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Em cinco competições ao mesmo tempo, Sport pode fazer até 90 jogos no ano


Visitante João Gilberto

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Em cinco competições ao mesmo tempo, Sport pode fazer até 90 jogos no ano
Neste momento, o clube já tem 76 partidas garantidas

Por Rômulo Alcoforado.

O ano de 2017 é uma maratona para o Sport. Com o início da Série A, no último domingo, e o atraso no final do Campeonato Pernambucano, o clube está disputando cinco competições ao mesmo tempo (além do Brasileirão e do Estadual, tem a Copa do Brasil, o Nordestão e a Sul-Americana). Vivo em todos, o Leão fará pelo menos 76 jogos até o fim da temporada. O número pode chegar a incríveis 90 partidas - caso o time avance à final em todas.

Neste momento, o Sport já fez 35 jogos (incluindo o duelo deste domingo, contra o Cruzeiro). Ainda tem - com certeza - outras 36 partidas pelo Brasileirão, as voltas das finais do Pernambucano e da Copa do Nordeste, a segunda partida das oitavas de finais da Copa do Brasil e os dois duelos da segunda fase da Sul-Americana. Só aí já são 76 compromissos até o fim do ano.

Apenas para efeito de comparação, o Palmeiras campeão brasileiro do ano passado fez 65 partidas. O próprio Sport fez 66. Finalista da Liga dos Campeões e da Copa da Itália, a Juventus fará 57 partidas nesta temporada.

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Acrescente os possíveis jogos aos já garantidos pelo Sport e o número explode. Porque o Leão pode avançar mais na Copa do Brasil. Se chegar à final, tem mais seis jogos (dois pelas quartas, dois pelas semifinais e dois pela final).

Caso consiga o mesmo feito na Sul-Americana, tem mais oito para fazer (dois nas oitavas, dois nas quartas, dois nas semifinais e dois na final). Chegaria, assim, a 90 duelos.

É claro que chegar a tanto é difícil. Até porque a própria maratona joga contra. O técnico Ney Franco falou sobre o assunto. Afirmou que o Sport estar vivo em cinco competições ao mesmo tempo é importante - e que isso se deve à boa participação dos reservas no time.

- Em alguns momentos, tivemos algumas vitórias em que jogadores saíram do banco e foram determinantes. No jogo contra o Náutico (semifinal do Pernambucano), Juninho entrou em campo e fez dois gols. Fez gol também na final contra o Bahia. Everton Felipe já tinha entrado contra o Santa Cruz e marcou o primeiro gol (semifinal do Nordestão).

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Na prática, porém, não é exatamente assim. Quando poupou muitos jogadores em partidas importantes, o Sport se deu mal. Diante do Joinville, na quarta fase da Copa do Brasil, o Leão venceu em casa por 2 a 1 com titulares. Foi quase todo reserva fora de casa, perdeu pelo mesmo placar e só se classificou nos pênaltis.

O mesmo aconteceu contra o Danubio-URU, na primeira fase da Copa Sul-Americana. Só que de forma ainda mais clara. Com titulares, venceu em casa por 3 a 0. Com reservas, perdeu pelo mesmo placar - e passou, novamente, nos pênaltis.

Na estreia da Série A, recheado de reservas, o Leão foi goleado por 4 a 0 pela Ponte Preta.

OS RISCOS

Jogar tantas partidas em sequência, claro, não é fácil. O Leão, desde o começo dos jogos, não teve uma semana para trabalhar. Sempre atua no meio e no final de semana - sem folga nenhuma.

Isso tem se refletido nas lesões. Quase todos os jogadores importantes do Sport, os que jogam com mais frequência, tiveram problemas físicos - em maior ou menor grau. Ronaldo Alves, Henríquez, Mena, Diego Souza, Leandro Pereira, Marquinhos, Rithely, Durval e Samuel Xavier. Todos esses tiveram lesões ou foram poupados de jogos para evitá-las.

O médico do Sport Leonardo Monteiro falou sobre o assunto.

- O excesso de jogos predispõe a lesões musculares. Nosso maior desafio, neste ano, é evitar esse tipo de contusão. Temos que fazer trabalho de prevenção e, em alguns momentos, poupar atletas de determinadas partidas. Mas todo jogador está passível de ter uma lesão muscular. Ainda mais com jogos, viagens longas. Tudo isso pesa.

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Viagens, por sinal, são momentos complicados. Segundo Monteiro, elas impedem o melhor repouso possível dos jogadores, além de dificultar a alimentação correta dos atletas.

Para o Sport, ainda mais. Sediado na região nordeste, o clube é um dos que mais precisa se deslocar para jogar na Série A. Além das viagens que já fez e ainda fará na Copa Sul-Americana e na Copa do Brasil.

PREVENÇÃO

Por tudo isso, o trabalho importante é o da prevenção de problemas. Fisiologista do Sport, Inaldo Freire afirma que os jogadores são submetidos a um longo processo de avaliação diariamente.

