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Grupo de Leitura: "Capitalismo e Liberdade" (Milton Friedman) [2ª leitura]


Salvador.

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Depois de uma passada pela escola austríaca com Misses entramos na escola de Chicago, ainda com uma visão liberal da economia.

O prazo recomendado é até o dia 11/05.

 

Capitalism and Freedom (em português: Capitalismo e Liberdade) é um livro escrito pelo economista Milton Friedman, publicado originalmente em 19621 pela University of Chicago Press, onde discute questões da economia capitalista dentro da sociedade liberal. Friedman afirma que a liberdade econômica é uma prerrogativa para se obter a liberdade política. Milton Friedman se encaixa no termo liberal de acordo com as concepções dos iluministas franceses, diferentemente da concepção americana, que ele acredita ter sido corrompida desde a Grande Depressão. Muitos conservadores e libertários adotam alguns dos seus pontos de vista. Entre outros conceitos, Friedman defende o fim da obrigatoriedade de médicos e introdução de um sistema de educação escolar certificado pelo governo mas administrado pela iniciativa privada.

 

Wikipedia

 

O livro é esse:

http://www.saraiva.com.br/capitalismo-e-liberdade-8023248.html

Ao contrário do livro do Mises ele não está disponível de forma oficial online. Embora possivelmente ele esteja disponível. Boa leitura :).

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Opa, só pude ler agora que foi criado o tópico. Não conheço o autor e essa introdução do livro é fundamental. Sensacional demais o projeto. Parabéns! Amanhã tentarei buscá-lo e começar a leitura.

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Depois de uma passada pela escola austríaca com Misses entramos na escola de Chicago, ainda com uma visão liberal da economia.

O prazo recomendado é até o dia 11/05.

 

 

O livro é esse:

http://www.saraiva.com.br/capitalismo-e-liberdade-8023248.html

Ao contrário do livro do Mises ele não está disponível de forma oficial online. Embora possivelmente ele esteja disponível. Boa leitura :).

 

 

Ninguém falou nada hahaha. Está muito difícil conseguir o livro?

Não tem epub, mas pdf disponibilizado legalmente na net tem esse link da UFRGS: http://www.ufrgs.br/daeca/wp/wp-content/uploads/2009/03/capitalismo-e-liberdade.pdf

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  • 2 semanas depois...

Eu ainda estou lendo, Salvaro. Não pude me dedicar muito essas últimas semanas, desculpe.

Podia adiar o prazo pro pessoal, né? Hehe

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Como tem dia das mães esse final de semana (eu li faz muito tempo e ainda não terminei de reler), acho que podemos ampliar para o dia 18/05!

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Como tem dia das mães esse final de semana (eu li faz muito tempo e ainda não terminei de reler), acho que podemos ampliar para o dia 18/05!

Já te disse que te amo hoje?

Seu lindjo! S2

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Comecei hoje, porque estava em semana de provas e muita correria, utilizei o link que o Bikas passou e o agradeço por isso  :yest: , mas chegando ao segundo capítulo algumas letras foram comidas e passei a não entender mais tão bem... vou buscar na BC aqui ou em outro lugar.

 

Um fato interessante até agora é essa dicotomia entre liberdade econômica vs liberdade política que me fez lembrar a briga da Geografia física vs humana. Essa introdução do liberalismo fiel, tradicional do Locke e o liberalismo pós crise 29 me abriu um horizonte legal, não sabia dessa divergência e conhecia pouco sobre o Liberalismo, depois vou pesquisar mais sobre o John e a obra que ele fala sobre isto.

 

Enfim, acho que com a extensão vai dar para eu terminar até o dia 19. Ótimo livro. Espero freneticamente por um autor com ideias socialistas.  :drool2:

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Eu comecei a ler, tô bem no início ainda.

 

Gostei muito do esclarecimento sobre liberais do séc XIX vs. liberais do séc XX. Pelo que eu entendi, os do séc XX seriam algo mais pra esquerda do espectro político, certo?

