São Paulo Bastidores do Tricolor: Guerra política

[Neto Marques]

Notícia do Lance! do dia 10/09/14:

Presidente do São Paulo detona gestão de Juvenal: 'Pior do que eu imaginava'

Aidar diz que 'faz milagre' para pagar dívidas, afirma que 'o São Paulo parou no tempo'. Antigo presidente e aliado, Juvenal também não escapa das críticas: 'ultrapassado'

LANCEPRESS! - 10/09/2014 - 11:47 São Paulo (SP)

Aidar fez duras críticas à antiga gestão do clube (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)

Carlos Miguel Aidar chegou à presidência do São Paulo com o apoio irrestrito de Juvenal Juvêncio, que o lançou como sucessor. No entanto, a parceria não impediu que o atual mandatário do clube criticasse o antecessor. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira, Aidar detonou a gestão de Juvenal, do modo como o antigo comandava ao estado que deixou o clube.

- Encontrei o São Paulo muito pior do que imaginava, com pessoas acostumadas a vantagens. Viagens para diretores, conselheiros, passagens, hospedagens. Eu vendi 20 carros. Serviam para quê? Diretor com carro e motorista por conta do clube... Meu carro está aí na porta, eu dirijo. O São Paulo parou no tempo - disse Aidar em entrevista ao jornal.

O cartola não parou por aí, segundo ele relata, o clube está pagando mais de R$ 2 milhões por mês com dividas bancárias. Aidar afirma estar "fazendo milagre" para dar conta do recado mas que mesmo assim, não deixa atrasar salários.

- Peguei o São Paulo com R$ 109 milhões de divida. Aumentei R$ 22 milhões que é a contratação do (Alan) Kardec e o imposto sobre ela. Vou compensar agora, recebendo € 5,4 milhões pelas vendas de Douglas e Lucas Evangelista. O São Paulo é um clube viável? É. Mas gastou mais do que podia. Estou fazendo milagre, pago R$ 2,3 milhões por mês de juros bancários. Não bastasse tudo isso, tenho fogo amigo. Até o fim do ano que vem eu equilíbrio as finanças, mas disputando título porque eu não posso vender o time e brigar para não cair. Salário eu não atrasei nenhum. - disse o presidente, que falou ainda que os bichos referentes aos dois últimos meses serão quitados nesta quarta.

Nem Juvenal Juvêncio, aliado político e ex-presidente do clube escapou das críticas de Aidar. Juvenal ainda faz parte do clube e é o diretor de futebol amador, além de comandar as categorias de base do CT de Cotia. Mas Aidar não se mostrou satisfeito com o trabalho que vem sendo realizado pelo outro cartola.

- O jeito dele gerir é ultrapassado. A base deveria produzir mais jogadores. Ela meio que se isolou, como se fosse separada. O Juvenal tem que se entrosar mais com a gestão atual. A base, é o futuro do São Paulo. Mão dá para contratar um Alan Kardec por semestre - disse.

Carlos Aidar assumiu a presidência tricolor em abril deste ano (eleito com 133 dos 140 votos apurados). Sua gestão vai até abril de 2017 e o estatuto permite reeleição.

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Notícias da Gazeta Esportiva de hoje:

Em guerra política, Aidar demite Juvenal Juvêncio da direção da base

A guerra política do São Paulo ganhou ainda mais força nesta segunda-feira. O ex-presidente Juvenal Juvêncio, que ocupava o cargo de diretor das categorias de base do Tricolor desde a eleição de Carlos Miguel Aidar, foi desligado da função.

A briga entre o atual e o antigo presidente se tornou pública na semana passada, depois que Aidar fez duras críticas à gestão de Juvenal em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. O ataque resultou em uma resposta do ex-mandatário por meio de uma carta, na qual descartou a chance de pedir demissão.

Porém, Juvenal Juvêncio não se sustentou na função por muito tempo, já que, nesta segunda-feira, Aidar comunicou a demissão ao ex-presidente, seu antigo aliado. O presidente só se pronunciou sobre o assunto por meio de nota oficial.

“Comunico o fim da colaboração do Dr. Juvenal Juvêncio na diretoria por mim presidida. O São Paulo Futebol Clube reconhece a importante contribuição que Juvenal sempre deu ao clube, primeiro como diretor, depois como presidente e por último como diretor novamente”, informou o dirigente, em trecho da nota.

