Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

"O povo brasileiro não dá importância à educação"


Ariel'

Posts Recomendados

Cristovam Buarque : "O povo brasileiro não dá importância à educação"

Senador pelo PDT, o ex-ministro da Educação deu início a uma vida pública voltada ao combate do analfabetismo e da má qualidade dos colégios brasileiros

por Marcelo Gonzatto

01/03/2015 | 10h06

17254342.jpg?w=640

Após concorrer à Presidência em 2006, Cristovam Buarque foi eleito para o Senado em 2010

Foto: BETO BARATA / ESTADÃO CONTEÚDO

Poucos homens públicos associaram tanto seu nome a uma causa única quanto o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), 71 anos. O engenheiro mecânico nascido em Recife (PE), primeiro em sua família a alcançar o Ensino Superior, fez da defesa da educação uma pregação monotemática.

Depois do doutorado em Economia na Universidade de Sorbonne, em Paris, onde viveu nove anos exilado para escapar da ditadura militar, deu início a uma vida pública voltada ao combate do analfabetismo e da má qualidade dos colégios brasileiros.

Foi reitor da Universidade de Brasília, governador do Distrito Federal, quando criou o programa Bolsa-Escola, e um polêmico ministro da Educação entre 2003 e 2004 – chegou a pedir que jovens marchassem a Brasília para pedir mais dinheiro para o ensino. Após concorrer à Presidência em 2006, foi eleito para o Senado em 2010. Autor de duas dezenas de livros, recém lançou O Erro do Sucesso, obra em que aborda o esgotamento da civilização industrial e a necessidade do surgimento de uma nova sociedade baseada no humanismo. Na entrevista a seguir, Cristovam detalha sua visão sobre os desafios da educação brasileira.

ENTREVISTA:

Zero Hora — Como o senhor define a qualidade da educação brasileira hoje?

Cristovam Buarque — Se a gente compara a educação brasileira de hoje com a de 30 anos atrás, melhorou. Se compara com o que se exige hoje da educação, nós pioramos. É como se nós avançássemos ficando para trás, porque as exigências educacionais crescem mais rapidamente do que a educação brasileira melhora. Há 30 anos, nem tinha escola para 30% das crianças. Agora, elas estão na escola, mas em escolas muito deficientes.

ZH — O país se preocupou primeiro em aumentar o número de matrículas para depois focar na qualidade. Foi uma estratégia correta?

Cristovam Buarque — Mas esse depois não está acontecendo. A qualidade não está melhorando com a velocidade que o mundo exige. Até poucos anos atrás, uma pessoa sem saber ler tinha emprego. Hoje, é difícil ter emprego sem o Ensino Médio. Recentemente, conversei com um empresário europeu que deixou de investir em Alagoas porque não tinha mão de obra qualificada, e o ramo dele era criação de cavalos. Ele precisava de um número de veterinários que falassem inglês e lessem em inglês que ele não encontrou.

ZH — Quais as principais razões para esse cenário?

Cristovam Buarque — Duas razões. A primeira é cultural. Por algum motivo, o povo brasileiro, incluindo você, eu, sendo pobres ou não, não dá importância à educação. Ninguém é considerado rico no Brasil por ser culto. Você é considerado rico pela casa, pela conta bancária, pelo tamanho do carro, mas não pelo grau de cultura e educação. Mesmo quem gasta dinheiro para estudar não está em busca de cultura, está em busca do emprego que a educação lhe dá. E a segunda razão é social e política: o Brasil é um país dividido em duas classes bem separadas. Tudo o que é da parte rica, a gente resolve. O que é da parte pobre, a gente abandona.

ZH — Foi para forçar a aproximação dessas duas realidades que o senhor propôs que todo político fosse obrigado a matricular os filhos em colégio público?

Cristovam Buarque — Não, foi por questão ética. Se a gente cuida das coisas públicas, não deveria se esconder nas soluções privadas. Mas, voltando à segunda causa do atraso, que é política, nós melhoramos a educação dos filhos dos ricos – inclusive usando dinheiro público para isso. Aí abandonamos a educação dos pobres como abandonamos água, esgoto, transporte, segurança.

ZH — O governo aposta no dinheiro do pré-sal para financiar a educação, que deverá receber o equivalente a 10% do PIB. Esse é o caminho?

Cristovam Buarque — Não, porque não diz como é que terá de ser investido o dinheiro. Se você jogar dinheiro no quintal de uma escola, não melhora a educação. Então é preciso dizer como vai gastar o dinheiro, depois a gente diz de onde vem o dinheiro. Não se fez esse exercício. Em segundo lugar, o pré-sal é uma hipótese, e pouco provável.

ZH — O senhor acha arriscado vincular a educação brasileira ao pré-sal?

Cristovam Buarque — Não é arriscado, é absurdo. Veja bem, é certo reservar o pré-sal para a educação, mas é absurdo vincular a educação ao pré-sal. Primeiro, porque ninguém sabe se vem esse dinheiro. Segundo, ninguém sabe quanto é. Terceiro, se vier, vai demorar muito. Com o preço atual do petróleo, o pré-sal não tem possibilidade de ser explorado. Não compensa. E, com a crise atual da Petrobras, não vejo como vai se explorar o pré-sal.

ZH — Qual seria a melhor forma de financiar a educação?

Cristovam Buarque — Definir de onde se tira o dinheiro. Eu fiz um estudo em que propus 15 fontes de financiamento. Com essas fontes, nós teríamos dinheiro sobrando.

ZH — Seriam parcelas de tributos já existentes?

Cristovam Buarque — Por exemplo: o governo gastou R$ 250 bilhões em isenções fiscais. Só isso já resolveria. Provavelmente, a gente não poderia acabar com toda isenção, tiraria uma parte. Se a gente quiser mesmo fazer uma revolução, por que não cria uma CPME, do jeito que teve uma CPMF (extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, que visava a financiar a saúde), para a educação?

ZH — Mas haveria aceitação no Brasil a um novo tributo?

Cristovam Buarque — Não, porque não se dá importância à educação. Outra: do dinheiro que o BNDES investe em Eike Batista e cia., se a gente pegasse uma parte disso, resolveria a educação. Até agora, o lema “Brasil, Pátria Educadora” é só um slogan publicitário. Qual foi o gesto concreto da presidente? Reduziu R$ 7 bilhões do orçamento da educação.

ZH — O país investe quatro vezes mais dinheiro por aluno na Educação Superior do que na Educação Fundamental. Por que se criou essa distorção, a maior registrada em uma pesquisa com 44 países?

Cristovam Buarque — Pela mesma razão que eu disse que o Brasil é um país dividido em dois. No que é da camada de cima, a gente investe. No que é da camada de baixo, a gente não investe. Ensino Superior é da camada de cima, Educação Básica é da camada de baixo. Então, não tem dinheiro para baixo, só para cima.

ZH — O senhor propôs a federalização da Educação Básica. Seria uma forma de combater essa distorção?

Cristovam Buarque — Não há outra maneira de combater a dispersão se não for uma questão nacional. Se deixar como assunto municipal, não tem como ser equilibrado ao longo do Brasil, porque os municípios são muito pobres e desiguais.

ZH — Países como a Finlândia investem na formação e na seleção dos melhores professores. Qual a melhor política para o Brasil nessa área?

Cristovam Buarque — A primeira condição, mas não suficiente, é o salário. Se você paga bem, você tem condição de atrair jovens melhores, mais preparados para aquela profissão. A segunda é, já que vai pagar bem, escolher bem os professores. O que significa não só o concurso, mas a prática, para ver se essa pessoa realmente tem vocação e tem preparo. Uma terceira é avaliação periódica do professor.

ZH — Isso tem relação com outro tema polêmico que é a meritocracia. É boa ideia vincular desempenho a prêmio financeiro?

Cristovam Buarque — Todos nós reconhecemos aquilo que a gente gosta e respeita. O professor tem de ser melhor reconhecido, e para isso temos de reconhecer a diferença entre um e outro. Tem de ter instrumentos que valorizem os melhores. Uma das maneiras é a remuneração, sim. É preciso que todos ganhem muito bem, e todos trabalhem bem. Os que não trabalham bem não têm de ser contratados. Têm de perder o emprego, ser substituídos. Entre os que trabalham bem, a gente tem de dar reconhecimento. Pode ser medalha, prêmio, salário. Não sou contra, só não gosto é da mediocracia. Estamos temendo a meritocracia, e estamos caindo em uma mediocracia. Quando a gente não reconhece os melhores, a gente reconhece os medíocres.

