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Eu amo o Dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul


Peepe

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Em 13/11/2020 em 23:15, IgorRod1991 disse:

Bons resultados até o momento, no Campeonato Paraguaio o time(mesmo perdendo algumas peças) aos poucos vai chegando próximo ao Libertd, agora é fazer como você falou, ganhar o que der dos outros times, e depois "decidir" o campeonato contra eles em casa. Valencia parece ter muito potencial, boa contratação pro clube. 

Na Libertadores, o time fez o deve de casa, e no jogo de volta contra o CAP, apesar do susto na primeira etapa, o time voltou melhor na segunda, conseguiu igualar na posse e felizmente conseguiu empatar e conseguir a classificação. Na próxima fase, vai encarar um time argentino, eles estão animados por causa da classificação nos penâltis, porém tem esse fato do "condicionamento físico", que pode fazer diferença(ainda mais durante a segunda etapa das partidas).

Obrigado pela participação, Igor!

O Campeonato Paraguaio tem esse roteiro tradicional, o Libertad e o Cerro são dominantes e não dá pra contar com os tropeços para buscar, é preciso esperar o confronto direto sim. Pelo menos, a proposta é essa e acredito que cumprindo com isso, dificilmente teremos maiores problemas.

Sobre a Libertadores, aguardo com ansiedade pelo que vem pela frente. Acho que o Vélez é mais time, é favorito mas deve sofrer problemas com a adaptação a tática e a questão física. É curiosa a escolha por adotar o calendário europeu, e ela pode cobrar caro.

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A glória se ganha e se perde no detalhe.

Certa vez, ouvindo música brasileira junto de tia Dolores em uma confraternização de família, eu comecei a refletir sobre a vida e fui embalado por Tim Maia quando o mesmo canta “Na vida um nasce para sofrer enquanto o outro ri”. É provável que o lapso filosófico tenha sido motivado pelo eterno chá de coca que a tia adotou desde meus passeios pela Bolívia e a lembrancinha de final de ano, mas fazia total sentido e foi ouvindo novamente a música, dessa vez em minha sala, sem a coca e sem o chá, mas com a voz de Dolores na cabeça me dizendo “Filho, aproveite o choro de quem chora para rir enquanto é tempo, pois um dia é o seu choro e a risada de outro”. Pois é, se o chá me causava efeitos loucos, imagina nela que era consumidora ferrenha há 6 anos.

É com a reflexão sobre choro, risos e Tim Maia que eu passei a refletir sobre o desenvolvimento dos meses de agosto, setembro e outubro. Além, claro, dela, a Copa...

 

Copa Libertadores – Nuestra Obsesión

Eu já falei mas repito: como eu amo noites de Copa! Casa cheia, os arredores do estádio aglomeram pessoas desde cedo e a torcida estava estranhamente confiante para a ida diante do Vélez. A fase do time na Copa TIGO era influente e o torcedor do Cerro tem uma fixação por Libertadores que é bonito de ver.

O time também estava animado, as vésperas do jogo eram de entusiasmo, o Cerro não chegava a uma semifinal desde 2021 quando foi eliminado com facilidade diante do Palmeiras. Desde então o clube disputou todas as Copas mas sempre sem sucessos mais vistosos. Apesar das dúvidas, lá estava nosso 4231 tradicional e um jogo ofensivo, era preciso marcar gols e eu confiava no meu time. A resposta veio mais rápido do que se imaginava: depois de uma blitz ofensiva, aos 8’ Cañete recebe da direita, chuta, é travado e Lebepe completa para as redes, 1-0. Sem deixar a peteca cair, aos 17’ Ramón Blando sobe mais alto que todo mundo e testa para fazer o 2-0. Loucura em Nueva Olla!

O primeiro tempo se encerra sem mais gols e assim como o início da segunda etapa, o domínio Cerrista é notório: mais posse, mais chutes e uma atuação surpreendentemente boa. Os argentinos são frios e pouco atacam, mas pela superioridade técnica, sempre fica a sensação que na próxima bola o gol viria. E até veio… Aos 59’ escanteio na área, Delvalle cabeceia e o goleiro Vazquez não segura, a bola corre a linha até que o próprio goleiro ponha para dentro, 3-0, e pouco depois foi a vez do zagueiro Alferez conferir para a própria meta, 4-0. Com 2 gols contras e um 4-0 no placar, o jogo tornou-se tudo que a gente pretendia. Quando Sergio Paterno, enfim, fez o gol do Vélez no lado certo, houve uma preocupação e um cuidado redobrado para que o perigo não crescesse. Com o apito final, o 4-1 era uma enorme vantagem mas o Vélez vinha de remontada e atenção era fundamental.

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Estatisticas

Ah as noites de Copa Libertadores… Eu me tornei romântico demais no futebol para menosprezar a intervenção do acaso e os 2 gols contras na ida. Em um contexto como o do Cerro, aquilo era sinal de coisa grande e eu levei o time para a Argentina esbanjando confiança:

- É preciso fazer o tempo correr, pensem rápido para fazer tudo devagar. Calma é nossa palavra-chave e vamos sair daqui semifinalistas!

A preleção era um demonstrativo do que seria o jogo, nosso objetivo era impedir o Vélez de abrir o placar e assim não deixar que os argentinos se inflassem.

A estratégia funcionou! Em uma partida fraca de ambas as partes, onde os argentinos esbarraram numa organização defensiva estruturada e onde não conseguiram ser mais intensos, o tempo correu, correu, correu e o placar não se alterou. Ao final dos 90’ um xoxo 0x0 que colocava o Cerro de volta a uma semifinal. O mamutito derrubou mais um gigante, o sonho seguia vivo, e agora a campanha já entrava para a história como mais uma semifinal do Ciclón, dessa vez contra o Corinthians.

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Estatisticas

Copa TIGO – Agosto/2031

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3-0 3 de Febrero | 0-0 Olimpia | 5-2 General Díaz

Há no Brasil uma referência a Agosto como o mês do desgosto, cresci ouvindo meus pais falando sobre mas preciso adaptar Tim Maia para entender melhor o mês: se é desgosto para uns, é bom gosto para outros…

Já no dia 03, entramos em campo com a certeza que vencer o 3 de Febrero era ganhar a liderança, pois o Libertad empatara com o Sol de America na abertura da rodada. Cabe comentar que a Copa TIGO não tem jogos simultâneos (ao menos no FM), as partidas ocorrem em 2 dias diferentes, sábado em 4 horários distintos e domingo em 2. Com a liderança em mente, temi pelo salto alto mas nem tive tempo: a súmula marca 2’ mas aos 1:05’ Benítez cobrava pênalti com categoria e abria a conta, ampliada no minuto seguinte pelo mesmo Eugenio Benítez, 2-0. Um começo arrasador que transmitia uma mensagem clara, o Cerro não veio para brincar e o Libertad que corra atrás! Ainda no primeiro tempo, aos 44’ Cañete ia as redes para fechar o placar e aquela mágica noite de agosto. A partida marcou a despedida de Eugenio Benítez, vendido 2 semanas depois, para o Racing Club por 20 Milhões de Reais a vista e alguns gatilhos contratuais. Benítez não era nosso titular e por isso a negociação andou, sua ausência será sentida mas não é motivo de desespero pois Wilson Cano faz a função e Lebepe vem muito bem.

Se diante do Nacional, um adversário mais forte, havia esperança por parte dos repolleros em um tropeço do Cerro, de novo o minuto inicial mostrou a que viemos: Ronald Galeano aproveitou sobra na entrada da área e bateu no canto para marcar o 1-0. A noite inclusive era dele: aos 26’ ele amplia em bela cobrança de falta, aos 78’ ele cobra falta e após bate-rebate, é Ramón Blando que empurra para gol e, aos 84’, Galeano acha García num passe espetacular, o ponta invade a área e finaliza para concluir o placar da noite, 4-0. O tropeço vem de fato na rodada seguinte: em partida bem disputada, sem a superioridade de outrora, o Cerro bate, bate, bate mas não fura a defesa do Olimpia e o 0-0 é o placar final do jogo. O resultado não foi lamentado pela tabela, a liderança seguia nossa, e pudemos até celebrar pois Aguero precisou, mais uma vez, pegar pênalti num clássico para garantir o empate.

Voltamos a normalidade ao vencer o Capiatá por 3-0 em grande noite dos pontas Rojas e Guzmán, que foram os marcadores do dia, e fechamos a sequência de agosto atingindo o pico no que diz respeito a desempenho nesse período diante do General Díaz: o primeiro tempo espetacular termina com um 5-0 maiúsculo em grande atuação de Navarro como MOD e Cañete esbanjando letalidade em um segundo gol de craque onde ele gira e acerta o ângulo sem dar tempo nem do zagueiro reagir. No segundo tempo, a palestra inflamada acalmou os ânimos e sofremos 2 gols, mas nada que assustasse.

 

Copa TIGO – Setembro/2031

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5-1 Guaraní (PAR)4-1 Deportivo Caaguazú

Era fundamental não perder o embalo depois de uma pausa para a data FIFA no calendário. O adversário que abriria o mês era o tradicional Guaraní, que marcou seu gol de pênalti já aos 3’. O 1-0 contra preocupou mas quem tem Cañete jamais estará desamparado na linha de frente e, para seguir na linha do Tim Maia, aquilo foi um verdadeiro Chocolate! Aos 32’ ele recebe de Cano e bate de longe mas indefensável, 1-1; aos 36’ ele desvia de cabeça cruzamento fechado, se adiantando ao goleiro, e vira a contagem, aos 50’ de novo de cabeça, após escanteio de Lebepe, ele confere para o gol vazio em saída errada do goleiro e aos 67' a especialidade da casa, Rojas puxa ataque, ele faz o facão e aparece livre nas costas da defesa, batendo de modo inapelável para marcar seu 4º gol no dia. Vusi Lebepe, invadindo a área, marcou o 5º que deu números finais a peleja, 5-1.

O curto mês tem mais dois jogos: uma magra mas justa vitória diante do Sportivo Trinidense com mais um gol de Cañete e uma goleada diante do Deportivo Caaguazu em noite sulafricana de show de Vusi Lebepe, que entre muitas coisas, marcou um golaço, o terceiro de nosso time, aos 46’ quando carregou de trás do meio campo, fintou a linha de marcação no meio e bateu em arco de fora da área.

 

Copa TIGO – Outubro/2031

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0-0 Sol de America | 1-0 Sportivo Luqueño

Mais um mês curto, de apenas 3 jogos. Época de data FIFA é um momento que adoro para deixar o auxiliar treinando enquanto vou ao curso sem estar atrasado e usufruo as delícias de ter uma sala própria. O clima seguia o melhor possível e a confiança estava no teto, talvez por isso, o empate em 0-0 diante do Sol de América tenha sido um baque. Fizemos grande jogo, finalizamos 40 vezes e vimos uma atuação enorme do goleiro Victor Acosta, mais uma por sinal. Nem mesmo Cañete em seu ano mágico foi capaz de superá-lo e a Nueva Olla amargou o empate.

Poupando muita gente que voltou cansada de sua seleção, fomos a Luque enfrentar o Luqueño. Não fizemos bom jogo, o sistema defensivo do time mandante em 4411 segurou nosso jogo e o meio pouco criou para que Navarro concluísse. Aos 76’ quando Navarro foi lançado na ponta direita, a conformidade com o empate já começava a ser pensada, entretanto, o boliviano cruzou na cabeça de outro, Wilson Cano, que ajeitou e Guzmán, mesmo lesionado, fuzilou para as redes, 1-0 de alívio!

O último jogo era O jogo! Cerro Porteño x Libertad no General Pablo Rojas. O jogo significava muito mais para o Libertad que jogava ali suas últimas chances de título, ao passo que para nós até o empate seria bem vindo. Como clássico é clássico, não externei o desejo pelo ponto únixi e mandei a campo o melhor que nós tínhamos, o 4231 de sempre. De todas as partidas que os clubes proporcionaram na temporada, aquela foi a mais emblemática pela superioridade azulgrana. O Cerro tomou conta do campo, da posse e das ações de jogo pelos 45 minutos iniciais e o 0-0 era injusto, mais do que isso, era perigoso.

Na segunda etapa, o Libertad assume seu jogo e passa a investir em bolas paradas para abrir a contagem, e o Cerro seguia agredindo em busca do gol. Mexi na direita, saquei Rojas e Morel, pus Navarro e Valencia. Ali o senhor do destino sorriu e o jogo mudou. Aos 72’ Navarro invade a área em diagonal e é derrubado. Ele mesmo bate o pênalti, desloca o goleiro e vai para a galera, 1-0. Torcida em cima, os gritos de “dale campeón” podiam ser ouvidos timidamente, e o Libertad sentiu: Koukal retoma bola em sua área, lança Lizarraga mas Valencia intercepta e de cabeça lança Cañete, que estava livre e em condição legal dada por Koukal. Daquela distância, naquele passe e nos pés do artilheiro do campeonato? Hoje teve gol de Cañete! Um 2-0 que não foi largo, que não foi implacável e demorou a ser construído, mas uma atuação enorme que carimba o favoritismo do Cerro nos dois meses que restam de campeonato.

Ao final, naquele clima que somente a Nueva Olla proporciona, sem a timidez nos gritos de “dale campeón”, o próprio treinador do Libertad, Sanguinetti, veio me cumprimentar de forma amarga e saiu de campo dizendo que para nós era só confirmar o troféu.

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Estatísticas

Classificação

A fala de Sanguinetti tem uma explicação fácil de ser constatada na tabela de classificação. A vantagem do Libertad de 1 ponto, situação da última atualização, acabou rápido e a do Cerro atingiu um patamar inacreditável e inesperado: são 9 pontos de vantagem com 6 jogos em disputa, sem mais o confronto direto. Em resumo, estamos na mesa com a faca, o queijo e o pão em nosso alcance para fazer um excelente sanduíche e trazer de volta a sonhada taça.

