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A universidade matou sua motivação


Pedrods

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Quanto tempo eu não aparecia por aqui. Dando meus centavos sobre o tema.

Para mim, o Pereira está certíssimo. Joguem esse texto de fracassado na lata do lixo e ouçam o que ele acabou de falar. Para quem é pobre ou classe média, a vida nunca vai ser fácil, divertida, empolgante ou estimulante se for depender de fatores externos. Eu fui um que comecei Análise de Sistemas em 2004 e larguei ao final do primeiro ano. A razão foi o que o Pereira disse: não me dava bem, não me sentia contente e só fracassava nas provas. Culpa da faculdade? Dos professores? Não. Vários de meus colegas se formaram e estão trabalhando muito bem por aí. O problema era eu.

Daí fui fazer outra coisa nada a ver com o curso antigo que é Letras Inglês. Nos três primeiros meses eu já sabia que era isso que me daria bem. A teoria me interessava, eu me dava bem com o conteúdo e o ambiente era ótimo. Me formei e hoje dou aulas. Não ganho o que eu ganharia se fosse continuar no curso antigo, mas pelo menos encontrei uma área que domino e me dou bem.

E é muito provável que se você tem dúvidas ainda sobre o curso que escolheu depois de 2 anos é porque esse diploma vai ser inútil para ti. Muitos entendem que seja tarde. mas tenho um conhecido que se formou em uma faculdade, não prestou para nada e a área que escolheu não o animava. Começou outra faculdade com 30 anos. Se formou e agora terminou o mestrado em Matemática.

 

 

 

 

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19 horas atrás, André Kaminski disse:

E é muito provável que se você tem dúvidas ainda sobre o curso que escolheu depois de 2 anos é porque esse diploma vai ser inútil para ti. Muitos entendem que seja tarde. mas tenho um conhecido que se formou em uma faculdade, não prestou para nada e a área que escolheu não o animava. Começou outra faculdade com 30 anos. Se formou e agora terminou o mestrado em Matemática.

Pois é, passei por isso, e acabei decidindo largar engenharia elétrica depois de 4 anos ( na verdade foram 2 anos se eu for levar em conta que perdi 1 ano do curso devido a ter mudado de faculdade e a grade não bater com a atual { que tinha créditos e conteúdos diferentes } , além de ter trancando 1 período ( 6 meses ) por justamente falta de motivação com o curso, e ainda largue o último período no meio depois que tomei a decisão de ir pra ciência da computação. O legal é que durante a engenharia que comecei a ver que gostava e entendia de programação, então foi uma coisa boa que aconteceu, descobri uma área em que realmente me encontrava e agora poderia finalmente cursar algo em que vou me sentir bem, até me aprofundei um pouco pra ver se era isso mesmo ou apenas uma sensação passageira vinda do meu desejo de encontrar logo algo que eu gostasse, tanto que demorei um ano pra tomar a decisão. No final das contas, pra mim não perdi nada, vou conseguir aproveitar algumas disciplinas, e ainda tenho a experiência de anos de faculdade, logo estou mais cascudo e vou enfrentar muito melhor o que vem pela frente do que quando era mais novo e não sabia nenhuma "malícia" ( no bom sentido ). Enfim, as vezes se eu de cara fosse pra computação, poderia ter acontecido o inverso ou não, ninguém sabe, a vida é assim, temos que viver o presente, esquecer o passado e não pensar muito sobre o futuro, o importante mesmo é ser feliz com o que temos no momento.

Esse tópico é muito interessante, mas na minha opinião a verdade é que não é só a universidade que tira nossa motivação, nós também, pois acabamos sonhando demais antes de tomar decisões importantes na vida, endeusando um curso ou a própria instituição achando que apenas por estarmos lá já somos "diferentes" do resto da sociedade, e quando nos deparamos com a realidade, vemos que estamos completamente perdidos, por inúmeros fatores, o qual cito os dois principais:

1) Fazendo um curso escolhido de qqr jeito, pois tem uma galera que vai pra curso tendo em conta a nota que tirou e consiga passar ( um ponto negativo do SISU ), e ai quando chega lá, mesmo a parte que consegue boas notas, acaba tendo uma sensação que está no lugar errado e só chegou ali por falta de opção na época que passou, tudo tem exceção, mas poucos realmente continuam satisfeitos e felizes com a "escolha dada pelo SISU", o que falar então dos que tiram notas ruins e não conseguem nem se manter na grade, esses além de estarem desmotivados com o que está cursando e não se "encontrarem" ali, junta a falta de motivação devido ao péssimo desempenho, e quando você junta as duas coisas, rapaz, ai que vc fica ainda mais transtornado com a vida.

