta a lotação e a sobrecarga dos ônibus nestes momentos", destaca.

No entanto, em cidades com altos índices de pobreza, como as latino-americanas, oferecer transporte gratuito, ao menos a alguns grupos sociais, representa um enorme alívio financeiro para estudantes, aposentados e trabalhadores. Por isso, espera-se que muitos governantes sigam buscando uma maneira de ajudá-los - e que continue a polêmica em torno de quanto deve custar este serviço básico.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150216_transporte_publico_gratuito_rb

Acho que em cidades grandes fica inviável algo assim. Mas tenho dois exemplos de passagens absurdamente caras por causa de monopólio de empresa de ônibus. Em Ouro Preto, a passagem subiu para 2,60 depois da férias, porque na época das manifestações, o pessoal lá manifestou e barrou esse aumentou, deu férias grandes de novo e eles aumentaram. A maioria paga esse preço para subir um morro, já que a universidade é separada da parte histórica da cidade. Sempre pensei que deveria haver uma tabela de preço para linhas, aonde dependendo de onde você entrasse no ônibus, o preço era x.

Aqui em Uberaba, cidade da minha mãe, a passagem custa 3 e alguma coisa. Mas eles resolveram investir em transporte público, meteram um BRT na principal avenida da cidade, que corta ela de leste a oeste, e ainda tem um limite de tempo com a passagem para quem precisar pegar baldeação para outros bairros. É louvável que houve o investimento, mudaram o trânsito da cidade para incentivar o transporte coletivo, mas aí, eu penso? Precisa ser esse preço? Imagina se ao menos metade da parada fosse subsidiada?

Acho que dá para fazer mais em alguns lugares menores do que é feito hoje em dia.

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Não tenho nenhuma opinião concreta sobre isso.

Só acho abusivo os 3,10 que é o preço da passagem aqui em Uberlândia.

Apesar de eu não ter muito o que reclamar fora o preço, o serviço prestado aqui até que me atende muito bem.

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Não creio que a gratuidade seja necessária, apenas que voltasse o valor cobrado com o mesmo nível de serviço oferecido pra quem paga.

Fico revoltado por no Brasil além de ser caro é de péssima qualidade.

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Eu não tenho opinião formada sobre isso. Independente de ser grátis ou não, acho que o preço tem que ser justo e fazer jus a qualidade.

A cidade onde eu moro (São João del Rei) é cidade histórica igual Ouro Preto. Na boa, te falo que 90% dos ônibus não andam mais que sei lá, 5km ou 20 min pra fazer a linha. A cidade não é grande, tem um campus que é praticamente na rodovia e a porra tá passagem TÁ FUCKING 2,40. Aconteceu o mesmo que em OP, aumentou agora nas férias de 2,10 pra 2,40. E os ônibus não são lá essa maravilha toda e muito menos frequência. Isso quando não cancelam tipo o busão das 2:30 sem dar aviso nem nada e você fica esperando meia hora. Ou quando os ônibus atrasam ou se adiantam e passam dois ônibus em 5 min quando o normal é passar um de 15 em 15 e você fica lá meia hora esperando. É sério, eu quando vou sair de casa pro centro prefiro ir mil vezes andando, mesmo eu tendo que subir morro quase de 90º e chego no centro em 20 min do que esperar o busão passar.

Tirando que o dono da empresa que presta o serviço é vereador por vários mandatos já, o contrato era irregular, na época das manifestações o prefeito falou que ia anular o contrato e bom, estamos aí até agora esperando né.

Juiz de Fora, onde vou morar, é uma cidade MUITO maior, acho que todo mundo sabe, tem uma porrada de ônibus e frequência (ainda não utilizei o transporte, falo com base na experiência de parentes e amigos que moram lá e os horários no site) e que andam muito mais e a passagem é "só" 2,25. Eu sei que eu vou pegar busão lotado e que não vou sentar muito provavelmente, mas só de não ter que esperar meia hora e saber que o ônibus vai passar no horário certo eu já fico satisfeito.