Aidar também deixou claro que o clube seguirá outra linha. “Neste momento em que o São Paulo Futebol Clube trilha novos caminhos, agradeço pessoalmente o empenho de Juvenal durante tantos anos e presto minha homenagem a esse grande são-paulino”, acrescentou.

Apesar de ter sido eleito justamente com apoio de Juvenal Juvêncio, o presidente vem promovendo uma reformulação no São Paulo, aproximando-se da oposição e realizando corte de funcionários.

http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2014/09/sao-paulo/em-guerra-politica-juvenal-juvencio-perde-cargo-no-sao-paulo.htm

Após demissão de Juvenal, vice-presidente deixa gestão de Aidar

Luiz Ricardo Fini, São Paulo (SP)

A demissão de Juvenal Juvêncio do comando das categorias de base do São Paulo gerou a reação dos aliados do ex-presidente. Poucas horas depois da saída do antigo mandatário, Roberto Natel informou a Carlos Miguel Aidar que não seguirá na função de vice-presidente do clube.

“Não posso continuar na diretoria a partir do momento em que o presidente não foi justo com aquele que o colocou lá. Depois que deixou de ser presidente, ele (Juvenal) não apareceu no clube e não deu entrevistas, deixando o Carlos Miguel trabalhar”, afirmou o agora ex-dirigente do clube, em entrevista por telefone à GE.net.

Natel explicou seus motivos a Aidar quando renunciou ao cargo. “O Carlos Miguel veio com a desculpa de que fizeram fofoca da filha dele e colocou a culpa no Juvenal. Mas o presidente do São Paulo tem que se sentar na cadeira e saber administrar, e não escutar fofocas. Falei que ele está errado, incorreto.”

A filha do atual presidente, Mariana Aidar, deixou o cargo de assessora da diretoria recentemente, depois de ter sofrido críticas de conselheiros. Agora, a guerra política no clube gerou um racha na própria gestão do atual presidente.

Roberto Natel reclama ainda por Aidar ter criticado a situação financeira do Tricolor. “Ele jamais poderia ter falado da dívida do São Paulo, que é completamente administrável”, acrescentou.

Sem saber se outros aliados de Juvenal também deixarão a diretoria, Natel acha que seu pedido de demissão já era esperado. “Ele (Aidar) já estava querendo isso”, declarou o ex-vice-presidente, que fez parte da diretoria também na gestão anterior.

http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2014/09/sao-paulo/apos-demissao-de-juvenal-vicepresidente-deixa-gestao-de-aidar.html

Notícia do Lance! de hoje:

Juvenal chama Aidar de traidor e diz que ele quer demitir Muricy

Em entrevista ao Portal UOL, ex-presidente dispara contra o sucessor, após ser destituído do cargo de diretor da base. Ele acusa Aidar de oferecer cargos à oposição

Juvenal Juvêncio estava decidido a não alimentar a crise do São Paulo publicamente, mas voltou atrás depois de ser destituído do cargo de diretor de futebol da base pelo presidente Carlos Miguel Aidar. Juvenal chamou seu sucessor de "traidor vil" e disse que ele quer demitir até Muricy Ramalho.

- É um traidor. Aliás, eu falei isso para ele. Um traidor vil. Quando cheguei, ele disse que eu não poderia mais ficar pois estou querendo mandar. Hoje foi só a quarta vez que fui ao Morumbi desde que deixei a presidência. Na terceira vez, fui com minha mulher para entregar uma gravata de presente a ele pelo aniversário. Hoje foi a quarta vez. Falei para ele: "Você está querendo demitir o Muricy no fim do ano, o Gustavo (de Oliveira, gerente de futebol], o Milton Cruz - afirmou o presidente, em entrevista ao Portal UOL.

Pela primeira vez, Juvenal admitiu que errou ao escolher Aidar como seu sucessor na última eleição, em abril deste ano. Na época, ele optou pelo atual presidente em detrimento de Carlos Augusto de Barros e Silva, seu aliado há anos, Adalberto Baptista, Roberto Natel e Julio Casares, outros pares.

