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O Zequinha foi o primeiro a voar


Léo R.

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O Zequinha foi o primeiro a voar

O Internacional foi o primeiro time gaúcho a conquistar o Brasil. O Grêmio, o desbravador da América e do mundo. O Cruzeiro ganhou a Europa antes de qualquer outro. Coube ao Esporte Clube São José, que completou 101 anos no dia 24 de maio, a honra de inaugurar o uso do avião como meio de transporte entre os clubes de futebol. Mas não apenas como uma equipe porto-alegrense, gaúcha ou brasileira. A viagem de duas horas e meia entre Porto Alegre e Pelotas, no dia 5 de junho de 1927, foi reconhecida pela Fifa, em 1992, como a primeira de uma delegação de um clube no mundo.

Às 10h15min daquele sábado gelado o Zequinha partiu para a sua maior aventura. A aeronave, batizada de Atlântico, era da recém inaugurada Varig e decolou direto das águas do Guaíba para pousar na Lagoa dos Patos. Nove jogadores e dois dirigentes entraram para a história como os pioneiros em viagens de avião.

A aventura foi organizada para que o time do bairro Passo D’Areia, zona norte de Porto Alegre, disputasse um amistoso contra o Pelotas, no Estádio da Boca do Lobo. A partida terminou empatada em 2 a 2, mas os gols e lances pouco são lembrados. O que entrou para a história foi a viagem a bordo do Atlântico, feito que nasceu de uma conversa do então diretor de futebol, Edgar Vielitz, com o secretário do clube, Moisés Antunes da Cunha, e foi bancado pelo Lobão, que havia convidado a equipe da Capital para o confronto.

– O pai sempre lembrava que o avião pulou muito no Guaíba. Deu vários saltos até pegar velocidade e levantar voo. Ele contava que deu um frio na barriga – conta o técnico Chiquinho, filho de Antonio Pedro Netto, um dos nove aventureiros de primeira viagem.

Aqui vale uma nota: 14 anos antes, Antonio Pedro Netto, então um guri de 11 anos de idade, fundava, junto com outros meninos, adolescente e jovens, o Esporte Clube São José, que nasceu no Centro e, aos poucos, se mudou para a Zona Norte. O pai do técnico Chiquinho foi também jogador, técnico e dirigente do Zequinha.

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Na ida, dois foram no porão do hidroavião

Ao lado do goleiro Bagre, Antonio Netto se ofereceu para viajar no porão do avião com a promessa de que, na volta, ocupariam uma poltrona. Isso porque a aeronave só tinha nove assentos. Além da falta de lugares, o comandante do voo, o alemão Rudolf Cramer von Clausbruch, se preocupava com o peso que levaria no hidroavião. Assim, os passageiros foram escolhidos de acordo com a soma do peso total do grupo. Mesmo assim, Rudolf teve que aceitar a carga extra dos capotes pesados, então um costume da moda masculina, devido aos 10°C registrados naquela manhã de outono.

Antes da viagem, o presidente do São José, Waldemar Zapp, ordenou que todos os aventureiros fossem fotografados individualmente e junto ao avião. O objetivo do cartola era guardar uma lembrança dos viajantes em caso de acidente. Na foto oficial, Antonio Netto aparece com um fardo entre as pernas. A filha Susana, irmão de Chiquinho, explica:

– Os jornais de sábado da Capital costumavam chegar a Pelotas apenas na quarta-feira seguinte. Então, o pai levou 30 exemplares do Correio do Povo para vender. O dinheiro foi usado para pagar a janta da delegação após o jogo.

Como apenas 11 pessoas cabiam no avião, o tesoureiro João Leal da Silva e os jogadores Odorico, Benedito e Berlina, pegaram um de barco rumo à Pelotas na quinta-feira anterior ao jogo. Não há registro nas atas do clube sobre quem participou do voo de volta.

Pioneiros

Segundo registro nas atas das reuniões do São José, essa é a lista da delegação que viajou a Pelotas de avião. Não há dados sobre a viagem de volta.

Foram de avião:
- Alberto Moreira Haanzel, o Bagre
- Walter Raabe
- Alfredo Cezaro, o Pinho 1
- Cesar Cezaro, o Pinho 2
- Clovis Carneiro Cunha
- Dirceu Silva
- Antonio Pedro Netto
- João Nicanor Leite, o Nonda
- Álvaro Kessler
- Carlos Albino Müller Pires, chefe da delegação
- Moisés Antunes da Cunha, secretário

Foram de navio e teriam voltado de avião:
- Walter Kennemann, o Berlina
- Benedito
- Odorico Monteiro
- João Leal da Silva, tesoureiro

Fonte: http://impedimento.org/o-zequinha-foi-o-primeiro-a-voar/?fb_action_ids=698887300157460&fb_action_types=og.likes&fb_source=other_multiline&action_object_map=%5B805154399503105%5D&action_type_map=%5B%22og.likes%22%5D&action_ref_map=%5B%5D

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Mais um belo texto do Impedimento, o que mais me chamou a atenção, foi o fato de eles irem de NAVIO até pelotas.

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o que me espanta é ter um avião entre pelotas e porto eahiueahieaiuhuhaeiuehuehe

essa viagem até hoje é turbulenta pra caralho, imagino nessa epoca ai kkkk

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o que me espanta é ter um avião entre pelotas e porto eahiueahieaiuhuhaeiuehuehe

essa viagem até hoje é turbulenta pra caralho, imagino nessa epoca ai kkkk

Mas deve dar menos de meia hora de viagem não?

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