Essas horas me vem a cabeça aqueles papos do Thales de abrir o mercado, regulações etc. Me parece óbvio que se não fosse só uma empresa que fosse contratada ou "permitida" isso só traria benefícios, tanto no bolso quanto na qualidade da parada.

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Eu não tenho opinião formada sobre isso. Independente de ser grátis ou não, acho que o preço tem que ser justo e fazer jus a qualidade.

A cidade onde eu moro (São João del Rei) é cidade histórica igual Ouro Preto. Na boa, te falo que 90% dos ônibus não andam mais que sei lá, 5km ou 20 min pra fazer a linha. A cidade não é grande, tem um campus que é praticamente na rodovia e a porra tá passagem TÁ FUCKING 2,40. Aconteceu o mesmo que em OP, aumentou agora nas férias de 2,10 pra 2,40. E os ônibus não são lá essa maravilha toda e muito menos frequência. Isso quando não cancelam tipo o busão das 2:30 sem dar aviso nem nada e você fica esperando meia hora. Ou quando os ônibus atrasam ou se adiantam e passam dois ônibus em 5 min quando o normal é passar um de 15 em 15 e você fica lá meia hora esperando. É sério, eu quando vou sair de casa pro centro prefiro ir mil vezes andando, mesmo eu tendo que subir morro quase de 90º e chego no centro em 20 min do que esperar o busão passar.

Tirando que o dono da empresa que presta o serviço é vereador por vários mandatos já, o contrato era irregular, na época das manifestações o prefeito falou que ia anular o contrato e bom, estamos aí até agora esperando né.

Juiz de Fora, onde vou morar, é uma cidade MUITO maior, acho que todo mundo sabe, tem uma porrada de ônibus e frequência (ainda não utilizei o transporte, falo com base na experiência de parentes e amigos que moram lá e os horários no site) e que andam muito mais e a passagem é "só" 2,25. Eu sei que eu vou pegar busão lotado e que não vou sentar muito provavelmente, mas só de não ter que esperar meia hora e saber que o ônibus vai passar no horário certo eu já fico satisfeito.

Essas horas me vem a cabeça aqueles papos do Thales de abrir o mercado, regulações etc. Me parece óbvio que se não fosse só uma empresa que fosse contratada ou "permitida" isso só traria benefícios, tanto no bolso quanto na qualidade da parada.

Aqui em Recife-PE são ZILHÕES de empresas particulares, muitas muitas mesmo! R$ 2,45 a passagem, e o fato desse mercado aberto existir, não mudou em absolutamente nada, é um verdadeiro cartel, um estupro em todos os sentidos, do trânsito a frequência do ônibus passar.

É complicado abrir o mercado, porque vai continuar existindo um cartel e uma exploração do povo

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Foda que tudo que é gratuito não o é e alguém tem que pagar a conta e graças a transparência do povo brasileiro, esses 2,50 de passagem se tornariam 3,50 invisíveis.

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Sou cntra a gratuidade muito por cnta do que o Guaipeca falou...

Haveria mta corrupção e dinheiro desviado e ai a conta ficaria ainda mais alta a se pagar...

E o Thiago tá de "sacanagem" de reclamar que a passagem em Recife é R$2,45...porra, é cidade grande...

Aqui em SANTANA DO LIVRAMENTO a passagem é R$2,20...isso sim é um roubo, a cidade é do tamanho de um bairro do recife =x

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A resposta eh simples: nao!

Manutencao altissima. Ja viu pais desenvolvido com transporte publico gratuito? Na Suica e na Alemanha os onibus sao carissimos, Nos EUA e no Canada o passe custa em media 3 dolares em cidade GRANDE.