2) Você escolheu o curso por "status e dinheiro". Sim, infelizmente isso mexe com qqr pessoa, com raras exceções, mas isso é um fator que pesa bastante ao tomarmos a decisão de fazer tal curso, será que escolhendo cursar X eu irei ganhar bem, será que serem bem visto pela sociedade, ou pela família ( sim, posso falar por experiência própria )  é algo que a gente leva em conta também, quem não gosta de ser o "maioral" da família, sempre ser bem falado, que tá cursando tal coisa, fazendo isso, impressionado todo mundo, haha, é, mas como tudo na vida, isso tem consequência, e as vezes não são boas, o que te faz repensar se é isso que vc realmente quer, ser "feliz" superficialmente para os outros, ou pra você mesmo. Ainda bem que minha experiência não foi como protagonista, o que me ajudou a escolher melhor o rumo que queria pra minha vida.

Bom, no final das contas, tem muitos outros fatores que afetam nossa motivação, esses são os principais pra mim, pode não ser pra outros, mas enfim, posso garantir que em todos temos um pouco de culpa, falar que a desmotivação vem apenas da universidade é só pra tirar o peso das nossas costas, pois muitas vezes a verdade é que você não está ali porque realmente quer, e ai você tem que pensar no que quer na vida, e se a falta de motivação é por causa do curso mesmo, ou só pelo desempenho, as vezes vc gosta do curso, mas não conseguiu se dar bem, ai a melhor coisa a se fazer é procurar um conselho de um especialista, procurar entender o que está acontecendo, as vezes a gente fica confuso com nossas escolhas, acontece. Então o melhor é ver o que você quer pra sua vida, não importa a maneira que vc pense, tem gente q é mais ambicioso e leva em conta o dinheiro, ou uma carreira que permita atingir certo nível de poder, enfim, cada um com suas escolhas, no final o que importa é se você está contente com o que faz, e é por isso que temos que procurar ajuda enquanto ainda há tempo, pois nunca é tarde pra mudar, idade não é algo pra se levar em conta na nossa vida, e sim sua felicidade, pois quando o inevitável chegar, ai sim, já é tarde demais pra correr atrás.

Lembro de uma palestra que fui a um tempo atrás, e ela me serviu de inspiração, o palestrante discutia justamente isso, a escolha da carreira, o quanto ela é importante na nossa vida, e que parece ser uma decisão tão fácil, afinal, é só escolher o que você gosta, mas a a verdade é q nem sempre isso deve ser levado em conta. Ele deu um exemplo bem fora da curva, mas que serviu muito bem pra ilustrar ao extremo o que acontece, por exemplo, ele disse que gosta demais de jogar bola todo final de semana como tantos outros jovens, então se fosse levar em conta o pensamento de fazer o que gosta, ele poderia ter escolhido ser jogador de futebol, mas ai ele parou pra pensar, se ele olhar para a habilidade que tem com a bola nos pés, o máximo que ele serviria era pra ser um reserva da série C, e olhe lá, e ai fica a sensação de como se sentiria sendo apenas um reserva de um time da série C, não desmerecendo ninguém claro. No final da palestra, o conselho que ele deu é você procurar escolher o que sabe fazer melhor, e não somente o que gosta, temos que encontrar algo que sabemos lidar, em que somos realmente bons, acima da maioria, pois assim estaríamos nos auto motivando, afinal, seriamos um dos melhores em determinada área, não faltaria trabalho por sermos referência naquilo, certamente ganharíamos bem, e ainda por cima passaríamos a gostar cada mais vez disso, pois quando fazemos algo bem, temos um sentimento de realização, de dever cumprido, e que nos traz felicidade, e quem não gosta de uma sensação assim, logo indiretamente começamos a nos afeiçoar a essa atividade, pois as vezes escolher algo que você faça bem nem sempre está ligado a uma coisa que gosta no começo de carreira, mas com o tempo, ao realizar bem a sua tarefa,  isso tende a mudar, fazendo com que você se apaixone por isso.