 

Tô me enriquecendo bastante com essas leituras, tô loco pra chegarmos no ponto de mais governo. Me chamou atenção quando o autor fala sobre a descentralização do poder, separar país, estado e município para que seja possível, dentro de um país, haver variações de políticas econômicas ou qualquer tipo de política para que, caso eu não concorde com as políticas do meu estado, eu possa me mudar para outro que seja mais compatível com as minhas convicções. Me lembrou os "condomínios" do Thales.

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Eu comecei a ler, tô bem no início ainda.

 

Gostei muito do esclarecimento sobre liberais do séc XIX vs. liberais do séc XX. Pelo que eu entendi, os do séc XX seriam algo mais pra esquerda do espectro político, certo?

 

Tô me enriquecendo bastante com essas leituras, tô loco pra chegarmos no ponto de mais governo. Me chamou atenção quando o autor fala sobre a descentralização do poder, separar país, estado e município para que seja possível, dentro de um país, haver variações de políticas econômicas ou qualquer tipo de política para que, caso eu não concorde com as políticas do meu estado, eu possa me mudar para outro que seja mais compatível com as minhas convicções. Me lembrou os "condomínios" do Thales.

 

Sim. O segundo grupo segundo o livro acreditava que em alguns casos era a interferência do governo que daria condições de bem-estar e poderia levar a liberdade (o que na minha visão faz sentido visto que é através da educação que o indivíduo consegue ampliar o seu mundo).

 

Nesse livro mais pra frente quando fala da educação ele também fala por cima da idéia do sistema de voucher (o governo dá o dinheiro do imposto de volta, e o indivíduo escolhe uma escola pública ou privada para usá-lo). Uma notícia que vi hoje da OCDE fala justamente da queda de desempenho da Suécia (que adotou o sistema de vouchers a partir da década de 90). De lá para cá o desempenho caiu tanto nas escolas públicas quanto nas privadas.

 

Haverá muita discussão e defesa dos dois lados do que realmente fez o nível cair, mas uma coisa é certa: a mudança para o sistema de vouchers não resultou em melhorias na educação sueca em comparação a outros países.

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Eu comecei a ler, tô bem no início ainda.

 

Gostei muito do esclarecimento sobre liberais do séc XIX vs. liberais do séc XX. Pelo que eu entendi, os do séc XX seriam algo mais pra esquerda do espectro político, certo?

 

Tô me enriquecendo bastante com essas leituras, tô loco pra chegarmos no ponto de mais governo. Me chamou atenção quando o autor fala sobre a descentralização do poder, separar país, estado e município para que seja possível, dentro de um país, haver variações de políticas econômicas ou qualquer tipo de política para que, caso eu não concorde com as políticas do meu estado, eu possa me mudar para outro que seja mais compatível com as minhas convicções. Me lembrou os "condomínios" do Thales.

 

De toda forma, tem alguma relação sim, Bks.

 

Óbvio que HHH veio depois e levou a secessão à nível individual, mas a ideia é essa.

 

Hoje, por exemplo, somos governados por uma Presidente (e todo seu partido), porque 54,5 milhões de pessoas votaram nela (enquanto temos mais de 200 milhões de pessoas vivendo no Brasil).

Não vou nem comentar do Congresso, pois me lembro de uma reportagem dizendo que dos 513 deputados, apenas 11 estão lá por terem sido eleitos por votos próprios.

 

Mas, a questão aqui (e daí você pode ou não concordar com minha visão de mundo, de libertário, ou acreditar no livre mercado), é até lógica: o principal das decisões da vida dos indivíduos é feito no ente que está mais distante dos próprios indivíduos, que é a União. É ela quem tem mais poder, político e econômico, além dela ser a controladora de todas as coisas importantes de todo mundo...

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De toda forma, tem alguma relação sim, Bks.

 

Óbvio que HHH veio depois e levou a secessão à nível individual, mas a ideia é essa.

 

Hoje, por exemplo, somos governados por uma Presidente (e todo seu partido), porque 54,5 milhões de pessoas votaram nela (enquanto temos mais de 200 milhões de pessoas vivendo no Brasil).