Eh melhor cobrar mais e oferecer um servico que preste, sem atraso, com aplicativo para celular, etc. Aqui no Canada os pontos de onibus tem uma tela de LED com o mapa com o trajeto, horarios, temperatura atual, etc

O problema eh querer cobrar caro e oferecer um servico merda como acontece ai no Brasil.

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Se houvesse menos roubalheira nesse raio desse país com certeza teria como. Mas não concordo.

O estado tem que prover Segurança, Saúde e Educação de qualidade. De resto não é obrigação.

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Eu acho impossível isso acontecer. Me parece ser inviável financeiramente. E o dinheiro usado sairia ainda assim do bolso do brasileiro. É utópico pensar que ganharia a gratuidade assim, do nada.

O que eu sou a favor é de passagens consideradas "caras", mas de proporcionalmente ter o conforto merecido. Quer me cobrar um rim pela passagem que cobre, mas entrega um serviço de qualidade.

Aliás, tem um amigo meu americano que veio fazer intercâmbio. Um dia a gente foi sair de bus e ele ficou apavorado UFAHIUAHFUIAHFUIAHFAIUHFA! E olha que ele me disse que o transporte deles não era lá essas coisas.

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Aqui na cidade onde moro, Ponta Grossa - PR, esse ano implantaram o sistema de passe livre, só que não para todos. Apenas para alunos de ensino fundamental e médio de escolas públicas, que tenham uma freqüência x nas aulas (não sei exatamente quanto). É o primeiro ano disso por aqui.

A passagem na cidade eh 2,85 (ano passado era 2,60). Achava o preço ideal, considerando-se que Ponta Grossa é uma das 10 maiores do estado. Com esse aumento ficou um pouco caro mas nem se compara com outras cidades que tem preço mais alto para uma cidade menor.

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Sou cntra a gratuidade muito por cnta do que o Guaipeca falou...

Haveria mta corrupção e dinheiro desviado e ai a conta ficaria ainda mais alta a se pagar...

E o Thiago tá de "sacanagem" de reclamar que a passagem em Recife é R$2,45...porra, é cidade grande...

Aqui em SANTANA DO LIVRAMENTO a passagem é R$2,20...isso sim é um roubo, a cidade é do tamanho de um bairro do recife =x

Meu amigo, era R$ 2,15 a 20 dias atrás, foi um amento grande...

...e acho que você não entendeu, o que reclamei foi: a passagem pode ser até R$ 10,00 contanto que ofereça o serviço a altura.

A resposta eh simples: nao!

Manutencao altissima. Ja viu pais desenvolvido com transporte publico gratuito? Na Suica e na Alemanha os onibus sao carissimos, Nos EUA e no Canada o passe custa em media 3 dolares em cidade GRANDE.

Eh melhor cobrar mais e oferecer um servico que preste, sem atraso, com aplicativo para celular, etc. Aqui no Canada os pontos de onibus tem uma tela de LED com o mapa com o trajeto, horarios, temperatura atual, etc

O problema eh querer cobrar caro e oferecer um servico merda como acontece ai no Brasil.

Exatamente!!

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Resposta curta: NÃO DEVERIA.

A prefeitura (ou governo estadual) muitas vezes já subsidiam parte essas as passagens para todos, o que a princípio não acho correto. A gratuidade leva a exagero na utilização (ao invés de caminha 800m vou pegar um ônibus ou que pega o metrô para ir a uma estação de distância quando essas são relativamente próximas) que causa uma série de problemas na qualidade do transporte. Esse aumento além do razoável na utilização muitas vezes também resulta no aumento da depredação dos veículos.

E seria necessário discutir a questão dos idosos e portadores de alguma limitação física e/ou mental que é algo que poderia ser discutido. No caso dos idosos mediante a cadastro e apenas para os residentes na cidade/região metropolitana (onde for o caso).

A única exceção a isso seria a alunos de baixa renda que comprovadamente não tenham condições de pagar. Ninguém deve deixar de estudar porque não possui dinheiro para comprar passagem. Mas controlado por câmeras (como é em Florianópolis nos terminais hoje) e para os trajetos "casa -> escola -> casa". Talvez uma segunda faixa de renda que pagaria 50% da passagem.

