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[Galford Strife]

Bastion

Bastion: uma aventura em construção que só os games podem contar

Todos nós gostamos de histórias, seja ouvindo, assistindo, lendo ou jogando. Ã uma das poucas coisas que nos une como espécie desde que decidimos que seria legal sair das cavernas, montar cidades, construir coisas e matar uns aos outros. Ou talvez até antes disso. Mas a única coisa que mudou desde que Homero escreveu sua Ilíada até hoje é a maneira como contamos essas histórias. E Bastion é um belo joguinho que mostra como os jogos eletrônicos podem contar histórias de maneiras únicas.

Para seguir as tradições do jornalismo, podemos dizer que o jogo é "um RPG de ação com visão isométrica nos moldes de Zelda e Children of Mana". Mas seria um desrespeito ao primeiro trabalho da Supergiant Games, um estúdio composto por apenas sete pessoas, descrever Bastion assim. Nenhuma dessas avaliações pré-fabricadas faz muito sentido aqui, principalmente porque a relevância de Bastion não está em seu gênero, nem em suas mecânicas e muito menos no seu "fator replay". O que nos fisga é a história, ou, ainda melhor, a maneira como essa história é construída.

Uma aventura em tempo real

Você controla um garoto-herói sem nome que precisa salvar sua cidade, Caelondia, de uma tal "calamidade" que está destruindo tudo. Você segue, guiado por um sábio senhor, em busca de "cores", pedras especiais que podem fazer tudo voltar ao normal. Pelo caminho você mata dezenas de inimigos, coleta novas armas e evolui com o uso de bebidas especiais. Passa por cenários vibrantemente coloridos, acompanhado de uma excelente trilha sonora.

Até aí, eu poderia estar descrevendo algum Zelda. A base é a mesma, apesar de Bastion deixar de lado a exploração e os puzzles em prol da ação sem pausas, constantemente desafiadora e por vezes até frustrante. Bastion é um jogo difícil, e se você não aprender rápido a se adaptar às novas complicações que aparecem a cada nova fase, você vai morrer, e muito. Ainda existem desafios extras que você pode acrescentar através de um sistema de adoração aos deuses. Em Bastion, adorar os deuses significa monstros mais fortes e outras complicações para sua vida, em troca de recompensas um pouco mais generosas. Ironia?

Mas o que não falta no mundo são jogos de ação desafiadores, ainda mais "com elementos de RPG". Até aí, Bastion seria apenas um jogo bom. Mas o que transforma ele em algo especial é a maneira como sua complexa história é narrada. A começar por um detalhe simples, negligenciado pela grande maioria das narrativas modernas: Bastion assume que você não é um completo idiota.

A recompensa é a história

Não há maneira fácil de dizer isso. Muitos jogos acham que os jogadores são completos retardados que precisam que cada mínimo detalhe da trama seja mastigado e despejado em suas mentes de forma linear, simplista e passiva. Como uma cartilha escolar dizendo "o peito do pé de Pedro é preto". Uma herança maldita que recebemos da escola hollywoodiana de contar histórias em seus filmes.

E Bastion é admirável porque chuta isso para longe. No jogo, a trama se revela aos poucos, de forma esparsa, como resmungos de um velho que tem o mau hábito da digressão. E você vai juntando essas peças ao poucos, nos momentos de alívio entre as fases cheias de correria e preocupações com a sua barra de vida, que teima em se esgotar de maneira assustadora.

Antes que você perceba que, sim, a história está sendo contada em tempo real, já está fisgado pelo universo de Bastion. Você não recebe tudo de mão beijada desde o começo, acaba transformando a história na principal recompensa. Entender o que realmente está acontecendo com Caelondia e com seus habitantes talvez seja o maior "achievement" de Bastion. Isso se torna bastante óbvio nas três dificílimas fases opcionais em um "mundo dos sonhos", em que você precisa derrotar hordas quase infinitas de inimigos só para ouvir o narrador contar a história do "Kid" e de seus colegas de aventura.

Eu mencionei um narrador? Pois é, Bastion tem um, ele se chama Rucks, e é bastante importante. Mais importante que você. Ele é o que faz de Bastion um jogo único.

Seguir matando ou ouvir o narrador?

Rucks não é um narrador comum. Isso porque narradores em games tendem a ser projeções da consciência do protagonista, diálogos de "briefing" entre fases ou, no máximo, uma pequena introdução dramática ao foco da narrativa, quase sempre o jogador.