Para compreender essa vantagem é necessário voltar a Agosto e entender que um nasce para sofrer enquanto o outro ri. Foram 5 rodadas no mês, nelas o Libertad venceu 1 e empatou 4, emendando com a primeira rodada de setembro onde foram derrotados por 4-0 pelo Nacional. Ainda que o time tenha retomado a posição de força e vencido 4 jogos consecutivos a partir dali, a vantagem já estava em 8 pontos, caiu para 6 com nosso empate diante do Sol de América, e o confronto direto era a última chance do Libertad de não depender de um milagre para ser campeão, mas até a vitória ali deixava-os em posição complicada. Por essas que o Libertad jogou a toalha e o Cerro compete sozinho, contra si mesmo, para dar a essa apaixonada torcida motivos para sorrir outra vez. Pedindo licença para Tim Maia, digo que seremos humildes e faremos jogo a jogo daqui pra frente, mas a sonhada taça vens, eu já escuto teus sinais. Letra bonita, adequada para o momento e melodia cantada de maneira espetacular pela torcida Cerrista.

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Estatísticas:

Equipes | Jogadores

Copa Libertadores, nuestra obsesión

Depois de 10 anos, aqui estava o Cerro novamente numa semifinal. A fase é o grande karma da maior torcida do Paraguai: o clube nunca foi finalista ainda que seja um dos maiores participantes da história da Libertadores. São incontáveis derrotas, algumas acachapantes e implacáveis, outras no detalhe e traumáticas.

Os analistas frios sabiam que a chance daquele trauma se juntar a outros do Cerro era grande: o Corinthians não faz grande temporada, é um time em meio de tabela no Brasileirão, mas estava invicto na libertadores (6V e 2E) e havia eliminado o Nacional-URU e o Junior-COL, dois times fora do eixo principal de Brasil e Argentina, com 4 vitórias.

As noites de Copa são tão quentes e consagradoras como cruéis e desoladoras, basta olhar do lado certo. Naquele 24 de setembro, nós éramos 44 mil pessoas pulsando em uma Nueva Olla abarrotada e de cara o time correspondeu: por mais que muitas finalizações fossem de média distância, aquela era nossa proposta e o goleiro Marcos Vinicius trabalhava em chutes de Galeano e Cano. Aguero que não trabalhava, e isso foi o problema. Aos 26’ o Corinthians cobra escanteio, Aguero sai mal, um zagueiro toca e o outro conclui. Os brasileiros abrem a contagem com Leandro Tomaz, após assistencia de Gabriel Fernando. Um silêncio comovente e o intervalo veio. Entendi que o problema era motivação e caprichei na palestra, mandei o time a campo sem mudar em nada taticamente.

Na saída de bola, Lebepe pega a bola, conduz e cruza para Rojas ajeitar e Cañete bater, 1-1. Mais dois minutos, troca de passes na intermediária, Galeano bate da entrada da área e a bola cutuca o fundo do gol, 2-1. Virada relâmpago! Noites inesquecíveis de Copa! Quando se faz 2-1 naquele contexto há o eterno dilema, jogar para fazer mais ou sofrer menos? Optei pela primeira opção e não me arrependo, o jogo seguiu aberto e o chumbo foi trocado, o problema é que isso dá margem para o pior: aos 75’ o zagueiro Tomaz lança direto para o centroavante Guerrero e o mexicano recebe de costas, gira em cima de Delvalle, invade a área e marca, 2-2. Ainda que tivesse tempo, não houve jogo e a decisão ficou mesmo para São Paulo.

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Estatísticas

Pela primeira vez começaríamos a partida de volta precisando marcar. Ainda assim, optei pela nossa variação mais cautelosa, saquei Lebepe e apostei no 451. A escolha de cara mostrou-se acertada pelo nosso volume na primeira etapa e novamente o goleiro Marcos Vinicius foi figura de destaque, grandes intervenções foram feitas em remates de Rojas e Cañete. Só que naquela noite nada parecia nos deter. Aos 33’ García recupera bola, avança e é desarmado, a bola sobra em Cañete e ele marca mais um em seu ano mágico, 1-0. O placar era bom, a atuação mais ainda. A alegria daquele time no vestiário, os cânticos dos visitantes e o medo dos corintianos deixava claro quem era o dono daquela vaga até ali.

Apesar da superioridade paraguaia, o Corinthians contava com uma bola parada perigosa e uma dupla de zaga que finalizava todos os escanteios. Em certo lance do primeiro tempo, foi Tomaz que finalizou duas vezes na trave na mesma jogada. E foi assim que o castigo aconteceu: aos 56’ Tomaz finaliza, Aguero dá rebote e Tomaz finaliza de novo, a bola cruza a pequena área, encontra o tornozelo de Orlando García e o Corinthians chega ao empate em um gol contra. Ironias do destino.

O final de jogo foi de muitas tentativas, lancei Lebepe, Navarro e Boggio em campo, pedi um jogo mais ofensivo, entretanto, o senhor do relógio foram os corintianos, que com uma atuação impecável, fria e explorando ao máximo a bola longa para quebrar nossa pressão, impediram o jogo de desenvolver, viram o tempo passar e classificaram para a final com o 1-1. Para o Cerro, toda a dor de uma eliminação frustrante: a equipe volta para casa sem perder na fase eliminatória, fez um mata-mata enorme e merecia melhor sorte. Pro torcedor, o gosto é amargo e naquele vestiário ninguém conseguia entender o que aconteceu e, afinal, assim é o futebol em grande maioria dos casos.

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Estatísticas

O trabalho continua, o trabalho seguirá colhendo frutos e as noites de Copa são combustíveis para que se tenham mais noites de Copa. Nós voltaremos, a Copa TIGO já nos classificou, e a ferida vai se fechar! A Libertadores segue, e depois de um Gre-Nal arrasador para o lado azul, teremos uma final brasileira:

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Plantel, Finanças e afins

A análise mais detalhada há de vir no fechamento do ano, mas tendo em vista que faltou essa lacuna na última atualização, entendo como um bom espaço para entendermos a evolução Cerrista na temporada. Se considerarmos só os jogadores mais utilizados, nesse recorte feito pois os menos utilizados foram para os reservas ao final da Taça, são 23 jogadores onde 13 deles estão com média acima de 7. A maior segue com Luciano Boggio mas o meia segue sem expectativas de renovação e foi pouquíssimo utilizado nessa sequência, apenas em momentos pontuais e mais decisivos, quando perdi Garayar e não senti a confiança em Wilson Cano. Abaixo dele, Cañete assume a ponta merecidamente! O ponta de lança vive fase espetacular, chegou a 31 gols na temporada em 43 jogos (sendo 34 como titular). A porcentagem de remates em 61% só reafirma a letalidade do jogador que comanda nosso ataque e talvez esteja de saída, as últimas propostas recebidas são na casa dos 27 milhões e sinto que se passar de 35 milhões terei de vender. Ronald Galeano vem abaixo, mostra como sua contratação foi cirúrgica, mas destaco o terceiro nome nessa lista, Vusi Lebepe. O sulafricano demorou para encaixar, sentiu dificuldades no começo e a lesão o prejudicou, só que depois que deslanchou ele não parou mais: são 10 gols e 9 assistências em 23 jogos, além de uma média de 7.27. Eu o destaco mais até pelo caráter decisivo e a participação em momentos chaves cumprindo a risca a função de Avançado Sombra em conduzir bola r finalizar de média distância.

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Depois de um período tão conturbado, eu merecia aproveitar os momentos de felicidade. Reuni alguns amigos em casa, mas já era tarde e estávamos eu, Rivinha e a namorada dele, a famosa Ana Árbol, que atingiu sucesso depois de viralizar com meu vídeo na árvore, além de uma amiga dela, que eu apelidei de Fauna, para simbolizar a dupla com a Flora. Ela só não pareceu gostar muito…

- Rivinha, solta o som que esse aparelho é novo e a coletânea de discos da Tia Dolores é um espetáculo!

- Mas vem cá, Nández, onde foi que você arrumou um exemplar de um aparelho de som, com essa bandeja giratória pra 3 cds. Isso é uma raridade!

- Meu amigo, você ficaria chocado com o que os amigos de minha Tia Dolores conseguem vindo da Bolívia. Nessa coisa de comerciar o chá, eles me venderam esse som por uma pechincha, preço muito barato porque você sabe como eu sou.

Naquele momento fiquei reflexivo sobre comerciantes de chá conseguirem produtos desvalorizados no mercado tradicional. Não tive tempo para estender minhas preocupações, afinal, o aparelho não funcionava e, evidentemente, não tinha garantia. Mexe daqui, mexe dali, o fio estava desencapado e eu tomei aquele choque, caí pra trás.

- Ai meu deus, ele infartou!

- Tô bem, tô bem! - respondi a Rivaldo, o único preocupado com a situação – só um pouco arrepiado.

E um tanto quanto perdido, levantei, cambaleei e voltei a cair. Quando dei por mim, haviam 3 risonhos na sala e Ana com sua maldita câmera ligada mais uma vez:

- Eu gravei!! Tenho conteúdo de novo, vou bombar nas redes!

E saiu por aí pulando de felicidade enquanto eu seguia recobrando a consciência, e sem o aparelho de som. Apesar disso, a fauna, que se chamava Pérola, riu e o clima ficou mais ameno naquela noite sem música. Como diria o poeta, quem sofre sempre tem que procurar, pelo menos vir achar, razão para viver, e a minha razão estava a 6 jogos de avançar um pouco mais. Eu já podia sentir o topo do país em meu alcance.

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  • Peepe changed the title to Eu amo o Dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul - A glória se ganha e se perde no detalhe 19/11

Que recuperação incrível hein? De um time praticamente sem chances de título, foi a líder com uma vantagem de nove pontos e faltou um detalhe para chegar na final da Libertadores. Acho que o título continental é questão de tempo e não de muito tempo. E o paraguaio vai se confirmar nas próximas rodadas, duas ou três talvez.

Também achei legal que em dado momento do tópico senti o FM ganhar mais espaço que a ficção, mas de certa forma continua equilibrado e você não deixa de lado nem um, nem outro. Continue assim hahahahah

Que venha a taça em casa na próxima atualização!

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Confirmando o título, o mesmo será um dos mais marcantes da história do clube, se recuperou muito bem no campeonato, e para quem estava com uma boa desvantagem atrás do Libert, conseguiu reverter a situação após uma ótima sequência na competição(a equipe parece que teve poucas dificuldades na maioria dos jogos da competição), e de quebrar, ainda fez bonito no confronto direto(ao contrário do Libert, que além da perca do título, ainda tropeçou na sequência). É só manter a calma, que o time tem tudo para ergue a taça em breve.
Na Libertadores, o time foi longe, praticamente garantiu a vara para semifinais no primeiro  jogo, e  na semis, acabou sendo eliminado(pelo que entendi), por questões de regulamento, 

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Uma grande temporada do Cerro, semifinalista da Libertadores, perdendo a vaga no detalhe, e virtual campeão paraguaio, destronando o Libertad (salvo ocorra uma tragédia, o que não acredito).

"pensem rápido para fazer tudo devagar.", me surpreende que os jogadores tenham entendido essa preleção hahaha.

Boa sorte na finalização da temporada pra confirmar o título (o primeiro em 1ª divisão, correto?)

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Comecei a ler o confronto contra o Veléz e me deparei com o "vamos sair daqui semifinalistas!". Assustei na hora, não me lembrava de ter lido sobre as oitavas e reparei que havia perdido uma atualização hhah.

O que move o mundo é o dinheiro.

Mercado um tanto quanto agitado para o Cerro. No fim das contas, acredito que o time não perderá em qualidade pela direita e ainda conseguiu fazer um achado sensacional com esse boliviano de 21 anos sem clube, pode ser importante na maratona de jogos.

No campeonato paraguaio segue o mesmo panorama, Libertad e Cerro disputando ponto a ponto, parecendo até campanha espelhadas, o que se confirmou no empate do confronto direto. Bem provável que fique isso até o fim da competição e nos detalhes será decidido. 

Infelizmente o time caiu na copa paraguaia, mas conseguiu se reerguer na libertadores e colocar os pés nas quartas. Parece que o gramado sintético fez bem para o Cerro, que não se abalou com um gol logo de cara.

Bora pegar essa Licença continental aí Nandéz hehe.

A glória se ganha e se perde no detalhe.

Não posso dizer as certo como acontece na vida real, mas nas vezes em que eu apostei no campeonato paraguaio na 365bet, os jogos eram sempre espaçados assim mesmo, cada confronto em um horário. Agora não sei se foi coincidência heheh.

Deixa o Benitez ir embora, não podemos perder é o Cañete.

Continuou imparável no torneio, dessa vez vencendo até mesmo o confronto direto contra o Libertad. Como você disse, o Libertad não conseguiu acompanhar o ritmo só de vitórias e com alguns tropeços deixou o título de mãos beijadas para Nandéz e a turma do Cerro. Agora é vencer os jogos que faltam e correr para o abraço, esse título tem que ser do Cerro.

Esse Sanguinetti tá tentando blefar, vai errar o blefe e ainda perder o título.

Passou voando pelo Vélez nas quartas de final, goleada em casa é sempre bom pra levantar a moral do time. Caraca, que alma copeira está se tornando o Cerro. Confesso que imaginei uma derrota para o Corinthians no Brasil, e quase conseguiu trazer a vaga para o Paraguai. O time sai de cabeça erguida e pronto para tentar novamente na próxima temporada e com um time mais entrosado, tomara. 

Boa sorte na sequência, Pepe!!

 

 

 

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Em 20/11/2020 em 09:25, Tsuru disse:

Que recuperação incrível hein? De um time praticamente sem chances de título, foi a líder com uma vantagem de nove pontos e faltou um detalhe para chegar na final da Libertadores. Acho que o título continental é questão de tempo e não de muito tempo. E o paraguaio vai se confirmar nas próximas rodadas, duas ou três talvez.