- Cometi um grande equívoco, um grande engano. Carlos Miguel ficou 24 anos longe do clube, depois me procurou porque queria ser presidente. Ele não ia em reunião do conselho, não dava a menor bola. Mas agora piorou demais da conta. Está maluco. Cheguei a dizer para ele: "você fez tratamento de beleza e tomou algum remédio que machucou seus neurônios". O Carlos Miguel vai muito mal no negócio do São Paulo, claro que não posso falar, mas tenho que falar. Ele se ocupa muito de coisas pequenas - disparou.

Juvenal também disse que Aidar está arquitetando a volta da oposição ao clube para emplacar o projeto de reforma do Morumbi.

- Ele está fazendo um acordo com a oposição que é um acordo vil, para aprovar a cobertura. Está dando cargo - afirmou.

Carlos Miguel Aidar não quis comentar as declarações de Juvenal. Pelo menos publicamente, ele sempre elogiou Muricy e garante que ele será treinador do clube até quando quiser. O contrato vai até dezembro de 2015.

Sobre o acordo para emplacar a cobertura, o dirigente realmente tem estreitado relação com Marco Aurélio Cunha, principal líder da oposição. No entanto, Marco disse que ainda não viu o projeto e que vai se pronunciar quando for analisado. Ele também nega que tenha recebido convite para algum cargo.

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Tá certo que briga política raramente tem seu lado positivo, ainda mais em um momento que o time está reagindo no campeonato e brigando pelo título.

Mas gostei muito dessa atitude do Aidar. Tirando regalia e fazendo o Juvenal e sua corja largar o osso.

Queríamos que a oposição vencesse para que o SPFC voltasse a se modernizar e ser competitivo novamente. Isso não aconteceu, porém ao que parece o próprio Aidar é que está querendo criar um novo bloco político e com apoio tanto do Kalil como do Marco Aurélio. Ele sabia que se não fizesse isso dificilmente teria autonomia para fazer todas as mudanças que ele sempre sonhou, principalmente com relação a administração da base e do futebol, que já sabíamos ser totalmente diferente do que o Juvenal sempre fez.

Sobre demitir o Muricy, acho mais que é o Juvenal querendo tumultuar. Até pq o Aidar sempre deixou claro que enquanto ele for presidente, o Muricy será o treinador. Só sai se quiser. E mesmo após eliminação na Sul-americana e mal momento no pós Copa, em momento algum o Aidar pressionou o Muricy. Aliás, o Muricy nunca teve uma vida tão tranquila no SP mesmo sem conseguir ser campeão.

Os próximos capítulos prometem. Juvenal não vai deixar isso barato e mais gente deve sair, em respeito ao Juvenal. E eu espero que isso realmente aconteça. Quero um novo São Paulo.

[Bodu ®]

Como se sente Juju?

O ego foi ferido?

Sabe o que é traição? É alterar o estatuto de um clube na calada da noite, feito um roedor da pior espécie. É ferir não só membros honestos do clube, mas também uma torcida inteira, que virou chacota nestes anos de ditadura Juvenistica!

Quer falar de carater, ou de ingressos da Madona, carros com motorista e presentinhos para os seus pupilos?

A sua era acabou e o São Paulo muito em breve retornará ao modelo de gestão que lhe é de direito!

Viva a limpeza, mandou bem Aidar…nem eu achava que teria peito, e até agora está sendo uma grata surpresa!

[Leho.]

HAHAHAHAHAHAHA... tô adorando isso tudo! SE FODE AE, JUVENAL ANTENA DE MEEEEEEERDA!

E Neto, nesse caso a briga política tá nos trazendo mt coisa positiva cara, você mesmo já explanou bem a situação. Só acrescentando: o Aidar em entrevista à Folha criticou mt a gestão anterior, dando inclusive detalhes de vários abusos administrativos. O Juvenal na carta que enviou à imprensa para supostamente "rebater" as acusações, só fez menção à dívida [que o Aidar diz ter herdado de sua gestão], dizendo que não era bem aquele o valor e tal [mas também não disse qual seria o valor, né fdp?].

E o resto das acusações, seu merda? Só citou uma e ainda por cima nem conseguiu rebater direito?! Vai tomar no cu... o clube possuía quase 200 funcionários, sendo que metade disso daria conta das tarefas. E isso é só um dos abusos.