Rucks, por outro lado, simplesmente não cala a boca. Ele é a primeira e última voz que você ouvirá pelo jogo, ele vai lhe acompanhar por toda a jornada e vai até narrar os "diálogos" que você tiver com outros personagens. E o que ele está narrando? Você. Mate um inimigo, e o narrador vai dizer o que aconteceu. Caia de um abismo, e ele vai rir da sua cara. Pegue um novo item, e ele vai descrever o que é aquilo sem fugir do seu papel como narrador, muitas vezes sarcástico e irônico. O silêncio dele a cada vez que você despenca do céu, caindo de cara no chão [spoiler: no início de cada uma das fases] deixa tudo ainda mais especial.

São mais de 3.000 linhas de fala, competentemente dubladas pela voz forte e marcante do ator iniciante Logan Cunningham. Rucks é o primeiro narrador onisciente que já vi em um videogame. [Nota do editor: voz competente, mas que ainda segue o clichê de "narrador de trailer rouco e misterioso". Pode fazer sentido no final (ainda não terminei), mas por enquanto é só irritante]

No começo, você pode até estranhar um cara falando o tempo todo enquanto você joga, descrevendo o que você acabou de fazer, como se fosse aquele amigo "sabe tudo" que só faltava pegar o controle da sua mão. Talvez até te incomode o fato de Ruck ser muito mais interessante do que você nessa história. Mas com o tempo você se acostuma e se afeiçoa por Rucks, e a expectativa pela próxima fala suprime até mesmo os cuidados com seu herói. Quantas vezes morri porque estava mais interessado no que o narrador tinha a falar do que no que nos monstros que me atacavam?

E é isso que faz Bastion deixar de ser apenas um bom RPG de ação e se transformar numa nova e excelente maneira de contar histórias nos videogames. Ao terminá-lo, você está tão imerso na conversa daquele velho sábio que se pergunta se foi você mesmo que fez tudo aquilo. Será que você não é apenas mais uma ferramenta na máquina narrativa?

Você se sente usado por Bastion. Quem está no controle, afinal? O narrador ou você? Eu não sei responder a essa pergunta. Tudo o que consegui fazer foi começar um jogo novo e ouvir a história novamente. Só para garantir que não perdi nenhum detalhe.

A história leva em média 6 horas para ser finalizada. Depois de finalizar o game, o jogador pode escolher a opção New Game Plus. Nesta opção você irá começar o jogo com tudo que pegou durante o jogo anterior, porém o desafio será muito maior. Também existe um modo de desafios onde o jogador irá desafiar ordas de inimigos. O sistema online do jogo se resume a um placar que mostra as pontuações dos amigos. Não há cooperativo online e nem mesmo offline. O game é inteiramente em single player.

Bastion

Published on 28 de Julho de 2011, by Luiz Henrique Aique - Posted in XBOX 360 3

Bastion

9.0 Overall Score

Gráficos: 10/10

Jogabilidade: 8/10

Diversão: 9/10

Narrativa cativante |Gráficos de pintura feito a mão | Sistema de combate

Mira automática muitas vezes confunde

Ficha Técnica

Antes de comprar o game, a primeira coisa que fiz foi baixar a versão de teste pra ver como era a mecânica do jogo e se a compra fosse de fato obrigatória. Não precisou mais de 10 minutos para gastar 1200 pontos da minha conta americana, já que o game ainda não pintou na Xbox Live tupiniquim. Me encarreguei de analisar o jogo e escrever para os leitores do G4G Brasil.

Bastion é um jogo de ação que possui algumas pitadas de RPG. Na história o jogador controla The Kid, um jovem que acorda após o “fim do mundo”. Calamity dominou tudo que restou, e a missão de The Kid é restaurar Bastion – ilha que encontra-se flutuando no céu – capturando pedaços do “universo” que estão em várias partes do jogo.

A primeira impressão positiva que temos ao começar o jogo é justamente os belos gráficos, já que foram feitos inteiramente a mão. Sem dúvidas é uma bela obra de arte que vale destaque. Neste quesito lembra muito o jogo Braid.

Para lhe auxiliar na jornada, os produtores incluíram uma narrativa muito envolvente e que surge sempre, seja nos principais fatos do jogo ou ao morrer inúmeras vezes no mesmo lugar. Além disso, a voz da narrativa caiu como um luva.