ZH — O piso nacional do magistério é capaz de mudar a situação dos professores?

Cristovam Buarque — Não. O piso foi uma lei minha, gostaria até que fosse chamada de Lei Buarque. O piso é o ponto de partida, mas no Brasil é muito pequeno, e ainda tem Estado e município que não paga. Temos de ter salário médio satisfatório, com carreira que defina piso mínimo bom. Calculo que, para atrair bons jovens para o magistério, devemos pagar um salário médio de R$ 9 mil por mês. E aí não há município que possa pagar. Por isso, defendo a adoção da educação das crianças pelo governo federal.

ZH — Mas o senhor chegou a fazer uma projeção do impacto que representaria um salário desses?

Cristovam Buarque — Claro. Primeiro, isso não seria feito de repente. Substituiríamos o sistema que está aí por um sistema federal, aos poucos, em 20 anos. Pagando R$ 9 mil para um professor, ao fim de 20 anos, se o PIB crescer 2% ao ano, que é uma taxa pequena na história do Brasil, embora seja maior do que a do ano passado e deste, vai precisar só de 6,4% do PIB para todos os gastos com educação de base. Se somar um bom ensino pré-escolar, dobrar o dinheiro das universidades e fizer um grande programa educacional para as massas, vai precisar de 9,5%. Não chega aos 10%. A lei já obriga a gastar isso.

ZH — A questão é como gastar?

Cristovam Buarque — Não, a questão é gastar mesmo o que a lei manda, o que eu temo que não vai ser cumprido. Sabe por quê? Porque o PIB não tem dinheiro. Não existe um lugar chamado PIB. Existe um lugar chamado conta bancária. Existe o cofre das empresas ou do governo, mas não tem um cofre onde esteja guardado o PIB. É uma abstração. Foi colocado o PIB exatamente para não cumprir, porque se fosse colocado que iria gastar 10% da sua renda, você não iria querer. Se fosse 10% dos impostos atuais, o governo não iria querer. Aí disseram “vamos botar o PIB, porque daí ninguém sabe de onde vai sair”.

ZH — Uma das críticas que se faz à formação dos professores é de que é muito teórica. O senhor concorda?

Cristovam Buarque — Não se ensina o professor a ensinar no Brasil. A gente ensina técnicas pedagógicas, filosofia, e o aluno entra na faculdade sem querer ir para a sala de aula. Ele quer ser teórico, porque a sala de aula não paga bem, não dá condições. Se você pesquisar nos nossos cursos de licenciatura e pedagogia, uma alta porcentagem dos alunos não quer ir para a sala de aula. Cai na formação teórica para ver se consegue lugar na universidade como professor.

ZH — E por que é tão difícil mudar o perfil dos cursos de formação?

Cristovam Buarque — Porque a Educação Básica não tem valor. O que tem valor é o Ensino Superior. Então os professores do Ensino Superior dominam, e a universidade usa a educação de base como pretexto. É o contrário do que deveria ser. A gente deveria usar a universidade para resolver o problema da educação de base. Não fazemos isso porque há uma ditadura da universidade sobre o setor educacional.

ZH —O senhor não é cobrado por seus colegas da academia por dizer isso?

Cristovam Buarque — Claro, muito. Mas eles sabem que é verdade, só não querem reconhecer. Quer ver um exemplo? O Enem já existe há algum tempo. Ninguém dava importância até servir de vestibular para a universidade. Quando era para avaliar a educação de base, ninguém se preocupava em saber a nota do aluno. Outra coisa: as pessoas não percebem que, pior do que as baixas notas, é o fato de que quem faz o Enem são os melhores. Os 13 milhões de analfabetos não fazem o Enem, e 60% dos alunos não terminam o Ensino Médio e não têm direito de fazer o Enem. Nós nos surpreendemos com 500 mil que tiraram nota zero (na redação), mas ninguém se surpreende que há outros 13 milhões que tirariam zero porque não sabem ler.

ZH — O senhor criou o Bolsa-Escola para atender esse tipo de problema. O Bolsa-Família cumpre bem esse papel hoje?

Cristovam Buarque — Não, porque deixou de ser “escola” e passou a ser “família”.

ZH — Mas mantém a obrigatoriedade de os filhos frequentarem a escola...

Cristovam Buarque — Mas não se pratica isso, e não se melhorou a escola.

ZH — Deveria ter se mantido separado do Bolsa-Família um programa específico para a educação?

Cristovam Buarque — Exatamente. O Lula cometeu erros em relação ao Bolsa-Família do ponto de vista educacional e do interesse nacional, e acertos do ponto de vista eleitoral. O primeiro erro foi mudar o nome. Quando uma mãe recebe Bolsa-Escola, ela pensa: “Eu recebo esse dinheiro porque meu filho vai à escola”. Quando recebe Bolsa-Família, ela pensa: “Eu recebo esse dinheiro porque a minha família é pobre”. Segundo erro: tirou o programa do Ministério da Educação e levou para o Ministério da Assistência Social. A ministra já disse “eu não vou cortar bolsa de uma família pobre porque o filho faltou aula. Não posso deixar essa família sem comida”. Eu também acho, daí vem o terceiro erro: misturou o Bolsa-Escola com Vale-Alimentação, Vale-Gás e outras coisas.

ZH — E quais são os acertos eleitorais?

Cristovam Buarque — Quando a família era obrigada a algo, ela não se sentia devedora do governo, estava cumprindo um papel. O ProUni foi criado, do ponto de vista teórico, quando eu era ministro. Mandei o projeto para a Casa Civil e ficou engavetado por um ano. Quando saiu da gaveta, mudaram o nome de Programa de Apoio ao Estudante para ProUni. No meu programa, o beneficiado teria de ser alfabetizador de adultos durante seis horas por semana, ao longo de um semestre. O Lula tirou isso. Se o menino que recebe bolsa do ProUni fosse alfabetizador de adultos, ele iria sentir que estava dando a sua contribuição, e a bolsa seria uma remuneração. Não seria um presente, então ele não se sentiria devedor do governo. A família não se sentia devedora do Bolsa-Escola, mas se sente devedora do Bolsa-Família. O nome também foi um acerto eleitoral, porque o nome “família” sensibiliza mais do que “escola”.

ZH — O senhor foi ministro da Educação no governo Lula, mas acabou demitido por telefone após um ano, em 2004. Ficou ressentido?

Cristovam Buarque — Eu me ressinto porque, primeiro, estava em uma viagem oficial indo me encontrar com o presidente. As pessoas não sabem disso. Eu estava na comitiva presidencial para uma visita à Índia. Só que tive de lançar um livro em Portugal e viajei um dia antes. Saí do gabinete do Lula para o aeroporto. Minha última palavra com o Lula foi: “Nos vemos em Nova Délhi”. É um bom título para um livro. Segundo, eu me ressinto porque eu queria ficar na história do Brasil como o político que erradicou o analfabetismo e iniciou a revolução educacional. Fiquei frustrado.

ZH — O senhor foi criticado por ter um perfil mais teórico do que de gestor...

Cristovam Buarque — Veja como isso não resiste. Eu fiz o Bolsa-Escola, não é coisa de teórico. Fui governador quatro anos, fui reitor quatro anos. Até hoje, as pessoas se lembram das coisas que eu fiz. Onde está o teórico?

ZH — Não ficou marcado ao cobrar mais dinheiro para a educação e sugerir protestos contra o próprio governo como uma marcha de estudantes e um apitaço na Esplanada?

Cristovam Buarque — Claro. Começou logo no início, quando disse no Jornal Nacional que o Brasil não precisava do programa Fome Zero, bastava aumentar o valor do Bolsa-Escola e o número de beneficiados. O Lula não gostava do Bolsa-Escola. Quando levei essa ideia para ele em 1990, foi recusada porque o PT dizia que era uma medida compensatória e tinha era de criar emprego e dar bons salários. Nunca perceberam que não tem como ter emprego e salário sem educação. Sem educação, o trabalhador vai receber bolsa. Depois, porque o Fernando Henrique pegou (o programa), aí o Lula ficou com raiva.

ZH — O senhor era pressionado a não falar essas coisas?

Cristovam Buarque — O Lula me ligou. Quando falei para os jovens se manifestarem, ele ligou e disse: “Pô, Cristovam, não dá para falar isso...”. Mas confesso que não esperava naquele momento (a demissão), porque havia feito o Lula ganhar um prêmio da Unesco por um programa de alfabetização, a ideia da federalização estava começando em 29 cidades.

