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Review FM Touch 2017 - FManager Brasil


Henrique M.

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  • Vice-Presidente

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Geralmente jogo o Football Manager Touch por obrigação minha ou de outras partes. Em 2014, quando lançaram o Football Manager Classic para o FM 2015, conferi por ser uma novidade, ano passado, conferi o Football Manager Touch por causa da FManager TV. Esse ano, o Football Manager Touch não veio até mim como uma obrigação ou como algo que eu tinha que fazer, ele veio como a única opção para se fazer nas férias de final de ano.

A melhora dada aos gráficos do Football Manager 2017 fez com que meu notebook, que já vai para uns 4 anos de existência, não comportasse de maneira saudável o uso do jogo e como eu não queria jogar apenas com uma liga, resolvi dar uma oportunidade para o Football Manager Touch (FMT), já que é um jogo que roda em tablets e é feito pensando nisso. Esse é o primeiro ponto chave do jogo. A sua performance é feita para relembrar os jogos iniciais da série, tanto é que anteriormente o jogo foi batizado como Classic justamente para atingir aquelas pessoas que reclamavam que o FM tinha passado a tomar muito tempo e que não era mais divertido como antes.

Por ser feito para disponibilizar uma compatibilidade entre tablet e PC, o jogo é feito de uma maneira que o processamento pese menos e não se torne algo que atrapalhe a experiência do jogador. Para ativar a compatibilidade, você só pode utilizar 3 países, mas quem joga no PC tem a oportunidade de desativar essa opção e jogar com a personalização que desejar. Como eu não tenho planos (nem tablet) de jogar nas duas plataformas simultaneamente, eu coloquei as mesmas ligas que escolheria em um save normal no FM.

Porém, a database do FMT é mais enxuta que a do jogo normal, por isso, selecionar as mesmas ligas em ambos os jogos resultará em uma diferença de quantidade significativa entre as versões. Ou seja, 10 países e 20 competições nacionais não são a mesma coisa nas duas configurações, o que para quem procura uma maior imersão é um grande problema. E é aqui que começa o grande peso entre as versões, a busca entre uma simulação mais realista ou a busca por uma simulação mais rápida.

Eu joguei 123 jogos oficiais (ou seja, nada de amistosos) em 4 dias, numa média de 4 a 8 horas diárias. Foram 2 temporadas completas na 6ª divisão inglesa mais um calendário que foi do começo de novembro até o final da temporada, pouco mais de 2 temporadas e meias. Ainda joguei mais alguns jogos depois dessa constatação, mas o número de jogos acabou sendo diluído pela redução no tempo jogado. Desde o lançamento do FM 2017, em 3 saves, eu consegui terminar a temporada em dois deles, com uma média de 45 jogos e um outro que estou chegando no final e já foram 38 partidas. Ou seja, algo em torno das 2 temporadas e meias que tive no FMT. Se eu considerar o beta, o número chega entre 4 e 5 temporadas. 

Ao longo de 2 meses, eu tive a mesma experiência no FMT em 4 dias. E em nenhum momento, o FM me proporcionou a mesma sensação de vício que senti nesses dias, aquele vício adolescente que faz a gente querer virar a madrugada jogando FM, porque não quer parar a sequência positiva ou tá doido para encerrar a temporada ou para montar o elenco para a próxima temporada. Foi esse sentimento que muita gente perdeu com a evolução do FM e foi para essas pessoas que surgiu o FMT.

Contudo, não é somente para essas pessoas que o jogo foi feito. Ele é feito para quem quer mais agilidade, para quem está cansado da demora na simulação, mesmo tendo um computador potente. A retirada de muitos recursos entre partidas, faz com que o processamento e o andamento dos dias seja mais rápido. Não tem conferência de imprensa, o staff é reduzido, o número de jogadores para se observar é menor, mas sem perder a aparência que todos gostamos e nos apaixonamos. Para quem é veterano da série, é uma oportunidade de rejuvenescer o interesse, para quem não tem um computador potente, é uma chance de aproveitar um FM de maior performance.