Logo no início o jogador encontra os tipos de armas que irá usar ao longo da história. Trata-se de uma arma corpo-a-corpo, uma arma de longo alcance, e uma arma especial que mata vários inimigos ao mesmo tempo se utilizá-la no momento certo. Todas essas armas podem receber upgrades. O jogador pode deixá-las com mais precisão ou então com mais força.

Na parte da ação os jogadores menos habilidosos podem ficar meio frustados, uma vez que a pancadaria exige coordenação motora e bons reflexos, além de escolher as armas certas para o combate. Para as armas corporais o jogador pode escolher entre um machado lerdo, porém forte, ou então uma espada ágil, porém de força mediana. Para longo alcance temos um arco e flecha que dispara muitas flechas, ou então um arco e flecha que dispara uma flecha por vez, porém devastadora, além de outras armas de fogo. Além disso existem vários tipos de armas especiais. Claro que só é possível escolher uma, e o uso dela consome um pote de poção. O jogo lhe dá a opção de trocar de arma sempre que visitar Bastion. Com isso, o jogador pode escolher as armas que mais lhe agradam na hora do combate.

A customização não se resume apenas nas armas do game. The Kid também pode ser melhorado em alguns aspectos como o seu ataque, ou então na sua resistência contra ataques inimigos. Durante a partida o jogador recebe pontos durante as ações. Estes pontos servem justamente para evoluir as armas e o personagem.

A história leva em média 6 horas para ser finalizada. Depois de finalizar o game, o jogador pode escolher a opção New Game Plus. Nesta opção você irá começar o jogo com tudo que pegou durante o jogo anterior, porém o desafio será muito maior. Também existe um modo de desafios onde o jogador irá desafiar ordas de inimigos. O sistema online do jogo se resume a um placar que mostra as pontuações dos amigos. Não há cooperativo online e nem mesmo offline. O game é inteiramente em single player.

Bastion é mais um belo Arcade e que abre a temporada de verão da Xbox Live Americana em grande estilo. Com gráficos coloridos e feitos a mão, o universo é fascinante e possui uma narrativa envolvente. Embora os jogadores mais casuais possam ter algumas dificuldades na jogabilidade, Bastion é uma viagem fascinante que merece atenção de todos os tipos de jogadores.

Gráficos: 10/10

Jogabilidade: 8/10

Diversão: 9/10

Média: 9/10

Fontes: Gamevício e Game 4 Gamers Brasil

Mto bom o jogo, narrativa mto foda e engraçada algumas vezes... e não ocupa mto espaço no HD, uma bela obra de arte mesmo, e tem pra X Box 360 tb...

Editado Outubro 26, 2011 por Galford Strife

[Galford Strife]

o tópico morreu?

[John the Baptist.]

Acabando de baixar o Fallout New Vegas. :fovhappy:

Melhor/pior/mesma coisa que o Fallout 3?

[Gabiruff]

Melhor/pior/mesma coisa que o Fallout 3?

Praticamente a mesma coisa, usaram a mesma engine, logo não teve nenhuma mudança brusca de jogabilidade. Mas o jogo é muito bom(eu pelo menos sou fã, já zerei ambos hiOHaeioioe). Vale a pena jogar se você gostou no 3. Novas armas, perks e tal.

Eu tenho jogado muito mesmo só FM12 haeiheaoea, fora isso as vezes jogo Assassins Creed : Brotherhood, CitiesXL, Civilization V, GTA IV, F1 2011. Esse Bastion que falaram logo acima é legalzinho, mas estou esperando MESMO o Diablo III :D

[ZMB]

Guiga, é bem como o Gabiruff disse, a engine é a mesma, mas o jogo em si é melhor que o 3.

Se tu curte Fallout, recomendo jogar o 1 e o 2, que são os melhores.

[SilveiraGOD.]

Finalmente virei Dragon Age 2. Achei bem bacanudo. As skills são muito boas e tem uma diversidade sem fim delas. Só achei que no quesito enredo ficou bem abaixo do Dragon Age 1. Antes era um negócio mais sobrevivência e contra orcs, dragões, árvores e o escambau. Ai passou mais pra humano x humano. Perdeu um pouco do "piquismo" do primeiro jogo. Mas a jogabilidade ta muito melhor.

Tomara que saia um terceiro unindo as duas coisas e fazendo um puta jogo.

PS: COMI A MERRIL, TO MITANDO!