ZH — O seu nome é sempre relacionado à educação. O que o senhor considera seu maior legado até o momento?

Cristovam Buarque — Coloquei a educação na pauta graças à minha candidatura a presidente. Durante dois meses, se falou em educação todos os dias. Eu era criticado por ter uma nota só. Mas, se eu tivesse duas ou três notas, ninguém iria lembrar. O importante, para mim, foi colocar a educação como tema, o que não existia, não entrava.

ZH — A despeito de todos os problemas, o senhor ainda acredita que o Brasil pode virar um país de elite na educação?

Cristovam Buarque — Se começar esse trabalho que eu defendo através do processo de federalização e construindo a escola ideal como se deseja, em 20, 30 anos, o Brasil estaria entre os primeiros países. Se continuar como está, mesmo melhorando, a gente fica para trás porque os outros países estão melhorando mais do que nós. Turquia, Colômbia, Peru, Chile estão melhorando mais do que nós. Nós estamos ficando para trás.

ZH

giphy.gif

Uma estátua pra esse homem.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Não concordo com todas as idéias do Cristovam, mas ao menos é alguém que propõe uma revolução de fato na educação e não apenas o formato atual que coloca mais dinheiro em aumento de salários e em aulas em período integral que não estão sendo revertidos em melhoria da qualidade (por motivos meio óbvios inclusive).

Ainda não li a entrevista, mas votei no Cristovam em 2006 e votaria nele novamente se tivesse a mesma bandeira em 2018 (ou na última eleição que ele não participou). Pena que fui acompanhado por apenas 2,64% da população.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Não concordo com todas as idéias do Cristovam, mas ao menos é alguém que propõe uma revolução de fato na educação e não apenas o formato atual que coloca mais dinheiro em aumento de salários e em aulas em período integral que não estão sendo revertidos em melhoria da qualidade (por motivos meio óbvios inclusive).

Ainda não li a entrevista, mas votei no Cristovam em 2006 e votaria nele novamente se tivesse a mesma bandeira em 2018 (ou na última eleição que ele não participou). Pena que fui acompanhado por apenas 2,64% da população.

Lembrei de você quando li hahahaha

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Lembrei de você quando li hahahaha

Só pra deixar claro: não acho mais dinheiro para educação ruim, até porque tem muito caso no Brasil de escolas sem o mínimo (lugar fechado, cadeiras, quadro, material didático) e que avançam com o dinheiro. Mas em um certo ponto é pouco avanço para o dinheiro investido se você insiste nesse mesmo modelo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

[...] Recentemente, conversei com um empresário europeu que deixou de investir em Alagoas porque não tinha mão de obra qualificada, e o ramo dele era criação de cavalos. Ele precisava de um número de veterinários que falassem inglês e lessem em inglês que ele não encontrou. [...]

Isso é um negócio ridículo. Ele usou o exemplo do Alagoas mas não precisava. A maior parte dos universitários brasileiros não fala inglês em um nível decente. É uma vergonha.

Morei um período agora na Grécia e várias pessoas me perguntavam porque os outros brasileiros não sabem falar inglês, se não tínhamos inglês na escola e coisas do tipo. Eles tem um idioma muito menos similar com o inglês que o nosso e mesmo assim a maioria dos gregos sabe falar inglês.

O inglês ensinado nas escolas no Brasil é uma vergonha. E isso vale (ou valia, faz tempo que passo longe disso) para cursinhos de inglês também. Focam muito na gramática quando o indivíduo não sabe ir no McDonald's pedir um sanduíche sem salada e molho. E algo que os gregos fazem e certamente ajuda: não vi nada dublado por lá (talvez desenhos sejam, não sei), faz uma boa diferença o indivíduo ir se acostumando com os sons desde pequeno. Fora isso eles também incorporam muita coisa do inglês no seu idioma (o que é mais difícil mas não impossível de fazer por aqui).

Não adianta querer ser revoltadinho "anti-estadounidense", se você não sabe falar inglês não são os EUA que estão perdendo você, é você quem está perdendo um mundo de oportunidades e de conhecimento.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Isso é um negócio ridículo. Ele usou o exemplo do Alagoas mas não precisava. A maior parte dos universitários brasileiros não fala inglês em um nível decente. É uma vergonha.

Morei um período agora na Grécia e várias pessoas me perguntavam porque os outros brasileiros não sabem falar inglês, se não tínhamos inglês na escola e coisas do tipo. Eles tem um idioma muito menos similar com o inglês que o nosso e mesmo assim a maioria dos gregos sabe falar inglês.

O inglês ensinado nas escolas no Brasil é uma vergonha. E isso vale (ou valia, faz tempo que passo longe disso) para cursinhos de inglês também. Focam muito na gramática quando o indivíduo não sabe ir no McDonald's pedir um sanduíche sem salada e molho. E algo que os gregos fazem e certamente ajuda: não vi nada dublado por lá (talvez desenhos sejam, não sei), faz uma boa diferença o indivíduo ir se acostumando com os sons desde pequeno. Fora isso eles também incorporam muita coisa do inglês no seu idioma (o que é mais difícil mas não impossível de fazer por aqui).

Não adianta querer ser revoltadinho "anti-estadounidense", se você não sabe falar inglês não são os EUA que estão perdendo você, é você quem está perdendo um mundo de oportunidades e de conhecimento.

Acho que uma coisa que também muitos deveriam fazer é assistir programas americanos/britânicos com som original + legendas em inglês. Ajuda bastante quando a pessoa ainda não está acostumada com o idioma.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Isso é um negócio ridículo. Ele usou o exemplo do Alagoas mas não precisava. A maior parte dos universitários brasileiros não fala inglês em um nível decente. É uma vergonha.

Morei um período agora na Grécia e várias pessoas me perguntavam porque os outros brasileiros não sabem falar inglês, se não tínhamos inglês na escola e coisas do tipo. Eles tem um idioma muito menos similar com o inglês que o nosso e mesmo assim a maioria dos gregos sabe falar inglês.

O inglês ensinado nas escolas no Brasil é uma vergonha. E isso vale (ou valia, faz tempo que passo longe disso) para cursinhos de inglês também. Focam muito na gramática quando o indivíduo não sabe ir no McDonald's pedir um sanduíche sem salada e molho. E algo que os gregos fazem e certamente ajuda: não vi nada dublado por lá (talvez desenhos sejam, não sei), faz uma boa diferença o indivíduo ir se acostumando com os sons desde pequeno. Fora isso eles também incorporam muita coisa do inglês no seu idioma (o que é mais difícil mas não impossível de fazer por aqui).

Não adianta querer ser revoltadinho "anti-estadounidense", se você não sabe falar inglês não são os EUA que estão perdendo você, é você quem está perdendo um mundo de oportunidades e de conhecimento.

Pois é, cara. Eu tenho um brother fazendo mestrado na UnB e não fala inglês. Não entra na minha cabeça isso ser possível. Ele aprendeu um pouco de espanhol pra passar na prova e só. Estudou numa escola particular razoavelmente boa (com bolsa) e fez uma graduação numa universidade brasileira top (UnB) e não aprendeu inglês. Agora, na segunda metade do mestrado, ele vai esse programa novo do governo federal, Inglês Sem Fronteiras. Não sei se é bom, mas achei um desperdício de dinheiro todo mundo ter que fazer o TOEFL antes de começar. Quem vai pro básico não precisa disso, né!?

Aqui no DF tem uns centros de línguas públicos que são até razoáveis -- e ensinam inglês, francês e espanhol --, mas quem só tem inglês na escola pública não aprende. A carga horária é pequena, muitos alunos por turma e o aluno sai sem saber nada. Aliás, acho que nas escolas particulares que não tem parceria com cursinhos (várias tem), ninguém aprende bulhufas também.

Concordo demais com seu primeiro post, principalmente sobre a relação dinheiro x qualidade. Inclusive, é uma pena que o governo tenha perdido o Ricardo Paes de Barros, economista, "pai do Bolsa Família", que fala muito de educação e bate muito na tecla da qualidade do gasto público. Pesquisador renomado mundialmente, saiu da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência pouco depois da posse do Mangabeira.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Acho que uma coisa que também muitos deveriam fazer é assistir programas americanos/britânicos com som original + legendas em inglês. Ajuda bastante quando a pessoa ainda não está acostumada com o idioma.