A evolução do FMT vai se tornando cada vez mais nítida, vai buscando atingir um número maior de jogadores e que possuem diversos estilos, tanto é, que para essa versão, o FM e o FMT são vendidos oficialmente separadamente, já que o FMT não vem mais embutido dentro do FM, dando assim mais espaço para o novato buscar seu lugar ao sol. E se você está cansando ou já está cansado do que o FM vem lhe proporcionando, talvez o FMT preencha a lacuna que exista na sua vida nesse momento em que você não consegue desistir oficialmente do jogo mesmo sem ter paciência para a tarefa homérica que é aguentar o passar dos dias no jogos.

Não vou dar uma nota, pois seria injusto com o FM, já que são versões que não devem ser comparadas. Mas a SI acertou em cheio com o Football Manager Touch 2017.

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  • Henrique M. pinned e featured this tópico

'' o FM e o FMT são vendidos oficialmente separadamente, já que o FMT não vem mais embutido dentro do FM''

Nem no pc?

Ótima análise, jogava MUITO no FM 16. Passava voando, pois é bem como tu destaca ali, tem ansiedade em continuar com a série de vitórias e/ou de movimentar o seu time no mercado de transferência. Aquele vício gostoso. 

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  • Vice-Presidente
49 minutos atrás, rhvsky disse:

'' o FM e o FMT são vendidos oficialmente separadamente, já que o FMT não vem mais embutido dentro do FM''

Nem no pc?

Ótima análise, jogava MUITO no FM 16. Passava voando, pois é bem como tu destaca ali, tem ansiedade em continuar com a série de vitórias e/ou de movimentar o seu time no mercado de transferência. Aquele vício gostoso. 

Inicialmente eles disseram que ia ser diferente, do jeito que eu falei, mas a galera que comprou na pré-venda recebeu e quem comprou depois também. Ás vezes ficou só no discurso mesmo.

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Muito bom review. Acho que vou experimentar novamente pq não consigo terminar 1 temporada no FM tradicional, por falta de tempo e por demorar muito alguns carregamentos. 

Uma pergunta: As categorias de bases são pouco desenvolvidas nessa versão? 

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  • Vice-Presidente
13 minutos atrás, Thiago disse:

Muito bom review. Acho que vou experimentar novamente pq não consigo terminar 1 temporada no FM tradicional, por falta de tempo e por demorar muito alguns carregamentos. 

Uma pergunta: As categorias de bases são pouco desenvolvidas nessa versão? 

Sim, você recebe só uma notícia no final da temporada com os jogadores que foram promovidos para as categorias de base e não sei como calculam a quantidade, na primeira subiram 3 ou 4, na segunda vez, 5 ou 6.

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6 minutos atrás, Henrique M. disse:

Sim, você recebe só uma notícia no final da temporada com os jogadores que foram promovidos para as categorias de base e não sei como calculam a quantidade, na primeira subiram 3 ou 4, na segunda vez, 5 ou 6.

Hum, uma pena. Gostaria de usar a base num salve. 

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  • Vice-Presidente
20 minutos atrás, Thiago disse:

Hum, uma pena. Gostaria de usar a base num salve. 

Curiosamente, isso também reforça a aura de FM mais antigo do Touch, já que essa preocupação com a base nos saves veio crescendo a medida que o jogo foi evoluindo.

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Valeu pela excelente análise @Henrique M.. Graças a ela, voltei a jogar o FM nesse modo e consegui equilibrar a rotina com uma fluidez nos jogos que tem me agradado. 

Acho que a única coisa que ainda eu estranho muito é o layout, mas isso é irrelevante para quem quer voltar a jogar e encaixar uma boa sequência no jogo.