Fora isso o que poderia ser discutido é: preços reduzidos fora do horário de pico para tornar a distribuição de viagens mais uniforme ao longo do dia e preços reduzidos em um ou dois sábados por mês (para permitir a integração com o resto da cidade). Outra possibilidade é organizar as linhas em locais e de ligação com a primeira (trajeto curto) sendo mais barata que a segunda.

Como o texto inicial fala, é qualidade e não preço que faz as pessoas utilizarem regularmente ônibus em percursos mais longos. As pessoas compram carro e superlotam as vias de Florianópolis porque é muito ruim andar de ônibus e não porque ele é caro (embora pessoalmente eu ache caro para o péssimo serviço oferecido). Algo próximo a R$3 não é um valor elevado se o serviço for decente (ônibus de piso baixo com ar-condicionado, frota com idade média de 5 anos, trafegando em pistas exclusivas de concreto, etc.).

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Se a gratuidade não é possível, que ao menos baixem o preço da passagem pra R$1,00. Passagem de ônibus é algo tão elementar que é até absurdo ela vir aos preços absurdos falados aqui de dois e tanto, três e tanto...

Aqui no Rio tá R$3,40, e na moral... Nem o fato de ser capital justifica! Só perde pra São Paulo em população, se botar a R$1 já dá um superávit absurdo!

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Se a gratuidade não é possível, que ao menos baixem o preço da passagem pra R$1,00. Passagem de ônibus é algo tão elementar que é até absurdo ela vir aos preços absurdos falados aqui de dois e tanto, três e tanto...

Aqui no Rio tá R$3,40, e na moral... Nem o fato de ser capital justifica! Só perde pra São Paulo em população, se botar a R$1 já dá um superávit absurdo!

De fato é uma bola de neve gigante! O combustível caro, manutenção cara, todos querendo tirar seus 100% de lucros, quando chega pra o usuário pagamos todo o custo e ainda ficamos com um serviço lixo, que deveria ser bom e com um preço bem menor

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De fato é uma bola de neve gigante! O combustível caro, manutenção cara, todos querendo tirar seus 100% de lucros, quando chega pra o usuário pagamos todo o custo e ainda ficamos com um serviço lixo, que deveria ser bom e com um preço bem menor

Pior que os nossos impostos já são altos o suficiente pra justificar passagens a um real em nas grandes regiões metropolitanas e pouco menos que isso em regiões de capitais menores ou interior.

Pela nossa carga tributária não deve ter como alguém ficar sem lucro.

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Pior que os nossos impostos já são altos o suficiente pra justificar passagens a um real em nas grandes regiões metropolitanas e pouco menos que isso em regiões de capitais menores ou interior.

Pela nossa carga tributária não deve ter como alguém ficar sem lucro.

Alguns dados eu não tenho certeza da precisão (se alguém souber melhor, avise):

Vamos supor que um ônibus roda 18h por dia. Ele faz trajetos de 10km a cada 30min (o que dá uma razoável velocidade comercial de 20km/h), ou 36 viagens por dia. Para isso temos:

1) Custos

1.1) Combustível. Vamos fixar o custo do diesel em R$3/l e estimar que um ônibus faça 4km/l. O gasto total com combustível é de 360/4 * 3 = R$270/dia.

1.2) Funcionários. No quadro atual é necessário 3 motoristas e 3 cobradores por dia. Vamos fixar os salários em R$1750 e R$1000 e considerar que eles trabalham 21 dias por mês. Além disso duplicar os valores para considerar custos trabalhistas. (2750*2)*3 / 21 = R$785/dia.

1.3) Terminais. Aqui é onde geralmente as planilhas das concessionárias parecem sempre dar prejuízo. As mesmas empresas controlam os terminais e cobram taxas altas delas mesmas. Por esse motivo vamos considerar a operação do terminal como subsídio do município.