Também achei legal que em dado momento do tópico senti o FM ganhar mais espaço que a ficção, mas de certa forma continua equilibrado e você não deixa de lado nem um, nem outro. Continue assim hahahahah

Que venha a taça em casa na próxima atualização!

Fala, Tsuru! Obrigado por acompanhar!

O começo foi muito ruim e os 50% de aproveitamento em 6 jogos pesaram na avaliação, mas sempre tive confiança que o campeonato continuaria e tinha água para rolar em baixo dessa ponte. É claro que me assustou a sequência negativa do Libertad, mas certas coisas a gente não questiona e só aproveita.

Quanto a Libertadores, eu fico com um gosto amargo pois o jogo contra o Corinthians foi isso aí que vimos e pegamos o Grêmio na primeira fase, com direito a vitória por 3-0 em casa (e derrota semelhante fora, mas deixa quieto). Se o Cerro avança, tinha jogo bom para acontecer e é engraçado pois eu jamais imaginei ir tão longe na Copa, só que o time respondeu muito bem e cresceu no mata-mata. Aliás, sobre o título continental ser questão de tempo, vou depender muito da janela de transferências: dentro do jogo é hábito que brasileiros e argentinos façam a limpa nos paraguaios, por vezes com valores bem abaixo do normal para padrão Brasil. Se eu mantiver uma espinha dorsal e segurar a dupla de zaga, Galeano e Cañete, pode ser que o ano que vem seja de glórias, entretanto, são justamente os 4 que estão na boca pra saída e o Cañete, inclusive, já teve proposta do Porto. Transferências Paraguai-Europa são tão improváveis que nem o Riveros, meu atacante na Copa e segundo melhor do mundo, fez esse caminho: ele saiu pro Palmeiras e só então foi pra Europa.

Sobre o desenvolvimento ficcional x jogo é um dilema que todos que escrevem ficção passam, nem sempre é fácil colocar ficção, uma fase tão aguda do jogo e ainda assim deixar o texto em um tamanho aceitável. Eu gosto de desenvolver algo ficcional mas tenho pouco compromisso com um roteiro de vida, uso o ficcional pra colocar meu sentimento com o jogo dentro da história e incluo alguns causos ao longo do tempo. Em meio de temporada, com o alto número de jogos, eu gosto de valorizar as partidas de um modo geral e deixo o ficcional sempre em segundo plano. Te agradeço pelo retorno, vou tentar manter essa pegada nas próximas atualizações.

 

Em 20/11/2020 em 23:56, IgorRod1991 disse:

Confirmando o título, o mesmo será um dos mais marcantes da história do clube, se recuperou muito bem no campeonato, e para quem estava com uma boa desvantagem atrás do Libert, conseguiu reverter a situação após uma ótima sequência na competição(a equipe parece que teve poucas dificuldades na maioria dos jogos da competição), e de quebrar, ainda fez bonito no confronto direto(ao contrário do Libert, que além da perca do título, ainda tropeçou na sequência). É só manter a calma, que o time tem tudo para ergue a taça em breve.
Na Libertadores, o time foi longe, praticamente garantiu a vara para semifinais no primeiro  jogo, e  na semis, acabou sendo eliminado(pelo que entendi), por questões de regulamento, 

Oi, Igor, obrigado por participar!

10 anos de jejum deixa qualquer coisa torcida ansiosa, e pela campanha que foi feita vai ser algo marcante mesmo. Espero que seja o início de um domínio do Cerro, sem deixar que o Libertad retome essa posição suprema no país. A sequência agora tende a consagrar a equipe merecidamente por um ano tão mágico.

Saímos da Libertadores por gols fora de casa sim, o 2-2 acaba pesando mais que o 1-1. Foi uma campanha muito bonita, o time cresceu demais num momento inesperado: não perdemos nenhuma no mata-mata e a campanha era irregular na fase de grupos. A lamentar que não bastou e o Corinthians acabou avançando por um detalhe, o maldito gol contra.

 

Em 21/11/2020 em 07:55, div disse:

Uma grande temporada do Cerro, semifinalista da Libertadores, perdendo a vaga no detalhe, e virtual campeão paraguaio, destronando o Libertad (salvo ocorra uma tragédia, o que não acredito).

"pensem rápido para fazer tudo devagar.", me surpreende que os jogadores tenham entendido essa preleção hahaha.

Boa sorte na finalização da temporada pra confirmar o título (o primeiro em 1ª divisão, correto?)

Obrigado pelo comentário, div!

Foi o ano dos sonhos, nunca imaginei que pudesse ser alçado ao topo de um país de forma tão rápida e é natural que essa empolgação leve a preleções complexas mas relativamente simples de serem entendidas, é pensar rápido mas ter calma pra jogar.

Quanto ao título, o Nandéz só tem 1 título na carreira até então: a Divisão Inferior Venezuelana com o Loterías del Táchira. São 3 acessos na carreira (o próprio Loterías, La U boliviana e o Resistencia) mas troféu que é bom esse vai ser o segundo, o primeiro na elite. É pra guardar com carinho o poster de campeão.

 

Em 21/11/2020 em 10:45, ElPerroMG disse:

Comecei a ler o confronto contra o Veléz e me deparei com o "vamos sair daqui semifinalistas!". Assustei na hora, não me lembrava de ter lido sobre as oitavas e reparei que havia perdido uma atualização hhah.

O que move o mundo é o dinheiro.

Mercado um tanto quanto agitado para o Cerro. No fim das contas, acredito que o time não perderá em qualidade pela direita e ainda conseguiu fazer um achado sensacional com esse boliviano de 21 anos sem clube, pode ser importante na maratona de jogos.

No campeonato paraguaio segue o mesmo panorama, Libertad e Cerro disputando ponto a ponto, parecendo até campanha espelhadas, o que se confirmou no empate do confronto direto. Bem provável que fique isso até o fim da competição e nos detalhes será decidido. 

Infelizmente o time caiu na copa paraguaia, mas conseguiu se reerguer na libertadores e colocar os pés nas quartas. Parece que o gramado sintético fez bem para o Cerro, que não se abalou com um gol logo de cara.

Bora pegar essa Licença continental aí Nandéz hehe.

A glória se ganha e se perde no detalhe.

Não posso dizer as certo como acontece na vida real, mas nas vezes em que eu apostei no campeonato paraguaio na 365bet, os jogos eram sempre espaçados assim mesmo, cada confronto em um horário. Agora não sei se foi coincidência heheh.

Deixa o Benitez ir embora, não podemos perder é o Cañete.

Continuou imparável no torneio, dessa vez vencendo até mesmo o confronto direto contra o Libertad. Como você disse, o Libertad não conseguiu acompanhar o ritmo só de vitórias e com alguns tropeços deixou o título de mãos beijadas para Nandéz e a turma do Cerro. Agora é vencer os jogos que faltam e correr para o abraço, esse título tem que ser do Cerro.

Esse Sanguinetti tá tentando blefar, vai errar o blefe e ainda perder o título.

Passou voando pelo Vélez nas quartas de final, goleada em casa é sempre bom pra levantar a moral do time. Caraca, que alma copeira está se tornando o Cerro. Confesso que imaginei uma derrota para o Corinthians no Brasil, e quase conseguiu trazer a vaga para o Paraguai. O time sai de cabeça erguida e pronto para tentar novamente na próxima temporada e com um time mais entrosado, tomara. 

Boa sorte na sequência, Pepe!!

Fala, ElPerro! Obrigado pela participação.

Em partes, o Cano é bom de bola mesmo e estava sem clube, o que só torna o negócio melhor. Já com a atualização mais avançada posso dizer que ele demorou a se adaptar, parece que o Paraguai tem um ar diferente do resto do mundo que todo estrangeiro que vem demora a engrenar, apesar disso, o Cano foi uma opção fundamental para os jogos e vem numa crescente nesses últimos jogos. Para a próxima temporada a tendência é que ele atinja todo o potencial que tem.

A Taça é um torneio que nem nós e nem o Libertad ligam muito, mas que eu me arrependo de poupar o time todo pois dava pra ser campeão e estou numa situação que não posso recusar títulos, apesar disso, vida que segue e tínhamos coisas mais importantes a jogar, como sobreviver ao tapetinho, o que fizemos bem apesar do susto com 1 minuto de jogo.

Manter o Cañete por esse ano aconteceu porque o próprio jogador não quis negociar nem com Palmeiras e nem com Porto, que foram as maiores propostas. Vou lutar para mantê-lo ao máximo mas já tenho no radar nomes de jogadores que fazem bem a função e metem gol.

Tenho confiança que seremos campeões sim, a temporada é impecável e ficamos a espreita dos vacilos do Libertad, que vieram aos baldes, e agora a vantagem está quase impossível de tirar. Nem vejo blefe do Sanguinetti, vejo mais uma atitude ressentida de quem sabe que perdeu o campeonato e provavelmente o emprego ao fim da temporada.

Sobre a Libertadores, é engraçado que eu fui para todas as fases pensando "dessa vez o adversário é mais time e não vamos fazer muito" mas por incrível que pareça, nosso jogo foi bem imposto e fomos derrubando um a um: o Vélez foi num jogo impressionante, 2 gols contra a nosso favor que condicionaram o confronto, e passar por cima da melhor campanha da fase de grupos é uma delícia. Em seguida o Corinthians, como era um time que vinha irregular no Brasileirão, eu senti que tinha uma chance mas eles exploram bem demais a bola parada e os zagueiros foram infernais nos escanteios. Fica a frustração ao pensar que ganhamos de 3-0 do finalista Grêmio, mas demos o máximo e ainda assim o Corinthians saiu de campo com a vaga pra final. Quem sabe no ano que vem, se eu conseguir manter minhas peças principais? O desafio maior é reconstruir o time mesmo, igual a essa geração vai ser difícil de encontrar.

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56 minutos atrás, Peepe disse:

Quanto a Libertadores, eu fico com um gosto amargo pois o jogo contra o Corinthians foi isso aí que vimos e pegamos o Grêmio na primeira fase, com direito a vitória por 3-0 em casa (e derrota semelhante fora, mas deixa quieto). Se o Cerro avança, tinha jogo bom para acontecer e é engraçado pois eu jamais imaginei ir tão longe na Copa, só que o time respondeu muito bem e cresceu no mata-mata. Aliás, sobre o título continental ser questão de tempo, vou depender muito da janela de transferências: dentro do jogo é hábito que brasileiros e argentinos façam a limpa nos paraguaios, por vezes com valores bem abaixo do normal para padrão Brasil. Se eu mantiver uma espinha dorsal e segurar a dupla de zaga, Galeano e Cañete, pode ser que o ano que vem seja de glórias, entretanto, são justamente os 4 que estão na boca pra saída e o Cañete, inclusive, já teve proposta do Porto. Transferências Paraguai-Europa são tão improváveis que nem o Riveros, meu atacante na Copa e segundo melhor do mundo, fez esse caminho: ele saiu pro Palmeiras e só então foi pra Europa.

Eu sei que não é muito a proposta do save, mas diante dessa realidade paraguaia você podia apostar mais na base, usando e desenvolvendo talentos para as posições mais carentes. Portugal é parecido em termos de Europa, ou seja, os mercados maiores levam os principais jogadores, então é meio complicado competir em termos financeiros e os grandes destaques geralmente não ficam muito tempo. Mas tenho conseguido bons resultados com uma política de formação: resolve o problema da reserva, dá tempo aos jovens de amadurecer, os salários são baixos, e quando o titular vai embora, você promove o garoto que teve custo zero e vai render 100% de lucro no futuro. E você meio que acaba sempre tendo ali alternativas no banco a um jogador vendido, por exemplo, alguém que já vinha se preparando para assumir a posição.

Pode inclusive fazer uma varredura em outros mercados menores da América do Sul e Central, em times e em seleções de base, e buscar outros jovens talentos também para ingressarem na base. Como muitos clubes sul-americanos são mais vendedores que formadores, pode te dar uma vantagem competitiva.

Se quiser dar uma olhada na abordagem que estou usando, é essa aqui: https://theresonlyoneball.com/2020/06/25/football-manager-2020-youth-development/

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7 minutos atrás, Tsuru disse:

Eu sei que não é muito a proposta do save, mas diante dessa realidade paraguaia você podia apostar mais na base, usando e desenvolvendo talentos para as posições mais carentes. Portugal é parecido em termos de Europa, ou seja, os mercados maiores levam os principais jogadores, então é meio complicado competir em termos financeiros e os grandes destaques geralmente não ficam muito tempo. Mas tenho conseguido bons resultados com uma política de formação: resolve o problema da reserva, dá tempo aos jovens de amadurecer, os salários são baixos, e quando o titular vai embora, você promove o garoto que teve custo zero e vai render 100% de lucro no futuro. E você meio que acaba sempre tendo ali alternativas no banco a um jogador vendido, por exemplo, alguém que já vinha se preparando para assumir a posição.

Pode inclusive fazer uma varredura em outros mercados menores da América do Sul e Central, em times e em seleções de base, e buscar outros jovens talentos também para ingressarem na base. Como muitos clubes sul-americanos são mais vendedores que formadores, pode te dar uma vantagem competitiva.

Se quiser dar uma olhada na abordagem que estou usando, é essa aqui: https://theresonlyoneball.com/2020/06/25/football-manager-2020-youth-development/

Te agradeço pela dica e farei uso dentro do que for possível, como é improvável que eu passe mais de 3 temporadas no Cerro, estruturar o longo prazo é complicado e bem ou mal o time já é parcialmente estruturado: sem dar muito spoiler, o Cerro foi campeão do torneio de reservas e vice do sub-21, tem nomes que podem ser desenvolvidos e melhor utilizados no time de cima, isso tudo porque eu dediquei pouca atenção ao desenvolvimento num ano que já assumi com o campeonato rolando. Fiz uso emergencial desses jogadores na temporada e, a partir da próxima, já pretendo introduzi-los em momentos mais tranquilos para ganhar rodagem sim, percebi que no Paraguai dá para ter um elenco curto e completá-lo com jogadores em evolução. Dado o nível dos adversários, você mantém o time nivelado mesmo que tire 2 ou 3 titulares e coloque jogadores em formação.