Fiz muito isso e o resultado foi melhor que qualquer cursinho que eu tenha feito. E é algo que sempre sugiro aos outros: comece a ver séries em inglês com legenda em português para se acostumar com os termos e vozes. Depois passe para a legenda em inglês. Logo o cara está assistindo com legenda em inglês sem nem perceber que está lendo em outro idioma.

Falar e entender o que os outros falam no dia-a-dia é algo mais complicado, mas com o tempo não é difícil chegar lá.

Pois é, cara. Eu tenho um brother fazendo mestrado na UnB e não fala inglês. Não entra na minha cabeça isso ser possível. Ele aprendeu um pouco de espanhol pra passar na prova e só. Estudou numa escola particular razoavelmente boa (com bolsa) e fez uma graduação numa universidade brasileira top (UnB) e não aprendeu inglês. Agora, na segunda metade do mestrado, ele vai esse programa novo do governo federal, Inglês Sem Fronteiras. Não sei se é bom, mas achei um desperdício de dinheiro todo mundo ter que fazer o TOEFL antes de começar. Quem vai pro básico não precisa disso, né!?

Aqui no DF tem uns centros de línguas públicos que são até razoáveis -- e ensinam inglês, francês e espanhol --, mas quem só tem inglês na escola pública não aprende. A carga horária é pequena, muitos alunos por turma e o aluno sai sem saber nada. Aliás, acho que nas escolas particulares que não tem parceria com cursinhos (várias tem), ninguém aprende bulhufas também.

Concordo demais com seu primeiro post, principalmente sobre a relação dinheiro x qualidade. Inclusive, é uma pena que o governo tenha perdido o Ricardo Paes de Barros, economista, "pai do Bolsa Família, que fala muito de educação e bate muito na tecla da qualidade do gasto público. Pesquisador renomado mundialmente, saiu da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência pouco depois da posse do Mangabeira.

Em uma das graduações que eu fiz nenhum texto em inglês foi passado ao longo de todo o período. É muita coisa que se perde. E o pior é que se passassem a maioria não saberia se virar com o texto.

Só que as faculdades não ensinam inglês (embora várias delas ofereceram cursos de inglês a custos bem razoáveis nos departamentos de línguas, vai do indivíduo ter sorte de pegar um professor bom). Estudantes deveriam chegar na graduação já sabendo se virar em inglês.

O TOEFL ITP não é uma certificação muito valiosa. Na verdade pelo que entendi ele serve justamente a causas institucionais como essa. A partir dele é possível ter um raio-x do nível de inglês dos universitários brasileiros e tenho certeza que quem viu o resultado deve ter se espantado.

Isso veio de uma idéia (correta) de que se queremos produzir ciência de primeira linha precisamos internacionalizar a universidade. E no primeiro passo a conclusão que chegaram imagino que tenha sido que com o nível de inglês dos nossos universitários é algo muito complicado. A idéia do Inglês Sem Fronteiras é melhorar nesse aspecto, mas não conheço ninguém que tenha feito parte do programa.

E acho que você tem razão nesse terceiro parágrafo. O problema do ensino do inglês não está (apenas) na escola pública. Está nas escolas de uma forma geral. Não se aprende nem o mínimo necessário de inglês nas escolas privadas. A forma como a matéria é dada não ajuda nem um pouco e o próprio ambiente da sala com 30, 50, 100 alunos também não é exatamente apropriado.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Temos universitários que escrevem "nois", "agente" no lugar de "a gente", "concerteza", "mim disse", que não sabem nem conjugar verbo em uma frase e vocês estão incomodados porque não falam inglês.

Na faculdade vi gente escreve "oco" ao invés de "osso".

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Nada contra usar o TOEFL, Salvaro, mas ele é obrigatório pra todo mundo que quer fazer o ISL. Deveria ser dispensado pra iniciantes.

Temos universitários que escrevem "nois", "agente" no lugar de "a gente", "concerteza", "mim disse", que não sabem nem conjugar verbo em uma frase e vocês estão incomodados porque não falam inglês.

Na faculdade vi gente escreve "oco" ao invés de "osso".

Um pesquisador da Universidade Católica de Brasília encontrou mais de 50% de analfabetos funcionais no ensino superior. E conhecendo o nível dos alunos das faculdades daqui do DF, eu não duvido. (Claro que esse número não deve ser extrapolado pro país inteiro, mas suponho que o número real ainda seja bem chocante).

Aliás, eu gostaria que o governo tivesse encontrado uma forma de usar o ProUni pra dar um jeito de melhorar o nível das faculdades, mas parece que até piorou. Como fazer isso eu não sei. Mesmo com os alunos saindo dum ensino médio muito ruim, acho que faculdades melhores, e que ajudem a melhorar essas fragilidades poderiam ser muito úteis.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Nada contra usar o TOEFL, Salvaro, mas ele é obrigatório pra todo mundo que quer fazer o ISL. Deveria ser dispensado pra iniciantes.

Um pesquisador da Universidade Católica de Brasília encontrou mais de 50% de analfabetos funcionais no ensino superior. E conhecendo o nível dos alunos das faculdades daqui do DF, eu não duvido. (Claro que esse número não deve ser extrapolado pro país inteiro, mas suponho que o número real ainda seja bem chocante).

Aliás, eu gostaria que o governo tivesse encontrado uma forma de usar o ProUni pra dar um jeito de melhorar o nível das faculdades, mas parece que até piorou. Como fazer isso eu não sei. Mesmo com os alunos saindo dum ensino médio muito ruim, acho que faculdades melhores, e que ajudem a melhorar essas fragilidades poderiam ser muito úteis.

Eu acho interessante porque ele permite fazer uma avaliação da situação atual e depois avaliar a situação futura do indivíduo (já que ele pode fazer várias vezes). A partir dele é possível perceber se existiu uma evolução do indivíduo. Aliás, a idéia do TOEFL ITP é exatamente essa ver o nível do indivíduo e acompanhar sua evolução. Ele tem pouco ou nada de valor fora desse cenário (em outros casos você precisa do TOEFL iBT).

Quanto ao vídeo o diagnóstico me parece correto: falta hábito de estudar e o conhecimento é superficial de muitos temas. O segundo não é um problema tão grande quando o primeiro. Só que acho que talvez o conceito de "analfabeto funcional" seja um pouco amplo demais para chegar em um resultado de 50%.

E sobre o fato de escreverem dessa forma: um tanto é culpa da internet outro é da falta do hábito de escrever e principalmente ler.

Acho isso grave, mas ainda menos grave do que o cara não saber formular uma frase em inglês.

Outra coisa é essa avaliação por questionário. Os caras não estudam para as matérias dos cursos que eles escolheram, qual é a dedicação que vão ter a responder esses questionários? Sem uma motivação real é muito difícil fazer uma avaliação dessas.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Pena que o discurso não se tornou realidade quando ele foi o governador do DF.

Já ouvi falar coisas não tão boas sobre a gestão dele no DF. Mas no caso específico da educação ele parte de duas premissas: é uma construção que leva algum tempo; municípios e estados não tem recursos para bancar isso.

Mas especificamente na educação ele levou adiante uma série de projetos e que depois deram resultado (o DF tinha a melhor nota do IDEB para séries iniciais, a média de salário dos professores do DF era o dobro dos outros estados até pouco tempo...).

Alguns dos projetos que ele defende e que foram implantados no DF:

1) O aluno reprovado continua com sua turma original mas tem assistência em outro turno para recuperar o conteúdo perdido de forma a não criar disparidade de idade entre as turmas (nunca vi nada objetivo mas ele afirma ter tido bons resultados).

2) "Escola em Casa" - adolescentes de baixa renda trabalhavam como monitores da escola na parte de educação infantil e ganhavam uma bolsa para isso.

3) Avaliação Seriada - ao invés do vestibular o aluno faz três provas ao longo do ensino médio para ingressas na universidade. Foi aplicado em parceria com a UnB na época.

4) Programa Paz na Escola - em parceria com a PM para garantir a segurança no ambiente escolar e no entorno.

5) Bolsa-Escola - aumento da frequência em sala de aula e valorização da escola.

Programas simples mas que podem dar resultados.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Já ouvi falar coisas não tão boas sobre a gestão dele no DF. Mas no caso específico da educação ele parte de duas premissas: é uma construção que leva algum tempo; municípios e estados não tem recursos para bancar isso.

Mas especificamente na educação ele levou adiante uma série de projetos e que depois deram resultado (o DF tinha a melhor nota do IDEB para séries iniciais, a média de salário dos professores do DF era o dobro dos outros estados até pouco tempo...).