1.4) Veículos. Financiamentos da compra do veículo e manutenção. Não tenho idéia de como ficam essas duas condições, então vamos chamar de "x".

2) Receita

2.1) Subsídios. Considerei a operação do terminal como subsídio.

2.2) Compra de passagem. Vamos supor que em média um ônibus tenha capacidade para 60 passageiros. E que ele funcional com um total de ocupação "k" considerando o total de cada viagem. Cada passagem custa "z".

2.3) Venda dos veículos antigos!?

(Para simplificar eu não generalizei todas as variáveis).

3) Sumário:

3.1) Custo diário = 785+270=R$1055 (fixo) + x (variável).

3.2) Receita diária = k * z * 60.

4) Cenários:

4.1) Passagem a R$1 real e 50% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 0.5) * 1 = R$1080.

4.2) Passagem a R$1 real e 75% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 0.75) * 1 = R$1620.

4.3) Passagem a R$1 real e 100% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 1) * 1 = R$2160.

Claro que é uma estimativa grosseira, mas não me parece que passagem a R$1 seja viável a não ser que muitas das viagens sejam curtas e o número de passageiros/trecho supere em muito a capacidade do ônibus por viagem.

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Visitante João Gilberto

E o Thiago tá de "sacanagem" de reclamar que a passagem em Recife é R$2,45...porra, é cidade grande...

Aqui em SANTANA DO LIVRAMENTO a passagem é R$2,20...isso sim é um roubo, a cidade é do tamanho de um bairro do recife =x

Na verdade ele só deu o valor da passagem que ele deve usar, que se refere ao Anel A, mas na região metropolitana há diversos valores e os de Recife são, para variar, um dos mais caros do país. Segue a tabela:

24zkpwm.png

A MAIORIA das pessoas aqui, como se deslocam de uma cidade para outra para trabalhar, usam a passagem do Anel B que atualmente está em 3,35... e não poucas vezes, como eu, precisam pagar duas passagens para chegar ao local de trabalho, ou seja, uma do A e uma do B que somados dão 5,80 ou se preferir 11 reais e 60 centavos por dia de trabalho! Agora com base em dados mais completos, avalie a nossa situação.

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Alguns dados eu não tenho certeza da precisão (se alguém souber melhor, avise):

Vamos supor que um ônibus roda 18h por dia. Ele faz trajetos de 10km a cada 30min (o que dá uma razoável velocidade comercial de 20km/h), ou 36 viagens por dia. Para isso temos:

1) Custos

1.1) Combustível. Vamos fixar o custo do diesel em R$3/l e estimar que um ônibus faça 4km/l. O gasto total com combustível é de 360/4 * 3 = R$270/dia.

1.2) Funcionários. No quadro atual é necessário 3 motoristas e 3 cobradores por dia. Vamos fixar os salários em R$1750 e R$1000 e considerar que eles trabalham 21 dias por mês. Além disso duplicar os valores para considerar custos trabalhistas. (2750*2)*3 / 21 = R$785/dia.

1.3) Terminais. Aqui é onde geralmente as planilhas das concessionárias parecem sempre dar prejuízo. As mesmas empresas controlam os terminais e cobram taxas altas delas mesmas. Por esse motivo vamos considerar a operação do terminal como subsídio do município.

1.4) Veículos. Financiamentos da compra do veículo e manutenção. Não tenho idéia de como ficam essas duas condições, então vamos chamar de "x".

2) Receita

2.1) Subsídios. Considerei a operação do terminal como subsídio.

2.2) Compra de passagem. Vamos supor que em média um ônibus tenha capacidade para 60 passageiros. E que ele funcional com um total de ocupação "k" considerando o total de cada viagem. Cada passagem custa "z".

2.3) Venda dos veículos antigos!?

(Para simplificar eu não generalizei todas as variáveis).