Sobre demitir o Muricy, tá mt na cara que é desespero do velho cachaceiro, ridículo querer atingir o Aidar dessa maneira:

Muricy recebeu telefonema para tranquilizá-lo: ninguém quer demiti-lo

Publicado em 15/09/2014, 20:25 / Atualizado em 15/09/2014, 20:26

por Paulo Vinicius Coelho

O primeiro ato da direção de futebol do São Paulo depois da crise envolvendo Carlos Miguel Aidar e Juvenal Juvêncio foi um telefonema para o técnico Muricy Ramalho. A direção de futebol informou a Muricy que não procede a informação, vindo de Juvenal, de que há o desejo de Muricy ser demitido.

A verdade é que a direção de futebol não estava satisfeita com o trabalho de Muricy um mês atrás, está satisfeita com o desempenho do time agora, mas mesmo no pior momento só cogitou avaliá-lo ao final da temporada. A premissa é não demitir em pleno andamento do campeonato.

Entre os correligionários de Aidar, há uma idéia de que a supremacia de Juvenal no Conselho Deliberativo já não é tão grande. A avaliação deste blog é que a conseqüência da briga é o desgaste de Aidar, que não tem maioria no Conselho. Quem está próximo ao atual presidente diz que ele já conseguiu se aproximar dos ex-presidentes, contrários a Juvenal no final de seu mandato. Fala-se de José Eduardo Mesquita Pimenta, José Douglas Dalora e Paulo Amaral. Isso é o que pode começar a equilibrar a disputa no conselho.

Pode ser... Pode ser...

A seguir cenas dos próximos capítulos.

E quanto à convidar membros da oposição, qual o problema nisso carajos? Juvenal tá bravinho por estar perdendo o controle majoritário do clube? Vai tomar no cu novamente seu bosta, tô achando lindo esse monte de puxa-saco seu pedindo o boné e se retirando do meu clube, seu merda do caralho.

Roberto Natel deixa seu cargo de vice-presidente do São Paulo

ESPN.com.br

Aliados de Aidar preparam convite a inimigo de Juvenal

Publicado em 15/09/2014, 18:37 / Atualizado em 15/09/2014, 18:39

blog Dois Toques

LUCAS BORGES

Marco Aurélio Cunha em evento da chapa de oposição do São Paulo

O maior opositor de Juvenal Juvêncio durante a última gestão, Marco Aurélio Cunha, tem escutado de aliados de Carlos Miguel Aidar que pode ser o sucessor do ex-presidente na diretoria de base, do qual foi demitido nesta manhã.

Ou seja, trocando em miúdos, o presidente tricolor pode trocar quem o elegeu pelo seu maior inimigo, o que seria o maior símbolo dessa nova gestão.

Marco Aurélio, por sua vez, não gostaria de assumir a função nessas circunstâncias, mas vê com bons olhos a área de formação de atletas - Cotia tem reconhecidamente as melhores condições para isso. Ele entende ainda que essa decisão não seria para seu apoio, mas sim como um capítulo da briga entre os dois dirigentes.

Marco Aurélio é um ótimo dirigente, mas gostaria de vê-lo na Barra Funda, e não em Cotia. Maaaaas... se for pra ser assim, menos mal, gosto bastante de suas ideias e sua forma de gestão.

[phoulis]

Sei la velho acho que o Aidar ta sendo meio cabaco. Pra que chutar o balde assim justo quando a fase ta otima?

Gosto dele e da gestao dele ate aqui, mas porra quantas vezes ele ja nao perdeu a chance de calar a boca.

[GNozaki]

Sei la velho acho que o Aidar ta sendo meio cabaco. Pra que chutar o balde assim justo quando a fase ta otima?

Gosto dele e da gestao dele ate aqui, mas porra quantas vezes ele ja nao perdeu a chance de calar a boca.

É porque isso é consequência do Aidar começar a mexer na casa pra arrumar o déficit financeiro. O Aidar começou a cortar gastos inúteis do clube (e se bobear até suspeitos), do tipo, vender uns 10 carros que eram do clube e só eram usados pra levar conselheiro pra lá e pra cá, a vontade. Tava encostado, não era útil pro clube, Aidar vendeu. Só que, por que eles estavam lá? Porque era assim que o Juvenal conseguia o apoio dos conselheiros. Com esses mimos e presentes, o Juvenal conseguia o apoio total dos conselheiros.