Quanto a varredura, isso é estratégia pensada desde que assumi o problema que com o campeonato rolando não foi possível ir em cima dos destaques dos times menores pela limitação do regulamento e o jogador atuar em 2 times na mesma competição, apesar disso, tirei o Caballero do Guaraní quando ainda era possível. Num sentido equivalente, é como se eu com o Cerro estivesse numa posição de Porto e Benfica ao selecionar os reforços a partir das estatísticas da liga nacional passada. Acho a estratégia bem eficiente pois só são permitidos 10 estrangeiros na inscrição, então, quanto mais paraguaios bons eu conseguir, melhor fica minha situação e sempre privilegio contratar jogadores em idade baixa de times menores na América, embora nem sempre eu consiga. Evito contratar jogadores para a base justamente por não pensar nesse longo prazo, mas gosto de investir na faixa dos 19~24 anos e a saúde financeira do Cerro me permite isso.

Dei uma olhada rápida no link mas vou olhar com mais atenção em breve, até porque inglês não é meu forte. De toda forma, te agradeço pela recomendação e vai ser muito útil tanto para agora com o Cerro quanto em momentos futuros dessa história.

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Sei lá porque, mas me passara despercebido que o Hernandez era paraguaio hahaha

O primeiro jogo mostrou um Corinthians com mais chances de ganhar, apesar do volume porteno.

Mas o time está no caminho certo. Que paguem o que Fernandez merece.

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Em 23/11/2020 em 13:41, Nei não cai (38D) disse:

Sei lá porque, mas me passara despercebido que o Hernandez era paraguaio hahaha

O primeiro jogo mostrou um Corinthians com mais chances de ganhar, apesar do volume porteno.

Mas o time está no caminho certo. Que paguem o que Fernandez merece.

Obrigado pela participação, Nei!

Nandéz é paraguaio de Ciudad del Este, mais um poquinho e seria paranaense.

De um modo geral, o Corinthians fez por onde avançar sim mas foram jogos muito abertos e a eliminatória foi resolvida num gol contra. Um pecado mas é preciso conviver com essa dor

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Em 25/11/2020 em 11:20, Peepe disse:

Nandéz é paraguaio de Ciudad del Este

Tudo nosso.

Pensando historicamente, mais um pouquinho e seríamos paraguaios hahaha

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Quem diria que tu iria treinar a Seleção Paraguai, mas que Copa estranha. Malí nas quartas de finais? Parei ali mesmo. Parabéns pela campanha na Libertadores. Ainda espero que consiga treinar o Maior do Mundo(Rubto-negro é claro).🤪🤪🤣🤣🤣🤣

 

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Em 28/11/2020 em 13:13, LC disse:

Quem diria que tu iria treinar a Seleção Paraguai, mas que Copa estranha. Malí nas quartas de finais? Parei ali mesmo. Parabéns pela campanha na Libertadores. Ainda espero que consiga treinar o Maior do Mundo(Rubto-negro é claro).🤪🤪🤣🤣🤣🤣

 

A carreira avançou bem e rápido depois que Nandéz voltou ao Paraguai: tem o vice da Intermedia, a Copa do Mundo e agora o Cerro.

Sobre o futuro, desde que paguem bem, Nandéz está pronto para o que der e vier.

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Um Campeonato para ser eternizado.

Certa tarde de dezembro, no curto período de férias, eu voltava de um fim de semana na praia com os amigos de sempre, acrescidos agora pelo sul africano Vusi Lebepe e o meia Ronald Galeano, além de alguns outros amigos que fiz pelo futebol. Mantive laços fortes por onde passei nas minhas relações, é necessário fazer amigos por onde vamos, especialmente no caso de agentes: tenho por orgulho manter amizade com Alejandro Dominguez, o agente do atacante William Riveros, desde os tempos de Paraguai.

- Um dia você vai me ensinar a fazer dinheiro dessa forma, vejo sua vida e me arrependo de ter virado treinador – eu comentei com ele em certo momento – A vida de agente é tão mais lucrativa e prazerosa.

Também pudera, só Riveros já havia movimentado 1 bilhão e 600 milhões de reais em transferências durante a carreira. A última transferência, ocorrida em junho, foi do Real Madrid ao PSG por 789 milhões de reais. E nada do treinador que o consagrou na seleção ganhar 0,001% de comissão.

Ao retornar, vejo uma caixa misteriosa em minha porta. “Presente de Rivinha” logo pensei, e acertei. Dentro da caixa havia um tablet, um cartão de “Feliz Cumpleaños” e um manual de como ligar o aparelho. Por lá, um arquivo de nome “Almanaque da Glória Reconquistada! O Caminho do Cerro Porteño até o fim do jejum e o glorioso ano de 2031”. Depois do sucesso que a EditoRojas fez durante a Copa, ele achou por bem editar e eternizar nossa temporada em um novo almanaque.

Fiz a leitura rápida pelas primeiras páginas, pulemos até a página 27 onde é tratado os últimos 6 jogos do Campeonato.

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A Reta Final - Os últimos passos para o paraíso. - Novembro e Dezembro/2031

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Com a palavra, Orlando García:

A partida contra o 3 de Febrero ocorreu na quarta-feira seguinte a nossa eliminação para o Corinthians, tenho que agradecer muito ao professor pelas palavras naquele vestiário. Ele me chamou no meio do grupo e perguntou há quantos anos eu estava no clube, já são 6, desde 2025. Depois disso, ele falou do meu pai e de todos os outros torcedores, lembrou que não devíamos jogar pelos 44 jogos da Copa TIGO mas lembrar que são 440 jogos de hegemonia do Libertad e cabia a nós cumprir com o desfecho positivo e superar esse trauma”

As palavras mexeram com García e certamente foi necessário conter os ânimos naquela partida, o nervosismo começava a jogar contra. Tudo bem que Navarro faz um golaço logo de cara, aos 11’, recebendo no meio, chamando Pizzicanella para dançar, driblando em zigue-zague e batendo cruzado, sem chances para o goleiro, 1-0. O problema que dos 11’ em diante, a pontaria não ajudou, o ataque perdeu grandes chances e o medo de uma bola vadia pôr tudo a perder era evidente, como completou García ao falar do jogo: “Quando o juiz apitou, eu e o time todo respirou aliviado. Dei um abraço no Navarro no final e agradeci, porque se ele não tira aquele gol do nada, a gente jogaria até hoje e o gol não teria saído”

A partida seguinte era contra o Olimpia em Nueva Olla. Se o nervosismo era um temor pela partida contra o 3 de Febrero, a fala de Nandéz na coletiva pós-jogo justifica aquela partida: “essa equipe gosta de clássico, gosta de jogo grande, e isso nos bastou para entrar em campo tranquilos e sem lembrar que existia pressão”.

O que se viu em campo dá voz a soberba do treinador. Com a casa abarrotada, a torcida de Ciclón esbanjando o otimismo, o jogo foi um novo passeio com claro domínio para os azulgranas, refletido no placar com os pés de Vusi Lebepe: aos 19’ Cano cruza, Cañete escora de cabeça e o sulafricano aparece livre, enchendo o pé, e abrindo a contagem; aos 43’ o cruzamento vem da direita e é de Navarro, Lebepe aparece de carrinho na pequena área para ampliar o marcador. Com um segundo tempo tranquilo e disposto a controlar, o Cerro pouco agrediu mas chegou ao 3º já na reta final, César Rojas aproveitou cruzamento de García e cabeceou no contrapé do goleiro Vicentini.

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Na sequência, o clássico Obrero diante do Nacional, fora de casa, e a fala sobre gostar de clássicos pôde ser constatada mais uma vez, Cañete já aos 2’ marcou novamente o gol inusitado de outrora e justificou: “É um pedido do professor ficar em cima do goleiro nessa primeira bola, o time estava muito avançado e eu queria retardar o lançamento dele. Na pressa, o Areco me acertou e a bola foi pro gol.” Competente e com sorte, o Cerro viu o Nacional empatar em bonito gol de Goméz mas antes do fim do primeiro tempo, Cañete puxa contra ataque, dribla Sanabria de forma humilhante dentro da área e coloca o Ciclón novamente em vantagem. No fim, Lebepe acertou um petardo de dentro da área, a bola bateu no travessão, fez a baliza tremer e caiu dentro do gol, 3-1. A vantagem mantinha-se em 9 pontos e o saldo de gols (primeiro critério de desempate) era inalcançável. Ainda assim, para evitar qualquer contestação, a festa estava marcada para a própria casa diante do Deportivo Capiatá, na semana seguinte.

O convidado para a festa, Capiatá, já estava rebaixado e condenado a lanterna da competição. Um time desacreditado, mas que levou seus 500 adeptos as tribunas visitantes, talvez felizes por se despedir da Copa TIGO em momento tão nobre. O Cerro vinha completo e com Rojas na direita, tendo em vista que ele e Navarro revezaram na função nessa reta final. O nome da noite, chamado pela nossa equipe para contar o jogo foi Oscar Valencia, o lateral colombiano ainda não tinha vivido grande noite e se afirmava em uma cultura distinta, com a necessidade urgente para jogar. E o resto ele conta:

Eu ganho muito incentivo para subir, pisar na área e ficar ali rondando igual cachorro em mesa de restaurante. Já aos 4’ o cruzamento veio, o Rojas não ganhou e a bola sobrou. Quando eu vi o zagueiro rebatendo, só pensei, vou soltar o pé. A bola foi no canto e fiz meu primeiro gol com essa camisa maravilhosa. Gol de título né? Tenho estrela.”

Aos 13’ e aos 19’ o Cerro ampliou de pênalti: o primeiro sofrido por Blando após falta lateral, Lebepe pegou a bola mas as ordens do banco foram para que Cañete batesse e se limpasse, visto que ele vinha de 2 pênaltis perdidos consecutivos, o gol, enfim saiu! E 6 minutos depois, novo pênalti, Cañete pegou a bola mas as ordens foram para que Lebepe batesse, o sulafricano esbanjou a categoria de sempre e foi pra galera, 3-0. Com a vida resolvida, Valencia foi às redes novamente, mas marcando gol contra: “Dei azar de dar um passo para sair da trave quando o chute veio, a bola ia fora, bateu em mim e foi no gol. Quando contar esse jogo pro meu filho, vou falar que foi 4-0 hahaha” mas tudo bem, Wilson Cano, outro estreante marcador, fez o 4-1, garantiu a vitória e o título, celebrado logo após a vitória.

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Com a faixa no peito, restavam 2 partidas: General Díaz fora e a despedida do campeonato diante do Guaraní em Nueva Olla. Poupar? Dar férias antecipadas? Nada disso! Com o time de sempre, Nandéz ia atrás de marcar o nome na história e caçava recordes.

A primeira partida talvez tenha sido uma das mais difíceis do campeonato. Isso porque o desinteresse era visível e o adversário queria carimbar a faixa: aos 6’ Luiz Fernando Lemos apareceu livre na área e converteu para o gol após cobrança de escanteio. Apesar da maior posse e finalizações, o jogo do Cerro não encaixava e o General Díaz fez um primeiro tempo excelente naquilo que se propunha. Na volta do segundo tempo, após uma chamada de atenção, o Cerro acha o empate com Mario Morel de cabeça, após falta cobrada por Lebepe, e parte rumo a virada: em lance semelhante ao gol, Morel é puxado na área, pênalti! Navarro havia entrado há 2 minutos, pegou a bola, ele merecia se consagrar. O problema é que no caminho da consagração havia a trave, ela repeliu a bola de Navarro e o jogo seguiu empatado. “A expressão do professor era de raiva com o empate, eu sabia que aquela era minha chance de garantir mais tempo em 2032 e comecei a pedir bola” palavras do herói Pablo Guzmán, que complementa “Quando o Valencia levou pro fundo, eu acompanhei o movimento do Moyano e sabia que ia ganhar dele. O cruzamento veio, me adiantei ao marcador e cabeceei para o chão, vencemos ali o jogo”. E foi isso, 2-1 na bacia das almas, com muita preguiça, mas com 3 pontos mais na tabela.

O desfecho do campeonato era contra o Guaraní dentro de casa, a preguiça poderia ser um adversário e para parte do time até foi, só que Vusi Lebepe estava em grande e queria sair de férias com a mala mais pesada: aos 7’ e 32’ ele cobrou com perfeição faltas da mesma posição e abriu o 2-0; na última bola do primeiro tempo, ele conduziu em diagonal, invadiu a área e fez seu hat-trick. Aos 48’, Cañete sofreu pênalti e Lebepe pegou a bola, bateu com força e categoria, marcou o 4º da noite. O Guaraní estava em campo, caso alguém tenha esquecido, e para reforçar isso que Waltinho fez de cabeça em falha de Esquivel, mas nada que estragasse a festa: Wilson Cano voltou a marcar no campeonato aos 69’ e aos 77’ novo pênalti. “Eu quis bater, marcar 5 gols no jogo ia ser pra tirar onda a vida toda, mas o Cañete pediu e ele mereceu pelo jogo que fez”. Como se vê, Lebepe bem que tentou mas Cañete foi para bola, se limpou de vez da zica que tinha e balançou as redes pela 29ª no campeonato. Um 6-1 inapelável, uma tarde inesquecível para todos os presentes, ou melhor, um campeonato inesquecível para todos os presentes.