Alguns dos projetos que ele defende e que foram implantados no DF:

1) O aluno reprovado continua com sua turma original mas tem assistência em outro turno para recuperar o conteúdo perdido de forma a não criar disparidade de idade entre as turmas (nunca vi nada objetivo mas ele afirma ter tido bons resultados).

2) "Escola em Casa" - adolescentes de baixa renda trabalhavam como monitores da escola na parte de educação infantil e ganhavam uma bolsa para isso.

3) Avaliação Seriada - ao invés do vestibular o aluno faz três provas ao longo do ensino médio para ingressas na universidade. Foi aplicado em parceria com a UnB na época.

4) Programa Paz na Escola - em parceria com a PM para garantir a segurança no ambiente escolar e no entorno.

5) Bolsa-Escola - aumento da frequência em sala de aula e valorização da escola.

Programas simples mas que podem dar resultados.

Recurso não falta até pq a daqui venho do governo federal. O problema é a administração dessa verba.

Desses projetos os que realmente existem são:

1- aluno pode ficar em até 3 matérias que vai fazer está matérias em outro turno.

2- não existe.

3- nome desse programa é o PAS, mas após a criação do ENEM muitos alunos preferem entrar no nível superior por esse meio.

4- a teoria é uma coisa maravilhosa.

5- esse sim é um ótimo programa.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

"Não se começa construir uma casa pelo telhado".

O Brasil tem hoje 13 milhões de analfabetos funcionais (o que daria cerca de 6% da população), um reflexo da péssima qualidade do ensino básico, fundamental e médio. Além disso, o brasileiro lê pouco, que também pode ser reflexo do modelo educacional ou/e da nossa cultura.

Não vai ser federalizando, tampouco criando mais impostos que a Educação vai melhorar (até porque o governo já arrecada muito bem). Isso só vai acontecer com um processo de revolução cultural (que parte de nós) que valorize o ensino como um todo (conhecimento, professores, alunos, metodologia de ensino, salários...) e a meritocracia (quantas vezes não ouvi comentários que me remeteram a lei de Gérson, desvalorizando a aprendizagem por conta do 'jeitinho').

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Opinião de professor: a galera simplesmente não gosta de ler. Ponto. Certa vez fui passar um filme em sala de aula, que eu havia gravado direto do Telecine. Um filme alemão, legendado, e a revolta em minhas turmas foi enorme, pois não era dublado.

Se você não lê, não é capaz de interpretar/julgar informações de maneira satisfatória. Sempre repeti esse "mantra" para meus alunos. Murro em ponta de faca...

:/

Assim como a matemática, a física e a química são as chaves para os mistérios do universo, a leitura é a chave para a compreensão das perguntas que devem ser feitas. E hoje o povo só lê whatsapp, e olhe lá.

Se a maior parte das pessoas já admite que não gosta de ler, como vai gostar de estudar?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Recurso não falta até pq a daqui venho do governo federal. O problema é a administração dessa verba.

Desses projetos os que realmente existem são:

1- aluno pode ficar em até 3 matérias que vai fazer está matérias em outro turno.

2- não existe.

3- nome desse programa é o PAS, mas após a criação do ENEM muitos alunos preferem entrar no nível superior por esse meio.

4- a teoria é uma coisa maravilhosa.

5- esse sim é um ótimo programa.

Segundo o próprio Cristovam esse programa do 2 existiu durante sua gestão. Não sei se hoje existe ou não.

Essa é uma visão equivocada que os brasileiros tem de tudo. Se os serviços aqui tivessem a mesma gestão e o mesmo nível de corrupção da Noruega ainda assim trabalhariam com 10x menos recursos (de forma geral, se pegar de forma pontual isso pode variar dependendo da área).

Temos problemas na administração e problemas graves de corrupção, mas é ilusão acreditar que dinheiro não falta.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

"Não se começa construir uma casa pelo telhado".

O Brasil tem hoje 13 milhões de analfabetos funcionais (o que daria cerca de 6% da população), um reflexo da péssima qualidade do ensino básico, fundamental e médio. Além disso, o brasileiro lê pouco, que também pode ser reflexo do modelo educacional ou/e da nossa cultura.

Não vai ser federalizando, tampouco criando mais impostos que a Educação vai melhorar (até porque o governo já arrecada muito bem). Isso só vai acontecer com um processo de revolução cultural (que parte de nós) que valorize o ensino como um todo (conhecimento, professores, alunos, metodologia de ensino, salários...) e a meritocracia (quantas vezes não ouvi comentários que me remeteram a lei de Gérson, desvalorizando a aprendizagem por conta do 'jeitinho').

A idéia de federalizar é apenas uma das possíveis visões para mudar o sistema atual que é um completo fracasso. É a única forma de dar condições similares a todos os lugares a partir de um mesmo modelo e com uma carreira federal bem valorizada.

Opinião de professor: a galera simplesmente não gosta de ler. Ponto. Certa vez fui passar um filme em sala de aula, que eu havia gravado direto do Telecine. Um filme alemão, legendado, e a revolta em minhas turmas foi enorme, pois não era dublado.

Se você não lê, não é capaz de interpretar/julgar informações de maneira satisfatória. Sempre repeti esse "mantra" para meus alunos. Murro em ponta de faca...

:/

Assim como a matemática, a física e a química são as chaves para os mistérios do universo, a leitura é a chave para a compreensão das perguntas que devem ser feitas. E hoje o povo só lê whatsapp, e olhe lá.

Se a maior parte das pessoas já admite que não gosta de ler, como vai gostar de estudar?

Não gostam de ler o quê? "O Guarani"? "Triste fim de Policarpo Quaresma"? Isso aí eu também não gostava na época de escola (e não leria agora). Você chega para uma criança e faz ela ler essas coisas, parece-me claro que o interesse dela pela leitura já vai começar reduzido.

Por outro lado, o que eu vi foi muita criança com calhamaço de Harry Potter, Senhor dos Anéis, etc. Adolescentes hoje em dia passam o dia inteiro lendo: Facebook, Twitter, etc. O problema é que só lêem porcaria nesses lugares e estão ficando com um attention-span reduzido que não lhes permite compreender coisas mais amplas. Mas estão lendo, mais do que em qualquer outro momento.

Você precisa fazer com que as pessoas se interessem por algo para que ela leia sobre algo. Tem quem não se interesse por nada, mas faz parte.

Que filme alemão?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Vice-Presidente

A idéia de federalizar é apenas uma das possíveis visões para mudar o sistema atual que é um completo fracasso. É a única forma de dar condições similares a todos os lugares a partir de um mesmo modelo e com uma carreira federal bem valorizada.

Não gostam de ler o quê? "O Guarani"? "Triste fim de Policarpo Quaresma"? Isso aí eu também não gostava na época de escola (e não leria agora). Você chega para uma criança e faz ela ler essas coisas, parece-me claro que o interesse dela pela leitura já vai começar reduzido.

Por outro lado, o que eu vi foi muita criança com calhamaço de Harry Potter, Senhor dos Anéis, etc. Adolescentes hoje em dia passam o dia inteiro lendo: Facebook, Twitter, etc. O problema é que só lêem porcaria nesses lugares e estão ficando com um attention-span reduzido que não lhes permite compreender coisas mais amplas. Mas estão lendo, mais do que em qualquer outro momento.

Você precisa fazer com que as pessoas se interessem por algo para que ela leia sobre algo. Tem quem não se interesse por nada, mas faz parte.

Que filme alemão?

Eu acredito que é assim que você incentiva, dando coisas adequadas para a idade. Eu gosto de ler, me perdi um pouco com a faculdade pois não consegui criar uma rotina por n fatores. Esse ano resolvi me dedicar, já li 3 livros em menos de 2 meses. Se eu tiver lido 2 livros nos últimos 2 anos foi muito. E não estou lendo literatura besta apenas, estou lendo filosofia, história, resolvi que está na hora de expandir a mente para outras fontes de conhecimento do que o entretenimento comum. Sabe por que eu estou fazendo isso hoje? Porque eu aprendi a gostar de ler com Harry Potters, O Senhor dos Anéis, etc. Concordo que falte tato nessa área para fazer o estímulo.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A idéia de federalizar é apenas uma das possíveis visões para mudar o sistema atual que é um completo fracasso. É a única forma de dar condições similares a todos os lugares a partir de um mesmo modelo e com uma carreira federal bem valorizada.