Uma hora tem que começar a consertar esses "vazamentos". Juvenal tá puto porque tá perdendo poder, e o cara que ele botou achando que ia ser uma marionete tá tentando botar pra funcionar.

[Leho.]

Duvido mt que esses entreveros políticos interfiram dentro de campo. Já dizia o outro: "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". A fase de Kaká, Ganso, Kardec e Pato não vai subir nem descer só porque o Juvenal tá putinho ou que o Aidar tá tocando o "foda-se" pra cima de conselheiro vagabundo puxa-saco dos infernos, não vai.

[Neto Marques]

Juvenal desesperado: http://www.lancenet.com.br/sao-paulo/Juvenal-Aidar-pessimo-presidente-arrependido_0_1212478917.html

Colocou ate a cobertura no meio Hauahuahauahua. Se fode ai Juvenal!!

Eu queria o MAC no futebol profissional também. Alem do Kalil. Mas parece que o Kalil não ta muito afim dessa parceria. Pode ser q ele queira continuar com seu bloco politico pra poder concorrer a presidente daqui três anos.

[Leho.]

https://www.youtube.com/watch?v=N0nyztHLkVI

Maluco não tá nem se aguentando mais... vai se tratar porra.

Reforma do Morumbi iniciou a crise Aidar x Juvenal. Situação política atual prejudica o presidente

Publicado em 15/09/2014, 17:25 / Atualizado em 15/09/2014, 17:41

por Paulo Vinicius Coelho

A notícia sobre suposto favorecimento do presidente CArlos Miguel Aidar com a empresa Serveng para fazer a reforma do Morumbi foi o estopim da crise com Juvenal Juvêncio. O atual presidente julga que foi Juvêncio quem produziu o vazamento da notícia. Não foi. A reforma do Morumbi é um projeto de Juvenal há mais de quatro anos. O estádio é hoje completamente diferente de dez anos atrás, embora ainda necessite de mudanças significativas.

Há duas questões no racha da direção são-paulina. Uma delas é a crise atual e suas razões. Outra, as consequências aparentes.

Há dez meses, Juvenal Juvêncio não tinha um candidato de consenso. Apostou durante um tempo em Adalberto Baptista, mas o fracasso do futebol provocou sua demissão. O candidato natural seria Carlos Augusto de Barros e Silva que não parecia ter o preparo para o cargo naquele momento. Não tanto quanto Carlos Miguel Aidar, apesar de afastado da vida política havia 25 anos. Porque o indicou apesar da distância política e comprou brigas com gente importante do conselho, como o atual presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, Juvenal se sente traído.

Aidar foi um dos grandes presidentes da vida são-paulina. Juvenal ganhou notoriedade em seu mandato, como diretor de futebol. As maiores conquistas da gestão Aidar vieram da formação de jogadores, estratégia conjunta definida por Aidar e Juvenal. Assim nasceram Muller, Silas, Sídnei... Os Menudos, campeões paulistas de 1985 e campeões brasileiros em 1986.

Aidar foi presidente da OAB e afastou-se do futebol. Nos últimos meses, Juvenal conviveu com o tratamento de uma doença. Isso tirou-o do dia a dia do futebol. A doença pode também tirá-lo do dia a dia da vida política do clube. Sair ou não de foco será determinante para o futuro de Aidar no clube.

Juvenal tem maioria no conselho. Se houver racha, será difícil Aidar emplacar um segundo mandato. A não ser que a saúde comprometa Juvenal Juvêncio nos próximos anos. O que é certo é que a briga não faz bem ao clube. Isto não é uma torcida. É uma análise do quadro político do Tricolor.

Discordo completamente do PVC nesse último parágrafo. Se fosse uma "briga" envolta apenas por picuinhas e disputas de ego, tudo bem, mas o que se discute é o "legado" que uma gestão deixou à outra, e a forma como o clube foi conduzido nos últimos anos.

Essa briga tá expondo várias feridas não-cicatrizadas da gestão Juvenal, que teve méritos em algumas frentes, mas também parcela de culpa em outras. E se servir pra fechar tais feridas, mandando embora todos aqueles que atravancam o clube em seu desenvolvimento político, que assim o seja.

Não tem mal algum lavar roupa suja. Poderia não ser tão em público, mas agora que já externaram, pouco adianta querer cobrir os fatos.