- Quando o atleta chega, todo dia ele é submetido a uma rotina. Ele é pesado, depois vai julgar o próprio cansaço. Depois disso, vai para uma escala de dor, para dizer se está sentindo dor. Aí a gente pontua o local desse incômodo. Depois dessa avaliação subjetiva, ele passa por avaliação bioquímica. É a análise do CK. Se o CK estiver alto, ele é convidado a diminuir a rotina de treinos e ficar na musculação. Se ele passar por tudo isso e estiver bem, ele vai para o treino em campo.

Não é só isso. Após os jogos também há um trabalho importante - sobretudo na alimentação. Imediamente depois das partidas, os atletas ingerem alimentos com alto teor de carboidrato (como pizza ou açaí) para repor a perda dos 90 minutos.

Além disso, nas 24 horas após as jogos, os jogadores fazem uma recuperação com a equipe de fisioterapia e escolhem método preferido para a regeneração muscular: ou piscina térmica ou no gelo.

GLOBO ESPORTE

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Visitante João Gilberto

Trago essa reportagem não para falar do Sport, especificamente, mas sobretudo do calendário que se não me engano, foi pauta de discussão ano passado com o argumento de que seria melhorado, o que, pelo visto, não só não mudou como piorou e MUITO! Não sei até que ponto foi bom esse fato de poder jogar CdB e Sulamericana ao mesmo tempo. Atenderam o pedido dos clubes de terem seus direitos a disputa garantidos, mas não pensaram em uma forma minimamente saudável de distribuir as datas durante o ano. 

O Sport chegar em meados de maio com uma quantidade de jogos disputados quase equivalente a TODO um brasileiro é de um absurdo sem tamanho! Nesse percalço, tivemos jogos em DOIS DIAS SEGUIDOS! Que só pode ser disputado porque acordamos com o sindicato dos atletas que não usaríamos NINGUÉM que disputou uma partida na outra e que só foi aceito pelo clube porque uma destas partidas era pelo PE e não valia nada (jogamos com o sub-20); outro absurdo é que o Campeonato Pernambucano AINDA não acabou! Jogamos a primeira partida da final e a segunda, por incompetência da CBF só será disputada 45 dias depois, com o Salgueiro correndo o risco de perder metade dos seus atletas durante esse tempo.

Enfim, são tantos absurdos e discussões provenientes disso, que nem sei por onde começar.

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O Grêmio ta em situação semelhante, já rolou o estadual e ainda tem a Ninguem Liga, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão. Mas ainda não fizemos tantos jogos (não chegou a 30 eu acho).

Vamos ter uma sequencia bem dura de jogos agora, Liberta na quinta, Brasileiro no Domingo e Copa do Brasil na quarta. 

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Aqui no RS, o finalista do estadual faz, entre o final de janeiro e o início de maio, 17 partidas.

Estadual tinha que acabar e o brasileirão começar desde o início do ano, pô.

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2 horas atrás, ZaMBiA disse:

Estadual tinha que acabar e o brasileirão começar desde o início do ano, pô.

 

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    • Renan RS
      Por Renan RS
      Boas, galera! 
      Tenho um save com o Grêmio e na primeira temporada que consigo acesso à Libertadores o jogo me apronta essa surpresa aqui.
      Isso que ainda precisa colocar duas datas para a final do Gauchão aí no meio.

      Não digo que vou parar de jogar, mas sempre que esse tipo de situação acontece eu dou uma desanimada.
    • Aleef
    • JGDuarte
      Por JGDuarte
      Qual a chance de vermos algum efeito realmente considerável e positivo advindo dessa iniciativa?
    • jonnyjones81
      Por jonnyjones81
      Estava lendo uma matéria sobre a tal ligação do Kajuru na IstoÉ e a matéria termina assim:
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      Hoje, existe um Kajuru a mais do que o necessário no Senado. Imagine agora um Congresso feito só de Kajurus. Gostou?”
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      Então fui pesquisar e ler um pouco melhor sobre o tema do voto distrital e distrital misto. Achei uma matéria sobre o assunto muito, mas muito bem escrita (IMO). Vou deixar aqui para a leitura e um debate saudável.
      Como o voto distrital misto pode mudar as eleições no país
    • Gourcuff
      Por Gourcuff
      O engraçado é o Tite querer fazer o JOGO DE POSIÇÃO™ com jogador que não tem muito essa característica de ser construtor, de conduzir pra criar espaço, de ser criativo, de aguentar pressão. É por isso que, com ou sem corneta @Leho., eu falei do Casemiro e do Gabriel Jesus no outro tópico. Danilo, Richarlison, Coutinho, Alex Sandro, Éverton... também não são jogadores que necessariamente encaixam nessa ideia e acho que funcionam melhor em outra dinâmica ou em outro contexto, mas não jogando juntos. E até o próprio Neymar entra nessa linha. Não é um jogador que vai respeitar o "jogo de posição" do começo ao fim e vai começar a fazer o jogo andar do jeito dele pedindo a bola no pé e descendo, o que não é uma coisa ruim, mas que em alguns jogos a gente já viu que na seleção foi muito Neymar, resolvendo as coisas sozinho, e o resto nada, totalmente apagado.
      Não vai ter melhora no jogo amarrado e sem sal que o Brasil teve nos últimos tempos enquanto o Tite não arrumar solução ou não tirar essa ideia meio estereotipada, clichê e de livro da cabeça.
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