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A Classificação e os Recordes

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Estatísticas: Equipes | Jogadores

A Copa TIGO chega a seu final sem maiores surpresas para quem lhe acompanhou: o duelo do título permaneceu polarizado entre as 2 potências locais, com o disparo do Cerro nos vacilos de agosto. Eles puxam a carroça para que Nacional e Olimpia lhes acompanhem na Libertadores de 2032, o Olímpia inclusive teve péssimo início, chegou a figurar na zona de rebaixamento, mas disparou e termina a temporada campeão da Taça do Paraguai. Um sopro de felicidade para uma torcida já desacostumada a brigar dentro da Copa TIGO. Na parte debaixo, Caaguazú e Capiatá nunca deram demonstrativos de reação e dão lugar a Independiente (PAR) e Deportivo Santaní, campeões e vices da Intermedia, que figurarão entre os maiores do país em 2032.

O Libertad bem que ganhou os últimos 6 jogos também, foi um vice de respeito e tentou até onde pôde torcer contra o Cerro. Serviu para valorizar o campeonato e o título do Cerro. Engana-se quem pensa que 97 pontos qualificam o recorde de “melhor vice da história” pois este posto é do Cerro com 99 pontos na temporada 2023, da mesma forma como, os 111 pontos do campeão também estão abaixo dos 118 pontos feitos pelo campeão Libertad na temporada 2029. No meio desses quase recordes, existem também aqueles que foram conquistados e realçam o gigantismo dessa campanha.

Vamos começar pelo mais impactante deles, que simboliza a força ofensiva desse time e é o grande nome da temporada: Marcos Cañete termina a temporada como o jogador que mais fez gols dentro de um ano com a camisa do Cerro, os 35 são muito superiores a antiga marca de Churín, 28 gols em 2021, além de ser coroado com a melhor marca na liga nacionalo jogador com mais prêmios de melhor em campo na história do Cerro e na Copa TIGO. Desempenho tão alto que ninguém se espantou quando ele foi eleito o segundo melhor jogador da América, atrás apenas de Fábio André, craque do Grêmio campeão da América.

Números tão impressionantes comandaram o ataque Ciclón na quebra do recorde coletivo como melhor ataque da história da Copa TIGO, superando os 103 gols do Libertad em 2021. Os números defensivos também merecem ser exaltados: o goleiro Michel Aguero passou em branco em 24 partidas, recorde tanto do Cerro quanto também da Copa TIGO. Com um desempenho tão bem ilustrado pelos números, o Cerro ainda pode se orgulhar da marca de menor número de derrotas numa única edição da Copa TIGO, apenas 3, conseguidas nas primeiras 6 rodadas quando tudo parecia perdido.

A fase anda tão boa que até o meia prestes a sair, Luciano Boggio, carrega seu troféu para casa: o meia venceu o prêmio de gol mais bonito da Copa Libertadores pelo lindo tento marcado contra o Grêmio na partida em Nueva Olla. O meia que fica também comemora, afinal, Vusi Lebepe foi eleito o melhor meia africano da temporada.

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Outras Competições, títulos e lamentos.

Foram 3 competições disputadas pelo Cerro em 2031, uma delas comentada aos baldes, terminou em título da Copa TIGO, mas e as outras duas?

A Taça do Paraguai termina com o título do Olimpia, que aproveitou um torneio sem o Libertad eliminado no jogo de estreia diante do Guaraní, e sem o Cerro eliminado nos pênaltis pelo River Plate (PAR). Na final, o General Díaz tentou fazer frente mas com time e torcidas mais fortes, o Olimpia venceu impiedosamente por 3-1 e carregou para casa o troféu.

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A segunda eliminação aconteceu na Copa Libertadores, e foi amarga, mais ainda pelo que houve no desfecho: em partida jogada no Chile, Grêmio e Corinthians se enfrentaram pela final única e bem, o avassalador Grêmio, campeão brasileiro em 2030 e também em 2031, atropelou por 4-0 de forma impiedosa. Para Nandéz, que comentou logo após a final para a confecção do almanaque, isso aumentou a dor:

Talvez seja soberba de minha parte, talvez seja só um devaneio, mas eu assisti aquele jogo incrédulo em como o Corinthians foi passivo. É chato falar isso agora, soa como mal perdedor mas fico frustrado pois vencemos o campeão da América por 3-0 em nossa casa e entendemos o jogo deles, numa eventual final o Cerro não levaria jamais 4 gols. Mas fazer o que? Ano que vem tem mais”.

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E no que depender da formação, tem mais mesmo: os times jovens do Cerro, tanto os aspirantes (reservas) quanto o sub-21 tem seus motivos para celebrar. O time reserva foi campeão do torneio de aspirantes paraguaio com uma campanha tão dominadora quanto a do time de cima, foram 102 pontos com 116 gols marcados. Destaque maior para Matías Cáceres Silva, o artilheiro com 23 gols, eleito também o melhor do time na competição. Apesar desse destaque, os nomes já utilizados no profissional e que estão com observação mais a fundo da equipe técnica profissional são Porfirio Ruiz, Fernando Galeano e Jesus Meza Colli.

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A equipe sub-21, que tem em Jorge Baez o seu principal valor, terminou em segundo lugar o torneio nacional, atrás apenas do Olímpia. Foram 83 pontos conquistados e o melhor ataque da competição, com 94 gols marcados.

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As nuances do Plantel

Goleiros

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Foram 2 utilizados ao longo da campanha: Michel Aguero como o grande titular e Arnaldo Esquivel, utilizado em um sistema de rotatividade. Curioso pensar que o reserva é mais convocado para a seleção que o titular, mas temos de assumir que o nível é bem parecido e as atuações refletem isso. Aguero entra para a história, são 24 jogos sem sofrer gols, em 45 partidas, uma média superior a 0,5, que foi a média de Esquivel. Aguero chegou a mais de 100 defesas no campeonato, sendo 95 seguras, 57 espalmadas e 38 dessas com a ponta dos dedos. Esquivel, por sua vez, sofreu pela falta de ritmo, a situação nem sempre foi amena e pode estar de saída, ainda assim, termina a temporada com bons números proporcionalmente ao que jogou.

 

Defesas

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(Ignorem Giacinti, que na verdade é meia) Dizem que todo grande time começa por uma grande defesa, e se o jargão tem erros ao longo da história, não se pode falar isso do Cerro Porteño em 2031. Ramón Blando e Gustavo Delvalle foram uma dupla de zaga espetacular, segura e adaptada ao modelo tático do time durante toda a temporada. Os reservas imediatos Caballero e Morel nem mesmo são zagueiros de origem, são jogadores que fazem a lateral, mas dada a boa velocidade e jogo aéreo, conseguiram repor a altura sempre que necessário.

Na esquerda, nunca houve um titular efetivamente e os números nos mostram o porque: Urribarri e Gómez Ali revezaram o tempo todo e a questão física foi muito mais influente na escolha de quem entrava. Números por números, Urribarri esteve um pouco abaixo na comparação, mas sempre manteve o nível. Na lateral direita, Oscar Valencia demorou com o processo de adaptação, podemos dizer que ele não manteve o nível de Acosta, especialmente ao chegar, mas o jovem colombiano apareceu em momentos cruciais, fechou o ano com o único Homem do Jogo que conquistou, e merece a confiança para a sequência.

 

Meias

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Setor de sustentação do time que deve ser dividido em 2: os homens da linha central, normalmente Galeano e Garayar, sendo o primeiro um dos principais destaques da temporada. O jovem foi repatriado em negociação incomum, pedido do treinador recém-chegado a época, e desde o começo foi dono do time, como comentou Nandéz: “Galeano é um cara fantástico, que me encanta desde que eu via o Paraguai Sub-20, ele abre o jogo no passe, se movimenta bem pra sempre receber livre e aqui, esse ano, mostrou a capacidade de conduzir bola em velocidade, além da chegada na área pra finalizar. Em resumo, ele faz tudo” e foi fazendo tudo que o meia atingiu uma classificação média de 7.43 nessa temporada. Garayar, seu companheiro de meio, também tem números impessionantes, em especial os 62 passes certos por jogo em média, número muito acima que favoreceu e foi favorecido pelo jogo de posse praticado pelo Cerro. Wilson Cano e Giacinti, apresentados na janela de meio de ano, destoaram, embora Cano tenha elevado sua média e participações nessa reta final de campeonato, e dá esperanças para que continue evoluindo na próxima temporada. Sobre Luciano Boggio, a perda será sentida de um atleta que atuava em altíssimo nível quando foi afastado, mas nem Boggio e nem a equipe técnica azulgrana conversam sobre o assunto.

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Quando o assunto é meias ofensivos, bom, o mundo gira em torno de Vusi Lebepe. Demorou para que o sul-africano caísse nas graças da galera, mas o jogador tem uma veia decisiva impressionante: dos 18 gols, 10 deles foram contra Olimpia, Libertad e Guaraní, 3 equipes tradicionais. O meia ofensivo de muita chegada a área se destaca ainda pela quantidade de remates, são mais de 4 tentativas por jogo, e se comparados aos passes, vemos que sua função é mesmo a de um atacante mais recuado. Pelas pontas, Orlando García não decepcionou mas de fato não atingiu o nível que era esperado dele, e destoa negativamente, enquanto César Rojas era tão pouco falado no começo mas não deixou ninguém com saudades de Ramírez, atualmente no Vasco.

 

Ataque

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São 3 atacantes para a temporada toda, mas Luca Franco logo foi descartado e pouco utilizado. O argentino chegou a pedir para sair em determinado momento mas se arrependeu. Depois de 4 anos sem gols, ele retoma a confiança ao marcar 3, mas realmente não tem o nível do Cerro. Especialmente porque a concorrência...

Miguel Angel Navarro não foi o centroavante que se esperava, iniciou titular após a ótima estreia, mas pecava diante do goleiro, com o tempo passou a disputar espaço pela ponta direita com Rojas e, enfim, teve sua crescente. Seus números são positivos e o atacante chegou a disputar 36 partidas na temporada, um verdadeiro 12º jogador. O destaque e dono do campeonato, como já mencionado, foi Marcos Cañete: 35 gols em 49 jogos, média de 0,71%, fora as outras 9 assistências. Tudo isso porque Cañete fazia quase 5 remates por partida e acertava mais da metade, foi disparado o atacante que mais finalizou na Copa TIGO, e tem um cartel impressionante de gols. Os números dele são tão absurdos que Nandéz nos confessa “Eu deveria tê-lo chamado para a Copa do Mundo, fiquei em dúvida e aí o cara semanalmente joga na minha cara o arrependimento”. Falar de Cañete é falar de gols e é justificar o título do Cerro, é um desfecho justo trazê-lo seus números aqui e concluir a análise do plantel com ele.

 

Papo com o Treinador

Recém formado com a Licença A Nacional, mirando a Licença Pro Continental, fecharemos essa revista conversando com uma das principais figuras do Paraguai nos últimos anos: em sequência, Nandéz conquista o acesso com o Resistencia, sobrevive a uma temporada na TIGO mesmo diante de adversidades, leva a seleção paraguaia a uma Copa do Mundo e volta ao futebol local para mostrar aos críticos que a sua chamada pela federação era sim muito justa. Hernandéz Fernandéz é o personagem da vez, nos recebe em sua casa para um bate papo informal.

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Perfil do Treinador e Atributos | Números e Estatísticas da Carreira

Com o título, te vemos no Quadro de Honra dos treinadores paraguaios, junto a nomes consagrados como Gustavo Benítez e Francisco Arce. Qual a sensação de figurar essa honraria? O que podemos esperar de você nesse sentido? E o que mudou do seu primeiro título para o segundo?

Bom, fico feliz e honrado em ser alçado a esse posto de forma tão rápida, eu nem vejo com essa pompa toda pois alguns nomes com 1 título nacional figuram ali e isso significa que nosso país sofre na formação de treinadores, apesar disso, espero marcar meu nome na história do país e chegar aos mais variados topos, não só do quadro de honra. No mais, desde aquele longínquo título com o Loterías, eu perdi em vitalidade, não faço mais os festejos que faziam para celebrar, mas ganhei em maturidade, cabeça e trato com o elenco. Hoje esse elenco me ama, coisa que demorei a entender como se faz.

Quando você chegou no Cerro, o que viu? E o que esperava depois de um início tão ruim, com 3 derrotas em 6 jogos?

Vi um grande time! Faltavam peças para composição de elenco, mas se observar nosso time que terminou a temporada, todos já estavam quando cheguei, salvo o Lebepe e o Valencia. Nessas horas, confiança é fundamental e eu sabia que era necessário ganhar os jogos para embalar, tanto que após o início, eu tinha em mente que nosso campeonato era contra nós mesmos e só olharíamos a tabela quando fosse conveniente. Os resultados vieram e, em determinado momento, eu sabia que nos éramos imbatíveis, aguardando ansiosamente pelos jogos contra o Libertad.

E quando foi que você disse “Seremos Campeões”?

Nunca disse isso até sermos campeões, mas senti que o trabalho estava sendo bem feito na segunda partida diante do Libertad, que vencemos por 3-0. Por toda a expectativa que rondou aquele jogo, foi um atropelo que reforçou nossa confiança, todo o time voltou para casa ciente de que nós éramos os melhores do Paraguai e a tabela confirmaria isso cedo ou tarde.

E o futuro?

O futuro é glorioso, meu caro. De forma imediata, quero reforçar o Cerro, montar um elenco ainda mais competitivo e fechar essa ferida da Libertadores, preciso conversar com meus meninos e saber quem quer ficar, para então pensar em quem contratar. Sobre o futuro futuro, bom, o topo me espera. Hernán Crespo que se cuide, pois um dia eu chegarei no nível dele e vocês verão um exemplar de sucesso como o cara mais rico desse continente. (Segue a lista dos 6 técnicos mais bem pagos do Continente abaixo)

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O almanaque era encerrado com um pôster do time campeão, onde eu devidamente apareço, diferentemente do convencional. Na mesma hora, liguei para Rivinha para agradecer e sanar algumas dúvidas:

- Vem cá, Rivaldo, adorei mas porque fica aparecendo esse site de apostas em baixo? Você sabe que eu não me envolvo mais com isso.

- É porque a versão sem anúncios só para assinantes premium, e você não comprou o serviço de leitura da EditoRojas.