[Neto Marques]

É. Só temos que tomar cuidado pra não virar um Palmeiras ou Vasco. Essa briga tem q se resolver logo. Não pode se prolongar muito para não acontecer como nos dois times que citei acima, pois ai sim seria péssimo para o time, como o PVC citou.

[Ricardo Bernardo]

16/09/2014 08h55 - Atualizado em 16/09/2014 08h55

Aidar contrata auditoria e avisa diretores: "jeito Juvenal" acabou

Dirigente afirma que diretores cuidarão apenas dos assuntos relativos a suas pastas e cobrados por resultados. Caso não deem retorno, serão trocados

Por Marcelo Prado,

São Paulo

Carlos Miguel Aidar, novo presidente do São Paulo (Foto: Carlos Augusto Ferrari)

A saída de Juvenal Juvêncio, demitido na última segunda-feira do cargo de diretor da base, foi apenas o ponto inicial da reformulação que Carlos Miguel Aidar pretende fazer no São Paulo. Além de promover cortes em todos os departamentos, reduzir despesas e ter uma empresa para fazer uma análise em todo o modelo de administração do clube, o atual mandatário contratou a Fundação Getúlio Vargas para auditar todos os contratos vigentes.

- O Aidar pediu que fosse feito um completo levantamento de todos os documentos. Seja contrato de fornecedor, de jogadores, de acordos publicitários. Tudo será examinado para ver se não existe nenhuma surpresa – afirmou uma fonte da diretoria ouvida pelo GloboEsporte.com.

Aidar tomou essa atitude porque ficou assustado com o modelo de administração que encontrou no clube quando assumiu o poder em abril deste ano. Centralizador, Juvenal tocava o São Paulo com o apoio de duas pessoas: Adalberto Baptista e Roberto Natel.

Baptista começou no marketing do clube e virou diretor de futebol logo após conseguir repatriar Luís Fabiano, em 2011. Só que, mesmo cuidando do dia a dia do futebol, Adalberto seguia avalizando todos os contratos de marketing. Do mesmo jeito, Natel, que trabalhava como vice-presidente social, cuidava também das vendas de shows, de camarotes e da questão dos ingressos.

- Não tem como fazer isso no mundo de hoje. Tudo só funcionava com o Juvenal. Enquanto tinha saúde, o São Paulo foi bem, conquistou títulos. Quando começou a ter problemas (o ex-dirigente tem câncer), ele delegou poderes. Aí, tudo deu errado. O modelo de administração encontrado pelo Aidar era completamente diferente do que o atual presidente imaginava - ressaltou a fonte.

Em reunião realizada na última segunda-feira, no Morumbi, Aidar reuniu todos os diretores. Logo após aceitar a demissão de Roberto Natel, que era vice-presidente, ele avisou para todos os dirigentes que, se alguém mais quisesse sair, era hora de falar. Todos manifestaram apoio à administração do atual mandatário, que havia acabado de demitir Juvenal Juvêncio do comando da base.

Na sequência, cada diretor recebeu uma cópia do estatuto do clube. Aidar disse que não há mais espaço para o modelo antigo de administração. Cada diretor terá de cuidar apenas de sua pasta e terá de trabalhar de acordo com o que está escrito no estatuto. O dirigente ressaltou aos diretores que, como em toda grande empresa, avaliações serão feitas periodicamente. Caso o resultado não for o esperado, mudanças vão ocorrer.

Ainda durante a reunião, Aidar avisou que nada irá mudar no futebol. E que Muricy Ramalho está garantido no comando do clube até o fim do seu mandato, assim como o auxiliar Milton Cruz e o gerente de futebol, Gustavo Oliveira, que foi colocado no cargo por Juvenal no ano passado.

GLOBOESPORTE.com

[Leho.]

Porra, aí sim... ainda não é meu sonho de consumo (profissionalização do futebol), mas chega próximo disso. E tomara que o pessoal da GV vá fundo nessa auditoria, com certeza de mt mais coisa podre nesses contratos e conchavos administrativos da era Juvenal.

[Vinicius Vaz / Gaúcho]

Não sou fã do Juvenal, mas esse Aidar pra mim ae tmbm não vale quase nada...

[Ricardo Bernardo]

Aidar por enquanto ta indo bem vamos ver se vai continuar assim

[Dan_Cunha]

E cai mais um coronel do futebol. Dualib, Eurico, Juvenal, é bom ver que o futebol brasileiro está se livrando dessas corjas. O SP só tem que resolver isto logo, pois agora JJ deve fazer de tudo para arrebentar o clube.