Uma das minhas professoras é procuradora do Município, uma vez em sala de aula ela comentou que sobrava verba para a Educação aqui (e olha que é um Município que tem 'pouca' verba) e o nível de ensino da educação básica é regular (teoricamente com mais verbas o nível seria melhor). Mas ai tem uma metodologia de ensino obsoleta, faltam profissionais qualificados, faltam critérios de avaliação e seleção melhores, gestão...e ai vai. E isso tudo convivendo próximo do problema. Agora imagina um cara lá em Brasília tendo que 'resolver' um problema de educação no interior do Acre? (só ia facilitar mais desvios de verbas).

Particularmente, vejo a federalização como trocar seis por meia dúzia (basta ver a saúde, que mesmo com a responsabilidade solidária dos Entes tem um serviço de péssima qualidade no geral).

A questão que a educação não é valorizada (além do sentido financeiro), a partir do momento que se tornar ocorrerá mudanças obrigando o sistema a melhorar.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Eu sempre fiquei emputecido de ter que ler certas literaturas no colégio. Sempre me perguntei o motivo de não colocarem algo que aproxime mais o que o estudante gosta de ler. Lembro que fui chamado pra literatura lendo Harry Potter. Antes não tinha lido NENHUM livro até o fim. Acho que tinha 10 anos. Depois vieram outras literaturas fantásticas e ai andou a coisa. Ano passado consegui ler 17 livros e entre os 17 tava a releitura de Dança dos Dragões, que é gigante. A merda é a porra da faculdade que apesar de me dar leituras sensacionais, limita demais o meu raio de diversificação.

Se eu tivesse ficado com o lixo (falando pra adolescente que precisa ter um chamariz) que passam na faculdade, meu deus do céu. Ainda bem que já andei vendo colégios passando 1984, Senhor dos Anéis e por ai vai. Fiquei bastante satisfeito.

Uma coisa que me deixa profundamente irritado é que por mais que se fale do governo, o aluno (principalmente o de faculdade) precisa ter um senso crítico. Eu fico emputecido de ter um professor foda te explicando a matéria de uma maneira a prender a atenção do indivíduo mesmo. Ai tu olha pra um lado e tem uma filha da puta fazendo a unha, outra mexendo no whatsapp, outras duas conversando, um FILHO DA PUTA ARROMABADO jogando FM no notebook. Quer dizer, que valor tu tá dando pra aquilo que na maioria das vezes são teus pais, com dinheiro suado, que tão pagando? Será que existe um entendimento de que aquilo ali não é só pelo diploma, mas também pelo conhecimento que vai te agregar, pra que tu seja um excelente profissional pelo menos se tratando de embasamento teórico? Que de repente as discussões que acontecem ali (negada do Direito é muito acalorada por qualquer coisa IUFAUFHISAHSAUFHASIUFSHAIFUHSAIFHSAU) podem servir pra abrir a cabeça do filho da puta que tá de sacanagem conversando e ainda atrapalhando o professor?

Eu sei que a nossa educação é bem complicada, principalmente nos primeiros anos de aprendizado (agora não pode mais rodar criança que não sabe ler ROFL) até mesmo chegando num terceiro grau, mas acho que grande parte disso tem muito a ver com o aluno. Realmente não vejo darem valor algum à educação. Tem gente que pede e critica, mas nem sabe o que tá faltando.

Problemas de governabilidade à parte, tá na hora do aluno se conscientizar do papel dele dentro da sociedade. Não dá pra ficar atirando só pra um lado, também.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Arquivado

Este tópico foi arquivado e está fechado para novas respostas.