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  • 3 meses depois...

outra coisa que eu completo aqui, para essa analise, e quem quem gosta de jogar na europa, mais nao gosta daquelas regras de inscriçao de jogadores, no fm touch nao tem isso, ou seja, voce realmente consegue montar o elenco mais forte do mundo e disputar os campeonatos,

 

ponto fraco do jogo, uma coisa que gosto muito que tem no normal e poderia ter no TOUCH, e o ranking de clubes europeus, acho que nao pesaria no jogo e seria bacana, porem tem como evoluir uma liga igual ao modo normal

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  • Henrique M. unpinned this tópico

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    • JNZS
      Por JNZS
      Boa tarde pessoal, se alguem puder me responder essa duvida, agradeço.

      Jogo o  FM17 e apos baixar o  pack completo Cut Out, as faces não aparecem e sim uma mancha cinza com uns números.
      O que eu preciso fazer? Baixar o pack desde a versão 2011 e depois as atualizações ate o FM17
       
      Obrigado!
    • JNZS
      Por JNZS
      Pessoal,bom dia! Depois de alguns anos resolvi voltar a jogar essa maravilha, mas ainda retornei no FM 17.
      Procurei packs de kits 3D pro FM 17 em todo lugar e nada. Os packs acima do FM 18 parece que já não funcionam nessa versão.
      Aguma boa alma teria isso em algum backup pessoal, por acaso? 

      Muito obrigado!
    • felipe.avk77
      Por felipe.avk77
      Boa noite! Alguém sabe dizer onde tem a atualização do último Football Manager feito para o Brasil?
      Tipo do 2017 atualizado para 22/23
    • ChrisRamal
      Por ChrisRamal
      Alguém aí tem o mais novo update do FM touch de celular ?? Queria as faces também 
    • #Vini
      Por #Vini
      INTRODUÇÃO E CONSIDERAÇÕES INICIAIS Olá, eu me chamo Thomas Lawrence. Se você conhece o Oriente Médio como ele é hoje, mais precisamente o que era território do antigo Império Otomano, isso tem a ver com meu homônimo.
      O meu nome veio por pura coincidência, mas o desejo de liberdade e o gosto pelo desconhecido pode-se dizer que é bem parecido com o dele. Já que falamos um pouco sobre o Lawrence da Arábia, agora falemos sobre o Lawrence de Alexandria, no caso eu. Meu bisavô, trabalhou em atividades no protetorado inglês no Egito e gostou tanto que acabou fixando residência, algo repetido pelo meu avô e pelo meu pai.
      Eu vim ao mundo em setembro de 1987, quando o mundo já era completamente diferente e a Inglaterra estava bem longe do que era no começo do século XX. Ainda assim, ouvi bastante histórias sobre os dias gloriosos do império onde o sol nunca se punha, ficando fascinado com tantos locais diferentes: Índia, Afeganistão, Chipre e Grécia, só para ficar em alguns exemplos.
      O que me chamava realmente a atenção eram as histórias sobre o Mar Mediterrâneo, com a quantidade de países que ele abrigava e a beleza de suas paisagens. Esse fascínio sempre me trouxe a vontade de ler mais sobre o assunto, sem contar que a minha viagem após terminar os estudos básicos começou em Malta, passando por outros países banhados pelo famoso Mar.
      O que tudo isso tem a ver comigo? Bem, além de ser uma paixão pessoal, começou a se ligar quando eu comecei a estudar Educação Física e o sonho de trabalhar com o futebol foi ficando cada vez mais forte. Desse modo, quando concluí os estudos, resolvi que iria me aventurar pelo mundo, trabalhando com a minha paixão.
      Primeiro comecei com alguns trabalhos como preparador e assistente no futebol local, inclusive participando da comissão técnica do meu time do coração, o Zamalek. Assim, quando cheguei próximo aos meus trinta anos, com alguma experiência acumulada, resolvi cair no mundo, agora buscando a vaga de técnico.
      Distribuí currículos entre vários lugares, até que fui chamado para trabalhar em um país próximo. Porém deixemos essa história para depois.
      O SAVE Bom, como alguns notaram, na entrevista do Cleyton falou-se de um membro que teve o notebook furtado no bar. Então, a história foi comigo.
      Para ajudar, o idiota aqui não salvou nada na nuvem e acabou sem o save do Ajaccio e o na América do Sul. Depois do coração partido e mais despesas para recuperar o que eu perdi naquele dia, faltava voltar ao FManager. Qual foi a minha surpresa ao perceber que eu não lembrava a senha?
      Bem, passado todo esse caminho, comecei a me decidir sobre o que faria na sequência. Indo na contramão de alguns amigos que não estão com pique para o FM, eu estou voltando com a certeza que quero ir longe. E nada melhor do que conquistar a revanche com uma história que não foi para frente no FM 16, sobre o Mar Mediterrâneo.
      Só que até aí faltava me decidir sobre os caminhos do save, ponto esse em que o homem das 1000 ideias, @Tsuru, me deu uma baita ajuda.
      Consultei quais eram os países banhados pelo Mediterrâneo e verifiquei que eram 22. Deles eu tirei de cara Malta, Mônaco, Gibraltar, Síria e Palestina; por motivos que variam de uma liga que eu não julgava ser interessante, até pelo momento dos países na vida real. Nas listas que verifiquei, inicialmente não localizei o Chipre, mas decidi coloca-los por conta própria e assim fiquei com 18 ligas jogáveis.
      Dividi essas 18 ligas em potes, a saber:
      Pote 3
      Argélia, Egito, Líbano, Líbia, Tunísia e Marrocos
      Pote 2
      Albânia, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Eslovênia, Montenegro e Israel
      Pote 1
      Croácia, Espanha, França, Grécia, Itália e Turquia
      Com essa divisão estabeleci que só passaria para os países do próximo pote assim que vencesse um título nacional em cada um dos locais do pote. Assim, só irei ativar as ligas do pote 2 assim que estiver no último país do pote 3.
      Dito isso, meus objetivos são os seguintes:
      Vencer títulos nacionais em todos os países do desafio Conquistar três Liga dos Campeões com clubes de países de continentes diferentes (alterado pela conquista com um clube libanês, que abriu frentes para a conquista do continente africano e europeu) Mudar de time apenas via convite, nunca me candidatando a outros cargos   (retirado pela dificuldade em surgirem convites, treinador passou a se candidatar, escolhendo opções viáveis dentro do plano de carreira)  
      HISTÓRICO  
       