- Pera aí, esse almanaque, e o outro, só existiram por minha causa! Como eu não sou assinante premium?

- Nandéz, entenda, amigos amigos, negócios a parte. A assinatura não custa nem 15 reais mensais, basta você querer que é possível ajudar o trabalho de seu amigo.

- QUINZE REAIS? - eu dei um grito no telefone – Você está de brincadeira, nem minha assinatura de jornal é tão cara e, acredite, eles me dão informes diários.

- Se não está satisfeito, contente-se com meu presente e a versão com anúncios.

Depois de alguma conversa vai e outra conversa vem, a solução foi uma só: post pago. Encerro a atualização com uma postagem em meu Instagram, o casaco da EditoRojas e uma fala bem desenvolta mas muito mal escrita

- Quer conhecer os melhores conteúdos de imprensa esportiva do Paraguai? Saiba como eu me informo e confere a página da EditoRojas.

15 segundos de vídeo, melhor que pagar 15 reais mensais...

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  • Peepe changed the title to Eu amo o Dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul - Um Campeonato para ser eternizado. 01/12

Reta final impecável e conquistou o título de forma inesquecível, parabéns. O time não relaxou nem mesmo quando já estava ganho, o que mostra a força do Carro no Paraguai.

Agora vem a segunda etapa, que é confirmar novamente a taça e conquistar a tão sonhada Libertadores. Vai ser bem interessante de acompanhar.

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boa nandito! Taça em casa, momento para encher de pinga, e aproveitar a noite. Talvez até ligue para una guapa! 

Campanha irretocável, gostei muito da meiuca do time, parece ser um time que roda bem a bola quando tem a posse, a disparada que deu e as vitorias em cima do libertad tiraram o cerro da fila. E agora? O que o futuro reserva para o nandito?

Parabens e boa sorte na sequencia!

 

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Em 01/12/2020 em 15:24, Peepe disse:

15 segundos de vídeo, melhor que pagar 15 reais mensais...

As definições de mão-de-vaca foram modificadas com sucesso. hahahha

Excelente temporada. O que dizer? Mesmo perdendo jogadores importantes, garantiu o título e ainda fez muito bonito, jogando contra um Corinthians vermelho ???? e sendo eliminado após 2 empates. Sinceramente, dá pra sonhar com a Liberta. Se o @CCSantos conseguiu com o Corá, vc consegue com o Cerro maior.

Eu acho que depois do Paraguai, a próxima parada para Nandito será Argentina ou Brasil. O cara tá ficando grande demais pro continente.

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Em 02/12/2020 em 10:58, Tsuru disse:

Reta final impecável e conquistou o título de forma inesquecível, parabéns. O time não relaxou nem mesmo quando já estava ganho, o que mostra a força do Carro no Paraguai.

Agora vem a segunda etapa, que é confirmar novamente a taça e conquistar a tão sonhada Libertadores. Vai ser bem interessante de acompanhar.

Obrigado pela participação, Tsuru!

O Cerro tem potencial e o time está bem encaixado, pelo que vejo do mercado de transferências existe um medo dessa ser uma geração que não tem reposição tão fácil e manter o time em cima será um desafio, espero chegar forte pela Libertadores mas tenho o temor de começar tão bem e ficar mal acostumado.

 

16 horas atrás, Valismaalane disse:

boa nandito! Taça em casa, momento para encher de pinga, e aproveitar a noite. Talvez até ligue para una guapa! 

Campanha irretocável, gostei muito da meiuca do time, parece ser um time que roda bem a bola quando tem a posse, a disparada que deu e as vitorias em cima do libertad tiraram o cerro da fila. E agora? O que o futuro reserva para o nandito?

Parabens e boa sorte na sequencia!

 

Obrigado pelo comentário, Vali!

Ser campeão é bom né? Quanto tempo que o Nandéz estava sem sentir esse gostinho...

Então, esse é um dos grandes times que treinei e o encaixe é espetacular, a combinação MAA e CJA comprometeram menos do que eu imaginava defensivamente e, tendo um time superior aos adversários, é importante jogar pra cima que o jogo te recompensa. Foi uma temporada memorável ainda que a Libertadores tenha gosto amargo.

O futuro reserva trabalho e muito trabalho, só isso.

 

4 horas atrás, marciof89 disse:

As definições de mão-de-vaca foram modificadas com sucesso. hahahha

Excelente temporada. O que dizer? Mesmo perdendo jogadores importantes, garantiu o título e ainda fez muito bonito, jogando contra um Corinthians vermelho ???? e sendo eliminado após 2 empates. Sinceramente, dá pra sonhar com a Liberta. Se o @CCSantos conseguiu com o Corá, vc consegue com o Cerro maior.

Eu acho que depois do Paraguai, a próxima parada para Nandito será Argentina ou Brasil. O cara tá ficando grande demais pro continente.

Fala, Marcio, obrigado pelo comentário.

Mão-de-vaca não, econômico hahaha se todo 15 segundos valesse 15 reais, quanto seria o salário do Nandéz? Deixo o questionamento para defender o ponto de vista de nosso herói.

O Corinthians vermelho é vacilo meu que apaguei o arquivo dos times brasileiros, consertei os nomes mas aparentemente faltou o das cores e eu não conferi isso na hora. Eu também espero sonhar com a Libertadores e, tal qual falei em outros momentos dessa história, me vejo anos no Cerro quebrando o tabu continental da equipe mas o futuro é imprevisivel demais na vida de alguém que se pauta por dinheiro. O save do @CCSantos é um dos quais vejo com carinho na parte dos saves encerrados e é um exemplo diante de algo que eu percebi nos meus anos de Resi e Cerro, o Campeonato Paraguaio é muito bom para se construir carreira. Tanto na questão esportiva, pois existem duas forças que são soberanas e vão sempre te desafiar (Libertad e Cerro) num formato com 4 confrontos diretos, como na questão administrativa e de rentabilidade, o Resi recém-subido era lucrativo na elite graças a bilheteria e o Cerro, sem ter nenhuma grande venda, tem quase 100 milhões de saldo global em 11 temporadas. Sem fazer forças vejo que o Cerro tem todas as condições de se igualar aos maiores da Libertadores, só falta um crescimento de reputação que dê aos jogadores vontade de permanecer no clube (ainda não esqueci a venda do meu lateral titular para o Paraná Clube).

Bem,  concluindo, o dinheiro está em Argentina ou Brasil, sinto que vai acontecer cedo ou tarde mas quando? Evito previsões, estou com a cabeça no Cerro rs.

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Campeão nacional. Parabéns, mas ficou aquele gostinho amargo em saber que poderia ter ido mais longe na Libertadores. Espero que consiga ficar mais uma temporada no clube para tentar ganhar a Libertadores. Boa sorte na próxima temporada.

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Parabéns pelo título Pepe!! Mesmo já estando meio desenhado após a última atualização, quando realmente acontece dá aquele gostinho de felicidade, foi merecido.

A derrota na Copa do Paraguai acredito que tenha sido a pior da temporada. A Libertadores, embora tenha sido doída, o time ficou entre os 4 do continente e isso é pra ser lembrado por alguns anos mais.

Gostei da sua análise dos times de base do Cerro, fiquei impressionado com os valores que você tem nos time juvenis, o que é de se esperar, levando em conta que o Cerro é um dos maiores do país. O Jorge Baez deverá ter um futuro incrível.

Pera lá, reclamando de 15 reais? HAHAHAHHA. Já é o melhor treinador do Paraguai, 15 reais é dinheiro de pinga, se é que o Nandez ainda beba hahah. 

Ps: Valeu confiar no africano como Avançado Sombra. Nem a lesão tirou o brilho dele no final da temporada. Parabéns pela aposta tática e no jovem. 

Boa sorte na sequência!!

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Em 03/12/2020 em 16:56, LC disse:

Campeão nacional. Parabéns, mas ficou aquele gostinho amargo em saber que poderia ter ido mais longe na Libertadores. Espero que consiga ficar mais uma temporada no clube para tentar ganhar a Libertadores. Boa sorte na próxima temporada.

Valeu pelo comentário, LC!

A expectativa é a de manter esse ano a mais e fechar essa ferida, mas vou ter trabalho para manter o time e reforçar pois vejo que a equipe já bateu no teto que a reputação do time e da liga permitem.

2 horas atrás, ElPerroMG disse:

Parabéns pelo título Pepe!! Mesmo já estando meio desenhado após a última atualização, quando realmente acontece dá aquele gostinho de felicidade, foi merecido.

A derrota na Copa do Paraguai acredito que tenha sido a pior da temporada. A Libertadores, embora tenha sido doída, o time ficou entre os 4 do continente e isso é pra ser lembrado por alguns anos mais.

Gostei da sua análise dos times de base do Cerro, fiquei impressionado com os valores que você tem nos time juvenis, o que é de se esperar, levando em conta que o Cerro é um dos maiores do país. O Jorge Baez deverá ter um futuro incrível.

Pera lá, reclamando de 15 reais? HAHAHAHHA. Já é o melhor treinador do Paraguai, 15 reais é dinheiro de pinga, se é que o Nandez ainda beba hahah. 

Ps: Valeu confiar no africano como Avançado Sombra. Nem a lesão tirou o brilho dele no final da temporada. Parabéns pela aposta tática e no jovem. 

Boa sorte na sequência!!

Fala, ElPerro, obrigado pela participação!

A derrota na Taça do Paraguai foi ruim mas num torneio que ninguém ligava, sem cobrança da diretoria e com um time alternativo. Hoje eu lamento porque subiria umas posições no quadro de honra, mas agora é tarde demais pra lamentar. A Libertadores foi doída, como você bem disse, perder em um gol contra é triste mas vamos em frente porque tem mais na próxima temporada.

Confesso que os times da base não me enchem tanto os olhos, mas o Baez e o Cáceres Silva são os nomes que mais tenho expectativa e devo dar mais tempo de jogo a alguns desses garotos, é muito difícil contratar paraguaios e apostar nas pratas da casa acaba sendo mais vantajoso pra compor elenco.  Quanto aos 15 reais, não é o valor, é o princípio!

Sobre o Avançado Sombra, tenho um fraco com a função e sempre que vejo um meia ofensivo com finalização boa já penso logo em encaixá-lo assim no time. A temporada do Lebepe é espetacular e ele cumpre exatamente com aquilo que eu sonhava, um cara de condução e finalização pisando na área o tempo todo, pena que a multa é baixa e ele usa o clube como trampolim para algo maior. Até dá pra manter mais um ano mas o potencial econômico dele vai ser desperdiçado.

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Nada novo no ano novo!

Os meus últimos 4 anos de carreira em clubes se dão dentro de equipes paraguaias, certos costumes já viraram rotina e o maior impacto disso está nas festas de final de ano: após uma primeira eufórica nos anos de Resistencia, todas as viradas são tímida e contida, afinal, dia 01 já tem treino, dia 02 já tem pré-temporada e a Copa TIGO sempre se inicia próximo ao dia 20.

Não só pouco festejei como praticamente só trabalhei: nós tínhamos dinheiro em caixa e necessidades latentes, a saída de grandes craques era o grande fantasma de dezembro e a busca por reforços era incessante. O fato de reformular toda a comissão técnica foi um ponto que chamou a atenção, nossos observadores mudaram e a equipe de recrutamento ganhou um Diretor Esportivo e outro Diretor Técnico. O primeiro cargo, inclusive, é ocupado por Nicolás Burdisso, argentino de 2 Copas do Mundo e uma reputação gigantesca, estava há 10 anos no Instituto ocupando esse cargo e se mostrou satisfeito com a oferta que lhe fora feita. Para facilitar o entrosamento, ele foi meu ilustre convidado na noite da virada e quando os fogos cessaram, voltamos a mesa com sua prancheta no tablet e passamos a discutir por horas os nomes que viriam nos reforçar. Certa hora, Rivinha se incomodou

- Ei, Nicolás – pensem numa voz já embargada – eu hoje só lhe chamarei de “Bur” para ver se você deixa disso HAHAHAHAHA

Depois de quase cair, ele voltou para os braços de sua namorada e a noite prosseguiu.

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Com relação as transferências, a preocupação girava em torno de 3 nomes: Marcos Cañete, Vusi Lebepe e Ronald Galeano. Os 3 principais nomes do time na última temporada eram jogadores de boa idade, boa técnica e uma reputação crescente, alvo certo das propostas externas e o Cerro não podia bancar suas permanências, portanto, era preciso solucionar o problema antes dele existir.

Se Cañete foi o artilheiro da última Copa TIGO, nada melhor que ter em sua reserva o vice-artilheiro dela! Foi com esse intuito que fizemos a proposta por Tim Ocampos, centroavante do Nacional (PAR) que tem características muito parecidas com Cañete e cumpre a mesma função. Na última TIGO ele marcara 23 gols, um número impressionante, que só reforça a boa qualidade. Pela bagatela de 3,6 milhões, Ocampos foi a primeira certeza da temporada e chegou repleto de expectativas.

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Também para o ataque, Noé Hernandéz era fruto de observação desde minha chegada no Cerro pelo bom desempenho que teve no General Díaz. Apesar de atuar em 35 ocasiões em 2031, o atacante acabou dispensado e eu enxerguei a oportunidade: Noé chega para ser o nosso “Luca Franco” de 2032, isto é, o atacante reserva com chances pontuais e tempo de jogo dentro das Taças, podendo ser alçado a reserva imediato com a saída de Cañete e a depender do desempenho. Pensando em futuro, pela primeira vez na carreira, busquei Aldo Escobar e Juan Ezquerro no Sol de América. Ambos jogadores em casos emergenciais podem jogar no time de cima mas essa é uma aposta pessoal para os próximos anos de Cerro.