Não vou nem comentar do Congresso, pois me lembro de uma reportagem dizendo que dos 513 deputados, apenas 11 estão lá por terem sido eleitos por votos próprios.

 

Mas, a questão aqui (e daí você pode ou não concordar com minha visão de mundo, de libertário, ou acreditar no livre mercado), é até lógica: o principal das decisões da vida dos indivíduos é feito no ente que está mais distante dos próprios indivíduos, que é a União. É ela quem tem mais poder, político e econômico, além dela ser a controladora de todas as coisas importantes de todo mundo...

 

Somos governados por quem teve mais votos entre os que optaram por alguém na última eleição. Se você somar os brancos/nulos/ausentes/resto da população nenhum presidente eleito democraticamente no Brasil (ao menos desde 80) seria legítimo. Isso é bobagem de briguinha eleitoreira.

 

E concordo com o último parágrafo, as coisas estão muito concentradas na União. Uma fatia maior deveria ficar com estados e municípios (com algum filtro nesse caso porque tem muito município minúsculo que recebe muito e não faz nada).

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O capítulo que precede a educação é o mais barra pra mim. Vou ter que passar por ele de novo no fim. Esse sistema do voucher que não entendi muito bem. Continuam as escolas públicas vs privadas? E cada pai teria um fundo, ao invés de indiretamente com os impostos, sabendo o que fazer com o dinheiro?

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Segura mais uma semana que consegui achar tempo pra ele hoje. 

 

Tem mais uns dias aí até o próximo tópico, dá pro pessoal terminar de boa :).

 

O capítulo que precede a educação é o mais barra pra mim. Vou ter que passar por ele de novo no fim. Esse sistema do voucher que não entendi muito bem. Continuam as escolas públicas vs privadas? E cada pai teria um fundo, ao invés de indiretamente com os impostos, sabendo o que fazer com o dinheiro?

 

Ele argumenta que uma coisa é o governo bancar a educação de todas as crianças e que outra diferente é ele criar e manter suas próprias escolas.

É usado aquele velho discurso liberal de que como você não pode escolher onde vai estudar e as escolas vão ter o dinheiro garantido a qualidade elas não tem porque oferecer boa qualidade e logo vão custar caro para o governo e ser uma porcaria enquanto as privadas vão ter que brigar e melhorar o máximo possível para atrair cliente (no Brasil nós temos as universidades públicas que contrariam isso...).

 

Ou seja, a idéia é que o governo ou não tenha escolas públicas ou que tenha escolas públicas mas que não sejam gratuitas. Nesse processo cada escola usaria o dinheiro que recebesse para se manter e dessa forma ela precisaria ser o melhor possível para atrair mais alunos.

 

O voucher seria o seguinte: o dinheiro a ser investido na criação e manutenção de escolas seria pago diretamente ao cidadão que tem filho em idade escolar e com esse valor os pais da criança poderiam escolher onde ele iria estudar. O custo das escolas variaria, o valor mínimo provavelmente seria o do voucher, ou seja, já começa fixando o preço de algo e as escolas poderiam cobrar o preço que quisessem (por exemplo, o voucher é R$100 e a mensalidade é R$500, o pai usaria esse voucher e completaria os outros R$400).

 

Na minha opinião, no Brasil esse sistema seria trágico. Nós tivemos uma experiência próxima a isso no ensino superior com o PROUNI (que de certa forma é um voucher para a educação), só que no ensino superior aqui é invertido, as melhores universidades são as públicas, só que não tem como pagar pelo acesso a elas. Então esse dinheiro do PROUNI é usado apenas em instituições privadas. Como aumentou consideravelmente o número de universitários (de 3.2Mi para 7Mi entre 2003 e 2012) e muitos desses atendidos pelo PROUNI (ou FIES) as universidades privadas não precisavam melhorar para atrair alunos, pelo contrário, elas passaram a ter demanda garantida, ou seja, turmas onde a maioria utiliza PROUNI ou FIES. Não só não melhorou a qualidade como os abusos começaram. Tem universidade com unidades que a maior parte dos alunos é PROUNI/FIES, tem universidade que aumenta mais de 30% o valor da mensalidade de um ano para o outro e por aí vai. Ou seja, dá pra imaginar o desastre que seria o sistema de voucher por aqui na educação básica, provavelmente resultaria em uma degradação da educação básica e na criação de uma porção de alternativas para sugar esse dinheiro através de um serviço porco (ou até de escolas fantasma).

