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Presidente do Equador xinga quem o xinga muito no Twitter


John the Baptist.

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Ecuador President Rafael Correa's troll warfare

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People in the public eye often get "trolled" online, subjected to personal or rude attacks. During his latest weekly presidential TV address, Ecuador's President Rafael Correa seemed to have decided enough was enough. He used the speech to name and shame people who had written abusive comments about him on Twitter and Facebook.

"Let's have a look at the sarcasm that one has to contend with, that my children and relatives have to see,"the president said during his three-hour address. He read out some of the messages, which included rude language and even a death threat ("a bullet on your head wouldn't suit you bad," one Twitter user had written).

But he went much further than simply naming the accounts. Most of the people trolling him hadn't put much personal information online, but the president revealed three people's full names, ages and addresses. He also asked his supporters to send thousands of tweets to each of them. "For each tweet they'll send, we'll reply with 10,000," the leader warned.

In fact Correa's troll army failed to materialise. The three users he singled out had some abuse hurled their way, but the messages didn't number in the thousands, and many people tweeted support for the president's critics. BBC Trending spoke to one of those named, a man in his thirties, who laughed the incident off after last weekend's address. But he's since deleted all of his tweets and profile picture. Another of those targeted, an 18-year-old student, closed his account, and the third person named locked her account, making her tweets private.

Correa has won three consecutive general elections and is widely regarded as Ecuador's strongest leader in decades. He describes himself as left-wing and internationally he's known for offering asylum to Wikileaks founder Julian Assange, who remains at the Ecuadorian embassy in London.

Despite that, his critics say his actions undermine free speech. He has called private media in Ecuador his "greatest enemy". And Reporters Without Borders has been critical of the Ecuadorian government - last year the NGO said that there was a "high number of abuses committed against journalists" in the country.

Andres Mejia Acosta, a political scientist at Kings College London, says the president's outing of ordinary Twitter users fits into a familiar pattern. "This is one example of a systematic series of attacks against different members of the public or the press who criticise him," Acosta said.

In addition to the three Twitter users, Correa attacked the person behind the satirical Facebook page Crudo Ecuador which posts pictures and memes sending up the government. The page had around 200,000 followers - but that number shot up after the president's speech.

Correa said authorities hadn't been able to identify the person behind the page, but he asked his supporters for help in outing him. "Let's see if when we find out who this person is ... he'll be so funny," the president said. Correa criticised his critics for remaining anonymous and vowed to reveal more personal details about them. "Anonymity is for cowards," the president said. "Brave people say the same things, but face to face."

BBC Trending tracked down the person behind Crudo Ecuador - who wanted to remain anonymous for fear of reprisals. But they told us that they were worried about the president's campaign. "I never expected Crudo Ecuador would get to the point that I'm probably one of the most wanted by the Ecuadorian government," they said. "The president has a TV programme - financed with my taxes - and he is using it to discredit me just because I'm giving an opinion."

Farith Simon, a legal expert at San Francisco University of Quito, said that making threats against a politician is against the law, but that the president's address is also problematic. "It's illegal to name and shame those who wrote [these messages] as it raises issues of privacy and incitement to violence," he said. BBC Trending asked President Correa's office for comment, but we're still waiting for an answer - we'll update if we get one.

Fonte: BBC

Resumindo: o presidente do Equador, Rafael Correa, que tem seus pontos positivos na economia (embora seja criticável em algumas partes), começou com uma mania estranha agora, nos seus discursos semanais pro país (Ligação Cidadã, ou algo assim), de ridicularizar, ali, aqueles que o criticam no Twitter, dando até dados pessoais que não estavam nas bios dos perfis!

E, claro, ele foi ridicularizado por isso, e com razão. John Oliver com a palavra:

https://www.youtube.com/watch?v=nMdDykp_KXs

Uma matéria em português sobre a "batalha" entre o comediante (muito bom, diga-se) e o presidente:

John Oliver 2 x 0 Rafael Correa

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Uma inusitada guerra virtual armou-se nas últimas semanas tendo como protagonistas o autoritário presidente equatoriano, Rafael Correa, e o comediante britânico John Oliver. O resultado seria cômico, se não fosse trágico. O episódio ocorre num momento em que Correa encontra-se avançando contra as redes sociais, numa tentativa obviamente infrutífera de interromper críticas a seu governo e gozações com relação à sua figura.