Para a linha de meio campo ofensivo, não foi encontrado ninguém do nível de Lebepe e a multa rescisória de 6M segue me provocando arrepios, no entanto, o que eu posso fazer? Mesmo confiando em Cano para a função, fui atrás e encontrei Fábio, meia de 20 anos dispensado pelo Vitória, e bem completo em todos os atributos. É o cara que vai ser preparado para a função caso percamos o Lebepe. Ainda na linha gratuita, Saimon Bickel é um negócio fechado desde julho, quando faltavam 6 meses para o fim de seu contrato, e chega para ser mais uma opção na ponta esquerda, hoje ocupada por García mas sem um reserva capaz de disputar posição.

Para a reposição de Galeano e reforço na dupla de zaga reserva, procurei muito, coloquei os olheiros para trabalhar mas eu precisava de opções nacionais, visto que a cota de 10 estrangeiros bateu, e não encontrei nada que me enchesse os olhos. A solução foi contornar internamente: renovei o contrato de Galeano e garanti sua felicidade dentro de casa, fechei o meio campo com ele, Cano, Garayar e Giacinti; na defesa subi em definitivo o zagueiro Jesus Meza Colli após a saída de Mario Morel, mas esta me deixou vulnerável na lateral direita e nessas horas, o telefone teve que trabalhar:

- Alô, Denis? Quanto tempo, meu amigo!

- Ah, Nandéz, que saudades de nossa vida, meu irmão, como vai a família?

Foi num bate-papo descontraído, e após tomar um não do lateral que eu realmente queria, que trouxe Hugo Denis da reserva do Caaguazú por 775 mil reais.

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Eu temi tanto as saídas que sequer me dei conta de quem realmente queria sair: como já dito, Mario Morel pediu e a oferta do Newells realmente atendia aquilo que eu esperava financeiramente. Outro nome a sair foi o goleiro Michel Aguero, ele estava em último ano de contrato e nas primeiras propostas recusadas deixou clara a sua revolta, ameaçando não renovar. Por se tratar de um início de temporada, por confiar em Esquivel apesar das falhas no último ano, e por ter 2 bons goleiros nos times reserva e sub-21, eu negociei com o Vitória e me dei por satisfeito com os 4,5 milhões de reais ofertados a vista. Dois jovens (Fabián Cardozo e Aldo Escobar) foram emprestados para ganhar rodagem, Escobar inclusive incluiu esse pedido na hora de sua contratação e passou pouco menos de 1 mês no clube antes de fechar com o Trinidense.A última e dolorida saída fica por conta daquela que era mais inevitável: Cañete voltou a receber propostas do Palmeiras, mas sempre em valores muito abaixo do normal. Quando o Santos entrou na jogada, eu sabia que aquele era seu destino favorito, e facilitei: comecei pedindo 50 milhões enquanto os brasileiros ofertavam 4,5. Diminuí a pedida, eles aumentaram a oferta e ao final ficamos em 32 milhões de reais. Vai parecer pouco, hoje o jogador já vale 44 milhões e seu salário está na casa do 1 milhão mensal, mas Cañete sozinho garantiu aos cofres azulgranas mais que qualquer uma das janelas de transferências entre 2019 e 2032. Se tirarmos a última, inflacionada pela venda de Benítez, os 32 milhões são mais que o dobro de qualquer janela no período. Demonstrativo de como vende mal o Cerro e que ainda assim não precisa disso para estar financeiramente estável. Segue a parte financeira aqui.

Janeiro/2032

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3-1 Nacional | 2-1 3 de Febrero4-1 Olimpia 

Indo de encontro aos jogos. Este mês começa com 2 amistosos e a nossa política pendular, ou seja, em um momento Brasil e em outro Argentina. De destaque fica a atuação do goleiro André Francisco, do Corumbaense, na primeira partida. Possivelmente a melhor partida que já presenciei de um arqueiro em minha vida, o 1-0 poderia ser 8 ou 9 em noite menos feliz do grande goleiro.

Com relação a Copa TIGO, ela se iniciou e pela primeira vez nós viramos favoritos pela imprensa. Sobre os jogos, uma tendência foi vista em janeiro: o Cerro virou um time de segundo tempo e pior, um time que precisa tomar gol para começar a jogar. Na estreia diante do Nacional, foram eles que abriram a contagem com Figueiredo de cabeça após o escanteio. A preocupação era latente, o time era outro dentro de campo. Na base dos gritos de ódio a beira do campo chegamos a virada em 2 minutos: primeiro Navarro fuzila aos 60’ e depois Cañete, aos 62’, aproveita escanteio para marcar. Foi Cañete também quem marcou o 3º aos 82’ e teve a bola para seu hat trick aos 84’ mas desperdiçou a penalidade. Nada que comprometesse e nem que diminua a saudade.

Na sequência, contra o 3 de Febrero repete-se o processo: gol sofrido numa cobrança de escanteio, 0-1. Em determinado momento do segundo tempo resolvi inovar, lancei Ocampos de PL e puxei Cañete para a ponta direita de Ponta de Lança Aberto. A função deu resultados pois foi dele, de cabeça, como um autêntico ponta de lança, o empate aos 84’, 1-1. Quando o empate já estava sendo aceito, Uribarri chega ao fundo, cruza e Wilson Cano cabeceia firme para marcar o da vitória, 2-1. Valeu pelos 3 pontos e pela pulga atrás da orelha.

Contra o Olimpia, repete-se o processo: aos 20’ Teodoro Pilsca vai as redes após falta lateral, 0-1, e novamente Cañete de Ponta de Lança Aberto, dessa vez pela ponta esquerda. Para ser romântico e filósofo, existem momentos que mais parecem escritos pelo destino: no intervalo de jogo, Ocampos entrara no time e Cañete ocupou a ponta. Como numa passagem de bastão, Cañete observou atentamente seu substituto cair nas graças da galera. Aos 57’ a defesa afasta mal, Ocampos aproveita e empata o jogo, 1-1. Aos 61’ é a vez de Rojas subir de cabeça para virar a partida, 2-1, e 4 minutos depois é Ocampos que volta ao comando: ele aproveita rebote de Rojas e chuta para o gol vazio, 3-1, e nos acréscimos o mesmo Rojas é derrubado, Ocampos pede para bater, desloca o goleiro e completa seu hat-trick. Naquela que viria a ser a última partida de Marcos Cañete com a camisa do Cerro, Tim Ocampos, contratado para substitui-lo, marca seu primeiro gol e hat trick com a camisa azulgrana.

 

Fevereiro/2032

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8-0 Independiente | 4-1 General Díaz | 4-0 Sol de America | 1-1 Sportivo Luqueño

Para fevereiro, decidi largar de vez a ideia do avançado interior na esquerda e adotei o Ponta de Lança Aberto na função desde o começo dos jogos. Na teoria, o jogador faz exatamente aquilo que se espera de um avançado interior bem ofensivo, ele é um atacante de lado de campo, está sempre a procura de espaços e vai pisar na área o tempo todo para finalizar. Por isso mesmo, é fácil de observar que o PL Aberto tem todas as instruções relacionadas com a ocupação de espaços e a função casa bem com um extremo preparando as jogadas para a sua finalização. Notei também que a função chama mais a responsabilidade para si e é comum ver seus meias procurando o PL Aberto com passes longos de cara na saída de bola, o que dá a bola a ele fora da zona de finalização. Recomendo que essa função seja usada com um jogador de bom drible, para fugir da marcação nessa referência, e utilizada com um ala lhe apoiando, mas ainda estou aprendendo sobre e deixo a pergunta: você já utilizou um Ponta de Lança Aberto? O que funcionou nessa posição? Como não mudei mais nada na tática, não vou estender detalhes sobre ela mas deixo aqui a imagem meramente ilustrativa para caso alguém deseje cornetar (e fique a vontade para tal)

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Com Bickel e García revezando na função, e Noé treinando para melhor se adaptar (afinal, quem melhor para ser um PL aberto do que um PL), fomos em frente em fevereiro.

Diante do Independiente, Cañete foi ao jogo pela última vez e assistiu do banco a partida. A negociação estava em vigor e preferi dar confiança a Ocampos. Funcionou para ele mas principalmente para o nome do mês, Vusi Lebepe. O sul africano marcou 3 gols, deu 3 assistências e foi o nome da maior goleada da história do Cerro no campeonato nacional, um 8-0 implacável e a primeira partida sem sofrer gols na temporada.

Os ventos de otimismo sopraram quando Lebepe voltou a marcar, aos 6’, na partida diante do General Díaz. Depois de 3 viradas consecutivas, voltavamos a ter segurança nos placares. Tudo bem que o empate veio no segundo tempo com Alberto García, mas foi seu familiar de nome Orlando, o nosso García, que voltou a pôr o Cerro em vantagem, 2-1. Dali pra frente a porteira abriu e o 4-1 serviu para Meza Colli, zagueiro de 20 anos, balançar as redes pela primeira vez no time profissional. No jogo seguinte, diante do Sol de América, mais uma partida tranquila com Vusi em grande: o sulafricano abriu a contagem e ampliou logo de cara, deu a assistência para Rojas fazer o terceiro e viu Ocampos fechar a contagem, num jogo maravilhoso de nosso ataque, mas nosso primeiro teste defensivo que pedia atenção, se o PL aberto resolvia os problemas de frente, ele cede muitos espaços no meio campo e o Sol teve um número de finalizações mais alto que o normal.

Desconfiança que se suspeita, tristeza que se confirma. Na semana seguinte o modesto Sportivo Luqueño veio em nossa casa, igualou a partida e fez um jogo memorável a todos os 2600 visitantes. Quando Lebepe perdeu o pênalti aos 34’, o cheiro de chorume cresceu até empestear o ambiente. Por sorte, Caballero de cabeça abriu o placar a nosso favor aos 70’ mas quando Victor Ramos converteu penalidade, ninguém foi capaz de dizer que o placar final em 1-1 era injusto. É preciso compensar, mas como? Isso é papo para os próximos capítulos…

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Apesar de tudo é líder! Tal qual o Brasileirão 2020, nós somos líderes em pontos ganhos e o Libertad é líder em pontos perdidos. Dado o fato do Nacional disputar a pré-Libertadores, a partida contra o Libertad foi adiada e está em débito no atual momento, entretanto, tal qual a última temporada é fácil perceber que o campeonato vai polarizar entre os 2 maiores do país, a distância da dupla já está em 5 pontos para o Sol de América e 10 pontos para o Olimpia, uma força que poderia emergir. Pelas lições aprendidas na última temporada, vamos em frente aguardando as oscilações e buscando oscilar menos. Fato curioso que esse ano o jogo entre Cerro Porteño x Libertad fechará o campeonato na última rodada. Já imaginou chegar lá disputando o título?  

Libertadores - Nuestra Obsesión

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Como nada na vida é festejar, o sorteio da Libertadores nos colocou diante do grupo da morte mais uma vez: caímos no grupo C diante do Barcelona de Guayaquil, atual campeão equatoriano, e do São Paulo, 3º colocado no último campeonato brasileiro. A última vaga vinha da pré-Libertadores e foi decidida por Nacional (PAR) x Palmeiras. Eu não precisava ter esperanças, já poderia lamentar direto o fato de encarar dois brasileiros no mesmo grupo, mas o Nacional venceu o Palmeiras na ida em São Paulo por 2-1. A remontada alviverde vem com gols aos 84’ e 90+4’ num 3-1 dentro do Paraguai que lhes classificam para a próxima fase. Com dois brasileiros e dois campeões nacionais, o nosso grupo C é o mais próximo que se pode chamar de grupo da morte.

O único caminho possível é não perder em casa, tentar vencer as duas contra o Barcelona, e torcer para que São Paulo ou Palmeiras disparem em campanha impecável, tal qual o Grêmio na última fase de grupos. Ao menos, a Sulamericana é um título realmente possível, diria eu quase obrigatório.

 

Conversas e Devaneios da vida de Nandéz

Sábado, 9h da manhã. Dia de folga em meu mais novo curso, para tirar a licença continental C.

Uma batida inesperada na porta, algo rápido e de alguém visivelmente com pressa. Quando abro dou de cara com um homem mais jovem que eu, embora nem tão jovem assim, bem vestido com 3 pessoas atrás de si.

- Hola, Nandéz! Conhece a palavra de nosso Principe?

Eu olhei confuso, ainda estava de pijamas, quando outro homem se pronuncia:

- Sou eu, muito prazer, chame-me de Enzo. Conversamos com você por telefone, senhor Hernandéz, se recorda?

E sim, eu me recordava. Enquanto recepcionava as visitas, colocava-as sentadas no sofá e procurava a melhor roupa que eu tinha e não precisaria passar, minha cabeça voava pelos tempos de Humaitá, pelos bancários que sabiam todas minhas desculpas e pelo meu carro velho que nem aguentava fazer a viagem de Ciudad del Este para Assunção. Volto a sala, tradicional camisa polo pendurada no cabide e uma calça jeans não falhariam nesse momento.

- E então, podemos conversar? Para começar, como vocês entraram passando direto pela portaria?

Nessa hora, outro toque na porta e ainda mais insistente, uma voz que eu conhecia gritava: “Desgraçado! Você não pode fazer isso”

O que aconteceu naquela sala? O que isso muda na vida de nosso muquirana favorito? Bem, deixo todos livres para palpitar, as dicas estão na atualização.

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  • Peepe changed the title to Eu amo o Dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul - Nada novo no ano novo! 05/12

Parabéns pelo título! Meio atrasado, mas ainda vale haha.

Ganhou com folgas a Copa TIGO e havia quem duvidasse no começo da temporada. Será que repete o feito nesta temporada? Se ficar no Cerro, creio que sim.

Quando descreveu a final da Libertadores, achei que Nández largaria um "A gente vê o jogo do Corinthians e Grêmio imaginando que poderia sermos nós. Dando mais dificuldade para o Grêmio do que o Corinthians deu." Hahaha

Nessa temporada, nas transferências conseguiu fazer um bom caixa, só senti falta da situação financeira do clube para termos noção dos orçamentos e afins. E já começou a temporada como terminou a outra, atropelando tudo e todos. Seria lindo se chegasse na última rodada para decidir o título. Creio que se define mais cedo, mas seria massa. Já na Libertadores não deu muita sorte, não, né? Apesar disso, pelo o que fez na última temporada, creio que passa.