      SALA DE TROFÉUS  
       
      O CLUBE Como disse, comecei desempregado o save, com experiência local e licença nacional A. Recebi alguns convites e acabei aceitando a proposta do ES Hamman-Sousse da Tunísia, que calhou de ser uma cidade na costa do Mediterrâneo. O time, que nunca foi muito além de campanhas medianas na Tunisian Ligue 1, já vai para sua quinta temporada na Tunisian Ligue 2.
      Vale lembrar que estou com o FM 17, o que quer dizer que o jogo irá iniciar na temporada 2016/17.
      Basicamente estou indo treinar um asilo. Fiquei impressionado com a quantidade de jogadores já beirando os 40 anos e devo pensar em qual estilo adotar com tantos veteranos, uma vez que uma reformulação completa não deve acontecer agora.
      Mandamos nossos jogos no estádio municipal Bou Ali-Lahouar, com capacidade para 6500 pessoas. Já pensando em um estilo que não canse tanto a equipe, solicitei ao responsável pelo gramado que deixe o tapete com as menores condições possíveis, no caso 90x70m.
      O time é cotado para a promoção à Ligue 1 e só me resta cumprir esse objetivo ou se não deverei sofrer minha primeira demissão.

      INFRAESTRUTURAS | LIGAS CARREGADAS
      A LIGA A Ligue 2 é um campeonato dividido em dois grupos de 10 equipes, que jogam em turno e returno, totalizando 18 jogos na primeira fase. Após essa fase, os três primeiros de cada grupo jogam o playoff de promoção, que é disputado também em turno e returno.
      Depois dos 10 jogos, os dois primeiros garantem acesso direto à Ligue 1, enquanto o terceiro disputa um playoff contra o antepenúltimo da divisão principal. O penúltimo da L2 disputa um playoff contra o vice da terceira divisão e o último colocado é rebaixado automaticamente.
       