[Ricardo Bernardo]

Diretor entrega cargo no São Paulo e critica Aidar por falta de lealdade a JJ

Quarta-feira, 17/09/2014 às 12:48

por Martín Fernandez

As críticas do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, a seu antecessor, Juvenal Juvêncio, resultaram em mais uma baixa no clube. Rui Stefanelli, que ocupava a diretoria de Desenvolvimento, entregou seu cargo nesta quarta-feira. Stefanelli, que foi um dos conselheiros mais votados na última eleição, é sobrinho de Juvenal Juvêncio.

Em carta endereçada ao diretor de Planejamento e Desenvolvimento, Marcos Francisco de Almeida, Stefanelli faz críticas a Carlos Miguel Aidar. Diz que as críticas do presidente ao antecessor significou uma "quebra de tradição quase secular implantada pelos grandes cardeais são-paulinos, de resolver os problemas institucionais e divergências políticas intramuros".

Pelo mesmo motivo, Roberto Natel entregou o cargo de vice-presidente do São Paulo. No entanto, em reunião de diretoria realizada nesta semana, os demais diretores do clube manifestaram apoio a Carlos Miguel Aidar.

E cai mais um da corja.

[Vinicius Vaz / Gaúcho]

O problema disso Ricardo, é que agora vai ter uma guerra no conselho né, a base de apoio do JJ era fundamental pra o Aidar ficar mais tranquilo no mandato...Clube em guerra nunca dá certo...

[Leho.]

[...] Clube em guerra nunca dá certo...

E clube na mão de coronel, de ditador? Vaz, isso uma hora ou outra teria que acontecer, não dá mais pros clubes brasileiros serem gerenciados de forma tão AMADORA como o Juvenal acabou fazendo, caralho, nego não enxerga isso não? Não enxerga o quão PREJUDICIAL é para o clube ter 200 funcionários fazendo o trabalho de 90? Diretor tendo "mãos molhadas" pra apoiar o presidente? Do próprio presidente tomando TODAS as decisões sozinho, com apenas um ou outro puxa-saco dando-lhe segunda opinião?

Porra, é óbvio que pra romper com esse amadorismo e essa MA-MA-TA toda que vinha sendo a gestão do São Paulo cabeças iriam rolar e rusgas e disputas políticas iriam aparecer, isso é normal porra. O Aidar tá sendo até agora mt do sacudo pra bancar esse "choque de gestão", termo que pra mim define mt bem essa transição de mandatos. Se ele irá ter apoio do conselho não sei, e também pouco me importa (até porque isso diz mais sobre uma reeleição do que propriamente sobre a gestão direta). O que me importa é meu clube sendo inteligente com suas finanças, sem deixar de investir em infra-estrutura e na base de futebol.

[Vinicius Vaz / Gaúcho]

Eu concordo contigo Léo

Só acho que essa transição não pode ser feito em forma de guerra declarada, isso desgasta demais todo mundo e as vezes queima pessoas competentes...

E também não acho que o Aidar é diferente do JJ pelo que li das entrevistas dele...

[Leho.]

Eu concordo contigo Léo.

Só acho que essa transição não pode ser feito em forma de guerra declarada, isso desgasta demais todo mundo e as vezes queima pessoas competentes...

E também não acho que o Aidar é diferente do JJ pelo que li das entrevistas dele...

Se não fosse declarada, seria uma "guerra fria", o que daria no mesmo Vaz. Com a força que o Juvenal construiu dentro da cartolagem do clube, qualquer outro sucessor teria que passar por isso, não consigo imaginar uma forma mais "tranquila" de quebrar toda essa "rede de mimos e absurdos administrativos" criada pelo JJ eu seu tempo de mandato.

Não conheço o Aidar, quando ele atuou no SPFC eu era MUITO pequeno (84-88), mas até aqui ele tem se mostrado diferente (do Juvenal) sim, pelo menos conceitualmente. Se vai manter isso já são outros quinhentos, torço pra que sim, mas não dá pra ter certeza né.

[Ricardo Bernardo]

Concordo em tudo com o Léo vamos ver se o Aidar vai manter a gestão assim.