 

Dizem que o sistema de vouchers funciona bem no Canadá, mas nunca li a fundo sobre e a cultura por lá é bem diferente.

Na Suécia, que a cultura é bem diferente, desde a aplicação do sistema de vouchers (se não me engano pela década de 90) a educação tem decaído. Por exemplo, em Matemática a Suécia costuma ficar nos primeiros lugares na década de 90 no PISA, em 2000 era o décimo sexto, foi caindo, caindo, hoje é o trigésimo oitavo. Alguns países foram adicionados mas a queda foi enorme.

 

Os países asiáticos hoje dominam as primeiras posições do PISA (Shangai/China, Singapura, Hong Kong, Taiwan, Coréia do Sul, Macau/China e Japão). As escolas públicas de Shangai hoje são referência (contrariando a idéia de que por serem públicas seriam ruins).

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A questão do ensino (e não da educação, particularmente não uso essa terminologia) vai além da questão de ser público, estatal, voucher ou privado.

 

A comparação com as universidades públicas brasileiras não é cabível, ao meu ver, pois o acesso a elas não é Universal (muito pelo contrário, é bastante selecionada em seus vestibulares).

 

E voucher não é livre mercado, é um meio de usar meios de mercado para se chegar a fins socialistas. O problema do voucher, economicamente falando (não vou fazer análises além destas), é que não há a real necessidade de se esforçar ou melhorar, para atrair clientes. Com essa demanda absurda garantida (como no FIES), uma escola em cada esquina (assim como as Uniesquinas) tem dinheiro garantido pelo voucher estatal.

 

No fim, não dará certo, no sentido econômico: terão muitas escolas ruins recebendo dinheiro garantido.

 

Se pode melhorar, sensivelmente, as estruturas de escolas e o ensino?! Podem. Mas não vejo como solução.

 

Mas, como eu disse, isso é apenas uma análise econômica.

A questão cultural também é muito importante, conforme o Salvaro bem alertou acima.

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Esse livro tá expandindo demaaaaaaaaaaaais minha mente, tá loco! Que recomendação top!

 

O foda é que vou entendendo cada vez melhor a política podre que se pratica nesse país... 

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Já selecionei um livro para a próxima semana aqui. Esse livro é possivelmente o que mais influenciou as políticas de governos ao redor do mundo (inclusive o Brasil).

Só esperando o pessoal que deve estar terminando sua leitura :).

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Esse livro tá expandindo demaaaaaaaaaaaais minha mente, tá loco! Que recomendação top!

 

O foda é que vou entendendo cada vez melhor a política podre que se pratica nesse país... 

 

Que bom que tá gostando, Aldin!

Mas eu faço uma aposta: 80% dos que criticam liberais ou o liberalismo não conhecem nada sobre, apenas o que é dito como "senso comum".

Eu já fui assim, e resolvi estudar economia, filosofia política e etc. Meu mundo caiu, já que eu era um jovem que saiu de escola pública. 

Pra mim, o capitalismo causava a fome e o problema mundial, a globalização era algo terrível e as máquinas iam gerar desemprego, pois foi o que me ensinaram.

Enfim, tomara que essas leituras nos dê, a todos, mais embasamento para sermos pessoas mais esclarecidas e melhores.

 

Já selecionei um livro para a próxima semana aqui. Esse livro é possivelmente o que mais influenciou as políticas de governos ao redor do mundo (inclusive o Brasil).

Só esperando o pessoal que deve estar terminando sua leitura :).

 

Lorde Keynes, é você?!

hahaha

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