      TEMPORADA 2016-2017 - Ligue 2 - Um Asilo na Tunísia
      Mercado de Transferências
      Nossa janela buscou reduzir a alta média de idade do elenco. Arouri veio para a reserva na lateral-esquerda, Onana veio (e já foi, devido às regras de estrangeiros no país), Adjeman-Pamboe é um inglês e atua nas duas pontas; Khenissi, Chikoto e Barrani vieram no final da janela, mas já para entrar no time titular, no comando do ataque, zaga e meio-campo, respectivamente.
      Em janeiro perdemos Momble (PE) e Khemiri (LE). Trouxemos Bani (LE) e Kacem (PE) como reposição destes, além de Kchok para reforçar a zaga.

      ELENCO INICIAL | ELENCO PÓS-JANELA
       
      Ligue 2 e Copa da Tunísia
      Abrimos esta fase contra um dos piores times do campeonato, - o Stade Africain – e fizemos a nossa parte goleando, com uma baita partida de Khenissi, que marcou 4 dos 5 gols do ESHS. Nosso domínio foi tão evidente que até trouxe uma empolgação para as partidas seguintes, na qual vencemos o Korba (4-1) e Ben Arcus (1-0).

      Essa empolgação foi por terra quando encaramos os times mais fortes do nosso grupo. Contra o Monastir, abrimos o placar e até pensamos que poderíamos tirar algo de bom da partida mas o adversário virou em 7 minutos no segundo tempo e sacramentou nossa primeira derrota na competição. O Gafsa, outra equipe cotada para brigar pelo acesso à L1, foi o time que enfrentamos na rodada seguinte e também nos derrotou.

      Nos recuperamos vencendo o Hammamet com um gol já nos minutos finais da partida e fomos para o jogo contra o Gafsa, dessa vez pela Copa da Tunísia, e perdemos novamente, saindo precocemente da competição.
      Um empate contra o Siliana e uma vitória contra o Kef colocaram nosso time nos eixos, prontos para jogar contra o Kasserine, nosso principal adversário pelo acesso. E o duelo foi bastante disputado e nos detalhes a derrota foi selada, com um gol próximo do final do primeiro tempo.

       
      Ligue 2 – Returno
      Nesse segundo turno eu já sabia o que seria preciso para conquistar a promoção, então a meta era vencer todos os três primeiros jogos, roubar pontos contra Monastir e Gafsa, para depois perder o mínimo de pontos possíveis nos três jogos antes de decidir a vaga contra o Kasserine.
      Bem, parte desse roteiro aconteceu conforme eu esperava: vitórias contra Stade Africain (5-0), Korba (1-0) e Ben Arcus (2-1); a derrota para o Monastir (0-2) quebrou um pouco minha expectativa, mas o empate contra o Gafsa (2-2) recuperou meu ânimo.
      Contra o Hammamet só a vitória interessava para nos manter firmes na briga pelo acesso. Bem, aí é que vimos do que esse time é feito.
      Ben Frej abriu o placar aos 6’, mas sofremos a virada em cinco minutos. Aos 31’ pênalti para o Hammamet e o goleirão pegou. Essa defesa deu o gás necessário para buscarmos o resultado e logo aos 35’ empatamos com Barrani. Aos 57’ mais drama no jogo: Ben Abid comete falta estúpida e leva o segundo amarelo, comprometendo seriamente nossas chances no duelo. Fomos nos segurando como dava até os 10 minutos finais, quando fomos para o pau e aí Barrani, o nome do jogo, marcou o 3 a 2 aos 87’. Jogaço.