[Vaughan]

Kra, o Dragon Age 1, é o que vem com nome 'Origin'?

[twitch.tvstayheavy87]

Kra, o Dragon Age 1, é o que vem com nome 'Origin'?

Yes man.

[SilveiraGOD.]

Alguém conhece outro jogo no estilo de Dragon Age? Eu até encontrei uns, mas achei muito abaixo, principalmente os monstros e as skills, ai broxei um pouco e acabei nem "comprando". To atrás de um nos moldes de Dragon Age.

edit:

DRAGON AGE III JÁ FOI ANUNCIADO PELA BIOWARE! hahahahaah! Feito! Agora só falta esperar lançar. Tomara que não demore tanto assim. O DA1 foi anunciado em 2004 e só ficou pronto em 2009 oO

Cara, que bom. Disseram que vão juntar aspectos do primeiro e do segundo jogo. Acho que vão acertar a mão lindamente.

Editado Outubro 31, 2011 por Silveira.

[Galford Strife]

aí é difícil hem silveira, poucos RPG's bons tem saido hje em dia...

[Nando07]

PES 12, FIFAM12 e SimCity4.

[beck_]

Alguém conhece outro jogo no estilo de Dragon Age? Eu até encontrei uns, mas achei muito abaixo, principalmente os monstros e as skills, ai broxei um pouco e acabei nem "comprando". To atrás de um nos moldes de Dragon Age.

edit:

DRAGON AGE III JÁ FOI ANUNCIADO PELA BIOWARE! hahahahaah! Feito! Agora só falta esperar lançar. Tomara que não demore tanto assim. O DA1 foi anunciado em 2004 e só ficou pronto em 2009 oO

Cara, que bom. Disseram que vão juntar aspectos do primeiro e do segundo jogo. Acho que vão acertar a mão lindamente.

Que tal The Witcher? Eu to com o jack prontinho, mas to sem tempo de testar :S

[SilveiraGOD.]

Assisti um review que me chamou bastante atenção de Witcher 2:

Review bastante animador, embora eu tenha achado as skills meio fracas. Mas se o enredo for bom eu nem ligo. Acho que vou "comprar" =x

edit: depois de ver o tamanho do jogo e principalmente o config, não vai rolar não :hahaha:

Editado Novembro 2, 2011 por Silveira.

[Galford Strife]

Fable 3 eu jah zerei

xD

[twitch.tvstayheavy87]

FIFA12, NBA2K12, FM12, Dragon Age II e Might and Magic Heroes VI.

Esperando por The Elder of Scrools V.

[SilveiraGOD.]

FIFA12, NBA2K12, FM12, Dragon Age II e Might and Magic Heroes VI.

Esperando por The Elder of Scrools V.

Esse vai ser um JOGAÇO DO CARALHO! To esperando muito também. Vai lançar dia 11/11/11 HAHAHAH! FODA!

[bbds]

Battlefield 3 e FIFA12.

:megusta:

[John the Baptist.]

Pega o The Witcher 1, kresnik.

[_Matheus_]

Fifa 12. *-*

Criei um save no FM, mas acho que não vou ter saco. Vou ver se termino de platinar o GTA4 antes de partir pra outro.

[twitch.tvstayheavy87]

Esse vai ser um JOGAÇO DO CARALHO! To esperando muito também. Vai lançar dia 11/11/11 HAHAHAH! FODA!

Vai msm, to acompanhando as novidades no forum da uol.

Eu li boatos que parece que tinha vazado na net pro PC, mas nem fui atrás...de repente é beta.

Vou esperar lançar oficialmente msm.

[SilveiraGOD.]

Pega o The Witcher 1, kresnik.

Já to pegando aqui;P

Alguém ai viu que a princípio o MMORPG do DC Universe virou free?

parte2:

http://anonym.to/?http://www.dcuniverseonline.com

Editado Novembro 4, 2011 por Silveira.

[ZMB]

Joguei Dead Space II num amigo ontem, achei bem divertido.

[beck_]

Parece legal.

[beck_]

Instalei o primeiro Assassin's Creed aqui e joguei uns 20 minutinhos. Nossa, muito bom! Quero ver se consigo jogar toda a sequência pra não perder nada da história. O único ponto que não gostei até aqui é que não tem opção de por legenda nos diálogos... :dudecomeon:

[Galford Strife]

eu vi sobre o DC Universe, baixando

hehe