E quanto ao que muda na vida, confesso que não sou sagaz o suficiente para descobrir, vou ter que esperar pra ver haha

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  • Fujarra changed the title to Eu amo o Dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul
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      Eu e o Ricardo, lembro-me como se fosse hoje, embora isso tenha acontecido há tantos anos, assistíamos a uma brilhante aula sobre tática e esquemas do Professor Joel Carvalho. Rochele, nossa madrasta, tricotava um pagãozinho, enquanto Paula estudava hebraico.
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      Não deve ser novidade pra ninguém, mas o seu Roberto Justus deu uma entrevista dias atrás falando que umas das empresas das quais ele é sócio deve investir no futebol brasileiro, adquirindo alguma SAF. Indicou, ainda, conversas sobre o clube escolhido ser o Coritiba.
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    • Marcolation
      Por Marcolation
      APRESENTAÇÃO PESSOAL   Olá, pessoal!

      Como sou novo aqui no fórum achei por bem começar com uma pequena apresentação, uma vez que meu primeiro tópico no FManager já é um post de save aqui no Profissão Manager (acho que esse é o espaço certo para o tópico).

      Meu nome é Marcos, tenho 25 anos,  sou carioca e um Flamenguista que já foi bem mais apaixonado pelo clube e pelo futebol, e que tem um carinho especial por jogadores incompreendidos e odiados (leia-se injustiçados) pela imensa e implacável torcida do Flamengo. Se conseguir ser um pouco mais ativo nas discussões por aqui, podem aparecer comentários em defesa dos tipos de Márcio Araújo, Mancuello, Maxi "primo do Messi" Biancucchi, Renê, o ex-odiado Arão e por aí vai.

      Pela falta de tempo, provavelmente aparecerei em um ou outro post esporadicamente, e por aqui atualizando o save quando conseguir. Não vou criar pressão sobre o resultado ou periodicidade de atualização do save, e começo com expectativa bem baixa: me divertir, compartilhar, e quem sabe alguém curtir o jogo comigo.   No FM, sou praticamente novato, principalmente nas versões mais recentes do jogo, com introdução das funções e papéis, de mais opções táticas e jogo bem mais detalhado no geral. Joguei um pouco algumas versões bem anteriores (CM04, FM11, talvez outro que não lembro), e outros simuladores de treinador mais simples (e mais baratos) como o Brasfoot,  Master Liga no W11, Modo Carreira do FIFA 08 aos mais recentes... Nada que exige tanto quanto o FM.  Portanto, dificilmente esse save meu terá uma ascensão meteórica e títulos empilhados. Provavelmente é brigar pelo acesso e depois ficar longe da confusão por algum tempo.

      Sobre o fórum, desde que começou a pandemia ano passado, ficando em casa por longos períodos de tempo busquei sobre o estado atual do FM, e alguns vídeos e posts com a complexidade do jogo me aguçaram a curiosidade de voltar a jogar. Baixei o FM19,  e nas muitas buscas e leituras para aprender mais sobre todas as áreas do jogo encontrei o fórum e a área do PM. Acompanhei uma história aqui no início do ano passado, acho que já  finalizada à época: "A Revolução Húngara"; e estou acompanhando outra em andamento: "Eu amo o dinheiro! A história de um mercenário na América do Sul", duas ótimas histórias ficcionais e de FM, que foram a principal razão de resolver postar aqui e de, quem sabe, futuramente fazer um save ficcional. A história já está nascendo na cabeça, falta só todo o resto.  Comecei a acompanhar algumas outras histórias atuais também, e estou curtindo bastante os desafios e estilos diferentes de contar os saves.   Tiro aqui um momento para agradecer também aos diversos membros que disponibilizam conteúdo e comentários que ajudam a entender melhor a parte tática, além das traduções de ótimos guias de FM. Valeu demais!!!
      Uma breve contextualização sobre minha breve experiência com o FM desde o ano passado:
       
      Então, chega de lenga lenga, e vamos ao que interessa: O save!
         

      ESCOLHA DO TIME

      O Save será em apenas um clube: o TSV 1860 München, atualmente da 3.Bundesliga.
      Os motivos para escolha do time são: - Jogava bastante com o time em um longíquo Nintendo 64 na infância (International SuperStar Soccer ou algo do tipo), e sabe-se lá porque tomei carinho pelo clube.
      - Continuar nas ligas alemãs. Gostei do nível de jogo da liga no FM19, e na minha experiência a Bundesliga teve muita disputa e equilíbrio que não esperava e espero que se repita, dada a dominância do Bayern na vida real.
      - Começar na Terceirona me permite usar um novo estilo de jogo, mais direto e reativo, fugindo da emulação do Tiki-Taka que dediquei mais tempo me metendo.
      - Recuperar um dos times fundadores da Bundesliga, que já foi campeão e hoje amarga ligas inferiores. De quebra, reviver a rivalidade com um gigante do continente que virou o dono da cidade.
        O TSV 1860 MÜNCHEN   O TSV 1860 München, conhecido pela alcunha Die Löwen (Os Leões) ou apenas como Sechzig (Sessenta), é um tradicional time alemão da cidade de Munique, no estado da Baviera, fundado no ano de 1860.
      Com a prática do futebol presente desde 1899, o Sechzig venceu a Copa da Alemanha em 1942 (período manchado de sua história pela aproximação ao regime nazista alemão), e foi um dos 16 clubes fundadores da Bundesliga, em 1963/64. ano em que venceu sua segunda e última conquista da Copa, e acabou por vencer seu único título da liga na elite do futebol alemão logo na temporada 65/66. Os primeiros anos foram de protagonismo na disputa da Bundesliga, sendo considerado o principal time de Munique à época acima do Bayern, inclusive foi o primeiro time de Munique a ganhar a Bundesliga, mas, devido a problemas financeiros que minaram o clube no final da década de 60, os leões amargaram a queda de divisão ainda em 1970.
      Ficando por alguns anos em séries regionais ou até fora das disputas nacionais, o clube ainda conseguiu retornar à divisão principal em 77/78, logo rebaixado, subindo novamente no ano seguinte e sobrevivendo mais 2 temporadas, até ser novamente rebaixado. Com graves problemas financeiros, ao fim da temporada 1981/82 o clube não conseguiu obter sua licença da DFB (CBF alemã) e foi obrigado a disputar as séries inferiores do país. 
      Após anos de reorganização, o time voltou à Bundesliga em 1994/95, onde ficaria por uma década tendo algumas campanhas de destaque como um 4º lugar e vaga na Champions League em 99/00, ano em que inclusive venceram nos dois turnos o posteriormente campeão Bayern. Entretanto, após 10 anos na elite, o time fez sua última temporada na primeira divisão em 03/04. Foram diversos anos no segundo escalão do futebol alemão até a temporada 2016/17, quando diante de um público 62 mil torcedores na Allianz Arena (onde mandava seus jogos junto do Bayern) o clube foi rebaixado para a terceira divisão. Para piorar, o principal investidor do Sechzig, o milionário jornadiano Hasan Abdullah Ismaik, que anos antes se tornou dono de 49% do capital acionário do clube sob protesto de boa parte dos torcedores, se RECUSOU a pagar a licença para o time participar da 3.Liga, levando o time a ter de jogar a quarta divisão do futebol alemão no ano seguinte, a qual o time venceu, marcando seu retorno para a terceira divisão, onde se encontra no momento atual do save (e da vida real, uma vez que não subiram na temporada 19/20).
      Sobre o Bayern, as últimas vitórias sobre o rival em partidas oficiais  foram as da temporada 99/00, fazendo com que o Sechzig amargue uma série de 9 derrotas seguidas no clássico de Munique. No geral, a última temporada em que o 1860 München terminou a frente do Bayern na classificação foi a de 1966/67, onde foram vice-campeões com o rival vermelho logo abaixo. Desde então, o Bayern coleciona títulos e o 1860 coleciona decepções, algo que, espero, pode mudar em breve.
       
      DESAFIO   Tirar o 1860 München das divisões inferiores, tornando o time uma referência na Alemanha e um rival à altura do Bayern.


      OBJETIVOS

      OBJETIVOS PRINCIPAIS - Chegar na 2.Bundesliga
      - Vencer uma das divisões inferiores
      - Chegar na Bundesliga
      - 5 temporadas na Bundesliga sem rebaixamento
      - Chegar em competições Europeias
      - Chegar no Mata-mata da Champions
      - Vencer um título Nacional

      OBJETIVOS SECUNDÁRIOS - Vencer o Bayern de Munique em jogos oficiais
      - Invencibilidade em uma temporada contra o Bayern
      - Terminar à frente do Bayern na classificação em uma temporada
      - Me tornar um treinador ídolo do TSV 1860 München
        FIM DE SAVE
        - Demitido do clube a qualquer altura
      - Muitas temporadas seguidas na 3.Bundesliga sem acesso (6?, 7?, não tenho um número certo)
          INFORMAÇÕES IMPORTANTES DO SAVE
      O save será no estilo JET. Uma vez que tenho pouco tempo para efetivamente jogar e também para escrever, a atualização do save pode ser espaçada, não tenho uma ideia de periodicidade certa para não criar uma pressão que acabe tornando o jogo e a escrita uma obrigação e tirem a diversão do processo. No mesmo sentido, não tenho experiência e não devo dedicar tanto à parte visual do save, mas vou tentar não deixar a desejar nas imagens.   Acho que é isso! Logo menos estou de volta com o primeiro capítulo dessa empreitada.
    • JeanValjean
      Por JeanValjean
      Fala, pessoal! 
       
      Jogo o jogo desde o CM 03/04, já fiz saves memoráveis. Voltei a jogar com mais força no FM 2016, jogando depois o 2017 e agora o 2020. Digo isso por já saber das potencialidades e limitações, mas hoje parece que cheguei a um limite. Tem hora que não dá vontade mais de jogar e parece que o jogo está te fazendo de otário.

      Estou em um save no FM 2020 onde comecei na série B do Brasileiro com o América-MG, fui treinar o Palmeiras e tive um grande destaque, o que me levou a treinar o Arsenal depois de algumas temporadas. O Arsenal do FM 2020 é o pior time dos "big six" e foi uma luta para fazer um time para brigar lá na frente, mas, logo na primeira temporada, terminei em 2° lugar na PL e garanti uma final da Copa da Liga. Nunca tive a pretensão de ganhar a PL logo de cara, mas fui montando meu projeto para os próximos anos. Depois de uma constante nos 4 primeiros depois de três temporadas no Arsenal (2°,4° e 3°), fui para o 4° ano em boa fase, com um elenco muito entrosado e forte e quase sem alterações, fiz uma boa janela de transferências trazendo jogadores muito bons por preços baixos e consegui uma boa base para tentar disputar a PL.
      Pois bem, começo a quarta temporada no Arsenal voando, com alta compreensão tática desde o início e duas vitórias jogando muita bola contra Manchester United (campeão da temporada passada) e Liverpool (campeão da Champions) fora de casa. Embalo com o time, aí começam os jogos contra os times de baixo da tabela. Pego um West Ham em 19° e tomo um vareio perdendo de 2 a 0. Sigo em frente, faço mais alguns bons jogos com boas vitórias e pego o Leicester em 19° e tomo outro vareio. Qual a lógica nisso? Todo jogo que faço contra um time da parte de baixo da tabela parece que sou o Valladolid enfrentando o Real Madrid no Bernabéu. Meu meia central de 4 estrelas e meia que joga uma barbaridade perdendo todas as bolas e não conseguindo dar um passe certo tendo 16 de passe, meu lateral direito com 19 de desarme deixando passar tudo. Meu atacante com 18 de finalização e 16 de compostura perdendo gol na cara do gol com o goleiro rendido. O que acontece com esse jogo?
      Por conta disso, me vem à mente as temporadas anteriores e é sempre isso: time jogando uma barbaridade, pega um time no fim da tabela e toma um passeio. Parece que seu time todo desaprende a jogar futebol. E isso aconteceu em todas as temporadas. Com o Palmeiras, fui vice campeão do Brasileiro 3x seguidas simplesmente porque tropeçava em jogos contra Vitória, Chapecoense ou Avaí enquanto o Flamengo voava e raramente perdia um jogo. É tenso você montar um quarteto ofensivo com Philipe Coutinho, Arrascaeta, Scarpa e Pedro (metendo 30 gols em uma temporada) e não conseguir ganhar o Brasileiro. Com o Arsenal, é a mesma coisa. Me mantenho na disputa pelos 3 primeiros lugares até o momento em que pego times que estão lá embaixo. Aí a derrota é certa. Eu entendo perfeitamente que zebra é natural vez ou outra, mas toda vez? Não faz nenhum sentido seu time atropelar o Manchester United em um jogo e no jogo seguinte tomar um sacode do Southampton. Essa sensação de está sendo "roubado" me cansou e estou seriamente pensando em parar com o jogo. Na Champions, perdi uma vaga no mata-mata simplesmente porque empatei um jogo com o Herta (que terminou com 2pts no grupo) mesmo ganhando do Real Madrid na última rodada. Na outra temporada, perdi o primeiro lugar porque, mesmo ganhando do Bayern, empatei com o Dinamo de Kiev. Toda vez vai ser assim? É muito tempo perdido para ser enrolado dessa forma. Olhando em retrospectiva, o jogo sempre te sacaneia. 
      Perdoem pelo desabafo, mas é isso. Mais alguém já se sentiu assim? Como conseguiu continuar jogando?
       
    • Lealmarkson
      Por Lealmarkson
      Ola, tive problemas com meu pc, e no momento so posso jogar o fm 20, falei com a galera do mundi up e eles me passaram q agora so vendem apartir do 21, alguem sabe de algum update parecido, que deixe o brasileirao mais completo, com mais competições?
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