Tudo começou quando Oliver exibiu em seu programa na HBO norte-americana, “Last Week Tonight”, um esquete em que expunha o fato de que Correa estava intimidando internautas críticos a ele em seu programa semanal em cadeia nacional. O presidente equatoriano anda se irritando com mensagens de Twitter pedindo sua saída do governo ou mesmo sua morte. Também respondeu com pressões exageradas a uma página anônima do Facebook, de um chamado “Crudo Ecuador”, que publicou memes do presidente saindo de compras na Europa. O autor da página acaba de apaga-la, dizendo ter recebido ameaças de morte a ele e sua família. Deixou apenas no ar a mensagem “sr. presidente, usted ganó”.

Oliver, como sempre, levou o presidente na brincadeira. Num esquete de dar gargalhadas (veja acima), disse que Correa sofre de hipersensibilidade. “O Facebook e o Twitter não são para você. Na verdade, ser chefe de Estado talvez também não seja”. Disse que expor um menino de 18 anos que o havia criticado pelo Twitter divulgando seu nome completo era sinal de falta de maturidade e pediu que o público de seu programa mandasse mensagens tirando sarro do presidente através de sua conta no Twitter.

Correa acusou o golpe e saiu para cima de Oliver por meio do Twitter e da cadeia nacional de TV. Disse que o apresentador o acusava falsamente de ser contra o humor. “Como posso ser contra o humor, se minhas piadas são conhecidas no mundo todo?”. Oliver, então, voltou ao assunto na semana seguinte (vídeo abaixo) e retrucou, “sim, mas o senhor está confundindo ser conhecido por suas piadas com começar a ficar conhecido por ser uma piada”.

No Equador, a repercussão dos dois programas de Oliver foi grande nos meios. E internautas pró-governo, arregimentados pela página Somos Más, criada pelo governo, atacaram o apresentador britânico. Por meio do hashtag #JohnYouAreInvited, convidaram o comediante a viajar ao Equador para conhecer melhor a realidade de que se burla. O próprio Correa tuitou que Oliver não deveria ser ouvido porque “ele provavelmente pensa que a capital do Equador é Kuala Lumpur”. Ao mesmo tempo, fotos íntimas de uma líder oposicionista que é acusada de incitar uma rebelião contra Correa caíram na rede. Acusa-se o governo por te-las deixado vazar como parte da sua estratégia de guerra virtual.

Tudo isso seria engraçado, se não se tratasse de um agravamento do avanço do presidente equatoriano sobre a liberdade de expressão em seu país. Conhecido já por ter processado o jornal “El Universo”, condenando-o a uma exorbitante multa e levando ao exílio seu editor de opinião, por ter obrigado o cartunista Bonil a corrigir uma charge e o levar novamente a ser julgado por outra ilustração que fazia piada com um parlamentar governista, Correa agora se volta às mídias sociais. Os vídeos de Oliver falando de Correa foram compartilhados à exaustão por internautas equatorianos.

Jornais alinhados ao governo passaram a publicar colunas defendendo a regulação da internet. Em conversa recente com a Folha, o cartunista Bonil disse que o ataque de Correa à liberdade de expressão só tende a aumentar, pois ele “já calou os meios tradicionais”. Desde o ano passado, o presidente equatoriano conta com a já aprovada Lei de Meios que, entre outras coisas, estabelece que a mídia, por ser de interesse nacional, deve ser regulada pelo Estado. “Ele não está hesitando em incluir aí as manifestações virtuais também.”. Por determinação da Justiça, a homepage do jornal “El Universo”, que publica as charges de Bonil, está publicando um pedido oficial de desculpas por conta de uma caricatura do humorista que tinha como tema um parlamentar pro-Correa.

Fonte: Folha

Tem no Youtube o vídeo das duas vezes que o John Oliver falou sobre o caso, a primeira, e a segunda, respondendo diretamente ao Rafael Correa. Recomendo que o assistam, daí nem precisa ler todos os textos.

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[...] fotos íntimas de uma líder oposicionista que é acusada de incitar uma rebelião contra Correa caíram na rede.

Quero ibagens para avaliar melhor a tal oposição... Se for no nível da presidente da Croácia, mais um motivo pra mandar o Correa embora.

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