E a última coisa que ele falou foi: Antes que comece um burburinho e vários venham me perguntar como descobrir o que ele faz de melhor, já vou logo dizendo, se eu soubesse não estaria aqui dando essa palestra, mas garanto que se parar um pouco pra pensar no seu dia a dia, nas ações que você toma e ou já tomou na sua vida, logo irá descobrir algo que saiba fazer de melhor, e cabe somente a você a decisão de seguir isso ou não, o que poderá dar muito certo ou muito errado, mas você só irá descobrir se arriscar e enfrentar as consequências.

Eu achei muito interessante essa última frase dele, a gente tem medo de arriscar, e mesmo algo dando errado, ao menos a gente tentou, eu penso isso, a vida é curta, a gente não pode ficar pensando a vida toda, viver com medo e nunca tentar algo novo é pedir pra nunca ser feliz, vc ficar sempre com esse sentimento na cabeça de que se tivesse deixando de fazer ou feito o que pensou no passado a sua situação estaria diferente, é a pior coisa que se pode imaginar, não deixe essa sensação te dominar, procure sua felicidade custe o que custar, mas sempre assuma seus atos, o que não pode é querer fazer algo achando que nunca terá que enfrentar as consequências ruins que fazem parte de qqr ação que a gente toma.

Enfim, perdão pelo textão, alguns podem não concordar, mas pra mim o único que pode te dar e tirar motivação é você mesmo, e vi que postaram um texto ai que diz q disciplina é mais importante que motivação, tudo bem, não é um pensamento errado, mas como disse anteriormente, você tem que enfrentar as consequências dos seus atos, se pra você ter disciplina vale mais que motivação, certo, mas não dá pra ficar inventando desculpas depois, é como o professor do vídeo disse, você tem que ter culhões e enfrentar o que vier pela frente depois da decisão tomada. Eu já tomei a minha decisão e do que quero pra minha vida, posso estar enganado quanto a isso, mas o que não posso é viver de arrependimentos se tudo der errado no final, afinal, a vida é minha e eu fiz minhas escolhas, tenho o direto de fazer o que quiser, e posso sim me arrepender depois, só não posso viver jogando a culpa nos outros, temos que assumir a nossa parcela de culpa e saber dar a volta por cima, o importante é jamais desistir de encontrar a nossa felicidade, pois é isso que nos motiva a continuar vivendo.

Portanto, minha opinião acerca do assunto é que a universidade não matou sua motivação, apenas fez com que esse "sentimento" escondido ganhasse força para aparecer, e agora você não sabe muito bem como lidar com ele, botando culpa somente na universidade, e não no precursor do problema, que na maioria dos casos é você mesmo.

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Em 27/01/2016 at 17:26, André Kaminski disse:

Quanto tempo eu não aparecia por aqui. Dando meus centavos sobre o tema.

Para mim, o Pereira está certíssimo. Joguem esse texto de fracassado na lata do lixo e ouçam o que ele acabou de falar. Para quem é pobre ou classe média, a vida nunca vai ser fácil, divertida, empolgante ou estimulante se for depender de fatores externos. Eu fui um que comecei Análise de Sistemas em 2004 e larguei ao final do primeiro ano. A razão foi o que o Pereira disse: não me dava bem, não me sentia contente e só fracassava nas provas. Culpa da faculdade? Dos professores? Não. Vários de meus colegas se formaram e estão trabalhando muito bem por aí. O problema era eu.

Daí fui fazer outra coisa nada a ver com o curso antigo que é Letras Inglês. Nos três primeiros meses eu já sabia que era isso que me daria bem. A teoria me interessava, eu me dava bem com o conteúdo e o ambiente era ótimo. Me formei e hoje dou aulas. Não ganho o que eu ganharia se fosse continuar no curso antigo, mas pelo menos encontrei uma área que domino e me dou bem.

E é muito provável que se você tem dúvidas ainda sobre o curso que escolheu depois de 2 anos é porque esse diploma vai ser inútil para ti. Muitos entendem que seja tarde. mas tenho um conhecido que se formou em uma faculdade, não prestou para nada e a área que escolheu não o animava. Começou outra faculdade com 30 anos. Se formou e agora terminou o mestrado em Matemática.