3) Sumário:

3.1) Custo diário = 785+270=R$1055 (fixo) + x (variável).

3.2) Receita diária = k * z * 60.

4) Cenários:

4.1) Passagem a R$1 real e 50% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 0.5) * 1 = R$1080.

4.2) Passagem a R$1 real e 75% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 0.75) * 1 = R$1620.

4.3) Passagem a R$1 real e 100% de lotação média com custo variável zero: 1055 + x = 36 * (60 * 1) * 1 = R$2160.

Claro que é uma estimativa grosseira, mas não me parece que passagem a R$1 seja viável a não ser que muitas das viagens sejam curtas e o número de passageiros/trecho supere em muito a capacidade do ônibus por viagem.

A sua última frase é o x da questão, ao menos aqui no Rio. 50% de lotação média aqui é minoria. Ônibus no Rio é sempre, sempre cheio. Nunca falta gente pra lotar os ônibus e eu mesmo já fiquei esperando a mais no ponto por causa de motorista que passou direto. Má educação? Não, lotação esgotada mesmo!

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A sua última frase é o x da questão, ao menos aqui no Rio. 50% de lotação média aqui é minoria. Ônibus no Rio é sempre, sempre cheio. Nunca falta gente pra lotar os ônibus e eu mesmo já fiquei esperando a mais no ponto por causa de motorista que passou direto. Má educação? Não, lotação esgotada mesmo!

Mas é cheio no horário de pico? Ou em todos os horários? 60 lugares como eu coloquei é o ônibus comum contando pessoas em pé (algumas prefeituras trabalham com ônibus de 65 e até 75 - sem contar os articulados).

Um dos problemas que eu vejo aqui é que no horário de pico é lotadaço, com gente espremida na porta nas principais linhas, mas que no meio da tarde, antes das 7 da manhã, depois das 8 da noite fica bem menor em várias linhas (até a saída da aula).

E os ônibus que lotam em geral são "troncais" ou tem a maioria entrando em um lugar (terminal de integração) e saindo em massa alguns poucos pontos (como a universidade).

Precisaria de mais detalhes obviamente, mas é como disse, se fosse R$3 e tivesse qualidade era outra história. O Rio, por exemplo, tem uns BRTs novos de bom padrão.

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`Por conta do aumento da passagem, tá valendo mais eu ir de carro pra faculdade e pagar 70 pila por mês de estacionamento, que pegar dois ônibus pra ir e dois pra voltar. E isso tá muito errado, parceiro.

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Mas é cheio no horário de pico? Ou em todos os horários? 60 lugares como eu coloquei é o ônibus comum contando pessoas em pé (algumas prefeituras trabalham com ônibus de 65 e até 75 - sem contar os articulados).

Um dos problemas que eu vejo aqui é que no horário de pico é lotadaço, com gente espremida na porta nas principais linhas, mas que no meio da tarde, antes das 7 da manhã, depois das 8 da noite fica bem menor em várias linhas (até a saída da aula).

E os ônibus que lotam em geral são "troncais" ou tem a maioria entrando em um lugar (terminal de integração) e saindo em massa alguns poucos pontos (como a universidade).

Precisaria de mais detalhes obviamente, mas é como disse, se fosse R$3 e tivesse qualidade era outra história. O Rio, por exemplo, tem uns BRTs novos de bom padrão.

Há alguns poucos horários onde o alívio é maior, mas geralmente a lotação é alta e no horário de pico é superlotado.

E os BRTs tem bom padrão sim, precisa ser pra receber tanta gente porque apesar de ser um serviço novo tem muuuuuuuuuuito usuário.

Por causa disso que acho que R$1 na passagem é um preço justo pro passageiro e continua sendo superavitário pras empresas. O problema é nego parar de superfaturar!

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Podem me xingar mas eu já acho absurdo o pessoal da terceira idade pegar bus de graça. Na moral, quando eu morava em cidade maior e dependia de bus, tinha horários onde o pessoal de idade lotava os bus, e não pagava...