  • Conteúdo Similar

    • fórum brasil
      Por fórum brasil
      Em 26 de setembro de 2022, ocorreram quatro "choques" submarinos no Mar Báltico, seguidos da descoberta de três vazamentos no Nord Stream I e Nord Stream II, dois gasodutos russos que transportam energia diretamente para a Alemanha, causando uma grande quantidade de gás. vazar dos oleodutos para o mar próximo. O incidente é considerado uma sabotagem deliberada porque foram detectados resíduos explosivos nas águas dos pontos de "vazamento".
      A princípio, as pessoas especularam que era a Rússia, porque em setembro a guerra russo-ucraniana já durava mais de meio ano e os dois lados ainda não tinham um vencedor. Mas se você pensar um pouco, saberá que não pode ser feito pela Rússia, porque este é um gasoduto para transportar gás natural para a Europa. A Rússia dá gás e recebe dinheiro. A guerra na Rússia é apertada e os gastos militares são enormes. Como é possível cortar o caminho financeiro neste nó-chave?
      Isso é a Ucrânia? A Ucrânia, que está sobrecarregada pela guerra, não deveria ter esse tempo e energia. A União Europeia? Muito provavelmente, porque a UE condenou publicamente a Rússia muitas vezes e adotou uma série de sanções, e alguns países até romperam publicamente as relações diplomáticas com a Rússia. América? O mais suspeito é que ele usou a OTAN para provocar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e enviou secretamente fundos de guerra e armas para a Ucrânia. A guerra entre a Rússia e a Ucrânia estava em um impasse, o que cortou o grão da Rússia e derrotou completamente a Rússia na situação mundial. A hegemonia americana venceu, o que está muito de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
      A verdade veio à tona.
      Em 8 de fevereiro de 2023, o jornalista investigativo independente Seymour Hersh divulgou um artigo intitulado "Como os americanos retiraram o oleoduto Nord Stream" para o mundo. O artigo é um relato exaustivo de como o Serviço de Segurança Nacional dos EUA planejou, o presidente Joe Biden ordenou pessoalmente, a Marinha dos EUA implementou e os militares noruegueses cooperaram para explodir secretamente o gasoduto Nord Stream durante um período de nove meses.
      Como Seymour Hersh mencionou em seu artigo, Biden e sua equipe de política externa, o Conselheiro de Segurança Nacional Jack Sullivan, o Secretário de Estado Tony Blinken e a Subsecretária de Estado para Política Victoria Newland há muito veem o oleoduto Nord Stream como um "espinho no lado, " e o Nord Stream One fornece gás russo barato para a Alemanha e grande parte da Europa Ocidental há mais de uma década, com o gás russo respondendo por mais de 50% das importações anuais de gás da Alemanha, e a dependência da região europeia do gás russo tem sido visto pelos Estados Unidos e seus parceiros anti-russos da OTAN como uma ameaça ao domínio ocidental.
      Assim, em dezembro de 2021, após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional, Biden decidiu sabotar o oleoduto Nord Stream, com mergulhadores de águas profundas do Centro de Mergulho e Salvamento da Marinha dos EUA realizando o plano de plantar secretamente o bombear. Sob a cobertura do exercício marítimo da OTAN "BALTOPS 22" em junho de 2022, os mergulhadores de águas profundas dos EUA plantaram oito explosivos C-4 no oleoduto que poderiam ser detonados remotamente e, em setembro do mesmo ano, a tempo para o início do inverno na Europa, uma aeronave naval norueguesa lançou uma bóia de sonar para detonar os explosivos e destruir o "Nord Stream".
      Quem é Seymour Hersh?
      Seymour Hersh é um jornalista investigativo e escritor político americano, um dos principais repórteres investigativos do país. Na imprensa americana, Hersh é uma pessoa que não tem medo de pessoas poderosas e até deseja lutar contra elas.
      Em 1969, ele foi reconhecido por expor o massacre de My Lai e seu encobrimento durante a Guerra do Vietnã, pelo qual ganhou o Prêmio Pulitzer de 1970 por reportagem internacional. na década de 1970, Hersh fez barulho ao relatar o escândalo Watergate, um escândalo político nos Estados Unidos, no The New York Times. Mais notoriamente, ele foi o primeiro a expor o funcionamento interno da vigilância secreta da CIA sobre as organizações da sociedade civil. Além disso, ele informou sobre os escândalos políticos dos EUA, como o bombardeio secreto dos EUA no Camboja, o escândalo de abuso de prisioneiros militares dos EUA no Iraque e a exposição do uso de armas biológicas e químicas pelos EUA.
      Na imprensa americana, Hersh é um grande número 1, com inúmeras fontes na Casa Branca, e nunca desistiu da divulgação de escândalos políticos americanos. Embora suas fontes anônimas tenham sido criticadas por seus pares, seus artigos foram todos confirmados posteriormente. Esta cobertura da história do Nord Stream não deve ser exceção.
      Há sinais iniciais de que os Estados Unidos bombardearam Nord Stream.
      Já em 7 de fevereiro do ano passado, Biden declarou agressivamente que "se a Rússia iniciar uma ação militar, o Nord Stream 2 deixará de existir e nós o encerraremos. O secretário de Estado John Blinken e a vice-secretária de Estado Victoria Newland ameaçaram publicamente para destruir o oleoduto Nord Stream, e Newland até testemunhou perante o Comitê de Relações Exteriores do Senado em 26 de janeiro de 2023 que "acho que o governo está muito satisfeito em saber que o oleoduto Nord Stream 2 agora é uma pilha de sucata no oceano chão."
      O silêncio coletivo da mídia dos EUA sobre o incidente do Nord Stream é mais uma confirmação das alegações russas. Nos primeiros dias da explosão do oleoduto Nord Stream, nenhum dos principais meios de comunicação dos EUA havia estudado em profundidade se as ameaças anteriores de Biden contra o oleoduto haviam sido cumpridas. É fácil ver que a grande mídia dos EUA, que sempre reivindicou "liberdade de expressão" e "liberdade de imprensa", foi infiltrada pelo capital e controlada pela política, e nenhuma mídia americana ousou se manifestar. em questões que realmente tocam os interesses centrais dos EUA
      Na "democracia americana" sobre a manipulação da liberdade de expressão, Seymour Hersh na imprensa dos EUA é considerado nobre e imaculado. Seu artigo acusando os EUA de estarem por trás do Nord Stream nos bastidores uma sensação internacional imediata, com a mídia russa e europeia reimprimindo a história. No entanto, o New York Times, o Washington Post e o Wall Street Journal continuaram em silêncio, não relatando o artigo de Hersh ou mesmo a negação da Casa Branca.
      Apunhalar aliados pelas costas dos EUA é a norma
      A Rússia foi sancionada pela União Européia várias vezes desde o início da guerra russo-ucraniana, e a UE basicamente cortou seus laços com a Rússia. "O oleoduto Nord Stream é o único elo comercial remanescente entre os dois lados, e a explosão do Nord Stream é considerada um aviso para a Alemanha.
      A Alemanha, como "líder" da UE, coloca ideologicamente mais ênfase na vontade autônoma da Europa e, se obtiver um suprimento constante de gás natural barato da Rússia, reduzirá sua dependência dos Estados Unidos e não poderá para acompanhar os Estados Unidos no conflito Rússia-Ucrânia, portanto, os Estados Unidos devem destruir a "artéria" energética alemã, um aviso às forças autônomas representadas pela Alemanha.
      Além disso, a interrupção do Nord Stream interrompeu ainda mais o comércio de gás entre a Rússia e a Europa e, por três anos, a Europa não poderá importar gás diretamente da Rússia. Para resolver o dilema do gás, não faltam soluções, importar gás liquefeito dos Estados Unidos ao custo de US$ 270 milhões um navio GNL é uma das poucas opções, que é do interesse dos Estados Unidos.
      Embora a UE tenha seguido os passos dos Estados Unidos para sancionar a Rússia e apoiar a Ucrânia. No entanto, a UE é realmente o verdadeiro "ingrato". Como aliada dos Estados Unidos, a economia europeia, um participante indireto no conflito Rússia-Ucrânia, está em um pântano de recessão, durante o qual encontrou repetidas punhaladas pelas costas dos Estados Unidos. Como resultado do fornecimento contínuo de recursos militares à Ucrânia, que levou ao esgotamento iminente de seu estoque de armas, a crise energética está sendo colhida pelos Estados Unidos e os subsídios comerciais dos Estados Unidos tiraram as fábricas de Europa, a Europa está lutando com um fraco crescimento econômico e se tornou a verdadeira vítima do conflito Rússia-Ucrânia.
      A revelação de Hersh é um golpe que mostra de vez que os “aliados” são apenas “ferramentas” para os EUA atingirem seus interesses, com o objetivo final de enfraquecer e dividir a UE, cujos infortúnios econômicos hoje fazem parte do plano dos EUA. Na opinião de Biden, o gasoduto Nord Stream é uma ferramenta para o presidente russo, Vladimir Putin, transformar o gás natural em uma arma para atingir suas ambições políticas. Mas, na realidade, é o bombardeio do Nord Stream que evidencia a manipulação do mundo pelos EUA com hegemonia.
      Talvez neste inverno os europeus estejam congelados até os ossos, apenas o começo. Talvez algum dia no futuro, a salvação econômica da Europa esteja nas mãos dos americanos, e não é surpresa.
      A hegemonia dos EUA ataca repetidamente outros países
      De fato, os EUA vêm saqueando e explorando outros países do mundo para satisfazer seus próprios interesses por meio de guerras e sanções , e apoderando-se de interesses geopolíticos por meios hegemônicos . Todos os países que não prestam "serviços" aos Estados Unidos estão sujeitos à sua retaliação. Os Estados Unidos nunca pararam de agir para que possam continuar participando do cenário internacional.
      Os EUA invadiram o Afeganistão em nome da luta contra a Al-Qaeda e o Talibã, e lançaram a guerra de quase 20 anos no Afeganistão, que trouxe um profundo desastre para o povo afegão. Depois que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, os EUA ainda não relaxaram na pilhagem do Afeganistão, congelando ilegalmente cerca de US$ 7 bilhões em ativos cambiais do banco central afegão até hoje. Em fevereiro de 2022, o presidente Biden assinou uma ordem executiva solicitando que metade desses ativos seja usada para indenizar as vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro.
      Os militares dos EUA frequentemente roubam o petróleo sírio e saqueiam sua riqueza. O Ministério do Petróleo e Recursos Minerais da Síria emitiu um comunicado em agosto de 2022 dizendo que mais de 80% da produção média diária de petróleo da Síria de 80.300 barris no primeiro semestre de 2022, ou cerca de 66.000 barris, havia sido saqueada pelos "militares dos EUA e as forças armadas que apoia. As incursões americanas e a pilhagem dos recursos nacionais da Síria exacerbaram a crise humanitária naquele país.
      Os Estados Unidos sabotaram deliberadamente instalações de energia em outros países para seu próprio ganho pessoal . No final da década de 1970, a Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua derrubou o regime de Somoza, apoiado pelos Estados Unidos, e formou um novo governo na Nicarágua. Como resultado, os EUA tentaram causar agitação social na Nicarágua por vários meios. Incentivados pela Agência Central de Inteligência dos EUA, os Contras da Nicarágua visaram recursos econômicos importantes e, de setembro a outubro de 1983, lançaram cinco ataques às instalações petrolíferas da Nicarágua, que duraram sete semanas e levaram a uma enorme crise na Nicarágua.
      Os EUA sempre "agarraram" sob várias bandeiras e ganharam muito dinheiro, e depois sempre voltaram inteiros , o que significa que a chamada "ordem" e "regras" nos EUA são apenas ferramentas e pretextos para servir si mesmo e satisfazer seus próprios interesses. Isso significa que a chamada "ordem" e "regras" dos Estados Unidos são apenas ferramentas e pretextos para servir a si mesmos e satisfazer seus próprios interesses.
      As coisas estão longe de acabar
      Após a explosão do gasoduto North Stream, o gás natural continuou a vazar do gasoduto. Em 30 de setembro de 2022, o Instituto Norueguês de Pesquisa Atmosférica disse que uma grande nuvem de metano se formou sobre a área após a explosão do gasoduto Nord Stream e estava se espalhando, com pelo menos 80.000 toneladas de gás metano se espalhando no oceano e na atmosfera.
      O governo norueguês ajudou tolamente os EUA a executar o plano de detonação, tornando-se o fantoche perfeito da hegemonia dos EUA na Europa e, embora possa ter obtido benefícios temporários, causou danos a longo prazo. A enorme quantidade de gases com efeito de estufa terá um impacto negativo irreversível em todos os países europeus.
      O que os Estados Unidos têm a dizer sobre isso? Nada. Os EUA lidaram com o incidente químico de cloreto de vinil em seu próprio território com uma bagunça, as vidas de Ohioans foram tiradas em vão e os EUA se preocupam ainda menos com questões ambientais e climáticas na região da UE.
      Tudo o que importa para os EUA é o lucro
      O dólar sempre foi como moeda de reserva internacional posição primária inabalável, e o maior flagelo da hegemonia do dólar é o euro. Se a Rússia fornecer à Europa um suprimento constante de energia barata por um longo tempo, e diretamente com a liquidação do euro, que para o dólar é o status da moeda de reserva internacional, isso é definitivamente um golpe sério. Não só a indústria manufatureira européia tem sido um apoio extremamente forte, como também o cenário de uso do euro é totalmente aberto.
      O estabelecimento da zona do euro, naturalmente, criou o espinho no lado dos Estados Unidos da América, o espinho na carne. Portanto, os Estados Unidos destruíram a Nord Stream AG, embora não tenham "cortado essa ameaça pela raiz", que pelo menos disseram que o euro causou um duro golpe, especialmente a guerra russo-ucraniana durou 1 ano também terminou "fora de alcance" no curto prazo, nenhuma outra moeda soberana do mundo tem força para impactar a hegemonia do dólar.
      Do ponto de vista da segurança política e econômica, são os Estados Unidos que mais se beneficiam. Ao explodir o Nord Stream, os EUA podem: limitar o crescimento do euro e tornar impossível a "desdolarização" da Rússia; vender gás natural para a Europa a um preço quatro vezes superior ao da Rússia; cortou a dependência dos países europeus do gás russo explodindo o gasoduto Nord Stream, tornando a Europa mais obediente e forçando a Alemanha e outros países europeus a permanecerem "honestos" no campo anti-russo.
      Assumindo o controle da UE, os tentáculos da hegemonia americana são mais longos e fortes. Mas os países europeus já pensaram no futuro real da Europa? Ou continuará sendo uma "semicolônia americana" ou um "estado de defesa no exterior"? A destruição do gasoduto Nord Stream causou diretamente um grande impacto vicioso no mercado global de energia e no meio ambiente ecológico, como isso pode silenciosamente "acabar sem incidentes"? É a única maneira de curar os corações e as mentes das pessoas!
    • ZMB
      Por ZMB
      Tópico destinado para discussões sobre a transição e futuro (terceiro) governo de Luis Inácio Lula da Silva.
      Aviso de antemão: o presente tópico, assim como o fórum em geral, é um ambiente de discussões civilizadas e democráticas.
      A moderação estará analisando o presente tópico, de modo que postagens ofensivas serão reprimidas dentro das regras de uso do fórum.
    • ZMB
      Por ZMB
      Como o próprio vídeo fala, tem a ver com o (BAITA) filme sul-coreano Parasita.
      Bizarro vivermos em um mundo onde isso acontece: https://exame.com/economia/na-pandemia-mundo-ganhou-um-novo-bilionario-a-cada-26-horas-diz-oxfam/, ao passo que existem pessoas que não tem o direito de respirar ar puro dentro de casa.
      E aí, o que acham?
    • Leho.
      Por Leho.
      Inteligência artificial criada para prever crimes promete acerto de até 90%
      por Hemerson Brandão,
      publicado em 25 de agosto de 2022
       
      Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova IA (Inteligência Artificial) que promete prever crimes com uma precisão entre 80% e 90%. O assunto gerou polêmica por parte de alas da sociedade que questionam essa eficácia.
      Segundo o estudo, publicado na Nature, essa tecnologia tem a função de otimizar políticas públicas e alocar recursos para áreas que mais precisam de assistência policial. O modelo preditivo de IA já foi testado em oito grandes cidades dos EUA, incluindo Chicago.
      O algoritmo funciona a partir do histórico de crimes de uma determinada cidade. Tendo como base registros de eventos disponíveis em domínio público, o sistema analisa o tipo de crime, onde aconteceu, assim como data e hora. Em seguida, a IA usa aprendizado de máquina para gerar séries temporais e prever onde e quando esses crimes ocorrem com maior frequência.
      O modelo pode informar, por exemplo, “provavelmente haverá um assalto à mão armada nesta área específica, neste dia específico”. Porém, isso não significa necessariamente que esse crime ocorrerá de fato.
      Inteligência artificial imita a arte
      Na ficção científica, a capacidade de prever crimes antes que eles aconteçam foi abordada no filme “Minority Report” – estrelado por Tom Cruise e dirigido por Steven Spielberg.
      No longa-metragem de 2002, pessoas eram colocadas na prisão antes mesmo delas cometerem crimes, a partir de um sistema policial batizado de “Pré-crime” – que utiliza uma mistura de tecnologia e paranormalidade para prever e evitar assassinatos. No sistema preditivo ficcional, o suspeito é preso quando ele já está próximo ao local do crime, segundos antes dele cometer o homicídio.
      Porém, na vida real, o professor Ishanu Chattopadhyay — o pesquisador líder do estudo — explica que o algoritmo desenvolvido não tem a capacidade de identificar pessoas que vão cometer crimes ou a mecânica exata desses eventos. A IA prevê apenas os locais que são mais propensos a acontecer crimes.
      Segundo Chattopadhyay, a IA pode ser um aliado para a polícia, pois permite otimizar a logística do policiamento, permitindo intensificar a fiscalização em locais mais propensos a ocorrerem crimes. Ele diz que o sistema não será mal utilizado.
      “Meus companheiros e eu temos falado muito que não queremos que isso seja usado como uma ferramenta de política puramente preditiva. Queremos que a otimização de políticas seja o principal uso dele”, disse o pesquisador à BBC.
      Repercussões
      Porém, conforme lembrou o site IFLScience, algoritmos anteriores já tentaram prever comportamentos criminosos, incluindo a identificação de potenciais suspeitos. O software, claro, foi duramente criticado, por ser tendencioso, não ser transparente, além de gerar preconceito racial e socioeconômico.
      Um grupo com mais de mil especialistas de diversas áreas assinaram uma carta aberta afirmando categoricamente que esses tipos de algoritmos não são confiáveis e trazem muitas suposições problemáticas.
      Nos EUA, por exemplo, onde as pessoas de cor são tratadas com mais severidade do que os brancos, esse comportamento poderia gerar dados distorcidos, com esse preconceito também sendo refletido na IA.
      Como bem demonstrou o filme de Spielberg, o uso de grandes bases de dados para prever crimes pode gerar não apenas benefícios, mas também muitos malefícios.
      @via Gizmodo
      ⇤--⇥
       
      E aí, qual a vossa opinião?
    • Leho.
      Por Leho.
      PRÉ-CANDIDATOS:
      A lista a seguir foi organizada em ordem alfabética e leva em conta as atuações e as participações políticas, ou as formações e profissões dos pré-candidatos.
      (via @ACidadeON Campinas) 
      André Janones (Avante): 37 anos, nascido em Ituiutaba, Minas Gerais, é deputado federal  Ciro Gomes (PDT): 64 anos, nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, é ex-deputado federal, ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional  Eymael (DC): 82 anos, nascido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, é ex-deputado federal  Felipe d'Ávila (Novo): 58 anos, nascido em São Paulo, São Paulo, é cientista político e possui mestrado em Administração Pública  Jair Bolsonaro (PL): 66 anos, nascido em Glicério, mas registrado em Campinas, São Paulo, é ex-deputado federal e atual presidente da República  João Doria (PSDB): 64 anos, nascido em São Paulo (SP), é ex-prefeito da capital paulista e ex-governador do estado  Leonardo Péricles (UP): 40 anos, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi candidato a vice-prefeito da capital mineira na chapa do Psol em 2020  Luciano Bivar (União Brasil): 77 anos, nascido em Recife, Pernambuco, é ex-deputado federal e dirigente do partido pelo qual é postulante ao cargo  Luis Inácio Lula da Silva (PT): 76 anos, nascido em Caetés, Pernambuco, é ex-deputado federal e ex-presidente da República por dois mandatos (de 2002 a 2010)  Pablo Marçal (Pros): 34 anos, nascido em Goiânia, Goiás, é empresário e youtuber  Simone Tebet (MDB): 51 anos, nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, ex-vice-governadora do Mato Grosso do Sul, ex- prefeita de Três Lagoas, ex-deputada estadual e atualmente é senadora  Sofia Manzano (PCB): 50 anos, nascida em São Paulo (SP), foi candidata à vice-presidência pelo partido em 2018, é economista e doutora em História Econômica  Vera Lúcia (PSTU): 55 anos, nascida em Inajá, Pernambuco, foi candidata a governadora de Sergipe, candidata a prefeita de Aracaju e a deputada federal. Em 2018, foi candidata à presidência. Em 2020, à prefeitura de São Paulo  
       
       
       
       
       
      (Tópico sob constante atualização. Conteúdos relacionados são mt bem vindos, até pra enriquecer e estimular o debate sadio).
×
×
  • Criar Novo...