 

 

 

 

Pois é, farei 30 esse ano e pretendo começar jornalismo. Me ferrei muito por escolher cursos que não era pra mim antes, e as vezes insistir com eles, então se você tem um mínimo de dúvida depois do primeiro ano de curso, desista e procure algo que não deixe. Com jornalismo eu tenho 99% de ctza que vou me dar bem, pois já trabalho com isso de forma amadora, escrevo textos de entretenimento pro meu blog, e escrevo para um site do Vasco também (guerreiros da colina) e gosto muito de fazer isso.

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Em 27/01/2016 at 17:26, André Kaminski disse:

Quanto tempo eu não aparecia por aqui. Dando meus centavos sobre o tema.

Para mim, o Pereira está certíssimo. Joguem esse texto de fracassado na lata do lixo e ouçam o que ele acabou de falar. Para quem é pobre ou classe média, a vida nunca vai ser fácil, divertida, empolgante ou estimulante se for depender de fatores externos. Eu fui um que comecei Análise de Sistemas em 2004 e larguei ao final do primeiro ano. A razão foi o que o Pereira disse: não me dava bem, não me sentia contente e só fracassava nas provas. Culpa da faculdade? Dos professores? Não. Vários de meus colegas se formaram e estão trabalhando muito bem por aí. O problema era eu.

Daí fui fazer outra coisa nada a ver com o curso antigo que é Letras Inglês. Nos três primeiros meses eu já sabia que era isso que me daria bem. A teoria me interessava, eu me dava bem com o conteúdo e o ambiente era ótimo. Me formei e hoje dou aulas. Não ganho o que eu ganharia se fosse continuar no curso antigo, mas pelo menos encontrei uma área que domino e me dou bem.

E é muito provável que se você tem dúvidas ainda sobre o curso que escolheu depois de 2 anos é porque esse diploma vai ser inútil para ti. Muitos entendem que seja tarde. mas tenho um conhecido que se formou em uma faculdade, não prestou para nada e a área que escolheu não o animava. Começou outra faculdade com 30 anos. Se formou e agora terminou o mestrado em Matemática.

E quando você mata essa dúvida ainda no início do curso, depois com estágios passa a ter ainda mais certeza de que quer fazer o que o diploma o permitirá, mas ainda assim fracassa nas provas e tudo mais? É mais ou menos o meu caso. Tem todo um background que acredito caber mais no tópico de 'Problemas Pessoais' do que aqui, que minou meu desempenho ainda nos últimos anos de colégio e principalmente no 1º ano de faculdade (no qual o nível é muito acima daquele vivido no colégio), mas desde então venho lutando pra recuperar, e nem sempre com sucesso. Confesso que em muitos casos falta disciplina da minha parte, mas me vejo em situações/matérias em que a parada simplesmente não entra - sem contar as disciplinas em que tive que decorar, não aprender, e isso soma pra jogar minha motivação pra baixo. No fim virou uma bola de neve e tô naquela situação que já não dependo de mim mesmo pra terminar a graduação.

Sei lá, concordo com o fato de que a motivação vem da gente e tal, mas também vejo a faculdade, digamos, indo contra isso, dificultando as coisas, sei lá...

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Essa cultura das notas na universidade é um grande problema quando se tem um ensino duvidoso e uma cobrança questionável.

 

Você estuda pelo aprendizado e se fode nas provas porque, basicamente: 1) ensinam decorebas e cobram raciocínio; ou 2) propõe um raciocínio raso e cobram decorebas. Você que aprendeu, que está com uma capacidade maior de raciocinar, tira uma nota menor do que quem decorou o texto. Na hora dos projetos, você se fodeu, vão olhar a média de nota. Aí você decide decorar pra ir bem nas provas e se fode pra vida. Ficar nesse fogo cruzado entre a ética dos resultados e a ética dos processos é difícil, broxante.

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Esse tópico me fez pensar um pouco em sobre como a galera envelheceu. hahaha

 

Eu tinha 13 anos quando me cadastrei aqui. Agora estou beirando os 25.

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24 minutos atrás, Lowko é Powko disse:

Esse tópico me fez pensar um pouco em sobre como a galera envelheceu. hahaha

 

Eu tinha 13 anos quando me cadastrei aqui. Agora estou beirando os 25.

Exato kkkkkk, também sou desse time. Entrei no auge da adolescência e agora pareço um tiozão falando kkkk

Que situação.

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