Ficava pensando que isso era um pouco injusto, mas devo ser só eu que penso assim.

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      Por Bikas
      Bom, o título é péssimo, eu sei, mas foi exatamente o que pensei quando lembrei do fórum. Muito, muito tempo que não entro aqui. Entrei no meu perfil antigo e o último acesso é de 2017, mas mesmo nessa época lembro que já entrava bem pouco por causa da faculdade. Nem lembro a senha.
      Instalei um SSD no notebook ontem e lembrei do FM, tô baixando e decidir dar uma olhada em como estava o fórum. Perdi o contato com todo mundo, as vezes ainda falo com  o Jonera pelo Twitter e falei com o Emerson Araújo no ano passado.
      Pelo que vi ainda tem uma galera boa aqui. Henrique, Bernardo, Lowko é Powko, Léo Reis, ggpofm e Bruno Trink. Não vi Ariel, Ne0 (lembrei dele esses dias por causa da Covid em Manaus, espero que esteja tudo bem) e nem o Matheus. Jogamos muito Dota 2 e eu era ruim demais. Eles ainda participam? Bernardo aparentemente virou cientista político (pode virar fonte!). Lembro que ele não parava de falar do Chomsky e por alguma razão eu achava que era um pensador ucraniano... 
      Acho que aqui foi por um bom tempo o espaço que pude exercitar minha vontade de escrever na adolescência: contava saves no Profissão: Manager (cheios de erro de português, mas tá valendo!), participei de um projeto Redação Fmanager, acho que tocado pelo Henrique, em que escrevíamos alguns textos sobre futebol. Lembro que algumas pessoas como o Emerson e o Jonera estavam fazendo Faculdade de Comunicação (acho que tinha mais gente, como o Renato e o rafinha13) e foi bem legal.
      Eu acho engraçado como são as coisas porque já havia vários sinais que eu gostava de escrever e de alguma forma viraria jornalista, mas nunca me toquei. Inclusive, quase fiz outras faculdades. Me formei no meio do ano passado em Jornalismo na UFJF, fiquei uns dois meses procurando emprego e acabei conseguindo uma vaga como repórter de política em um jornal de Belo Horizonte. Hoje cubro principalmente o governo Zema e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
      Vou tentar acessar mais o fórum (tô de folga até segunda, amém) e me inteirar das novidades. Vi que tá rolando umas entrevistas com os membros. Achei muito legal.
      Enfim, tô curioso para saber como está a vida de vocês, onde estão morando, se houve mudanças grandes etc. Galera teve filhos? Casaram? Foram morar no exterior?
      Abraços!
       
    • Luiz A. Borel
      Por Luiz A. Borel
      Lembro-me que tinha um tópico sobre isso, mas não encontrei na busca e criei outro pra falarmos de tattoo. 
      Tenho três, mas duas são maiores (e ainda tenho que terminá-las). 
      Na perna esquerda, tenho um urso. Foi a primeira que fiz. Pretendo fazer uma cobertura nela, para encaixar no estilo das outras que tenho.
      No braço esquerdo, tenho uma maori, que estende até o meio do peito, onde começa a parte biomecânica com o coração em homenagem ao Boca (que muitos duvidam, mas é o time que torço), que vai até o punho do braço direito (vou procurar a foto da parte do antebraço e edito aqui). Essa é a que pretendo terminar de fechar quando passar a pandemia. 
      Na perna-esquerda, também tenho no estilo biomecânico, ocupando toda a perna e cobrindo uma cicatriz cirúrgica.
      Tenho em mente, além da cobertura que citei, algo para as costas. Já me ofereceram ser tela em uma exposição e fechá-la com outro maori, mas não é o que busco.
      Quem mais gosta das tattoos? Postem aí, heheh. 
      Pra moderação, caso esteja na área errada ou com tag errada, peço que ajeitem. 🙂 
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