      Essa partida deu o ritmo para a equipe nos três últimos compromissos e vencemos Siliana (3-0), Kef (2-0) e Kasserine (3-1). Neste último duelo, tínhamos dois pontos de vantagem para o quarto colocado e precisávamos da vitória para garantir a vaga.
      O jogo foi bastante duro. Labroussi abriu o placar aos 28’ e nos colocou nas cordas, fazendo com o que o primeiro tempo fosse um suplício. No segundo tempo, eu coloquei a instrução sobrecarregar, mesma tática que usei nas últimas cinco partidas, e logo aos 57’ empatamos. Continuei com a instrução, ainda que o empate já nos garantisse na próxima fase. Aos 80’, a recompensa: gol de Aouichaoui e o desespero trocava de lado; no final, jogamos a última pá de cal nas esperanças do Kasserine com Bachouche.

       
      Calendário

       
      Classificação - Ligue 2 - Primeira Fase

       
      Ligue 2 – Grupo de Promoção
      Na segunda fase, os três primeiros dos dois grupos jogaram entre si em turno e returno, totalizando 10 jogos. E o meu cálculo foi que eu teria que ganhar seis pontos contra o terceiro da outra chave, no caso o Jendouba Sport e vencer os outros times em casa, para roubar pontos fora. Vamos aos jogos.
      A abertura foi justamente contra o Jendouba e terminamos com um empate frustrante por 1 a 1. Empates foram os resultados finais contra Djerba e Monastir (ambos por 0 a 0), este último uma evolução.
      O duelo pela quarta rodada marcou a virada na briga pelo acesso. Enfrentando o líder do outro grupo na primeira fase, o Stade Tunisien, fomos mais efetivos em um jogo muito complicado e saímos com a vitória por 2 a 0. Vale destacar que desde o final da primeira fase tenho entrado com a proposta de atacar desde o início, alterando para sobrecarregar se preciso do resultado e controlar para segurar vantagem.

      Mais um empate, desta vez contra o Gafsa e assim já somávamos quatro empates e uma vitória em cinco jogos, uma marca bem ruim. No returno, batemos o Jendouba Sport e ficamos firmes na briga pelo acesso.
      Estávamos invictos, apesar do maior número de empates e fomos encarar o Djerba, duelo em que flertamos bastante com o perigo e só conseguimos o empate (mais um!) no final dos 90 minutos. Outro empate foi o resultado contra o Monastir e assim o acesso era bastante incerto, considerando que todos os times eram de níveis equivalentes. Contra o Stade Tunisien fizemos outro jogaço e com três gols depois dos 30 minutos do segundo tempo, fizemos o 4 a 2 e ficamos muito próximos da Ligue 1. Sacramentamos o acesso justamente contra o time que mais nos deu dor de cabeça durante o ano, virando o duelo contra o Gafsa, fechando o placar em 3 a 1.

       
      Calendário

       
      Classificação
      No final das contas, terminamos na liderança da segunda fase, algo surpreendente pela primeira fase que fizemos. Valeu a pena colocar o time no ataque e invictos, fechamos esta fase com quatro vitórias e seis empates.
      No fim, fomos promovidos diretamente junto com o Stade Tunisien, deixando o Monastir para jogar o playoff de rebaixamento contra o Gabes, não conseguindo o resultado para chegar à Ligue 1. O quadro de honra da Tunísia tem tão poucos nomes que esse título foi suficiente para me colocar no top 10.

      LIGUE 1 PRIMEIRA FASE | LIGUE 1 GRUPO REBAIXAMENTO | LIGUE 1 GRUPO DO TÍTULO
       
      Elenco 
      No geral, o elenco foi bem para os desafios dessa temporada, apesar da alta média de idade, algo que é urgente corrigir para 2017/18. Na defesa, fica o destaque para Ben Frej, que conseguiu contribuir bastante ofensiva e defensivamente, do alto dos seus 38 anos.
      O meio-campo foi dominado por Barrani – eleito o jogador do ano pela torcida -, que ditava o ritmo das partidas, além de marcar ou dar passes em momentos importantes. Sua renovação é fundamental para a próxima temporada.
      No ataque, Khenissi fez o que se esperava dele e marcou 13 gols em 23 jogos, média razoável. Como perdeu algumas partidas por lesão, creio que seu desempenho ficou comprometido em alguns momentos.

      ESTATÍSTICAS
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